legislaÇÃo sanitÁria: sim e consórcios · consÓrcio de municÍpios - principais passos para...
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LEGISLAÇÃO SANITÁRIA: SIM e
consórcios
Leomar Luiz Prezotto
Consultor em agroindústria e legislação
Email: [email protected]
Fone: 48 – 98481.2102
SISBI-POA/SUASA
IN’s FEDERAIS: servem de referência
- Aos estados, municípios e consórcios para
elaborarem os respectivos regulamentos;
- Para o MAPA e Estados fazerem as
auditorias nos serviços que solicitarem
adesão ao Suasa.
SISBI-POA/SUASA
IN n° 05/2017 regulamentou o processamento
de:
- ovos e derivados;
- produtos das abelhas e derivados;
- leite e derivados.
Faltam ser publicadas IN’s para:
- abate de animais ou industrialização de
carnes;
- processamento de pescado e derivados;
- processamento artesanal;
- venda a retalho ou a granel direto ao
consumidor final.
SISBI-POA/SUASA (IN N° 16/2015 E IN N°
5/2017)
☞ Simplifica o processo de registro daagroindústria de pequeno porte.
☞ Diminuição de exigências eminstalações para a agroindústria de
pequeno porte;
☞ Agroindústria de pequeno porte podeser multifuncional, incluindo as instalações
e os equipamentos;
SISBI-POA/SUASA (IN N° 16/2015 E IN N°
5/2017)
☞ pode ser utilizado banheiro já existente napropriedade, desde que não fique a uma
distância superior à 40 metros.
☞ Os estabelecimentos ficam dispensados defornecer condução, alimentação,
deslocamento, instalações, equipamentos,
sala e outros materiais para o trabalho de
inspeção e fiscalização.
SISBI-POA/SUASA (IN N° 16/2015 E IN N°
5/2017)
☞ Dispensa / diminuiu a estrutura delaboratório.
☞ O responsável técnico pode ser suprido porprofissional técnico de órgãos governamentais
ou privado ou por técnico de assistência
técnica.
☞ Isenta pagamento de taxas de registro e deinspeção, para produtos, rótulos e serviços.
SISBI-POA/SUASA
☞ Os SIM’s e SIE’s poderão editarnormas específicas relativas às
condições gerais das instalações,
equipamentos e práticas
operacionais para a agroindústria de
pequeno porte.
Ex: simplificação de instalações e
equipamentos, pasteurização lenta,
queijo de leite cru, contratação de RT
não obrigatório, simplificação do
registro etc.
SISBI-POA/SUASA
Equivalência:
Não ser necessariamente igual
Mas atingir os mesmos objetivos
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL – SIM
Importância
➢ Possibilita a legalização sanitária para
comércio local;
➢ Comercialização para o mercado institucional
– PNAE, PAA;
➢ Possibilidade de adesão ao SISBI-POA/SUASA,
para comercialização nacional;
➢ Desenvolvimento econômico do(s)
município(s).
Limitações
Restrição do comércio: apenas dentro do
respectivo município (ou consórcio).
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL – SIM
Possibilidades:
a) Individual – em cada município
b) Em consórcios de municípios
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
1) Projeto de Lei – PL:
Aprovação do Projeto de Lei na
câmara de vereadores – criando o
SIM;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
2) Regulamentação:
Elaboração do Regulamento do serviço
de inspeção, por meio de um Decreto
do executivo. Conter normas sobre o
funcionamento do serviço e
implantação e registro de agroindústria
- incluindo as normas específicas para
as pequenas unidades e
processamento artesanal;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
3) Normas complementares:
Normas complementares detalhando
vários aspectos operacionais do SIM:
sistema de informações, modelo de
laudo, relatório de visitas, infrações e
outros instrumentos;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
4) Protocolo geral:
Disponibilizar um setor de protocolo geral,
para controle de entrada e saída de
documentos oficiais;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA CONSTITUIÇÃO:
5) Programa de Trabalho:
Deverá ser elaborado um Plano de Trabalho
(planejamento) de como será executado o
serviço de inspeção;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
6) Programa de amostras para análise:
Estabelecer uma programação e
cronograma de envio de amostras, de
água, matéria prima e produtos, para
análises físico-químicas e
microbiológicas;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
7) Sistema de informações:
Banco de dados sobre todas as
atividades do serviço (registros
auditáveis) - atendimentos, resultado das
análises, providências adotadas,
infrações, penalidades, registros dos
estabelecimentos e demais ações do
Serviço;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
8) Estrutura do SIM:
equipe técnica, veículos, salas de trabalho,
materiais e equipamentos de apoio
(computador, fone, internet ...), acesso à
laboratório e outros, compatíveis com a
dimensão de trabalho do serviço.
