Agora de cara lavada, com novo formato, de visual mais moderno e a cores, eis-nos finalmente chegados ao grande dia : à publicação do LECO nº 50.

LECO J U L H O D E 2 0 1 1

E D I Ç Ã O 5 0

“À Conversa Com” … a Presidente da

Direcção Os utentes da Actividade de Apoio Académico-Funcional, responsáveis pelo espaço “À

C o n v e r s a Com…” deste jornal, reali-zaram uma entrevista à Presidente da Direcção.

Página 11

Unidade de Artes e Tempos Livres

A Unidade de Artes e Tempos Livres (UATL) da APPACDM de Matosinhos é uma resposta que além de ocupar os tempos livres, promove o desenvolvi-mento das capacidades artísticas e desportivas de todos os jovens num ambiente integrado e de acordo com as normas e regras estabelecidas na sociedade.

Página 13

Doces & Doces Nesta edição adoce a boca com a fantástica receita de Bolo de Ananás da Zé Varela!

Página 17

O que é a Fisioterapia e a Terapia Ocupa-cional? Que trabalho é desenvolvido pelas nossas terapeutas? Saiba as respostas as estas perguntas e muito mais nesta edição nº 50.

Página 14/15

Reviver os Momentos Reveja e reviva as festas e alguns aconteci-mentos que marcaram o último ano na APPACDM de Matosinhos.

Página 5-10

Senhoras e Senhores: “O LECO”

A Intervenção da

Terapia Ocupacional e

da Fisioterapia

P Á G I N A 2

L E C O

Nesta Edição

Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental

Rua Dr. Leonardo Coimbra 4465- 189 S. Mamede Infesta

APPACDM DE MATOSINHOS

Tel: 229012492 / 229012467 Fax: 229023277

FICHA TÉCNICA Propriedade: Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Matosinhos Directora: Olívia Assunção Montagem: Sara Silva e Cristina Oliveira Colaboradores: Olívia Assunção, Marta Quesa-do, Cristina Oliveira, Sónia Santos, Mónica Aguiar, Sara Silva, António Vidal, José Fial, Patrícia Pereira, Filipa Soares, Tânia Silva, Maria José Varela, Catarina Blanc, Rolando Ribeiro, Elsa Taborda, Vítor Jorge, António José, Cátia Alves e Cláudia Umbelina.

NES TA E DI ÇÃO:

Editorial 3

Notícias 5

À Conversa Com... 11

O que se faz por aqui 12

Desporto 13

Bem-estar e Qualidade de Vida 14

Eventos 16

Doces & Doces 17

Lazer 18

Última Hora 19

Momento de Poesia 20

P Á G I N A 3 E D I Ç Ã O 5 0

todos nós. Como disse Sarah Robinson (pedagoga) : "...os passos a que andam, um atrás do outro, são como as letras em carreirinha do fim para o prin-cípio " ; mas nós cá estare-mos para os compreender e apreciar. Numa altura tão difícil para as Instituições, em que a nossa não é excepção, que muito recentemente viram cortes substanciais no seu financia-mento por parte do Estado, urge que não nos detenhamos em pessimismos exagerados pois em nada contribuirão para estimular a força que é neces-sária em momentos como este. Não podemos sucumbir, pois a nossa missão é demasiadamen-te importante.

Agora de cara lavada, com novo formato, de visual mais moderno e a cores, eis-nos finalmente chega-dos ao grande dia : à publicação do Leco n.º 50. Finalmente...dirão alguns; pelo menos aqueles que ao longo deste último ano nos perguntavam por tão afamado jornal. Após uma interrupção de sete anos trazemos de novo aos nossos amigos leitores, o que por aqui se vai fazendo, em brilhante síntese elaborada pelos nossos Utentes e pela nos-sa Educadora Social, Dr.ª Sara Silva , que muito trabalharam para que o Leco regressasse, apesar da sua idade, mais moder-no e revigorado. Editaremos o Leco bimestralmente, privile-giando sempre a liberdade e a seriedade de todos os que o escreverão e de todos os que o lerem. Os escritos elaborados pelos nossos Utentes, serão sempre um manan-cial de aprendizagem para

