legislação de saúde e segurança do trabalho · respeito aos alunos e à equipe de trabalho ......

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Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho

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Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho

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A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação

e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras,

câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e

empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-

learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Certificados de Participação

- Tira-dúvidas após a realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Corpo docente especializado e atuante na área

- Atendimento personalizado

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Material de apoio de qualidade

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno) onde será disponibilizado o certificado

de participação para impressão, grade programática, apostila digitalizada, material

complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat com

outros alunos e contato direto com professores.

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Público Alvo

- Servidores públicos municipais (secretários, diretores, contadores, advogados,

controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos,

tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao

Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 41, com estrutura apropriada para realização de

vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos,

alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e

responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da

transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse

fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos e notas de avaliação dos alunos, todas as

certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos

serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com

rigoroso critério define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores municipais, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais

e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

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b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto

para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade

proporcionando satisfação aos seus alunos e equipe de colaboradores.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO!

BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 Sede Própria: Rua Desembargador Clotário Portugal, n° 39, Centro.

www.unipublicabrasil.com.br

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Programação

Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho

1 Regimes Trabalhistas, suas diferenças e peculiaridades

2 Obrigatoriedades e Exigências Legais para os Municípios (Judiciário e MP)

3 Saúde e Segurança Ocupacionais

a) legislação Federal

b) funcionalidade

c) legislação para servidores Estatutários

4 PLANSAT – Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho

a) formação de Networks entre municípios

b) utilização dos CERESTEs - RENAST

5 Nomenclaturas e Siglas

a) EPI

b) PCMSO

c) PPRA

d) PPA

e) PPP

f) LTCAT

g) PCMAT

h) Demais nomenclaturas e siglas oficiais

6 Normas Regulamentadoras – Portaria 3.214/78 – Lei 6.514/77

a) apresentação

b) foco e discussão nas NRs 6, 7, 9, 15, 16 e 24

c) Insalubridades e periculosidade, quando e como pagar!

d) Mapa de Risco

7 Acidentes e Doenças Ocupacionais

8 Responsabilidade Civil e Criminal – ATs e Doenças Ocupacionais

9 Aposentadoria Especial – como funciona, para quem funciona?

10 Estudo de Caso: parte 1

a) lei 11794/2012 – Lei Municipal

b) decreto 506/2011 – Perícias Médicas – ausentismo

Ministrante:

Ricardo Martins: Graduado pela UnG-HC de São Paulo,

Especialista em Enfermagem do Trabalho pela UNIFESP –

FUNDACENTRO

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LEGISLAÇÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA

DO TRABALHO Ricardo Martins

O QUE É VEM A SER SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO?

SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL PODE SER

ENTENDIDA, COMO CONJUNTOS DE MEDIDAS ADOTADAS, QUE VISEM

MINIMIZAR OS ACIDENTES DE TRABALHO, AS DOENÇAS OCUPACIONAIS,

BEM COMO PROTEGER A INTEGRIDADE E A CAPACIDADE DE TRABALHO E

MEIO AMBIENTE DO TRABALHADOR OU SERVIDOR PÚBLICO.

A Segurança do Trabalho e a Saúde Ocupacional estudam diversas disciplinas como

Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos

em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança,

Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O

Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa,

Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias Judiciais, Proteção

do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e

Gerência de Riscos.

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LEGISLAÇÃO E PROGRAMAS OFICIAIS

Diferenças entre Regime Estatutário e Celetista

As contratações do setor público podem ocorrer tanto pelo Regime Estatutário quanto

pelo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Este último é obrigatório no caso de

empresas públicas, fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado e

sociedades de economia mista, como Correios, Fundap e Banco do Brasil.

O regime estatutário é próprio da administração pública direta, que também pode contratar

servidores pelo regime celetista (Ex.: Programa Saúde da Família).

Todavia, quando das demandas judiciais trabalhistas, os ESTATUTÁRIOS são processados

pela JUSTIÇA CIVIL, enquanto os CELETISTAS são processados pela JUSTIÇA

TRABALHISTA.

