lei 2015-004 intalacoes de gas

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  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 885

    2 Os inspetores que prestem legalmente servios data da entrada em vigor da presente lei podem continuar a exercer as respetivas funes no mbito das EIIEL, sem necessidade de qualquer formalidade adicional.

    3 Os tcnicos e os inspetores mencionados nos n-meros anteriores, que no sejam engenheiros da especiali-dade de engenharia eletrotcnica ou engenheiros tcnicos da especialidade de engenharia de energia e sistemas de potncia, que prestem legalmente servios data da en-trada em vigor da presente lei, devem, no prazo de cinco anos contados da data de entrada em vigor da presente lei, frequentar formao de atualizao, nomeadamente unidades de formao de curta durao integrada no Ca-tlogo Nacional de Qualificaes, ministrada por entidade formadora certificada pela DGEG, aps o que podem con-tinuar a exercer as respetivas funes, sem necessidade de qualquer formalidade adicional.

    Artigo 35.

    Remisses

    As remisses de normas contidas em atos legislativos ou regulamentares para o Estatuto do Tcnico Responsvel por Instalaes Eltricas de Servio Particular, aprovado pelo Decreto Regulamentar n. 31/83, de 18 de abril, alte-rado pelo Decreto -Lei n. 229/2006, de 24 de novembro, ou para o Regulamento da Atividade das Entidades Regionais Inspetoras de Instalaes Eltricas e o Regulamento para a Seleo e Reconhecimento das Entidades Regionais Inspetoras de Instalaes Eltricas, constantes dos ane-xos II e III da Portaria n. 662/96, de 14 de novembro, consideram -se efetuadas para as disposies correspon-dentes da presente lei.

    Artigo 36.

    Regies autnomas

    1 Os atos e os procedimentos necessrios execuo da presente lei nas Regies Autnomas dos Aores e da Madeira competem s entidades e rgos das respetivas administraes regionais com atribuies e competncias nas matrias em causa.

    2 Nos termos do n. 1 do artigo 17. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos, quer pelos organismos da administrao central do Estado, quer pelas entidades e rgos competentes das administraes das regies autnomas, no mbito da presente lei, so vlidos para todo o territrio nacional.

    3 O produto das coimas resultantes das contraor-denaes previstas na presente lei aplicadas nas regies autnomas constitui receita prpria destas.

    Artigo 37.

    Norma revogatria

    So revogados:a) O Decreto -Lei n. 229/2006, de 24 de novembro;b) O Decreto Regulamentar n. 31/83, de 18 de abril;c) Os artigos 16. e 17. do anexo I e os anexos II e III

    da Portaria n. 662/96, de 14 de novembro;d) A Portaria n. 558/2009, de 27 de maio.

    Lei n. 15/2015de 16 de fevereiro

    Estabelece os requisitos de acesso e exerccio da atividade das entidades e profissionais que atuam na rea dos gases com-bustveis, dos combustveis e de outros produtos petrolfe-ros, conformando -o com a disciplina da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, e do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, que transpuseram as Diretivas n.os 2005/36/CE, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificaes profissionais, e 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativa aos servios no mercado interno, e procede quinta alterao ao Decreto -Lei n. 267/2002, de 26 de novembro.A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da

    alnea c) do artigo 161. da Constituio, o seguinte:

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.Objeto

    1 A presente lei aprova os requisitos de acesso e exerccio da atividade, em territrio nacional, das seguintes entidades e profissionais:

    a) Entidades instaladoras de gs (EI);b) Entidades inspetoras de gs (EIG);c) Entidades inspetoras de combustveis (EIC);d) Entidades exploradoras das armazenagens e das redes

    e ramais de distribuio de gs da classe I e II (EEG);e) Profissionais que integram as entidades mencionadas

    nas alneas anteriores;f) Responsveis tcnicos pelo projeto e pela explorao

    de instalaes de armazenamento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel.

    2 A presente lei regula ainda a certificao setorial das entidades formadoras (EF) para a rea do gs, conforme decorre do regime quadro de certificao de entidades formadoras previsto na Portaria n. 851/2010, de 6 de se-tembro, alterada pela Portaria n. 208/2013, de 26 de junho.

    3 A presente lei conforma os regimes aplicveis s entidades e profissionais referidos nos nmeros anteriores com os princpios e regras estabelecidos no Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, que transpe para a ordem jur-

    Artigo 38.

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor 180 dias aps a sua pu-blicao.

    Aprovada em 12 de dezembro de 2014.A Presidente da Assembleia da Repblica, Maria da

    Assuno A. Esteves.Promulgada em 5 de fevereiro de 2015.Publique -se.O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.Referendada em 6 de fevereiro de 2015.O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.

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    dica interna a Diretiva n. 2006/123/CE, do Parlamento Euro-peu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa ao mercado interno dos servios, e incorpora ainda a disciplina da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, que transpe para a ordem jurdica interna a Diretiva n. 2005/36/CE, do Par-lamento Europeu e do Conselho, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificaes profissionais.

    Artigo 2.Acesso e exerccio das atividades das entidades instaladoras de gs,

    inspetoras de gs, inspetoras de combustveis e exploradoras das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs da classe I e II.

    1 A atividade de execuo e manuteno de instala-es de gs, de instalao de aparelhos a gs e de redes e ramais de distribuio de gs apenas pode ser exercida por EI que cumpra os requisitos previstos na presente lei.

    2 A atividade de inspeo de instalaes de gs, de instalao de aparelhos a gs e de redes e ramais de dis-tribuio de gs apenas pode ser exercida por EIG que cumpra os requisitos previstos na presente lei.

    3 A atividade de inspeo de instalaes de armaze-namento de combustveis derivados do petrleo e postos de abastecimento de combustveis, nos termos do Decreto -Lei n. 267/2002, de 26 de novembro, alterado pelos Decretos--Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, 31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e 217/2012, de 9 de outubro, apenas pode ser exercida por EIC que cumpra os requisitos previstos na presente lei.

    4 A atividade de explorao tcnica de armazenagens e de redes e ramais de distribuio de gs, nos termos do Decreto -Lei n. 125/97, de 23 de maio, alterado pelo Decreto -Lei n. 389/2007, de 30 de novembro, apenas pode ser exercida por EEG que cumpra os requisitos previstos na presente lei.

    5 Com exceo das situaes previstas no artigo 50., o acesso e exerccio das atividades das EI, EIG, EIC e EEG depende de autorizao, consoante os casos, a efetuar pela Direo -Geral de Energia e Geologia (DGEG), nos termos do disposto na presente lei.

    Artigo 3.Reconhecimento mtuo

    1 vedada a duplicao de condies exigveis para os procedimentos previstos na presente lei e os requisitos e controlos de fim equivalente a que o requerente tenha j sido submetido em Portugal ou noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 11. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho.

    2 O reconhecimento de qualificaes profissionais adquiridas fora do territrio nacional por cidados da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu rege--se pela Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, sendo da competncia conjunta da DGEG e da associao pblica profissional competente, em conformidade com a referida lei, os respetivos estatutos e demais normas aplicveis, de acordo com a seguinte repartio de responsabilidades:

    a) No que respeita ao reconhecimento de qualificaes equiparadas a engenheiro ou engenheiro tcnico, as res-petivas associaes pblicas profissionais;

    b) No que respeita ao reconhecimento de qualificaes equiparadas a tcnico de gs, instalador de instalaes de gs e de redes e ramais de distribuio de gs, instalador de aparelhos a gs e soldador de ao, por fuso, e ao reco-nhecimento da experincia profissional, quando exigida, a DGEG.

    CAPTULO II

    Entidades instaladoras de gs

    SECO I

    Requisitos de acesso e exerccio da atividade das entidades instaladoras de gs

    Artigo 4.Misso e mbito de atividade

    1 No mbito do exerccio das atividades previstas no n. 1 do artigo 2., as EI podem desempenhar as seguintes funes:

    a) Execuo, reparao, alterao ou manuteno das ins-talaes de gs e das redes e ramais de distribuio de gs;

    b) Instalao de aparelhos a gs e interveno em quais-quer atos para adaptar, reparar e efetuar a manuteno destes aparelhos.

    2 Em funo do mbito da sua atividade, as EI podem ser classificadas em:

    a) Tipo A, entidades que exercem apenas as funes previstas na alnea a) do nmero anterior;

    b) Tipo B, entidades que exercem apenas as funes previstas na alnea b) do nmero anterior;

    c) Tipo A+B, entidades que exercem simultaneamente as funes previstas nas alneas a) e b) do nmero anterior.

    Artigo 5.Deveres

    As EI devem exercer a sua atividade com respeito pela legislao, regulamentos e normas tcnicas aplicveis e, nomeadamente:

    a) Atuar com pessoal tcnico nos termos do artigo se-guinte;

    b) Promover a frequncia de aes de formao contnua de atualizao cientfica e tcnica, com uma periodicidade mnima de cinco anos, em entidade formadora certificada pela DGEG, do pessoal ao seu servio;

    c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou outro instrumento financeiro equivalente vlidos, nos termos do artigo 7.;

    d) Realizar as aes previstas para garantir a qualidade e a segurana das instalaes de gs, das redes e ramais de distribuio de gs, bem como a adequada instalao e o correto funcionamento dos aparelhos a gs, devendo, para o efeito, dispor do necessrio equipamento para o desempenho da sua atividade;

    e) Emitir certificados de conformidade de execuo, conforme modelo aprovado por despacho do Diretor -Geral de Energia e Geologia e publicitado no stio na Internet da DGEG e no balco nico eletrnico dos servios, e regist--los na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema de superviso, a aprovar por diploma prprio;

    f) Prestar s autoridades competentes todas as infor-maes relacionadas com a sua atividade e disponibilizar

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 887

    toda a documentao a ela referente, quando solicitada e nos prazos estabelecidos;

    g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, dados das instalaes onde intervenham, nomeadamente registo das obras realizadas e dos certificados emitidos, no mnimo, pelo prazo que estabelecido para a realizao das inspees peridicas instalao em causa;

    h) Publicitar e disponibilizar o prerio dos seus servi-os, incluindo deslocaes, designadamente no respetivo portal eletrnico, se existir;

    i) Comunicar DGEG, sempre que presentes em ter-ritrio nacional, a alterao a elementos de cobertura dos instrumentos financeiros referidos na alnea c), a altera-o do seu regime de prestao de servios em territrio nacional, conforme aqui se estabeleam ou prestem ser-vios ocasionais e espordicos, e da classificao em que pretendem atuar (A, B ou A+B), conforme disposto no n. 1 do artigo 8.;

    j) Comunicar DGEG a substituio do tcnico de gs responsvel, referido no n. 2 do artigo seguinte, no prazo mximo de 30 dias aps a sua efetivao, mediante reque-rimento acompanhado dos documentos comprovativos das qualificaes profissionais do novo tcnico responsvel.

