lanÇamento da celebraÇÃo, durante um ano, do 60º ... · disposições constitucionais, os quais...

12
CAMPANHA A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) faz 60 anos a 10 de Dezembro de 2008. Hoje, Dia dos Direitos Humanos, as Nações Unidas lançam uma campanha de sen- sibilização com a duração de um ano, à escala do sistema da ONU, para assinalar a importância histórica deste momento. A campanha, uma iniciativa do Secretário-Geral das Nações Unidas, será dirigida pela Alta-Comissária para os Direitos Humanos e apoiada pelos organismos, departamentos e fun- dos das Nações Unidas e outros parceiros internacionais e locais e visa celebrar a Declaração e a promessa que tornou este documento tão duradouro: “Dignidade e Justiça para Todos Nós”. A comemoração, que se prolongará por todo o ano, culmi- nando no Dia dos Direitos Humanos 2008, tem como objec- tivo sensibilizar a opinião pública para a Declaração e a sua importância para os habitantes de todo o mundo. A campan- ha visa promover a ampla participação das pessoas e institu- ições - desde organizações mundiais a grupos de sensibiliza- ção que actuam ao nível das comunidades - com vista a tornar a Declaração uma realidade para todos. A Declaração marcou o início de progressos importantes, mas não há moti- vo para nos mostrarmos satisfeitos com o que se conseguiu e darmos a nossa missão por concluída, como o cortejo quase diário de violações dos direitos humanos no mundo inteiro demonstra. LOGÓTIPO O símbolo da campanha do 60º aniversário é o logótipo DUDH60, que representa uma forma humana de pé, com os braços abertos. O símbolo amarelo e vermelho representa a libertação e a igualdade. O amarelo é um sinal de paz e calor. O símbolo assenta sobre um bloco sólido que evoca a fun- dação dos direitos humanos. A escolha do vermelho terracota para o bloco reforça a ideia de que os direitos humanos são a base e o património comum da humanidade. O logótipo DUDH60 - a duas cores ou numa só cor - existe em árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol. Destina-se a ser utilizado durante todo o período do aniversário, de 10 de Dezembro de 2007 a 31 de Dezembro de 2008. Não pode ser utilizado antes de 10 de Dezembro de 2007. O logótipo está disponível no sítio Web do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Para obter indicações sobre a sua utilização, contacte-nos através do endereço [email protected]. TEMA O logótipo da DUDH é acompanhado de umas palavras que resumem a promessa contida na Declaração: “Dignidade e Justiça para Todos Nós”. Reforça a visão da Declaração Univresal dos Direitos Humanos, que foi o primeiro docu- mento a reconhecer, a nível universal, que os direitos e liber- dades fundamentais são inalienáveis e inerentes a todos os seres humanos, que todos nascemos livres e iguais. A frase serve também de apelo à acção conjunta, uma vez que a promessa de dignidade e justiça para todos está longe de ser uma realidade. A Declaração é um documento vivo que é importante não só em tempo de conflito e em sociedades onde existe repressão mas também para corrigir as injustiças sociais e instaurar a dignidade humana, em tempo de paz em democracias consolidadas. A não-discriminação, a igualdade e a equidade - componentes essenciais da justiça - constituem o fundamento da DUDH. E independentemente do lugar onde viva, do dinheiro que possua, da fé que professe ou das opiniões políticas que perfilhe, todos os direitos humanos consagrados na Declaração se aplicam a si, sempre e em todo o lado. WWW.KNOWYOURRIGHTS2008.ORG O Centro Regional de Informação das Nações Unidas (UNRIC) em Bruxelas criou um novo sítio Web, KnowYourRights2008.org, como repositório de ideias para LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS www.ohchr.org / www.knowyourrights2008.org

Upload: vuongnga

Post on 12-Feb-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

CAMPANHA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) faz60 anos a 10 de Dezembro de 2008. Hoje, Dia dos DireitosHumanos, as Nações Unidas lançam uma campanha de sen-sibilização com a duração de um ano, à escala do sistema daONU, para assinalar a importância histórica deste momento.A campanha, uma iniciativa do Secretário-Geral das NaçõesUnidas, será dirigida pela Alta-Comissária para os DireitosHumanos e apoiada pelos organismos, departamentos e fun-dos das Nações Unidas e outros parceiros internacionais elocais e visa celebrar a Declaração e a promessa que tornoueste documento tão duradouro: “Dignidade e Justiça paraTodos Nós”.

