legislaÇÃo e saÚde aula 3- os contratos médicos e o consumidor
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LEGISLAÇÃO E SAÚDE
Aula 3- Os contratos médicos e o consumidor
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático desta aula
Os contratos médicos como
expressão de uma relação de
consumo;
O consenso entre as partes no
atendimento, pelo contrato, das
necessidades de saúde;
A relação entre o direito do
consumidor, planos de saúde,
seguro-saúde e previdência.
Legislação e Saúde
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NOME DA DISCIPLINA
Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
A saúde é uma premissa básica no exercício de
cidadania do ser humano. Em função disso, é de
extrema relevância para a sociedade: constitui-se no
direito de todo cidadão à qualidade de vida,
atendimento médico de qualidade e, principalmente o
direito à dignidade de se manter saudável. Essa
relação entre direito e saúde está dentre os direitos
fundamentais sociais.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira
constituição brasileira a implicar o direito à saúde
como um direito fundamental. O direito à saúde
consiste no direito à prestação dos serviços em saúde,
pelo Estado, enquanto ação positiva com foco na
eficácia de tais serviços.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
Mas o que é um direito fundamental?
É um direito que consiste em um pressuposto à vida de
qualquer ser humano. A valorização da vida implica na
dignidade humana.
Nesse sentido, a saúde torna-se um direito público
subjetivo, que exige do Estado ações e intervenções
positivas e diretivas para sua eficácia. O direito público
subjetivo refere-se ao caráter implícito da norma para o
indivíduo, seus interesses, personalidade e
desenvolvimento.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
Quando ressalta-se a dimensão positiva do direito
fundamental à saúde, aponta-se para a questão de que
qualquer cidadão pode cobrar de todos os níveis de
Governo o fornecimento de um determinado medicamento,
tratamento, exame específico, internação ou outros
procedimentos que visem a proteção de sua vida e sua
saúde. Como exemplo, podemos citar uma mãe que solicita
na Secretaria Municipal de Saúde de sua cidade, o leite
especial para seu filho que apresenta intolerância à
lactose.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
A partir da constituição federal de 1988, o direito à
saúde deve ser valorativo da preservação da vida e
da saúde humana e, todos os implicados no processo
de prevenção, promoção de saúde e procedimentos
de cura, devem estar comprometidos com o exercício
deste direito. A omissão em relação ao direito à saúde
corresponde a um comportamento inconstitucional.
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NOME DA DISCIPLINA
Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
O direito à saúde representa matéria em que a
proteção a assim chamada confiança legítima
encontra campo fértil para se consolidar. É a
partir da confiança legítima que os contratos
em saúde podem ser estabelecidos como uma
relação de consumo.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
É com base na confiança legítima que o paciente
deposita sua confiança na idoneidade do médico para lhe
prestar o melhor atendimento possível. O médico, por sua
vez, assume o dever de revelar todas as circunstâncias
pertinentes. Nesse sentido, podemos compreender como
se estabelece uma relação de consumo entre o paciente e
o médico: o produto consumido é a assistência à saúde.
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CONTRATO EM SAÚDE
CONTRATOCONTRATO
Negócios jurídicos bilaterais, tendo como
fundamento ético a vontade humana e, como habitat, a ordem legal, que gera um
vínculo obrigacional.
Negócios jurídicos bilaterais, tendo como
fundamento ético a vontade humana e, como habitat, a ordem legal, que gera um
vínculo obrigacional.
Na saúde:Na saúde:
A forma de contrato leva em consideração a
confiança do paciente na assistência médica.
A forma de contrato leva em consideração a
confiança do paciente na assistência médica.
Termo que determina o que
será estabelecido no
conteúdo do contrato,
denomina-se “liberdade de contratar”.
Termo que determina o que
será estabelecido no
conteúdo do contrato,
denomina-se “liberdade de contratar”.
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Conceito:Conceito:
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
O principio da confiança legítima engloba
formulações que englobam a boa – fé
subjetiva e objetiva, caracterizando as
manifestações contratuais referentes ao
direito à saúde que são intimamente ligadas
às relações de consumo.
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CONTRATO EM SAÚDE
CONFIANÇA LEGÍTIMA
CONFIANÇA LEGÍTIMA
É compreendida como estado psicológico, estado de consciência caracterizado pela
ignorância de estar a lesar direitos ou interesses alheios.
É compreendida como estado psicológico, estado de consciência caracterizado pela
ignorância de estar a lesar direitos ou interesses alheios.