E neste contexto, o papel dos Pais é determinante nas ideias que possam ter, no contributo que possam dar. Afinal, teremos de remar con-tra a maré, mas estamos todos no mesmo barco. E o Leco pode ser um bom instrumento de comunicação entre os Pais, de divulgação da Instituição, visto ser um meio rápido de informação. Como disse Fernando Tabor-da(escritor) : ". . .as palavras são pequenas casas com cave e sótão. Subir a escada na casa das palavras, que nos leva ao sótão, de degrau em degrau, é abstrair, é unir o terrestre ao intemporal". Esta Direcção eleita há um

Editorial

O LECO Está de Volta

P Á G I N A 4

L E C O

Nesta Edição

a criação de novas oportunida-des, sempre com o compromis-so de oferecer a estes cidadãos um lugar importante no laço social, será sempre um dos principais objectivos desta Direcção. No entanto, tudo será mais difícil se não envolvermos para além do Utente, os seus Pais, os nossos Profissionais e obviamente a própria Institui-ção, libertando os meios para que a sintonia de vontades seja uma (imprescindível) realida-de. Houve no entanto pessoas, que por razões meramente circunstanciais, não concorda-ram com esta forma de ver a Instituição; possivelmente por-que possuem visões demasia-damente idealizadas sobre a

ano e meio, escolheu trilhar um caminho que se iniciou pelo resgate da História desta Insti-tuição, sem os acréscimos erra-dos a que vínhamos assistindo nos últimos anos. Apoiamos os nossos Técnicos neste projecto ambicioso que foi a "Reestruturação", processo que teve como primordial objectivo responder adequada-mente às necessidades efectivas dos nossos Utentes. Baseados em estudos técnicos, elaborados por peritos internacionais e com recortes empíricos, nascidos da convivência com os Utentes, foi possível estabelecer um diagnóstico e iniciar actividades num percurso institucional dife-rente. Urgia pois valorizar prin-cípios como: a comunicação, os cuidados pessoais, as habilida-des sociais, desempenho em função de apetências e capaci-dades, saúde e segurança, lazer. Apagar as diferenças é também uma forma real de não segregar; e nós, os Pais, deveremos ser os últimos a alinhar num processo que discrimine. Por isso, cria-mos salas com população hete-rogénea, mas com processos de homogeneização de oportunida-des e de apagamento das dife-renças, respeitando apesar disso a individualidade dos nossos Utentes. Combater práticas quotidianas antiquadas, que impossibilitem

deficiência. Urge que se corrijam certas crenças sob pena de nos divor-ciarmos dos conceitos mais actuais e comprovadamente mais razoáveis para a pessoa com deficiência intelectual. Não queríamos deixar de agra-decer aos nossos Profissionais que com o seu empenho e dedicação fizeram desta "Reestruturação" um êxito. E porque esta minha conversa convosco já vai longa e o espaço para o Editorial é pré-determinado, por aqui me detenho, desejando a todos os nossos Pais e Associados uma vida feliz. Boas leituras!

Olívia Assunção

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Notícias

Época Balnear

Apesar da época balnear começar em Junho a escolha do fato de banho começa logo na Primave-ra, não vá a loja vendê-los todos. Este ano, vamos todos ter chapéus iguais, não vá o sol pregar-nos uma partida.

Mónica Aguiar (Assistente Social)

Data: 14 de Junho a 23 de Julho de 2010

Colónias de Férias Data: 14 de Junho a 17 de Junho de 2010

Um dos momentos sensação de todo o ano lec-tivo foi efectivamente a colónia de férias. De 14 a 17 de Junho fomos para a Pousada da Juventude de Foz do Cávado em Fão, Esposen-de. Mais uma aventura repleta de cheiro a mar, clarinhas de chila, piscina de ondas, jogo da nos-sa gloriosa selecção, muita actividade física e até mesmo amor no ar.

Cristina Oliveira

(Psicóloga)

P Á G I N A 6

L E C O

Notícias

Recordar os Santos Populares

Oh meu rico São João Como tu não há igual

Esta noite traz-me um balão Sardinhas, pimentos e coisas que tal!

Oh meu rico manjerico És sempre tão verdinho

Só temos é pena De ires embora tão cedinho!