Regime Estatutário

Direitos/Deveres: Previstos em lei municipal, estadual ou federal. Características:

Estabilidade no emprego; aposentadoria com valor integral do salário (mediante

complementação de aposentadoria em alguns casos), férias, gratificações, licenças e

adicionais variáveis de acordo com a legislação específica. Pode aproveitar direitos da CLT.

Regime Celetista

Direitos/Deveres: Previstos na Consolidação das Leis do Trabalho. Características:

Apesar de não haver estabilidade, as demissões são raras e devem ser justificadas. Os

servidores têm direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), aviso prévio,

multas rescisórias, férias, décimo terceiro, vale-transporte e aposentadoria pelo Instituto

Nacional de Seguro Social (INSS), que respeita um teto de R$ 4.663,75, entre outros.

Estatutário ou Celetista: qual o melhor?

Estatutário

Como o nome sugere, o regime estatutário é regido por um estatuto, instituído por

uma lei, em sentido amplo, emanada da própria esfera de poder que irá contratar o serviço,

conforme seja ela federal, estadual ou municipal. Esse regime é próprio da Administração

Púbica direta e adequado para relações de trabalho com ocupantes de cargos públicos,

chamados servidores públicos, como são exemplos os policiais, os fiscais de tributos, etc.

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Assim temos que é obrigatória a adoção desse regime quando as atividades envolvem

funções exclusivas de Estado. “Os concursos de regime estatutário são válidos para

ocupantes de cargos organizados nas carreiras de Serviço Público Municipal, Estadual,

Federal, demais órgãos públicos das tr6es esferas de poder”.

Algumas diferenças bastante características do regime estatutário são a licença-

prêmio e os quinquênios, triênios ou anuênios, que basicamente são premiações pelo tempo

de serviço.

Esse regime outorga aos servidores públicos um conjunto de proteções e garantias

específicas para o exercício da função pública. Entre elas, temos estabilidade após três anos

de exercício aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo. “Como condição

para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por

comissão instituída para essa finalidade”.

Celetista

Já o regime celetista é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A

relação jurídica entre o Estado e o servidor trabalhista no regime celetista é de natureza

contratual, ou seja, é celebrado um contrato de trabalho. e é o regime típico das relações

privadas, como as de qualquer empresa existente no mercado. Esse regime é também

utilizado pela Administração Pública Indireta, como ocorre com as empresas públicas e as

sociedades de economia mista, tais como, por exemplo, o Banco do Brasil, a Petrobras e

tantas outras.

Nesse regime, o servidor não irá adquirir estabilidade. “No entanto, a sua dispensa

terá de fundamentar-se em um dos motivos legais” previstos na CLT.

Aposentadoria

Outra preocupação constante do servidor é a aposentadoria. Assim, a aposentadoria

dos servidores submetidos ao regime estatutário está disciplinada pela Constituição Federal.

“Isso lhes assegura regime de previdência de caráter contributivo. A aposentadoria para eles é

integral e paritária”. No entanto, o servidor só irá se beneficiar quando tiver 60 anos de

idade e 35 anos de contribuição (homens) e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição

(mulheres).

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Os servidores contratados em regime celetista irão receber uma aposentadoria máxima

de 7,6 salários mínimos. Os homens devem ter 65 anos e 35 anos de contribuição. As

mulheres devem ter 60 anos e 30 anos de contribuição. Havendo hoje, a possibilidade de

aposentadorias complementares públicas ou privadas.

CLT - CAPÍTULO V – DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO – Lei

6.514/77

Art. 157 - Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no

sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 - Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que

trata o item II do artigo anterior;

II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo

anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas

a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às

empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.

SEÇÃO III

Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas

Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do

Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do

trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

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a) classificação das empresas segundo o número mínimo de empregados e a natureza do risco

de suas atividades;

b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o

grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;

c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;

d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em

medicina do trabalho, nas empresas.

Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -

CIPA -, de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos

estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.

Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o

funcionamento das CIPAs.

Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de

acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo

único do artigo anterior.