Boa-fé objetivaBoa-fé objetiva
É compreendida como uma forma de conduta que impõe aos
participantes da relação obrigacional um agir pautado pela
lealdade, pela colaboração intersubjetiva no contrato, pela
consideração dos legítimos interesses da contra parte.
É compreendida como uma forma de conduta que impõe aos
participantes da relação obrigacional um agir pautado pela
lealdade, pela colaboração intersubjetiva no contrato, pela
consideração dos legítimos interesses da contra parte.
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Boa-fé subjetivaBoa-fé subjetiva
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
Na assistência à saúde alguns eventos são
determinantes, como, por exemplo, os casos
de emergência, em que uma discussão prévia
acerca do contrato não existirá, pois
prevalecerá o enfrentamento de uma
determinada situação de risco.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
A esse respeito Scaff (2010), ressalta: “O serviço será feito
visando à consecução do objetivo maior do enfrentamento
da moléstia e do delineamento das cláusulas do contrato –
preço, forma de pagamento, vigência de contrato, modo de
prestação do serviço – serão deixados para um momento
subseqüente, subvertendo-se a ordem usual de
constituição dos negócios. Ora, nessas condições, a
confiança adotará papel de distinta relevância, tanto para o
agente de saúde como para o paciente” (página 65).
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
Paciente como um consumidor da assistência à
saúde:
No direito à saúde, os objetos aos quais se destina o serviço
prestado são: o corpo e a mente. A confiança que o usuário do
sistema de saúde tem que depositar na figura do médico revela
a intensidade de uma relação que tem como base uma
intervenção. Dessa forma, podemos conceber o então
denominado paciente como um consumidor da assistência à
saúde. A equipe de saúde, que tem no médico a figura principal,
responde pela qualidade do serviço prestado a esse consumidor.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
A relação contratual entre médico e paciente se estabelece
a partir do vínculo de confiança. Por isso a importância de
uma equipe de saúde interdisciplinar, que contemple um
intercâmbio de conhecimentos em prol da saúde e do
restabelecimento do paciente, bem como a atualização de
toda a equipe e, principalmente do médico, que deve estar
sempre preparado para oferecer o melhor serviço de saúde
e estabelecer esse vínculo de confiança com o paciente.
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Os contratos médicos como expressão de uma relação de consumo
O sucesso dessa relação contratual pode implicar na
participação efetiva do paciente no seu próprio
processo de cura, na colaboração da família com a
equipe de saúde, em diminuição do tempo de
internação no hospital, no sucesso das intervenções
realizadas e, principalmente, na efetivação da eficácia
dos serviços de saúde.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
Scaff (2010) afirma: “o paciente deve, desde um
primeiro momento, confiar no seu médico, no
hospital, na clínica, em suma no tratamento que lhe
está sendo recomendado. Essa confiança se
estabelece de modo peculiar já que sua avaliação
pessoal sobre as condutas assumidas pelos agentes
de saúde é em grande medida prejudicada pela
complexidade das providências que deverão ser
tomadas” (página 67).
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
Alguns fatores importantes na prestação de
serviços que implicam no direito à saúde:
O agente responsável pelo tratamento possui
determinadas informações técnicas cujo acesso não é
livre para generalidade das pessoas, mais que devem
ser aptas a promover a efetivação das medidas
idôneas ao combate da moléstia enfrentada.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
Alguns fatores importantes na prestação de serviços que
implicam no direito à saúde:
A maioria das pessoas sabe ou pode facilmente saber que
algumas práticas simples de higiene e de cuidado – tais como o
hábito de lavar as mãos antes das refeições, de cozinhar
determinados alimentos antes de ingeri-los, de respeitar os
prazos de vencimento de produtos tec.- contribuem
decisivamente para a prevenção de doenças, o que traduz o
resultado do maior acesso e da mais ampla divulgação de
informações que antes eram inacessíveis ao cidadão médio.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
Alguns fatores importantes na prestação de
serviços que implicam no direito à saúde:
Os atuais meios de comunicação, como TV, rádio,
internet, dentre outros, disponibilizaram o acesso à
informação antes existente apenas em ambientes
restritos e selecionados.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
Alguns fatores importantes na prestação de serviços que
implicam no direito à saúde:
O conhecimento específico acerca de doenças e os benefícios
dos tratamentos ainda conservam-se de modo seletivo e restrito
a poucos indivíduos dotados de formação e de cultura específica,
o que acarreta ao paciente, na condição de um verdadeiro e
próprio consumidor de serviços, desvantagens evidentes na
relação contratual estabelecida com o agente de saúde, que por
sua vez assume, na linguagem do direito do consumidor, o papel
de fornecedor desses serviços.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
O médico deve se utilizar de mecanismos e
instrumentos que validem seu conhecimento