A comemoração, que se prolongará por todo o ano, culmi-nando no Dia dos Direitos Humanos 2008, tem como objec-tivo sensibilizar a opinião pública para a Declaração e a suaimportância para os habitantes de todo o mundo. A campan-ha visa promover a ampla participação das pessoas e institu-ições - desde organizações mundiais a grupos de sensibiliza-ção que actuam ao nível das comunidades - com vista atornar a Declaração uma realidade para todos. A Declaraçãomarcou o início de progressos importantes, mas não há moti-vo para nos mostrarmos satisfeitos com o que se conseguiu edarmos a nossa missão por concluída, como o cortejo quasediário de violações dos direitos humanos no mundo inteirodemonstra.

LOGÓTIPO

O símbolo da campanha do 60º aniversário é o logótipoDUDH60, que representa uma forma humana de pé, com osbraços abertos. O símbolo amarelo e vermelho representa alibertação e a igualdade. O amarelo é um sinal de paz e calor.O símbolo assenta sobre um bloco sólido que evoca a fun-dação dos direitos humanos. A escolha do vermelho terracotapara o bloco reforça a ideia de que os direitos humanos são abase e o património comum da humanidade.

O logótipo DUDH60 - a duas cores ou numa só cor - existeem árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol. Destina-sea ser utilizado durante todo o período do aniversário, de 10 deDezembro de 2007 a 31 de Dezembro de 2008. Não pode serutilizado antes de 10 de Dezembro de 2007.

O logótipo está disponível no sítio Web do Alto Comissariadodas Nações Unidas para os Direitos Humanos. Para obterindicações sobre a sua utilização, contacte-nos através doendereço [email protected].

TEMA

O logótipo da DUDH é acompanhado de umas palavras queresumem a promessa contida na Declaração: “Dignidade eJustiça para Todos Nós”. Reforça a visão da DeclaraçãoUnivresal dos Direitos Humanos, que foi o primeiro docu-mento a reconhecer, a nível universal, que os direitos e liber-dades fundamentais são inalienáveis e inerentes a todos osseres humanos, que todos nascemos livres e iguais. A fraseserve também de apelo à acção conjunta, uma vez que apromessa de dignidade e justiça para todos está longe de seruma realidade. A Declaração é um documento vivo que éimportante não só em tempo de conflito e em sociedadesonde existe repressão mas também para corrigir as injustiçassociais e instaurar a dignidade humana, em tempo de paz emdemocracias consolidadas. A não-discriminação, a igualdadee a equidade - componentes essenciais da justiça - constituemo fundamento da DUDH. E independentemente do lugaronde viva, do dinheiro que possua, da fé que professe ou dasopiniões políticas que perfilhe, todos os direitos humanosconsagrados na Declaração se aplicam a si, sempre e em todoo lado.

WWW.KNOWYOURRIGHTS2008.ORG

O Centro Regional de Informação das Nações Unidas(UNRIC) em Bruxelas criou um novo sítio Web,KnowYourRights2008.org, como repositório de ideias para

LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 2: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

comemorar o ano dos direitos humanos. Este sítio muitointeractivo permite que pessoas de todo o mundo carregueme descarreguem ficheiros multimédia e partilhem os seus pro-jectos e iniciativas ligadas à Declaração Universal.www.KnowYourRights2008.org será lançada a 10 deDezembro de 2007.

A DUDH: A PRIMEIRA AFIRMAÇÃO DOS DIRE-ITOS E LIBERDADES DE TODOS OS SERESHUMANOS

A Declaração, adoptada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas, em 1948, consiste num preâmbulo e 30 artigos queenunciam uma ampla série de direitos e liberdades funda-mentais de que são titulares todos os homens e mulheres, semdistinção, em todo o mundo.

A Declaração foi redigida por representantes de todas asregiões e tradições jurídicas. Com o tempo, tem vindo a seraceite como um contrato entre os governos e os povos.Praticamente todos os Estados a aceitaram. A Declaraçãotem ainda servido de fundamento de um sistema cada vezmais alargado de protecção dos direitos humanos que hojese centra também em grupos vulneráveis como as pessoascom deficiência, os povos indígenas e os trabalhadoresmigrantes.

DIA DOS DIREITOS HUMANOS

A DUDH foi adoptada a 10 de Dezembro de 1948. Desdeentão, esta data passou a ser celebrada como Dia dos DireitosHumanos, no mundo inteiro. A Alta-Comissária para osDireitos Humanos, como principal funcionária da ONUresponsável pelos direitos humanos, e o Alto Comissariado têmum papel crucial no domínio da coordenação dos esforços rela-tivos à comemoração anual do Dia dos Direitos Humanos.

