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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA LANA KAREN AVELINO CARDOSO NATAL/RN 2017 ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

LANA KAREN AVELINO CARDOSO

NATAL/RN

2017

ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL

CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

LANA KAREN AVELINO CARDOSO

ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM

HEMODIÁLISE

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE como parte integrante dos requisitos para

obtenção do título de cirurgiã-dentista

Orientadora:Profª Dra. Éricka Janine Dantas da Silveira

Co-orientadora: Profª Dra. Patrícia Teixeira de Oliveira

NATAL/RN

2017

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos -

­Departamento de Odontologia

Cardoso, Lana Karen Avelino.

Alterações orais em pacientes com insuficiência renal crônica

em hemodiálise / Lana Karen Avelino Cardoso. - 2017.

48 f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) -

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências

da Saúde, Graduação em Odontologia, Natal, RN, 2017.

Orientador: Éricka Janine Dantas da Silveira.

Coorientador: Patrícia Teixeira de Oliveira.

1. Insuficiência Renal Crônica - Trabalho de Conclusão de

Curso. 2. Manifestações Bucais - Trabalho de Conclusão de Curso.

3. Saliva - Trabalho de Conclusão de Curso. I. Silveira, Éricka

Janine Dantas da. II. Oliveira, Patrícia Teixeira de. III.

Título.

RN/UF/BSO BLACK D61

LANA KAREN AVELINO CARDOSO

ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

EM HEMODIÁLISE

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

DO NORTE como parte integrante dos requisitos

para obtenção do título de cirurgiã-dentista

Aprovado em: ___/___/___

______________________________________________________

Prof. Dra. Patrícia Teixeira de Oliveira

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

______________________________________________________

Prof. Dra. Ana Miryam Costa de Medeiros

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

______________________________________________________

Prof. Dr. Antonio Costa de Lisboa Lopes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro

AGRADECIMENTOS

A Deus por tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades.

Aos meus pais, Gilvan e Wguineuma Cardoso, pelo apoio incondicional, por todos os

cuidados e por sempre acreditarem em mim.

A minha orientadora, Éricka Silveira, pela orientação, apoio, confiança e por ser sempre tão

solicita a todos e pelas lições que me ensinou durante toda a graduação.

A Profª. Drª Patrícia Teixeira pela atenção e apoio e por ter aceitado embarcar nessa jornada e

ser minha co-orientadora.

As minhas irmãs por confiarem em mim, pelo companheirismo e por estarem do meu lado em

todos os momentos da vida.

Meus agradecimentos as minhas amigas, Izabel Soares, Úrsula Costa e Hanna Isa,

companheiras dе trabalhos е irmãs nа amizade qυе fizeram parte dа minha formação е qυе

vão continuar presentes еm minha vida cоm certeza. Agradeço especialmente a Izabel e

Úrsula por terem se disponibilizado a ajudar na confecção do presente trabalho.

A minha dupla por ser fiel companheira nessa jornada acadêmica.

A Clínica de Doenças Renais (CDR-Natal)quе oportunizou а janela, permitindo a realização

desta pesquisa.

A assistente social, Ana Karenina, e a técnica de enfermagem, Ozanete, que gentilmente me

receberam na CDR e contribuíram com o apoio dado sempre que necessário.

A todos os pacientes, que apesar de toda dificuldade, aceitaram participar da pesquisa.

A todos quе direta ou indiretamente fizeram parte dа minha formação, о mеumuito obrigada.

“Que os vossos esforços desafiem as

impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas

do homem foram conquistadas do que parecia

impossível.”

Charles Chaplin

O presente manuscrito encontra-se nas normas doBrazilian

JournalofNephrology

Alterações orais em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise

Oral manifestations in patients with chronic kidney diseasein hemodialysis

Short title:Oral manifestations in patients with chronic kidney disease

Lana Karen Avelino Cardoso1, Patrícia Teixeira de Oliveira

1, Éricka Janine Dantas da

Silveira1.

1Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Endereço do autor correspondente

Éricka Janine Dantas da Silveira

Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Av. Senador Salgado Filho, 1787, Lagoa Nova

CEP 59056-000 Natal, RN, Brasil

Phone/Fax: +55 84 3215-4138

e-mail: [email protected]

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 13

MÉTODOS .............................................................................................................................. 15

RESULTADOS ....................................................................................................................... 17

DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 19

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 25

TABELAS ............................................................................................................................... 28

FIGURAS ................................................................................................................................ 32

ANEXOS ................................................................................................................................. 33

NORMAS DA REVISTA ................................................................................................................. 34

PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA .................................................... Erro! Indicador não definido.

LISTA DE TABELAS

TABELA 01. Perfil demográfico e clínico dos pacientes com IRC em

hemodiálise...............................................................................................................................28

TABELA 02. Distribuição absoluta e relativa do fluxo salivar quanto ao gênero, idade,

comorbidades, medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD..............................................29

TABELA 03. Distribuição absoluta e relativa do pH quanto ao gênero, idade, comorbidades,

medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD ......................................................................30

TABELA 04. Distribuição absoluta e relativa da CTS quanto ao gênero, idade, comorbidades,

medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD ......................................................................31

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01. Paciente 54 anos, gênero masculino. Quadro de Candidose em região de

palato.........................................................................................................................................33

FIGURA 02. Paciente 46 anos, gênero masculino. Ulceração em região de mucosa

julgal..........................................................................................................................................33

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CPO-D: Índice dos elementos Cariados, Perdidos e Obutados

CTS: Capacidade Tampão Salivar

FS: Fluxo salivar

HD: Hemodiálise

IRC: Insuficiência Renal Crônica

pH: Potencial Hidrogeniônico

TCLE: Termo de consentimento livre e esclarecido

RESUMO

Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é considerada um problema de saúde

pública, por apresentar alta incidência no mundo. Esta condição pode acarretar em alterações

orais que podem comprometer o estado de saúde geral do paciente. Objetivos: Analisar

parâmetros sialométricos (fluxo salivar, pH e capacidade tampão) e presença de alterações

orais em portadores de IRC em hemodiálise. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se por ser

estudo transversal e observacional, constituída por dados clínicos e demográficos de pacientes

portadores de IRC (n=50), comparados com pacientes sistemicamente saudáveis (n=20).

Utilizou-se o teste Qui-quadrado e Exato de Fisher para associação entre as variáveis

categóricas, e o Mann-Whitney foi aplicado para se obter a comparação das variáveis

quantitativas entre os grupos analisados. Para todos os testes nível de significância adotado foi

95%. Resultados: No grupo de pacientes portadores de IRC, a maioria (56%) apresentou

halitose, grande parte (69,5%) tinha cálculo dentário visível e 26%, alguma lesão em mucosa

oral. Foi constatado CPO-D médio de 13,94. Foi encontrada diferença estatisticamente

significativa entre os valores de Fluxo salivar (p=0,001) e do pH (p=0,037) com o grupo

controle, mas não houve diferença significativa nos valores da capacidade tampão da saliva,

nem desses valores com a idade, sexo, tempo de hemodiálise, quantidade líquido ingerido

diariamente, medicamentos em uso ou comorbidades. Conclusão: A saúde bucal dos

pacientes com IRC foi considerada precária, o que pode comprometer a realização do

transplante. Assim, salienta-se a importância do conhecimento e da inserção do cirurgião-

dentista à equipe de assistência ao paciente com IRC.

Palavras-chaves: Insuficiência Renal Crônica; Alterações orais; Saliva.

ABSTRACT

Introduction: Choronic kidney disease (CKD) is considered a public health problem, and

have a high incidence in the world. This condition promotes salivary alterations that impact

in oral health. Objective: To characterize the oral health of CKD patiente by avaluating

salivary flow, pH and salivary buffering capacity, oral lesions, gengival bleeding, calculus

and índex of decayed, missing and filled teeth. Material and method: In the present cross-

sectional, observational, analytical study, which was constituted by the clinical and

demographic data of patients with CKD (n = 50) and compared with those with systemic

health (n = 20). The chi-square test and Fisher's exact test was used for association between

categorical variables. The Mann-Whitney test was applied to compared the groups. Level of

significance of 5%. Results: 56% presented breath uremic, 69.5% had visible dental calculus

and 26% had some lesion. There was statistically significant difference between salivary flow

(p=0,001) e pH(p=0,037) in the group with CKD and the control group, but there was not

significant difference in buffering capacity. There was not a significant difference between

age, sex, hemodialysis time, water Ingested daily, with medications in use or comorbidities in

the salivary flow, pH and buffer capacity . Conclusion: The participant’s oral health was

considered precarious, which must be minimized, because those patientsare a potential

transplant candidates. Therefore, the importance of the knowledge andhaving a dentist in the

team assisting the CKD patient is paramount.

