latex: um curso de superf´ıcie cedet - interactive...

39
L A T E X: um curso de superf´ ıcie Eng. Lu´ ıs Guilherme Fernandes Pereira 1 CEDET - Interactive 2 Londrina, 18 e 19 de setembro de 2008 1 Copyright c 2008 Lu´ ıs Guilherme Fernandes Pereira. Alguns Direitos Reservados. Este trabalho est´ a licenciado sob uma Licen¸ ca Creative Com- mons Atribui¸ c˜ao 2.5 Brasil. Para ver uma c´opia desta licen¸ ca, visite http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California 94105, USA. 2 Agrade¸ co ao CEDET, empresa em que trabalho, por me dar dois dias de folga.

Upload: ngoxuyen

Post on 01-Apr-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

LATEX: um curso de superfıcie

Eng. Luıs Guilherme Fernandes Pereira1

CEDET - Interactive2

Londrina, 18 e 19 de setembro de 2008

1Copyright c©2008 Luıs Guilherme Fernandes Pereira. Alguns DireitosReservados. Este trabalho esta licenciado sob uma Licenca Creative Com-mons Atribuicao 2.5 Brasil. Para ver uma copia desta licenca, visitehttp://creativecommons.org/licenses/by/2.5/br/ ou envie uma carta para CreativeCommons, 171 Second Street, Suite 300, San Francisco, California 94105, USA.

2Agradeco ao CEDET, empresa em que trabalho, por me dar dois dias de folga.

ii

Sumario

Introducao ix

I Primeiro Dia 1

1 Prancha e boinha 3

1.1 O que e LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

1.2 O que NAO e LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.3 Tipos de documentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.4 A Macumba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

1.4.1 Dissecando a Galinha Preta . . . . . . . . . . . . . . . 5

2 Gustavo Borges 7

2.1 Princıpios basicos e caracteres especiais . . . . . . . . . . . . 7

2.1.1 Primeira Valsinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2.1.2 E agora, o que que eu faco? . . . . . . . . . . . . . . . 7

2.1.3 Caracteres especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

2.1.4 Comandos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2.2 Modo Matematico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

2.3 Formatacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.3.1 Como fazer? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.4 Organizacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2.5 Formatacao Reloaded . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

2.6 Estruturas simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

II Segundo Dia 15

3 Michael Phelps 17

3.1 Gerando PS e PDF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

iii

iv SUMARIO

3.2 Ambientes (environments) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.2.1 Tıtulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

3.3 Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.4 Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.5 Cross-references . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.6 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213.7 ABNTEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.8 Sumarios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

4 Golfinho do Seaworld 23

4.1 Apresentacoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234.2 Mudando fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244.3 Verbatim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

A Escafandro et cetera 27

A.1 Kile, Lyx, e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27A.2 Google e seu amigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27A.3 Ler faz bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Lista de Tabelas

3.1 Tabela ilustrativa da secao 3.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

v

vi LISTA DE TABELAS

Lista de Figuras

2.1 Como fica um artigo simples em LATEX . . . . . . . . . . . . . 8

3.1 Meu quadro favorito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

vii

viii LISTA DE FIGURAS

Introducao

Talvez alguns de voces tenham participado do curso ano passado. Outrosnao. Isso nao interessa muito. O curso vai alem daquele, mas comeca nomesmo ponto: do zero.

Consciente dos dois tipos de publico, tentei uma abordagem que agradeambos. Explico novamente os mesmos conceitos basicos, mas de uma formadiferente. Tentei mudar as piadas (mas parece que a macumba fez sucesso,entao continua, se voce ja conhece, a regra e “viu de novo, riu de novo”).Reescrevi a apostila do zero, usando um tipo de documento diferente (aanterior era “artigo”, esta e “livro”, voce sabera diferenciar em breve), mu-dando a apresentacao de alguns conceitos e adicionando muito conteudonovo (isso deu um pouco de dor de cabeca para a organizacao, ja que atrasei“um pouquinho”1 para entrega-la).

O curso se destina a qualquer um que queira produzir documentos pro-fissionais ou, pelo menos, de aparencia profissional, principalmente na areacientıfica. Para comecar, basta saber digitar no computador e saber o basicode informatica, o resto eu ensino.

Ao final do curso, espero que voce consiga escrever documentos simplese complexos em LATEX. Alguns exemplos que quero que voce esteja apto aconseguir:

• Apresentacao de slides sobre torres de transmissao;

• relatorio sobre o funcionamento de uma maquina de Atwood;

• artigo cientıfico pronto para ser publicado na revista do IEEE;

• livro de eletromagnetismo.2

1meu eufemismo parecido para fazer os demais arrancarem os cabelos pelo meu atraso2obviamente, o conhecimento tecnico envolvido nao sera ensinado nesse curso. Te vira,

bicho

ix

x INTRODUCAO

O curso se divide em quatro aulas de 1h15min cada. Li em algum lugarque esse e o tempo que um humano medio consegue manter sua atencao.Em cada aula pretendo abordar um dos capıtulos do curso, mas isso podevariar.