ACERCA DO ACDH

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os DireitosHumanos (ACDH) é a autoridade mundial sobre direitoshumanos. Representa o compromisso do mundo em relaçãoaos ideais universais da dignidade humana e tem comomandato promover e proteger todos os direitos humanos.Sedeado em Genebra, também está presente em cerca de 40países. Chefiado pela Alta-Comissária para os DireitosHumanos, um cargo criado pela Assembleia Geral, em 1993,a fim de conduzir os esforços das Nações Unidas em matériade direitos humanos, o ACDH tem um papel de liderança, tra-balha com objectidade, educa e toma medidas com vista aempoderar os indivíduos e prestar assistência aos Estados nadefesa dos direitos humanos. O ACDH faz parte doSecretariado das Nações Unidas. Para mais informações,queira visitar www.ohchr.org

Page 3: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é,geralmente, reconhecida como o fundamento do direito inter-nacional de direitos humanos. Adoptada há quase 60 anos, aDUDH inspirou um corpus abundante de tratados interna-cionais juridicamente vinculativos relativos aos direitoshumanos e ao desenvolvimento destes direitos no mundo.Continua a ser, para todos nós, uma fonte de inspiração, paracorrigir injustiças, em período de conflitos, em sociedadessujeitas à repressão, e para nos ajudar nos esforços que envi-damos para alcançar o gozo universal dos direitos humanos.

Representa o reconhecimento universal de que as liberdadese direitos fundamentais são inerentes a todos os sereshumanos e se aplicam igualmente a todos, de que nascemoslivres e iguais em dignidade e em direitos. Seja qual for anossa nacionalidade, local de residência, sexo, origemnacional ou étnica, religião, língua ou qualquer outra situa-ção, a 10 de Dezembro de 1948, a comunidade internacionalcomprometeu-se a defender a dignidade e a justiça para todosnós.

FUNDAMENTO DO NOSSO FUTURO COMUM

Ao longo dos anos, esse compromisso transformou-se em lei,quer sob a forma de tratados, de direito internacional consue-tudinário, de princípios gerais, de acordos regionais e de leg-islação nacional, graças aos quais os direitos humanos podemser expressos e garantidos. De facto, a DUDH inspirou maisde 80 declarações e tratados internacionais de direitoshumanos, um grande número de convenções regionais sobredireitos humanos, de leis nacionais sobre direitos humanos edisposições constitucionais, os quais constituem um sistemaglobal juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção dos direitos humanos.

Baseados nas realizações da DUDH, o Pacto Internacionalsobre os Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional

sobre Direitos Económicos, Sociais e Culturais entraram emvigor em 1976. Os dois Pactos desenvolveram a maioria dosdireitos consagrados na DUDH, tornando-os efectivamentevinculativos para os Estados que os ratificaram. Definemdireitos comuns como o direito à vida, a igualdade perante alei, a liberdade de expressão, o direito ao trabalho, à segu-rança social e à educação. Juntamente com a DUDH, estesPactos constituem a Carta Internacional dos DireitosHumanos.

Com o tempo, os tratados internacionais de direitos vieram aconcentrar-se e especializar-se cada vez mais em problemas aabordar e em grupos sociais que precisam de ser protegidos.A legislação sobre direitos humanos continua a aumentar e aevoluir bem como a desenvolver as liberdades e direitos fun-damentais inscritos na Carta Internacional dos DireitosHumanos, examinando nomeadamente os direitos e preocu-pações ligados à discriminação racial, à tortura, aos desa-parecimentos forçados, às pessoas com deficiência e os dire-itos das mulheres, das crianças, dos migrantes, das minorias edos povos indígenas.

VALORES UNIVERSAIS

Os princípios fundamentais dos direitos humanos enuncia-dos pela primeira vez na DUDH - universalidade, interde-pendência e indivisibilidade, igualdade e não discriminação -e o facto de os direitos humanos implicarem, ao mesmotempo, direitos e responsabilidades dos responsáveis e dos tit-ulares desses direitos, foram reafirmados em numerosas con-venções, declarações e resoluções internacionais sobre direitoshumanos. Hoje em dia, todos os Estados-membros daOrganização das Nações Unidas ratificaram pelo menos umdos nove tratados internacionais de direitos humanos e 80%deles ratificaram quatro ou mais, dando assim uma expressãoconcreta à universalidade da DUDH e dos direitos humanosinternacionais.

A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS:FUNDAMENTO DO DIREITO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 4: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

COMO É QUE O DIREITO INTERNACIONALPROTEGE OS DIREITOS HUMANOS?

O direito internacional de direitos humanos enuncia as obri-gações que os Estados são obrigados a respeitar. Ao tornarem-se partes em tratados internacionais, os Estados assumemobrigações e deveres, de acordo com o direito internacional,e comprometem-se a respeitar, proteger e realizar os direitoshumanos. A obrigação de respeitar significa que o Estado sedeve abster de interferir ou de restringir o gozo dos direitoshumanos. A obrigação de realizar os direitos humanos signifi-ca que o Estado deve tomar pedidas positivas para facilitar ogozo dos direitos humanos fundamentais.

