laudo técnico lagoa da jansen
TRANSCRIPT
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 1/35
1
ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS
SUPERINTENDÊNCIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS
LAUDO GEOAMBIENTAL E BIOLÓGICO PARA REAVALIAÇÃO DO
PARQUE ECOLÓGICO DA LAGOA DA JANSEN SEGUNDO A LEI
ESTADUAL Nº 9.413/2011
SÃO LUÍS
2012
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 2/35
2
Governadora do Estado do Maranhão
Roseana Sarney Murad
Secretário do Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Carlos Victor Guterres Mendes
Superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas
Clarissa Moreira Coelho Costa
Elaboração
Evanildo Melo Lima Júnior – Fiscal Ambiental – Biólogo
Maria Teresa Curty dos Santos Moysés – Fiscal Ambiental – Bióloga
Revisão
Clarissa Moreira Coelho Costa – Analista Ambiental – Bióloga
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 3/35
3
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 04
2. HISTÓRICO .................................................................................................. 05
3. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO DA LAGOA DA JANSEN 07
3.1 CLIMA ........................................................................................................... 07
3.2 GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E PEDOLOGIA ....................................... 08
3.3 HIDROLOGIA ............................................................................................... 09
3.4 MEIO BIÓTICO ............................................................................................. 10
3.4.1 Microalgas ..................................................................................................... 10
3.4.2 Vegetação ........................................................................................... 10
3.4.3 Fauna .................................................................................................. 154. ESTADO DE CONSERVAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS DA
LAGOA DA JANSEN .......................................................................... 18
4.1 INFRAESTRUTURA DE LAZER ......................................................... 19
4.2 ESGOTOS E LIXO .............................................................................. 21
4.3 POLUIÇÃO SONORA E VISUAL ........................................................ 23
5. REAVALIAÇÃO DA CATEGORIA DA UNIDADE DE
CONSERVAÇÃO DA LAGOA DA JANSEN ...................................... 25
5.1 PROPOSTA DE LIMITES DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
DA LAGOA DA JANSEN ..................................................................... 29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 31
ANEXO – Projeção da Área Proposta para a Área de Proteção
Ambiental da Lagoa da Jansen .................................................................. 36
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 4/35
4
LAUDO GEOAMBIENTAL E BIOLÓGICO PARA REAVALIAÇÃO DO
PARQUE ECOLÓGICO DA LAGOA DA JANSEN SEGUNDO A LEI
ESTADUAL Nº 9.413/2011
1. APRESENTAÇÃO
O Parque Ecológico da Lagoa da Jansen foi criado pelo Decreto
Estadual nº 4.878, de 23 de junho de 1988, e está localizado no município de
São Luís, capital do Estado do Maranhão, entre os bairros do São Francisco,
Ponta D’areia, Renascença I e II, e Ponta do Farol.
Trata-se de uma área protegida estadual cujos objetivos originais
relacionam-se ao “uso público, diversões, esportes e áreas verdes dentro dos
limites a serem fixados pelo Poder Público”.
No contexto da recente Lei Estadual nº 9.413, de 13 de julho de
2011, que institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação - SEUC, o
referido “Parque Ecológico da Lagoa da Jansen”, não se encontra previsto
dentre as categorias do Sistema Estadual de Unidades de Conservação da
Natureza - SEUC, nem no grupo de Unidades de Proteção Integral, tampouco
no grupo de Unidades de Uso Sustentável. Desta maneira, é necessária a
reavaliação da denominação desta área protegida, para transformação em
categoria prevista no SEUC.
O presente Laudo traz uma relação de fundamentos de origem
técnica, jurídica e social que visam nortear este processo, sendo submetido à
consulta pública conforme orienta a legislação vigente. Foi utilizada a
metodologia da Avaliação Ecológica Rápida de uma forma simplificada para a
coleta dos dados biológicos e registros fotográficos, e foram tomadas ascoordenadas geográficas dos limites propostos para a área. Além disso, foi
realizado um levantamento de dados bibliográficos para complementar a
caracterização ambiental da área.
Com base nas informações levantadas, e com subsídio da legislação
ambiental vigente, foi feita uma análise do enquadramento adequado da área
da Lagoa da Jansen a ser classificada numa das categorias de Unidades de
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 5/35
5
Conservação estabelecidas no Sistema Estadual de Unidades de
Conservação.
2. HISTÓRICO
Conforme Coelho (2002) e Silva (2008) abordaram em seus
trabalhos nesta área, a “Lagoa da Jansen” (que em termos geográficos é na
verdade uma laguna, devido à ligação permanente com o mar) foi formada a
partir da construção da Avenida Maestro João Nunes em 1975, atual Avenida
Ana Jansen, surgindo, dessa forma, pela retenção das águas do igarapé Ana
Jansen, sendo inundados 140 hectares de manguezal.
Relatam ainda que, em 1991, foram desenvolvidos estudos pela extinta
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Turismo do Maranhão – SEMATUR,
com a participação da Prefeitura Municipal de São Luís, da Companhia de
Águas e Esgotos do Maranhão – CAEMA, da Universidade Federal do
Maranhão e da Sociedade de Melhoramentos e Urbanismo da Capital –
SURCAP. Dentre os principais problemas identificados na época, destacou-se
a presença das palafitas.
Foram desenvolvidos ainda projetos de manejo hidráulico e a
construção de um canal, que se mostraram insuficientes na resolução dos
problemas, e culminaram com a retirada dos moradores e seu remanejamento
para um conjunto habitacional em novembro de 1992. O Laboratório de
Hidrobiologia da UFMA realizou em maio de 1991 um diagnóstico químico,
físico e biológico das condições ambientais da Lagoa da Jansen, culminando
com uma proposta de recuperação ambiental e sanitária, além de um projetode monitoramento a ser executado em paralelo às obras a serem realizadas.
Em 1992, houve alterações por parte da gestão municipal da Lei de
Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, dividindo as áreas da
laguna e de seu entorno em Zona de Interesse Social 1, Zona Turística 2 e
Zona Residencial 2, o que trouxe maiores implicações na regularização da
ocupação de toda a área circunvizinha à Lagoa da Jansen.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 6/35
6
Em 1993, foi iniciado o Programa de Saneamento e Recuperação da
Lagoa da Jansen, com objetivos de recuperar e preservar ao máximo as
características ambientais naturais do ecossistema aquático, garantindo uma
melhor qualidade de vida do indivíduo urbano. Suas metas consistiam em
realizar um manejo hidráulico, serviços de terraplanagem e movimentação de
terras, obras de dragagem do canal de aproximação, sistema viário perimetral,
sistema de coleta e distribuição de água, sistema de drenagem urbana,
reassentamento da população vivendo em palafitas, criação de áreas de
desporto e lazer, áreas institucionais e comerciais, áreas de pesquisa e
preservação biológica. Entretanto, foram priorizadas apenas as obras de
manejo hidráulico e a construção de comportas responsáveis pela renovação
das águas da laguna.
A partir de 1998, o Programa de Saneamento e Recuperação da Lagoa
da Jansen foi retomado e realizado em etapas. A primeira etapa compreendeu
o desmatamento e a retirada do lixo existente, bem como obras de
terraplanagem com o objetivo de compactar o terreno. Realizada em dois
momentos, a segunda etapa contou com a construção de uma rede coletora de
esgotos e de processos de renovação da água da laguna.