Do Equipamento de Proteção Individual - EPI

Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de

proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,

sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de

acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a

indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT)

Por definição o PLANSAT tem a intenção de promover a saúde e melhorar a

qualidade de vida do trabalhador, prevenir acidentes e danos à saúde advindos, relacionados

ou que ocorram no curso do trabalho mediante eliminação ou redução dos riscos nos

ambientes de trabalho pode parecer um sonho para funcionários e empregadores.

OBJETIVO 1: incluir todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e

proteção da Segurança e Saúde do Trabalhado - SST.

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Estratégia para o Serviço Público: Elaborar e aprovar dispositivos legais em SST para os

trabalhadores do serviço público, nas três esferas de governo.

OBJETIVO 2: Harmonização da legislação trabalhista, sanitária, previdenciária e outras que

se relacionem com SST.

OBJETIVO 3: Integração das ações de SST, articular as ações de promoção, proteção,

prevenção, assistência e reabilitação da saúde do trabalhador, bem como as de reparação

previdenciária.

OBJETIVO 4: Adoção de medidas especiais para atividades laborais submetidas a alto risco

de doenças e acidentes de trabalho.

OBJETIVO 5: Estruturação de uma rede integrada de informações em SST.

OBJETIVO 6: implementação dos sistemas de gestão de SST nos setores público e privado,

como Aperfeiçoar regulamentos, instrumentos e estruturas relacionadas à gestão de SST.

OBJETIVO 7: Capacitação e educação continuada essenciais para SST.

Inclusão de conhecimentos básicos em SST no currículo do ensino fundamental e médio da

rede pública e privada. Capacitação em SST para os representantes de trabalhadores e

empregadores, bem como para os profissionais que atuam na área.

Inclusão de conhecimentos básicos em SST no currículo do ensino técnico, profissionalizante

e superior, assim como nos cursos para empreendedores.

Inclusão de conhecimentos básicos em SST no currículo do ensino fundamental e médio da

rede pública e revisão de referências curriculares para a formação de profissionais em SST,

de nível técnico, superior e pós-graduação.

OBJETIVO 8: Criação de uma agenda integrada de estudos e pesquisas em SST.

Formação de Networks entre Municípios – Vamos pensar nisto?

O que vem a ser a RENAST? - Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do

Trabalhador.

A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador, RENAST, foi criada

em 2002, por meio da Portaria no 1.679/GM, com objetivo de disseminar ações de saúde do

trabalhador, articuladas às demais redes do Sistema Único de Saúde, SUS. Com a definição

da Política Nacional de Saúde do Trabalhador em 2005 (Brasil, 2005), a RENAST passou

a ser a principal estratégia da organização da ST no SUS, sob a responsabilidade da então

Área Técnica de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, hoje Coordenação Geral da

Saúde do Trabalhador, CGSAT.

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A RENAST compreende uma rede nacional de informações e práticas de saúde,

organizada com o propósito de implementar ações assistenciais, de vigilância, prevenção, e

de promoção da saúde, na perspectiva da ST. Em sua atual formatação institucional, prevista

na Portaria 2.728 de 11 de novembro de 2009, a RENAST deve integrar a rede de serviços

do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Além

disso, elabora protocolos, linhas de cuidado, e instrumentos que favorecem a integralidade

das ações, envolvendo a atenção básica, de média e alta complexidade, serviços e municípios.

O que vem a ser o CEREST? - Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest)

promovem ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador

por meio da prevenção e vigilância. Existem dois tipos de Cerest: os estaduais e os regionais.

http://www.renastonline.org/recursos/manual-gest%C3%A3o-gerenciamento-rede-nacional-

aten%C3%A7%C3%A3o-integral-sa%C3%BAde-trabalhador

Nomenclaturas e Siglas Utilizadas em Saúde e Segurança do Trabalho

SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.

EPI e EPC: Equipamento de Proteção Individual e, Coletivo – NR 6.

PCMSO: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – NR 7.

PPPA: programa de prevenção de perdas auditivas – NR 7.