Key-words: Choronic kidney disease. Oral manifestations. Saliva.

13

INTRODUÇÃO

A insuficiência renal refere-se à incapacidade dos rins em remover os produtos de

degradação metabólica do corpo ou de realizar as funções reguladoras. As substâncias

normalmente eliminadas através da urina acumulam-se nos líquidos corporais em

consequência da excreção renal comprometida, e levam a uma queda nas funções endócrinas

e metabólicas, bem como a distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos(1,2).

As doenças renais estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em

diversos países em todo mundo. Estas podem ser divididas em duas principais categorias:

insuficiência renal aguda, na qual os rins param subitamente de funcionar, mas que podem,

futuramente, recuperar sua função de maneira quase normal; e a insuficiência renal crônica

(IRC), caracterizada por uma síndrome metabólica, decorrente de um declínio bilateral,

progressivo e irreversível no número total de néfrons funcionais com um declínio

concomitante da capacidade excretória renal, caracterizando a insuficiência renal crônica

(IRC) (3,4).

A IRC é considerada um problema de saúde pública, pois apresenta alta ocorrência e

elevado custo de tratamento (5,6).Bastos e Kirsztajn (5) revelam que a prevalência e a

incidência de IRC no Brasil afetam, respectivamente, aproximadamente de 405 e 144

indivíduos por milhão na população.Segundo o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia,

em 2014, estima-se que existem 112.004de pessoas em diálise no país (6).

Em todo o mundo, há um número crescente de pessoas com IRC, e sabe-se que esta

doença pode estar associada a outras alterarações sistêmicas e também pode levar ao

desenvolvimento de alteraçõe sna mucosa oral e na boca. Assim, as equipes de saúde bucal

devem estar preparadas a indentificar tais alterações e prestar cuidados necessários a estes

pacientes. Gupta et al. (7) comentam que lesões na cavidade oral podem surgir em

aproximadamente 90% dos pacientes com doença renal; destacando estomatites, xerostomia,

maior probabilidade de desenvolver cáries, doença periodontal, além de infecções fungicas e

bacterianas (8,9).

Um sintoma comum encontrado nos pacientes com IRC é a sensação de boca seca

(Xerosomia) que pode ser causada pela restrição ao consumo de líquidos ou efeitos adversos

ao tratamento (9). Adicionalmente, é referido o hálito urêmico que pode ocorrer em funçaõ da

a alta concentração de úreia, fosfatos e proteínas, além de mudanças no pH salivar (7)

Diante dessa problemática,o cirurgião dentista deve conhecer as peculiaridades da

doença e de seu tratamento, uma vez que a terapia medicamentosa, a perda óssea, a

14

imunossupressão e a restrição de ingestão de líquidos, nos quais os pacientes com IRC estão

submetidos, parecem estar relacionadas com as manifestações orais (3,7,9)

Nesse contexto, os pacientes com IRC submetidos à Hemodiálise apresentam

alterações orais e salivares e por isso necessitam de atenção especial em relação à boca, não

só em razão da doença e suas manifestações orais, mas também devido aos efeitos colaterais

dos tratamentos que recebem. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi analisar os

parâmetros sialométricos (fluxo salivar, pH e capacidade tampão salivar - CTS), bem como

associá-los com a idade, tempo de hemodiálise, medicamentos em uso, co-morbidades e

quantidade de água ingerida pelos pacientes, e investigar o CPO-D, presença de alterações em

mucosa oral e halitose.

O levantamento de informações a respeito de complicações em pacientes renais

crônicos em uso de Terapia substitutiva e o reflexo destas na sobrevida são fundamentais para

avaliação e reflexão da assistência prestada a estes pacientes, tanto em nível preventivo

quanto curativo.

15

MÉTODOS

A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética em pesquisa da Universidade

federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob parecer nº 2.089.995. Todos os indivíduos que

aceitaram fazer parte do estudo receberam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE), que explica a forma de realização do estudo, seus objetivos, riscos e benefícios a que

estarão expostos.

A pesquisa foi caracterizada por um estudo transversal comparativo, observacional e

analítico, a qual foi constituída pela observação e análise da saúde bucal dos pacientes renais

crônicos, bem como avaliação do fluxo salivar e capacidade tampão da saliva, além de ser

realizada a caracterização do perfil sociodemográfico destes pacientes.

A amostra foi composta por 50 pacientes portadores de IRC, sendo cinco desses

provenientes do projeto de atendimento odontológico aos pacientes nefropatas em fase de pré-

transplante do Departamento de Odontologia (DOD) da Universidade Federal do Rio Grande

do Norte (UFRN) e 45 pacientes que estão em tratamento na Clínica de Doenças Renais

(CDR – Natal). O grupo controle foi composto de 20 pacientes atendidos nas clínicas

odontológicas do DOD/UFRN, que se enquadram no critério de inclusão, no período de junho

a julho de 2017.

Foram incluídos no grupo caso: pacientes com diagnóstico de IRC submetidos à

terapia hemodialítica, maiores de 18 anos, que aceitaram participar do estudo; no grupo

controle foram incluídos indivíduos saudáveis, sem qualquer comprometimento sistêmico,

maiores de 18 anos, que aceitaram participar; em ambos os grupos foram excluídos portadores

de comprometimento cognitivo que impeçam colaboração com o exame odontológico.

Após a assinatura do TCLE, foi realizado exame clínico para registro das alterações

orais de cada caso. Este exame foi realizado, por um examinador previamente calibrado, sob

iluminação artificial utilizando-se de material auxiliar de exame clínico constante de espelho

odontológico e/ou espátula de madeira, sendo utilizada uma ficha de exame elaborada para a

pesquisa contendo dados do paciente: nome, telefone, profissão, escolaridade, renda familiar,

os medicamentos em uso, presença de comorbidades, tempo em tratamento de substituição

renal, quantidade de água ingerida diariamente, idade, sexo, cor da pele, presença de lesões

em mucosa oral, presença de halitose, e número de elementos cariados, perdidos e obturados,

a fim de calcular o CPO-D.

16

Além disso, foi coletada saliva não estimulada assim como descrito por Pessoa (10)

sendo pedido ao paciente para sentar-se com a cabeça ligeiramente curvada para baixo e

procurando não deglutir ou movimentar a língua e lábios durante o tempo de coleta. Durante

cinco minutos, os pacientes expeliram a saliva em um recipiente e o fluxo salivar foi

mensurado, dividindo o volume total da saliva por 5 minutos. Lussi em 1996, estabeleceu

parâmetros de normalidade para o indivíduo adulto como sendo: normal (0,25 ml/min),

intermediário (0,1 a 0,25 ml/min) e reduzido (< 0,1 ml/min). A coleta da saliva foi realizada 1

hora após o paciente ter se alimentado, fumado ou ingerido qualquer tipo de líquido (11).

O pH salivar foi avaliado com auxílio de fitas medidora (Papel indicador Merck,

Darmstadt – Alemanha) avaliando a existência de acidez local. Sendo considerado ácido

valores inferiores a 7, alcalino acima de 7 e neutro ou normal quando igual a 7. A fita

indicadora de pH é um método prático, pois não exige um laboratório para sua realização,

rápido e de baixo custo (12).

A capacidade tamponante da saliva (CTS) não estimulada foi medida de acordo com a

Técnica de Ericsson (13), na qual 1ml da saliva foi misturada com 2 ml de HCl 0.005mol/L

(0.005 N) e 1ml de água destilada. Logo após, o recipiente foi aberto por 20 minutos para a

liberação de gás carbônico produzido pela mistura. Em seguida, medido pH com as fitas

indicadoras e avaliada a CTS. Os resultados obtidos foram comparados com a escala cor/valor

fornecida pelo fabricante. Foram considerados normais os valores maiores que 5,5; para a

CTS intermediária, serão considerados os valores entre 4,5 e 5,5, e os valores inferiores a 4,5

serão considerados baixos. No estudo clássico de Soyenkoff e Hinck (1935) foi observado que

a diferença no valor de pH da saliva em repouso e da saliva estimulada variava em torno de

0.5 em favor desta última (14).