    Artigo 6.Quadro de pessoal tcnico

    1 As EI devem apresentar e manter um quadro de pessoal tcnico com carcter permanente, que inclua pelo menos:

    a) No caso das EI de Tipo A:i) Tcnico de gs;ii) Instalador de instalaes de gs e de redes e ramais

    de distribuio de gs;iii) Soldador de ao por fuso, sempre que necessitem

    de executar a operao correspondente;

    b) No caso das EI de Tipo B:i) Tcnico de gs;ii) Instalador de aparelhos a gs.

    2 Compete ao tcnico de gs referido nas subalne-as i) das alneas a) e b) do nmero anterior, para alm de executar as aes decorrentes da sua qualificao, super-visionar as funes do restante pessoal tcnico e assumir a respetiva responsabilidade tcnica.

    3 As EI podem dispor de profissionais que acumulem as funes referidas nas alneas a) e b) do n. 1, desde que devidamente qualificados para cada uma das funes que exeram.

    4 O pessoal tcnico referido nas alneas a) e b) do n. 1 pode ser contratado pelas EI em regime laboral ou de prestao de servios, devendo em qualquer dos casos a ati-vidade prestada pelos tcnicos ser efetivamente supervisio-nada pela EI e estar coberta por seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou outro instrumento financeiro equivalente nos termos previstos no artigo seguinte.

    Artigo 7.Seguro de responsabilidade civil

    1 Sem prejuzo do disposto nos n.os 5 e 6, as EI devem obrigatoriamente dispor de um seguro vlido para cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos corporais e

    materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade.

    2 O valor mnimo obrigatrio do seguro referido no nmero anterior de:

    a) 600 000, para as EI do tipo A;b) 600 000, para as EI do tipo B;c) 1 200 000, para as EI do tipo A+B.

    3 O valor mnimo obrigatrio do seguro pode ser atualizado anualmente at 31 de maro, mediante a apli-cao do ndice de preos no consumidor, no continente, sem habitao, publicado pelo Instituto Nacional de Estatstica, I. P. (INE, I. P.).

    4 As EI estabelecidas em territrio nacional ou noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econ-mico Europeu podem substituir a celebrao do seguro referido nos nmeros anteriores por seguro, garantia finan-ceira ou instrumento equivalente, que cubra, nos termos previstos nos nmeros anteriores, as respetivas atividades a exercer em territrio nacional, nos termos do artigo 13. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho.

    5 As EI em regime de livre prestao em Portugal que estejam obrigadas, nos termos da legislao do Estado membro de origem, contratao de qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, para a cobertura dos danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade em territrio nacional, esto isentas da obrigao referida nos nmeros anteriores.

    6 Nas situaes referidas no nmero anterior, as infor-maes constantes da alnea m) do n. 1 do artigo 20. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, referem -se a qual-quer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equi-valente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu contratado nos termos da legislao do Estado membro de origem, devendo as EI identificar a autoridade competente daquele Estado que exerce poder punitivo pela violao do requisito em causa em territrio nacional, sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatrio do servio ou por autoridade competente.

    7 A DGEG publicita o valor atualizado do seguro obrigatrio e a data da sua entrada em vigor atravs de aviso no seu stio na Internet e no balco nico eletrnico dos servios.

    8 Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-dade com competncias de fiscalizao e controlo ou pelo cliente, as EI devem demonstrar possuir aplice de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos.

    SECO II

    Procedimento, durao e outras vicissitudes da autorizao das entidades instaladoras de gs

    Artigo 8.Pedido de autorizao

    1 O pedido de autorizao como EI formulado em requerimento dirigido ao Diretor -Geral de Energia e Geolo-gia, com indicao da classificao em que pretende atuar (A, B ou A+B), acompanhado dos seguintes elementos:

    a) Declarao, sob compromisso de honra, de que tomou conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta-

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    res aplicveis atividade, comprometendo -se a assegurar o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso a pessoal tcnico qualificado;

    b) Cdigo de acesso respetiva certido permanente ou extrato em forma simples do teor das inscries em vigor no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a sede e os nomes dos representantes legais, bem como o nmero de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa coletiva, ou cpia simples de documento de identificao, se for pessoa singular;

    c) Cpia simples da aplice de seguro de responsabi-lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do exerccio da respetiva atividade ou de comprovativo de contratao de garantia financeira ou instrumento equi-valente, nos termos do artigo anterior;

    d) Declarao de inexistncia de dvidas fiscais e segurana social ou, em alternativa, autorizao de con-sulta destas informaes junto dos rgos competentes da Administrao Pblica;

    e) Quadro de pessoal ao seu servio em territrio nacional, nos termos do artigo 6., juntamente com os documentos comprovativos das respetivas qualificaes profissionais.

    2 Aps a receo do pedido de autorizao, a DGEG verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso, solicita ao requerente a apresentao dos elementos em falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, comunicando que a referida solicitao determina a sus-penso do prazo de deciso e alertando para o facto de a sua no satisfao, no prazo fixado, determinar a rejeio liminar do pedido.

    3 A DGEG profere deciso sobre o pedido de auto-rizao no prazo mximo de 30 dias teis subsequentes completa instruo do procedimento e ao pagamento da taxa, notificando o requerente da mesma.

    4 Na ausncia de deciso expressa no termo do prazo referido no nmero anterior, o pedido tacitamente defe-rido, podendo o requerente dar incio imediato atividade, desde que tenha procedido ao pagamento da taxa.

    Artigo 9.Revogao, suspenso ou cancelamento da autorizao

    1 A DGEG pode determinar a revogao ou suspen-so da autorizao de uma EI nos seguintes casos:

    a) Inexistncia do quadro de pessoal mnimo ou contrata-o de tcnicos que no cumpram o disposto na presente lei;

    b) Incumprimento da legislao ou regulamentao aplicvel ao exerccio da atividade;

    c) Inexistncia do seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos do artigo 7.;

    d) Deficiente realizao das aes previstas para garantir a qualidade e segurana das instalaes de gs, redes e ramais de distribuio de gs ou inadequada instalao de aparelhos a gs, de que resultem anomalias graves;

    e) Dissoluo, insolvncia ou suspenso da atividade da empresa.

    2 A revogao ou suspenso determinada pelo Diretor -Geral de Energia e Geologia, mediante deciso fundamentada, aps audio dos interessados nos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    3 A suspenso aplicada por um prazo mximo de 120 dias, devendo a EI, no prazo concedido, corrigir a situao que justificou o procedimento, sob pena de a autorizao, aps o decurso daquele prazo, ser automati-camente revogada.

    4 A revogao da autorizao obriga a EI a entregar DGEG, no prazo mximo de 60 dias aps a notificao dessa deciso, todos os processos tcnicos relativos sua atividade que no tenham ainda sido registados na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema de superviso.

    5 A revogao ou suspenso da autorizao publi-citada pela DGEG no seu stio na Internet e comunicada ao instituto que tem por misso regular e fiscalizar o setor da construo e do imobilirio.

    6 O cancelamento da autorizao pode ser solici-tado pela EI, sendo o mesmo determinado pelo Diretor--Geral de Energia e Geologia, aplicando -se o disposto nos n.os 4 e 5.

    CAPTULO III

    Entidades inspetoras de gs

    SECO I

    Requisitos de acesso e exerccio da atividade das entidades inspetoras de gs

    Artigo 10.Misso e mbito de atividade

    1 No mbito do exerccio das atividades previstas no n. 2 do artigo 2., as EIG podem desempenhar as se-guintes funes:

    a) Inspecionar as instalaes de gs e as redes e ramais de distribuio de gs, incluindo equipamentos e outros sistemas de utilizao de gases combustveis;

    b) Verificar as condies de instalao e de funciona-mento dos aparelhos a gs e, nas condies indicadas no projeto, os sistemas de ventilao dos locais onde existam aparelhos a gs ou destinados sua instalao.

    2 As funes referidas no nmero anterior no pre-judicam o exerccio das competncias de fiscalizao atri-budas por lei a outras entidades.

    3 As EIG podem ainda prestar outros servios no seu mbito de competncia tcnica, nomeadamente apreciar projetos de instalaes de gs e de instalao dos apare-lhos a gs, realizar peritagens, relatrios e pareceres sobre matrias abrangidas pela regulamentao de segurana na rea do gs ou de acidentes, em termos que no criem incompatibilidades com a sua atividade de inspeo.

    Artigo 11.Deveres

    1 As EIG devem exercer a sua atividade com res-peito pela legislao, regulamentos e normas aplicveis e, nomeadamente:

    a) Atuar com pessoal tcnico nos termos do artigo se-guinte;

    b) Promover a frequncia de aes de formao contnua de atualizao cientfica e tcnica, com uma periodicidade mnima de cinco anos, em entidade formadora certificada pela DGEG, do pessoal ao seu servio;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 889

    c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos, nos termos do artigo 13.;

    d) Realizar as aes previstas para verificao da quali-dade e segurana das instalaes de gs, das redes e ramais de distribuio de gs, bem como a verificao da instala-o e do correto funcionamento dos aparelhos a gs;

    e) Emitir relatrios e certificados de inspeo, con-forme modelos aprovados por despacho do Diretor -Geral de Energia e Geologia e publicitados no stio na Internet da DGEG e no balco nico eletrnico dos servios, e regist -los na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema de superviso;

    f) Prestar s entidades competentes todas as informaes relacionadas com a sua atividade e disponibilizar toda a documentao a ela referente, quando solicitada e nos prazos estabelecidos;

    g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, os relatrios redigidos e os certificados emitidos, no mnimo, pelo prazo que estabelecido para a realizao das inspe-es peridicas instalao em causa;

    h) Publicitar e disponibilizar o prerio dos seus servi-os, incluindo deslocaes, designadamente no respetivo portal eletrnico, se existir;

    i) Comunicar DGEG, sempre que presentes em ter-ritrio nacional, a alterao a elementos de cobertura dos instrumentos financeiros referidos na alnea c);

    j) Comunicar DGEG a substituio do diretor tc-nico, no prazo mximo de 30 dias aps a sua efetivao, mediante requerimento acompanhado dos documentos comprovativos das qualificaes profissionais do novo diretor tcnico e da declarao referida na alnea b) do n. 2 do artigo 15.