PPRA: programa de prevenção de riscos ambientais – NR 9.

PCMAT: programa de condições de meio ambiente no trabalho na indústria da construção

civil – NR 18.

LTCAT: laudo técnico de condições ambientais de trabalho – lei 6514/77 – necessário para o

PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário.

PPP: PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO - É regulamentado pela instrução

normativa do INSS/DC 078 de 16 de julho de 2.002 – demais atualizações legais.

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR 5,

ATO INSEGURO - AI: É o ato praticado pelo homem.

CONDIÇÃO INSEGURA - CI: é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo

e/ou risco ao trabalhador.

MAPA DE RISCO: é a representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais

de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças do

trabalho.

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Normas Regulamentadoras – NRs – Segundo a Lei 6.514/77 – Portaria 3.214/78

Por definição, as NRs são (hoje), um conjunto de 36 (trinta e seis) normas de

procedimento e regulação que visam disciplinar, regulamentar e fornecer orientações sobre

procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas

são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram

aprovadas pela Portaria 3.214, 8 de junho de 1978, são de observância obrigatória por todas

as empresas brasileiras regidas ou não, pela CLT, e são periodicamente revisadas

pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

São elaboradas e modificadas por comissões tripartites específicas compostas por

representantes do governo, empregadores e empregados.

Normas Regulamentadoras são elas:

NR 1 Disposições Gerais

NR 2 Inspeção Prévia

NR 3 Embargo ou Interdição

NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

(SESMT)

NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

NR 6 Equipamento de Proteção Individual

NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

NR 8 Edificações

NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

NR10 Instalações e Serviços em Eletricidade

NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão

NR 14 Fornos Industriais

NR 15 Atividades e Operações Insalubres

NR 16 Atividades e Operações Perigosas

NR 17 Ergonomia

NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

NR 19 Explosivos

NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

NR 21 Trabalhos a céu aberto

NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

NR 23 Proteção contra incêndios

NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

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NR 25 Resíduos Industriais

NR 26 Sinalização de Segurança

NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho

NR 28 Fiscalização e Penalidades

NR 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração

Florestal e Aquicultura

NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação

Naval

NR 35 - Trabalho em Altura

NR 36 - Norma Regulamentadora sobre Abate e Processamento de Carnes e Derivados

Por questões de ordem prática trabalharemos algumas NRs com maior atenção e foco,

haja vista, serem de aplicação cotidiana. Assim temos:

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam

empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, a constituir este serviço,

obedecendo para tanto um quantitativo mínimo de profissionais conforme quadro anexo ao

término desta.

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NR5 - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade nas empresas organizarem e manterem em

funcionamento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo

de prevenir infortúnios laborais, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e

doenças ocupacionais.

- ATENÇÃO PARA O MAPA DE RISCO – será melhor tratado no painel 2

NR6 - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI’ s a que as empresas estão obrigadas a

fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigir, a fim de

resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Exigência de C.A. – Certificado

de aprovação pela FUNDACENTRO.

NR7 - PCMSO: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte

de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção

e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

- ATENÇÃO PARA OS EXAMES ADMISSIONAIS -

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NR9 - PPRA : Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, visando à preservação da saúde e da

integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e

consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir

no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos

naturais.

NR15 - Atividades e Operações Insalubres: As atividades, operações e agentes insalubres,

as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam

a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de

tais exposições nocivas à sua saúde.

- ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE QUANDO E COMO PAGAR? -

NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações

legalmente consideradas perigosas. A fundamentação legal, que dá embasamento jurídico à

caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n°7.369 de 22 de

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setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de

eletricidade, SOB O SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA..

- ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE QUANDO E COMO PAGAR?

NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os

preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente

no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água

potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores.

Acidentes e Doenças Ocupacionais

Acidente do Trabalho - AT

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa

ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade

para o trabalho. Lei nº8.213, 24/07/1991, Art. 19 – Previdência Social.