Além disso, o Programa contemplou as seguintes obras de
infraestrutura:
- novo manejo hidráulico, utilizando-se duas galerias celulares de concreto
armado de forma a garantir a renovação das águas aproveitando a variação
das marés;
- contorno físico, limitando o espelho d’água e disciplinando a urbanização do
entorno, além de integrar as ruas adjacentes a essa via de contorno;
- projetos de abastecimento de água, com a construção de um anel dedistribuição que alimenta a rede principal de abastecimento, e daí, as redes
secundárias das áreas de expansão habitacional;
- esgotamento e tratamento de esgoto, com a construção da Estação de
Tratamento do Jaracati, para onde foram canalizados alguns dos pontos de
lançamento de esgoto;
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 7/35
7
- drenagem pluvial, onde a água precipitada seria conduzida através de
sarjetas, recolhida por bocas de lobo e transportada às redes de galeria,
findando na Lagoa da Jansen; e
- sistema de urbanização, com a construção de quadras de esporte polivalente,
quadras de areia para vôlei, estações de ginástica, ciclovia, pista de Cooper,
quadras de tênis, parque infantil, pistas de skate e bicicross, e concha acústica.
Observa-se que muitas das intervenções citadas foram concentradas,
no entanto, em aspectos paisagísticos e urbanísticos, e os estudos técnico-
científicos realizados contribuíram apenas para o desenvolvimento de ações
pontuais relativas aos controles sanitários adotados.
Recentemente, no ano de 2011, foi iniciado um projeto piloto de
descontaminação da Lagoa da Jansen a partir da parceria da Secretaria de
Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (SECID), a Universidade
Federal do Maranhão (UFMA) e a empresa de engenharia AMBIEM, utilizando-
se “microrganismos eficientes”. Tal projeto foi noticiado com resultados
positivos (FOLHA MARANHÃO.COM, 2011).
3. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO DA LAGOA DA JANSEN
A Lagoa da Jansen se encontra em uma região urbanizada,
totalmente habitada em seu perímetro marginal, rodeada por pavimentação de
calçadas, ciclovias e estradas asfaltadas. Em seu entorno encontram-se
moradias em forma de casa e edifícios, além de prédios comerciais, bares e
restaurantes.
Acerca das características físicas da região da Lagoa da Jansen,tais como as relacionadas ao clima, geologia, geomorfologia e pedologia, foram
abordadas aquelas subordinadas às da cidade de São Luís.
2.1 CLIMA
Por se localizar em uma faixa de transição entre os climas semi-árido
nordestino e tropical úmido amazônico, São Luís apresenta uma clima tropical
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 8/35
8
chuvoso, com uma estação seca no inverno, sendo então classificada como
tipo Aw, segundo a classificação de Köpper (PEREIRA, 2006).
Além disso, apresenta um regime pluviométrico médio anual de
1.857,16mm, com o período chuvoso compreendido entre os meses de janeiro
a junho e o período de estiagem entre os meses de julho a dezembro,
temperatura média anual de 27°C e uma umidade média anual de 80%,
conforme estudos realizados pela Estação Meteorológica Cunha Machado –
Tirirical no período de 1993-2003 (PEREIRA, 2006).
3.2 GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E PEDOLOGIA
A cidade de São Luís integra a bacia costeira de mesmo nome,
originada a partir de um riftamento durante o período Cretáceo, além de
localizar-se na porção norte da formação de Planície Flúvio-Marinha do Golfão
Maranhense, região caracterizada pela formação de lagoas fluviais, grandes
áreas de várzeas inundáveis, áreas colmatadas e um sistema hidrográfico
tortuoso, além de apresentar manguezais nas regiões de embocaduras, baías
e ilhas (NUNES et al , 1973; PEREIRA, 1996).
É formada por rochas da Formação Itapecuru, caracterizada por arenitos
de cores diversas, podendo aparecer seixos de basalto alterado, e sedimentos
provenientes das Formações Barreiras, sendo estes inconsolidados, argilosos,
com areias disseminadas, amarelados a avermelhados, com nódulos e blocos
de concreções ferruginosas (NUNES et al , 1973; PEREIRA, 1996). Dentre as
principais formações geomorfológicas que podem ser encontradas na região
estão, as planícies fluvio-marinhas nas baixas altitudes, caracterizada por
extensas faixas de manguezais, as suaves colinas nas médias altitudes e ostabuleiros nas altitudes mais elevadas (BARBOSA E PINTO, 1973; PEREIRA,
1996).
Os principais tipos de solo presentes na região compreendem (ARAÚJO
et al , 1973; PEREIRA, 1996; SOUZA, 1996):
- o Latossolo Vermelho-Amarelo, solos minerais, de textura média a muito
argilosa, com predominância de minerais de argila 1:1 e sesquióxidos de ferro
e alumínio, profundos a muito profundos, bastante porosos, permeáveis, com
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 9/35
9
baixa reserva de elementos nutritivos para as plantas, distróficos ou álicos e
pouco susceptíveis a processos erosivos;
- o Podzólico Vermelho-Amarelo Concrecionário, solos minerais, de textura
média, com maior teor de argila que o latossolo, profundos a pouco profundos,
bem drenados, ácidos, eutróficos, distróficos ou álicos, podendo apresentar
uma erosão laminar ligeira a moderada;
- a Laterita Hidromórfica, solos muito desgastados, fortemente ácidos, com
drenagem moderada ou imperfeita, profundidade variável, apresentando um
material argiloso intemperizado, rico em sesquióxidos e pobre em húmus;
- as Areias Quartzosas, solos de textura leve, com baixa frequência de argila,
permeáveis, profundos, porosos, fortemente drenados e de consistência friável
ou mesmo solto;
- os Solos Aluviais, solos encontrados nas margens de rios e lagos, minerais,
com fertilidade de média a alta, pouco profundos ou profundos, drenagem
moderada ou imperfeita e sem problemas de erosão;
- e os Solos Indiscriminados de Mangue, solos compostos por sedimentos não
consolidados, halomórficos, alagados, de material muito fino, normamente
misturado à matéria orgânica advinda do metabolismo de detritos.
3.3 HIDROLOGIA
A região onde se localiza a Lagoa da Jansen encontra-se na Bacia
Praias, esta possui 61,05 km² e é caracterizada como uma bacia de 1ª ordem,
ou seja, não é muito ramificada. Além disso, possui uma densidade de
drenagem de 1,47km/km², encontrando-se na média entre os valores de
referência para bacias mal drenadas (0,5km/km²) e para bacias bem drenadas(3,5 km/km²) (ARAÚJO et al , 2009).
A laguna em si, apresenta uma área de lâmina d’água de 1.147.744m³,
com uma profundidade média de 1m e máxima de 3,5m, sendo influenciada
pela precipitação e pelo fluxo da maré. Dessa forma, existe uma variação do
balanço hídrico dependendo da época do ano, já que existe uma diferenciação
climática com seis meses de estiagem e seis meses de chuva. Assim, a
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 10/35
10
drenagem superficial varia de 252.055m³, nos períodos mais secos, a
1.921.445m³, nos períodos mais chuvosos (LABOHIDRO, 2002).
