legislação ambiental

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SEXTA (16/10) – 18h/21h SÁBADO (17/10) – 8h/9h 06/06/22 1

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Page 1: LegislaçãO Ambiental

SEXTA (16/10) – 18h/21h

SÁBADO (17/10) – 8h/9h 

08/04/23 1

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Advogada (OAB/CE 15.563); Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFC); Membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/CE; Representante do Conselho Federal da OAB no Comitê de Educaçao

Ambiental (MMA/MEC); Procuradora Jurídica Chefe da SEMACE (2007-2009); Assessora Jurídica da Secretaria de Recursos Hídricos e do Meio

Ambiente de Aquiraz (2006-2007); Professora da UFC (2005-2007) e da UNIFOR (2006-2007).

08/04/23 2Profa. Ms. Flávia Magalhães

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▪ Direito Ambiental: Conceito, histórico e princípios;▪ Fundamentos constitucionais da proteção ambiental; ▪ Política Nacional do Meio Ambiente: SISNAMA;▪ Descentralização da Gestão Ambiental;▪ Normas básicas: CONAMA, COEMA e SEMACE;▪ Responsabilidade ambiental: Administrativa, civil,

fiscal e penal.

08/04/23 3Profa. Ms. Flávia Magalhães

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▪ Conceito;

▪ Histórico;

▪ Princípios.

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Direito Ecológico, Direito do Meio Ambiente, Direito Ambiental, Direito do Entorno, Direito da Natureza e Direito do Ambiente: nenhuma nomeclatura mais certa ou errada que a outra.

O fato é que os países não entraram num consenso quanto a denominação da disciplina.

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E.U.A. (Rodgers Junior, 1977): “O Direito do Ambiente é o direito da economia doméstica planetária.”;

França (Despax, 1980): também utiliza a mesma nomeclatura por entender que a mesma abrange o que o homem construiu, o contrário do que acontece, por exemplo, com Direito da Natureza;

08/04/23 6Profa. Ms. Flávia Magalhães

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Chile (Fuenzalda, 1977, p. 224): optou por Direito do Entorno, definindo-o como “(…) o conjunto de normas jurídicas, cuja vigência prática se traduz ou é suscetível de se traduzir em efeitos ambientais estimáveis, benéficos ou prejudiciais, seja ou não que a motivação de ditas normas jurídicas haja reconhecido uma inspiração fundamentada em considerações de índole ecológica.”;

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Brasil (Ferraz, 1972 e Moreira Neto, 1975): defendem o consolidação da disciplina em Direito Ecológico, como um conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organicamente estruturados, sistematizados e formados por princípios apropriados, que tenham, por fim, a disciplina do comportamento humano, para assegurar mínima sanidade ambiental;

08/04/23 8Profa. Ms. Flávia Magalhães

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Brasil (Machado, 2005, p. 148 e 149): “O Direito Ambiental é um direito sistematizador, que faz a articulação da legislação, da doutrina e da jurisprudência concernentes aos elementos que integram o ambiente. Procura evitar o isolamento dos temas ambientais e sua abordagem antagônica. Não se trata mais de construir um direito das águas, um direito da atmosfera, um direito do solo, um direito florestal, um direito da fauna ou um direito da biodiversidade. O Direito Ambiental não ignora o que cada matéria tem de específico, mas busca interligar estes temas com a argamassa de identidade dos instrumentos jurídicos de prevenção e reparação, de informação, de monitoramento e de participação.”

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ANO ACONTECIMENTO

1933Publicada a “Carta de Atenas”, documento redigido por um grupo de arquitetos, na qual se podem ler: 1) críticas – atualíssimas – que caracterizam as cidades estudadas como verdadeiras imagens do caos 2) e também alertas sobre o fato de as cidades não estarem destinadas a satisfazer as necessidades primordiais biológicas e psicológicas de seus habitantes.

1934É realizada no Brasil a 1ª Conferência Brasileira de Proteção à Natureza, no Museu Nacional.

1937Foi criado o primeiro Parque Nacional Brasileiro, o Parque Nacional de Itatiaia.

1945Fim da Segunda Guerra Mundial. Nos anos seguintes, desenvolve-se movimento pacifista de oposição tanto à guerra fria quanto à proliferação nuclear.É criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que mais tarde se destaca como ator fundamental nas questões ambientais.