O curso e muito pratico: apresento o conceitos e voce mergulha decabeca, tentando fazer o que eu falei. Ninguem aprende a cozinhar vendoo programa da Palmirinha (voce pode pensar em outros exemplos). Entaotente, nao machuca.

Por falar em mergulhar, o “tema” do curso e a natacao. Comecamos dozero, sem saber nada. Se cairmos na piscina morremos como aquele japonesda USP, a nao ser que tenhamos uma prancha, boinha nos bracos, ou ocorpo morto do nosso ex-melhor amigo. Vamos melhorando, ate chegarmosno nıvel do Michael Phelps. No fim, vamos fazer gracinhas, como um golfinhodo SeaWorld.

Vou disponibilizar o codigo-fonte desta apostila (obviamente escrita emLATEX) no meu saite pessoal: http://www.luisguilherme.net, para quevoces possam aprender pelos exemplos dela. Voces podem fazer o que quisercom esta apostila: copiar, vender, alterar, fazer o que quiser com a versaoalterada, desde que meu nome seja mantido. Va nas regras de licenca queestao citadas na capa para saber mais detalhes.

Parte I

Primeiro Dia

1

Capıtulo 1

Prancha e Boinha, ou,“Japones da USP”

1.1 O que e LATEX

LATEX e uma linguagem de editoracao que permite a voce a producao dediversos tipos de documentos de aparencia profissional. Nao apenas isso,LATEX e o padrao em diversos congressos cientıficos, e para trabalhos oficiais(teses e dissertacoes) em muitas faculdades. Os documentos produzidos po-dem, muitas vezes, ser diretamente enviados para graficas e, claro, podemosgerar PDFs automaticamente.

Em LATEX, escrevemos um arquivo simples, de texto puro, (de extensao.tex) com algumas marcacoes, executamos o programa latex nesse arquivo,e e gerado um arquivo DVI, de extensao .dvi. A partir desse arquivo,podemos gerar um arquivo Postscript para ser enviado a uma grafica ouimpressora, ou um arquivo PDF. Tambem podemos gerar PDF a partir doarquivo .tex original com o comando pdflatex.

A grande vantagem do LATEX sobre as demais abordagens para produ-zir documentos (a maioria WYSIWIG1) e que voce nao se preocupa comdiagramacao, ındices, numeracoes, etc. O LATEX cuida disso pra voce. Elegera ındices, sumarios, cross-references e notas de rodape com a numeracaocerta, ele cuida da bibliografia, e cuida da apresentacao grafica. Voce naoprecisa ser um artista grafico, um diagramador, seu documento ficara bo-nito. A qualidade de um documento produzido em LATEX da de um milhaoa zero e um documento produzido por um processador de textos por alguemque nao seja realmente bom em diagramacao.

1what you see is what you get

3

4 CAPITULO 1. PRANCHA E BOINHA

Com o LATEX, podemos criar artigos, relatorios, livros, cartas, apre-sentacoes, partituras de musica (!!!) e muitos outros, em diversos estilos,com agilidade e praticidade.

1.2 O que NAO e LATEX

Ha pessoas que gostam tanto do LATEX quando o conhecem (por exemplo,este que vos escreve e vos fala), que querem fazer tudo em LATEX: listade compras, discurso de formatura, bilhete pra namorada, jornalzinho doCentro Academico, folheto de campanha eleitoral, etc.2.

Nao caia nessa. Nao perca seu tempo. LATEX e excelente, customizavel,tem diversos pacotes e varias opcoes de melhorias. Adequa-se a diversostipos de documento, mas nao e a solucao para os problemas do universo.Nao e Sassa Mutema nem Barrack Obama (nem Sarah Palin). Use comparcimonia.

1.3 Tipos de documentos

Como dito anteriormente, ha varios tipos de documento que o LATEX podeproduzir. Neste curso, trataremos do artigo, relatorio, livro, carta e apre-sentacao de slides.

Um artigo e um texto, geralmente curto, sem capıtulos, que trata de umtema especıfico (artigo cientıfico, de jornal, etc., todos nos sabemos o quesao).Um relatorio e um texto, geralmente mais longo, dividido em capıtulos,que pode tratar de diversos temas. Um livro e um livro, oras! A diferencado livro pro relatorio e que o livro pode ter coisas que o relatorio nao tem:dedicatoria, paginas de prefacio, etc. Esta apostila usa o estilo “livro”.

1.4 A Macumba (nao podia faltar)

No inıcio de todo arquivo LATEX, ha uma sequencia de comandos que euchamo de “macumba”, porque – como a maneira de botar a galinha pretacom as velas numa encruzilhada – e feita sempre do mesmo jeito. No comecovoce vai decorar isso, mais para frente voce vai encarar com naturalidade.

A sequencia de comandos e essa:

2ou entao escrevem relatorios de laboratorio de fısica desenhando os itens do experi-mento com comandos de desenho vetorial do LATEX, o que demora algumas horas para seconcluir

1.4. A MACUMBA 5

\documentclass{article}

\usepackage[inputenc]{utf8}

\usepackage[brazil]{babel}

\title{Bla bla bla}

\author{Fulano Silva}

\date{\today}

\begin{document}

\maketitle

...