específico. Através de exames de complexidade
própria, o médico poderá fazer um diagnóstico
assertivo, diferencial e, consequentemente, buscar o
melhor tratamento para o paciente e lhe comunicar
adequadamente a melhor conduta que a equipe de
saúde poderá oferecer para seu caso específico.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
O conhecimento restrito ao ato médico pode ser
exemplificado da seguinte forma: um homem chega
ao hospital com muitas dores renais. A dosagem
adequada do medicamento é altamente relevante,
uma vez que uma alta dosagem pode causar sérios
efeitos colaterais e uma baixa dosagem pode não
aliviar o sintoma ou colaborar na solução do
problema.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
O agente de saúde precisa obter do paciente dados
realmente confiáveis. O paciente que omite, de modo
deliberado ou não, informações essenciais para seu
tratamento, poderá induzir o erro do prestador dos
serviços médicos, que, nesse caso, não deverá ter a si
atribuída a responsabilidade que decorreria de
suposta e inexistente culpa vinculada à conduta
referente á prestação do serviço de saúde.
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
A declaração da vontade das partes deve ser
interpretada de acordo com regras específicas no
direito a saúde, que reconheçam essa desigualdade
presumida entre os envolvidos no atendimento
médico. Em relação à vontade das partes envolvidas
nos atos de saúde, Scaff (2010, páginas 68 e 69)
ressalta que:
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
•A vontade não é o elemento do negócio jurídico; o
negócio é somente a declaração da vontade;
•Cronologicamente, o contrato surge por ocasião da
declaração; sua existência começa nesse momento;
todo o processo volitivo anterior não faz parte dele;
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O consenso entre as partes no atendimento, pelo contrato, das necessidades de saúde
•O negócio todo consiste na declaração. Na evolução
da teoria e da disciplina dos contratos, há uma
tendência à progressiva redução da relevância da
vontade dos contratantes, entendida como momento
psicológico da iniciativa contratual.
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Direito do consumidor
Segundo o IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor, o Código de defesa do Consumidor (Lei
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990) é uma lei
abrangente que trata das relações de consumo em
todas as esferas: civil – definindo as responsabilidades
e os mecanismos para a reparação de danos
causados; administrativa – definindo os mecanismos
para o poder público atuar nas relações de consumo;
e penal – estabelecendo novos tipos de crimes e as
punições para os mesmos.
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Direito do consumidor
O capítulo III, em seu artigo 6º, afirma que são direitos
básicos do consumidor:
“I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os
riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou
nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
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Direito do consumidor
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços;
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Direito do consumidor
V - a modificação das cláusulas contratuais que
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua
revisão em razão de fatos supervenientes que as
tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
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Direito do consumidor
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos
com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
difusos, assegurada a proteção Jurídica,
administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo
as regras ordinárias de experiências;
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Direito do consumidor
O capítulo IV do referido Código, em sua seção I,
artigo 8º afirma:
“Os produtos e serviços colocados no mercado de
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança
dos consumidores, exceto os considerados normais e
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese,
a dar informações necessárias e adequadas a seu
respeito”.
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Direito do consumidor
Na seção II do mesmo capítulo, artigo 12º, ressalta:
“O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou
estrangeiro, e o importador respondem,
independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos,
bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização e riscos”.
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Direito do consumidor
Seção II, artigo 14º:
“O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação de serviços, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos”.
Entendendo o usuário do sistema de saúde como um
consumidor do serviço prestado pela equipe de saúde,
pode-se inferir ao médico o papel de fornecedor do
serviço e ao paciente o papel de consumidor do serviço.
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Direito do consumidor
O Código ressalta também que a responsabilidade
pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante verificação de culpa. Temos visto muitos
processos envolvendo médicos e pacientes em função
da qualidade do serviço prestado, da omissão ou
negligência e do abuso de autoridade.