1948É criada a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), objetivando incentivar o crescimento da preocupação internacional em relação aos problemas ambientais.

1949Realizada a Conferência Científica das Nações Unidas sobre a Conservação e a Utilização de Recursos Naturais.

1958Estabelecida, no Brasil, a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza.

1961Criado o World Wildlife Fund (Fundo para a vida selvagem, hoje World Wide Fund for Nature – WWF), a primeira ONG ambiental de espectro verdadeiramente mundial.

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08/04/23 11Profa. Ms. Flávia Magalhães

1962Silent Spring (Primavera Silenciosa), de Rachel Carson (bióloga que trabalhava para o Governo americano), é publicado nos Estados Unidos, contendo denúncias sobre o uso de pesticidas. Criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.

1968Criação do Clube de Roma, organização não governamental criada na Academia de Lincei, em Roma, por um grupo de trinta (30) pessoas de dez (10) países, entre cientistas, economistas, humanistas, industriais, pedagogos e funcionários públicos nacionais e internacionais que discutiam a crise e o futuro da humanidade.Conferência Intergovernamental Para o Uso Racional da Biosfera, estruturada em Paris pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

1970Em abril, cerca de trezentos mil (300.000) norte-americanos participaram do Dia da Terra, considerado a maior manifestação ambientalista da história, tornando o ambientalismo uma questão pública fundamental.

1971Nasce o Greenpeace.Acontece em Founeux, na Suíça (Estocolmo), um encontro preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano: o Painel Técnico em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

1972Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, em Estocolmo.O Clube de Roma publicou o primeiro relatório, denominado The limits to growth ( Os limites do crescimento).Baseado neste relatório, os editores da revista inglesa The Ecologist publicaram outro documento, o Blueprints for survival (Plano para a sobrevivência), uma espécie de programa concreto e coerente para adaptação dos sistemas sociais à realidade ecológica.

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08/04/23 12Profa. Ms. Flávia Magalhães

1973Estabelecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No Brasil, criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente.Primeira crise mundial do petróleo, que se estendeu até 1974.

1974Continuação da primeira crise mundial do petróleo.Divulgação da Declaração de Cocoyok, resultado de uma reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTD) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

1975Publicação do Relatório Dag-Hammarskjöld que aponta a relação entre o abuso de poder e os problemas de degradação ambiental a partir de aprofundamento dos dados da Declaração de Cocoyok.

1978Tratado de Cooperação Amazônica, firmado entre Brasil e países da região com vistas à promoção do crescimento com a devida conservação ambiental e de pesquisas sobre fauna e floresta.

1980A UICN, o PNUMA e o WWF lançaram o documento World conservation strategy (Estratégia mundial para a conservação), enfatizando que a conservação da natureza pressupõe a luta contra a pobreza e a miséria.

1982A Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a carta Mundial da Natureza (Carta Mundial de La Naturaleza).

1983Criada, pelo PNUMA a Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente (CMMAD), também conhecida como Comissão Brundtland em homenagem à sua presidente, a então ministra da Noruega, Gro Brundtland.

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08/04/23 13Profa. Ms. Flávia Magalhães

1987O relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela Comissão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), é publicado. O documento diagnostica os graves problemas do Planeta e consagra a expressão “desenvolvimento sustentável”, em momento em que notícias alarmantes sobre a ruptura da camada de ozônio e desastres ambientais salientavam a urgência dos problemas.Convenção de Basiléia (Suíça), que estabeleceu acordo internacional com regras para o movimento de resíduos entre fronteiras, proibindo o envio de resíduos perigosos para países que não possuíssem capacidade técnica para tratá-los.

1988A Assembléia Geral das Nações Unidas decide realizar uma conferência sobre Meio Ambiente e desenvolvimento em 1992.Promulgada a Constituição Brasileira que, pela primeira vez, dedicou um capítulo exclusivo ao meio ambiente.A revista Time publicou matéria onde destacou “O ano em que a Terra falou”, porque este ano foi marcado por vários casos de seca, ondas de calor, incêndios em florestas, enchentes e furações em todo o mundo.

1989A Assembléia geral da ONU confirma que a conferência se realizará no Brasil, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho).Publicado o documento “Como Salvar o Mundo”, de Robert Allen, pela UICN, PNUMA e WWF.