\end{document}

1.4.1 Dissecando a Galinha Preta

Vamos ver agora o que significa tudo isso.

• \documentclass{}: Tipo (estilo) de documento. O documento podeser um artigo (article), um proceedings (proc) (conjunto de artigos),um relatorio (report), um livro (book), uma carta,(letter), uma apre-sentacao (slides, beamer ou prosper), entre outros (partitura musical,documento livre, etc.).

Voce pode passar [entre colchetes] opcoes de tamanho de papel (a4paper,letterpaper), de colunas (onecolumn e twocolumns) entre outras (aber-tura, pagina de tıtulo)

• \usepackage{}: Pacotes. Ha inumeros pacotes para o LATEX. Porexemplo, o LATEX nao tem suporte nativo a caracteres como letrasacentuadas. Voce teria que digitar uns comandos complicados e issofaria voce demorar muito tempo para digitar um texto em portuguesem LATEX (em Sueco, mais ainda3) . Entao ha um pacote (inputenc)para que voce acentue as letras normalmente e o LATEX aceite. Hapacotes para inserir figuras (graphicx e graphics), links no PDFgerado (url), separar sılabas de acordo com a lıngua (babel), entremuitos outros.

• \author{}: O autor do documento. Se sao varios autores, separe-oscom \and. Por exemplo: \author{Fulano \and Ciclano}

3Aquele o cortado, vinte tremas em cada palavra, etc.

6 CAPITULO 1. PRANCHA E BOINHA

• \date: A data do documento. Pode ser qualquer coisa. \today colocaa data de hoje.

• begin{document} (e \end{document}) Delimita o comeco e o fim dodocumento. Tudo que estiver escrito fora desses limites nao aparecerano documento final.

• \maketitle Gera, dentro do documento, os dados de tıtulo, autor edata. Se voce nao usar esse comando, os dados nao aparecerao.

Capıtulo 2

Gustavo Borges

2.1 Princıpios basicos e caracteres especiais

Para delimitar paragrafos em LATEX simplesmente deixe uma linha em branco(dois enters). Agora podemos partir para o primeiro exercıcio.

2.1.1 Primeira Valsinha

Crie um artigo cientıfico chamado “minhas ferias” em LATEX.

1. Digite a macumba;

2. Preencha entre o begin e o end com as suas ferias.

2.1.2 E agora, o que que eu faco?

Quando terminar de digitar seu arquivo (se estiver em algum sistema *nix– Unix, Linux, Mac, etc.), digite latex arquivo.tex, conforme abaixo. 1

lpereira@budweiser:~/cursolatex$ latex aquiles.tex

This is pdfTeXk, Version 3.141592-1.40.3 (Web2C 7.5.6)

...

um monte de texto

...

Output written on aquiles.dvi (1 page, 1192 bytes).

Transcript written on aquiles.log.

1Para mais informacoes sobre Zenon, veja [Goiaba 2008]

7

8 CAPITULO 2. GUSTAVO BORGES

Figura 2.1: Como fica um artigo simples em LATEX

Podem aparecer diversos erros, o LATEX vai informar a linha, e voceverifica o que esta errado. Em geral e um comando digitado errado ou umachave que voce esqueceu de fechar. O resultado sera conforme a figura 2.1.2

2.1.3 Caracteres especiais

Os caracteres especiais sao: # $ % & ˆ ˜ { } e \. Voce nao pode usa-los diretamente porque eles tem funcoes especıficas em LATEX. Em geral,basta precede-los com uma barra invertida (essa e a funcao dela: entrarcomandos, falaremos deles mais tarde), por exemplo \$. As excecoes sao ˜e ˆ, que devem ser sucedidos por {}.

Esses caracteres especiais sao usados em outras atividades no LATEX, porisso nao podem ser escritos normalmente. Ja vimos em uso os seguintes: \,{, e }.

O ˆ serve para sobrescrever um texto, por exemplo, uma potencia (44).O serve para subscrever um texto, por exemplo, um ındice (vi). O % servepara escrever comentarios (texto que nao sera impresso no documento, porexemplo, esquemas de recordacao, explicacao de comandos difıceis que voceusou, etc.).

Para forcar o LATEXa quebrar a linha em um determinado ponto, use\\. Para cercar de aspas um texto, use ‘‘ antes e ’’ depois. Para forcar aquebra de pagina, use o comando \pagebreak.

2.1. PRINCIPIOS BASICOS E CARACTERES ESPECIAIS 9

2.1.4 Comandos

Voce ja deve ter percebido o que sao comandos. Sao todas as “palavras” quevoce escreve em LATEX que comecam com a barra invertida: \. Os comandosservem para diversas coisas: inserir textos prontos, mudar formatacao (fonte,alinhamento, etc.), entrar em modo matematico, definir capıtulos, secoes,partes, inserir notas de rodape, etc. Aos poucos voce percebera qual e a doscomandos e os usara naturalmente.