Ao ratificarem os tratados internacionais de direitoshumanos, os Governos comprometem-se a introduzir medi-das e legislação nacionais compatíveis com as obrigações edeveres decorrentes desses tratados. O sistema jurídicointernacional assegura a protecção jurídica principal dosdireitos humanos garantidos pelo direito internacional.Quando os procedimentos judiciais nacionais não trazemremédio para as violações dos direitos humanos, existemmecanismos e procedimentos para tratar as queixas indivi-duais e de grupo, ao nível regional e internacional, e paravelar por que as normas internacionais de direitos humanossejam efectivamente respeitadas, aplicadas e cumpridas aonível local.

Page 5: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

Ao longo da História, eclodiram vários conflitos, sob a formade guerra ou de revolta popular, em reacção a um tratamen-to desumano ou à injustiça. A Declaração inglesa de deDireitos (Bill of Rights) de 1689, redigida na sequência dasGuerras Civis que assolaram o país, nasceu das aspirações dopovo à democracia. Exactamente um século depois, aRevolução Francesa deu origem à Declaração dos Direitos doHomem e do Cidadão, que proclama a igualdade universal.Mas o Cilindro de Ciro, elaborado em 539 a.C. por Ciro, oGrande, do Império dos Aqueménidas da Pérsia (antigoIrão), depois de conquistar a Babilónia, é tido por muitoscomo o primeiro documento de direitos humanos. O Pactodos Virtuosos (Hifl-al-fudul), concluído por tribos árabescerca de 590 d.C., é considerado uma das primeiras aliançasa favor dos direitos humanos.

Depois da Segunda Guerra Mundial e da criação das NaçõesUnidas, a comunidade internacional jurou nunca mais permi-tir que fossem cometidas atrocidades como as que ocorreramdurante o conflito. Os dirigentes mundiais decidiram comple-mentar a Carta das Nações Unidas com um guia para garan-tir os direitos de cada indivíduo, sempre e em qualquer lugar.

O documento, que viria a ser, mais tarde, a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos, foi apresentado à primeirasessão da Assembleia Geral, em 1946. A Assembleia examinouesse projecto de Declaração sobre as Liberdades e os DireitosHumanos Fundamentais e transmitiu-o ao ConselhoEconómico e Social “para ser submetido à apreciação daComissão de Direitos Humanos (…) e tido em conta napreparação de uma carta internacional dos direitos humanos.”Na sua primeira sessão, no início de 1947, a Comissão auto-rizou os seus membros a formularem aquilo a que chamou“um esboço preliminar da Declaração Internacional deDireitos Humanos”. Mais tarde, essa tarefa foi confiada a umcomité formal de redacção, constituído por oito membros daComissão, provenientes de oito Estados e seleccionados emfunção de critérios de distribuição geográfica.

AS PESSOAS QUE ESTIVERAM POR TRÁS DAIDEIA: O COMITÉ DE REDACÇÃO DADECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOSHUMANOS

A Comissão de Direitos Humanos era composta por 18membros com diversos antecedentes políticos, culturais ereligiosos. Eleanor Roosevelt, viúva do Presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt, presidiu ao comité deredacção da DUDH. Ao seu lado estavam também o francêsRené Cassin, autor do primeiro esboço da declaração, olibanês Charles Malik, Relator do Comité, o Vice-PresidentePeng Chung Chang, da China, e o canadiano JohnHumphrey, Director da Divisão de Direitos Humanos daONU, que preparou o primeiro plano da Declaração. Noentanto, foi Eleanor Roosevelt que foi reconhecida comoprincipal motor da adopção da Declaração.

A PRIMEIRA AFIRMAÇÃO MUNDIAL DA IGUALDADE E DA DIGNIDADE PARA TODOS

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 6: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

A Comissão reuniu pela primeira vez em 1947. Nas suasmemórias, Eleanor Roosevelt recorda:

“o Dr. Chang era um pluralista e defendia, de uma maneiraencantadora, a ideia de que existia mais do que um tipo de rea-lidade suprema. A Declaração, segundo dizia, não devia ser ape-nas o reflexo da visão ocidental e o Dr. Humphrey deveria sereclético na sua abordagem. Apesar de se dirigir ao Dr.Humphrey, o seu comentário destinava-se, na realidade, ao Dr.Malik, que lhe deu uma pronta e longa resposta, expondo afilosofia de Tomás de Aquino. O Dr. Humphrey participouentusiasticamente no debate e lembro-me de que, a certa altura,o Dr. Chang sugeriu que o Secretariado deveria passar algunsmeses a estudar os fundamentos do Confucionismo!”