Os resultados obtidos a partir das análises clínicas foram organizados em uma tabela

informatizada, a fim de facilitar a compreensão dos dados e, posteriormente, exportados para

o programa estatístico SPSS® versão 20.0, no qual foram submetidos a uma análise descritiva

e testes estatísticos.

Para verificar a relação das variáveis mencionadas foi utilizado o teste Qui-quadrado

de Pearson ou teste exato de Fischer. Também foi utilizado o teste de Mann-Whitney a fim de

verificar as diferenças obtidas entre os grupos. O nível de significância adotado foi de 95%

(p≤0,05).

17

RESULTADOS

O perfil sociodemográfico dos 50 pacientes com IRC incluídos na pesquisa estão

detalhados na Tabela 1. A maioria dos indivíduos era do sexo masculino (n = 28; 56%) e a

média de idade dos pacientes foi de 43,6 anos, a qual variou de 20 a 60 anos. Com relação à

etnia, houve predominância de Feodermas (n=20; 40%). Quanto à escolaridade, observou-se

que 46% (n=23) tinham o ensino fundamental incompleto. Vale salientar que 82% (n=41)

exibiram renda entre 501 até 1500 reais.

Dezessete pacientes (34%) fazem hemodiálise há mais de 5 anos, bem como outros

34% a realizam há menos de 2 anos e, 32% está em tratamento entre 2 e 5 anos. A

comorbidade mais prevalente foi a hipertensão (38%).

Todos os pacientes fazem reposição de vitaminas e sais minerais como Complexo B,

ácido fólico, calcitriol, bem como do Ferro e uso do quelante de fósforo. Além disso, os

pacientes quando hipertensos fazem uso de antihipertensivos (76%; n=38), além de utilizar

medicamentos para gastrite (20%, n=10).

No que diz respeito às alterações na cavidade oral, 56% (n=28) apresentaram halitose.

O exame dentário evidenciou, em média, 1,08 lesões de cáries, 10,22 dentes perdidos e 2,6

elementos obturados, constatando CPO-D médio de 13, 94. Além disso, notou-se que 8%

(n=4) dos examinados tinham manchas hipoplásicas nos elementos dentários.

No grupo controle foi constatado em média 1,5 exibiam lesões de cárie, 1,55

elementos perdidos e 4,95 dentes obturados, bem como o CPO-D médio de oito. No grupo

caso, havia 6 pacientes edêntulos, dentre os 44 ainda dentados observou-se a presença de

cálculo visível em 79,5% (n=35), enquanto que no grupo controle foi observado apenas 40%

(n=8) de indivíduos com a presença de cálculo visível.

Algumas alterações de mucosa puderam ser observadas. Treze pacientes tinham

alguma lesão, ressaltando que um deles apresentava 2 lesões concomitantes. Logo, entre as 14

lesões, evidenciamos que 29%(n=4) tinham pequenas úlceras na região de mucosa jugal; duas

pessoas (14%) com lesões brancas em região de trígono retromolar e de mucosa jugal,

pigmentações (n=2; 14%), sendo em um indivíduo em região de dorso e lateral de língua e

outro em lábio, presença de candidose do tipo eritematosa, fístula associado a destruição

coronária do elemento 46, o, além de hiperplasia gengival em apenas uma pessoa/lesão (n=1;

7%). Adicionalmente, foi encontrado queilíte actínica em 3 pacientes (22%).

18

No que diz respeito aos parâmetros sialométricos no grupo caso, o fluxo salivar não

estimulado (ml/min) variou de zero a 11,85ml/min, tendo uma média de 0,348 ml/min,

mediana de 0,2 e desvio-padrão de 0,38590. Quando comparado ao grupo controle, que teve

média de 0,525, mediana de 0,5 e desvio-padrão de 0,24121 foi verificado a significância

estatística (p<0,05), uma vez que p=0,001.

Quando relacionado o fluxo salivar com as variáveis independentes expostas na

Tabela 2, não houve significância entre elas. Analisando estes dados verificou-se que em

ambos os gêneros, feminino e masculino, houve predominância de um fluxo salivar normal,

45,45% (n=10) e 14% (n=50), respectivamente.

Em todas as idades, o fluxo salivar foi normal na maioria dos indivíduos. O fluxo

salivar também foi relacionado à quantidade de líquido ingerida, bem como com tempo que

faz o tratamento de hemodiálise e foi perceptível que em quaisquer valores que estas variáveis

assumirem tem, maior parte, um fluxo salivar normal (Tabela 2).

Outra variável com significância estatística entre os dois grupos foi o pH (p=0,017), na

qual no grupo caso teve média de 7,25 (desvio-padrão= 0,60678) e, no grupo controle 6,85

(desvio-padrão=0,46169); como 3 pacientes tiveram fluxo salivar igual a zero, os valores de

47 pacientes foi categorizado em ácido (abaixo de 7), neutro (valor 7) e alcalino (menor que

7), obtendo 6 (12,8%), 24 (51,1%) e 17 (36,2%), respectivamente; e, ao relacionar esses

valores com a idade, sexo, líquido ingerido por dia, medicação, comorbidades e presença de

lesão cariosa, não teve relevância estatística (Tabela 3).

ACTS quando comparadas entre os dois grupos não mostrou significância estatística

(p=0,962). Nesta variável em ambos os grupos prevaleceu à taxa referente à normalidade

(pH>5,5).A variável dependente, Capacidade tampão, quando relacionada às independentes

não teve significância estatística (Tabela 4).

19

DISCUSSÃO

Tanto a IRC como o seu tratamento podem afetar tecidos e sistemas, e influenciar

direta ou indiretamente o fluxo, concentração e composição salivar, além de outras estruturas

na boca (9). È importante comentar, que a terapia medicamentosa, a perda óssea e a restrição

de ingestão de líquidos, nos quais os pacientes com IRC estão submetidos, parecem estar

relacionadas com as manifestações orais, pois podem afetar os tecidos orais e levar ao

aumento gengival, palidez da mucosa, sangramento gengival, aumento da deposição de

cálculo, odor urêmico, hipoplasia dentária e petéquias (9, 15).

Dessa forma, torna-se importante a realização de pesquisas que analisem de forma

detalhada as condições bucais dos pacientes portadores de IRC para que possamos estabelecer

um plano de tratamento integrado com a odontologia, uma vez que as condições bucais desses

pacientes podem comprometer a qualidade de vida e até a realização do transplante.

Em relação ao perfil demográfico, na presente pesquisa, assim como na de Gautam et

al. (15) e Lacerda et al. (17), a maioria dos pacientes em hemodiálise eram do gênero

masculino (57,3%). A média de idade desta pesquisa foi de 43,6 anos, semelhante aos

achados de Bayraktaret al.(18). Em contrapartida a média de idade apresentada nas pesquisas

de Tomás et al. (8) e Ziebolzet al. (19) foi superior a 60 anos de idade.

De acordo com o último censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (6), o

diagnóstico de base das IRC no Brasil tem como doença mais prevalente a hipertensão arterial

(35,10%) e em segundo lugar o diabetes mellitus (28,40%), o que também foi encontrado na

presente pesquisa. Outros trabalhos apontaram o diabetes mellitus como mais frequente (20,

21).

Dentre as alterações que podem surgir nos pacientes portadores de IRC, destacam-se

as alterações no funcionamento das glândulas salivares, as quais alteram a quantidade e a

qualidade da saliva e podem comprometer a saúde oral, uma vez que a saliva desempenha

importante papel na manutenção das condições fisiológicas normais dos tecidos orais e do

aparelho digestivo (17, 22).