Agora voce ja sabe tudo que voce precisa saber (ou quase tudo) para es-crever um tratado de antropologia em LATEX (dependendo da area de estudo,ate o conteudo do documento)2.

Exercıcio

Escreva um artigo cientıfico em LATEX

\documentclass{article}

\usepackage[brazil]{babel}

\usepackage[latin1]{inputenc}

\title{Aquiles e a tartaruga}

\author{Zenon (o filosofo, n~ao o jogador do Guarani\cite{goiaba})}

\date{\today}

\begin{document}

%Ignorem o abstract por enquanto

\begin{abstract}

Provarei que uma tartaruga, largando na frente, ganha uma corrida

contra Aquiles.

\end{abstract}

Aquiles, o heroi grego, e a tartaruga decidem apostar uma corrida de

100m. Como a velocidade de Aquiles e 10 vezes a da tartaruga, esta

recebe a vantagem de comecar a corrida 80m na frente da linha de

largada.

No intervalo de tempo em que Aquiles percorre os 80m que o separam da

tartaruga, esta percorre 8m e continua na frente de Aquiles. No

intervalo de tempo em que ele percorre mais 8m, a tartaruga ja anda

mais 0,8m. Dessa forma, n~ao importa quanto tempo se passe, Aquiles

2Se for curioso, veja [Sokal 1996, Carvalho 1996]

10 CAPITULO 2. GUSTAVO BORGES

nunca alcancara a tartaruga.

Quod erat demonstrandum.

\end{document}

2.2 Modo Matematico

O modo matematico e a primeira coisa que chama a atencao das pessoasno LATEX. Com ele voce escreve formulas matematicas com uma belezaımpar e relativa simplicidade. Para ter uma primeira experiencia no modomatematico, use um barra-colchetes para delimitar uma conta em uma linhavazia, assim: \[ 3 + 7 = A \]

3 + 7 = A

Simples, bobinho, “faco isso no word tambem”. Ah e? Faz esta agora:

∫ 2π

0xm(1 − x)ndx =

n∑

i=0

C(n, i) ×xm+i+1

m + i + 1(−1)i

Eu digitei o seguinte para conseguir:

\[ \int_0^{2\pi}x^m (1-x)^n dx = \sum_{i=0}^n C(n,i) \times

\frac{x^{m+i+1}}{m+i+1} (-1)^i \]

Palma, palma, nao priemos canico, ja vou explicar tudo isso. Em pri-meiro lugar, o “barra-colchete” inicia o modo matematico centralizado, emuma nova linha, e com fonte grande. O “barra parentese” – \( 3 + 7 = A \)

– 3 + 7 = A inicia-o na mesma linha e com fonte pequena. O “barra-parentese” pode ser trocado pelo cifrao, mas isso nao e recomendado. $3 + 7 = A$

da o mesmo resultado que o anterior. Ha tambem Agora vamos estudar oscomandos mais comuns que serao usados dentro do modo matematico.

• ^{x} e _{y} Sobrescreve ou subscreve o que estiver dentro das chaves.Caso seja apenas um caractere, as chaves podem ser omitidas. Podeser usado um dentro do outro, por exemplo: 22n

: 2^{2^n}

• \int Integral. Para dizer os limites de integracao, utilize o ^ e o _

conforme ja explicado.

• \sum Somatorio. Uso identico a integral.

2.3. FORMATACAO 11

• \times Produto vetorial ou “vezes grande”.

• \frac{A}{B} Fracao A

B. Assim como o sobrescrito e o subscrito, pode

ser usado recursivamente.\frac{2}{\left(\frac{1+x}{\left(\frac{y^2}{n}\right)}\right)}

vira:

2

1+x(

y2

n

)

• \left e \right: Sucedidos por ( e ), [ e ] ou { e }, servem paraadaptar o tamanho dos parenteses e colchetes para estruturas grandes(matrizes, fracoes como do exemplo anterior, etc.

• \leq e \req Menor ou igual (≤) e maior ou igual (≥)

• \ldots e \cdots Reticencias na base (. . .) ou no centro (· · ·) da linha.

• + − ∗/ <> ()[] podem ser digitados normalmente.

Exercıcio

Pegue o seu livro de calculo, de circuitos eletricos, ou mesmo o Kreyszig,que tem tudo isso e mais um pouco, escolha umas contas que voce nunca eresolveu (e provavelmente nunca vai resolver), e tente digita-las em LATEX.

2.3 Formatacao

2.3.1 Como fazer?

Vou ensinar como formatar seu texto em LATEX.· · ·Pronto. Sigamos.

2.4 Organizacao

Um artigo (article, primeira linha da macumba (secao 1.4 a pagina 43)) eorganizado em secoes (\section), subsecoes (\subsection) e subsubsecoes

3Sim, o LATEX descobriu qual era a pagina, eu nao precisei pensar nisso.

12 CAPITULO 2. GUSTAVO BORGES

(\subsubsection). Como voce deve ter percebido por esta apostila, o LATEXnumera as secoes sequencialmente e automaticamente para voce.