O texto final de Cassin foi entregue à Comissão de DireitosHumanos que estava reunida em Genebra. Essa versão dadeclaração, que foi distribuída por todos os Estados-mem-bros da ONU para que se pronunciassem sobre ela, ficouconhecida como o projecto de declaração de Genebra.

O primeiro projecto de Declaração foi apresentado emSetembro de 1948, tendo contado com a participação demais de 50 países na sua redacção final. Através da resolução217 A (III) de 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral,reunida em Paris, adoptou a Declaração Universal dosDireitos Humanos, com a abstenção de 8 países mas semqualquer voto contra. O chileno Hernán Santa Cruz, mem-bro do Subcomité de Redacção escreveu:

“apercebi-me claramente de que estava a participar num acon-tecimento verdadeiramente histórico, durante o qual se chegou aum consenso quanto ao valor supremo da pessoa humana, umvalor que não teve origem na decisão de uma potência mundial,mas sim no próprio facto de existir, que deu origem ao direitoinalienável de viver ao abrigo da necessidade e da opressão e dedesenvolver plenamente a sua personalidade. Nessa grande sala(…) havia uma atmosfera de genuína solidariedade e frater-nidade entre homens e mulheres de todas as latitudes, umaatmosfera que nunca mais encontrei em qualquer instânciainternacional.”

O texto integral da Declaração Universal dos DireitosHumanos foi redigido em menos de dois anos. Num períodoem que o mundo estava dividido em dois blocos - o Leste eo Ocidente - chegar a acordo sobre qual deveria ser a essên-cia do documento revelou-se uma tarefa colossal.

Page 7: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

Desde as seis línguas oficiais das Nações Unidas - árabe,chinês, inglês, russo e espanhol - faladas por milhares de mil-hão de pessoas, até ao dialecto pipil, falado por cerca de 50pessoas em El Salvador e nas Honduras, a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (DUDH) é o documentomais traduzido do mundo.

Durante a Década das Nações Unidas para a Educação emmatéria de Direitos Humanos (1995-2004) e por ocasião do50º aniversário da Declaração Universal dos DireitosHumanos, o Alto Comissariado das Nações Unidas para osDireitos Humanos (ACDH), o Departamento deInformação Pública das Nações Unidas (DPI), a UniãoInternacional das Telecomunicações (UIT), o Programa dasNações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aOrganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciênciae a Cultura (UNESCO) e vários governos, universidades eorganizações de base da sociedade civil internacional eregional, elaboraram um projecto para traduzir a Declaraçãoem tantas línguas e dialectos quanto possível.

O ACDH recebeu mais de 360 traduções, incluindo umarealizada por Ali K. Phiri, um professor do Malavi com umavasta experiência em educação em matéria de direitoshumanos, em prisões, escolas e comunidades isoladas, quetraduziu a DUDH e a Constituição do Malavi para yao, aterceira língua mais falada no país. Phiri distribuiu 1500 pan-fletos contendo a DUDH e 500 cópias da Constituição porvárias aldeias. Neste contexto, foram organizados debatescom membros da população, que aprenderam também comoproteger os seus próprios direitos.

Arcade Bacanamwo, um professor universitário deBujumbura, no Burundi, traduziu a DUDH para Kirundi e

distribuiu o documento a mulheres que viviam em camposde deslocados. Foram também distribuídas gravações áudioda Declaração. Estas suscitaram tanto interesse, que foi orga-nizada uma série de debates em que participaram 200 mu-lheres. Algumas dessas mulheres encontraram a sua vocação edecidiram tornar-se coordenadoras de actividades relativasaos direitos humanos, passando a informar periodicamenteos directores dos campos sobre as violações de direitoshumanos ou as necessidades de protecção.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os DireitosHumanos detém o recorde mundial do Guinness do documen-to mais traduzido do mundo. É possível encontrar todas astraduções da Declaração Universal dos Direitos Humanos em:

http://www.ohchr.org/english/issues/education/training/udhr.htm.

O DOCUMENTO MAIS TRADUZIDO DO MUNDO

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 8: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

Podem dizer-se muitas coisas acerca da Declaração Universaldos Direitos Humanos (DUDH). É a base do direito inter-nacional dos direitos humanos, a primeira declaração sobreos princípios fundamentais de direitos humanos inalienáveise uma norma comum para o exercício desses direitos portodos os povos e todas as nações. Num momento em seaproxima o 60º, aniversário da DUDH, é oportuno subli-nhar a pertinência continuada deste documento vivo, a suauniversalidade e o facto de dizer respeito a todos nós. Hojeem dia, a DUDH é mais pertinente do que nunca.