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Direito do consumidor
Na seção V, art. 42: “Na cobrança de débitos, o
consumidor inadimplente não será exposto a ridículo,
nem será submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça”. No ambiente hospitalar
podemos avaliar que, em serviços tarifados, o
paciente ou seu familiar deve ser respeitado sem ser
submetido a constrangimento em função de
pagamento dos serviços hospitalares.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
O plano de saúde é um contrato entre uma pessoa
que deseja usufruir dos serviços de saúde e a
empresa de seguros. No contrato ficam estipulados os
valores a serem pagos pelo contratante (usuário) e a
cobertura oferecida pela empresa seguradora. Essa
cobertura varia de acordo com a apólice de seguro de
saúde.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Uma apólice dita o que o usuário tem direito mediante
o valor pago e o serviço contratado. Então, temos
apólices que dão direito a exames e consultas, outras
que são mais abrangentes e dão direito também a
internação e cirurgias e, ainda, outros que oferecem
cobertura total para todos os serviços na área da
saúde.
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NOME DA DISCIPLINA
1997
Os planos de saúde no Brasil
1960Primeiras empresas de
medicina de gruposurgem para atender
aostrabalhadores do ABC
paulista
Planos de saúde feitos pelas
empresas de medicina de grupo
assistiam a cerca de 17 milhões
de brasileiros
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Modalidades de assistência à saúde:
Planos de saúde - contrato que garante a cobertura de
custos (gastos) com assistência médica, hospitalar e
ambulatorial, a ser prestada pela Rede Assistencial,
em conformidade com a lei 9.656/98 aos usuários
devidamente inscritos. É contemplado na saúde
suplementar.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Cooperativas médicas - regidas e organizadas
sob as leis do cooperativismo. Prestam
assistência aos beneficiários por meio de
contratos coletivos, familiares e individuais.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Autogestão - os grandes empregadores gerenciam
planos próprios de saúde para seus funcionários
mediante contratação ou credenciamento de médicos
e serviços e de convênios com hospitais. A empresa
que implanta a autogestão estabelece o formato do
plano, define o credenciamento dos médicos e dos
hospitais, estabelece as carências e coberturas.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Seguro –saúde - inteiramente diverso do conceito dos
planos de saúde. Nesse caso, são empresas seguradoras
que atuam na área da saúde suplementar, da mesma
forma que em seus outros segmentos. O seguro de saúde
surgiu como planos de custeios, garantindo aos segurados
a livre escolha de médicos e hospitais por meio do
reembolso de despesas. Os seguros de saúde evoluíram e
atualmente, além do sistema de reembolso, trabalham com
hospitais, médicos e laboratórios referenciados, sem
prejuízo da livre escolha. O segurado é assistido sem a
necessidade de desembolso prévio.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Previdência – a previdência social é o conjunto de
medidas e de instituições para proteção ao
trabalhador ou ao funcionário (e seus dependentes ou
beneficiários), na doença, na velhice, no desemprego,
na gravidez e agravos à saúde.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência “A seguridade social
compreende um conjunto
integrado de ações, de
iniciativa dos poderes
públicos e da sociedade,
destinado a assegurar os
direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência
social.”
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De acordo com a Constituição de 1988, no seu art. 194:
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
Já o artigo 201, ressalta; “previdência social será
organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte
e idade avançada;
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
II - proteção à maternidade, especialmente à
gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de
desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os
dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher,
ao cônjuge ou companheiro e dependentes”.
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
A Lei 9.656/98 regulamenta os serviços oferecidos
pela saúde suplementar. Essa regulamentação tem a
finalidade de garantir os direitos do consumidor. A
referida Lei e suas alterações determinam certas
diretrizes básicas:
•Garantia de direitos ao consumidor, inclusive o de ser
amplamente informado sobre as condições do
contrato;
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Planos de saúde, seguro-saúde e Previdência
•Oferecimento obrigatório de um contrato de
referência, com coberturas de todas as doenças, sem
prejuízo da escolha pelo consumidor de contratos
diferenciados, compatíveis com suas necessidades e
condições pessoais;
•Criação de obrigações para as operadoras no tocante
aos produtos oferecidos e quanto à fiscalização de sua
situação econômico-financeira, com vistas a
assegurar o cumprimento futuro dos compromissos
assumidos.
Legislação e Saúde
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Os contratos médicos e o consumidor – Aula 3Os contratos médicos e o consumidor – Aula 3
NOME DA AULA – AULA1
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Legislação em Saúde
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A estruturação dos serviços privados de saúde no Brasil – Aula 1
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