1991Lançado o documento Caring for the Earth (Cuidando do Planeta Terra) pela UICN, pelo PNUMA e pelo WWF, que enfatiza e amplia o conteúdo da Estratégia Mundial para a Conservação de 1980.Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável: Conceito, Teoria e Implicações para o Planejamento. O principal objetivo desse seminário foi discutir os conceitos e aspectos teóricos do desenvolvimento sustentável. Ocorreu em Fortaleza, Ceará, e foi preparatório para a Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas (ICID).

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08/04/23 14Profa. Ms. Flávia Magalhães

1992 Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas (ICID). Preparatória para a Rio-92, ocorreu em Fortaleza, Ceará. Foi produzida a Declaração de Fortaleza, documento de natureza científica e política com sugestões concretas à Rio-92, aos governos e à sociedade em geral. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), no Rio de Janeiro. Entre os documentos firmados, encontram-se a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Convenção sobre Mudanças Climáticas, a Agenda 21 e a Declaração sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

1997Foi realizado no Rio de Janeiro um encontro não oficial, organizado pela entidade “Amigos da Terra” e coordenado pelo canadense Maurice Strong (que também coordenou a Rio 92) denominado Rio + 5. O evento concluiu que pouco se havia feito para efetivação e perfeito andamento das decisões da Agenda 21.O Protocolo de Quioto sobre mudanças climáticas estabelece medidas concretas a serem adotadas para a redução da emissão de gases produtores do efeito estufa.

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08/04/23 15Profa. Ms. Flávia Magalhães

1998O Protocolo de Buenos Aires sobre mudanças climáticas estabelece medidas concretas a serem adotadas para a redução da emissão de gases produtores do efeito estufa.

2000O Protocolo de Haia sobre mudanças climáticas estabelece medidas concretas a serem adotadas para a redução da emissão de gases produtores do efeito estufa.Aprovada a Carta da Terra em Paris, pela UNESCO.

2002Cúpula Mundial dobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo.A ONU assume a Carta da Terra.

2003Primeira Conferência Nacional do Meio Ambiente (I CNMA), no Brasil.

2005Segunda Conferência Nacional do Meio Ambiente (II CNMA), no Brasil.

2007

Terceira Conferência Nacional do Meio Ambiente (III CNMA), no Brasil.

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PRINCÍPIO PREVISÃO OBJETIVOS

D.S. Art. 225, caput, CF Desenvolvimento para as presentes e futuras gerações

Direito Humano Fundamental

Primeiro princípio da Conferência de Estocolmo (72); da Declaração do Rio (92) e da Carta da Terra (97) e Art. 225, caput, CF

Antropocentrismo

Respeito à identidade cultural e interesses das comunidades tradicionais e grupos sociais

Art. 216, CF Diante de seu papel fundamental na gestão ambiental, por seus conhecimentos e práticas tradicionais, o Estado deve possibilitar sua participação efetiva e equitativa nos resultados do D.S.

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PRINCÍPIO PREVISÃO OBJETIVOS

Supremacia do intereesse público

Art. 225, caput, CF;Art. 2o, I, PNMA

Prevalecer a norma que beneficia a sociedade em detrimento do particular

Função Socioambiental da propriedade

Arts. 5o, XXIII; 170, III e 186, II, CF

Exercício efetivo da propriedade em benefício da sociedade e do meio ambiente

Cooperação Internacional

Princípios 2o e 21 da Declaração de Estocolmo

Resguarda a Soberania dos Estados na exploração de seus recursos ao mesmo tempo que os responsabilizam por danos causados a outros

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PRINCÍPIO PREVISÃO OBJETIVOS

Indisponibilidade Art. 225, caput, CF Por ser bem de uso comum do povo, não se pode dispor do mesmo

Obrigatoriedade da intervenção do Poder Público

Art. 225, § 1, V, CF; Princípio 17 de Estocolmo; Art. 5o § 6o da Lei da ACP

Planejamento, administração, execução e controle da utilização dos bens ambientais pelo Estado

Acesso equitativo aos bens naturais

Art. 225, caput, CF O M.A. como bem de uso comum do povo

Direito a sadia qualidade de vida

Art. 225, caput, CF Direito de todos a vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza08/04/23 18Profa. Ms. Flávia Magalhães