UNIVERSALIDADE

A DUDH foi o primeiro texto a reconhecer, há quase 60anos, aquilo que actualmente são valores universais: os dire-itos humanos são inerentes a todos e dizem respeito a toda acomunidade internacional. Redigida por representantes detodas as regiões do mundo e de todas as tradições jurídicas, aDUDH resistiu à passagem do tempo e aos ataques que invo-cam o “relativismo”. A Declaração e os seus valores funda-mentais, nomeadamente a não discriminação, a igualdade, aequidade e a universalidade, aplicam-se a todos, sempre eonde quer que estejam. A DUDH pertence a todos nós.

Mais do que nunca, num mundo ameaçado pelas divisõesraciais, económicas e religiosas, devemos defender e procla-mar os princípios universais - consagrados pela primeira vezna DUDH - de justiça, equidade e igualdade que são tãocaros a todos os povos.

PERTINÊNCIA CONTINUADA

Os direitos humanos não são apenas um legado comum devalores universais que transcendem as culturas e as tradições.São, na sua própria essência, valores locais e compromissosnacionais, decorrentes de tratados internacionais e de leis econstituições nacionais.

A Declaração é um contrato entre os governos e os seuspovos, que têm o direito de exigir que o documento sejarespeitado. Nem todos os governos se tornaram partes nos

tratados de direitos humanos, mas todos os países aceitarama DUDH. A Declaração continua a afirmar a dignidadeintrínseca do ser humano e o valor de todas as pessoas domundo, sem qualquer distinção.

UM COMBATE INCESSANTE

A DUDH protege-nos a todos e consagra todo o conjunto dedireitos humanos. Os redactores da Declaração visavam umfuturo ao abrigo do medo e da necessidade. Puseram todos osdireitos humanos em pé de igualdade e confirmaram queeram essenciais para uma vida vivida com dignidade.

A visão dos redactores da DUDH inspirou um grandenúmero de defensores dos direitos humanos que lutam, desdehá seis décadas, para que essa visão se traduza numa realidadeconcreta. Devemos celebrar o edifício internacional actualdos direitos humanos que foi erigido pela DUDH, tendo, noentanto, consciência de que é um edifício cujos benefíciosnão atingem ainda igualmente toda a humanidade.

A luta está longe de ter acabado. Como guardiães e benefi-ciários da Declaração, devemos reclamá-la, apropriar-nosdela. Trata-se simultaneamente de uma questão de direitos ede responsabilidades. Temos, sem dúvida, o direito de gozaros nossos próprios direitos humanos mas também devemosagir de modo que os direitos humanos universais sejam umarealidade para todos. É nos nossos esforços que reside a forçada DUDH: é um documento vivo que continuará a inspiraras gerações futuras.

A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS: UM DOCUMENTO VIVO

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 9: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

“Dignidade e Justiça para Todos Nós” reforça a visão daDeclaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) comoum compromisso a favor da dignidade e da justiça universais.Não é um luxo nem um conjunto de boas intenções. ADUDH e os seus valores fundamentais - dignidade humanaintrínseca, não discriminação, igualdade, equidade e univer-salidade - aplicam-se a todos, sempre e onde quer que este-jam. A Declaração é universal; perdura, está viva e dizrespeito a toda a humanidade.

COMPROMISSO

O processo de redacção da DUDH envolveu representantesde todas as regiões do mundo e inspirou-se nos valores, sis-temas de crenças e tradições políticas de diferentes culturas esociedades do planeta. Adoptada, primeiro, por países domundo inteiro como “ideal comum a atingir por todos ospaíses e todas as nações”, a Declaração foi progressivamenteaceite como representando as normas fundamentais de dire-itos humanos que deveriam ser respeitadas por todos. Hojeem dia, todos os países aceitaram a DUDH e reafirmaram oseu compromisso a favor dos direitos fundamentais nela con-sagrados.

Ao longo dos anos, esse compromisso traduziu-se numa leg-islação que define os direitos humanos e os garante.Efectivamente, a DUDH inspirou os tratados e declaraçõesde direitos humanos bem como convenções regionais e con-stituições nacionais. Este corpus de leis sobre direitoshumanos é um contrato entre os governos e os seus povos.

DIGNIDADE

A DUDH exige que as necessidades fundamentais do serhumano sejam satisfeitas e reconhece a indivisibilidade e ainterdependência do conjunto dos direitos humanos, quersejam civis e políticos, como o direito à vida, à liberdade deexpressão, quer sejam direitos económicos, sociais e culturais,como o direito ao trabalho, à segurança social e à educação.