Oh minha rica sardinha

És tão gostosa no São João. Gosto de ti tostadinha

Com um bom naco de pão!

Oh meu rico vinho tinto Com a sardinha sabes tão bem

Só não se pode beber muito Porque não faz bem a ninguém!

Vítor Jorge

Nos Santos Populares a Instituição engalanou-se para o desfile de tão ilustres participantes.

Data: 30 de Junho de 2010

P Á G I N A 7 E D I Ç Ã O 5 0

Notícias

Dia de São Valentim No dia de São Valentim

Fomos todos dançar Foi tão grande o frenesim

Que eu até me pus a cantar

Com os corações a palpitar. Estávamos muitos felizes.

Todos todos a bailar. Ninguém se queixou das varizes.

Cátia Alves & Claúdia Umbelina

Data: 14 de Fevereiro de 2011

Festa e Cortejo de Carnaval

O Carnaval é seguramente um dos eventos de maior agrado dos nossos utentes. Prova-se o fato várias vezes, não vá o “diabo tecê-las”. Este ano, o tema do carro alegórico foi “Os Cabeçudos”. Com tanta massa encefálica, eram mesmo inteligentes…E as nossas bru-xas, os nossos palhaços, os nossos médicos, lá se foram acompanhando pelas ruas de São Mamede. Tanto reboliço…

Sónia Santos (Assistente Social)

Data: 4 e 8 de Março de 2011

P Á G I N A 8

L E C O

Notícias

Visita ao Museu da Imprensa

Depois de vista a exposi-ção do primeiro andar, descemos para o rés-do-chão e continuamos o nos-so passeio. À entrada, pas-samos por uns espelhos que nos modificava o cor-po. Aumentava-nos ou diminuía-nos, punha-nos mais altos ou mais baixos, mais magros ou gordos. Foi muito engraçado! A certa altura, durante a visita, experimentamos a impressão de uma pintura, tal qual como se fazia anti-gamente. Com um pincel metemos tinta no carimbo,

No dia 6 de Maio fomos a uma visita ao Museu da Imprensa. Durante a visita vimos várias máquinas, vários quadros e até vimos folhas de jornais feitas no século passado, tais como o Diá-rio de Notícias, o Jornal de Notícias e o Diário de Lisboa.

depois pusemos uma folha por cima e um cartão por cima da folha. Posterior-mente, passamos um cilin-dro de ferro por cima das folhas para que ficasse bem impresso. Por fim, retiramos o cartão e a folha de cima do carimbo e lá estava a impressão feita. No fim, eram cerca de 12 horas, regressamos todos ao Centro para almoçar!

Rolando Ribeiro

Data: 6 de Maio de 2011

P Á G I N A 9 E D I Ç Ã O 5 0

Notícias

Reuniões de Pais As três reuniões de pais definidas no início deste ano lectivo foram cumpridas. Estes momentos de participação formal das famílias na construção dos planos ocupacionais são fundamentais para que possamos prestar um serviço cada vez mais adequado às necessidades e interesses dos clientes. Afinal, a Instituição faz parte do quotidiano de cada um, devendo as famílias colaborar e partici-par activamente em todo este processo. A participação das famílias nestas reuniões continua a não ser a esperada pelo que reforçamos os benefícios que este envolvimento traz para todos: a transmissão de informações e o debate melhoram o papel de cada um na vida dos clientes.

Marta Quesado (Assistente Social)

Estádio do Dragão: um jogo para recordar

FCP / CSKA Sofia - Liga Europa

Apesar do frio que se fazia sentir, as emoções e as expectativas eram tais que aqueciam os nossos corações! Vestidos a rigor com os cachecóis azuis e brancos lá fomos nós ser filhos do Dragão duran-te 90 minutos mágicos. O resultado foi extraordinário 3-1 a favor do Dragão.

Sara Silva (Educadora Social)

Data: 15 de Dezembro de 2010

Notícias P Á G I N A 1 0

L E C O

Certificação Equass - nível 2 “Excelência” da

APPACDM de Gaia

Damos os parabéns à APPACDM de Vila Nova de Gaia por mais este sucesso. Estar entre tão poucas Instituições com este galardão é seguramente a prova do bom desempe-nho e de boas práticas no atendimento à pessoa com deficiência intelectual nesta Institui-ção.