A região ainda apresenta a influência de dez microbacias que variam em
área de 43.000m² a 395.000m². Além disso, apresentam uma variação de
volume de 6.450m³ a 57.600m³ e um escoamento superficial de 5.322,62m³ a
56.661,6m³ (ALCÂNTARA E SANTOS, 2003).
3.4 MEIO BIÓTICO
3.4.1 Microalgas
A partir do estudo feito por LABOHIDRO (2002), pode-se relatar a
presença dos seguintes indivíduos formadores do fitoplâncton local:
- Família Bacillariophyceae
Amphiprora alata
Amphora sp
Coscinodiscus oculusirides
Gramatophora sp
Gyrosigma balticum
- Família Cyanophyceae
Gomphosphaeria sp
Merismopedia sp
Oscillatoria sp
- Família Dynophyceae
Protoperidinium sp
Foi observada uma expressiva presença de Cyanophyceae em
detrimento das outras famílias, o que merece destaque, já que, além de serem
muito oportunistas, são indicadoras de ambientes eutrofizados (ESTEVES,
1998; LABOHIDRO, 2002).
3.4.2 Vegetação
Seguindo a classificação de Sayre (2003) encontram-se distribuídos por
toda a extensão do entorno da laguna quatro tipos fisionômicos de vegetação:
- Herbáceas, constituída de mais de 25% de vegetação herbácea e 25% ou
menos de árvores, arbustos e plantas não-vasculares;
- Bosques, com árvores acima de 5 metros cobrindo de 25% a 60% da área;
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 11/35
11
- Bosques esparsos, com mais de 25% de vegetação herbácea, 10% a 25% de
árvores e 25% ou menos de arbustos e plantas não-vasculares;
- e Mata Arbustiva, com arbustos (25% a 60% da área) e árvores (até 25%).
Predomina no entorno da laguna árvores de mangue. A reconhecida
importância desse ecossistema, relacionada especialmente à produção e
exportação de nutrientes para a região costeira, encontra-se comprometida
devido às alterações sofridas pela Lagoa da Jansen.
As famílias identificadas na região da Lagoa da Jansen estão
enumeradas na tabela a seguir.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 12/35
Tabela 1: Famílias vegetais presentes na região da Lagoa da Jansen.
Família Distribuição Eco
Araceae
- Cosmopolitas.
- Comumente encontradas em florestastropicais e áreas de brejo.
- Inflorescências são polin
insetos, principalmente, co- Frutos dispersos p
Arecaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais a subtropicais.
- Oferecem néctar flora
(coleópteros, m
- Seus frutos podem ser dis
Commelinaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais a temperados.
- Polinizadas, com
Cyperaceae
- Cosmopolitas.
- Encontradas comumente em
ambientes encharcados.
- Algumas espécies sã
- Outras têm seus frutos dis
Poaceae
- Cosmopolitas.
- Podem ocupar desde desertos até
ambientes marinhos e de água doce.
- São consideradas excelen
diversas adaptações re
autopolinização
Nyctaginaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais e subtropicais.
- Oferecem néctar flora
comumente abelhas, ma
- Algumas espécies possu
auxiliam na dispersão
Portulacaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais e temperados.
- Polinizadas, comume
coleópteros e borbole
- Algumas espécies com s
duros são dispersas, freq
Moraceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais a temperados.
- Algumas de suas espéc
- Podem ter seus frutos dis
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 13/35
Euphorbiaceae
- Apresentam maior diversidade em
ambientes tropicais.
- Frequentemente polinizad
moscas, abelhas,
- Algumas espécies são pol
outros m
Rizophoraceae
- Pantropicais.
- Encontradas frequentemente formando
manguezais.
- Polinizadas por vários tipo
borboletas e marip
- Algumas espécies
Fabaceae
- Cosmopolitas - Oferecem néctar seus po
borboletas, moscas, cole
- Frutos carnosos ou com s
dispersos por mamíferos
Cucurbitaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais e subtropicais.
- Oferecem pólen e néctar
incluem, variados tipos de
- Frutos são dispersos por
têm sementes coloridas e
Combretaceae
- Pantropical.
- Possui espécies formadoras de
manguezais.
- Oferecem néctar aos seu
insetos, aves e pe
- Algumas espécies possu
dispersos por av
Anacardiaceae
- Pantropical. - Possuem flores produ
polinizadas por uma
- Frutos são dispersos po
Acanthaceae
- Encontradas de forma ampla em
ambientes tropicais a temperados.
- Possuem espécies formadoras de
manguezais.
- Possuem brácteas vistos
como, abelhas, vespas, m
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 14/35
Convolvulaceae
- Apresentam maior diversidade em
ambientes tropicais e subtropicais.
- Polinizadas, normalme
espécies, p
Rubiaceae
- Cosmopolitas.
-
Apresentam maior diversidade emambientes tropicais e subtropicais.
- Oferecem néctar aos seu
insetos, ave- Algumas espécies s
Acanthaceae
- Amplamente distribuída em ambientes
tropicais a temperados.
- Há espécies de manguezais.
- Possuem brácteas vistos
como, abelhas, vespas, m
Heliconiaceae
- Principalmente na América tropical;
- Podem aparecer em algumas ilhas do
Pacífico Sul.
- Possuem brácteas vertica
como elementos de atração
aves, morcegos
Ruppiaceae
- Subcosmopolitas.
- Crescem em ambientes de água doce
à salobra.
- Encontradas em águas c
enxofre, tendem a se multi
águas onde são
Caricaceae
- Encontradas, principalmente, em
ambientes tropicais.
- Podem aparecer em planícies úmidas.
- Podem apresentar nectar
atrair seus polinizadores
Turneraceae
- Diversificada em ambientes tropicais.
- Podem aparecer em regiões
subtropicais e com menos indivíduos em
áreas temperadas quentes.
- Flores apresentam nectário
que incluem insetos, sendo
- Suas sementes são ar
garantindo s
Fontes: ANDERSSON, 1998; JUDD et al , 2009; KUBITZIKI, 2003; LLAMAS, 2003; SIQUEIRA et al , 2011; ZOMLEFER,1
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 15/35
15
3.4.3 Fauna
Apesar de todos os impactos que sofre a laguna, esta ainda abriga
grande diversidade de espécimes da fauna. Dados esses coletados
principalmente por bibliografia consultada e informações obtidas no local.
