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LEI Nº 3.859, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1993. INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR VALADARES. OBS: (VIDE LEIS 3971, 4088, 4301 E LC 37 E 114/08) A Câmara Municipal de Governador Valadares Estado de Minas Gerais, aprova e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art.1º-Esta lei institui o Código de Obras e Edificações do Município de Governador Valadares, estabelecendo normas que disciplinam a elaboração de projetos, a execução de obras e suas instalações, em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais, nas zonas urbanas do território municipal, assim definidas na Lei Municipal do Perímetro Urbano. Parágrafo Único As construções situadas na zona rural estão sujeitas ao disposto nesta lei, ficando dispensadas da aprovação do projeto aquelas com área até 100m2 (cem metros quadrados). Art.2º- Os casos omissos e não regulamentados serão objeto de consulta obrigatória ao órgão Municipal competente instruída com os documentos exigidos, atendendo, no que couber, ao previsto nesta lei, a fim de que a Prefeitura municipal possa exarar parecer técnico conclusivo. Art.3º- Os projetos deverão estar de acordo com esta Lei e com a legislação vigente sobre uso, ocupação e parcelamento do solo urbano. Parágrafo Único- Nas edificações já existentes serão permitidas obras de reforma, modificação e acréscimo, desde que atendidas as exigências desta Lei e da legislação mencionada neste artigo.

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  • LEI N 3.859, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1993.

    INSTITUI O CDIGO DE OBRAS E

    EDIFICAES DO MUNICPIO DE

    GOVERNADOR VALADARES.

    OBS: (VIDE LEIS 3971, 4088, 4301 E

    LC 37 E 114/08)

    A Cmara Municipal de Governador Valadares Estado de Minas Gerais, aprova e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art.1-Esta lei institui o Cdigo de Obras e Edificaes do Municpio de

    Governador Valadares, estabelecendo normas que disciplinam a elaborao de projetos, a

    execuo de obras e suas instalaes, em seus aspectos tcnicos, estruturais e funcionais,

    nas zonas urbanas do territrio municipal, assim definidas na Lei Municipal do Permetro

    Urbano.

    Pargrafo nico As construes situadas na zona rural esto sujeitas ao disposto nesta lei, ficando dispensadas da aprovao do projeto aquelas com rea at

    100m2 (cem metros quadrados).

    Art.2- Os casos omissos e no regulamentados sero objeto de consulta

    obrigatria ao rgo Municipal competente instruda com os documentos exigidos,

    atendendo, no que couber, ao previsto nesta lei, a fim de que a Prefeitura municipal possa

    exarar parecer tcnico conclusivo.

    Art.3- Os projetos devero estar de acordo com esta Lei e com a legislao

    vigente sobre uso, ocupao e parcelamento do solo urbano.

    Pargrafo nico- Nas edificaes j existentes sero permitidas obras de

    reforma, modificao e acrscimo, desde que atendidas as exigncias desta Lei e da

    legislao mencionada neste artigo.

  • 2

    Art.4- Na elaborao de projetos e especificaes, bem como na execuo

    de obras e instalaes, devero ser observadas as normas vigentes da Associao Brasileira

    de Normas Tcnicas ABNT.

    Art.5- Todas as funes referentes aplicao das normas e imposies

    desta Lei, sero exercidas pelos rgos da Prefeitura Municipal cuja competncia para

    tanto estiver definida em Lei; Regulamento ou Regimento.

    Pargrafo nico- O exerccio das funes a que se refere este artigo no

    implica na responsabilidade da Prefeitura e de seus servidores pela elaborao de qualquer

    projeto ou clculo, nem pela execuo de qualquer obra ou instalao.

    Art.6- Os termos utilizados neste Cdigo encontram-se definidos no Anexo

    IV- Glossrio que faz parte integrante desta Lei.

    CAPTULO II

    DA HABILITAO E RESPONSABILIDADE TCNICA

    Art.7- Para efeito desta Lei, somente empresas e profissionais habilitados

    conforme legislao federal pertinente, desde que devidamente inscritos na prefeitura,

    podero projetar, calcular, executar obras e assinar quaisquer documentos ou

    especificaes a serem submetidos ao rgo municipal competente.

    Pargrafo nico- O registro ser requerido autoridade municipal

    competente e o pedido acompanhado da prova de inscrio no Conselho Regional de

    Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-MG) e demais documentos exigidos pela

    prefeitura municipal.

    Art. 8- A responsabilidade de profissionais ou empresas perante a prefeitura

    municipal, comea na data da expedio do Alvar de licena.

    Art.9-O profissional que desejar desistir da responsabilidade tcnica sobre

    as obras dever declar-lo em comunicao escrita prefeitura municipal que poder

    defer-la, caso no seja constatada, aps vistoria qualquer infrao a esta Lei ou a legislao

    de uso, ocupao e parcelamento do solo urbano.

    1-Aceito o pedido, a prefeitura intimar o proprietrio a substituir o

    responsvel pela execuo da obra, no praz de 10(dez) dias ficando a mesma

    suspensa at que se efetue a substituio.

    2- O responsvel tcnico que se isenta da responsabilidade pela obra e o

    que a assume podero fazer uma s comunicao, desde que contenha a

    assinatura de ambos, o comprovante de anotao da nova responsabilidade

    tcnica de execuo no CREA-MG e a assinatura do proprietrio.

    CAPTULOIII

  • 3

    DA APRESENTAO DOS PROJETOS

    SEO I

    DA CONSULTA PRVIA

    Art.10- Com vistas elaborao do projeto arquitetnico, dever o

    profissional devidamente habilitado proprietrio, solicitar Prefeitura as informaes

    bsicas sobre o imvel a ser edificado.

    Pargrafo nico- Para obteno das Informaes Bsicas, o interessado

    dever encaminhar requerimento Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenao SEPLAN, com indicao do uso pretendido para construo, acompanhado da escritura ou

    contrato de compra e venda e do comprovante de quitao de tributos municipais relativos

    ao imvel.

    Art.11- Constaro das Informaes Bsicas a que se refere esta Seo:

    I- A zona de uso onde est localizado o imvel, de acordo com a Lei Municipal de Uso e Ocupao do solo Urbano;

    II- Os ndices urbansticos e demais parmetros relativos ao uso pretendido para construo de acordo com a Lei Municipal de Uso e Ocupao do Solo Urbano;

    III- As dimenses do terreno, conferidas in loco com indicao da localizao dos piquetes e da largura dos passeios;

    IV- As notas de alinhamento e nivelamento:

    1- Os piquetes, mencionados no inciso III deste artigo, correspondem a

    marcos reais, implantados pela prefeitura, e devero ser mantidos at o final

    das obras.

    2- As notas de alinhamento e nivelamento, mencionadas no inciso IV deste

    artigo, sero fornecidas na forma de croquis contendo:

    a) a cota de greide do projeto da rua, tomada no ponto mdio da projeo da

    testada

    b) as cotas de nvel dos vrtices da poligonal do terreno, tomadas em relao

    ao greide indicado no item a;

    c) a ressalva pertinente quando o greide da rua estiver sujeito futura

    modificao.

    Art.12- A prefeitura ter o prazo de 10(dez) dias teis, contados a partir da

    data de protocolo do requerimento, para fornecimento das Informaes Bsicas, desde que

    devidamente instrudos com todos os elementos necessrios pelo interessado.

    Pargrafo nico- As informaes bsicas, fornecidas pela Prefeitura, tero o

    prazo de validade de 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da data de sua expedio.

  • 4

    SEO II

    DOS PROJETOS

    Art.13- O projeto completo da edificao, contendo os elementos necessrios

    para sua perfeita compreenso e execuo, deve incluir:

    I- projeto arquitetnico: II- projetos complementares;

    a)projeto estrutural;

    b)projeto de instalaes eltricas e telefonia quando couber;

    c)projeto de instalaes hidrulico-sanitrias quando couber;

    d)projeto de preveno e combate a incndios, quando couber;

    e)outros projetos especficos quando necessrio;

    1- A aprovao dos projetos complementares ser de responsabilidade das

    respectivas concessionrias, obedecidas as normas da ABNT e demais

    regulamentos tcnicos.

    2- A prefeitura poder solicitar a qualquer tempo a apresentao dos

    projetos complementares, a fim de dirimir dvidas e possibilitar a emisso

    do certificado de aprovao do projeto arquitetnico.

    Art.14- O projeto arquitetnico bem como os projetos complementares

    quando requisitados pela prefeitura, devero observar os seguintes critrios:

    I- devem ser apresentados em 02(duas) cpias heliogrficas, no mnimo, com dimenses, formatos e dobragens nos padres adotados

    pela ABNT;

    II- devem trazer carimbo-cabealho em todas as folhas com informaes sobre o projeto;

    III- devem trazer, em todas as folhas, a data e as assinaturas do proprietrio e do autor do projeto;

    Art.15- O projeto arquitetnico dever ser apresentado ao orgo competente

    da Prefeitura Municipal composto pelos seguintes elementos:

    I- carimbo cabealho contendo a relao das reas totais de cada unidade ou pavimento, rea total da edificao, rea do lote e

    taxa de ocupao;

    II- planta de situao do lote, em escala 1:500(um para quinhentos), com indicao de suas dimenses, distncia e nome dos

    logradouros mais prximos e indicao dos lotes vizinhos;

    III- planta de locao em escala 1:200 (um para duzentos), indicando:

  • 5

    a) a projeo cotada da edificao ou das edificaes dentro do lote, figurando ainda rios, canais e outros elementos informativos;

    b) as dimenses do lote e as dimenses dos afastamentos da edificao em relao s divisas e outras edificaes porventura existentes;

    c) o nome dos logradouros contguos ao lote e a largura dos passeios; d) a orientao magntica;

    IV- planta baixa de cada pavimento ou nvel da edificao, em escala 1:50(um para cinqenta), indicando:

    a) as dimenses e reas exatas de todos os compartimentos, prismas de ventilao e iluminao e reas de estacionamento, bem como a

    indicao de sua finalidade;

    b) as dimenses de todas as projees, inclusive beirais;

    c) a espessura das paredes;

    d)as dimenses das aberturas e vos;

    e)os traos indicativos dos cortes longitudinais e transversais, bem como

    a indicao de nveis:

    f)as dimenses externas da edificao;

    V- cortes longitudinais e transversais em nmero suficiente ao perfeito entendimento do projeto, em escala1:50(um para cinqenta)

    seccionando preferencialmente escadas e compartimentos que

    possuam instalaes hidrulicas, alm de indicar:

    a) as alturas dos pavimentos, vos, aberturas e peitoris; b) as espessuras de lajes e pisos; c) os detalhes da cobertura; d) a cota dos pisos em relao ao ponto mdio da testada principal; e) as alturas totais da construo; f) os demais detalhes construtivos quando necessrio; g) a projeo do perfil original do terreno quando houver movimento de terra;

    VI- elevao da fachada frontal e demais fachadas voltadas para as vias pblicas, em escala 1:50 (um para cinquenta):

    VII- elevao do tipo de fechamento do terreno com os logradouros pblicos, em escala 1:100 (um para cem), com indicao de suas

    alturas;

    VIII- planta de cobertura, em escala1:200 (um para duzentos), com indicao do sentido de escoamento das guas, localizao das

    calhas, tipo de inclinao da cobertura, caixa dagua, casa de mquinas e demais elementos.