Parabéns!

Fátima Silva

(Psicóloga)

Dia do Agrupamento de Escolas de S.

Mamede Infesta

nica da PSP e visitou os expositores das várias Ins-tituições representadas na Mostra das Colectividades. A Unidade Educacional assistiu à actuação da Tuna do CATI, às danças de grupo de alunos de Educa-ção Especial e Ginástica de Grupo, das escolas, bem como, à demonstração de exercícios de salvamento da Polícia Marítima e Insti-

As escolas de S. Mamede de Infesta e as colectivida-des desta cidade realizaram um conjunto de actividades durante os dias 8 e 9 de Abril de 2011, na sede do Agrupamento - Escola Básica Maria Manuela de Sá. No dia 8 de Abril, no âmbi-to dos passeios mensais, o CAO C assistiu à demons-tração da Brigada Cinotéc-

tuto de Socorro a Náufragos. Também neste dia, demos visi-bilidade ao trabalho desenvol-vido pelos nossos clientes nos ateliês e actividades comple-mentares, com a exposição de trabalhos no stand reservado à nossa Instituição.

Marta Quesado

(Assistente Social)

Data: 8 e 9 de Abril de 2011

Data: 3 de Maio de 2011

À Conversa Com...

P Á G I N A 1 1 E D I Ç Ã O 5 0

…a Presidente da Direcção

D. Olívia no ano passado houve eleições para a direcção do Centro. Estava a contar com este resultado? Estava, apesar da Lista A também ter potencial. Porque resolveu ser Presidente desta Instituição? Só pais/associados podem assumir a gestão da Instituição. A minha gratidão para com esta casa impôs que fosse este o caminho a trilhar. Um cargo, seja ele qual for, só tem importância se o utilizarmos para melhorar a vida das pessoas e garantir os direitos de todos.

Gostava de se candidatar nas próximas eleições?

Ainda é muito cedo para pensar nisso. Neste momento, o mais importante é conseguirmos levar por diante os desafios com que diariamente nos con-frontamos.

Quando tomou posse qual era a situação financeira do Centro?

A situação era estável. No entanto, com a actual situação sócio-económica do país e com os cortes de financiamento que já tivemos, também aplicados a instituições congéneres, impõe-se uma gestão rigorosa e eficiente para podermos manter o funcionamento com a qualidade que os utentes merecem e têm direito.

Como concilia a sua vida familiar com a vida profissional?

Muito facilmente. Vejo nesta Instituição a minha segunda casa. Sou mãe do Miguel Ângelo que está na APPACDM há cerca de 25 anos, daí não me ser difícil essa con-ciliação. Sinto-me muito bem neste cami-nho que escolhi.

Catarina Blanc, Elsa Taborda, Rolando Ribeiro e Vítor Jorge

“Um cargo, seja

ele qual for, só

tem importância

se o utilizarmos

para melhorar a

vida das pessoas

e garantir os

direitos de

todos”

O que se faz por aqui P Á G I N A 1 2

L E C O

Juntos Pela Arte

A Exposição Juntos pela Arte é um espaço onde o «Mundo da Deficiên-cia» e o «Mundo da Eficiência» se confundem no anonimato proposita-do das suas obras, mostrando a todos quantos a visitam o que de belo se faz, no interior das escolas de ensino regular e das estruturas de acolhimento para pessoas com defi-ciência. Nos ateliers de actividades de expressão artística e de artesana-to, constata-se o extraordinário envolvimento de «artistas» deficien-tes com esses outros artistas diferen-tes, numa perfeita harmonia e, ainda a compreensão de que também pela arte, todos somos iguais. Os ateliers temáticos, desenvolvidos pelos nossos utentes, são espaços de prática criativa onde se pretende

desenvolver a sensibilidade, a imaginação, a criatividade e a improvisação através da expe-rimentação de diferentes áreas artísticas e lúdicas como a musica, dança, teatro, pintura, jogos e expressões de carácter artesanal. São já treze anos em que a nossa APPACDM organiza a exposição Juntos Pela Arte, festa de criatividade e emoções, sempre com o objectivo e o princípio fundamental de que ninguém fique indiferente a quem é diferente.