Conceito Prevencionista: aacidente do trabalho é toda ocorrência não programada, não

desejada, que interrompe o andamento normal do trabalho, podendo resultar em danos físicos

e/ou funcionais, ou a morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos a empresa e ao

meio ambiente.

Considera-se como AT

A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício

do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do

Decreto nº 2.172/97.

A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde

que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97.

Equiparam-se a AT

I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído

diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução da sua capacidade para o

trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.

II – o acidente sofrido pelo segurado no local e horário do trabalho, em conseqüência de: ato

de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho,

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ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o

trabalho, ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro

de trabalho.

III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua

atividade

IV – o acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho.

Decreto nº 2.172/97

Para que o acidente ou doença seja considerado como acidente do trabalho é

imprescindível que estejam em acordo com os conceitos previstos no Decreto nº 2.172/97*,

sendo que a caracterização técnica deverá ser efetuada pelo Setor de Perícia Médica do INSS,

que fará o reconhecimento técnico do nexo causal entre:

a) o acidente e a lesão;

b) a doença e o trabalho;

c) a “causa mortis” e o acidente.

ESTUDO DE CASO

João é técnico em manutenção de equipamentos eletrônicos em uma empresa com sede em Serra Alta. O

chefe de João passou-lhe uma ordem de serviço de manutenção, a ser realizado na máquina de um

cliente, em outro bairro. Quando João se encontrava executando o trabalho, a firma foi invadida por um

grupo de homens armados, que anunciaram um assalto. Na confusão que se seguiu, João foi atingido por

uma bala perdida. Levado ao Pronto socorro foi dispensado após a extração de uma bala na perna

direita, com a recomendação médica de manter-se afastado do serviço por 15 dias.

O que ocorreu com João encaixa-se na definição legal de acidente do trabalho? Por quê?

João sofreu lesão corporal ou perturbação funcional em decorrência deste acidente?

Vamos considerar as diferenças técnicas abaixo:

Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por

exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.

Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por

exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma

perturbação funcional.

Atos ou Práticas abaixo dos padrões

Residem no fator humano;

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Execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança;

Exposição consciente ou inconsciente a riscos de acidentes do trabalho.

Carregar ferramentas nos bolsos;

Limpar máquinas em movimento;

Usar chinelos ao invés de calçados de segurança

Condições abaixo dos padrões

Refere-se ao meio ambiente;

Destacam-se o arranjo físico, a limpeza e a ordem do local;

Iluminação inadequada;

Acúmulo de máquinas e pessoas;

Instalações elétricas em mau estado;

Falta de sinalização de segurança

As 4 portas para abrir um Acidente

I – PRESSA

- Desprezando precauções básicas;

- Pulando medidas de controle;

- Ignorando o risco para ganhar tempo.

II – IMPROVISAÇÃO

- Usar métodos ou ferramentas inadequadas para a tarefa;

- Adaptando, modificando;

- Fazendo gambiarras ou “arranjos técnicos”

III – PRESUMINDO

- Supondo que a prevenção foi feita;

- Supondo que o que se fez é suficiente;

- Supondo que já estamos protegidos.

IV – PRINCÍPIO DA AUTO-EXCLUSÃO

- Acidentes só acontecem com os outros…

- Os outros podem errar, eu não…

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- Meu santo é forte. Não me acontece nada…

Consequências dos ATs e Doenças Ocupacionais

1. Acidente sem afastamento

2. Acidente com afastamento

a. incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho

b. incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida. Ex.: perda de um dedo.

c. incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho

Prejuízos

Danos psicológicos;

Prejuízos para empresa;

Prejuízos para o país

Responsabilidade Civil e Criminal – ATs e Doenças Ocupacionais

ACIDENTES NO TRABALHO NÃO ACONTECEM POR ACASO

1. EXISTEM CAUSAS

2. EXISTEM RESPONSABILIDADES EXISTEM RESPONSÁVEIS

O PRIMEIRO CASO NO PAÍS

Morte de operário por descarga elétrica ocasionou

condenação dos responsáveis

O primeiro caso brasileiro de condenação penal na área de acidentes de trabalho que

envolveu o presidente de uma empresa, além de outros funcionários, ocorreu em 1987, na

cidade de Restinga Seca, cidade localizada a cerca de 250 quilômetros da capital gaúcha. A

morte de um operário por descarga elétrica levou o Tribunal de Alçada a condenar todos os

responsáveis pela segurança da vítima. Foram condenados o presidente da usina

hidroelétrica, o gerente, o engenheiro elétrico responsável e o eletrotécnico da empresa de

energia elétrica local.