Um relatorio (report) alem das secoes e subsecoes, e dividido em capıtulos(\chapter). Os capıtulos sao escritos em letras maiores que uma secao, eforcam uma pagina nova. O relatorio tambem pode ter apendices. Apendicessao identicos a capıtulos, mas tem uma numeracao em letras, e nao emnumeros, e ficam no fim do relatorio. Os apendices tambem sao marcadoscom \chapter. Para comecar a contar os capıtulos como apendices, bastausar o comando \appendix

Um livro (book) e muito semelhante a um relatorio, mas tem algumasestruturas novas. Ele pode ser dividido Ha por exemplo o front matter (parteda frente) (\frontmatter), que e o ponto em que se escrevem o prefacio, osumario e outros itens. Na “parte da frente”, as paginas sao contadas emalgarismos romanos. Um livro tambem pode ser dividido em partes (\part).As partes nao alteram a contagem do numero dos capıtulos. Nos livros, oscapıtulos serao abertos sempre nas paginas da direita, o que pode fazer comque haja paginas em branco.

Esta apostila esta organizada como um livro, e eu fiz questao de usartodas as estruturas possıveis do LATEX para que voce possa usar o proprioarquivo da apostila como aprendizado.

Para o artigo, voce pode escrever um resumo no comeco, bastando co-loca-lo entre \begin{abstract} e \end{abstract}

2.5 Formatacao Reloaded

Existem alguns momentos em que voce quer forcar uma formatacao es-pecıfica, por exemplo, enfatizar uma palavra com italico ou negrito. Seguemas opcoes

• Enfase (Italico): use \emph{texto}

• Negrito: use \textbf{texto}

• Letra de maquina de escrever: use \texttt{texto}

• Sublinhado: use \underline{texto}

• Sobrelinhado:4 use \underline{texto}

• Para criar uma nota de rodape5, use \footnote{nota}

4Ate hoje nao sei se isso existe5como esta

2.6. ESTRUTURAS SIMPLES 13

2.6 Estruturas simples

Ha tres estruturas simples que usamos com frequencia. As listas de ıtens,numeradas e de descricoes.

• As listas de itens tem bullets

• Marcamo-a com \begin{itemize} e \end{itemize}

• Cada item e iniciado com \item

1. As listas numeradas sao, como o nome diz, numeradas

2. Marcamo-a com \begin{enumerate} e \end{enumerate}

3. Vao crescendo os numeros; e

4. Cada item e iniciado com \item.

Mas lembre-se

itemize Itens sem numeros, bullets

enumerate Itens numerados de 1 a n.

description Itens com uma descricao textual, bom para definicoes. Fun-ciona igual ao itemize e o enumerate, mas com \begin{enumerate}

e \end{enumerate}. O ıtem a ser descrito fica entre colchetes depoisdo \item, assim: \item[nome do item]. Por exemplo:

Democrats: the party that says government will make you smarter, taller,richer, and remove the crabgrass on your lawn;

Republicans: the party that says government doesn’t work and then getelected and prove it.

Exercıcio

Faca secoes, subsecoes, partes, o que quiser no seu arquivo LATEX. Crielistas de itens, enumeradas e de descricoes e discuta politicamente comigo(a ultima parte e brincadeira)

14 CAPITULO 2. GUSTAVO BORGES

Parte II

Segundo Dia

15

Capıtulo 3

Michael Phelps

3.1 Gerando PS e PDF

Existem tres maneiras de gerar PDF, mas antes vamos gerar o arquivo PS.

Para gerar o arquivo PS, basta usar o comando dvips, conforme abaixo

hanson@serramalte:~/curso-latex$ dvips artigo.dvi -o artigo.ps

... muito texto

hanson@serramalte:~/curso-latex$ gv artigo.ps || evince artigo.ps ||

kghostview artigo.ps || gsview artigo.ps || gs artigo.ps

... mostra arquivo na tela

Para gerar um PDF, existem tres maneiras, como ja disse:

Direto: pdflatex arquivo.tex

Semi-direto: latex arquivo.tex && dvipdf arquivo.dvi

Longo e tortuoso: hanson@serramalte:~/curso-latex$ latex artigo.tex

hanson@serramalte:~/curso-latex$ dvips artigo.dvi -o artigo.ps

hanson@serramalte:~/curso-latex$ ps2pdf artigo.ps artigo.pdf

Por que tres jeitos? Porque a geracao de PDF nao da sempre resultadosperfeitos, entao teste para ver a que funciona melhor com o seu arquivo, noseu computador.

Exercıcio

Gere arquivos PDF de diversas formas.

17

18 CAPITULO 3. MICHAEL PHELPS

3.2 Ambientes (environments)

Ambiente (ou float) e um conceito geralmente difıcil de entender. Um am-biente e como uma “caixa” que pode ser posicionada de diversas maneirasno seu documento, de acordo com algumas diretivas. Voce pode tentar po-siciona-la exatamente na posicao do texto em que voce a definiu, no topo deuma pagina, no fundo de uma pagina, ou em uma pagina separada so paraisso.