    2 Durante um prazo de cinco anos a contar da data da entrada em vigor da presente lei, as EIG devem dispo-nibilizar DGEG o prerio dos seus servios e respeti-vas alteraes, incluindo deslocaes, a que se refere a alnea h) do nmero anterior.

    Artigo 12.Quadro de pessoal tcnico

    1 As EIG devem apresentar e manter o quadro de pessoal tcnico e administrativo e possuir os meios neces-srios para cumprir de maneira adequada todas as aes ligadas ao exerccio da sua atividade.

    2 O pessoal tcnico das EIG composto pelo dire-tor tcnico, a quem compete garantir a adequao dos procedimentos e dos mtodos adotados pela EIG para desempenho da sua atividade, bem como supervisionar a atuao dos inspetores, e pelos inspetores, a quem com-pete aplicar os procedimentos inspetivos regulamentares e elaborar o respetivo relatrio, na dependncia tcnica do diretor tcnico.

    3 O diretor tcnico deve ser engenheiro ou enge-nheiro tcnico, com inscrio vlida na respetiva asso-ciao profissional de direito pblico, com experincia de, pelo menos, trs anos na rea do gs e com formao de base e experincia curricular adequadas, comprovadas mediante declarao emitida pela respetiva associao profissional de direito pblico.

    4 O inspetor deve ter a qualificao de tcnico de gs, nos termos do captulo VI, e ter, no mnimo, dois anos de experincia como tcnico de gs.

    5 O quadro de pessoal das EIG deve incluir, pelo menos, um diretor tcnico, que pode desempenhar as fun-es de inspetor.

    6 Caso a EIG efetue a apreciao de projetos, deve dis-por de um projetista, qualificado nos termos do captulo V.

    7 O pessoal tcnico referido no presente artigo pode ser contratado pelas EIG em regime laboral ou de prestao de servios, devendo em qualquer dos casos a atividade prestada pelos tcnicos ser efetivamente supervisionada pela EIG e estar coberta por seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente refe-rido nos termos previstos no artigo seguinte.

    8 Os diretores tcnicos e inspetores das EIG, con-tratados em regime de livre prestao de servios, esto sujeitos ao regime de verificao prvia das qualificaes constante do artigo 6. da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, pelo impacto das referidas profisses na segurana pblica, na vertente segurana das pessoas da competncia da DGEG, com a colaborao da associao pblica profissional competente.

    Artigo 13.Seguro de responsabilidade civil

    1 Sem prejuzo do disposto nos n.os 5 e 6, as EIG devem obrigatoriamente dispor de um seguro vlido para cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos cor-porais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade.

    2 O valor mnimo obrigatrio do seguro referido no nmero anterior de 1 530 000.

    3 O valor mnimo obrigatrio do seguro pode ser atualizado anualmente at 31 de maro, mediante a apli-cao do ndice de preos no consumidor, no continente, sem habitao, publicado pelo INE, I. P.

    4 As EIG estabelecidas em territrio nacional ou noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu podem substituir a celebrao do seguro referido nos nmeros anteriores por seguro, garan-tia financeira ou instrumento equivalente, que cubra, nos termos previstos nos nmeros anteriores, as respetivas atividades a exercer em territrio nacional, nos termos do artigo 13. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho.

    5 As EIG em regime de livre prestao em Portugal que estejam obrigadas, nos termos da legislao do Estado membro de origem, contratao de qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, para a cobertura dos danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade em territrio nacional, esto isentas da obrigao referida nos nmeros anteriores.

    6 Nas situaes referidas no nmero anterior, as informaes constantes da alnea m) do n. 1 do artigo 20. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, referem -se a qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu contratado nos termos da legislao do Estado membro de origem, devendo as EIG identificar a autoridade competente daquele Estado que exerce poder punitivo pela violao do requisito em causa em territrio nacional, sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatrio do servio ou por autoridade competente.

  • 890 Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015

    7 A DGEG publicita o valor atualizado do seguro obrigatrio e a data da sua entrada em vigor atravs de aviso no seu stio na Internet e no balco nico eletrnico dos servios.

    8 Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-dade com competncias de fiscalizao e controlo ou pelo cliente, as EIG devem demonstrar possuir aplice de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos.

    Artigo 14.Deveres tico -profissionais

    1 As EIG, bem como o seu pessoal tcnico, no po-dem exercer a atividade de projetista, soldador, instalador ou tcnico responsvel por instalaes de gs, instalaes de aparelhos a gs e redes e ramais de distribuio de gs, quer diretamente quer por interposta pessoa.

    2 O pessoal tcnico das EIG que tenha exercido qual-quer das atividades indicadas no nmero anterior no pode, no prazo de um ano a contar da data em que tiver deixado de exercer essas atividades, fazer qualquer inspeo s instalaes que tenham sido executadas por si ou pelas enti-dades para as quais trabalhava, ou em que, direta ou indire-tamente, tenha algum interesse profissional ou econmico.

    3 As EIG, bem como o seu pessoal tcnico, esto abrangidas pelo segredo profissional, relativamente s informaes e documentos obtidos no exerccio das suas funes, exceto quando essas informaes sejam solicita-das, nos termos da legislao aplicvel, por entidades com competncia para tal.

    SECO II

    Procedimento de autorizao e suas vicissitudes

    Artigo 15.Autorizao

    1 O acesso e exerccio da atividade das EIG depende de autorizao a conceder pela DGEG.

    2 O pedido de autorizao como EIG formulado em requerimento dirigido ao Diretor -Geral de Energia e Geologia, acompanhado dos seguintes elementos:

    a) Cdigo de acesso respetiva certido permanente ou extrato em forma simples do teor das inscries em vigor no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a sede e os nomes dos representantes legais, bem como o nmero de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa coletiva, ou cpia simples de documento de identificao, se for pessoa singular;

    b) Declarao do diretor tcnico, assumindo as suas funes legais e declarando a no existncia de conflito de interesses para o exerccio das mesmas;

    c) Declarao de inexistncia de dvidas fiscais e segu-rana social em Portugal ou, em alternativa, autorizao de consulta destas informaes junto dos rgos competentes da Administrao Pblica;

    d) Cpia simples do documento comprovativo da acre-ditao, de acordo com a NP EN ISO/IEC 17020, efe tuada pelo IPAC Instituto Portugus de Acreditao, I. P. (IPAC, I. P.), ou, no caso das entidades legalmente esta-belecidas noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, por entidade homloga signatria do acordo multilateral relevante da European Co -operation for Accreditation (EA);

    e) Cpia simples da aplice de seguro de responsabi-lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do exerccio da respetiva atividade, ou de comprovativo de contratao de garantia financeira ou instrumento equiva-lente, nos termos do artigo 13.;

    f) Declarao da no existncia de incompatibilidade para o exerccio da atividade da entidade e dos inspetores, nos termos do n. 1 do artigo anterior;

    g) Declarao, sob compromisso de honra, de que tomou conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta-res aplicveis atividade, comprometendo -se a assegurar o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso a pessoal tcnico qualificado;

    h) Quadro de pessoal ao seu servio, nos termos do artigo 12., juntamente com os documentos comprovativos das respetivas qualificaes profissionais.

    3 Aps a receo do pedido de autorizao, a DGEG verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso, solicita ao requerente a apresentao dos elementos em falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, comunicando que a referida solicitao determina a sus-penso do prazo de deciso e alertando para o facto de que a sua no satisfao, no prazo fixado, determina a rejeio liminar do pedido.

    4 A DGEG profere deciso sobre o pedido de auto-rizao no prazo mximo de 30 dias teis subsequentes completa instruo do procedimento e ao pagamento da taxa, notificando o requerente da mesma.

    5 Na ausncia de deciso expressa no termo do prazo referido no nmero anterior, o pedido tacitamente defe-rido, podendo o requerente dar incio imediato atividade, desde que tenha procedido ao pagamento da taxa.

    Artigo 16.Revogao, suspenso ou cancelamento da autorizao

    1 A DGEG pode determinar a revogao ou suspen-so da autorizao de uma EIG, nos seguintes casos:

    a) Suspenso ou anulao da acreditao;b) Inexistncia do quadro de pessoal mnimo ou con-

    tratao de tcnicos que no cumpram o disposto no artigo 12.;

    c) Incumprimento da legislao ou regulamentao aplicvel ao exerccio da atividade;

    d) Inexistncia do seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos do artigo 13.;

    e) Deficiente realizao das aes previstas para veri-ficao da qualidade e segurana das instalaes de gs, redes e ramais de distribuio de gs, bem como a verifi-cao da instalao e do correto funcionamento dos apa-relhos a gs;

    f) Dissoluo, insolvncia ou suspenso da atividade da empresa.

    2 A revogao ou suspenso da autorizao deter-minada pelo Diretor -Geral de Energia e Geologia, mediante deciso fundamentada aps audio dos interessados nos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    3 A suspenso aplicada por um prazo mximo de 120 dias, devendo a EIG, no prazo concedido, corrigir a situao que justificou o procedimento, sob pena de a autorizao, aps o decurso daquele prazo, ser automati-camente revogada.

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 891

    4 A revogao da autorizao obriga a EIG a entregar DGEG, no prazo mximo de 60 dias aps a notificao dessa deciso, todos os processos tcnicos relativos sua atividade que no tenham ainda sido registados na DGEG, enquanto entidade gestora do sistema de superviso.

    5 A revogao ou suspenso da autorizao publi-citada pela DGEG no seu stio na Internet.

    6 O cancelamento da autorizao pode ser solici-tado pela EIG, sendo o mesmo determinado pelo Diretor--Geral de Energia e Geologia, aplicando -se o disposto nos n.os 4 e 5.

    7 Para efeitos do disposto na alnea a) do n. 1, o IPAC, I. P., deve comunicar de imediato DGEG a sus-penso ou anulao de uma acreditao.

    CAPTULO IV

    Entidades inspetoras de combustveis

    SECO I

    Requisitos de acesso e exerccio da atividade das entidades inspetoras de combustveis

    Artigo 17.