Melhorar um direito contribui para fazer avançar outros. Domesmo modo, a privação de um direito tem efeitos negativosnos outros. O acesso aos direitos humanos e a sua realizaçãosão essenciais para uma vida vivida com dignidade.

A pertinência continuada da Declaração é ainda mais fortequando ouvimos as vozes das bases. Quando, nos finais dadécada de 90, o Banco Mundial realizou os seus inquéritos “AVoz dos Pobres”, interrogando mais de 80 000 pessoas emaldeias e comunidades locais sobre os seus principais valores,necessidades e aspirações, os resultados assemelhavam-se àlista de direitos enunciados na DUDH.

JUSTIÇA

A DUDH declara, no seu preâmbulo que “o reconhecimen-to da dignidade inerente a todos os membros da famíliahumana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui ofundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Éa primeira declaração - e continua a ser a principal declar-ação - dos direitos e liberdades de todos os seres humanos,sem distinção.

Os princípios essenciais dos direitos humanos encunciadospela primeira vez na DUDH - universalidade, interde-pendência e indivisibilidade, igualdade e não discriminaçãosão cruciais para a realização da justiça. A não discriminação,por exemplo, tornou-se um dos princípios transversais dodireito relativo aos direitos humanos. Este princípio está con-sagrado nos principais tratados de direitos humanos, como aConvenção Internacional sobre a Eliminação de Todas asFormas de Discriminação Racial, a Convenção sobre aEliminação de Todas as Formas de Discriminação contra asMulheres e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas comDeficiência.

Os princípios fundamentais da DUDH inspiraram um cor-pus abundante de tratados internacionais que visam reforçare proteger os direitos humanos.

DIGNIDADE E JUSTIÇA PARA TODOS NÓS

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 10: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

TODOS NÓS

A DUDH pertence a todos nós. E independentemente dolugar onde viva, do dinheiro que possua, da fé que professeou das opiniões políticas que perfilhe, todos os direitoshumanos consagrados na Declaração se aplicam a si e lhedizem respeito. A DUDH foi o primeiro texto a reconhecer,há quase 60 anos, aquilo que actualmente são valores univer-sais: os direitos humanos são inerentes a todos e dizemrespeito a toda a comunidade internacional. Os direitoshumanos têm que ver com todos.

Há que celebrar o notável edifício internacional dos direitoshumanos que a DUDH permitiu erguer, mas é um edifíciocujos benefícios não atingem ainda igualmente toda ahumanidade.

Todos nós, como titulares desses direitos, devemos apropriar-nos da DUDH. Se é sobre os governos que recai a respons-abilidade primordial de defender e proteger todos os direitoshumanos, os actores não estatais, outros responsáveis e todosnós devemos ter um papel importante com vista a tornar rea-lidade o gozo universal dos direitos humanos. É graças aosesforços concertados do sistema das Nações Unidas, dos seusparceiros locais e internacionais, à apropriação nacional e àparticipação dos povos de diferentes partes do mundo quepodemos procurar pôr em prática o conceito de “dignidade ejustiça para todos”.

Page 11: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

A comemoração, ao longo de um ano, do 60.º aniversário daDeclaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) pre-tende ser tão inclusiva quanto possível, destacando o papeldas pessoas de todo o mundo como guardiãs e beneficiáriasda DUDH. A comemoração englobará o sistema da ONU,os sectores público e privado, a imprensa, escolas, artistas eoutros representantes da sociedade civil do mundo inteiro.Seguem-se alguns exemplos de projectos previstos para 2008.

Filmes sobre direitos humanos da autoria de realizadoresde cinema de fama internacional. Uma série de 18 curtas-metragens sobre direitos humanos dirigidas por realizadorespremiados de diversas regiões do mundo será exibida comoum único filme, em diferentes lugares, durante o ano de2008. A estreia terá lugar no Festival de Cinema de Roma. Ascurtas metragens serão distribuídas a cinemas e redes de tele-visão de todo o mundo sob a forma de mensagens de inter-esse geral (PSAs) e são o resultado de uma colaboração entreo Alto Comissariado das Nações Unidas para os DireitosHumanos, a ONG Art for the World, a Dorje Films e aComissão Europeia.

“Caricaturas para os Direitos Humanos.” As ilustrações daDeclaração Universal dos Direitos Humanos da autoria de 17artistas da Argélia, Bélgica, República Democrática doCongo, Dinamarca, França, Irão, Israel, Japão, Palestina,Rússia e Estados Unidos serão exibidas em Roma, no dia 10de Dezembro de 2007. Na sequência de uma iniciativa ori-ginal do caricaturista francês Plantu e do Departamento deInformação Pública da ONU (DPI) de Nova Iorque, oCentro de Informação Regional das Nações Unidas emBruxelas organizará esta edição especial do Dia dos DireitosHumanos e continuação do projecto Cartooning for Peace, jáexibido em Bruxelas, Genebra e Paris.