Critérios para dimensionamento: número de
estabelecimentos atendidos, volume de
produção, tipo de estabelecimento
(inspeção periódica ou permanente), nível
da segurança sanitária, número de abate de
animais;
SIM INDIVIDUAL - ETAPAS PARA
CONSTITUIÇÃO:
10) Treinamento da equipe:
A equipe de inspeção e auxiliares deve
receber treinamento, fazer visita /
estágio em outro serviço em
funcionamento;
11) Início de atividades:
Registro e inspeção de ao menos um
estabelecimento.
SINTESE DOS PASSOS PRINCIPAIS
1) Aprovação do projeto de lei
2) Regulamentação da
Lei3) Normas
complementares4) Protocole geral
5) Programa de trabalho
6) Programa de amostras análises
7) Sistema de informações
8) Estruturação do SIM
9) Treinamento da equipe
10) Início das atividades
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS
Vantagens:
☞ Um único serviço poderá atender vários municípios;
☞ Uma única estrutura de serviço de inspeção: equipe técnica; veículos; sede do serviço etc;
☞Menor custo do serviço de inspeção para cada município participante;
☞ Favorece o desenvolvimento regional.
CONSÓRCIO PÚBLICO
Pessoa jurídica formada exclusivamentepor entes da Federação (Lei n°
11.107/2005), para estabelecer relações
de cooperação federativa, inclusive a
realização de objetivos de interesse
comum, constituída como associação
pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou
como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS -
principais passos para constituir:
1) Elaboração do Protocolo de
Intenções
A elaboração de consórcio público
dependerá da prévia celebração
de protocolo de intenções subscrito
pelos representantes legais dos
entes da Federação interessados.
O Protocolo de Intenções é um
contrato preliminar do Consórcio.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS -
principais passos para constituir:
2) Aprovação do Protocolo de
Intenções
O Protocolo de Intenções deve ser
ratificado pelos entes da
Federação interessados, ou seja,
aprovado pelo ente da Federação
mediante lei e, após, converte-se
em contrato de consórcio público.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS -
principais passos para constituir:
3) Publicação do Protocolo de
Intenções
Em seguida à ratificação dos
entes federados, o Protocolo de
Intenções deverá ser publicado
na imprensa oficial no âmbito de
cada ente consorciado.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS -
principais passos para
constituir:
4) Constituição dos Estatutos
O consórcio público será
organizado por estatutos
aprovados pela assembléia, cujas
disposições deverão atender a
todas as cláusulas do seu contrato
constitutivo.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS - principais
passos para constituir:
5) Constituição do Contrato de Programa
Deverão ser constituídas e reguladas
por contrato de programa, como
condição de sua validade, as
obrigações contraídas por ente da
Federação, que tenham por objeto a
prestação de serviços por meio de
gestão associada ou a transferência
total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal ou de bens necessários àcontinuidade dos serviços transferidos.
CONSÓRCIO DE MUNICÍPIOS - principais
passos para constituir:
6) Constituição do Contrato de Rateio
Os entes consorciados somente
repassarão recursos financeiros ao
consórcio público mediante contrato de
rateio, a ser formalizado em cada
exercício financeiro, de acordo com
legislação orçamentária e financeira do
ente consorciado contratante e que
depende da previsão de recursos
orçamentários que suportem o
pagamento das obrigações
contratadas.
SINTESE DOS PASSOS PRINCIPAIS
1) Elaboração do Protocolo de Intenções
2) Aprovação do Protocolo de Intenções
3) Publicação do Protocolo de Intenções
4) Constituição dos Estatutos
5) Constituição do Contrato de Programa
6) Constituição do Contrato de Rateio
7) Implantar o serviço de inspeção
IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO NO
CONSÓRCIO:
1) Projeto de Lei – PL – em cada munícipio
2) Regulamentação – em cada munícipio
3) Normas complementares operacionais
4) Protocolo
5) Programa de Trabalho
6) Programa de amostras para análise
7) Sistemas de informações
8) Estruturação do Serviço de Inspeção
9) Treinamento da equipe
10) Início de atividades
SUGESTÃO DE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES A
SEREM CONSIDERADOS NOS SERVIÇOS:
- Inclusão produtiva com segurança sanitária;
- Proteção à produção artesanal – preservar
a diversidade, costumes, hábitos e
conhecimentos tradicionais na perspectiva
do multiculturalismo dos povos,
comunidades tradicionais e agricultores
familiares;
- Respeito às tecnologias apropriadas /
adequadas, com vínculos culturais e o
saber fazer de cada local;
SUGESTÃO DE PRINCÍPIOS E DIRETRIZES A
SEREM CONSIDERADOS NOS SERVIÇOS:
- Transparência, racionalização e
simplificação dos procedimentos e
requisitos de registro sanitário dos
estabelecimentos;
- Razoabilidade quanto às exigências
aplicadas;
- Foco na segurança sanitária dos
produtos.