A partir de um estudo realizado por LABOHIDRO (2002), pode-se
relatar a presença dos seguintes indivíduos no ambiente aquático:
Zooplâncton
- Rotíferos
Brachionus angulares
Brachionus calyciflorus
Brachionus plicatilis
Lecane (Monostyla) lunaris lunaris
- Larvas do Meroplâncton
Nauplii de Copepoda
Nauplii de Cirripedia
Larva de Polychaeta
Larva de Nematoda
Larva de Brachyura
Larva de Insecta
- Anfípodos
Gammarus sp
Hyalella sp
- Isópodes
- Copépodas
Apocyclops panamensis
Atheyella sp
Cletocamptus axi
Cletocamptus deitersi
Cletocamptus schmidti
Cletocamptus sinaloensis
Oithona hebes
Oithona oswaldocruzi
Mesocyclops sp
Paracalanus crassirostris
Pseudodiaptomus acutus
Macrofauna Bêntica
- PoliquetasCapitella capitata
Hipponoa sp
Laonereis acuta
Nereis oligohalina
- Gastrópodes
Biomphalaria sp
Melampus coffeus
Littoridina australis
- Crustáceos
Uca thayeri
Limnoria lignorum
Amphipoda
Isopoda
- Insetos
Diptera
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 16/35
16
Neuroptera
Ictiofauna
- Família Elopidae
Elops saurus ( urubarana)
- Família Megalopidae
Tarpon atlanticus (perapema)
- Família Hemiramphidae
Hemiramphus cf balao (peixe
agulha)
- Família Clupeidae
Sardinella brasilienses (sardinha-do-
reino)
- Família Batrachoididae
Batrachoides surinamensis
(pacamão)
- Família Atherinidae
Atherinella brasiliensis (joão-duro)
- Família Tetraodontidae
Colomesus psittacus (baiacu açu)
- Família Achiridae
Achirus achirus (solha verdadeira)
Achirus lineatus (solha)
- Família Paralichthyidae
Etropus crossotus (solha
urumaçara)
- Família Centropomidae
Centropomus undecimalis
(camurim-preto)
Centropomus paralellus (camurim-
branco)
- Família Carangidae
Trachinotus carolinus (enxova)
- Família Lutjanidae
Lutjanus jocu (carapitanga)
- Família Gerreidae
Diapterus rhombeus (peixe-prata)
Diapterus olisthostomus (peixe-
prata)
Eucinostomus gula (escrivão)
Eugerres brasiliensis (escrivão)
- Família Scianidae
Cynoscion acoupa (pescada)
- Família Ephippididae
Chaetodipterus faber (paru)
- Família Mugilidae
Mugil curema (tainha sajuba)
Mugil liza (tainha curimã)
- Família GobiidaeCoryophopterus SP (mure)
A respeito da ictiofauna, LABOHIDRO (2002) ainda afirma que a
comunidade é composta de herbívoros, onívoros e a maioria de carnívoros,
além disso, existe uma maioria de peixes migradores/colonizadores, que
utilizam a laguna, provavelmente, como refúgio sazonal.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 17/35
17
No que se diz respeito à avifauna local, Azambuja (2005, 2010)
observou a presença de indivíduos realcionados a seguir:
- Família Charadriidae
Charadrius collaris (batuíra)
Charadrius semipalmatus (batuíra)
- Família Jacanidae
Jacana jaçanã (jaçanã)
- Família Laridae
Larus cirrocephalus (gaivota)
Sterna maxima (trinta-réis)
Sterna superciliaris (trinta-réis)
- Família Recurvirostridae
Himantopus himantopus
(pernilongo)
- Família Rynchopidae
Rynchops nigra (talha-mar)
- Família Scolopacidae
Arenaria interpres (maçarico)
Calidris pusilla (maçarico)
Limnodromus griseus (maçarico)
- Família Ardeidae
Butorides striatus (socozinho)
Casmerodius albus (garça branca
grande)
Egretta caerulea (garça morena)Egretta thula (garça branca
pequena)
Egretta tricolor (garça tricolor)
Nyctanassa violácea (taquiri)
- Família Columbidae
Columbina passerina (rolinha)
- Família Alcedinidae
Ceryle torquata (martim-pescador)
- Família Cuculidae
Crotophaga ani (anu-preto)
Guira guira (anu-branco)
- Família Falconidae
Milvago chimachima (carcará)
Polyborus plancus (carcará)
- Família Pandionidae
Pandion haliaetus (águia
pescadora)
- Família Rallidae
Rallus longirostris (saracura-
matraca)
- Família Icteridae
Cacicus cela (xexéu)
- Família Thraupidae
Ramphocelus carbo (pipira
vermelha)
Thraupis episcopus (pipira azul)
Thraupis palmarum (pipira verde)
- Família TyrannidaeFluvivola nengeta (lavandeira)
Pitangus sulphuratus (bem-te-vi)
Tyrannus melancholicus (suiriri)
- Família Tytonidae
Tyto alba (coruja rasga-mortalha)
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 18/35
18
Azambuja (2005) também relatou a presença de jacarés, jiboias
(Boa constrictor), iguanas (Iguana iguana ), morcegos e raposas, esta última
constante apenas no relato da população local. A população também reportou
a presença de macacos-prego, contudo estes animais há muito tempo não são
vistos no local.
São encontrados diversos componentes da entomofauna, tais como
Lepidopteras, Odonatas, Hymenopteras, Coleopteras, Ortopteras, Dipteras,
entre outras ordens. Além disso, Miriapodas, como lacraias e embuás, também
foram identificados na região.
4. ESTADO DE CONSERVAÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS DA LAGOA
DA JANSEN
Dias (2008) relata que:
A articulação dos espaços geográficos, considerando seus elementos
naturais (abióticos) e ecológicos (bióticos, ou aqueles dotados de
vida; biodiversidade), é considerada como ferramenta indispensável
para o bom aproveitamento socioeconômico e sociocultural dos
recursos ambientais disponíveis (...) merecem destaque as queorientam para a preservação e/ou conservação da biodiversidade,
bem como dos patrimônios físicos ou naturais. Esses esforços são
cada vez mais necessários, especialmente em áreas pressionadas
pelo incremento de processos de superposição de usos da terra (em
áreas rurais) e/ou do solo (em áreas urbanas), o que acaba por gerar
conflitos de uso e ocupação e de manutenção de estoques de
caracteres ecológicos originais.
Segundo a definição no Vocabulário Básico de Recursos Naturais e
Meio Ambiente (IBGE, 2004), poluição é:
degradação da qualidade ambiental resultante das atividades que
direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-
estar da população, criem condições adversas às atividades sociais
e econômicas, afetem desfavoravelmente a biota, afetem as
condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, e lancem
materiais ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 19/35
19
A poluição pode ser entendida, ainda, como qualquer alteração do
equilíbrio ecológico existente, sendo, portanto, uma agressão à natureza, ao
meio ambiente em que o homem vive. A poluição vai existir toda vez que
resíduos (sólidos, líquidos ou gasosos) produzidos por microorganismos, ou
lançados pelo homem na natureza, forem superior à capacidade de absorção
do meio ambiente, provocando alterações na sobrevivência das espécies
(CARLOS, 2007).
Assim, apesar da razoável diversidade de fauna e flora descrita nos
tópicos anteriores, a Lagoa da Jansen e seu entorno são alvos de vários
conflitos ambientais causados por ações antrópicas. Merece destaque, no que
se refere ao uso e ocupação do solo, pois é ele o responsável pela maioria dos
impactos severos ocorridos no meio ambiente, visto a importância do
desenvolvimento em uma determinada região.
Inicialmente a construção das Avenidas Colares Moreira e Maestro
João Nunes interromperam os cursos de drenagem, criando a laguna e
soterrando os 140 hectares de manguezal anteriormente existentes no local.
Posteriormente, a ocupação desenfreada do entorno foi a responsável por
agravar os impactos observados na região (COELHO, 2002; MASULLO et al ,
2009).
As várias construções urbanas, como residências, empresas, ruas,
avenidas e calçamentos, encontradas no entorno da laguna, demonstram a
intensa pressão de ocupação demográfica. Algumas residências, por exemplo,
encontram-se muito próximas à laguna, havendo, inclusive, quem tome parte
da área para si através de cercamento indevido (Figura 1).