É mais um evento promovido pela APPACDM, em conjunto com as escolas, instituições participantes e a Câmara Munici-pal, que pretende despertar a comunidade para a imprescindível integração das pessoas com deficiência.

António Vidal (Professor)

Data: 22 de Novembro a 7 de Dezembro de 2010

Desporto

P Á G I N A 1 3 E D I Ç Ã O 5 0

UATL - Unidade de Artes e Tempos Livres

Os seus princípios orientadores têm como base: promover actividades desportivas e recreativas com e sem quadro compe-

titivo, com um calendário semanal; participar em eventos nacionais/internacionais promovidos pelos diferen-

tes organismos desportivos integração dos vários tipos de população na comunidade e na sociedade.

A Unidade de Artes e Tempos Livres (UATL) da APPACDM de Matosinhos é uma resposta que além de ocupar os tempos livres, promove o desenvolvimento das capacidades artísticas e desportivas de todos os jovens num ambien-te integrado e de acordo com as normas e regras estabelecidas na sociedade.

A Unidade está dividida em dois sectores — recreativo e desportivo — e tem os seguin-tes Ateliês: atletismo, futebol, basquetebol, boccia, jogos adaptados, música, pintura, dança e expressão artística.

Para cada cliente é elaborado um horário semanal que pode incluir um ou mais “Ateliers” a funcionar todos os dias úteis entre as 17h00 e as 19h00 horas, durante onze meses. Além do trabalho quotidiano, realizam-se ainda diversas deslocações ao exterior, no fim-de-semana (sábado e domin-go) para participar em competições que

fazem parte do quadro competitivo dos diferentes organismos desportivos em que a Instituição está filiada. O quadro técnico é composto por um coor-denador, sete professores e por três moto-ristas.

José Fial (Professor)

Bem-estar e Qualidade de Vida P Á G I N A 1 4

L E C O

A Intervenção da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia

O Terapeuta Ocupacional avalia, trata e habilita indivíduos com disfunção física, mental, de desenvolvimento, social ou outros, utilizando técnicas tera-pêuticas e actividades selecciona-das, prevenindo a incapacidade e proporcionando um melhor desempenho, com o máximo de autonomia. (Dec. Lei nº261/193 de 24 de Junho) Numa fase inicial, o Terapeuta Ocupacional recolhe os dados sobre os utentes a intervir acerca do seu desenvolvimento psico-motor, do historial clínico, pato-logias associadas e algum cuida-do a ter em consideração. Em seguida, processa-se uma avalia-ção de cada utente que aborda diversas áreas: área motora, área sensório-perceptiva-cognitiva e área do desenvolvimento sócio- -afectivo. Após a avaliação, aten-dendo às capacidades e dificulda-

des do utente, é desenvol-vido um plano de inter-venção onde se define os objectivos terapêuticos e planeia técnicas, estraté-gias e actividades com sentido terapêutico. As bases que direccionam a intervenção do terapeuta

são: as teorias do brincar, o desenvolvimento infantil, a teo-

ria da Integração sensorial, as técnicas de Rood, técnicas de Bobath, Técnicas de PNF (facilitação neuromuscular pro-prioceptiva), posicionamentos, adaptações do material e reco-mendações de ajudas técnicas. Frequentemente são realizadas reavaliações, com o intuito de constatar a evolução do utente, e readaptar o plano de intervenção ao seu estado actual. Nesse plano de intervenção, são propostas algumas actividades com objecti-vos terapêuticos, que se podem subdividir nos seguintes grupos: actividades de integração senso-rial, actividades de psicomotrici-dade, actividades de motricidade fina, actividades que envolvam capacidades sensório-perceptivas e actividades que impliquem capacidades cognitivas. Para além da Terapia Ocupacio-nal, no Centro Dr. Leonardo