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PRINCÍPIO PREVISÃO OBJETIVOS

Informação Art. 2º, X da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81)Art. 5º XXIII e. 225, §1º, VI, da CF

Pessoas legitimamente interessadas podem requerer informações ao Poder Público (salvo exceções, como o segredo industrial)

Participação Art. 1º, 5º, XXIII e 225, §1º, V, da CFPrincípio 10 da Declaração do Rio

Instrumentos como a Audiência Pública

Usuário/poluidor - pagador

Art. 21, XXIII, “c”, CF;Art. 14 § 1o, PNMA

Responsabilidade pelo dano independente de culpa (culpa objetiva = fato + nexo de causalidade)

Bem feitor - recebedor

Insrumentos como SMV e ICMS Ecológico08/04/23 19Profa. Ms. Flávia Magalhães

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PRINCÍPIO PREVISÃO OBJETIVOS

Precaução Princípio 15 da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (RJ/92)

A incerteza científica em benefício do MA

Prevenção Artigo 9º, inc. III da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81).Artigo 225, §1º, inc. IV, da CF

Avaliação prévia do IA de qualquer natureza (L.A., EIAs, EVAs, AIAs, Fiscalização, Gestão…)

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REGRAS LOCALIZAÇÃO TEOR

De garantia Art. 5o, LXXIII Legitimidade de qualquer cidadão para propor AP

De competência

Arts. 23, 24, 129, III Competências administrativas comuns, legislativas concorrentes e função institucional do MP de promover o inquérito civil e a ACP para proteção ambiental

Gerais Arts. 170, VI, 173, § 5o, 174, § 3o, 186, II, 200, VII, 216, V, 231, § 1o

Disposotivos esparsos na CF, que protegem o MA

Específicas Art. 225 Capítulo exclusivo tratando da seara ambiental

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CRIAÇÃO: A PNMA foi estabelecida em 1.981 mediante a edição da Lei 6.938/81, criando o SISAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente).

OBJETIVO: O estabelecimento de padrões que tornem possível o desenvolvimento sustentável, através de mecanismos e instrumentos capazes de conferir ao meio ambiente uma maior proteção.

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DIRETRIZES: As diretrizes desta política são elaboradas através de normas e planos destinados a orientar os entes públicos da federação, em conformidade com os princípios elencados no Art. 2º da Lei 6.938/81.

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INSTRUMENTOS: Já os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, distintos dos instrumentos materiais noticiados pela Constituição, dos instrumentos processuais, legislativos e administrativos são apresentados pelo Art. 9º da Lei 6.938/81.

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O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISAMA, congrega os órgãos e instituições ambientais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, cuja finalidade primordial é dar cumprimento aos princípios constitucionalmente previstos e nas normas instituídas, apresentando a seguinte estrutura:

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CONSELHO DE GOVERNO: Órgão superior de assessoria ao Presidente da República na formulação das diretrizes e política nacional do meio ambiente.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA): Órgão consultivo e deliberativo. Assessora o Governo e delibera sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente, estabelecendo normas e padrões federais que deverão ser observados pelos Estados e Municípios, os quais possuem liberdade para estabelecer critérios de acordo com suas realidades, desde que não sejam mais permissivos.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA): Planeja, coordena, controla e supervisiona a política nacional e as diretrizes estabelecidas para o meio ambiente, executando a tarefa de congregar os vários órgãos e entidades que compõem o SISAMA.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS (IBAMA): É vinculado ao MMA. Formula, coordena, fiscaliza, controla, fomenta, executa e faz executar a política nacional do meio ambiente e da preservação e conservação dos recursos naturais.

ÓRGÃOS SECCIONAIS: São os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos, controle e fiscalização das atividades degradadoras do meio ambiente. 

ÓRGÃOS LOCAIS: Órgãos municipais responsáveis pelo controle e fiscalização de atividades degradadoras.  

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COEMA 20/98: PMMA; COMDEMA; OMMA (Órgão técnico-administrativo); Sistema de licenciamento; Sistema de fiscalização; FMMA.