    Misso e mbito de atividade

    1 No mbito do exerccio das atividades previstas no n. 3 do artigo 2., as EIC podem desempenhar as se-guintes funes:

    a) Verificar a conformidade das instalaes com o pro-jeto aprovado e a sua operao de acordo com as normas tcnicas e condies impostas;

    b) Inspecionar as instalaes de armazenamento de com-bustveis derivados do petrleo e postos de abastecimento de combustveis, a pedido dos proprietrios, das entidades exploradoras ou das entidades licenciadoras da instalao.

    2 As funes referidas no nmero anterior no pre-judicam o exerccio das competncias de fiscalizao atri-budas por lei a outras entidades.

    3 As EIC podem ainda prestar outros servios no seu mbito de competncia tcnica, nomeadamente apreciar projetos de armazenamento de combustveis derivados do petrleo e postos de abastecimento de combustveis, realizar inspees peridicas a que se refere o artigo 19. do Decreto -Lei n. 267/2002, de 26 de novembro, alterado pelos Decretos -Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, 31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e 217/2012, de 9 de outubro, peritagens, relatrios e parece-res sobre matrias abrangidas pela regulamentao de segu-rana na rea dos combustveis, em termos que no criem incompatibilidades com a sua atividade de inspeo.

    Artigo 18.

    Deveres

    As EIC devem exercer a sua atividade com respeito pela legislao, regulamentos e normas tcnicas aplicveis e, nomeadamente:

    a) Atuar com pessoal tcnico nos termos do artigo 20.;b) Promover a frequncia de aes de formao contnua

    de atualizao cientfica e tcnica, com uma periodicidade mnima de cinco anos, em entidade formadora certificada pela DGEG, do pessoal ao seu servio;

    c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos, nos termos do artigo 21.;

    d) Realizar as aes previstas para verificao da qua-lidade e segurana das instalaes de armazenamento de combustveis derivados do petrleo e postos de abasteci-mento de combustveis;

    e) Emitir relatrios e certificados de inspeo, conforme modelos aprovados por despacho do Diretor -Geral de Ener-gia e Geologia e publicitados no stio na Internet da DGEG e no balco nico eletrnico dos servios;

    f) Prestar s entidades competentes todas as informaes relacionadas com a sua atividade e disponibilizar toda a documentao a ela referente, quando solicitada e nos prazos estabelecidos;

    g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, os relatrios redigidos e os certificados emitidos, no mnimo, pelo prazo que estabelecido para a realizao das inspe-es peridicas instalao em causa;

    h) Publicitar e disponibilizar o prerio dos seus servi-os, incluindo deslocaes, designadamente no respetivo portal eletrnico, se existir;

    i) Comunicar DGEG, sempre que presentes em ter-ritrio nacional, a alterao a elementos de cobertura dos instrumentos financeiros referidos na alnea c);

    j) Comunicar DGEG a substituio do diretor tc-nico, no prazo mximo de 30 dias aps a sua efetivao, mediante requerimento acompanhado dos documentos comprovativos das qualificaes profissionais do novo diretor tcnico e da declarao referida na alnea b) do n. 2 do artigo 23.

    Artigo 19.Deveres inspetivos

    1 Os relatrios de inspeo previstos na alnea e) do artigo anterior devem mencionar todos os aspetos relevan-tes a respeito da instalao.

    2 Caso se verifiquem no -conformidades na insta-lao, as EIC, consoante os casos:

    a) Tratando -se de no -conformidades que contrariem as normas tcnicas ou as condies do licenciamento, determinam a sua correo, fixando prazo adequado para o efeito, bem como a atualizao do projeto da instalao e a submisso das alteraes a averbamento da entidade licenciadora;

    b) Tratando -se de no -conformidades que ponham em risco a segurana de pessoas ou de bens, informam de imediato, por escrito, as cmaras municipais ou as direes regionais de economia territorialmente competentes.

    3 Caso os proprietrios no cumpram as suas de-terminaes, as EIC devem igualmente comunicar esse facto, no mais curto prazo possvel, por escrito, s cmaras municipais ou s direes regionais de economia territo-rialmente competentes.

    4 Comprovando -se a conformidade da instalao, ou logo que sejam corrigidas as no -conformidades verifica-das, ser emitido pelas EIC, no prazo mximo de 15 dias aps a inspeo, o respetivo certificado, instrudo pelo relatrio de inspeo.

    5 O certificado de inspeo emitido em triplicado, sendo um para o proprietrio da instalao, outro para a entidade licenciadora e o terceiro para arquivo das EIC.

  • 892 Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015

    Artigo 20.

    Quadro de pessoal tcnico

    1 As EIC devem apresentar e manter um quadro de pessoal tcnico e administrativo e possuir os meios necessrios para cumprir de maneira adequada todas as aes ligadas ao exerccio da sua atividade.

    2 O pessoal tcnico das EIC composto pelo dire-tor tcnico, a quem compete garantir a adequao dos procedimentos e dos mtodos adotados pela EIC para desempenho da sua atividade, bem como supervisionar a atuao dos inspetores, e por inspetores, a quem com-pete aplicar os procedimentos inspetivos regulamentares e elaborar o respetivo relatrio, na dependncia tcnica do diretor tcnico.

    3 O diretor tcnico deve ser engenheiro ou engenheiro tcnico, com inscrio vlida na respetiva associao profis-sional de direito pblico, com experincia de, pelo menos, trs anos e com formao de base e experincia curricular adequadas, comprovadas mediante declarao emitida pela respetiva associao profissional de direito pblico.

    4 O inspetor deve ser engenheiro ou engenheiro tc-nico, com inscrio vlida na respetiva associao profis-sional de direito pblico, com experincia de, pelo menos dois anos, e com formao de base e experincia curricular adequadas, comprovadas mediante declarao emitida pela respetiva associao profissional de direito pblico.

    5 O quadro de pessoal das EIC deve incluir, pelo menos, um diretor tcnico, que pode desempenhar as fun-es de inspetor.

    6 O pessoal tcnico referido no presente artigo pode ser contratado pelas EIC em regime laboral ou de prestao de servios, devendo em qualquer dos casos a atividade prestada pelos tcnicos ser efetivamente supervisionada pela EIC e estar coberta por seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente nos termos previstos no artigo seguinte.

    7 Os diretores tcnicos e inspetores das EIC, con-tratados em regime de livre prestao de servios, esto sujeitos ao regime de verificao prvia das qualificaes constante do artigo 6. da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, pelo impacto das referidas profisses na segurana pblica, na vertente segurana das pessoas da competncia da DGEG, com a colaborao da associao pblica profissional competente.

    Artigo 21.

    Seguro de responsabilidade civil

    1 Sem prejuzo do disposto nos n.os 5 e 6, as EIC devem obrigatoriamente dispor de um seguro vlido para cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos cor-porais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade.

    2 O valor mnimo obrigatrio do seguro referido no nmero anterior de 1 530 000.

    3 O valor mnimo obrigatrio do seguro pode ser atualizado anualmente at 31 de maro, mediante a apli-cao do ndice de preos no consumidor, no continente, sem habitao, publicado pelo INE, I. P.

    4 As EIC estabelecidas em territrio nacional ou noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu podem substituir a celebrao do seguro referido nos nmeros anteriores por seguro, garan-tia financeira ou instrumento equivalente, que cubra, nos

    termos previstos nos nmeros anteriores, as respetivas atividades a exercer em territrio nacional, nos termos do artigo 13. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho.

    5 As EIC em regime de livre prestao em Portugal que estejam obrigadas, nos termos da legislao do Estado membro de origem, contratao de qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, para a cobertura dos danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade em territrio nacional, esto isentas da obrigao referida nos nmeros anteriores.

    6 Nas situaes referidas no nmero anterior, as informaes constantes da alnea m) do n. 1 do artigo 20. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, referem -se a qualquer outro seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente subscrito noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu contratado nos termos da legislao do Estado membro de origem, devendo as EIC identificar a autoridade competente daquele Estado que exerce poder punitivo pela violao do requisito em causa em territrio nacional, sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatrio do servio ou por autoridade competente.

    7 A DGEG publicita o valor atualizado do seguro obrigatrio e a data da sua entrada em vigor atravs de aviso no seu stio na Internet e no balco nico eletrnico dos servios.

    8 Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-dade com competncias de fiscalizao e controlo ou pelo cliente, as EIC devem demonstrar possuir aplice de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos.

    Artigo 22.Deveres tico -profissionais

    1 As EIC, bem como o seu pessoal tcnico, no po-dem exercer a atividade de projetista, empreiteiro, res-ponsveis pela execuo dos projetos ou de responsvel tcnico pela explorao de instalaes de armazenamento de combustveis derivados do petrleo e postos de abasteci-mento de combustveis e de redes e ramais de distribuio, quer diretamente quer por interposta pessoa.

    2 O pessoal tcnico das EIC que tenha exercido qual-quer das atividades indicadas no nmero anterior no pode, no prazo de um ano a contar da data em que tiver deixado de exercer essas atividades, fazer qualquer inspeo s instalaes que tenham sido executadas por si ou pelas enti-dades para as quais trabalhava, ou em que, direta ou indire-tamente, tenha algum interesse profissional ou econmico.

    3 As EIC, bem como o seu pessoal tcnico, esto abrangidas pelo segredo profissional, relativamente s informaes e documentos obtidos no exerccio das suas funes, exceto quando essas informaes sejam solicita-das, nos termos da legislao aplicvel, por entidades com competncia para tal.

    SECO II

    Procedimento de autorizao e suas vicissitudes

    Artigo 23.Autorizao

    1 O acesso e o exerccio da atividade das EIC de-pende de autorizao a conceder pela DGEG.

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 893

    2 O pedido de autorizao como EIC formulado em requerimento dirigido ao Diretor -Geral de Energia e Geologia, acompanhado dos seguintes elementos:

    a) Cdigo de acesso respetiva certido permanente ou extrato em forma simples do teor das inscries em vigor no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a sede e os nomes dos representantes legais, bem como o nmero de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa coletiva, ou cpia simples de documento de identificao, se for pessoa singular;

    b) Declarao do diretor tcnico, assumindo as suas funes legais e declarando a no existncia de conflito de interesses para o exerccio das mesmas;

    c) Declarao de inexistncia de dvidas fiscais e segu-rana social em Portugal ou, em alternativa, autorizao de consulta destas informaes junto dos rgos competentes da Administrao Pblica;

    d) Cpia simples do documento comprovativo da acre-ditao, de acordo com a NP EN ISO/IEC 17020, efetuada pelo IPAC, I. P., ou, no caso das entidades legalmente estabelecidas noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu, por entidade homloga signatria do acordo multilateral relevante da EA;

    e) Cpia simples da aplice de seguro de responsabi-lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do exerccio da respetiva atividade, ou de comprovativo de contratao da garantia financeira ou instrumento equiva-lente, nos termos do artigo 21.;

    f) Declarao de no existncia de incompatibilidade para o exerccio da atividade da entidade e dos inspetores, nos termos do n. 1 do artigo 22.;

    g) Declarao, sob compromisso de honra, de que tomou conhecimento dos deveres e normas legais e regulamenta-res aplicveis atividade, comprometendo -se a assegurar o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso a pessoal tcnico qualificado;

    h) Quadro de pessoal ao seu servio em territrio nacional, nos termos do artigo 20., juntamente com os documentos comprovativos das respetivas qualificaes profissionais.