Kaushik et al. (22) relataram que as taxas de fluxo salivar mais baixas de saliva total

não estimulada e estimulada em pacientes com IRC podem ser atribuídas ao envolvimento

urêmico direto das glândulas salivares, resultando em diminuição das funções

parenquimatosas e excretoras e, como resultado da desidratação devido à restrição na ingestão

de líquidos. Esses autores ainda apontam que os níveis de estresse agudo nesses pacientes

20

também podem reduzir a taxa de fluxo salivar. Epstein et al. (1980) expõem que a redução do

fluxo nos portadores de IRC salivar estaria mais relacionada à redução da ingestão de líquidos

e terapêutica medicamentosa do que a fatores glandulares. Uma vez cessada a administração

dessas drogas, com o transplante renal, o paciente retorna à normalidade em seu fluxo salivar

(23).

Anuradha et al. (9) e Lacerda et al. (17) verificaram que 52% e 61,5% dos pacientes

com IRC apresentavam hipossalivação, respectivamente. Resultados divergentes foram

encontrados por Pessoa (10), em que a maioria dos pacientes tinha um fluxo salivar normal,

assim como encontrado nesta pesquisa. Vale ressaltar que, ao contrário do presente estudo,

Andrade et al (24), quando comparado fluxo salivar de grupos de 40 indivíduos com e sem

IRC, não obtiveram significância estatística, já Cavalcante (14) e Kaushiket al. (22)

encontraram fluxo salivar significativamente menor em portadores de doença renal em

comparação aos sistemicamente saudáveis.

Os pacientes renais fazem uso diariamente de uma grande variedade de medicamentos

para o controle da doença renal como os anti-anêmicos, vitaminas, aglutinantes de fosfato,

diuréticos, como também para o controle das comorbidades existentes como é o caso dos

medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e para gastrite (10). Em pesquisa, Miguel et

al. (23) e Proctor et al. (25) comentam que o uso de medicamentos para controle de

comorbidades, podem influenciar a secreção das glândulas salivares provocando redução do

fluxo. Em contrapartida, assim como encontrado no presente estudo, Pessoa (10) não

encontrou relação entre fluxo salivar e terapia medicamentosa.

Além do fluxo, outro parâmetro sialométrico importante é o pH do meio bucal, que

geralmente é, em torno, de 6.9, uma vez que é estabilizado pelos tampões de mucina,

bicarbonato e monofosfato encontrados na saliva, os quais evitam lesões produzidas pelo

excesso de ácidos e bases. Sendo esse um fator importante para manutenção da integridade

dentária, pois os tampões salivares neutralizam quaisquer alterações de pH. (17, 22, 26).

O Declínio da função renal parece ter grandes impactos sobre a composição salivar e

características de fluxo. A este respeito alguns estudos observaram que as concentrações de

proteínas, potássio, sódio, ureia e creatinina salivares foram maiores nos pacientes com IRC,

causando assim aumento dos valores de pH e capacidade tampão da saliva (9,18, 27).

Relativamente ao pH salivar, os valores publicados por Kaya et al. (28) para o grupo

de pacientes do grupo controle (saudáveis) era menor que os pacientes em hemodiálise, com

valores médios de 6,79 e 7,43, respectivamente, foram aproximadamente semelhante ao

21

exposto no presente estudo. Kaushik et al. (22) ao comparar 25 indivíduos com IRC a 25 do

grupo controle percebeu que pH na saliva não estimulada teve diferenças significantes, já na

saliva estimulada não teve relevância estatística. E ainda, Lacerda et al. (17) expõem em suas

análises não haver diferenças estatisticamente significante de valores de pH entre os gêneros,

as diversas faixas etárias, tempo de diálise e presença de comorbidades, como verificado no

presente estudo.

Quanto à capacidade tampão de pacientes renais crônicos, foi mensurada nos trabalhos

de Miguel et al. (23), Bayraktar et al. (18) e Seraj et al. (27) que identificaram níveis

elevados, estando diretamente proporcional ao aumento da faixa etária e do tempo de

hemodiálise com valores estatisticamente significativos. Os autores comentaram que esse

dado pode ser justificado pela elevada concentração de fosfato na saliva dos pacientes renais,

o qual teria efeito cumulativo pelo tempo de tratamento da doença, favorecendo a atuação do

tampão de fosfato.

De forma diferente, Lacerda et al. (17) apesar de terem constatado que 92,2% dos

pacientes submetidos à Hemodiálise avaliados obtiveram CTS ótima (pH > 5,5), não

estabeleceu relação estatisticamente significante com a idade ou com o tempo em

hemodiálise, assim como ocorreu na presente pesquisa em que 47,8% dos pacientes

portadores de IRC obtiveram capacidade tampão ótima, mas não foi constatada associação

com a idade ou o sexo. Já, Kaushiket al. (22) perceberam que CTS não estimulada teve

diferenças significantes, já na saliva estimulada não teve relevância estatística.

Além disso, devido aos altos níveis de ureia e fósforo na saliva, que elevam o pH

salivar, da redução do fluxo salivar, da ingestão de carbonato de cálcio (para controlar os

níveis de fósforo), e da higiene oral negligenciada, uma grande parte dos indivíduos com IRC

apresentam alta prevalência concentração de cálculo dentário(22, 24, 29). Assim como

apontado pelos estudos de Lacerda et al. (17) e Souza et al. (30), no qual foi vista elevada

presença de cálculo dentário.

Em consideração à presença de cárie, os estudos são controversos, visto que alguns

autores apontam que, em razão dos altos níveis de ureia, que acarretam em alcalinidade da

saliva e aumento da capacidade tampão, levaria a certa imunidade dos portadores de IRC à

cárie; e também, provavelmente, a alta concentração de fósforo, o qual facilita a

remineralização das lesões de cárie incipientes (24). Corroborando com os achados de

Anuradhaet al. (9), Gautamet al. (16) e Kaushiket al. (22) no quais apenas 10%, 56,3% e 25%

do grupo em hemodiálise apresentavam cáries, respectivamente.

22

Por outro lado, alguns autores indicam uma maior prevalência de cárie na população

dialítica, justificado pelo hipofluxo salivar, dieta cariogênica, higiene oral deficiente e da alta

concentração de bactérias cariogênicas, em especial, Streptococcusmutans (22, 31). O estudo

de Lacerda et al. (17), identificou 87,9% dos 83 pacientes apresentavam lesões ativas de

cáries, além disso associaram o tempo em hemodiálise e a presença de cárie, notando que

quanto mais tempo em tratamento maior a prevalência de lesões cariosas. Os autores

concluíram que devido à conturbada vida em meio a hospitais, tratamentos e preocupação

com a saúde geral os levam a negligenciar a saúde oral.

O CPO-D médio da amostra examinada foi de 13,94, próximo à média da amostra

examinada por Diaset al. (32) que também apresentou um elevado índice CPO-D de 14,77,

bem como por Lacerda et al. (17) com média do índice de CPO-D de 17,9. Dias et al. (32)

propõem que esses resultados de CPO-D também são consequências indiretas da doença,

assim como da condição socioeconômica, em que seu 53,27% (n=57) destes pacientes têm

somente 1º grau incompleto e 55,14% (n=59) têm renda mensal de apenas um salário mínimo,

bem como é apresentado nesta pesquisa, em que 46% (n=23) tem apenas ensino fundamental

incompleto e 82% recebem até 1500 reais.

Também é relatado por Dias et al. (32) que a maioria dos pacientes (77,57%) buscam

atendimento odontológico somente em casos de dor/exodontia, negligenciando o atendimento

preventivo. Isto faz com que tais pacientes apresentem níveis elevados de dentes perdidos e

baixos níveis de dentes obturados.

Anuradha et al. (9) indicam que 6% dos pacientes com disfunção renal apresentaram

hipoplasia do esmalte, corroborando com a frequência encontrada nos pacientes do presente

estudo (n=4; 8%). Os autores ainda comentam que a idade do paciente, tempo e duração da

doença metabólica sistêmica indicaria a extensão e a posição dos defeitos. Um fator

responsável pela interrupção é o metabolismo anormal do cálcio e fosfóro, o que provoca uma

elevação do fósforo e uma redução do plasmática do Cálcio. Outro fator, seria a concentração

de fluoreto no plasma que pode ser elevada, devido à deterioração da função renal,

conduzindo a fluorose dentária (9).

Em estudos realizados por Kaushik, et al. (22), em 50 pacientes avaliados, 12

possuíam halitose, já na presente pesquisa foi perceptível halitose em 56% (n=28) dos

examinados. Este fato é relacionado com a alta concentração de ureia na saliva, devido à

quebra da amônia pela urease, levando os pacientes a apresentarem um hálito urêmico.