    1- No caso de projetos envolvendo movimento de terra ser exigido corte

    esquemtico com indicao de taludes, arrimos e demais obras de conteno.

    2- Os projetos para construo de grandes propores podero ser

    apresentados em escalas inferiores s exigidas neste artigo, devendo contudo

  • 6

    ser consultado o rgo competente da prefeitura e desde que seja integrado

    por legendas explicativas para conhecimento preciso do projeto e dos limites

    e acidentes do terreno.

    Art.16- No caso de projetos de reforma, modificao, acrscimo ou

    reconstruo, devero ser observadas as seguintes convenes de cores:

    I- cor natural da cpia helilogrfica para as partes existentes e a conservar;

    II- cor amarela para as partes a serem demolidas; III- cor vermelha para as partes a serem acrescidas.

    CAPTULO IV

    DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    SEO I

    Da Aprovao do Projeto Arquitetnico

    e Licena para Construo

    Art.17- Nenhuma obra se far no Municpio sem a aprovao do Projeto

    arquitetnico e a prvia licena da Prefeitura, observadas as disposies desta Lei.

    Art.18- O processo para aprovao do projeto arquitetnico e da licena da

    Prefeitura Municipal, devero ser instrudos com os seguintes elementos:

    I- requerimento assinado pelo proprietrio e pelo autor do projeto; II- Informaes bsicas, fornecidas pela prefeitura; III- Anotao de Responsabilidade tcnica ART do projeto

    arquitetnico, registrada no CREA-MG;

    IV- Comprovante da inscrio do profissional responsvel pelo projeto na prefeitura;

    V- Comprovante do pagamento das taxas relativas ao processo de aprovao;

    VI- Projeto arquitetnico, apresentado de acordo com as disposies desta Lei;

    VII- Cpia de Registro de imveis que comprove a propriedade do imvel, ou cpia da promessa de compra e venda.

    Art.19- O projeto, quando devidamente instrudo com os documentos

    necessrios ser analisado, e estando de acordo com o disposto nesta Lei e na legislao

    municipal pertinente ser aprovado pelo rgo competente, que ficar com uma cpia

    arquivada na Prefeitura e devolver as demais ao interessado .

  • 7

    Art.20- A prefeitura municipal ter o prazo mximo de 20(vinte) dias teis, a

    contar da data de entrega do processo, para se pronunciar quanto ao projeto apresentado.

    1- Caso o projeto arquitetnico apresente erro ou descumprimento

    do disposto nesta Lei e na legislao pertinente, seu autor ser

    notificado para comparecer perante o rgo competente para prestar

    esclarecimentos, efetuar as correes devidas e apresentar novas

    cpias heliogrficas do projeto para sua aprovao.

    2- O projeto mencionado no pargrafo anterior que no for

    corrigido e reapresentado ao rgo municipal competente dentro do

    prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de notificao,

    ser indeferido e devolvido ao interessado com declarao de

    motivos.

    3- prefeitura Municipal assegurado o prazo mximo de

    20(vinte) dias teis de prorrogao para apreciao do projeto

    corrigido e sua aprovao e licenciamento, quando for o caso, a

    contar da data de representao, vedados o estabelecimento de novos

    prazos ou nova apreciao do mesmo processo.

    4- No ser permitida cpias heliogrficas do projeto com rasuras,

    sob pena de devoluo do mesmo.

    Art.21- Quaisquer alteraes em projetos aprovados devero ser precedidas

    da elaborao de novo projeto, de acordo com o disposto nesta Lei e demais normas

    aplicveis, sob pena de ser cancelada a aprovao ou alvar quando j licenciado.

    1- A aprovao das alteraes previstas neste artigo ser obtida

    mediante requerimento acompanhado do projeto modificativo e do

    alvar anteriormente expedido.

    2- Aceito o projeto modificativo, ser expedido novo alvar de

    licena.

    Art.22- No ato da aprovao do projeto arquitetnico poder ser expedida a

    respectiva licena para construo.

    1- Quando interessado, o proprietrio poder requisitar o carimbo

    de aprovao em outras cpias idnticas ao projeto aprovado pelo

    setor competente devendo apresentar requerimento assinado

    juntamente com as cpias heliogrficas, com formatos e dobragens

    nos padres adotados pela ABNT.

    2- A prefeitura ter o prazo mximo de 10(dez) dias teis, a contar

    da data de entrada do processo, para providenciar o carimbo de

    aprovao das cpias.

  • 8

    Art.23- Para a concesso da licena de que trata o art. 18, so dispensados da

    apresentao dos documentos mencionados nos incisos III, IV e VI, os seguintes casos:

    a) construo de habilitao de interesse social, assim entendidas as edificaes residenciais de apenas de 01(um) pavimento, com

    rea construda de at 60m2 (sessenta metros quadrados) e

    cmodo comercial de at 30m2 (trinta metros quadrados),desde

    que obedeam as edificaes da Legislao Urbanstica

    Municipal ou o projeto padro fornecido pela Prefeitura.

    b) Ampliao de at 20m2( vinte metros quadrados), no pavimento trreo de compartimento de uso residencial e comercial, desde

    que no contrarie a disposio da Legislao Urbanstica

    Municipal;

    c) Construo de muros divisrios; d) Demolio definitiva da edificao.

    Art.24- O alvar de licena para execuo de obras ser concedido segundo

    modelos oficiais contendo todos os dados da obra bem como seu prazo de validade.

    1- A validade do alvar de licena ser de 18 (dezoito) meses, contados a

    partir da data de sua expedio.

    2- Decorrido o prazo de validade do alvar sem que a obra tenha sido

    concluda, a licena dever ser renovada por prazos sucessivos de

    18(dezoito) meses at sua concluso, salvo no caso de modificao deste

    Cdigo ou da legislao pertinente.

    3- Decorrido o prazo de validade do alvar sem que a construo tenha

    sido infeiada, considerar-se sem automaticamente revogada a licena.

    4- Os alvars de construo concedidos pela prefeitura municipal

    anteriormente data de publicao desta Lei, tero sua validade assegurada

    desde que as obras estejam sendo executadas de acordo com o projeto

    aprovado, podendo ser renovada por prazos sucessivos de 18(dezoito) meses

    at sua concluso.

    5- A revalidao da licena mencionada no caput deste artigo s ser

    concedida caso os trabalhos de fundao estejam iniciados.

    Art.25- No caso de modificao desta Lei ou da legislao urbanstica

    pertinente, s obras licenciadas e iniciadas ser assegurado o direito aos prazos e demais

    disposies definidas anteriormente modificao citada.

    Art26- Nenhuma demolio de edificao ou obra permanente de qualquer

    natureza poder ser feita sem prvio requerimento prefeitura, que expedir a licena aps

    vistoria.

  • 9

    1- Quando se tratar de demolio de edificao com mais de 02(dois)

    pavimentos, dever o proprietrio apresentar profissional legalmente

    habilitado, responsvel pela execuo dos servios, que assinar o

    requerimento juntamente com proprietrio.

    2- A licena para demolio ser expedida juntamente com a licena para

    construo, quando for o caso.

    Art.27- O prazo mximo para concesso da licena para execuo de obras

    que no necessitam de projetos, ou cujos projetos j tenham sido aprovados, de

    15(quinze) dias teis, a contar da data de entrada do requerimento na prefeitura.

    1- Concedida a licena, o interessado ter prazo de 30(trinta) dias teis,

    contados da data de expedio, para retir-la, no se responsabilizando a prefeitura pela sua

    guarda aps este perodo.

    2- Sero indeferidos, com declarao de motivos, os requerimentos de

    licena para a execuo de obras que no satisfizerem as exigncias desta lei.

    Art.28- Toda obra dever ser vistoriada pela prefeitura municipal de

    Governador Valadares, devendo o Servidor Municipal, incumbido desta atividade, Ter

    garantido livre acesso ao local.

    Pargrafo nico Durante a construo da edificao devero ser mantidos na obra, com fcil acesso fiscalizao, os seguintes documentos:

    a) notas do alinhamento e nivelamento da construo devidamente assinadas pela autoridade competente;

    b) alvar de licena para construo ou demolio; c) cpia do projeto aprovado, assinada pela autoridade competente e pelos

    profissionais responsveis.

    Art.29- Uma vez concluda a edificao, total ou parcialmente, dever ser

    requerido o Alvar de Aprovao da Obras, correspondente ao uso pretendido.

    1- Tratando-se de obra em edificao de uso residencial, ser requerido

    Habite-se.

    2- Tratando-se de obra em edificao de uso no residencial, ser

    requerida Ocupao.

    3- Uma obra considerada concluda quando tiver condies de

    habitalidade, estando em funcionamento as instalaes hidro-sanitrias e

    eltricas.

  • 10

    Art.30- O pedido de aprovao da obra, assinado pelo interessado ou

    responsvel tcnico por sua execuo, dever ser feito aps sua concluso, acompanhado de

    cpia do Alvar de Licena para Construo e do comprovante de pagamento das taxas

    relativas ao processo.

    1- No caso de reforma de edificao, cuja ocupao no tenha cessado no

    decorrer da obra, no ser necessria a expedio de novo certificado de

    aprovao, bastando a verificao, mediante vistoria do rgo competente da

    prefeitura, de que foram cumpridas as disposies desta Lei.

    Art.31- A concesso de Habite-se ou Ocupao da edificao dever ser antecedida de vistoria, realizada por tcnico da prefeitura, aps o que, se aceita, ser

    emitido o certificado correspondente.

    1- A aprovao da obra ser concedida se atendidas as seguintes

    exigncias:

    a) quando cumpridos o projeto aprovado pela prefeitura e demais exigncias

    desta Lei;

    b) quando a execuo das instalaes prediais tiverem sido aprovadas pelas

    reparties pblicas, estaduais, municipais ou concessionrias de servios

    pblicos quando for o caso;

    d) quando o passeio do logradouro, correspondente testada do lote, tiver sido inteiramente construdo, reconstrudo ou reparado.

    2- Caso as exigncias acima no sejam cumpridas o proprietrio ser

    notificado e ter um prazo de 30(trinta) dias teis para atend-las, podendo

    ser prorrogado a critrio do setor competente da prefeitura.

    3- Vencido o prazo e caso as exigncias no tenham sido atendidas, a

    prefeitura no emitir o HABITE-SE ou OCUPAO.

    Art.32- Antes de expedido o certificado no ser permitida a habitao,

    ocupao ou utilizao da edificao, sob pena de multas e demais cominaes legais.

    Pargrafo nico- Ser permitida a instalao de mquinas, balces, armrios

    e prateleiras nos prdios destinados a estabelecimentos industriais e

    comerciais, sem que possam, entretanto, funcionar antes da concesso do

    documento de aprovao da obra.

    Art.33- A vistoria e emisso do documento de aprovao da obra devero ser

    efetuadas no prazo mximo de 20(vinte) dias teis, a contar da data do protocolo do

    requerimento, deduzidos os atrasos ocorridos por conta do interessado.

    Art.34- Poder ser concedido Habite-se ou Ocupao parcial a uma edificao, nos seguintes casos:

  • 11

    I- quando se tratar de edificao composta de parte comercial e parte residencial, podendo cada uma das partes ser utilizada

    independentemente da outra;

    II- quando se tratar de edificao residencial coletiva, sendo concedido Habite-se para a unidade residencial que esteja completamente concluda, bem como concludos os espaos e compartimentos de uso

    comum;

    III- quando se tratar de mais de uma edificao, construda, no mesmo terreno, para quela que estiver totalmente concluda, bem como os

    acessos e as obras de urbarnizao.