    3 Aps a receo do pedido de autorizao, a DGEG verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso, solicita ao requerente a apresentao dos elementos em falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, comunicando que a referida solicitao determina a sus-penso do prazo de deciso e alertando para o facto de que a sua no satisfao, no prazo fixado, determina a rejeio liminar do pedido.

    4 A DGEG profere deciso sobre o pedido de auto-rizao no prazo mximo de 30 dias teis subsequentes completa instruo do procedimento e ao pagamento da taxa, notificando o requerente da mesma.

    5 Na ausncia de deciso expressa no termo do prazo referido no nmero anterior, o pedido tacitamente defe-rido, podendo o requerente dar incio imediato atividade, desde que tenha procedido ao pagamento da taxa.

    Artigo 24.

    Revogao, suspenso ou cancelamento da autorizao

    1 A DGEG pode determinar a revogao ou suspen-so da autorizao de uma EIC nos seguintes casos:

    a) Suspenso ou anulao da acreditao;b) Inexistncia do quadro de pessoal mnimo ou contrata-

    o de tcnicos que no cumpram o disposto no artigo 20.;

    c) Incumprimento da legislao ou regulamentao aplicvel ao exerccio da atividade;

    d) Inexistncia do seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos do artigo 21.;

    e) Deficiente realizao das aes previstas para verifi-cao da qualidade e segurana das instalaes de armaze-namento de combustveis derivados do petrleo e postos de abastecimento de combustveis;

    f) Dissoluo, insolvncia ou suspenso da atividade da empresa.

    2 A revogao ou suspenso da autorizao deter-minada pelo Diretor -Geral de Energia e Geologia, mediante deciso fundamentada aps audio dos interessados nos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    3 A suspenso aplicada por um prazo mximo de 120 dias, devendo a EIC, no prazo concedido, corrigir a situao que justificou o procedimento, sob pena de a autorizao, aps o decurso daquele prazo, ser automati-camente revogada.

    4 A revogao da autorizao obriga a EIC a entregar DGEG, no prazo mximo de 60 dias aps a notificao dessa deciso, todos os processos tcnicos relativos sua atividade.

    5 A revogao ou suspenso da autorizao publi-citada pela DGEG no seu stio na Internet.

    6 O cancelamento da autorizao pode ser solici-tado pela EIC, sendo o mesmo determinado pelo Diretor--Geral de Energia e Geologia, aplicando -se o disposto nos n.os 4 e 5.

    7 Para efeitos do disposto na alnea a) do n. 1, o IPAC, I. P., deve comunicar de imediato DGEG a sus-penso ou anulao de uma acreditao.

    CAPTULO V

    Entidades exploradoras das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs da classe I e II

    SECO I

    Regime de acesso e exerccio da atividade das entidades exploradoras das armazenagens e das redes

    e ramais de distribuio de gs da classe I e II

    Artigo 25.Misso e mbito de atividade

    1 No mbito do exerccio das atividades previstas no n. 4 do artigo 2., as EEG podem desempenhar as se-guintes funes:

    a) Assegurar a explorao tcnica das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs, bem como a respetiva manuteno e assistncia tcnica, de acordo com as disposies legais e as regras tcnicas aplicveis;

    b) Prestar esclarecimentos e assistncia tcnica aos con-sumidores e aos proprietrios das instalaes, sempre que para tal forem solicitadas;

    c) Assegurar o atendimento e a assistncia tcnica em situaes de emergncia;

    d) Promover, atravs das entidades inspetoras referi-das nos captulos III e IV, materialmente competentes, a realizao das inspees peridicas das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs, nos termos

  • 894 Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015

    previstos no artigo 11. do Decreto -Lei n. 125/97, de 23 de maio, alterado pelo Decreto -Lei n. 389/2007, de 30 de novembro;

    e) Suspender o fornecimento de gs sempre que se veri-fiquem situaes que ponham em causa a segurana das instalaes, das pessoas e dos bens, dando de imediato conhecimento do facto entidade licenciadora.

    2 A explorao tcnica das armazenagens e das re-des e ramais de distribuio de gs cujo abastecimento se destine a consumo prprio de um nico consumidor domstico, comercial ou industrial, pode ser efetuada pelo titular do alvar de autorizao de explorao ou licena de explorao ou pelo proprietrio da instalao quando esta no seja sujeita a licenciamento nos termos do Decreto -Lei n. 267/2002, de 26 de novembro, alterado pelos Decretos--Leis n.os 389/2007, de 30 de novembro, 31/2008, de 25 de fevereiro, 195/2008, de 6 de outubro, e 217/2012, de 9 de outubro.

    3 Em funo do mbito de atividade, as EEG podem ser classificadas em:

    a) Classe I, entidades que abasteam mais de 2000 con-sumidores ou, independentemente do nmero de consu-midores, alimentem as suas redes e ramais de distribuio por reservatrios;

    b) Classe II, entidades que abasteam at 2000 consu-midores atravs de postos de garrafas.

    Artigo 26.Deveres

    1 As EEG devem exercer a sua atividade com res-peito pela legislao, regulamentos e normas aplicveis e, nomeadamente:

    a) Atuar com pessoal tcnico nos termos do artigo seguinte;b) Promover a frequncia de aes de formao contnua

    de atualizao cientfica e tcnica, com uma periodicidade mnima de cinco anos, em entidade formadora certificada pela DGEG, do pessoal ao seu servio;

    c) Manter seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos, nos termos do artigo 28.;

    d) Realizar as aes previstas para garantir a qualidade e a segurana das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs que explora;

    e) Emitir declarao em que assume a responsabilidade pela explorao das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs, a qual deve ser entregue junto da entidade licenciadora destas instalaes;

    f) Prestar s autoridades competentes todas as infor-maes relacionadas com a sua atividade e disponibilizar toda a documentao a ela referente, quando solicitada e nos prazos estabelecidos;

    g) Manter em arquivo, que pode ser desmaterializado, registo dos relatrios redigidos e dos certificados emitidos pelas entidades inspetoras, no mnimo, pelo prazo que estabelecido para a realizao das inspees peridicas s instalaes em causa;

    h) Publicitar e disponibilizar o prerio dos seus servi-os, incluindo deslocaes, designadamente no respetivo portal eletrnico, se existir;

    i) Comunicar de imediato DGEG, sempre que presen-tes em territrio nacional, a alterao a elementos de cober-tura dos instrumentos financeiros referidos na alnea c);

    j) Comunicar DGEG a substituio do responsvel tcnico, mencionado nas subalneas i) das alneas a) e b) do n. 1 do artigo seguinte, no prazo mximo de 30 dias aps a sua efetivao, mediante requerimento acompanhado dos documentos comprovativos das qualificaes profissionais do novo responsvel tcnico e da declarao relativa assuno das funes legais e no existncia de conflito de interesses para o exerccio das mesmas;

    k) Assegurar um servio de atendimento permanente para receber informaes, do seu pessoal ou de terceiros, relativas a eventuais anomalias de funcionamento;

    l) Assegurar um servio de manuteno permanente das redes e ramais de distribuio de gs, dotado de meios tcnicos, materiais e humanos que a habilitem, em caso de acidente, a intervir com a necessria rapidez e eficcia, bem como a prestar assistncia tcnica aos consumidores;

    m) Assegurar um servio permanente para correo das anomalias de funcionamento das redes e ramais de distribuio de gs e das partes comuns das instalaes de gs em edifcios;

    n) Assegurar a proteo dos consumidores, nomea-damente quanto prestao do servio, ao exerccio do direito de informao, qualidade da prestao do ser-vio, represso de clusulas abusivas e resoluo de litgios, em particular aos consumidores abrangidos pela prestao de servios pblicos considerados essenciais, nos termos da Lei n. 23/96, de 26 de julho, alterada pelas Leis n.os 12/2008, de 26 de fevereiro, 24/2008, de 2 de junho, 6/2011, de 10 de maro, 44/2011, de 22 de junho, e 10/2013, de 28 de janeiro.

    2 As anomalias de funcionamento referidas na alnea m) do nmero anterior devem ser resolvidas no mais curto espao de tempo possvel, cabendo os encar-gos correspondentes s eventuais intervenes entidade exploradora, exceto quando:

    a) A anomalia ocorrer na instalao de gs do edifcio;b) O pedido de assistncia no tiver fundamento.

    3 A entidade competente para o licenciamento das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs pode fixar um prazo entidade exploradora para a reso-luo de qualquer anomalia de funcionamento ou pedido de assistncia tcnica.

    Artigo 27.Quadro de pessoal tcnico

    1 As EEG devem apresentar e manter um quadro de pessoal tcnico, que inclua pelo menos:

    a) No caso das EEG de classe I:i) Engenheiro ou engenheiro tcnico, com inscrio v-

    lida na respetiva associao profissional de direito pblico, com pelo menos trs anos de experincia na rea do gs e com formao de base e experincia curricular adequadas, comprovadas mediante declarao emitida pela respetiva associao profissional de direito pblico;

    ii) Tcnico de gs;iii) Instalador de instalaes de gs e de redes e ramais

    de distribuio de gs;iv) Soldador de ao por fuso, sempre que necessitem

    de executar as operaes correspondentes;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 895

    b) No caso das EEG de classe II:i) Tcnico de gs;ii) Instalador de instalaes de gs e de redes e ramais

    de distribuio de gs;iii) Soldador de ao por fuso, sempre que necessitem

    de executar as operaes correspondentes.