23

Diversas lesões na mucosa oral decorrente da urease têm sido reportadas, como: líquen

plano, estomatite urêmica e úlceras. Além disso, reações liquenóides induzidas por drogas,

infecções bacterianas e candidose podem surgir devido à doença renal subjacente, o que pode

indicar problemas sistêmicos avançados (3, 29).

Gautamet al. (16) verificaram que 42 (20,3%) dos 206 portadores de IRC em

hemodiálise, em seu estudo, apresentavam alguma lesão em mucosa oral, sendo candidose

(8,25%, n=17) mais prevalentes, seguida pela macroglossia (6,79%, n=14), líquen plano oral

(1,94%, n=4), ulcerações (1,94%, n=4) e pigmentação por tabaco (0,9%, n=2). Lacerda et al.

(17) constataram que 96,4% dos 83 pacientes em hemodiálise apresentavam mucosa saudável,

e três com lesões infecciosas, sendo um indivíduo com uma lesão verrucosa sugestiva de

papiloma vírus humano e dois indivíduos com lesões sugestivas de candidose orofaríngea, um

na forma pseudomembranosa e, outro na forma, atrófica eritematosa. Já em nosso estudo,

26% (n=13) da amostra exibia alguma lesão.

As úlceras apresentadas pelos pacientes podem ser em decorrência da estomatite

uremica. Sua etiologia permanece desconhecida, embora tenha sido sugerido que seja

consequência de níveis elevados de compostos de amônia, pode ser considerada uma queima

química (33). Gravalda et al. (34), em análise de 105 casos, relata que 37% apresentavam

úlceras. Quanto à presença de candidose nos portadores de IRC, Gautam et al. (16) comenta

que do comprometimento da defesa do hospedeiro por mudanças na produção e função dos

glóbulos brancos e deficiências nutricionais.

Em nossa pesquisa foi encontrado 3 (6%) pacientes com Queilíte Actínica. Na

literatura, tal achado não é relacionado a IRC. Contudo, é importante comentar que 2 desses

pacientes eram agricultores, profissão que tem alta exposição solar e, ainda, todos os três eram

Leucodermas.

Diante de tal perspectiva, os pacientes com insuficiência renal terminal submetidos à

hemodiálise apresentam alterações orais e salivares devido não só à doença, mas também aos

efeitos colaterais do tratamento a longo prazo. Fato que reforça a importância do papel do

cirurgião-dentista na equipe multidiciplinar de assistência a estes pacientes.

24

CONCLUSÕES

A realização da presente pesquisa nos permitiu concluir que os pacientes portadores da

IRC em hemodiálise exibiram importantes alterações orais que além de comprometer a

qualidade de vida, podem acarretar no agravamento do seu quadro clínico e impedir a

realização do transplante renal. A queixa de halitose, presença de cálculo dentário e

ulcerações em mucosa constituem os principais achados nos pacientes analisados na presente

pesquisa. Além disso, o alto CPO-D encontrado nesses pacientes, destacando o elevado

número de elementos perdidos, enfatiza a necessidade de orientações e cuidados

odontológicos.

Diante disso, o cirurgião-dentista deve estar familiarizado com as particularidades

desse grupo de pacientes. A manutenção da saúde oral é muito importante, uma vez que esses

pacientes são candidatos em potencial ao transplante renal. Salientando, portanto, a

importância da inserção do Cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar de assistência ao

renal crônico.

25

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28

TABELAS

Tabela 1. Perfil demográfico e clínico dos pacientes com IRC. Natal/RN. 2017.

Variável Categoria

N %

Idade

(Média = 43,6)

Até 30 anos 10 20

31 – 40 9 18

40 – 50 10 20

51 ou mais 21 42

TOTAL 50 100

Gênero

Feminino 22 44

Masculino 28 56

TOTAL 50 100

Etnia

Leucoderma 14 28

Feoderma 20 40

Melanoderma 16 32

TOTAL 50 100

Escolaridade

Sem Escolaridade 3 6

Ens. Fund. Incompleto 23 46

Ens. Fund. Completo 7 14

Ens. Méd. Incompleto 6 12

Ens. Méd. Completo 9 18

Ensino superior 2 4

TOTAL 50 100

Renda

até 250 1 2

501-1500 41 82

1501-2500 5 10

2501-4500 2 4

4501-6500 1 2

TOTAL 50 100

Tempo de

hemodiálise

Até 2 anos 17 34

2 - 5 anos 16 32

Mais de 5 anos 17 34

TOTAL 50 100

Medicamentos

Vit+antianem+quelante fósforo 12 24

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo 28

56

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo + medicam. p/ gastrite 10

20

TOTAL 50 100

Comorbidades

Hipertensão 18 36

hipertensão+alt.cardíaca 4 8

Alteração cardíaca 1 2

Anemia 1 2

29

Hipertensão + diabetes 7 14

Diabetes+hipertensão+alt.cardiaca 6 12

Outros 2 4

hipertensão+ outros 4 8

N.A.*

7 14

TOTAL 50 100

Ingestão de

líquido/dia

Até 500ml 18 36

500ml até 2l 19 38

Mais de 2l 13 26

TOTAL 50 100

Tabela 2. Distribuição absoluta e relativa do fluxo salivar quanto ao gênero, idade, comorbidades,

medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD. Teste exato de Fischer. Natal/RN. 2017.

Variável

Fluxo salivar

Baixo

n (%)

Interm

n (%)

Normal

n (%)

TOTAL

n (%) p

Gênero

Masculino 9(32,14) 5(17,86) 14(50) 28(100)

0,151 Feminino 3(13,64) 9(40,91) 10(45,45) 22(100)

TOTAL 12(24) 14(28) 24(48) 50(100)

Idade

até 30 0 2(20,0) 8 (80,0) 10 (100) 0,416

31 – 40 2(22,22) 3(33,33) 4(44,45) 9(100)

40 -50 3(30,0) 2(20,0) 5(50,0) 10(100)

51 ou mais 7(33,33) 7(33,33) 7(33,33) 21(100)

TOTAL 12 (24) 14(38) 24(48) 50(100)

Comorbidade

Hipertensão 5(27,78) 6(33,33) 7(38,88) 18(100) 0,348

Hipertensão+alt.cardíaca 0 0 1(100) 1(100)

Alteração cardíaca 0 0 1(100) 1(100)

Anemia 3(42,86) 1(14,28) 3(42,86) 7(100)

Hipertensão + diabetes 2(40,0) 3(60,0) 1(20,0)

5(100)

Diabetes+ hipertensão+ alt.cardíaca 1(50,0) 1(50,0) 0 2(100)

Outros 0 1(25,0) 3(75,0) 4(100)

Hipertensão + outros 0 2(66,67) 1(33,33) 3(100)

Nenhuma alteração 1(10,0) 0 9(90,0) 10(100)

TOTAL 12(24) 14(38) 24 (48) 50(100)

Medicamento

Vit+antianem+quelante fósforo

2(16,67) 7(58,33) 3(25) 12(100) 0,580

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo

7(36,84) 8(42,11) 4(21,05)

19(100)

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo + medicam. p/ gastrite 3(15,79) 13(68,42) 3(15,79) 19(100)

30

TOTAL 12(24) 14(38) 24(48) 50(100)

Líquido/dia

Até 500ml 7(14,0) 5(10,0) 6(12,0) 18(100) 0,245

500ml-2l 3(6,0) 7(14,0)

9(18,0) 19(100)

Acima de 2l 2(4,0) 2(4,0) 9(18,0) 13(100)

TOTAL 12(24) 14(38) 24(48) 50(100)

Tempo de

HD

Até 2 anos 6(33,33) 3(16,67) 9(50,0) 18(100) 0,294

2 - 5 anos 3(18,75) 6(37,5) 7(43,75) 16(100)

5 ou Mais 2(12,5) 6(37,5) 8(50,0) 16(100)

TOTAL 12(24) 14(38) 24(48) 50(100)

Tabela 3. Distribuição absoluta e relativa do pH quanto ao gênero, idade, comorbidades,

medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD. Teste exato de Fischer.Natal/RN. 2017.