Figura 1: Construções no entorno da Lagoa da Jansen.
(Fonte: Evanildo Júnior, 2012)
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 20/35
20
Com isso, na qualidade de uma área protegida, o Parque Ecológico
sofre pressão antrópica de todos os lados, uma vez que, sendo uma área de
lazer e de moradias, recebe impactos provenientes das atividades humanas
dessa área, tais como despejo irregular de esgoto, poluição sonora e visual e
utilização indevida de seu espaço físico.
4.1 INFRAESTRUTURA DE LAZER
O conjunto das intervenções voltadas ao lazer realizadas pelo
Programa de Saneamento e Recuperação do Parque Ecológico da Lagoa da
Jansen, desenvolvido a partir de 1998, se encontra atualmente em más
condições de conservação.
Quadras poliesportivas, arena de “beach soccer”, concha acústica,
equipamentos para exercícios físicos, além de um mirante, atualmente
abandonado, não podem mais ser usados de forma adequada pela população.
Áreas destinadas ao paisagismo e calçadas estão bastante deterioradas.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 21/35
21
Figura 2: Vista da Lagoa da Jansen e estruturas voltadas ao lazer.
(Fonte: Tereza Curty, 2012)
Em uma área próxima à quadra de tênis, aos finais de semana, a
população que frequenta os bares do entorno estaciona os carros em cima de
uma área do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen, que anteriormente era
gramada, com total descuido e agressão ao ambiente.
Tal situação demanda a realização de ações de Educação Ambiental
para a sensibilização e mobilização da população, principalmente habitantes do
entorno dessa área, como forma de incentivar as pessoas a mudar a realidade
local em defesa da qualidade de vida e transformação de hábitos,
especialmente no que se refere à recuperação das áreas degradadas e da
condição ambiental da Lagoa da Jansen.
4.2 ESGOTOS E LIXO
Habitações, condomínios e estabelecimentos comerciais vem sendo
apontados como responsáveis por utilizar para descarte clandestino de esgotoa rede pública de drenagem de águas pluviais, cujos pontos estão distribuídas
em todo o perímetro da laguna. Estes estudos indicam ainda a ineficiência do
sistema de coleta e tratamento de esgoto da CAEMA (COELHO, 2002; COSTA
et al , 2008; FURTADO, 2007; LABOHIDRO, 2002; MASULLO et al , 2009).
Em visita técnica, foram observados vários pontos de drenagem
contendo esgotos, inclusive próximo a locais de lazer para crianças (Figura 3).
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 22/35
22
Figura 3: Esgotos lançados na rede de água pluvial na Lagoa da Jansen.
(Fonte: Evanildo Júnior, 2012)
Foram constatados ainda pela equipe técnica muitos resíduos,
desde comida a entulho, descartados indevidamente no entorno da laguna.
Além da poluição visual gerada, estes resíduos são levados para dentro da
laguna, contaminando a mesma e, possivelmente, o mar, quando da abertura
das comportas. Esse fato é agravado pela impermeabilização do solo ao redor
da Lagoa da Jansen, resultado da construção de habitações, aterros, retirada
indiscriminada da vegetação e pavimentação de ruas, pois o incremento do
escoamento superficial potencializa o carreamento desses detritos para a
laguna (COELHO, 2002; COSTA et al , 2008; FURTADO, 2007; LABOHIDRO,
2002; MASULLO et al , 2009).
Fonte: Evanildo Júnior
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 23/35
23
Figura 4: Resíduos descartados indevidamente na Lagoa da Jansen.
(Fonte: Evanildo Júnior, 2012)
Ambos os problemas provocam um aumento da matéria orgânica
existente na laguna, ocasionando o fenômeno chamado de eutrofização, que é
caracterizado pelo aumento de algas e macrófitas aquáticas, que consomem o
oxigênio existente no ambiente aquático, provocando a morte de outros
indivíduos do ecossistema. Além disso, os detritos produzidos são
decompostos anaerobicamente por microorganismos e provocam o
aparecimento de um mau cheiro característico (ESTEVES, 1998).
Junto com os esgotos, os gases produzidos pela eutrofização
constituem o intenso mau cheiro constatado por diversos estudos (COELHO,
2002; FURTADO, 2007; LABOHIDRO, 2002; BRASIL, 1991; SILVA, 2008) e
atualmente.
4.3 POLUIÇÃO SONORA E VISUAL
Segundo Barretto (2008):
Poluição Sonora é qualquer alteração das propriedades físicas do
meio ambiente causada por som puro ou conjugação de sons,
admissíveis ou não, que direta ou indiretamente seja nociva a saúde,
segurança e ao bem-estar da população.
No entorno do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen há uma
grande movimentação de veículos, inclusive aqueles destinados a promoção
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 24/35
24
comercial de diversos empreendimentos, os quais provocam ruídos e vibrações
diversas. Essa perturbação sonora pode acarretar o afugentamento de animais
para outras áreas mais tranqüilas, diminuindo a biodiversidade do local.
Em acréscimo ao funcionamento quase diário de bares e
restaurantes, no período dos festejos juninos, há intensa movimentação no
local ocasionada pelo funcionamento do grande arraial da Lagoa da Jansen.
É possível observar ainda no entorno da laguna um excesso de
elementos ligados à comunicação visual, como cartazes, anúncios, placas de
propagandas e outros.
Moreira (1990) define poluição visual como o “conceito subjetivo
que diz respeito às interferências do homem na paisagem natural ou antrópica,
em desarmonia com os demais elementos que a definem (a paisagem) ou
considerados desagradáveis pelo observador”. Desta forma até a estrutura
conhecida como “Serpente da Lagoa”, instalada originalmente para promover a
aeração da água, e que está atualmente abandonada, pode ser considerada
como um elemento de poluição visual.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 25/35
25
Figura 5: Atividades econômicas e culturais e elementos de comunicação
visual na Lagoa da Jansen.
(Fonte: Tereza Curty, 2012)
Os impactos de poluição sonora e visual na Lagoa da Jansen aindacarecem de uma avaliação mais precisa e discussão com os diferentes
segmentos interessados nas atividades elencadas anteriormente.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 26/35
26
5. REAVALIAÇÃO DA CATEGORIA DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA
LAGOA DA JANSEN
Conforme citado no início deste documento, o Parque Ecológico da
Lagoa da Jansen foi criado por meio do Decreto Estadual nº 4.878, de 23 de
junho de 1988, para fins de “uso público, diversões, esportes e áreas verdes
dentro dos limites a serem fixados pelo Poder Público”.
Seu reconhecimento como área a ser protegida encontra amparo na
Constituição do Estado de outubro de 1989, conforme transcrito abaixo:
Art. 241 - Na defesa do meio ambiente, o Estado e os Municípioslevarão em conta as condições dos aspectos locais e regionais, eassegurarão: (...)
IV - a proteção das seguintes áreas de preservação permanente: (...)g) a Lagoa da Jansen (...)
Para regulamentar a gestão do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen,
nos anos 2000 foram editados três decretos estaduais. O Decreto n°19.145, de
30 de outubro de 2002, designou a então Gerência de Desenvolvimento
Regional de São Luís como responsável por “zelar pela manutenção,
conservação, segurança e fiscalização da área, além de disciplinar o uso dos
equipamentos comerciais, esportivos, culturais e comunitários ali instalados”.