    2 Estando a atividade profissional referida na suba-lnea i) da alnea a) do nmero anterior reservada a pro-fissionais com ttulo de engenheiro ou engenheiro tcnico, a autoridade competente para os procedimentos referidos no nmero anterior a respetiva associao profissional de direito pblico.

    3 Compete ao engenheiro ou engenheiro tcnico e ao tcnico de gs mencionados nas subalneas i) da alneas a) e b) do n. 1 supervisionar as funes do restante pessoal tcnico e assumir a responsabilidade tcnica.

    4 As EEG podem dispor de profissionais que acu-mulem as funes referidas nas diversas subalneas das alneas a) e b) do n. 1, desde que devidamente qualificados para cada uma das funes que exeram.

    5 O pessoal tcnico referido no presente artigo pode ser contratado pelas EEG em regime laboral ou de presta-o de servios, devendo em qualquer dos casos a atividade prestada pelos tcnicos ser efetivamente supervisionada pela EEG e estar coberta por seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente refe-rido nos termos previstos no artigo seguinte.

    6 Em alternativa ao pessoal tcnico referido na al-nea b) do n. 1, as EEG de classe II podem celebrar con-tratos de prestao de servios com uma EI de Tipo A+B.

    Artigo 28.Seguro de responsabilidade civil

    1 As EEG devem obrigatoriamente dispor de um se-guro vlido para cobrir a responsabilidade civil decorrente de danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e em resultado do exerccio da sua atividade.

    2 O valor mnimo obrigatrio do seguro referido no nmero anterior de 1 223 145, para EEG classe I e de 611 573, para EEG classe II.

    3 O valor mnimo obrigatrio do seguro pode ser atualizado anualmente at 31 de maro, mediante a apli-cao do ndice de preos no consumidor, no continente, sem habitao, publicado pelo INE, I. P.

    4 A DGEG publicita o valor atualizado do seguro obrigatrio e a data da sua entrada em vigor atravs de aviso no seu stio na Internet e no balco nico eletrnico dos servios.

    5 Quando solicitado pela DGEG, por outra enti-dade com competncias de fiscalizao e controlo ou pelo cliente, as EEG devem demonstrar possuir aplice de seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente vlidos.

    Artigo 29.Deveres tico -profissionais

    As EEG, bem como o seu pessoal tcnico, no podem exercer a atividade de inspetora de redes e ramais de dis-tribuio de gs e de instalaes de gs, quer diretamente quer por interposta pessoa.

    SECO II

    Procedimento de autorizao e suas vicissitudes

    Artigo 30.Autorizao

    1 O acesso e o exerccio da atividade das EEG de-pende de autorizao a conceder pela DGEG.

    2 O pedido de autorizao como EEG formulado em requerimento dirigido ao Diretor -Geral de Energia e Geologia, acompanhado dos seguintes elementos:

    a) No caso das EEG de classe I e das EEG de classe II certificadas:

    i) Cdigo de acesso respetiva certido permanente ou extrato em forma simples do teor das inscries em vigor no registo comercial, onde conste o objeto, o capital, a sede e os nomes dos representantes legais, bem como o nmero de pessoa coletiva, caso o requerente seja pessoa coletiva, ou cpia simples de documento de identificao, se for pessoa singular;

    ii) Declarao do responsvel tcnico, assumindo as suas funes legais e declarando a no existncia de con-flito de interesses para o exerccio das mesmas;

    iii) Declarao de inexistncia de dvidas fiscais e segurana social em Portugal ou, em alternativa, auto-rizao da consulta destas informaes junto dos rgos competentes da Administrao Pblica;

    iv) Cpia simples do documento comprovativo da certi-ficao de acordo com a ISO 9001, concedida por entidade acreditada pelo IPAC, I. P., ou por entidade homloga signatria do acordo multilateral da EA;

    v) Cpia simples da aplice de seguro de responsabi-lidade civil destinado a cobrir os riscos decorrentes do exerccio da respetiva atividade, ou de comprovativo de contratao da garantia financeira ou instrumento equiva-lente, nos termos do artigo anterior;

    vi) Declarao, sob compromisso de honra, de que tomou conhecimento dos deveres e normas legais e regu-lamentares aplicveis atividade, comprometendo -se a assegurar o seu estrito cumprimento, bem como a atuar com recurso a pessoal tcnico qualificado;

    vii) Quadro de pessoal ao seu servio, nos termos do artigo 27., juntamente com os documentos comprovativos das respetivas qualificaes profissionais;

    b) No caso das EEG, de classe I e de classe II, sem certificao, para alm dos elementos referidos nas suba-lneas i), ii), iii), v), vi) e vii) da alnea anterior:

    i) Organograma da empresa;ii) Relao do equipamento utilizado no exerccio da

    atividade, nomeadamente de medio e ensaios, acompa-nhado dos respetivos certificados de calibrao;

    iii) Procedimentos para garantir a assistncia a clientes e tratamento de reclamaes;

    iv) Declarao de que possui um sistema informtico adequado ao exerccio da sua atividade;

    v) Declarao de que dispe de regras relativas ao arquivo e organizao de dados das instalaes cuja manu-teno seja da sua responsabilidade e dos consumidores que abastece.

    3 Aps a receo do pedido de autorizao, a DGEG verifica a conformidade do mesmo e, se for caso disso,

  • 896 Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015

    solicita ao requerente a apresentao dos elementos em falta ou complementares, fixando um prazo para o efeito, comunicando que a referida solicitao determina a sus-penso do prazo de deciso e alertando para o facto de que a sua no satisfao, no prazo fixado, determina a rejeio liminar do pedido.

    4 A DGEG profere deciso sobre o pedido de auto-rizao no prazo mximo de 30 dias teis subsequentes completa instruo do procedimento e ao pagamento da taxa notificando o requerente da mesma.

    5 Na ausncia de deciso expressa no termo do prazo referido no nmero anterior, o pedido tacitamente defe-rido, podendo o requerente dar incio imediato atividade, desde que tenha procedido ao pagamento da taxa.

    Artigo 31.Revogao, suspenso ou cancelamento da autorizao

    1 A DGEG pode determinar a revogao ou suspen-so da autorizao de uma EEG nos seguintes casos:

    a) Suspenso ou anulao da certificao, no caso das EEG de classe I ou classe II certificadas nos termos do artigo anterior;

    b) Inexistncia do quadro de pessoal ou contratao de tcnicos que no cumpram o disposto no artigo 27.;

    c) Incumprimento da legislao ou regulamentao aplicvel ao exerccio da atividade;

    d) Inexistncia do seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente, nos termos do artigo 28.;

    e) Deficiente realizao das aes previstas para garantir a qualidade e a segurana das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs que explora;

    f) Dissoluo, insolvncia ou suspenso da atividade da empresa.

    2 A revogao ou suspenso da autorizao determinada pelo Diretor -Geral de Energia e Geolo-gia, mediante deciso fundamentada aps audio dos interessados nos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    3 A suspenso aplicada por um prazo mximo de 120 dias, devendo a EEG, no prazo concedido, corrigir a situao que justificou o procedimento, sob pena de a autorizao, aps o decurso daquele prazo, ser automati-camente revogada.

    4 A revogao da autorizao obriga a EEG a entre-gar entidade licenciadora, no prazo mximo de 60 dias aps a notificao dessa deciso, todos os processos tc-nicos relativos sua atividade.

    5 A revogao ou suspenso da autorizao publi-citada pela DGEG no seu stio na Internet e comunicada entidade licenciadora.

    6 O cancelamento da autorizao pode ser solici-tado pela EEG, sendo o mesmo determinado pelo Diretor--Geral de Energia e Geologia, aplicando -se o disposto nos n.os 4 e 5.

    7 Para efeitos do disposto na alnea a) do n. 1, as EEG devem apresentar, trianualmente, comprovativo da respetiva certificao acreditada e comunicar de imediato DGEG sempre que ocorra a suspenso ou a anulao da sua certificao.

    CAPTULO VI

    Requisitos de acesso e exerccio da atividade dos pro-fissionais que integram as entidades instaladoras de gs, inspetoras de gs, inspetoras de combustveis e exploradoras das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs da classe I e II.

    Artigo 32.Projetista

    1 O projetista o profissional responsvel pelo pro-jeto da instalao ou das redes e ramais de distribuio de gs e pela definio ou verificao da adequao e das caractersticas dos aparelhos a instalar.

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, o projetista deve ser engenheiro ou engenheiro tcnico, nas especialidades de mecnica ou qumica, com inscrio vlida na respetiva associao pblica profissional e por esta considerado habilitado para o efeito, sem prejuzo do disposto no n. 2 do artigo 4. da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio.

    3 As associaes pblicas profissionais de engenhei-ros e engenheiros tcnicos podem reconhecer a habilitao de engenheiros ou engenheiros tcnicos no inscritos na especialidade de mecnica ou qumica para os efeitos do presente captulo, tendo em conta a respetiva formao na rea do projeto das instalaes ou das redes e ramais de distribuio.

    4 O projetista deve ter a sua atividade coberta por seguro de responsabilidade civil, garantia financeira ou instrumento equivalente que cubra os riscos decorrentes do exerccio da sua atividade, com o valor mnimo de 250 000.

    5 O valor mnimo obrigatrio do seguro pode ser atualizado anualmente at 31 de maro, mediante a apli-cao do ndice de preos no consumidor, no continente, sem habitao, publicado pelo INE, I. P.

    6 A DGEG publicita o valor atualizado do seguro obrigatrio e a data da sua entrada em vigor atravs de aviso no seu stio na Internet e no balco nico eletrnico dos servios.

    7 Pode ser tomador do seguro de responsabilidade civil referido no nmero anterior a entidade na qual o projetista exera a sua atividade, desde que a aplice cubra expressamente a responsabilidade profissional do projetista.

    8 Os projetistas em regime de livre prestao de servios em Portugal que estejam obrigados, nos termos da legislao do Estado membro de origem, contrata-o de instrumento financeiro para a cobertura dos riscos referidos no n. 4 em territrio nacional, esto isentos da obrigao a referida.

    9 Nos casos previstos no nmero anterior, as infor-maes referidas na alnea m) do n. 1 do artigo 20. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, referem -se ao ins-trumento financeiro contratado nos termos da legislao do Estado membro de origem, devendo o projetista identificar a autoridade competente daquele Estado que exerce poder punitivo pela violao do requisito em causa em territrio nacional sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatrio do servio ou por autoridade competente.