    CAPTULO V

    DA EXECUO DE OBRAS

    SEO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art.-35 A execuo das obras somente poder ser iniciada depois de

    aprovado o projeto arquitetnico, quando for o caso, e expedido o alvar de licena para a

    sua realizao.

    Pargrafo nico- A obra ser considerada iniciada quando estiver

    com os alicerces iniciados.

    Art.36- Sem prvio saneamento do solo nenhuma edificao poder ser

    construda sobre terreno:

    I- mido, pantanoso ou instvel; II- misturado com substncias orgnicas ou txicas;

    1- Sobre antigos depsitos de lixo proibido qualquer tipo de edificao.

    2- Os trabalhos de saneamento devero ficar sob a responsabilidade de

    profissional legalmente habilitado e comprovados por meio de laudo tcnico

    a ser apresentado ao rgo competente da Prefeitura Municipal.

    SEOII

    DO CANTEIRO DE OBRAS, TAPUMES E ANDAIMES

    Art.37- A implantao do canteiro de obras, fora do local em que se realiza a

    edificao, somente ser permitida pela Prefeitura Municipal mediante exame das

    condies locais, dos fluxos de carga e descarga no horrio e dos inconvenientes ou

    prejuzos que venham causar aos transeuntes.

    Art38- Enquanto durarem os servios de construo, reforma ou demolio,

    o responsvel pela obra dever adotar as medidas necessrias proteo e segurana dos

  • 12

    trabalhadores, dos transeuntes, das propriedades vizinhas e dos logradouros, observando o

    disposto neste Captulo, as normas aplicveis da ABTN e outras normas municipais.

    Art.39- A movimentao dos materiais e equipamentos necessrios

    execuo de qualquer edificao ser feita dentro das divisas do espao

    areo do lote, definido por seus limites e pelos tapumes.

    Art40- Os materiais descarregados fora do tapume devero ser removidos

    para o seu interior, dentro de 24(vinte e quatro) horas, contadas da descarga

    dos mesmos.

    Pargrafo nico Aps o prazo previsto e tendo a prefeitura atuado o responsvel pela obra, ser permitido ao proprietrio, num prazo de 24(vinte

    e quatro) horas, a retirada do material, findo o qual a Prefeitura poder

    recolh-lo.

    Art.41- Nenhuma construo, reforma ou demolio poder ser executada no

    alinhamento predial, sem que seja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se

    tratar da execuo de muros, grades ou de pintura e pequenos reparos na edificao.

    Pargrafo nico - Os tapumes somente podero ser colocados aps

    expedio, pela Prefeitura Municipal, do Alvar de Construo ou da Licena de

    demolio.

    Art.42- Tapumes e andaimes no podero ocupar mais do que a metade da

    largura do passeio, sendo que, no mnimo, 0,80m (oitenta centmetros) sero mantidos

    livres para o fluxo de pedestres.

    1- A Prefeitura Municipal poder autorizar, por prazo determinado,

    ocupao superior fixada neste artigo, quando for tecnicamente comprovada sua

    necessidade, desde que sejam adotadas medidas de proteo para circulao de pedestres.

    2- Concludos os servios de fachada, ou paralisada a obra por perodo

    superior a 30(trinta) dias, o tapume ser obrigatoriamente recuado para o alinhamento.

    Art.43- Em todo permetro da construo de edifcios, com mais de 02(dois)

    pavimentos ou altura superior a 8,00(oito metros) ser obrigatria a execuo de:

    a) plataforma de segurana a cada 6,00m (seis metros) ou 02 (dois) pavimentos, nos termos da Legislao Federal;

    b) Vedao externa de telas que a envolvam totalmente.

    Art.44- Em caso algum, os tapumes e andaimes podero prejudicar a

    arborizao, iluminao pblica, a visibilidade de dsticos ou aparelhos de sinalizao de

    trnsito, o funcionamento de equipamentos ou instalaes de quaisquer servios de

    utilidade pblica.

  • 13

    SEO III

    DOS PASSEIOS E VEDAES

    Art.45- Durante o perodo de construo, reforma ou demolio, o construtor

    manter o passeio, em frente obra, em boas condies de trnsito aos pedestres. efetuando

    todos os reparos que para esse fim se fizerem necessrios.

    Art.46- A construo, reconstruo e conservao dos passeios e vedaes,

    em toda a extenso das testadas dos terrenos edificados ou no, compete aos seus

    proprietrios e so obrigatrias.

    1- A Prefeitura Municipal poder exigir em qualquer poca a construo

    reparao ou reconstruo dos passeios e vedaes.

    2- A Prefeitura Municipal poder exigir dos proprietrios a construo de

    muros de arrimo e de proteo, sempre que o nvel do terreno for superior ou

    inferior ao logradouro pblico, ou quando houver desnvel entre os lotes, que

    possa ameaar a segurana pblica.

    Art.47- Os terrenos no edificados, situados em vias pavimentadas, devero

    ser vedados com muros de alvenaria ou cercas vivas.

    Art.48- Os proprietrios dos imveis que tenham frente para logradouros

    pblicos pavimentados, so obrigados a pavimentar e manter em bom

    estado os passeios, em frente de seus lotes.

    1- O piso do passeio dever ser de material resistente e antiderrapante,

    obedecendo ao padro municipal vigente, quando houver.

    2- Os passeios devero obedecer o desnvel de 2% (dois por cento) no

    sentido da via pblica, para escoamento das guas pluviais.

    Art.49 - Ficam expressamente proibidas quaisquer construes sobre os

    passeios pblicos, bem como:

    I- degraus ou rampas, para darem acesso s residncias, salvo casos especiais, a critrios do setor competente:

    II- rampas ou variaes bruscas abaixo ou acima do nvel dos passeios, para darem acesso s reas de estacionamento de veculos no interior

    do lote.

    Art.50- A altura mnima dos muros de divisa lateral e de fundos ser de

    1,80m (um metro e oitenta centmetros), tomando-se como referncia o nvel natural do

    terreno.

  • 14

    Art51- Ficar a cargo da prefeitura a reconstruo ou conserto dos

    logradouros e passeios, no caso de alterao do nivelamento, deslizamento

    ou estragos, ocasionados por preposto do Municpio ou pela arborizao.

    CAPTULO VI

    DAS CONDIES GERAIS RELATIVAS S EDIFICAES

    SEO I

    DAS FUNDAES

    Art.52 -As fundaes sero executadas de modo que a carga sobre o solo

    no ultrapasse os limites, indicados nas especificaes da Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas ABNT.

    Pargrafo nico- As fundaes no podero invadir o leito da via pblica,

    devendo ser executadas de maneira que no prejudiquem os imveis vizinhos; sejam

    totalmente independentes e situados dentro dos limites do lote.

    SEO II

    DAS PAREDES, PISOS E COBERTURAS

    Art.53 -O projeto e execuo de estruturas, pisos, paredes e coberturas das

    edificaes obedecero s normas da ABTN.

    1- Os materiais utilizados nas paredes, portas, janelas, pisos, coberturas e

    forros devero atender aos requisitos mnimos, exigidos pelas normas

    tcnicas oficiais, quanto a resistncia ao fogo e isolamento trmico e

    acstico.

    2- As paredes que separam unidades distintas, devero ter caractersticas

    de resistncia ao fogo e isolamento acstico, correspondente a uma parede

    de alvenaria de tijolos comuns de barro macio, revestida com argamassa e

    cal e areia, com espessura acabada de 0,25m (vinte e cinco centmetros), e

    devero estender-se at o telhado.

    Art.54- Os pisos que separam os andares de uma edificao de uso coletivo

    devero observar os ndices tcnicos de resistncia, correspondentes ao de uma laje de

    concreto armado, com espessura de 0,10m(dez centmetros), acabado na face superior com

    piso cimentado.

    1- Nas coberturas devero ser empregados materiais impermeveis,

    incombustveis e resistentes ao dos agentes atmosfricos.

  • 15

    2- Quando construda em laje de concreto, a cobertura dever ser

    totalmente impermeabilizada.

    SEO III

    DA ILUMINAO E VENTILAO

    Art.55- Os compartimentos das edificaes so classificados em:

    I- compartimento de permanncia prolongada; II- compartimento de utilizao transitria; III- compartimento de utilizao especial;

    Art.56- So compartimentos de permanncia prolongada os locais de uso

    definido, destinados a permanncia por tempo longo e indeteminado, como: dormitrios ,

    salas de estar, refeies, jogos, trabalho e estudo, lojas, escritrios, oficinas, indstrias,

    enfermeiras, copas, cozinhas, refeitrios, locais de reunies, salo de festas e locais

    fechados para prtica de esportes.

    Art57- So compartimentos de utilizao transitria os locais de uso

    definido, destinados a permanncia por tempo determinado como: vestbulos, halls,

    corredores, caixas de escada, instalaes sanitrias, vestirios, despensas e reas de servio

    residenciais, etc.

    Art.58- So compartimento de utilizao especiais aqueles que, embora

    possam ser classificados conforme as utilizaes anteriores, apresentem caractersticas e

    condies peculiares, demandando iluminao e ventilao artificiais ou foradas, tais

    como: auditrios, anfiteatros, cinemas, teatros e sala de espetculos, museus e galerias de

    arte, estdios de gravao, rdios e televises, laboratrios fotogrficos, cinematogrficos e

    de som, centros cirrgicos e salas de raio X, salas de computadores, transformadores e

    telefonia, duchas e saunas, garagem no subsolo.

    Art59- Ressalvados os casos, previstos nesta Lei, todo compartimento

    dever ter pelo menos um vo aberto diretamente para um logradouro pblico, ou para

    reas livres.

    Art.60- As dimenses mnimas dos vos de iluminao e ventilao

    obedecero ao disposto nos anexos II e III desta Lei.

    Art61- No sero exigidas aberturas em corredores de uso privativo de at

    06m (seis metros) de comprimento, corredores de uso coletivo de at 10( dez metros) de

    comprimento, escadas de uso privativo e vestbulos de elevadores.

    Art.62- Nos estabelecimentos comerciais em galerias e shopping centers, bem como naquelas, destinados a servios bancrios, sero toleradas iluminao artificial e

    ventilao forada.

  • 16

    Art.63- Nenhum vo ser considerado capaz de iluminar pontos do

    compartimento que dele distem mais de 02(duas) vezes e 1,2 (meia) a extenso de seu p

    direito, exceto nos compartimentos, destinados ao comrcio, em, que sero toleradas

    extenses de at 4 (quatro) vezes o p direito.

    Art64- Sero tolerados vos de iluminao e ventilao, voltados para reas

    cobertas, como profundidade de at 3m (trs) metros, caso em que a distncia mxima de

    qualquer ponto de compartimento ser tomada projeo do beiral da rea coberta.

    Pargrafo nico- A rea coberta, considerada, dever ser obrigatoriamente

    aberta na proporo de 1/6 (um sexto) de sua rea, somada s reas dos respectivos

    compartimentos para ela iluminados e ventilados.

    Art.65- A iluminao e ventilao zenital sero permitidas em

    compartimentos de permanncia transitria, desde que a rea, destinada

    iluminao, seja de 1/6( um sexto), e a destinada ventilao, 1/12 (um doze

    avos) da rea total do compartimento.