Observa-se, assim, que pouca ênfase foi dada para conservação ambiental da
área.
Mais tarde, os Decretos Estaduais nos 22.382, de 28 de agosto de
2006; e 24.770, de 13 de novembro de 2008, designaram um comitê composto
por diversos órgãos da administração pública estadual: Secretarias de Estado
da Cultura, Esportes, Meio Ambiente, Turismo, Infraestrutura, Planejamento, e
Administração, além da Polícia Militar receberam atribuições inerentes a sua
área de competência. Especificamente sobre a área ambiental, foramelencadas as atividades relativas ao monitoramento da qualidade da água, do
solo e do ar, conservação das comportas e manutenção do controle de entrada
e saída de águas da Lagoa, e desenvolvimento de programas e projetos de
manejo e educação ambiental.
No entanto, como relatado anteriormente, as ações realizadas pelos
diversos órgãos não foram suficientes para alcançar resultados efetivos na
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 27/35
27
manutenção da qualidade ambiental da laguna, a qual encontra-se ainda hoje
muito comprometida.
Por definição das categorias de Unidades de Conservação,
estabelecidas na Lei Federal n.º 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), bem na Lei Estadual nº 9.413/2011, que
institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação – SEUC, a
denominação “Parque Ecológico” não tem amparo na legislação ambiental
vigente porém, analisando seus objetivos e o contexto ambiental no qual está
inserido, abordado ao longo deste Laudo, é possível observar que congrega
uma série de atividades, com objetivos específicos, de uma forma harmônica,
com a finalidade de integrar o homem ao meio ambiente pela valorização da
natureza.
Essa salvaguarda deriva do próprio comando do Artigo 225, § 1º, III,
da Constituição Federal, o qual recepcionando as leis que criaram áreas
sujeitas a especial proteção ambiental, determina que compete ao Poder
Público:
definir em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e
a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquerutilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção.
A denominação de “Parque Ecológico” para espaços protegidos,
notadamente em áreas verdes urbanas, foi disseminada em diversos
municípios brasileiros, os quais vem enfrentando a tarefa de reclassificar tais
áreas a fim de enquadrá-las nas categorias do Sistema Nacional de Unidade
de Conservação, conforme dispõe o art. 55 da Lei n.º 9.985/2000, o qualestabeleceu o prazo de dois anos após à promulgação daquela norma.
Assim, a falta dessa reavaliação do Parque Ecológico da Lagoa da
Jansen pode gerar conflitos na formulação de ações ou programas específicos
voltados à sua gestão, ainda permanece desguarnecida pela falta de previsão
expressa de elementos de gestão e proteção próprios das Unidades de
Conservação, tais como os Plano de Manejo, criação dos conselhos gestores
ou mesmo previsão de área de amortecimento.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 28/35
28
Com o advento do Sistema Estadual de Unidades de Conservação,
foram retomadas as discussões sobre o enquadramento do Parque Ecológico
da Lagoa da Jansen enquanto Unidade de Conservação, impondo-se a
necessidade de reavaliação da categoria dessa área protegida para o
atendimento dos parâmetros exigidos em lei, orientação de políticas públicas e
tomada de decisões apropriadas. Tal reavaliação é amparada no Artigo 85 do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação, sendo necessária a
elaboração de estudos técnicos específicos (a que se destina o presente
Laudo), consulta pública e ato normativo do mesmo nível hierárquico que a
criou, portanto um Decreto Estadual, onde conste a denominação, a categoria
de manejo, os objetivos básicos, o memorial descritivo do perímetro da área
devidamente georreferenciado, e o órgão responsável por sua administração,
além de informações sobre o grau de ocupação urbana, as atividades
econômicas e aspectos de segurança pública.
Devido à necessidade de se manter condições adequadas para o
equilíbrio e a manutenção da diversidade biológica e das características nativas
de um determinado espaço natural, as Unidades de Conservação têm papel
fundamental na permanência da qualidade ambiental e perpetuação desses
recursos (MOYSES, 2010). Neste contexto, e por todas as informações
anteriormente discutidas, a Lagoa da Jansen, se configura numa área de
remanescente florestal costeiro que abriga diversas espécies da fauna e da
flora, apesar dos impactos urbanos de seu entorno, e espaço para o uso
público variado para a população do município de São Luís.
Analisando as categorias de Unidades de Conservação previstas
nos Sistemas Nacional e Estadual de Unidades de Conservação, concluímos
que seria coerente transformar o Parque Ecológico da Lagoa da Jansen numaÁrea de Proteção Ambiental. Esta categoria, pertencente ao Grupo de Uso
Sustentável, permite ocupação humana no entorno da área, identificada por
apresentar “propriedades abióticas, bióticas, estéticas ou culturais
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, tendo como objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do
uso dos recursos naturais”.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 29/35
29
5.1 PROPOSTA DE LIMITES DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA
LAGOA DA JANSEN
O polígono proposto para a Área de Proteção Ambiental da Lagoa
da Jansen totaliza de 196,9650 hectares e é constituído de 120 pontos cujas
coordenadas geográficas estão expressas a seguir:
Pontos Latitude Longitude Pontos Latitude Longitude
1 -02 30' 11,19561'' -44 18' 44,67827'' 61 -02 30' 07,83940'' -44 17' 33,76188''
2 -02 30' 15,00340'' -44 18' 45,01821'' 62 -02 30' 06,31264'' -44 17' 31,75265''
3 -02 30' 16,47050'' -44 18' 46,44093'' 63 -02 30' 05,08536'' -44 17' 32,69574''
4 -02 30' 17,48994'' -44 18' 48,26865'' 64 -02 30' 03,85663'' -44 17' 33,77551''
5 -02 30' 20,02713'' -44 18' 55,07242'' 65 -02 30' 02,68170'' -44 17' 34,10003''