Variável

pH

Ácido(<7)

n (%)

Normal(=7)

n (%)

Básico(>7)

n (%)

TOTAL

n (%) p

Gênero

Masculino 3 (12,0) 13 (52,0) 9 (36) 25(100)

1,000 Feminino

3(13,63) 11(50,0) 8 (36,37) 22(100)

TOTAL 6(12,77) 24(51,06) 17(36,17) 47(100)

Idade

até 30 1(10,0) 2(20,0) 7(70,0) 10(100)

0,043 31 – 40 1(11,11) 7(77,78) 1(11,11) 9(100)

40 -50 1(22,22) 6(66,66) 2(22,22) 9(100)

51 ou mais 3(15,79) 9(47,37) 7(36,84) 19(100)

TOTAL 6(12,76) 24(51,06) 17(36,17) 47(100%)

Comorbidade

Hipertensão 1(6,25) 8(50,0) 7(43,75) 16(100)

0,363

Hipertensão+alt.cardíaca 0 0 1(100) 1(100)

Alteração cardíaca 1(100) 0 0 1(100)

Anemia 1(14,28) 5(71,43) 1(14,28) 7(100)

Hipertensão + diabetes 1(16,67) 3(50,0) 2(33,33) 6(100)

Diabetes+hipertensão+

alt.carardiaca 0 0 2(100) 2(100)

Outros 1(25,0) 3(75,0) 0 4(100)

Hipertensão + outros 1(25,0) 2(50,0) 1(25,0) 4(100)

Nenhuma alteração 3(50,0) 3 (50,0) 6(100)

TOTAL 6(12,76) 24(51,06) 17(36,17) 47(100)

Medicamento

Vit+antianem+quelante

fósforo

1(9,09) 4(36,36) 6(54,55) 11(100)) 0,751

Antihipert.+vit+antianem+

quelante fósforo

4(15,38) 14(53,85) 8(30,77) 26(100)

Antihipert.+vit+antianem+

quelante fósforo +

medicam. p/ gastrite

1(10,0) 6(60,0) 3(30,0) 10(100)

TOTAL 6(12,76) 24(51,06) 17(36,17) 47(100)

Líquido/dia Até 500ml 0 10(58,82) 7(41,18) 17(100) 0,095

500ml-2l 3(17,65) 6(35,29) 8(47,06) 24(100)

Acima de 2l 3(23,08) 8(61,54) 2(15,38) 13(100)

31

TOTAL 6(12,76) 24(51,06) 17(36,17) 47(100)

Tempo de

HD

Até 2 anos 3(17,65) 9(52,94) 5(29,41) 17(100) 0,932

2 - 5 anos 1(6,67) 8(53,3) 6(40,0) 15(100)

5 ou Mais 1 (6,67) 8(53,3) 6 (40,0) 15(100)

TOTAL 6(12,76) 24(51,06) 17(36,17) 47(100)

Tabela 4. Distribuição absoluta e relativa da CTS quanto ao gênero, idade, comorbidades,

medicamentos, líquido ingerido e tempo de HD. Teste exato de Fischer.Natal/RN. 2017.

Variável Categoria

Capacidade

tampão

Baixo

n(%)

Interm.

n(%)

Normal

n (%)

TOTAL

n (%) p

Gênero Masculino 5(22,73) 8(36,36) 9(40,91) 22(100) 0,585

Feminino 3 (12,0) 9(36) 13(52,0) 25(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47 (100)

Idade

até 30 2 (20,0) 3 (30,0) 5(50,0) 10(100) 0,993

31 – 40 1(11,11) 3 (33,33) 5(55,56) 9(100)

40 -50 2(22,22) 3(33,33) 4(44,45) 9(100)

51 ou mais 3(15,78) 8(42,11) 8(42,11) 19(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47 (100)

Comorbidade

Hipertensão 0 6(37,5) 10(62,5) 16(100) 0,121

Hipertensão+alt.cardíaca 2 (50,0) 1(25,0) 1(25,0) 4 (100)

Alteração cardíaca 0 0 1(100) 1 (100)

Anemia 1 (100) 0 0 1 (100)

Hipertensão + diabetes 1(14,29) 4(57,14) 2 (25,57) 7 (100)

Diabetes+hipertensão+alt.carardiaca 0 3(50,0) 3 (50,0) 6 (100)

Outros 0 0 2 (100) 2 (100)

Hipertensão + outros 2 (50,0) 1(25,0) 1 (25,0) 4 (100)

Nenhuma alteração 2(33,33) 2(33,33) 2(33,33) 6(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47 (100)

Medicamento

Vit+antianem+quelante fósforo 3(27,27) 3(27,27) 5(45,46)

11(100) 0,798

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo

3(11,54) 10(38,46) 13(50,0) 26(100)

Antihipert.+vit+antianem+ quelante

fósforo + medicam. p/ gastrite

3(30,0) 4(40,0) 3(30,0) 10(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47(100)

Líquido/dia

Até 500ml 1(5,88) 7(41,18) 9(52,94)

9(52,94)

17(100) 0,252

500ml-2l 2(11,77) 6(35,29) 17(100)

Acima de 2l 5(38,46) 4(30,77) 4(30,77) 13(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47(100)

Tempo de

HD

Até 2 anos 4(23,53) 5(29,41) 8(47,06) 17(100) 0,204

2 - 5 anos 0 8(53,33) 7(46,67) 15(100)

5 ou Mais 4(26,67) 4(26,67) 7(46,66) 15(100)

TOTAL 8(17,02) 17(36,17) 22(46,81) 47(100)

32

FIGURAS

Figura 1. Paciente 54 anos, gênero masculino. Quadro de Candidose em região de palato

.

Figura2. Paciente 47 anos, gênero feminino. Presença de cálculo dentário

33

ANEXOS

34

NORMAS DA REVISTA

O Jornal Brasileiro de Nefrologia (JBN) - ISSN 0101-2800 - é uma publicação trimestral

(março, junho, setembro e dezembro) da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) com a

finalidade de publicar trabalhos originais de todas as áreas relevantes da NEFROLOGIA em

nosso meio. A revista on-line tem acesso aberto e livre. Além dos números regulares, o JBN

publica suplementos anuais, que incluem JBN Educacionais, voltados principalmente à

atualização clínica. Os autores não são submetidos a taxa de submissão. Na seleção dos artigos

para publicação, avaliam-se a originalidade, a relevância do tema e a qualidade da metodologia

científica utilizada, além da adequação às normas editoriais adotadas pela revista. Todos os

artigos publicados serão revisados por pareceristas anônimos. A decisão sobre a aceitação do

artigo para publicação ocorrer, sempre que possível, no prazo de três meses a partir da data de

seu recebimento. Os direitos autorais dos artigos automaticamente são transferidos para o

Jornal Brasileiro de Nefrologia. O conteúdo do material enviado para publicação no JBN não

poder ter sido publicado anteriormente, nem submetido para publicação em outras revistas.

Para serem publicados em outras revistas, ainda que parcialmente, necessitarão de aprovação

por escrito dos Editores. Os conceitos e declarações contidos nos trabalhos são de total

responsabilidade dos autores.

Idioma

O Brazilian Journal of Neprhology aceita a submissão de artigos nos idiomas, português e

inglês, preferencialmente em inglês. A submissão de artigos no idioma português exige do

autor fornecer também título, descritores e resumo no idioma inglês, além do português.

Enquanto que artigos em inglês dispensam o envio de qualquer metadado em português.

Artigos Originais

Apresentam resultados inéditos de pesquisa, constituindo trabalhos completos que contêm

todas as informações relevantes para o leitor que deseja repetir o trabalho do autor ou avaliar

seus resultados e conclusões. Os artigos podem conter até 5.000 palavras. A sua estrutura

35

formal deve apresentar os tópicos Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusões. O

uso de subtítulos é recomendado particularmente na discussão do artigo. Implicações clínicas e

limitações do estudo devem ser apontadas. Sugere-se, quando apropriado, o detalhamento do

tópico "Método", informando o desenho do estudo, o local onde foi realizado, os participantes

do estudo, os desfechos clínicos de interesse e a intervenção. Para esses artigos, deve-se

apresentar um resumo contendo Introdução, Objetivo(s), Métodos, Resultado(s) e Conclusão

(ões).