    Art. 66 - Aos sanitrios e lavabos das edificaes sero permitidas

    iluminao artificial e ventilao indireta, ou forada.

    Pargrafo nico A ventilao indireta, por meio de forro falso, atravs de compartimento contguo, observar os seguintes requisitos:

    a) altura livre igual, ou superior a 0,40m(quarenta centmetros); b) largura igual, ou superior, a 1m (um metro), c) distncia mxima de 3m (trs metros), exceto no caso de ser aberto nas

    02 (duas extremidades

    d) comunicar diretamente com o exterior e) ser protegida contra guas de chuvas e providas de tela no seu exterior.

    Art.67- Nos compartimentos comerciais e de servio sero permitidos

    painis divisrios com altura de at 2/3 (dois teros) de seu p direito, sem que sejam

    alterados os vos de iluminao, e ventilao, previstos para a rea.

    SEO IV

    DAS REAS DE CIRCULAO

    Art. 68- Entende-se por espaos de circulao os seguintes:

    a) circulao de um mesmo nvel ou corredores; b) escadas; c) rampas; d) elevadores;

  • 17

    e) escadas rolantes; f) portarias; g) vestbulos; h) sadas;

    SUBSEO I

    DOS CORREDORES, ESCADAS E RAMPAS

    Art. 69- Quando de uso privativo, os corredores, escadas e rampas tero

    largura mnima de 0,80m (oitenta centmetros).

    Art.70- Quando de uso coletivo, a largura dos corredores, escadas e rampas

    obedecer o seguinte:

    I circulao em um mesmo nvel, ou corredores:

    a) dimenses proporcionais ao clculo da populao do pavimento, conforme Captulo VII;

    b) larguras mnimas dos corredores, conforme seu uso, para escoamento de 100 (cem) pessoas por minuto, conforme tabela I, anexo I;

    c) caso a populao do pavimento seja superior a 100(cem) pessoas, as larguras do corredor devero ser acrescidas de 0,10m (dez centmetros) a

    cada 10 pessoas excedentes, ou frao.

    III- escadas e rampas: a) as escadas e rampas tero sua largura definida em funo da populao

    mdia por pavimento, dada pela equao: Pm = PE/Np, onde Pm a

    populao mdia por pavimento; PE a populao total da edificao e

    Np o nmero de pavimentos que se destinam a permanncia

    prolongada de pessoas;

    b) a largura das escadas e rampas ser dimensionada, considerando que a largura mnima, estabelecida pela tabela I, anexo I, tem capacidade de

    escoamento para 70 (setenta) pessoas nas escadas e 85 (oitenta e cinco)

    pessoas nas rampas, sendo que para populaes acima desses valores

    devero ser acrescidos largura das escadas ou rampas 0,10 (dez

    centmetros) a cada 10(dez) pessoas excedentes ou frao.

    Art.71-Em galerias de lojas , a largura mnima dos corredores dever ser de

    3m (trs metros) quando houver lojas de ambos os lados, e de 1,80m (um metro e oitenta

    centmetros), quando houver lojas apenas de um lado.

    1- Toda vez que o clculo da largura de uma escada ou rampa ultrapassar a

    largura mxima ou o raio mximo, conforme tabela, dever ser criada outra

    escada ou rampa.

    2- Ser permitido, para efeito de clculo da largura das circulaes de um

    mesmo nvel, que as edificaes de mesmo uso sejam subdivididas em

  • 18

    partes, desde que o corredor que sirva a cada parte tenha capacidade de

    escoar a populao do mesmo at a escada, rampa ou sada.

    Art72- As escadas e rampas de uso coletivo devero, ainda, obedecer o

    seguinte:

    I- serem construdas de material incombustveis e terem o piso revestido de material no escorregadio;

    II- serem dotadas de corrimo quando se elevarem mais de 1m (um metro) sobre o nvel do piso;

    III- os patamares no podero ter nenhuma de suas dimenses inferiores largura da respectiva escada ou rampa;

    IV- nenhuma porta poder abrir sobre os degraus ou projeo de rampas dos patamares intermedirio das escadas.

    Art73- Nas escadas ser permitido o mximo de 19 (dezenove) degraus sem

    patamar intermedirio.

    Art.74- A declividade mxima permitida para as rampas de uso coletivo de

    10% (dez por cento).

    Art.75 - Ser tolerado o uso de escadas helicoidais somente para uso

    privativo, sendo que a parte mais larga do piso de cada degrau dever Ter no mnimo 0,30

    (trinta centmetros).

    Art.76- Para qualquer escada, o dimensionamento dos degraus dever ser o

    seguinte:

    a) altura mxima espelho de 0,18m (dezoito centmetros); b) piso mnimo de 0,25m (vinte e cinco centmetros).

    Pargrafo nico Nas escadas de uso coletivo, quando existirem degraus em

    leque, a parte mais estreita de seu piso dever Ter no mnimo 0,10 (dez centmetros).

    Art77- independentemente da existncia de outras escadas ou rampas de uso

    coletivo, as edificaes devero ser dotadas de escadas de segurana, tantas quantas forem

    necessrias, para escoar toda a populao calculada, observadas as exigncias desta Lei e

    dos requisitos de segurana, exigidos pelo Corpo de Bombeiros.

    Art.78- Sero exigidas escadas enclausuradas prova de fumaa em todas as

    edificaes com 5(cinco) ou mais pavimentos, alm dos casos previstos pela Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas ABTN.

    Art79- A escada enclausurada prova de fumaa dever servir a todos os

    pavimentos e atender , no que couber, s disposies contidas neste captulo, alm dos

    seguintes requisitos:

  • 19

    I- ser envolvida por paredes de 0,25m (vinte e cinco) centmetros de alvenaria ou 0,15m (quinze centmetros) de concreto, ou outro

    material comprovadamente resistente ao fogo durante 4h (quatro

    horas);

    II- dispor de porta contra - fogo leve, com largura mnima de 0,90m (noventa centmetros), abrindo no sentido do movimento de sada,

    em todos os pavimentos;

    III- no admitir nas caixas de escada quaisquer bocas coletoras de lixo, caixas de incndio, porta de compartimentos ou de elevadores,

    chaves eltricas e outras instalaes estranhas sua finalidade exceto

    os pontos de iluminao;

    IV- apresentar indicao clara de sada e do nmero de cada pavimento; V- dispor de circuitos de iluminao alimentados por conjunto

    autnomo.

    SUBSEO II

    DOS ACESSOS, VESTBULOS E PORTARIAS

    Art. 80- Nas edificaes de uso coletivo sero observadas as seguintes

    exigncias, relativas aos vestbulos dos pavimentos e espaos destinados

    portaria:

    I quando no dotados de elevadores, o pavimento trreo ter mnima de 6m2 (seis metros quadrados) e dimetro de 2m (dois metros) de dimetro de

    1,5 ( um metro e cinquenta) centmetros;

    II- no pavimento trreo tero rea igual ao dobro da soma da rea destinada

    caixa dos elevadores e largura mnima de 2m (dois metros), medida na linha

    perpendicular porta dos elevadores; nos demais pavimentos, tero rea

    igual soma da rea destinada caixa de elevadores que serve ao pavimento

    e largura mnima de 1,50 (um metro e cinquenta centmetros), medida na

    linha perpendicular porta dos elevadores;

    III- O espao dos vestbulos de acesso a elevadores no poder ser destinado

    a portaria.

    sada da edificao, no pavimento trreo, no poder ultrapassar a 40m (quarenta metros).

    Art82- Nas portarias, vestbulos e circulaes das edificaes de uso

    coletivo no residencial, devero ser fixadas placas, informando as sadas e caixas de

    escada.

    Pargrafo nico A sinalizao dever conter a palavra sada e faixa indicando o sentido, em locais de reunio, tais placas devero ser iluminadas e colocadas,

    tambm, sobre as portas de sada.

  • 20

    Art. 83- As portas de acesso aos compartimentos, com exceo daquelas

    destinadas a uso residencial e salas de escritrio, devero ter largura mnima de 1,20m (um

    metro e vinte centmetros) para at 50 ( cinquenta ) pessoas.

    1- Para escoamento de populao superior a 50 (cinquenta) pessoas,

    dever ser acrescido largura mnima 0,01( um centmetro) a cada 5 (cinco)

    pessoas ou frao.

    2- As portas de acesso s unidades residenciais, escritrios e salas devero

    ter dimenses mnimas de 0,80m (oitenta centmetros) x2,10 m (dois metros

    e dez centmetros).

    3- As dimenses mnimas para as demais portas so:

    a) banheiro 0,60m (sessenta centmetros)x2,10m (dois metros e dez centmetros)

    b) demais compartimentos de uso residencial 0,70m (setenta centmetros) x2,10m (dois metros e dez centmetros).

    Art. 84- As portas nas circulaes, sadas e compartimentos de uso coletivo

    devero abrir no sentido da sada.

    SUBSEO III

    DOS ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES

    Art.85- O projeto, instalao e manuteno das escadas rolantes ser feito

    de acordo com as normas da ABNT.

    Art.86- O maior percurso vertical, permitido sem a obrigatoriedade de

    instalao de elevadores, ser de 9,50m (nove metros e cinquenta centmetros),

    independente da destinao dos pisos.

    1- No sero considerados, para efeito deste percurso, o pavimento til

    mais distante que for de uso exclusivo do penltimo, ou terrao de uso

    comum.

    2- Nas edificaes com altura superior a 23m (vinte e trs metros) haver,

    pelo menos,2 (dois) elevadores de passageiros, de acordo com as normas

    estabelecidas na ABNT.

    Art.87-O projeto e instalao dos elevadores devero ser executados de

    acordo com a acordo com as normas da ABNT.

    Pargrafo nico- O nmero e a capacidade dos elevadores sero

    dimensionados de acordo com a populao prevista para o edifcio e de acordo com a

    especificao do fabricante, podendo a memria de clculo ser requisitada pela prefeitura.

  • 21

    Art.88- O uso de elevadores no dispensa o uso de escadas.

    Art89- O vestbulo de elevadores deve comunicar-se com a escada.

    Art.90- Nos edifcios de uso pblico, os elevadores devero atingir todos os

    pavimentos inclusive garagens e subsolo.

    Art.91- Os elevadores de carga devem atender as normas para elevadores de

    passageiros, no que lhes for aplicvel e com as adaptaes adequadas.

    Pargrafo nico O acesso aos elevadores de carga deve ser separado dos acessos dos elevadores de passageiros.

    Art.92- O projeto, instalao e manuteno das escadas rolantes ser feito de

    acordo com as normas da ABNT.

    Art.93- Os patamares da entrada e sada das escadas rolantes devero ter

    dimenses mnimas de 1,50 ( um metro e cinquenta centmetros), contados a partir do 1 e

    do ltimo degrau, respectivamente, e medido em linha perpendicular largura da escada.

    SEO V

    DAS FACHADAS E VOLUMES

    Art. 94- Nos cruzamentos de vias pblicas, os muros e edificaes sero

    projetados e executados de modo a ter as paredes sobre o alinhamento, concordados por

    uma terceira parede, normal bissetriz do ngulo, formado por elas, de comprimento

    mnimo de 2,50 ( dois metros e cinquenta centmetros).