6 -02 30' 35,39184'' -44 18' 34,84764'' 66 -02 30' 00,78748'' -44 17' 34,06132''
7 -02 30' 31,53969'' -44 18' 35,05941'' 67 -02 29' 58,18654'' -44 17' 34,43718''8 -02 30' 28,11049'' -44 18' 34,96382'' 68 -02 29' 57,23662'' -44 17' 34,62207''
9 -02 30' 26,18622'' -44 18' 35,76847'' 69 -02 29' 55,91375'' -44 17' 35,37849''
10 -02 30' 24,60432'' -44 18' 36,31176'' 70 -02 29' 54,87050'' -44 17' 36,28093''
11 -02 30' 22,13731'' -44 18' 36,84769'' 71 -02 29' 53,73613'' -44 17' 37,54313''
12 -02 30' 19,88947'' -44 18' 37,60907'' 72 -02 29' 52,10681'' -44 17' 38,47906''
13 -02 30' 18,00130'' -44 18' 36,53347'' 73 -02 29' 49,36555'' -44 17' 38,02660''
14 -02 30' 15,38366'' -44 18' 35,22212'' 74 -02 29' 47,01519'' -44 17' 36,39503''
15 -02 30' 12,95298'' -44 18' 33,34562'' 75 -02 29' 46,35501'' -44 17' 32,49359''
16 -02 30' 10,89585'' -44 18' 31,85124'' 76 -02 29' 45,22088'' -44 17' 32,42440''
17 -02 30' 09,54162'' -44 18' 29,40584'' 77 -02 29' 43,50969'' -44 17' 33,41492''
18 -02 30' 09,85845'' -44 18' 27,97869'' 78 -02 29' 39,23917'' -44 17' 36,88778''19 -02 30' 09,31477'' -44 18' 24,44319'' 79 -02 29' 35,78867'' -44 17' 39,59081''
20 -02 30' 08,34216'' -44 18' 22,15693'' 80 -02 29' 34,49446'' -44 17' 40,55803''
21 -02 30' 07,12009'' -44 18' 20,14087'' 81 -02 29' 33,08366'' -44 17' 41,65039''
22 -02 30' 06,57606'' -44 18' 16,78668'' 82 -02 29' 32,60481'' -44 17' 42,67623''
23 -02 30' 08,81529'' -44 18' 15,47826'' 83 -02 29' 32,54503'' -44 17' 46,01414''
24 -02 30' 08,79272'' -44 18' 14,75431'' 84 -02 29' 32,80450'' -44 17' 47,89844''
25 -02 30' 07,64058'' -44 18' 14,77240'' 85 -02 29' 32,69135'' -44 17' 49,62531''
26 -02 30' 07,77664'' -44 18' 13,16095'' 86 -02 29' 34,25065'' -44 17' 51,14136''
27 -02 30' 08,25201'' -44 18' 12,50461'' 87 -02 29' 35,21475'' -44 17' 52,53655''
28 -02 30' 09,67600'' -44 18' 11,71787'' 88 -02 29' 35,18504'' -44 17' 53,86227''
29 -02 30' 11,14118'' -44 18' 11,54538'' 89 -02 29' 34,18707'' -44 17' 57,11305''
30 -02 30' 12,67981'' -44 18' 12,15290'' 90 -02 29' 33,22142'' -44 17' 58,92093''
31 -02 30' 13,68212'' -44 18' 11,86819'' 91 -02 29' 32,76940'' -44 18' 01,96544''
32 -02 30' 14,31779'' -44 18' 11,93886'' 92 -02 29' 32,88814'' -44 18' 03,23649''
33 -02 30' 15,05173'' -44 18' 11,31660'' 93 -02 29' 33,85561'' -44 18' 04,84130''
34 -02 30' 15,50423'' -44 18' 10,60830'' 94 -02 29' 37,13674'' -44 18' 09,91008''
35 -02 30' 15,77316'' -44 18' 10,05554'' 95 -02 29' 38,34068'' -44 18' 11,47676''
36 -02 30' 16,62201'' -44 18' 08,83803'' 96 -02 29' 40,43417'' -44 18' 14,30620''
37 -02 30' 17,58003'' -44 18' 08,09412'' 97 -02 29' 40,57369'' -44 18' 16,54498''
38 -02 30' 18,26454'' -44 18' 07,29720'' 98 -02 29' 40,52962'' -44 18' 19,53902''
39 -02 30' 18,56118'' -44 18' 06,49337'' 99 -02 29' 42,27421'' -44 18' 20,26689''
40 -02 30' 18,74567'' -44 18' 05,90166'' 100 -02 29' 44,28021'' -44 18' 21,05037''
41 -02 30' 18,38139'' -44 18' 04,50404'' 101 -02 29' 46,05069'' -44 18' 22,47668''
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 30/35
30
42 -02 30' 16,88210'' -44 18' 02,90605'' 102 -02 29' 44,82463'' -44 18' 24,24570''
43 -02 30' 13,78489'' -44 17' 59,49230'' 103 -02 29' 45,70634'' -44 18' 24,93370''
44 -02 30' 12,71096'' -44 17' 59,36483'' 104 -02 29' 47,62234'' -44 18' 26,30924''
45 -02 30' 11,79462'' -44 17' 59,46388'' 105 -02 29' 49,10979'' -44 18' 24,76952''
46 -02 30' 08,20395'' -44 17' 55,32783'' 106 -02 29' 50,81434'' -44 18' 25,57107''
47 -02 30' 07,16248'' -44 17' 53,91884'' 107 -02 29' 49,43915'' -44 18' 27,68418''48 -02 30' 08,15728'' -44 17' 51,67140'' 108 -02 29' 50,91367'' -44 18' 28,02207''
49 -02 30' 09,74593'' -44 17' 49,80790'' 109 -02 29' 53,21671'' -44 18' 26,99292''
50 -02 30' 08,91190'' -44 17' 48,66909'' 110 -02 29' 55,71823'' -44 18' 25,37473''
51 -02 30' 09,49603'' -44 17' 47,95754'' 111 -02 29' 57,43524'' -44 18' 23,80393''
52 -02 30' 08,71677'' -44 17' 46,99625'' 112 -02 29' 58,91331'' -44 18' 22,43297''
53 -02 30' 09,89088'' -44 17' 45,93197'' 113 -02 29' 59,56727'' -44 18' 23,36786''
54 -02 30' 10,75901'' -44 17' 46,78870'' 114 -02 30' 00,40757'' -44 18' 26,73165''
55 -02 30' 11,95716'' -44 17' 45,55020'' 115 -02 30' 02,08777'' -44 18' 29,06735''
56 -02 30' 09,86301'' -44 17' 43,04684'' 116 -02 30' 03,76804'' -44 18' 33,08529''
57 -02 30' 09,43069'' -44 17' 40,94000'' 117 -02 30' 06,10121'' -44 18' 36,26091''
58 -02 30' 09,21340'' -44 17' 39,47278'' 118 -02 30' 08,33913'' -44 18' 39,80640''
59 -02 30' 09,21306'' -44 17' 36,46647'' 119 -02 30' 09,64291'' -44 18' 42,88295''
60 -02 30' 09,09729'' -44 17' 35,31586'' 120 -02 30' 11,19561'' -44 18' 44,67827''
Nesta proposta, ficam incluídos no polígono da Área de Proteção
Ambiental da Lagoa da Jansen, além do remanescente florestal costeiro no
entorno do espelho d’água da referida laguna, a infraestrutura e os
equipamentos destinados ao uso público e lazer na área e as margens
vegetadas da foz do igarapé da Jansen, considerando seu papel fundamental
no fluxo de água entre a laguna e o mar.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente Laudo constitui etapa fundamental ao processo de
reavaliação do “Parque Ecológico da Lagoa da Jansen”, sendo indicando a sua
transformação em Área de Proteção Ambiental da Lagoa da Jansen.
Como etapa seguinte, tal estudo deve amparar a elaboração de ato
normativo específico para reclassificação como Unidade de Conservação,
sendo colocado em consulta pública para procedimentos legais finais.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 31/35
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCÂNTARA E. H.; SANTOS, M. C. F. V. Efeitos da Urbanização na Hidrologia da
Bacia da Laguna da Jansen, São Luis – MA (Brasil). Anais XI Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Belo Horizonte, Brasil, 05 - 10 abr.
2003, INPE, p. 1679 - 1686.
ANDERSSON, L. Heliconiaceae. In: KUBITZIKI, K. The Families and Genera
of Vascular Plants: Alismatanae and Commelinanae (except Gramineae).