Ambientes sao os pontos em que colocamos tabelas e figuras. Por que?Porque nao queremos ver figuras e tabelas “cortados”. Queremos que cai-bam inteiros na pagina. Ao colocarmos dentro de um ambiente, o LATEXautomaticamente os posiciona de acordo com as diretivas. Nem sempre saido jeito que a gente quer, e uma das coisas que “da mais raiva” em LATEX,mas e garantido que “vai caber tudo na pagina”. Os ambientes mais usadossao figure (para figuras), table (para tabelas). Ha tambem o equation

para equacoes. O jeito de usar e bem simples:

\begin{table}[htb]

\begin{tabular}{|c|c|}

..

\end{tabular}

\end{table}

Aquele colchete do lado do begin serve a definir onde ficara o ambiente.h significa “here” (aqui), e tenta colocar o ambiente naquele exato ponto dodocumento. t e b significam “top” e “bottom” (topo e base), ja p significapagina separada. A ordem em que aparecem no colchete define a ordem desua preferencia.

3.2.1 Tıtulos

Os ambientes podem ter tıtulos, em ingles captions. Basta colocar, dentrodele, \caption{Sou uma tabela legal}

Um exemplo de ambiente e a equacao 3.1

3.3 Tabelas

Criar tabelas em LATEX e um porre. Sem a bebedeira antes, o que e pior.Alguns softwares, como o Gnumeric, salvam tabelas no formato tex, masisso nao e tao facil de encontrar. Vou explicar em linhas gerais como se fazuma tabela.

3.3. TABELAS 19

Primeiro, voce a inicia: \begin{tabular}{org}, org e a maneira quea tabela e organizada. Cada letra representa uma coluna, l e uma colunaalinhada a esquerda, c ao centro, e r a direita (existe tambem o p que eu naovou explicar, nem eu entendo direito como ele funciona). Voce pode colocar| para colocar uma linha entre as colunas. Entao digamos que voce queirauma tabela com todas as colunas alinhadas a direita, menos a primeira,que e centralizada, com uma linha dupla na borda da tabela, e uma linhasimples entre a primeira coluna e as demais, voce define a tabela assim:\begin{tabular}{||c|rrr||}1

Depois voce escreve cada linha da tabela normalmente. Para separar ascolunas, voce coloca o &. Para separar linhas, use o \\. Para colocar umalinha vertical, use \hline. Coloquei uma tabela simples para voce ver comofica: a tabela 3.1. Segue como ela foi escrita:

\begin{table}[htb]

\centering

\begin{tabular}{||c|rrr||}

\hline \hline

Nome & \textbf{P1} & \textbf{P2} & \textbf{Media} \\ \hline

Ana & $8,0$ & $10$ & $9,0$ \\

Jo~ao & $7,0$ & $3,0$ & $5,0$ \\

Jose & $5,0$ & $9,0$ & $7,0$ \\

Maria & $6,0$ & $6,0$ & $6,0$ \\ \hline \hline

\end{tabular}

\caption{Tabela ilustrativa da sec~ao \ref{sec:tabelas}}

\label{tab:tabela}

\end{table}

Nome P1 P2 Media

Ana 8, 0 10 9, 0Joao 7, 0 3, 0 5, 0Jose 5, 0 9, 0 7, 0

Maria 6, 0 6, 0 6, 0

Tabela 3.1: Tabela ilustrativa da secao 3.3

1Como voce podera perceber, linhas duplas nao funcionam muito bem

20 CAPITULO 3. MICHAEL PHELPS

3.4 Figuras

Figura 3.1: Meu quadro favorito

Uma funcionalidade importantıssima no LATEX e a insercao de figuras.Um exemplo e a figura 3.4. Ha dois pacotes que fazem isso: o graphics eo graphicx. Eu so uso este ultimo, que permite escalar (ampliar ou reduzirfiguras).

Se voce for gerar PDF com pdflatex as figuras devem estar no formatoJPG. Se for gerar um DVI com latex para depois gerar um PS ou PDF, afigura deve estar em formato EPS (encapsulated postscript).

Inserir figuras e facil, basta usar \includegraphics[scale=xyz]{imagem}(sem extensao mesmo, a imagem, mas pode ser com tambem). E possıvelfazer varias outras coisas, como rotacionar a imagem.2

Exercıcio

Enriqueca um documento com figuras e tabelas.

3.5 Cross-references

Neste ponto do curso, voce ja percebeu varias referencias. Deve ter repa-rado tambem no comando \label nas imagens. O \label{blabla} cria

2Uma vez eu fiz um programinha para gerar capas de CD em LATEX que girava asimagens das capas de CD

3.6. BIBLIOGRAFIA 21

um nome interno para seu capıtulo, secao, ambiente, etc. (no exemplo,blabla). Depois, voce pode referencia-lo usando \ref{blabla}. Isso escreveo numero atribuıdo ao tıtulo. Tambem posso usar \pageref{blabla} paraescrever a pagina. Por exemplo, posso falar que a figura 3.4 esta na pagina20 da seguinte forma:

a figura \ref{fig:perolas} esta na pagina

\pageref{fig:perolas}

Veja tambem a equacao 3.1

3 + 7 = 12 (3.1)