    Pargrafo nico A superfcie de concordncia no ser necessria a partir da altura de 3m (trs metros) do ponto mais alto do trecho do passeio a ela referente.

    Art.95- Nas edificaes de uso residencial, ou parte residencial das sobre os

    afastamentos obrigatrios, destinados a varandas, quebra - sis ou edificaes de uso misto,

    sero admitidos corpos em balano, avanado elementos decorativos, obedecendo um

    afastamento mnimo das divisas frontal, lateral e fundos de 1,50m (um metro e cinquenta

    centmetros), desde que:

    I- para varandas, seu comprimento, medido perpendicularmente s fachadas, no exceda a (um quarto) dos afastamentos mnimos

    obrigatrios;

    II- para quebra - sis, ou elementos decorativos, seu comprimento, medido perpendicularmente s fachadas, no exceda a 0,50

    (cinquenta centmetros).

  • 22

    1 O afastamento mnimo das divisas ser medido a partir da face externa

    do corpo mais avanado da edificao.

    2- As reas dos corpos em balano no sero computadas apenas no ndice

    de ocupao.

    SEO VI

    DAS REAS LIVRES

    Art.96 So considerados reas livres todas as superfcies horizontais sem construo, ao nvel do terreno ou de qualquer pavimento, para as quais se abram os vos

    de iluminao e ventilao dos compartimentos.

    Art.97- As reas livres so classificadas em:

    I- reas fechadas, aquelas cujo permetro formado por faces de edificao e por divisas laterais, ou de fundo do lote, e no se

    limitam com o logradouro pblico;

    II- reas abertas, aquelas que se limitam com o logradouro pblico em, pelo menos, um dos seus lados.

    Pargrafo nico - As reas de afastamento obrigatrio lateral e de fundos

    so considerados abertas, para efeito desta Lei.

    Art.98- As reas fechadas devero observar, ainda, o seguinte:

    I- no poder existir, dentro de suas dimenses mnimas, salincia ou balano superior a 0,25 ( vinte e cinco) centmetros;

    II- Sero providos de escoadouro para guas pluviais; III- sero obrigatoriamente descobertas.

    Art.99- Ser permitida a abertura de vos para as reas livres fechadas, desde

    que observadas as seguintes condies:

    I- quando forem abertos vos pertencentes aos compartimentos de permanncia prolongada at 03 (trs) pavimentos a rea livre dever

    permitir a inscrio de um crculo de 2,00m( dois metros ) de

    dimetro e rea de 6,00m2 (seis metros quadrados);

    II- Quando forem abertos vos pertencentes aos compartimentos de permanncia transitria at 03 (trs) pavimentos, a rea livre dever

    permitir a inscrio de um crculo de 1,50m ( um metro e cinquenta

    centmetros) de dimetro e rea mnima de 4,00m2 (quatro metros

    quadrados);

  • 23

    III- Para edificaes com mais de 03 (trs) pavimentos as reas livres fechadas devero atender as frmulas:

    a) D = 2,00 +h/10 para usos residenciais, e rea mnima de 6,00m2, onde h representa a distncia entre os pisos do 1 (primeiro) e do ltimo

    pavimento a ser iluminado por ela;

    b) D= 2,00+h/8 para usos comerciais, e rea mnima de 6,00m2;

    IV quando a rea livre servir apenas a compartimentos sanitrios, este dever permitir a inscrio de um crculo de 1,00 (um metro) de dimetro e

    possuir rea mnima de 1,50m2 ( um metro e cinquenta centmetros

    quadrados).

    Pargrafo nico As reas livres devero ser revestidas internamente e

    visitveis na base.

    SEO VII

    DAS REAS DE ESTACIONAMENTO

    Art. 100- O nmero de vagas de estacionamento de veculos nas edificaes

    ser estabelecido atendendo-se ao seguinte:

    I- Para edificao com uso residencial:

    a) no ser exigida vaga de estacionamento para a edificao que no ultrapassar 70m2 (setenta metros quadrados) de rea construda privativa

    total por lote ou conjunto de lotes;

    b) Ser exigida uma vaga de estacionamento, para cada unidade com rea construda privativa superior a 70m2 (setenta metros quadrados) e

    inferior a 150m2 (cento e cinquenta metros quadrados);

    c) Sero exigidas 02 (duas ) vagas de estacionamento para cada unidade com rea construda privativa igual ou superior a 150m2 (cento e

    cinquenta metros quadrados).

    II- para edificao com uso comercial ou de servio:

    a) no ser exigidas vaga de estacionamento para edificao que no ultrapasse a 200m (duzentos metros quadrados) de rea construda total

    por lote, ou conjunto de lotes;

  • 24

    b) Ser exigida uma vaga de estacionamento para cada 100m2 (cem metros quadrados) de rea privativa total, para edificaes com rea construda

    superior a 200m2 (duzentos metros quadrados).

    III- para edificaes com uso industrial:

    a) para as indstrias no localizadas na Zona Industrial (ZI), o nmero, assim como a dimenso, das vagas de estacionamento sero exigidos,

    conforme o tipo de indstria.

    Art.101- As reas de estacionamento ficam subdivididas em:

    I- reas de estacionamento descoberto; II- reas de estacionamento coberto, conformando abrigo; III- reas de estacionamento coberto, conformando garagem.

    Art.102 Para quaisquer dos tipos de reas de estacionamento, definidos no artigo anterior, devero ser cumpridas as seguintes exigncias, quanto aos acessos em geral:

    a) cruzaro os passeios e alinhamentos, preferencialmente, em direo perpendicular; b) distaro, no mnimo,6m (seis metros) das esquinas e logradouros, medidos do eixo das

    rampas;

    c) tero as guias dos passeios rebaixadas por meio de rampas, no podendo ultrapassar 0,50 (cinquenta centmetros), no sentido da largura do passeio;

    d) as rampas de que trata a alnea anterior devero ficar contidas dentro dos limites, estabelecidos pela projeo das aberturas de acesso dos veculos aos lotes dotados de

    elementos que permitam o livre escoamento das guas pluviais das ruas;

    e) as rampas de acesso s reas de estacionamento devero ter inclinao mxima de 20% (vinte por cento), tomada no eixo, para os trechos em linha reta e, na parte interna mais

    desfavorvel, para os trechos em curva:

    f) tero, para cada sentido de trnsito, largura mnima de 3m (trs metros), podendo Ter 5m (cinco metros) para mo dupla, quando em linha reta;

    g) tero pelo menos, 6m (seis metros) de raio, medidos na curva interna, quando forem em curva;

    h) sero dotados de alarme, quando forem situados nas zonas onde se concentram as atividades comerciais, de servios ou industriais, ou onde for intensa a circulao de

    pedestres;

    i) sero mantidos livres e desimpedidos.

    Art. 103- Dever ser demonstrada, graficamente, a viabilidade de acesso,

    movimentao, distribuio e localizao das reas de estacionamento, de acordo com as

    dimenses mnimas das vagas estabelecidas na tabela II, anexo I desta lei, e observadas as

    normas federais, quando for ocaso.

  • 25

    1- As vagas para automveis e utilitrios, quando no limitadas por

    paredes laterais, podero ter a largura mnima de 2,50m (dois metros e

    cinquenta centmetros).

    2- A localizao dos acessos nos passeios s ser permitida quando dela

    no resultar prejuzo para a arborizao pblica, exceto quando for possvel,

    a juzo da prefeitura Municipal, a remoo das rvores para pequena

    distncia.

    3- As despesas e servios necessrios execuo do transplante, a que se

    refere o pargrafo anterior, correo por conta do interessado.

    4- As reas de estacionamento, quando pavimentadas, devero ser dotadas

    de torneiras e de ralos para escoamento das guas pluviais e de lavagem.

    Art.104- Nas edificaes residenciais unifamiliares, os abrigos podero ser

    executados nas reas de recuo obrigatrio, observadas as seguintes condies:

    I- no podero ter rea superior a 30m2 (trinta metros quadrados); II- no se prolongar por mais de 6m (seis metros), junto s divisas laterais, quando

    nelas encostadas.

    Art.105 Para as garagens, a que se refere o item III do artigo 100, devero ser observadas as seguintes exigncias:

    I- estrutura e paredes de vedao inteiramente incombustveis, caso haja outro pavimento na parte superior;

    II- Piso revestido de material resistente a solventes, impermevel e, antiderrapante, com as mesmas caractersticas de uma camada de 0,10m (dez centmetros) de

    concreto; paredes impermeveis e as valas, devero ser ligadas rede de esgoto por

    ralo sifonado;

    III- A parte destinada a veculos ser inteiramente separada das demais dependncias (administrao, depsitos, almoxarifados, etc) por meio de paredes construdas de

    material incombustvel;

    IV- Para acesso de veculos entre os pavimentos podero ser empregados elevadores ou rampas;

    V- Para iluminao e ventilao das garagens, ser permitido que os vos tenham 1/20 ( um vinte avos) da rea do piso.

    Art. 106- A construo de garagens em subsolos ser permitida, podendo

    existir mais de um pavimento abaixo do piso.

    1- Quando se tratar de pavimento em subsolo, a prefeitura poder

    requisitar, a seu juzo, os clculos que demonstrem a eficincia dos

    elementos de renovao de ar projetados.

  • 26

    2- A Prefeitura interditar, total ou parcialmente, as garagens subterrneas,

    caso as instalaes de ar renovado ou condicionado, no funcionem de

    acordo com as exigncias tcnicas.

    Art107- Nos edifcios residenciais e de uso misto no ser permitida a

    existncia, no mesmo pavimento de garagem, e de compartimentos destinados a fins

    residenciais, admitindo-se, apenas, os espaos destinados a servios de administrao, lazer

    e manuteno da prpria garagem.

    Pargrafo nico- Nos edifcios garagem haver compartimento para vigilante, que satisfaa s condies exigidas nesta Lei, para compartimentos de

    permanncia prolongada, devendo esse compartimento ser dotado de sada externa ou

    escada que permita a retirada, em caso de incndio.

    Art.108- Os edifcios - garagem devero obedecer, alm das prescries do

    artigo anterior, s exigncias para as reas de estacionamento, estabelecidas nesta Lei, bem

    como, s disposies aplicveis da Lei de Uso e Ocupao do solo do Municpio.

    SEO VIII

    DAS CONSTRUES COMPLEMENTARES

    SUBSEO I

    DAS PRGOLAS

    Art.109- As prgolas obedecero aos seguintes parmetros:

    I- tero parte vazada, correspondente a 50% (cinquenta por cento), no mnimo, da rea de sua projeo horizontal;

    II- o espaamento entre as nervuras dever ser, no mnimo de 0,15m (quinze centmetros).

    SUBSEO II

    DAS PORTARIAS, GUARITAS E BILHETERIAS

    Art.110- As portarias, guaritas e bilheterias podero ser localizadas nas reas

    de afastamento obrigatrio, desde que:

    I- tenham rea mxima correspondente a 1% (um por cento) da rea do lote e no exceda a 9,00m2 (nove metros quadrados)

    II- qualquer de suas dimenses no seja superior a 3,00m (trs metros).

    SUBSEO III

    DOS STOS

  • 27

    Art.111- Os stos sujeitam-se s exigncias desta Lei, em funo da

    destinao dada aos seus compartimentos.