Formação em direitos humanos na região Ásia-Pacífico.Está prevista para a região Ásia-Pacífico, em 2008, uma sériede cinco cursos de formação para o reforço das capacidades

em matéria de direitos humanos. Estes cursos de formaçãosão organizados pelo Programa de Formação Diplomática(Diplomacy Training Programme), da Faculdade de Direito daUniversidade de New South Wales em Sidney. A ONG foicriada em 1989, pelo Prémio Nobel da Paz, José RamosHorta, com a finalidade de desenvolver o conhecimentosobre direitos humanos e as competências dos defensores dosdireitos humanos na região. Para mais informações, visitewww.dtp.unsw.edu.au.

“Desenhar os Direitos Humanos.” Uma colecção de desen-hos que incitam a reflectir, da autoria de caricaturistas defama internacional ilustra a Declaração Universal dosDireitos Humanos na sede da ONU, em Nova Iorque. Aexposição será inaugurada a 10 de Dezembro de 2007, porocasião do Dia dos Direitos Humanos, e visitará diversoslugares do mundo ao longo do ano de 2008. Trata-se de umainiciativa do Sindicato dos Caricaturistas e Escritores (CWS).

A 61ª Conferência Anual das ONG - Paris. A conferência,que decorrerá pela primeira vez fora de Nova Iorque, na sededa UNESCO, em Paris, entre os dias 3 e 5 de Setembro de2008, terá como tema “Celebração da Declaração Universaldos Direitos Humanos”. Será uma iniciativa doDepartamento de Informação Pública da ONU (DPI).

Diálogos interactivos sobre Direitos Humanos - NovaIorque. Entre Outubro de 2007 e Dezembro de 2008, seráorganizada uma série de diálogos interactivos sobre direitoshumanos. Os participantes irão debater os novos desafios e asnovas abordagens a adoptar em matéria de direitos humanosa fim de melhorar as sinergias entre a ONU, em NovaIorque, o Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, osEstados-membros, os organismos da ONU e a sociedadecivil. Estes diálogos são organizados pela Missão Permanenteda Suíça em Nova Iorque, em colaboração com o AltoComissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanose o Comité das ONG de Direitos Humanos.

PROJECTOS MUNDIAIS PARA CELEBRAR O 60.º ANIVERSÁRIO DADECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

w w w . o h c h r . o r g / w w w . k n o w y o u r r i g h t s 2 0 0 8 . o r g

Page 12: LANÇAMENTO DA CELEBRAÇÃO, DURANTE UM ANO, DO 60º ... · disposições constitucionais, os quais constituem um sistema global juridicamente vinculativo para a promoção e a pro-tecção

Projecções em escolas na Suíça. Um documentário educa-tivo de 40 minutos sobre direitos humanos, “Droits et libertéstout court” será exibido em todas as escolas suíças no Dia dosDireitos Humanos para marcar o início das comemorações.Trata-se de uma iniciativa da Associação Mundial das Escolascomo Instrumentos de Paz (EIP), sediada em Genebra, quejá exibiu o filme no Festival Cinéma tout écran, em Genebra,este ano. Para mais informações, visite http://portail-eip.org.

Cidades Mensageiras da Paz - Debates Públicos. AAssociação Internacional das Cidades Mensageiras da Paz,que reúne 88 cidades dos quatro cantos do mundo, está aorganizar uma campanha, com a duração de um ano, dedebates públicos sobre a Declaração Universal dos DireitosHumanos, em cidades dos Estados Unidos, além de outrasactividades em todo o mundo.

Iniciativa Plataforma ONG nos Países Baixos. Terá lugarem todo o país uma série de actividades, a 10 de Dezembro,estando previsto um evento conjunto organizado pela Justiçae Paz Países Baixos Holanda, na Câmara Municipal da Haia.O tema escolhido para este ano é “As Quatro Liberdades”.Está já disponível um sítio Web, www.60jaaruvrm.nl. Asorganizações da sociedade civil da Plataforma de DireitosHumanos dos Países Baixos (Breed Mensenrechten Overleg -BMO) são responsáveis pela organização destas actividades.

Viena + 15. Em 1993, durante a Conferência de DireitosHumanos, que teve lugar em Viena, 171 países reafirmaramo seu compromisso em relação aos direitos humanos, aopedirem a criação de um Alto Comissariado das NaçõesUnidas para os Direitos Humanos. O Governo austríacocomemorará, no próximo ano, o 15º aniversário daDeclaração e do Plano de Acção de Viena.

Para um calendário actualizado e mais informações acercados eventos, visite: www.ohchr.org.