REQUISITOS TÉCNICOS

Devem ser enviados:

a) Arquivo word (.doc ou .rtf), digitado em espaço duplo, fonte tamanho 12, margem de 3 cm

de cada lado, com páginas numeradas em algarismos arábicos, iniciando-se cada seção em uma

nova página, consecutivamente: página de título, resumo e descritores, texto, agradecimentos,

referências, tabelas e legendas - excluem-se imagens, que devem ser enviadas em formato jpg

ou tiff;

b) Permissão para reprodução do material;

c) Aprovação do Comitê de ética da Instituição onde foi realizado o trabalho, quando referente

a intervenções (diagnósticas ou terapêuticas) em seres humanos;

d) Carta assinada por todos os autores no termo em que se afirme o ineditismo do trabalho. A

ausência de assinatura ser interpretada como desinteresse ou desaprovação da publicação,

determinando a exclusão editorial do nome dessa pessoa da relação de autores;

e) Endereço completo do autor correspondente.

MODELO DE CARTA DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

(permissão para reprodução do material)

36

Senhor Editor,

Pela presente, nós, abaixo-assinados, encaminhamos o artigo (nome do trabalho), de nossa

autoria apresentada como artigo (modalidade - original; revisão; atualização; relato de caso;

etc.). apreciação do Corpo Editorial do Jornal Brasileiro de Nefrologia para publicação. Em

atenção às normas constantes das "Instruções aos Autores", informamos que:

a) o referido estudo foi realizado na (nome da instituição);

b) o protocolo foi aprovado pelo Comitê de ética de nossa instituição;

c) o termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado para os estudos que envolvem

seres humanos;

d) cedemos para a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em caráter irrevogável, em caso de

aceitação para publicação, os direitos autorais do estudo que ora encaminhamos, reconhecendo

ser vedada qualquer reprodução, total ou parcial, sem prévia e necessária autorização solicitada

por escrito e obtida da SBN;

e) estamos guardando cópia do material ora encaminhado; e

f) o trabalho teve o suporte financeiro de (nomes das instituições que deram apoio. realização

do estudo).

No que se refere ao imperativo ético de apontar possíveis fatores capazes de influenciar os

resultados da pesquisa, salientamos que (explicitar, se for o caso, as relações que envolvem

conflitos de interesse profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos, ou declarar

explicitamente a inexistência de tais vinculações).

Para viabilizar a troca de correspondência, ficam estabelecidos os seguintes dados: nome do

autor escolhido, seguido do nome da instituição, do endereço postal completo, do número de

telefone e, se possível, do endereço eletrônico.

37

Sendo o que era para o momento, e no aguardo de sua manifestação, subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

(Local e data, seguidos das assinaturas dos respectivos nomes completos)

PREPARO DO MANUSCRITO

Página de identificação: Devem constar da primeira página: a) Título do artigo, que deve ser

conciso e completo, descrevendo o assunto a que se refere (palavras supérfluas devem ser

omitidas). Deve-se apresentar a versão do título para o inglês; b) nome dos autores; c)

instituição e setor da instituição a que cada autor est filiado, acompanhada dos respectivos

endereços (títulos pessoais e cargos ocupados não deverão ser indicados); d) nome do

departamento e da instituição onde o trabalho foi realizado; e) indicação do autor responsável

pela correspondência; f) se o trabalho tiver sido subvencionado, deve-se indicar o nome da

agência de fomento que concedeu o subsídio; g) se tiver sido baseado em uma tese acadêmica,

deve-se indicar o título, ano e a instituição em que foi apresentada; h) se tiver sido apresentado

em reunião científica, deve-se indicar o nome do evento, o local e a data da realização.

Resumo e descritores: Os artigos originais, comunicações breves, artigos de revisão e artigos de

atualização, escritos em português, devem conter, na segunda página, o resumo em português e

em inglês. Os resumos devem identificar os objetivos, os procedimentos e as conclusões do

trabalho (máximo de 250 palavras para resumos, que deverão ser estruturados). Os resumos

estruturados devem apresentar, no início de cada parágrafo, o nome das subdivisões que

compõem a estrutura formal do artigo (Introdução, Método, Resultados, Discussão e

Conclusões). Os descritores (palavras-chave), expressões que representam o assunto tratado no

trabalho, devem ser em número de 3 a 10, fornecidos pelo autor, baseando-se no DeCS

(Descritores em Ciências da Saúde) publicado pela Bireme, que é uma tradução do MeSH

(Medical SubjectHeadings) da National Library of Medicine e disponível no endereço

eletrônico: http://decs.bvs.br. Devem ser apresentados em português e em inglês.

38

Texto: Dever obedecer à estrutura exigida para cada categoria de artigo. Citações no texto e as

referências citadas nas legendas das tabelas e das figuras devem ser numeradas

consecutivamente na ordem em que aparecem no texto, com algarismos arábicos (números-

índices). As referências devem ser citadas no texto sem parênteses, em expoente, conforme o

exemplo: Referências2.

Figuras e gráficos: As ilustrações (fotografias, gráficos, desenhos etc.) devem ser enviadas

individualmente, em formato JPG (em alta resolução - 300 dpi). Devem ser numeradas

consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto e ser

suficientemente claras para permitir sua reprodução. As legendas para as figuras deverão

constar em arquivo separado. Não serão aceitas fotocópias. Se houver figuras extraídas de

outros trabalhos previamente publicados, os autores devem providenciar a permissão, por

escrito, para a sua reprodução. Esta autorização deve acompanhar os manuscritos submetidos à

publicação.

Análise estatística: Os autores devem demonstrar que os procedimentos estatísticos utilizados

foram não somente apropriados para testar as hipóteses do estudo, mas também corretamente

interpretados. Os níveis de significância estatística (p. ex, p < 0,05; p < 0,01; p < 0,001) devem

ser mencionados.

Abreviações: As abreviações devem ser indicadas no texto no momento de sua primeira

utilização. Em seguida, não se deve repetir o nome por extenso.

Nome de medicamentos: Deve-se usar o nome genérico.

Agradecimentos: Devem incluir a colaboração de pessoas, grupos ou instituições que mereçam

reconhecimento, mas que não tenham justificadas suas inclusões como autoras; agradecimentos

por apoio financeiro, auxílio técnico etc. Devem vir antes das referências bibliográficas.

Referências: Devem ser numeradas consecutivamente, na mesma ordem em que foram citadas

no texto e identificadas com algarismos arábicos. A apresentação dever estar baseada no

formato denominado "Vancouver Style", conforme exemplos abaixo, e os títulos de periódicos

39

deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela ListofJournalIndexed in Index

Medicus, da National Library of Medicine e disponibilizados no endereço:

ftp://nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf. Os autores devem certificar-se de que as

referências citadas no texto constam da lista de referências com datas exatas e nomes de autores

corretamente grafados. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos

autores. Comunicações pessoais, trabalhos inéditos ou em andamento poderão ser citados

quando absolutamente necessários, mas não devem ser incluídos na lista de referências

bibliográficas; apenas citados no texto ou em nota de rodapé.

ENVIO DO MANUSCRITO

As submissões devem ser feitas on-line pelo site www.jbn.org.br. é imprescindível que a

permissão para a reprodução do material, as cartas com a aprovação do Comitê de ética da

Instituição onde foi realizado o trabalho - quando referente a intervenções (diagnósticas ou

terapêuticas) e seres humanos - e aquela assinada por todos os autores em que se afirme o

ineditismo do trabalho sejam enviadas por fax. SBN (fax número: 11 5573-6000) ou

escaneadas e enviadas para o e-mail [email protected].

LISTA DE VERIFICAÇÂO PARA ENVIO DE ARTIGOS

Antes de encaminhar seus artigos para publicação no Jornal Brasileiro de Nefrologia, os autores

devem verificar se o material encaminhado obedece às seguintes condições:

( ) São apresentados nome e sobrenome dos autores.

( ) São apresentadas as instituições às quais cada autor é vinculado.

( ) Carta de apresentação atende os requisitos éticos (assinada por todos os autores, menciona

conflitos de interesse existentes, citadas as fontes de apoio ou financiamento etc.).

( ) As tabelas e figuras não ultrapassam, em conjunto, o limite máximo de seis unidades.