3.6 Bibliografia

BibTEX e um tema muito complicado e eu nao vou me aprofundar nele.Ha varias ferramentas para auxilia-lo nisso (uma muito boa e o jabref).Mas basicamente, com BibTEX voce consegue gerar, de maneira simples eorganizada, referencias bibliograficas. Funciona da seguinte maneira, vocecria um arquivo de bibliografia com extensao .bib com o mesmo nome doseu arquivo LATEX (pode nao ser, mas fica mais difıcil) e descreve la suasreferencias de acordo com um padrao. Apenas um exemplo que eu usei:

@Book{lamport,

author = {Leslie Lamport},

title = {LaTeX: A Document Preparation System},

publisher = {Addison-Wesley Professional},

year = {1994},

edition = {2nd},

month = {June}

}

Depois disso, voce insere no fim (no ponto em que voce quer que abibliografia apareca) do seu arquivo LATEX dois comandos:

\bibliographystyle{estilo}

\bibliography{nome}

nome e o nome do seu arquivo de bibliografia sem extensao. estilo

e o estilo de bibliografia. Os mais comuns sao alpha e plain. Eu uso

22 CAPITULO 3. MICHAEL PHELPS

abnt-alf que tenta seguir os padroes da ABNT. Para aprender mais sobreestilos de bibliografia consulte [BibTeX: bibliography styles]. Depois dissovoce roda bibtex arquivo (sem extensao), e depois roda de novo latex noseu arquivo (as vezes duas vezes).

Cada item na bibliografia tem um apelido, que pode ser usado paracita-lo. Para citar uma referencia use \cite{apelido}. So apareceraoas referencias citadas na bibliografia. Para que uma referencia nao citadaapareca na bibliografia, use \nocite{apelido}. E comum usar \nocite{*}para que todas as referencias inseridas no arquivo BibTEX aparecam na listabibliografica no fim.

Exercıcio

Cite o livro do Lamport e faca algumas cross-references no seu arquivo.

3.7 ABNTEX

ABNTEX e um pacote (plug-in) para LATEX que pode ser encontrado emhttp://abntex.codigolivre.org.br/ que permite gerar documentos se-guindo as regras da ABNT. Eu nao uso muito, so uso os pacotes de biblio-grafia.

3.8 Sumarios

Para fazer um sumario, coloque no lugar onde voce quer que ele apareca o se-guinte comando: \tableofcontents. Se quiser listar as figuras e as tabelasdo seu documento, use igualmente \listoffigures e \listoftables

Capıtulo 4

Golfinho do Seaworld

Neste capıtulo vamos aprender a fazer apresentacoes e “firulas”. E o ultimocapıtulo desta apostila.

4.1 Apresentacoes

O LATEX tem um estilo para fazer apresentacoes. No comeco pode parecerum porre, mas depois que voce pega o jeito, voce nunca mais vai querer vero PowerPoint na vida. O estilo se chama beamer e pode ser baixado emhttp://latex-beamer.sourceforge.net/1

E um tipo de documento diferente, entao precisa de um \documentclass

diferente, no caso, beamer.

Cada slide que voce queira criar, sera delimitado com \begin{frame} e\end{frame}. O tıtulo do slide e definido com o comando \frametitle{tıtulo}e o resto e identico ao uso normal do LATEX. Rather simple, pal! Pode colo-car figuras, tabelas e listas de itens.

Uma coisa interessante e o comando \pause. Ele corta o slide naqueleponto, o que permite que voce faca aquelas “listas crescentes”, adicionandoum item por slide como no Powerpoint. Em listas de itens, uma macro parafazer isso e \item<num->

Um exemplo tirado da pagina do beamer ([The LaTeX Beamer Class Homepage])para deixar as coisas mais claras:

\documentclass{beamer}

\usepackage{beamerthemesplit}

1Ha outros pacotes de apresentacoes, o beamer e o mais usado

23

24 CAPITULO 4. GOLFINHO DO SEAWORLD

\title{Example Presentation Created with the Beamer Package}

\author{Till Tantau}

\date{\today}

\begin{document}

\frame{\titlepage}

\section[Outline]{}

\frame{\tableofcontents}

\section{Introduction}

\subsection{Overview of the Beamer Class}

\frame

{

\frametitle{Features of the Beamer Class}

\begin{itemize}

\item<1-> Normal LaTeX class.

\item<2-> Easy overlays.

\item<3-> No external programs needed.

\end{itemize}

}

\end{document}

Ha varios estilos para as apresentacoes, que estao disponıveis na formade pacotes. E facil encontra-los pela Internet.

4.2 Mudando fontes

Voce pode mudar o tamanho da fonte. Pode ser:

1. \Huge gigantesca2. \huge enorme,

3. \LARGE muito, muito grande,

4. \Large muito grande,

4.3. VERBATIM 25

5. \large grande,

6. \normalsize normal,

7. \small pequena,

8. \footnotesize minuscula,

9. \scriptsize microscopica, ou

10. \tiny clausula de contrato.