    Pargrafo nico- Admite-se para stos, quando utilizados como

    compartimentos de permanncia prolongada, um p-direito mnimo de 2,20m (dois metros

    e vinte centmetros).

    SUBSEO IV

    DOS SUBSOLOS E DOS PORES

    Art112- No caso da utilizao do subsolo e pores nas edificaes, dever

    ser observado:

    I- quando sua utilizao for para garagens, lazer, despejo ou depsito, no ser computado como pavimento;

    II- quando o subsolo for utilizado para compartimento de permanncia prolongada, desde que se atenda s condies mnimas necessrias para iluminao e ventilao,

    exigidas nesta Lei, ser computado como pavimento.

    SUBSEO V

    DAS PISCINAS E CAIXAS DAGUA

    Art.113- As caixas dagua enterradas e piscinas devero guardar afastamento mnima de 0,50m (cinquenta centmetros), dos ndices de ocupao e aproveitamento.

    Art.114 - Quando elevadas, as caixas dagua devero obedecer aos afastamentos obrigatrios e no sero computadas no clculo dos ndices de ocupao e

    aproveitamento.

    Art.115- O projeto e a execuo das caixas dagua e piscinas devero obedecer as normas da ABTN.

    CAPTULO VII

    DA LOTAO DAS EDIFICAES

    Art.116- Em edificaes de uso coletivo ser efetuado o clculo de lotao

    da rea construda e do uso da edificao, conforme os ndices, relacionados a seguir, e

    subdivididos em trs etapas:

    a) clculo da lotao dos compartimentos; b) clculo da lotao dos pavimentos; c) clculo da lotao da edificao.

  • 28

    Art.117- O clculo de lotao dever observar os seguintes ndices:

    I- para uso residencial em apartamentos, 2 (duas) pessoas por dormitrio social e uma pessoa por dormitrio servial;

    II- para uso comercial:

    a) lojas e centros comerciais: uma pessoa por 4m2 (quatro metros quadrados) de rea de sala;

    b) restaurantes e similares: uma pessoa por 1,50m2 (um metro e cinquenta decmetros quadrados) de salo de refeio;

    c) depsitos: um pessoa por 10m2 (dez metros quadrados).

    III- para uso de servios:

    a) escritrios de uma nica entidade de Reparties Pblicas: uma pessoa por 5m2 (cinco metros quadrados) de sala;

    b) escritrios em geral e consultrios: uma pessoa por 7m2 (sete metros quadrados) de sala;

    c) hotis, penses e similares: 1,3 pessoas por dormitrio;

    d) oficinas: uma pessoa por 10m2 (dez metros quadrados).

    IV- para uso industrial uma pessoa por 10m2 (dez metros quadrados). V- Para uso institucional:

    a) hospitais, clnicas e similares: 1,5 pessoas por leito; b) escolas:

    1) salas de aula uma pessoa por 1,20m2 ( um metro e vinte decmetros quadrados )de sala de aula;

    2) laboratrios uma pessoa por 4m2 (quatro metros quadrados ) de sala; 3) administrao uma pessoa por 7m2 (sete metros quadrados) de sala.

    c) lugares de reunies esportivas, religiosas, culturais, recreativas e similares:

    1) com assento fixo uma pessoa por 1,50m2 ( um metro e cinquenta decmetros quadrados);

    2) sem assento fixo uma pessoa por 0,80m2 (oitenta decmetros quadrados); 3) em p uma pessoa por 0,30m2 (trinta centmetros quadrados);

    d) parques de diverses: uma pessoa por 0,50m2 (cinquenta decmetros quadrados.

    CAPTULO VIII

    DA CLASSIFICAO DAS EDIFICAES

  • 29

    SEO I - DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS

    Art.118- Cada unidade residencial, acima de 60m2, (sessenta metros

    quadrados)dever ser dotada de, pelo menos, sala de estar, sala de refeies, dormitrio,

    cozinha, instalaes sanitria e rea de servio, com dimenses mnimas estabelecidas nos

    anexos II e III desta Lei.

    1- Os compartimentos podero ser conjugados, desde que a rea resultante

    seja igual soma correspondente rea mnima exigida para cada

    compartimento.

    2- No ser permitida a comunicao direta, atravs de porta ou janela,

    entre o banheiro e a cozinha.

    3- A instalao sanitria dever comportar, pelo menos, pia, chuveiro e

    vaso sanitrio, observando as exigncias estabelecidas no anexo III.

    Art.119- Alm das demais exigncias desta Lei, as edificaes residenciais

    coletivas horizontais e verticais obedecero ao seguinte:

    I- tero rea de lazer comum, na proporo de 1,50m2 ( um metro e cinquenta decmetros quadrados)/ habitante, sempre que o nmero de unidades residenciais,

    por lote ou conjunto de lotes (condomnios), exceder a quatro, no podendo o seu

    dimensionamento ser feito por adio de reas parciais isoladas, ter rea mnima de

    50m2 (cinquenta metros quadrados) e dimetro mnimo de 4m (quatro metros);

    II- disporo de, no mnimo, uma vaga de garagem para cada unidade residencial; III- dever ser dotada de depsito comum para coleta de lixo, banheiro e depsito de

    material de limpeza para os empregados do condomnio;

    IV- Disporo, em local adequado, de depsito comum para coleta e encaminhamento do lixo, sempre que o nmero de unidades residenciais for igual ou superior a 6(seis).

    Pargrafo nico- O nmero de habitantes ser calculado conforme previsto

    no artigo116.

    Art.120- Quando as unidades das edificaes residenciais coletivas

    horizontais, por sua disposio no terreno, exigirem acesso comum, este dever observar,

    ainda, os seguintes critrios:

    I- quando os acessos se destinarem a passagem de veculos, os mesmos devero ser dimensionados de forma a comportar duas pistas de 3m (trs metros) e cada

    passeios de 1,50m ( um metro e cinquenta centmetros) cada, observando o

    comprimento mximo de 75m (setenta e cinco metros) e retorno com raio mnimo

    de 9m (nove metros)

    II- quando os acessos se destinarem, apenas, a passagem de pedestres, se houver unidades residenciais de ambos os lados, os acessos devero Ter largura mnima de

    6m (seis metros); caso haja unidades de apenas um dos lados, a largura mnima ser

  • 30

    de 3m (trs metros), observando o comprimento mximo, em qualquer caso, de 75m

    (setenta e cinco metros);

    III- as reas dos acessos no sero consideradas no clculo das reas de estacionamento.

    SEO III

    DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM

    Art.121- So considerados estabelecimentos de hospedagem as edificaes,

    destinadas a apart- hotis, hotis, penses, motis e similares, que se destinem residncia

    temporria, com prestao de servios.

    Art.122- As edificaes, mencionadas no artigo anterior, devero dispor,

    pelo menos, de compartimentos, ambientes e locais para:

    I- recepo ou espera; II- dormitrios; III- instalao sanitria para os hspedes; IV- acesso e circulao de pessoas; V- instalaes de servios; VI- acesso e estacionamento de veculos; VII- instalaes sanitrias e vestirios para empregados, separados por sexo; VIII- entrada de servio independente da entrada de hspedes; IX- local para depsito de lixo, no pavimento trreo;

    1- A partir de 3 (trs) pavimentos, ser obrigatrio a instalao de

    elevadores.

    2- Quando no houver instalao sanitria ligada ao quarto, este dever ter

    lavatrio com gua corrente.

    3- As edificaes destinadas a motis ficam dispensadas do disposto no

    inciso I , deste artigo.

    4- Devero ser observadas instalaes adequadas para o acesso a

    deficientes fsicos.

    Art.123- Os apart- hotis e hotis devero conter, ainda os seguintes

    compartimentos:

    I- salas de estar coletivas, com rea mnima de 12m2 (doze metros quadrados), acrescida de 0,25m2 (vinte e cinco decmetros quadrados) por dormitrio, contados

    a partir do quinto dormitrio;

    Art.124- Quando possurem atendimento para refeies, ou lavanderia,

    devero atender s exigncias:

  • 31

    I- restaurante, com rea mnima de 17m2 ( dezessete metros quadrados), acrescidos de 1m2 ( um metro quadrado) por dormitrio;

    II- cozinha, com 1/5 ( um quinto) da rea do restaurante; III- copa, com rea mnima de 6m2 (seis metros quadrados), separada da cozinha,

    acrescida de 0,15m2 (quinze decmetros quadrados ) por dormitrio.

    Art.125- As lavanderias devero dispor de:

    I- depsito de roupa servida; II- depsito de roupa limpa; III- instalaes sanitrias.

    SEO III

    DAS EDIFICAES COMERCIAIS E DE SERVIOS

    SUBSEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art.126- Alm do estabelecido nos anexos II e III, das demais exigncias

    desta Lei e das normas federais sobre higiene e segurana do trabalho, as edificaes

    comerciais e de servio atendero aos seguintes requisitos:

    I- as edificaes comerciais e de servio tero instalaes sanitrias privativas para cada unidade, ou comuns ao pavimento, neste ltimo caso, sero dimensionadas na

    proporo de um vaso sanitrio para cada 20 pessoas, ou frao, calculada a lotao

    de acordo com o previsto no artigo 116;

    II- Nenhum ponto da loja dever estar a mais de 30m (trinta metros), de uma sada; III- Nas lojas com rea superior a 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados), as

    sadas devero ter largura mnima de 3m (trs metros).

    Art.127- As lojas com rea superior a 250m2 (duzentos e cinquenta metros

    quadrados), destinadas instalao de mercados, supermercados, lojas de departamentos e

    todas aquelas onde so formadas malhas de circulao, no poder ter a circulao, que

    conduz sada, largura inferior a 2m (dois metros).

    Art.128- Todas as lojas devero ter instalaes sanitrias privativas.

    Art.129- Os bares, lanchonetes e congneres tero instalaes sanitrias

    independentes para usurios e separadas por sexo.

    Art.130- Sero permitidos sobreloja, mezanino e jirau, de acordo com os

    seguintes padres:

    I- 2,30m (dois metros e trinta centmetros) de p direito mnimo para a sobreloja, mezanino ou jirau, no se admitindo elemento estrutural abaixo desta dimenso;

  • 32

    II- 2,70m ( dois metros e setenta centmetros) de p direito mnimo da loja, embaixo da sobreloja, mezanino ou jirau, no se admitindo elemento estrutural abaixo desta

    dimenso;

    III- projeo mxima da sobreloja, mezanino ou jirau de 50% da rea da loja.

    Art.131- As lojas situadas em conjuntos de lojas, galerias, centros

    comerciais, shopping centers, alm de atenderem s demais disposies desta Lei, devero:

    I- Ter rea mnima de 12,00m2 (doze metros quadrados) ; II- distar no mximo, de 60m (sessenta metros) da sada da circulao de uso comum; III- dispor de instalaes sanitrias coletivas, separadas por sexo, observando o clculo

    de lotao do pavimento, na proporo de 1(uma) para 30 (trinta ) pessoas.

    Art.132- Para edificaes especiais, como clubes, shopping centers e outras no previstas, sero fornecidas diretrizes especficas, pela Prefeitura, observadas as

    disposies desta Lei: no que couber.

    SUBSEO II

    DOS POSTOS DE SERVIOS DE VECULOS

    Art 133- So considerados postos de servio de veculos as edificaes,

    destinadas s atividades de abastecimento de combustvel, lavagem e lubrificao, em

    conjunto ou isoladamente, a qualquer uma dessas atividades.