Springer-Verlag, New York: 1998. v. 4. p. 226-230.
ARAÚJO, E. P.; TELES, M. G. L.; LAGO, W. J. S. Delimitação das bacias
hidrográficas da Ilha do Maranhão a partir de dados SRTM. Anais XIV
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, 25-30 abr.
2009, INPE, p. 4631-4638.
ARAÚJO, J. V. et al. Levantamento Exploratório de Solos da Folha de SA.23
São Luís e Parte da Folha SA.24 Fortaleza. In: BRASIL. Departamento
Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAM. Folha de SA.23 São Luís e
Parte da Folha SA.24 Fortaleza; geologia, geomorfologia, solos,
vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. v. 3. p. III/7 –
III/117.
AZAMBUJA, A. Análise da criticidade ambiental do Parque Estadual da
Lagoa da Jansen, São Luís-MA. 2005. Relatório de Estágio Bacharelado
(Bacharelado em Ciências Biológicas) – Curso de Ciências Biológicas –Universidade Federal do Maranhão.
_______________. O Efeito das Marés na Dinâmica Populacional de
Ardeídeos na Lagoa da Jansen, São Luís-MA. Resumos do XXVIII Congresso
Brasileiro de Zoologia. São Luís. 7 - 11 fev. 2010.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 32/35
32
________________. A Avifauna em Três Unidades de Conservação do Litoral
Maranhense. Resumos do XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia. São
Luís. 7 - 11 fev. 2010.
BARBOSA, G. V.; PINTO, M. N. Geomorfologia da Folha de SA.23 São Luís e
Parte da Folha SA.24 Fortaleza. In: BRASIL. Departamento Nacional de
Produção Mineral. Projeto RADAM. Folha de SA.23 São Luís e Parte da
Folha SA.24 Fortaleza; geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso
potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. v. 3. p. II/5 – II/32.
BARRETTO, D. Impacto Sonoro dos Transportes na Saúde da População.
Revista VeraCidade, Salvador, Ano 3, n. 3, mai., 2008.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Energias Renováveis.
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Turismo do Maranhão. Diagnóstico
dos Principais Problemas Ambientais do Estado do Maranhão. São Luís:
LITHOGRAF, 1991. 194p.
BRASIL. Lei No 9.985, de 18 de julho de 2000. institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, estabelece critérios e normas
para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 19 jul. 2000. p. 01.
CARLOS, F. L. Enchente do Rio Piúma: Questão Ambiental?. 2007. 46f.
Monografia (Curso de Pós-Graduação Lato Sensu) – Faculdades Integradas de
Jacarepaguá, Piúma.
COELHO, M. T. M. Avaliação da eficácia da lei de uso e ocupação do solo
em São Luís: O caso da Lagoa da Jansen. 2002. 154f. Dissertação (Mestrado
em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 33/35
33
COSTA, N. N. S.; CASTRO, A. C. L.; COSTA, N. F. A. Análise de uma Unidade
de Conservação de Proteção Integral: O Caso do Parque Ecológico da Lagoa
da Jansen, São Luís, MA. Boletim do Laboratório de Hidrobiologia, São
Luís, 2008. v. 21 p. 01-08.
DIAS, L. J. Caracterização Geral da Região. In: SÃO LUÍS. Departamento de
Preservação e Conservação Ambiental. Laudo Geoambiental e Biológico
para Criação da Área de Proteção Ambiental dos Morros Garapenses. São
Luís, 2008. p. 10-17.
ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro:
Interciência Ltda. 1998. 602 p.
FURTADO, L. M. Estudo dos Impactos Ambientais Causados na Área de
Entorno do Parque Ecológico da Laguna da Jansen/MA. 2007. Curso de
Especialização em Gestão Ambiental – Universidade Estadual do Maranhão.
FOLHA MARANHÃO.COM. Primeira etapa do projeto para descontaminar
a lagoa já foi concluída. São Luís, 23 nov 2011. Disponível em:
http://folhamaranhao.com/imprimir-noticia/noticias/sao-luis/primeira-etapa-do-
projeto-... 19/4/2012.
IBGE. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente do
IBGE. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.
JUDD, W. S. et al. Relações Filogenéticas das Angiospermas. In: _________.
Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. Tradução por André Olmos
Simões, et al. 3ed. Porto Alegre: 2009. Cap. 09, p. 225-542.
KUBITZIKI, K. Caricaceae. In: KUBITZIKI, K; BAYER, C. The Families and
Genera of Vascular Plants: Malvales, Capparales and non-betalain
Caryophyllales. Springer-Verlag, New York: 2003. v. 5. p. 57-61.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 34/35
34
LABOHIDRO. Diagnóstico Ambiental da Lagoa da Jansen: Relatório Final.
São Luís: Universidade Federal do Maranhão. 2002.
LLAMAS, K. A. Tropical Flowering Plants: A Guide to Identification and
Cultivation. Timber Press, Portland: 2003. p. 236.
MASULLO, Y. A. G. et al. Caracterização e Risco Ambiental na Área da Laguna
da Jansen, São Luís – Maranhão. XIII Simpósio de Geografia Física
Aplicada. Viçosa, Brasil, 06 - 10 jul. 2009.
MOREIRA, I. V. D. Vocabulário básico de meio ambiente. Rio de Janeiro,
FEEMA/PETROBRAS, 1990. 246p.
NUNES, A. B.; LIMA, R. F. F.; FILHO, C. N. B. Geologia da Folha de SA.23
São Luís e Parte da Folha SA.24 Fortaleza. In: BRASIL. Departamento
Nacional de Produção Mineral. Projeto RADAM. Folha de SA.23 São Luís e
Parte da Folha SA.24 Fortaleza; geologia, geomorfologia, solos,
vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1973. v. 3. p. I/7 – I/37.
PEREIRA, E. D. Avaliação da Vulnerabilidade Natural à Contaminação do
Solo e Aqüífero do Reservatório Batatã - São Luís (MA). 2006. 174f.
Dissertação (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências e Ciências
Exatas – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro.
SAYRE, R. et al. Natureza em Foco: Avaliação Ecológica Rápida. Virginia, TheNature Conservation, Arlington, 201 p.
SILVA, R. A. F. Políticas Públicas Desportivas: A concepção e construção do
Parque Ecológico Estadual da Lagoa da Jansen (1995-2001). 2008. 193f.
Dissertação (Mestrado em Ciências do Desporto) – Faculdade de Desporto –
Universidade do Porto, Porto.
7/18/2019 Laudo Técnico Lagoa Da Jansen
http://slidepdf.com/reader/full/laudo-tecnico-lagoa-da-jansen 35/35
SIQUEIRA, L. F. S. et al. Bioensaio e estudo da decomposição de Ruppia
marítima L. da Laguna da Jansen, São Luís – MA (Brasil). Revista ACTA
Tecnológica. São Luís, v. 6, n. 1, jan-jun. 2011. p.62-72.
SOUZA, C. G. Solos – Potencialidade Agrícola. In: IBGE. Departamento de
Recursos Naturais e Estudos Ambientais. Recursos Naturais e Meio
Ambiente: uma visão do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro, 1996. p. 75 – 109.
ZOMLEFER, W. B. Guide to Flowering Plant Families. University of North
Carolina Press, 1994. 430p.