Coimbra também existe a Fisiote-rapia. A Fisioterapia tem etapas comuns à valência anteriormente referida, nomeadamente as fases de avaliação, diagnóstico, planea-mento do tratamento, intervenção e reavaliação. A Fisioterapia cen-tra-se no movimento e na postu-ra, baseando-se nas estruturas e funções do corpo. Utiliza modali-dades educativas e terapêuticas específicas, com base no movi-mento, nas terapias manipulati-vas, e em meios físicos e natu-rais. Esta terapia tem como finali-dade a promoção da saúde e pre-venção da doença, da deficiência, da incapacidade e da inadaptação. Trata, habilita ou reabilita utentes com disfunções de natureza físi-ca, mental, de desenvolvimento, ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e quali-dade de vida. (Ministério da Saú-de, Dec. Lei n.º 261/93, de 24 de Julho). Salienta-se que na Fisioterapia desenvolve-se o movimento fun-cional ao longo de todo o desen-volvimento motor, de forma a maximizar a qualidade de vida e o potencial físico e de aprendiza-gem do utente/cliente.

Terapeuta Ocupacional Patrícia com Tiago

Bem-estar e Qualidade de Vida

P Á G I N A 1 5 E D I Ç Ã O 5 0

Tendo como referência uma visão individual e específica de cada utente/cliente, uma vez que cada uma tem o seu padrão de desenvolvimen-to e as suas características, as quais são ine-rentes às influências do meio ambiente circun-dante e às experiências proporcionadas pelo mesmo. Assim sendo, a Fisioterapia interage de modo dinâmico e contínuo com os utentes/clientes. Com uma abordagem lúdico- -terapêutica, a Fisioterapia trabalha o movi-mento ou postura normal, para que seja assi-milado pelo sistema nervoso, com o objectivo de o utente o interiorizar usando-o diariamen-te. O Fisioterapeuta intervém nas necessidades do utente/cliente, o que conduz a uma procura activa de opções para que se crie as adapta-ções necessárias à integração do utente no seu meio, facilitando a sua funcionalidade e inte-racção activa. No Centro Dr. Leonardo Coimbra, a Terapia

Ocupacional e a Fisioterapia desenvolvem a sua intervenção terapêutica numa sala comum, visto serem terapias que se comple-mentam. Este trabalho em equipa permite uma intervenção mais efectiva, pois possibi-lita a articulação no que respeita ao desen-volvimento dos objectivos específicos de cada utente/cliente. A intervenção terapêuti-ca não se limita a este espaço, recorre-se também à sala de Snoezelen, onde existem equipamentos e materiais específicos para trabalhar de uma forma mais específica o

relaxamento e a estimulação sensorial. A Terapia Ocupacional na APPACDM de Matosinhos é desenvolvida pela Terapeuta Ocupacional Patrícia Pereira que já exerce funções no Centro Dr. Leonardo Coimbra nos CAO’s e na Unidade Sócio-Educativa desde 1998. A Fisioterapia é desenvolvida pelas Terapeu-tas Filipa Soares e Tânia Silva que exercem funções no Centro Dr. Leonardo Coimbra, nos CAO’s e na Unidade Sócio-Educativo desde o ano de 2007 e 2010, respectivamen-te.

Filipa Soares (Fisioterapeuta) Tânia Silva (Fisioterapeuta)

Patrícia Pereira (Terapeuta Ocupacional)

Fisioterapeuta Filipa com Fernanda Ferreira

Fisioterapeuta Tânia com Pedro Miguel

P Á G I N A 1 6

L E C O

Eventos

FESTA DE FINAL DE ANO

27.07.2011

.

Sugestões Culturais

Próximos eventos na APPACDM de Matosinhos

ÉPOCA BALNEAR

15.06.2011 a

27.07.2011

COLÓNIA DE FÉRIAS 27.06.2011

A 30.06.2011

2ª EDIÇÃO DA FEIRA MEDIEVAL

27.07.2011

FAMÍLIAS EM SERRALVES Ver, experimentar, criar, brincar, passear, descansar, descontrair, em percursos de exploração, em oficinas e exposições, em conversas e piqueniques, à descoberta da arte e dos artistas, mas também do ambiente, da biodiversidade e da paisagem. Local: Fundação de Serralves Horário: Domingos, OFICINAS - 10:00h-13:00h; PERCURSOS - 11:00h Data: 03.01.2011/19.12.2011 Toda a informação em www.serralves.pt

P Á G I N A 1 7 E D I Ç Ã O 5 0

.