    Art. 134- Os terrenos para instalao dos postos de servios, de que trata o

    artigo anterior, devero atender s condies seguintes:

    I- ter rea mnima de 500m2 (quinhentos metros quadrados);

    II- possuir testada voltada para o logradouro pblico de, no mnimo, 25m ( vinte e cinco metros);

    III- quando situados em esquina, possuiro pelo menos uma de suas testadas com o mnimo de 25m ( vinte e cinco metros);

    IV- rebaixamento de meios-fios no mnimo em 50% ( cinquenta por cento) do comprimento da cada testada.

    Art.135- Nas edificaes para postos de abastecimento do combustvel, sero

    observadas, alm das normas desta Seo, as da legislao federal, estadual e municipal,

    pertinentes e, especialmente a Lei de Uso e Ocupao do Solo.

  • 33

    Art.136 - A limpeza, lavagem e lubrificao de veculos devem ser feitas em

    boxes isolados de modo a impedir que a sujeira e as guas servidas sejam levadas para o

    logradouro, ou neste se acumulem.

    Pargrafo nico- As guas servidas sero conduzidas a caixas de reteno de

    leo, antes de serem lanadas na rede geral.

    Art.137- Os tanques de combustvel devero guardar afastamentos mnimos

    de 5m (cinco metros) do alinhamento e de 4m (quatro metros) das divisas do terreno.

    Art.138- A edificao dever contar com a instalaes, ou construes, de

    tal natureza, que as propriedades vizinhas, ou logradouros pblicos, no sejam molestados

    pelos rudos, vapores, jatos e asperso de gua, ou leo, originados dos servios de

    lubrificao e lavagem.

    Art139- Os postos de servios devero, tambm, dispor de instalaes

    sanitrias, separadas por sexo.

    Art. 140- As bombas para abastecimento devero guardar 4m (quatro

    metros) de distncia mnima do alinhamento dos logradouros pblicos.

    Pargrafo nico- Quando situadas em vias arteriais, devero guardar 5m

    (cinco metros) de distncia mnima do alinhamento do logradouro.

    Art.141- Devero existir ralos com grades em todo o alinhamento, voltado

    para os passeios pblicos.

    Art.142- Quanto aos acessos a postos de servio e de combustveis, devero

    ser observadas as seguintes exigncias:

    a) tero as guias dos passeios rebaixadas, por meio de rampas, no podendo ultrapassar 0,50m (cinquenta centmetros) no sentido da largura do passeio:

    b) o eixo da rampa dever situar-se a uma distncia mnima de 6m (seis metros) da esquina do alinhamento dos meios-fios;

    c) O rebaixo do meio fio ter no mximo 6m (seis metros)de largura, para cada rampa; d) haver, no mnimo, uma rampa de entrada e outra de sada, sendo que, em lotes de

    esquina, a testada menor poder ter apenas um acesso;

    e) as rampas devero cruzar o meio-fio em direo perpendicular ao mesmo, podendo a

    direo do restante do acesso ser oblqua;

    f) a rea inteira do posto de servio de gasolina ser obrigatoriamente separada do passeio,

    por bloqueio fsico.

    SUBSEO III

    DAS OFICINAS

    Art143- As oficinas de reparo de veculos devero dispor de:

  • 34

    I- espao para recolhimento ou espera de todos veculos, dentro do imvel; II- quando possurem servios de pintura, estes devero ser executados em

    compartimentos prprios, para evitar disperso de emulso de tinta, solventes, ou

    outros produtos para fora do prprio compartimento de pintura.

    SEO IV

    DAS EDIFICAES INDUSTRIAIS

    Art144- Alm das normas federais e estaduais, pertinentes, e das demais

    exigncias cabveis desta Lei, as edificaes industriais devero atender ao seguinte:

    I- a rea mnima de iluminao e ventilao das edificaes ser de 1/5 ( um quinto) e 1/10 ( um dcimo), respectivamente, da rea do piso;

    II- os elementos construtivos bsicos sero de material incombustvel; III- disporo de instalaes sanitrias, vestirios e chuveiros, destinados a uso exclusivo

    dos empregados, na proporo de uma para cada 15 (quinze) pessoas;

    IV- quando houver depsitos de combustveis, estes sero instalados em locais apropriados , fora do prdio;

    V- quando houver cmaras de refrigerao, compartimentos que requeiram rigorosa assepsia, ou condies especiais de renovao de ar, temperatura e presso, o seu

    acesso dever ser atravs de ante- cmaras;

    VI- quando possurem rea construda superior a 500m2 (quinhentos metros quadrados), devero ter compartimentos de refeies, na proporo de 1m2 (um metro

    quadrado) para cada 60m2 ( sessenta metros quadrados), ou frao , e ambulatrio,

    com rea mnima de 6m2 (seis metros quadrados);

    VII- ter as instalaes geradoras de calor, localizadas em compartimentos especiais, distantes 1m (um metro), pelo menos, das paredes dos prdios vizinhos e

    coberturas, isoladas termicamente.

    Art.145- As edificaes, destinadas a indstrias e comrcio de produtos

    alimentcios, atendero ainda, s exigncias do rgo encarregado da sade pblica e as

    que se seguem:

    I- os compartimentos de manipulao de produtos alimentcios e de sua confeco devero

    ter:

    a) paredes revestidas at o teto com material liso, resistente e impermevel; b) pisos revestidos de material antiderrapante, resistente e impermevel, em cor clara, com

    caimento suficiente para o perfeito escoamento das gua.

    c) os encontros de paredes entre si, com o teto e com o piso, em cantos arredondados; d) a cada 100m2 (cem metros quadrados) de piso, um ralo e uma torneira para lavaes.

  • 35

    II- os forros das edificaes de que trata este artigo devero distar no mnimo 1,00 ( um

    metro) do teto;

    III- os vos de acesso, iluminao e ventilao dos compartimentos, destinados tanto manipulao e preparao, como guarda de produtos alimentcios, devero ser

    protegidos contra a penetrao de insetos e outros animais.

    Art.146- As edificaes, destinadas a instalaes de indstrias, ou depsitos

    de inflamveis, ou explosivos, atendero, ainda ao seguinte:

    I- mantero uma distncia adequada segurana das edificaes, destinadas administrao central e residncia de funcionrios e de outras edificaes

    prximas, observando-se o mnimo de 08 ( oito metros) entre os pavilhes,

    destinados a depsito, de 4m (quatro metros), em relao s divisas ou outras

    edificaes, e de 5m (cinco metros), em relao aos alinhamentos;

    II- todos os elementos de equipamentos construtivos sero de material combustvel; III- sero dotados de equipamentos contra incndio, de acordo com as normas das

    autoridades competentes;

    IV- os compartimentos destinados a instalaes sanitrias, vestirios e refeitrios, devero ser separados dos locais de trabalho e armazenagem de matria -prima;

    V- as edificaes de trabalho e depsitos sero separadas, no podendo ficar umas sobre as outras, ainda que se trate de tanque subterrneo, ou armazenagem de

    matria -prima, ou produtos;

    VI- Para as edificaes de que trata este artigo, a prefeitura poder impor outras condies que julgar necessrias segurana das propriedades vizinhas.

    Pargrafo nico- Os depsitos de inflamveis e explosivos atendero, alm

    das disposies desta Seo, s normas federais e estaduais aplicveis e legislao

    municipal sobre o uso do solo.

    SEO V

    DOS ESTABELECIMENTOS DE SADE E ENSINO

    Art. 147- As edificaes, destinadas a instalaes de assistncia mdico -

    hospitalar, alm das exigncias desta lei, devero respeitar as normas federais e estaduais

    especficas.

    Art.148- So consideradas como estabelecimento de ensino as edificaes,

    destinadas a escolas, salas de aula, trabalhos e leitura, laboratrios escolares, bibliotecas e

    similares, sujeitando - se as disposies desta Seo e s demais exigncias deste Captulo

    a ela aplicveis, sem prejuzo do disposto na legislao municipal sobre o uso do solo.

    Art149 As edificaes destinadas a estabelecimentos de ensino tero, no

    mximo, 3 (trs) pavimentos, quando construdas sem elevadores.

  • 36

    Art150- As reas de acesso e circulao devero, sem prejuzo das

    normas, relativas segurana, previstas neste cdigo, atender s seguintes condies:

    I- os vos de entrada e sada sero dimensionados, de acordo com o clculo da lotao das edificaes e tero largura mnima de 1,50m (um metro e cinqenta

    centmetros);

    II- os espaos de acesso e circulao de pessoas, tais como, vestbulos, corredores e passagens de uso comum, ou coletivo, tero largura mnima de 1,50m (um metro e

    cinquenta centmetros), quando houver salas apenas de um lado; e de 2,50 (dois

    metros e cinquenta centmetros), quando houver salas de ambos os lados;

    III- as escadas de uso comum ou coletivo tero largura mnima igual s larguras dos seus acessos, degraus com largura de 0,30 (trinta centmetros) e altura mxima de

    0,17m (dezessete centmetros), no podendo apresentar trechos em leque;

    IV- as rampas de uso comum ou coletivo tero largura mnima igual s larguras dos seus acessos e declividade mxima de 8% (oito por cento);

    V- sero obrigatoriamente obedecidas as condies mnimas em favor dos deficientes fsicos, estabelecidas pelo artigo 159 desta Lei.

    Art.151- As edificaes devero dispor de instalaes sanitrias para uso dos

    alunos e dos empregados, devidamente separadas por sexo, na proporo de um para cada

    grupo de 40(quarenta) pessoas.

    Art.152- As salas de aula no podero ter comprimento superior a 2 (duas)

    vezes a largura.

    Art. 153- Os vos devero ser protegidos por dispositivos que corrijam o

    excesso de iluminao.

    Art.154- A distncia de qualquer sala de aula., trabalho, leitura, esporte ou

    recreao, at instalao sanitria mais prxima, no dever ser superior a 60m (sessenta

    metros).