Todos foram enquadrados nas sanções do artigo 121 (matar alguém), combinado com o

artigo 29 do Código Penal.

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RESPONSABILIDADE CIVIL, compreende:

CULPA

Art. 186 do CC: “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,

violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

- Existe em três modalidades: Negligência, Imperícia e Imprudência.

NEXO DE CAUSALIDADE: o que é apresentado como “fato”, tem relação direta ou

indireta com o resultado encontrado? Também conhecido como nexo causal.

RESSARCIMENTO: Emenda 45 – CF - atribui a competência de julgamento deste tipo de

ação de reparação civil na justiça do trabalho. Antigamente somente acidentes na relação de

emprego direto previam esta situação. Atualmente acidentes na relação de trabalho

indiferentemente se direto ou indireto, também prevê ressarcimento por danos materiais e

morais. Atenção! - Serviço Público temos o problema da sucessão.

AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL: é uma ação privada, que deve ser pleiteada

pelo trabalhador ou, herdeiros do trabalhador acidentado. Comprovando-se a

responsabilidade civil da empresa, esta é obrigada a reparar o dano, pagando uma

indenização arbitrada pelo juiz, que levará em consideração as lesões causadas ou morte do

trabalhador.

AÇÃO DE RESPONSABILIDADE PENAL: é uma ação pública que responsabiliza pela

morte ou dano à saúde do trabalhador, os prepostos da empresa que têm como função cargos

de fiscalização e chefia, tendo por obrigação a divulgação e cumprimento das normas de

segurança no trabalho.

Estão nessa condição:

• Engenheiros do trabalho

• Médicos do trabalho

• Enfermeiros do trabalho

• Técnicos de segurança do trabalho

• Cipeiros

• Gerentes

• Supervisores

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• Chefes / mestres / encarregados

SITUAÇÃO EM QUE OS ENCARREGADOS PODEM RESPONDER POR CRIME

DE RESPONSABILIDADE PENAL

Quando for notificado – por escrito – de uma situação de condição ou ação insegura

no seu setor. Caso ocorra um acidente causando morte, lesão grave ou doença profissional. O

preposto responsável pela segurança, responderá por crime de responsabilidade.

Aposentadoria Especial

Benefício concedido ao segurado (Estatutário ou Celetista) que tenha trabalhado em

condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter direito à aposentadoria

especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos

agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo

período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos).

A comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário

denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa ou seu

preposto, com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT)

expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

Como funciona? – Para quem funciona – Vamos debater

Estudo de Caso – Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho – estatutário – Parte1

Neste momento temos abaixo, a integra da Lei Municipal 11.794/2012, exarada pela

Prefeitura do Município de Londrina, onde a mesma cumprindo sua obrigação constitucional

de legalizar seu Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho. Ato contínuo, temos também na

integra o Decreto Municipal 506/2011 – que regulamenta o Serviço de Perícias Médica,

Odontológica, Psicológica e demais especialidades de saúde, para todos os servidores

públicos do Município de Londrina.

Instruções: neste primeiro Painel, faremos uma primeira leitura dos dois ditames legais, onde

deverão ser destacados todas as premissas e interesses técnicos que serão esclarecidos e

debatidos pelos discentes, onde serão relevados todos estes destaques para uma primeira

discussão de alinhamento e, por conseguinte, quando do término do Painel 2 finalizaremos

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este estudo de caso, já com a roupagem definitiva dos créditos legais e dos créditos de

qualidade de vida no trabalho, os quais se propõem em seus textos.

Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!