OBSERVAÇÕES AOS MUNICÍPIOS:
☞ Para superar possíveis resistências à
formalização dos processos produtivos:
a) Ter legislação adequada no serviço de
inspeção, que dialoga com a pequena
produção e o processamento artesanal;
b) Desenvolver campanhas educativas junto
aos produtores e aos consumidores, com
metodologia e conteúdos adequados a
cada público;
c) Desenvolver ações pró-ativas junto aos
agricultores e empreendedores, com muito
diálogo sobre segurança sanitária,
formalização etc, com um enfoque
inclusivo.
OBSERVAÇÕES AOS MUNICÍPIOS:
☞ O serviço do município ou do consórciodeve buscar conhecer outras
experiências similares que está em
funcionando que tenha legislação
sanitária adequada, para troca de
experiências: um momento muito rico
para melhorar a qualidade dos serviços,
um alerta para possíveis falhas e
potencializa acertos.
☞ Simplificação do funcionamento doserviço de inspeção, sem duplicidade
de ações de controle em um mesmo
estabelecimento.
OBSERVAÇÕES AOS MUNICÍPIOS:
☞ Os mecanismos de autocontrole (BPF,POP, PPHO) devem ser mais simples
para as unidades de processamento
artesanal e agroindústria de pequeno
porte, de acordo com o tamanho da
escala de produção dos
estabelecimentos. A lógica é: quanto
maior a escala de produção mais
completo os mecanismos de
autocontrole.
OBSERVAÇÕES AOS MUNICÍPIOS:
☞ Os estabelecimentos são osresponsáveis pela qualidade dos
produtos (conforme o CDC) e devem
responder por ela. O RT não executa
papel de controle oficial de qualidade,
apenas de assistência e orientação
técnica (Emater, prefeitura, ONG’s,
cooperativas) . Portanto, não podem ser
obrigados a contratarem RT, isso é uma
opção que cabe unicamente ao
estabelecimento decidir.
OBSERVAÇÕES AOS MUNICÍPIOS:
☞ Se o SIM optar por cobrar taxas pelaexecução da inspeção, é
recomendável que seja restrita aos
médios e grandes estabelecimentos,
proporcional a quantidade de animais
abatidos ou ao volume de produtos
processados. Esses recursos poderiam
ser destinados a um fundo específico de
uso do serviço de inspeção.
DESAFIOS
☞ Constituição de SIM em todos osmunicípios.
☞ Adoção de normas específicas paraagroindústria de pequeno porte;
processamento artesanal; e venda direta,
em todos os serviços de inspeção.
☞ Constituição de consórcios de municípios.
☞ Adesão dos serviços de inspeção ao SISIBI-POA/Suasa.
QUEJARIA ROÇA NA CIDADE
sala de produção
QUEJARIA ROÇA NA CIDADE
sala de maturação
QUEJARIA DONA HILDA – São José do Cerrito/SC
Área construída: 16 m² - Produção: 8 kg/dia
QUEJARIA DONA
HILDA
Queijo Serrano
QUEJARIA DO ZÉ MÁRIO – São Roque de Minas/MG
Área construída: 18 m² - Produção: 12 kg/dia
QUEJARIA DO ZÉ MÁRIO – São Roque de Minas/MG
Salão Mundial de Queijo 2017 – Tours/FrançaQueijo Canastra – Família Leite – Sacramento/MG
Prêmio Ouro e Super Ouro
III Premio Brasil
de Queijo
Artesanal 2017
Queijo Colonial
4 anos de
maturação
Leomar Luiz Prezotto
Eng. Agrônomo; Msc em Agroecossistemas
Sommelier profissional pela ABS-SC/SP
Consultor em agroindústria e legislação
Email: [email protected]
Fone / WhatsApp: 48 98481.2102
Skype: prezotto.consultoriaboavista