    SEO IV

    DOS ESTABELECIMENTOS DE DIVERSO

    Art.155 - As edificaes destinadas instalao de estabelecimentos de

    diverses, alm das demais exigncias desta Lei, atendero ainda, s seguintes:

    I- Os materiais combustveis somente sero usados em esquadrias, lambris, corrimos, divises de frisas e camarotes, at altura mxima de 1,50m ( um metro e cinquenta

    centmetros);

    II- a circulao e corredores no podero ter degraus, instalaes de mostrurios, balces, mveis, correntes, biombos e similares que lhes reduzam a largura mnima

    e que possam representar obstculos para o trnsito de pessoas, ao longo de todo o

    percurso;

  • 37

    III- as pequenas diferenas de nvel, existentes nas circulaes, devero ser vencidas por meio de rampas, no podendo ser intercalados degraus nas passagens e corredores;

    IV- As lotaes, em funo do nmero de participantes, ou espectadores, sero calculadas do seguinte modo:

    a) se os assentos forem fixos no pavimento - ser computada a lotao completa da sala; b) se os assentos forem livres - adotar - se- a estimativa de duas pessoas por metro

    quadrado, consideradas as reas livres, destinadas permanncia do pblico;

    V- nas platias, salas de espetculos e de projees em gera, ser observando o seguinte:

    a) a inclinao mnima do piso de 3% (trs por cento); b) cadeiras, com largura mnima de 0,45m (quarenta e cinco centmetros),

    preferencialmente de braos;

    c) os recintos sero subdivididos em setores por passagens longitudinais e transversais, sendo que, cada setor, ter lotao mxima de 200(duzentos) lugares;

    d) cada fila do setor no conter mais que 15 (quinze) cadeiras e, quando contguas s paredes, as filas no podero ter mais de 8 (oito) lugares;

    e) o espao entre as filas ter no mnimo 1,20m (um metro e vinte centmetros); as colunas tero no mximo 15 (quinze) cadeiras, permitindo que o espectador no

    percorra mais de 8 (oito) cadeiras at a circulao, entre setores;

    f) os projetos apresentaro, com diagramas explicativos, os detalhes da execuo das platias e balces, indicando, ainda, a visibilidade por meio de ngulos inferiores a 30

    (trinta graus);

    VI- as circulaes e corredores de uso pblico devero obedecer o seguinte:

    a) as circulaes principais, que servem a diversos setores, devero ter largura mnima de 1,20 ( um metro e vinte centmetros) e as secundrias, 1m (um metro). Quando a

    lotao exceder a 150 (cento e cinquenta ) pessoas, devero ser acrescidos s

    circulaes 0,10 m (dez centmetros ) por lugares excedentes;

    b) as circulaes longitudinais podero ter declividade de at 12% (doze por cento), sendo que, para declividades superiores, tero degraus todos da mesma largura;

    c) as circulaes de sada tero largura mnima de 3m (trs metros) para at 200 (duzentos) pessoas e, acima desta lotao, sero acrescidas de 1m (um metro) para cada

    200 (duzentos ) pessoas, ou frao;

    d) se a medida de comprimento da circulao de sada a que se refere a alnea, anterior, exceder a 50m (cinquenta metros), excedentes, corresponder a um acrscimo de 0,50m

    (cinquenta centmetros ) na largura da passagem;

    VII- as portas de sada tero:

    a) vo livre mnimo de 2m (dois metros) at 100 (cem) pessoas, com acrscimo de 0,50m

    (cinquenta centmetros) para cada 100 (cem ) pessoas, ou frao;

    b) as portas que do acesso ao recinto devero ficar distanciadas, pelo menos, 3m (trs

    metros) da respectiva entrada, quando esta se situar no alinhamento dos logradouros;

  • 38

    VIII- as escadas de acesso platia, a balces, camarotes e galerias tero:

    a) largura mnima de 2m (dois metros) at 100 (cem) pessoas, acrescida de 0,50m (cinquenta centmetros) para cada 100 (cem ) pessoas, considerada a lotao completa

    do estabelecimento;

    b) lances retos, com o mximo de 16 (dezesseis) degraus, intercalados de patamares de comprimento mnimo de 1,20m (um metro e vinte centmetros);

    c) degraus, com altura mxima de 0,16 (dezesseis centmetros) e largura mnima de 0,30m ( trinta centmetros);

    d) escadas independentes das que ligam os diferentes pisos, para acesso das galerias, ao piso imediatamente abaixo;

    IX- as instalaes sanitrias sero separadas por sexo, na proporo mnima de 2 (dois)

    vasos e 2 (dois) mictrios para 50 (cinquenta ) homens; e 03 (trs) vasos para cada

    50(cinquenta )mulheres, ou frao, destinando-se, nos conjuntos para mulheres, um

    compartimento para toalete e nos de homens, um compartimento para mictrios;

    X- a distncia do percurso de qualquer ponto a uma instalao sanitria, para uso pblico,

    no poder ser superior a 50m (cinquenta metros);

    XI- a renovao de ar obrigatria, sendo o ar injetado, ou insuflado, previamente

    filtrado, no penetrando por ponto que diste horizontal e verticalmente menos de 10m (dez

    metros) do ponto onde feita a exausto do ar viciado;

    XII- proibida a comunicao, internamente, entre estabelecimento de diverso prdios

    vizinhos;

    XIII- sero adotadas medidas que evitem o rudo perturbador do sossego da vizinhana, nos

    estabelecimentos de diverso de carter permanente.

    Pargrafo nico- A Prefeitura poder exigir a instalao de ar condicionado,

    segundo as prescries da Associao Brasileira de Normas Tcnicas -ABTN e obedecidas

    as caractersticas tcnicas do Projeto especfico.

    Art. 156- As edificaes, destinadas ao funcionamento de cinemas, alm das

    exigncias, contidas no artigo anterior, atendero, ainda, s seguintes:

    I- cabines de projeo tero dimenses internas mnimas de 2m (dois metros) x2m (por dois metros) e sero construdas inteiramente de material incombustvel;

    II- quando o acesso cabine de projeo for por escada, esta ser de material incombustvel, dotada de corrimo e situada em local que no dificulte a passagem

    do pblico;

    III- a cabine de projeo dever ser dotada de equipamento de circulao de ar; IV- a tela de projeo ficar distante, no mnimo, 4m (quatro metros) em linha

    horizontal, da primeira fila de espetculos;

    V- as sadas dos sales de projeo ficaro desembaraadas, durante os perodos de projeo.

    Art.157- As edificaes, destinadas ao funcionamento de teatros, alm do

    disposto no artigo 154, quando aplicvel, atendero, ainda, s seguintes exigncias:

  • 39

    I- haver perfeita separao entre a platia e as partes destinadas aos artistas, s permitindo as ligaes indispensveis ao servio, sendo estas comunicaes, bem

    como a boca de cena, feitas de material incombustvel;

    II- os artistas tero acesso fcil e direto da via pblica s dependncias a eles destinadas;

    III- os depsitos, destinados a materiais de decorao, mveis, e cenrios, guarda-roupas e outros pertences, situados em cmodos independentes do teatro, devem ser

    construdos de material incombustvel, sendo os seus vos guarnecidos de fecho,

    tambm, de material incombustvel;

    IV- em hiptese alguma podero, os depsitos referidos no item anterior, situar-se debaixo do palco;

    V- admite-se que o piso do palco seja de madeira somente nas partes removveis, devendo, as partes fixas, serem de concreto armado.

    Art158- As edificaes de uso pblico, alm das demais disposies desta

    Lei que lhes forem aplicveis, devero, ainda, obedecer s seguintes condies, em favor

    dos deficientes fsicos:

    I- apresentar rampas de acesso ao prdio, com declividade mxima de 8% (oito por cento), com piso antiderrapante e corrimo na altura de 0,75m ( setenta

    e cinco centmetros);

    II- na impossibilidade de construo de rampas, a portaria dever ser no mesmo nvel da calada;

    III- quando da existncia de elevadores, estes devero ter dimenses mnima de 1,10m x 1,40m ( um metro e dez centmetros por um metro e quarenta

    centmetros);

    IV- os elevadores devero atingir todos os pavimentos, inclusive garagem e subsolos;

    V- todas as portas devero ter largura mnima de 0,90m (noventa centmetros); VI- os corredores e rampas devero ter largura mnima de1,50m ( um metro e

    cinquenta centmetros);

    VII- a altura mxima dos interruptores, campainhas e painis de elevadores ser de 0,80m (oitenta centmetros);

    VIII- em pelo menos, um gabinete sanitrio de cada banheiro masculino e feminino devero ser obedecidas as seguintes condies:

    a) dimenses mnimas de 1,40mx 1,85m ( um metro e quarenta centmetros por um metro e oitenta e cinco centmetros);

    b) o eixo do vaso sanitrio dever ficar a uma distncia de 0,45m (quarenta e cinco centmetros) de uma das paredes laterais;

    c) as portas no podero abrir para dentro dos gabinetes sanitrios e tero no mnimo 0,90m ( noventa centmetros) de largura;

    d) a parede lateral mais prxima ao vaso sanitrio, bem como, o lado interno da porta devero ser dotadas de alas de apoio, a uma altura de 0,80m (oitenta centmetros);

    e) os demais equipamentos no podero ficar a alturas superiores a 1m (um metro).

  • 40

    f) a circulao til de acesso cabine ter largura mnima de 1,60m ( um metro e sessenta centmetros).

    SEO VII

    DAS EDIFICAES MISTAS

    Art. 159- Nas edificaes mistas, para cada tipo de uso, devero ser

    atendidas as exigncias a elas relativas, especificadas nesta Lei.

    Art160- Nas edificaes mistas coletivas, onde houver a destinao

    residencial, sero, ainda, observadas as seguintes condies:

    I- os pavimentos, destinados ao uso residencial, sero agrupados continuamente; II- no pavimento de acesso e ao nvel de cada piso, os vestbulos, halls e circulaes

    horizontais e verticais, relativas a cada uso ou tipo, sero independentes entre si.

    CAPTULO IX

    DA FISCALIZAO E DAS INFRAES

    SEO I

    DA NOTIFICAO PRELIMINAR

    Art161- Verificando-se a infrao a esta Lei, ser expedida contra o infrator

    notificao preliminar para que, no prazo mximo de 60 (sessenta) dias, regularize a

    situao.

    Pargrafo nico- O prazo para regularizao da situao ser arbitrado, pela

    autoridade competente, no ato da notificao, respeitando o limite fixado neste artigo.

    Art.162- A notificao preliminar ser feita em formulrio oficial da

    prefeitura, em 2 (duas) vias, e dever conter assinatura do notificante, bem como, todas as

    indicaes e especificaes, devidamente preenchidas.

    1- Uma das vias ser entregue ao notificado, mediante recibo, e outra ao

    rgo competente;

    2- No caso de recusa, ou incapacidade do notificado em receber a

    notificao, o notificante far meno dessa circunstncia, devendo o fato

    ser testemunhado por duas pessoas capazes, nos termos da Legislao Civil.

    3- A recusa do recebimento que ser declarada pela autoridade fiscal no

    favorece o infrator, nem o prejudica.

    Art. 163- No caber notificao preliminar, devendo o infrator ser

    imediatamente autuado, quando se tratar de obra que ameace a segurana dos operrios e

    do pblico em geral.

  • 41

    Art.164- Esgotado o prazo arbitrado, na forma do disposto no art. 160, sem

    que o infrator tenha regularizado a situao perante a repartio competente, lavrar-se -

    auto de infrao.

    SEO II

    DO AUTO DE INFRAO

    Art.165- Auto de Infrao o instrumento no qual lavrada a descrio de

    ocorrncia que, por sua natureza, caracterstica e demais aspectos peculiares, denote que a

    pessoa fsica ou jurdica contra a qual lavrado, tenha infringido, ou tentado infringir,

    dispositivos da legislao de obras do Municpio.

    Art.166- O Auto de Infrao ser lavrado em formulrio oficial da

    Prefeitura, em 02 (duas ) vias, e dever conter a assinatura do autuante, bem como, todas as

    indicaes e especificaes devidamente preenchidas.

    1- Uma das vias ser entregue ao autuado, mediante recibo, e outra ao

    rgo competente.

    2- As omisses, ou incorrees do auto de infrao, no acarretaro sua

    nulidade, quando no processo constarem elementos suficientes para a

    determinao da infrao e do infrator.

    3- No caso de recusa, ou incapacidade de assinatura pelo autuado, o

    autuante far meno dessa circunstncia no auto, devendo o fato ser

    testemunhado por duas pessoas capazes nos termos da Legislao Civil.

    CAPTULO X

    DAS PENALIDADES

    SEO I

    DAS MULTAS

    Art. 16