O tamanho da fonte sera mudado ate o fim do paragrafo. Caso queiramudar apenas um certo trecho, marque-o entre chaves, mas coloque as chavesantes do comando de tamanho de fonte. Exemplo:Ele era {\Huge Enoooorme}

Ja descrevemos na secao 2.5 (pagina 12) varios estilos de fonte. Adicio-namos um novo: \textsf para fonte sem serifa.

4.3 Verbatim

Uma das coisas mais importantes na hora de escrever esta apostila foi poderescrever comandos LATEX sem que eles fossem executados, e sem ter queficar digitando $\backslash$ ou \{ \} toda hora. Ha uma funcionalidadechamada “verbatim”, que permite que o LATEX escreva exatamente o queescrevemos dentro da regiao. Outra coisa e quando queremos apresentartexto pre-formatado, ja que o LATEX ignora espacos e enters. Para iniciaruma regiao verbatim usamos \begin{verbatim} e para encerra-la usamos\end{verbatim}. Contudo, as vezes queremos colocar coisas em “verbatim”na mesma linha.

Para isso usamos o comando \verb. Logo depois dele, usamos um carac-tere especial qualquer (+, |, etc.), e escrevemos o que queremos em verbatim.Em seguida, usamos o mesmo caractere para encerrar o verbatim. Exemplosabaixo:

Para definir o tipo de documento use \verb+\documentclass{tipo}+.

Para fazer uma conta de +, faca \verb|\( 2 + 2 = 4 \)|

26 CAPITULO 4. GOLFINHO DO SEAWORLD

Apendice A

Escafandro et cetera

Existem “equipamentos” que permitem que voce mergulhe profundamenteno mundo do LATEX.

A.1 Kile, Lyx, e outros

Para o programa GNU Emacs ha o estilo padrao de LATEX e o YaTEX, quee excelente. Outra programa util e o Kile, para Linux, que ajuda muito aproduzir arquivos LATEX, com varias teclas de atalho. Ja falei do jabref,para produzir arquivos de bibliografia.

Ha dois programas que eu nao recomendo, mas muita gente usa: Scienti-fic Workplace e LyX. Eles geram arquivos LaTeX no modo WYSIWYG, ouseja, voce usa mouse, botoes, etc. O arquivo geralmente fica uma porcaria,e se voce vai perder tempo clicando em botoes, eu recomendo que voce usedireto um Word da vida. Depois baixa um programinha pra gerar PDF e/ouPS e pronto.

A.2 Google e seu amigo

Se voce nao sabe como fazer algo em LATEX procure na Internet. Tem muita,mas muita coisa mesmo na rede. Faca strings de buscas do tipo “bold faceLaTeX”, ou, caso queira ajuda em um comando, use a barra invertida nafrente de um comando. O Google perguntara“Do you mean: latex \comando?”

27

28 APENDICE A. ESCAFANDRO ET CETERA

A.3 Ler faz bem

Ha documentacao farta sobre LATEX na rede e em livros. Leia! Os documen-tos que eu mais recomendo sao [Lamport 1994, Goossens, Mittelbach e Samarin 1993,Oetiker et al. 2008]. Leslie Lamport, autor de [Lamport 1994] e o inventordo LATEX.

Referencias Bibliograficas

[BibTeX: bibliography styles]BIBTEX: bibliography styles. http://amath.colorado.edu/documentation/LaTeX/basics/steps/bibstyles.html.

[Carvalho 1996]CARVALHO, O. de. Sokal, Parodista de Si Mesmo. Outubro1996. Folha de Sao Paulo. Disponıvel em dennymarquesani.sites.uol.

com.br/semana/sokalpar.htm.

[Goiaba 2008]GOIABA, R. puragoiaba: Filosofos que batiam um Bolao(3). Agosto 2008. http://puragoiaba.apostos.com/archives/2008/08/filosofos_que_b_1.html.

[Goossens, Mittelbach e Samarin 1993]GOOSSENS, M.; MITTELBACH,F.; SAMARIN, A. The Latex Companion. 1a. ed. Boston, MA, EUA:Addison-Wesley Professional, 1993.

[HYPERTEXT Help with LaTeX.]HYPERTEXT Help with LaTeX. http://www.giss.nasa.gov/tools/latex/ltx-2.html.

[Lamport 1994]LAMPORT, L. LaTeX: A Document Preparation System.2nd. ed. [S.l.]: Addison-Wesley Professional, 1994.

[Oetiker et al. 2008]OETIKER, T. et al. The Not So Short Introduction toLATEX2e. [S.l.]: CTAN, 2008. Version 4.24.

[QUICK Tutorial on the Beamer Package for Slide Making in LaTeX]QUICK Tutorial on the Beamer Package for Slide Making in LaTeX.http://heather.cs.ucdavis.edu/matloff/beamer.html.

[Sokal 1996]SOKAL, A. Transgressing the boundaries: Toward a trans-formative hermeneutics of quantum gravity. Social Text, p. 217–252,spring/summer 1996.

[The LaTeX Beamer Class Homepage]THE LaTeX Beamer Class Home-page. http://latex-beamer.sourceforge.net/.

29