    Artigo 33.Tcnico de gs

    1 O tcnico de gs o tcnico qualificado apto a programar, organizar e coordenar, com base nos proce-

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 897

    dimentos e tcnicas adequados, ou de acordo com um projeto, a execuo, reparao, alterao ou manuteno das instalaes de gs e das redes e ramais de distribuio de gs, bem como a instalao, adaptao, reparao e manuteno dos aparelhos a gs, de acordo com as normas, os regulamentos de segurana e as regras de boa prtica aplicveis.

    2 Para o acesso e exerccio da profisso de tcnico de gs, necessrio:

    a) Possuir uma qualificao de dupla certificao, ob-tida por via das modalidades de educao e formao do Sistema Nacional de Qualificaes, que integrem unidades de formao de curta durao na rea do gs e respeitem os contedos definidos no Catlogo Nacional de Qualifi-caes; ou

    b) Possuir, no mnimo, o 12. ano de escolaridade, e ter concludo, com aproveitamento, as unidades de formao de curta durao na rea do gs, integradas no Catlogo Nacional de Qualificaes.

    Artigo 34.Instalador de instalaes de gs e de redes

    e ramais de distribuio de gs

    1 O instalador de redes de gs o tcnico qualificado para realizar todas as operaes nas instalaes de gs e nas redes e ramais de distribuio de gs, sob superviso do tcnico de gs responsvel, exceto no que respeita soldadura de ao, operao que necessita de qualificao nos termos do artigo 36.

    2 Para o acesso e exerccio da profisso de instalador de instalaes de gs e de redes e ramais de distribuio, necessrio:

    a) Possuir uma qualificao de dupla certificao, ob-tida por via das modalidades de educao e formao do Sistema Nacional de Qualificaes, que integrem unidades de formao de curta durao na rea do gs e respeitem os contedos definidos no Catlogo Nacional de Qualifi-caes; ou

    b) Ter concludo, com aproveitamento, as unidades de formao de curta durao na rea do gs, integradas no Catlogo Nacional de Qualificaes.

    Artigo 35.Instalador de aparelhos de gs

    1 O instalador de aparelhos a gs o tcnico qua-lificado para instalar, adaptar, reparar ou efetuar a manu-teno dos aparelhos a gs, sob superviso do tcnico de gs responsvel.

    2 Para o acesso e exerccio da profisso de instalador de aparelhos de gs, necessrio:

    a) Possuir uma qualificao de dupla certificao, ob-tida por via das modalidades de educao e formao do Sistema Nacional de Qualificaes, que integrem unidades de formao de curta durao na rea do gs e respeitem os contedos definidos no Catlogo Nacional de Qualifi-caes; ou

    b) Ter concludo, com aproveitamento, as unidades de formao de curta durao na rea do gs, integradas no Catlogo Nacional de Qualificaes.

    Artigo 36.Soldador de ao por fuso na rea do gs

    1 O soldador de ao, por fuso, o tcnico qualifi-cado para a soldadura de ao por fuso na rea do gs.

    2 Para o acesso e exerccio da profisso de soldador de ao, por fuso, deve possuir certificado de qualificao de soldador, vlido, de acordo com as normas e legislao especfica aplicveis.

    Artigo 37.Qualificao comum

    1 Devem existir matrias comuns na formao de base de carcter global e transversal a todas as reas das qualificaes mencionadas nos artigos 33. a 35. cuja fre-quncia s necessria na primeira ao de formao.

    2 As matrias mencionadas no nmero anterior constam da portaria prevista na alnea b) do n. 1 do artigo 40.

    Artigo 38.Formao

    A formao referida no presente captulo ministrada por EF certificadas pela DGEG nos termos do captulo se-guinte exceo da prevista no n. 3 do artigo 32.

    CAPTULO VII

    Certificao das entidades formadoras

    Artigo 39.Entidades formadoras

    As entidades que ministram a formao adequada para tcnico de gs, instalador de instalaes de gs e de redes e ramais de distribuio de gs e instalador de aparelhos de gs, referidos no captulo VI, conducentes sua qua-lificao, so entidades da rede do Sistema Nacional de Qualificaes.

    Artigo 40.Certificao

    1 A certificao das EF referidas no artigo anterior segue os termos do regime quadro para a certificao de entidades formadoras, aprovado pela Portaria n. 851/2010, de 6 de setembro, alterada pela Portaria n. 208/2013, de 26 de junho, com as seguintes adaptaes:

    a) A entidade competente para a certificao a DGEG, que neste contexto emite cartes de identificao de tcnico de gs, de instalador de instalaes de gs e de redes e ramais de distribuio de gs e de instalador de aparelhos de gs, mediante solicitao do interessado;

    b) Os demais requisitos especficos, em complemento ou derrogao dos requisitos constantes da portaria que regula a certificao de EF, so aprovados por portaria dos membros do Governo responsveis pelas reas da energia e da formao profissional e da educao.

    2 A certificao das EF pela DGEG, seja expressa ou tcita, comunicada por meio eletrnico aos servios centrais competentes dos ministrios responsveis pela

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    rea da formao profissional e da educao, no prazo mximo de 10 dias.

    3 A DGEG divulga a lista das EF certificadas no seu stio na Internet.

    4 A DGEG pode disponibilizar s EF uma plata-forma informtica de gesto do sistema relativo s aes de formao e aos formandos, acessvel atravs do balco nico dos servios a que se refere o artigo 56. e do stio na Internet da DGEG.

    5 Enquanto no for disponibilizada a plataforma referida no nmero anterior, as EF enviam semestralmente DGEG listagem dos cursos de formao ministrados, em suporte informtico.

    6 O procedimento de certificao pela DGEG tem incio aps o pagamento da taxa, a definir nos termos previstos no artigo 55.

    7 A DGEG pode proceder a auditorias s EF por si certificadas, a fim de confirmar se os requisitos que pos-sibilitaram a sua certificao se mantm vlidos.

    Artigo 41.Comunicao dos cursos de formao

    1 As EF certificadas nos termos do artigo anterior devem comunicar previamente DGEG relativamente a cada formao, a indicao dos seguintes elementos:

    a) Identificao da ao a ministrar, com data de incio, durao, horrio de funcionamento e local;

    b) Cpia ou acesso eletrnico pela DGEG aos manuais de formao do curso;

    c) Identificao dos formadores, com indicao das matrias que vo ministrar, acompanhada de curriculum vitae;

    d) Identificao dos formandos.

    2 O disposto no nmero anterior aplica -se s EF legalmente estabelecidas noutro Estado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu para ministrar cursos equivalentes aos referidos no n. 1, que pretendam ministrar cursos de formao em territrio nacional, con-formes presente lei, de forma ocasional e espordica.

    Artigo 42.Deveres

    Para alm do disposto no nmero anterior, so ainda deveres das EF:

    a) Organizar e desenvolver aes de formao de atualizao de conhecimentos e aes de formao em conformidade com o estabelecido no captulo VI, no pre-sente captulo e na portaria referida na alnea b) do n. 1 do artigo 40.;

    b) Observar princpios de independncia e de igual-dade de tratamento de todos os candidatos formao e formandos;

    c) Colaborar nas auditorias previstas no n. 7 do artigo 40.;

    d) Propor a alterao dos contedos das matrias for-mativas, sempre que as alteraes e inovaes legais ou da natureza tcnica o justifiquem;

    e) Fornecer DGEG os elementos relativos ao exerccio da atividade, sempre que tal lhes seja solicitado;

    f) Prestar informao e colaborar com a DGEG no dom-nio do reconhecimento das qualificaes profissionais no

    mbito da Lei n. 9/2009, de 4 de maro, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio;

    g) Manter, pelo perodo de cinco anos, o registo das aes de formao realizadas, bem como os processos individuais dos formandos, os quais podem ser desma-terializados, com cpia de segurana, e devem estar disponveis, a todo o tempo, DGEG, para consulta de informaes;

    h) Emitir os certificados de qualificaes dos formandos que obtenham aproveitamento;

    i) Disponibilizar DGEG, pelos meios legalmente admissveis, os certificados de qualificaes dos formandos que obtenham aproveitamento para emisso do respetivo carto de identificao.

    Artigo 43.Revogao e caducidade da certificao

    A revogao e caducidade da certificao das EF pela DGEG segue os trmites da Portaria n. 851/2010, de 6 de setembro, alterada pela Portaria n. 208/2013, de 26 de junho.

    CAPTULO VIII

    Requisitos de acesso e exerccio da atividade dos profis-sionais afetos ao projeto e explorao de instalaes de armazenamento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel.

    Artigo 44.Responsvel tcnico pelo projeto ou pela explorao

    1 Sem prejuzo do disposto no artigo 46., o res-ponsvel tcnico pelo projeto ou pela explorao das instalaes de armazenamento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel, deve ser engenheiro ou engenheiro tcnico, com inscrio vlida na respetiva associao pblica profissional nas especia-lidades de mecnica ou qumica e por esta considerado habilitado para o efeito.

    2 Compete ao responsvel tcnico pelo projeto assi-nar as respetivas peas e garantir a sua conformidade com as normas tcnicas e regulamentares aplicveis, mediante declarao elaborada de acordo com o modelo constante do anexo n. 2 da Portaria n. 1188/2003, de 10 de outubro, alterada pela Portaria n. 1515/2007, de 30 de novembro.

    3 Compete ao responsvel tcnico pela explorao garantir a manuteno da conformidade da instalao com o projeto aprovado e as condies de licenciamento, bem como o seu funcionamento com obedincia s regras de segurana, devendo para o efeito assinar um termo de responsabilidade a ser apresentado entidade licenciadora, indicando a data de incio de funes.

    4 permitida a acumulao do exerccio das ativi-dades previstas nos n.os 2 e 3.

    Artigo 45.Seguro de responsabilidade civil

    1 Os responsveis tcnicos pelo projeto e pela ex-plorao das instalaes de armazenamento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel devem ter a sua atividade coberta por seguro de responsa-bilidade civil, garantia financeira ou instrumento equiva-

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015 899

    lente que cubra os riscos decorrentes do exerccio da sua atividade, definido pela entidade licenciadora competente das instalaes.

    2 Pode ser tomador do seguro de responsabilidade civil referido no nmero anterior a entidade na qual o profissional exera a sua atividade, desde que a aplice cubra expressamente a responsabilidade profissional do tcnico.