Bolo de Ananás

Modo de Preparação:

Bater os ovos inteiros com o açúcar, juntar o óleo e voltar a bater. Acrescen-tar uma chávena da calda de ananás e continuar a bater.

Por fim, junta-se a farinha e bate-se até a massa fazer bolinhas.

Faz-se o ponto de caramelo com o açú-car e água e forra-se a forma com o mesmo.

Decora-se o fundo da forma com as

rodelas de ananás e coloca-se a massa por cima.

Leva-se ao forno, previamente aquecido, durante cerca de 45 minutos a 180º,

Bom apetite!

Maria José Varela

(Monitora)

Ingredientes

6 ovos inteiros

2 chávenas de açúcar

1 chávena de óleo

1 lata de ananás

3 chávenas de farinha com fermento

1 chávena de açúcar para o caramelo

Sugestão de Apresentação

Doces & Doces

Lazer P Á G I N A 1 8

L E C O

DICA

Já lhe aconteceu queimar uma vela e querer aproveitar o copo de vidro, mas ficam restos de cera que não saem? Experimente colocar o copo no congela-dor durante umas horas e verá que a cera sairá sem dificuldade!

MOMENTO DA GARGALHADA

Um homem muito bêbedo senta-se num autocarro ao lado de uma senhora. Pas-sado um tempo vira-se para ela e diz-lhe: - A senhora é muito feia! - E o senhor está muito bêbedo! - Certo, mas isto amanhã passa!

Jogo do Labirinto

Última Hora

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A Nossa Campeã: Elsa Taborda

Ao longo do ano lectivo 2010/2011 o professor Vítor Freixo acompanhou a Elsa Taborda na Unidade de Artes e Tempos Livres (UATL) à terça, quinta e sexta-feira. Este professor treinou-a na modalidade de Atletismo e foi acompanhando a sua evolução a nível desportivo. Que tipo de trabalho foi desenvolvendo com a Elsa ao longo deste ano lectivo?

Foi sem dúvida um trabalho exigente e contínuo, mas acredito que só assim se conseguem obter resultados positivos. Os resultados e a sua evolução foram aparecendo e desde logo perce-bi que a Elsa tinha um enorme potencial na modalidade. Que progressos foi sentindo ao longo do trabalho com a Elsa? Quando iniciei os treinos, a Elsa não se encontrava motivada para o desporto e, principalmente, para o Atletismo. Assim, o meu primeiro desafio foi motivá-la e, posteriormente, começar a treinar as compe-

tências técnicas específicas desta modalidade. Neste momento, vejo uma atleta motivada, feliz e empenhada que evoluiu a variadíssimos níveis.

Entrevista de Sara Silva (Educadora Social)

Cagliari 2011 (2 a 6 de Junho)

O Leco estava já ultimado, quando nos telefonaram de Itália a dizer que a nossa campeã tinha excedido todas as expectativas, conseguindo lugares no pódio.

Não quisemos deixar de noticiar tão importante resultado já neste Leco nº50.

Quadro de Classificação:

200 metros -2º. Lugar - medalha de prata 400 metros -1º. Lugar - medalha de ouro (recorde da Europa) 800 metros -1º. Lugar -medalha de ouro (recorde da Europa) Estafeta 4 x100 metros -1º. Lugar - medalha de ouro

Meu filho Meu filho, mentia-te se te dissesse que lês, não te esforças, pedes ajuda e eu vou e ajeito-te a camisa…e o cabelo. Os meus passos para ti são sempre mais… Mentias se me dissesses que minto. …que um dia quando do meu corpo já não saírem vendavais, quando os meus pés já me pesarem e não os sentir, terei sempre passos para te encontrar, passos para ti, nunca serão de mais E se me pesares ao de leve e não querias, tu bem sabes a razão do desespero que transporto por um dia tu precisares e eu não poder. Filho, meu amor, quis voar contigo na ode de um poema mas tenho a certeza de que terminaremos juntos esta viagem.

A Mãe do Miguel

“Mãe e Filho” Ilustração de António José

Momento de Poesia