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CONCEITOS, DIMENSÕES E DESAFIOS:1. Conceitos;2. Base legal;3. Estrutura ambiental cearense;4. Cenário atual da municipalização da gestão

ambiental cearense;5. Passo a passo; 6. Dimensão jurídica (com enfoque para o

processo de licenciamento ambiental e o potencial conflito de competência a ele inerente);

7. Impactos no setor empresarial, na sociedade e no município (o que cada setor ganha com isso).

8. Desafios (entraves para a municipalização).

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Descentralizar a gestão ambiental; Utilização (pelos municípios) dos instrumentos

de gestão ambiental apresentados pela PNMA; Harmonizar e integrar as políticas locais à

Estadual; Dotar os municípios de meios técnicos e

administrativos adequados ao licenciamento ambiental e à fiscalização de atividades de impacto local, com vistas a integrar e fortalecer a gestão ambiental nas diversas regiões de um Estado.

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CF/88 (arts. 23, 24, 25, 30 e 225);PNMA;Lei Federal 6.938/81 e Decreto

Federal 99.274/90;CONAMA (art. 6º resol. 237);CE/98 (arts. 260, 270 e 271);PEMA (art. 9º);COEMA (resols. 20/98 e 8/2004).

Page 34: LegislaçãO Ambiental

GOVERNADOR

CONPAM

SEMACE

COEMA

Page 35: LegislaçãO Ambiental

Fortaleza (2003);Acaraú (2006);Sobral (2006);Caucaia (2006); Iguatu (2006).Marcanaú (2007).

Page 36: LegislaçãO Ambiental

Solicitar convênio à SEMACE (abertura de processo administrativo);

Dispor de sistema de gestão ambiental;

Apresentar plano de trabalho;Ser aprovado pelo COEMA.

Page 37: LegislaçãO Ambiental

PMMA (prevista em lei orgânica ou legislação específica);

CONDEMA; OMMA; Sistema de licenciamento ambiental que preveja:

Análise técnica pelo OMMA; A concessão das licenças ambientais pelo CONDEMA; Indenização dos custos de análise ambiental (nos

moldes do art. 13, da Resolução CONAMA n.° 237, de 19.12.97);

Sistema de fiscalização ambiental que preveja multas para o descumprimento de obrigações de natureza ambiental;

FMMA: Destinação ao sistema municipal ambiental das receitas geradas pelas indenizações e pelas multas.

Page 38: LegislaçãO Ambiental

Setor empresarial: (+) procedimentos administrativos mais céleres; (-) obtenção de licenciamento sem a devida

observância aos preceitos legais; Município:

(+) autonomia da gestão ambiental; (-) arrecadação aquém do mínimo garantidor de

fiscalização e monitoramento eficazes; Sociedade:

(+) harmonização e integração da gestão ambiental;

(-) maior descompasso do DS (crescimento econômico > questões ambientais).

Page 39: LegislaçãO Ambiental

A esmagadora maioria dos municípios não tem a mínima estrutura para se utilizar das ferramentas da PNMA;

Uma das maiores expectativas dos municípios recai sob a arrecadação;

Esta arrecadação dificilmente “cobre” os custos da fiscalização e do monitoramento;

A difícil co-gestão do OEMA.

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Investir na qualidade das descentralizações em detrimento da quantidade.

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CONAMA;COEMA;SEMACE.

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Page 42: LegislaçãO Ambiental

APP ≠ APA (CF/88 (art. 225, § 1°, III, SNUC);

Código Florestal;CONAMAs 303, 341 e 369; Discussão MPF;ZEE (CE): O que passou a ser APP.

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Page 43: LegislaçãO Ambiental

Administrativa (AC, TC, TAC, AI, DA, RA, LA);

Civil (ACP); Fiscal (EF); Penal (NC, AP).

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Page 44: LegislaçãO Ambiental

ObjetivaIndepende de culpaFatoNexo de causalidade (exceções como

no caso de dano em propriedade de “X”, sem que “X” tenha dado causa)

08/04/23 44Profa. Ms. Flávia Magalhães

Page 45: LegislaçãO Ambiental

FLÁVIA Castelo Batista MAGALHÃES +55 85 9605 16 28 (celular).

Av. Santos Dumont, 3131.Shopping Del Paseo Fortaleza.Sala 1320. CEP 60150-162.Ceará – Brasil. + 55 85 3264 02 64. [email protected]