    3 Os responsveis tcnicos pelo projeto em regime de livre prestao de servios em Portugal que estejam obrigados, nos termos da legislao do Estado membro de origem, contratao de instrumento financeiro para a cobertura dos riscos referidos no n. 1 em territrio nacio-nal, esto isentos da obrigao referida nesse nmero.

    4 Nos casos previstos no nmero anterior, as infor-maes referidas na alnea m) do n. 1 do artigo 20. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, referem -se ao instrumento financeiro contratado nos termos da legisla-o do Estado membro de origem, devendo o respons-vel tcnico identificar a autoridade competente daquele Estado que exerce poder punitivo pela violao do requisito em causa em territrio nacional sempre que tal lhe seja solicitado pelo destinatrio do servio ou por autoridade competente.

    Artigo 46.Associaes pblicas profissionais

    As associaes pblicas profissionais de engenheiros e engenheiros tcnicos podem reconhecer a habilitao de engenheiros ou engenheiros tcnicos no inscritos na especialidade de mecnica ou qumica para os efeitos do presente captulo, tendo em conta a respetiva formao na rea do projeto e explorao das instalaes de armazena-mento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel.

    Artigo 47.Grandes instalaes de armazenamento de produtos de petrleo

    No caso de instalaes classificadas como grandes ins-talaes de armazenamento de produtos de petrleo nos termos do Decreto -Lei n. 31/2006, de 15 de fevereiro:

    a) A responsabilidade tcnica pelo projeto assumida por engenheiro, com experincia profissional de cinco anos, ou engenheiro tcnico, com experincia profissional de 10 anos, com inscrio vlida na respetiva associao pblica profissional nas especialidades de mecnica ou qumica;

    b) A responsabilidade tcnica pela explorao assu-mida por engenheiro ou engenheiro tcnico com inscrio vlida na respetiva associao pblica profissional nas especialidades de mecnica ou qumica, ou outras espe-cialidades reconhecidas pela respetiva associao pblica profissional, com experincia profissional mnima de trs ou cinco anos, consoante seja engenheiro ou engenheiro tcnico.

    Artigo 48.Deveres tico -profissionais

    1 Os responsveis tcnicos pelo projeto e pela ex-plorao das instalaes de armazenamento de produtos de petrleo e de postos de abastecimento de combustvel devem pautar a sua conduta pelos estatutos das respetivas

    associaes pblicas profissionais e demais legislao aplicvel em vigor.

    2 Dentro da sua esfera de competncias, os tcnicos referidos no nmero anterior respondem civil e crimi-nalmente por tudo o que se prenda com o desempenho das suas funes, nomeadamente nos aspetos tcnicos e regulamentares do projeto e da explorao das instalaes.

    3 Quando a dimenso ou a complexidade das insta-laes o justificar ou em caso de ausncia ou impedimento do responsvel tcnico, este pode fazer -se coadjuvar ou delegar as suas competncias noutro engenheiro ou enge-nheiro tcnico, qualificado nos termos do presente captulo, sem prejuzo da sua responsabilidade de comitente.

    Artigo 49.Cessao de funes

    A cessao das funes de responsvel tcnico pela explorao das instalaes deve ser comunicada entidade licenciadora, nos seguintes termos:

    a) Caso a comunicao seja feita pela entidade patronal ou detentora da instalao, a mesma deve ser feita no prazo mximo de 15 dias e ser acompanhada de declarao de responsabilidade de novo responsvel tcnico e da data de incio das respetivas funes;

    b) Caso a comunicao seja da iniciativa do tcnico responsvel, a mesma deve ser feita com a antecedncia mnima de 30 dias relativamente data indicada para a cessao das suas funes, e vir acompanhada de cpia de igual comunicao dirigida entidade patronal ou deten-tora da instalao.

    CAPTULO IX

    Entidades legalmente estabelecidas noutro Estado membro da Unio Europeia

    ou do Espao Econmico Europeu

    Artigo 50.Livre prestao de servios

    1 As entidades legalmente estabelecidas em outro Es-tado membro da Unio Europeia ou do Espao Econmico Europeu para a prtica das atividades de EI, EIG,EIC e EEG de classe II, podem, nos termos do n. 3 do artigo 4. do Decreto -Lei n. 92/2010, de 26 de julho, exercer essas mesmas atividades de forma ocasional e espordica em territrio nacional.

    2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, a enti-dade deve apresentar junto da DGEG:

    a) Em caso de exerccio de uma atividade como EI, mera comunicao prvia, indicando qual a classificao em que pretendem atuar (A, B ou A+B), de acordo com previstos no n. 2 do artigo 4., e acompanhada da documentao referida nas alneas a), c) e e) do n. 1 do artigo 8.;

    b) Em caso de exerccio de uma atividade como EIG, mera comunicao prvia, acompanhada da documenta-o referida nas alneas b), d), e), f), g) e h) do n. 2 do artigo 15.;

    c) Em caso de exerccio de uma atividade como EIC, mera comunicao prvia, acompanhada da documenta-o referida nas alneas b), d), e), f), g) e h) do n. 2 do artigo 23.;

  • 900 Dirio da Repblica, 1. srie N. 32 16 de fevereiro de 2015

    d) Em caso de exerccio de uma atividade como EEG de classe II, mera comunicao prvia, acompanhada dos elementos referidos na alnea b) do n. 2 do artigo 30., excetuada a sua subalnea ii).

    3 Aps a apresentao da mera comunicao prvia referida no nmero anterior, automaticamente atribudo um nmero de registo, podendo o requerente iniciar de imediato o exerccio da atividade correspondente.

    4 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, no prazo mximo de 30 dias aps a receo da mera comu-nicao prvia, a DGEG verifica a regularidade dessa comunicao, notificando o requerente, sempre que con-sidere necessrio, para regularizar ou completar a mera comunicao prvia apresentada com deficincias, can-celando provisoriamente o nmero de registo atribudo regularizao ou complemento da comunicao.

    5 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores, o registo pode igualmente ser suspenso, revogado ou can-celado, nos termos previstos nos captulos anteriores para as EI, EIG, EIC e EEG de classe II, consoante a atividade em causa.

    6 As entidades referidas no nmero anterior so equiparadas, para todos os efeitos, a EI, EIG, EIC e EEG de classe II, consoante o caso, ficando sujeitos ao cum-primento dos requisitos de atividade que lhe sejam apli-cveis.

    7 A comunicao prvia referida nas alneas a) a d) do n. 2 realizada uma nica vez, aquando da primeira prestao de servios em Portugal, no estando sujeita a prazo de caducidade nem ao pagamento de taxa.

    CAPTULO X

    Acompanhamento das atividades e deveres de infor-mao das entidades instaladoras de gs, inspetoras de gs, inspetoras de combustveis, exploradoras das armazenagens e das redes e ramais de distribuio de gs da classe I e II e formadoras.

    Artigo 51.Acompanhamento das atividades

    1 A DGEG responsvel pelo acompanhamento do exerccio da atividade das EI, EIG, EIC, EEG e EF, sem prejuzo das competncias prprias do IPAC enquanto organismo nacional de acreditao.

    2 As avaliaes realizadas pelo IPAC s EIG e EIC devem ser oportunamente notificadas DGEG, a qual pode nomear um representante que acompanha a equipa avaliadora do IPAC.

    3 As EIG, EIC e EEG devem prestar a colaborao solicitada para a realizao das aes de acompanhamento, nomeadamente facultando DGEG o acesso aos registos e demais documentos relacionados com o exerccio da atividade.

    Artigo 52.Relatrio de atividade

    1 As EIG e as EIC estabelecidas em Portugal devem elaborar relatrios anuais das atividades desenvolvidas em territrio nacional, a entregar na DGEG at ao final do ms de maro do ano seguinte quele a que respeitam.

    2 A DGEG pode definir a informao a inserir no relatrio, bem como determinar a apresentao de relat-rios intercalares.

    3 As EIG e as EIC ficam obrigadas a prestar qualquer informao extraordinria que lhes seja solicitada pela DGEG ou pelas entidades licenciadoras.

    CAPTULO XI

    Disposies complementares, transitrias e finais

    Artigo 53.Contraordenaes

    1 Constituem contraordenaes, punidas com coima de 250 a 3 500, caso se trate de pessoa singular, e de 2 500 a 40 000, caso se trate de pessoa coletiva:

    a) O exerccio da atividade de uma EI com violao do disposto nas alneas c) a j) do artigo 5. e, caso se es-tabelea em territrio nacional, do disposto na alnea b) do mesmo artigo;

    b) O exerccio da atividade como EI sem autorizao ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 6.;

    c) O exerccio da atividade de uma EI com pessoal tcnico no qualificado nos termos do artigo 6.;

    d) O exerccio da atividade de uma EIG com violao do disposto nas alneas c) a h) e j) do artigo 11. e, caso se estabelea em territrio nacional, do disposto nas alneas b) e i) do mesmo artigo;

    e) O exerccio da atividade como EIG sem autoriza-o ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 12.;

    f) O exerccio da atividade de uma EIG com pessoal tcnico no qualificado nos termos do artigo 12.;

    g) A violao, por parte de uma EIG ou do seu pessoal tcnico, do disposto nos artigos 14. e 52.;

    h) O exerccio da atividade de uma EIC com violao do disposto nas alneas c) a h) e j) do artigo 18. e, caso se estabelea em territrio nacional, do disposto nas alneas b) e i) do mesmo artigo;

    i) O exerccio da atividade como EIC sem autorizao ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 20.;

    j) O exerccio da atividade de uma EIC com pessoal tcnico no qualificado nos termos do artigo 20.;

    k) A violao, por parte de uma EIC ou do seu pessoal tcnico, do disposto nos artigos 22. e 52.;

    l) O exerccio da atividade de uma EEG com violao do disposto nas alneas b) a n) do n. 1 do artigo 26.;

    m) O exerccio da atividade como EEG sem autorizao vlida ou sem atuar com o quadro de pessoal referido no artigo 27.;

    n) O exerccio da atividade de uma EEG com pessoal no qualificado nos termos do artigo 27.;

    o) A violao, por parte de uma EEG ou do seu pessoal tcnico, do disposto nos artigos 29. e 52.;

    p) O exerccio das atividades correspondentes s pro-fisses previstas na presente lei por pessoa sem as quali-ficaes necessrias para o efeito;

    q) O exerccio da atividade de formao profissional na rea do gs por entidade sem certificao vlida, nos termos do captulo VII;

    r) A violao por parte das EF dos deveres constantes do captulo VII.