( ) Em sua versão eletrônica, as tabelas são apresentadas em formato .doc (Microsoft Word) ou

.xls (Microsoft Excel).

40

( ) Em sua versão eletrônica, as ilustrações (fotografias, gráficos, desenhos etc.) devem ser

enviadas individualmente, em formato .jpg (em alta resolução - 300 dpi).

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS

Segue as normas do UniformRequirements for Manuscripts (URM)

SubmittedtoBiomedicalJournals desenvolvidas pelo The InternationalCommitteeof Medical

JournalEditors (ICMJE) - fevereiro de 2006.

CONFLITO DE INTERESSE

A confiança pública no processo de revisão por pares e a credibilidade dos artigos publicados

dependem, em parte, de como o conflito de interesse é administrado durante a redação, revisão

por pares e a decisão editorial. O conflito de interesse existe quando um autor (ou instituição do

autor), revisor ou editor tem relações financeiras ou pessoais que influenciem de forma

inadequada (viés) suas ações (tais relações são também conhecidas como duplo compromisso,

interesses conflitantes ou fidelidades conflitantes). Essas relações variam entre aqueles com

potencial insignificante para aqueles com grande potencial para influenciar o julgamento, e

nem todas as relações representam verdadeiro conflito de interesse. O potencial conflito de

interesse pode existir dependendo se o indivíduo acredita ou não que a relação afete seu

julgamento científico. Relações financeiras (tais como emprego, consultorias, posse de ações,

testemunho de especialista pago) são os conflitos de interesse mais facilmente identificáveis e

os mais susceptíveis de minar a credibilidade da revista, dos autores, e da própria ciência. No

entanto, podem ocorrer conflitos por outras razões, tais como relações pessoais, competição

acadêmica e paixão intelectual.

41

UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - LAGOA NOVA

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa:ALTERAÇÕES ORAIS EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EMHEMODIÁLISE

Pesquisador: Éricka Janine Dantas da Silveira

Área Temática:

Versão: 2

CAAE: 67265817.5.0000.5537

Instituição Proponente: Pós-Graduação em Patologia Oral

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.089.995

Apresentação do Projeto:

O presente protocolo de pesquisa será desenvolvido como forma de um trabalho de

conclusão de curso, do Departamento de Odontologia da UFRN. O objeto de estudo

corresponde às alterações orais em pacientes com insuficiência renal crônica em

hemodiálise. A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um problema de saúde pública,

apresentando alta incidência no mundo. Devido aos avanços do tratamento, e consequente

aumento da sobrevida dos pacientes, os cirurgiões dentistas encontram cada vez mais

pacientes renais em seus consultórios. A IRC apresenta manifestações sistêmicas, e

também complicações orais, tais como xerostomia, doença periodontal, lesões na mucosa e

infecções.

Neste trabalho serão arrolados todos os pacientes portadores de Insuficiência renal crônica

(IRC) que comparecerem ao projeto de atendimento odontológico aos pacientes nefropatas

em fase de pré transplante do Departamento de Odontologia, UFRN, no mês de julho do

corrente ano. As pesquisadoras estimam uma amostra de 70 participantes divididos em 20

no grupo controle e 50 no grupo de doentes renais. Serão avaliados os seguintes

parâmetros indicadores da saúde bucal: fluxo salivar, capacidade tamponante salivar,

lesões estomatológicas, sangramento gengival, cálculo, presença de lesões cariosas.

Também será caracterizado o perfil sócio demográfico dos participantes. Os indivíduos

controle serão os pacientes atendidos nas clínicas odontológicas sistemicamente saudáveis

42

com idade entre 18 e 60 anos. Para verificar a relação das variáveis mencionadas será

utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson e se não for possível utilizá-lo, será usado o teste

Exato de Fisher; além de ser usado o teste de Mann-Whitney. Será considerado nível de

significância de 5%.

Objetivo da Pesquisa:

Objetivo Primário:

Analisar os parâmetros sialométricos (fluxo salivar e capacidade tampão) de portadores de

Insuficiência renal crônica em hemodiálise.

Objetivos Secundários:

a) Associar os parâmetros sialométricos com a presença de lesões cariosas, alterações

periodontais, bem como a presença de alterações estomatológicas;

b) Relacionar os parâmetros sialométricos com a idade, tempo de hemodiálise,

medicamentos em uso, comorbidades e quantidade de água ingerida;

c) Verificar o perfil sócio demográfico de pacientes com IRC em hemodiálise.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os riscos são mínimos, semelhante àqueles que ocorrem em um exame físico ou

psicológico de rotina de boca.

Os benefícios dizem respeito à identificação das principais alterações orais decorrentes do tratamento de

hemodiálise em pacientes portadores de insuficiência renal crônica e, consequentemente, o

estabelecimento de médicas de controle e prevenção das possíveis alterações que possam acometer

esses pacientes.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

O desenho de estudo é um caso-controle, transversal e observacional, no qual serão comparados os indicadores de saúde bucal de pessoas saudáveis com pessoas portadoras de insuficiência crônica. Serão incluídos pacientes com diagnóstico de IRC submetidos à terapia hemodialítica, pacientes, maiores de 18 anos e que tenham aceitado participar, mediante a assinatura do TCLE; serão excluídos portadores de comprometimento cognitivo que impeça colaboração com o exame odontológico.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Os seguintes documentos obrigatórios foram apresentados:

a) Folha de rosto corretamente preenchida;

b) Declaração de não início da pesquisa assinado pela pesquisadora responsável;

43

c) Termo de confidencialidade assinado pelos pesquisadores;

d) Formulário CEP/UFRN corretamente preenchido;

e) Projeto da Plataforma Brasil;

f) Projeto de pesquisa completo;

g) TCLE, em linguagem adequada e contendo todos os elementos preconizados

na resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde – CNS;

h) Carta de anuência assinada pela chefe do Departamento de Odontologia;

i) Carta de anuência assinada pelo diretor da Clínica de Doenças Renais, coparticipante da pesquisa;

j) Cronograma prevendo o início do levantamento de dados somente em julho de 2017;

k) Orçamento;

l) Termo de autorização para uso de imagens;

m) Termo de concessão de uso de prontuários assinado pela coordenadora do Serviço de

Diagnóstico Oral da UFRN.

Recomendações:

Enviar os relatórios parcial e final da pesquisa via Plataforma Brasil.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Em análise anterior deste protocolo de pesquisa foi observado que o projeto está bem

estruturado e todos os documentos necessários para o processo ético foram apresentados

de maneira adequada exceto pelo TCLE que não apresentava os benefícios para os

participantes. Entretanto, este problema ético foi sanado pela pesquisadora, de modo que

agora o protocolo de pesquisa encontra-se aprovado.

Considerações Finais a critério do CEP:

Em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - CNS e Manual Operacional para Comitês de Ética - CONEP é da responsabilidade do pesquisador responsável:

44

1. elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE em duas vias,

rubricadas em todas as suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a

participar da pesquisa, ou por seu representante legal, assim como pelo pesquisador

responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada(s), devendo as páginas de

assinatura estar na mesma folha (Res. 466/12 - CNS, item IV.5d);

2. desenvolver o projeto conforme o delineado (Res. 466/12 - CNS, item XI.2c);

3. apresentar ao CEP eventuais emendas ou extensões com justificativa (Manual

Operacional para Comitês de Ética - CONEP, Brasília - 2007, p. 41);

4. descontinuar o estudo somente após análise e manifestação, por parte do Sistema

CEP/CONEP/CNS/MS que o aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em

casos de justificada urgência em benefício de seus participantes (Res. 446/12 - CNS,

item III.2u) ;

5. elaborar e apresentar os relatórios parciais e finais (Res. 446/12 - CNS, item XI.2d);

6. manter os dados da pesquisa em arquivo, físico ou digital, sob sua guarda e

responsabilidade, por um período de 5 anos após o término da pesquisa (Res. 446/12 -

CNS, item XI.2f);

7. encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos créditos aos

pesquisadores associados e ao pessoal técnico integrante do projeto (Res. 446/12 -

CNS, item XI.2g) e,

8. justificar fundamentadamente, perante o CEP ou a CONEP, interrupção do projeto ou

não publicação dos resultados (Res. 446/12 - CNS, item XI.2h).

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Informações Básicas

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_P 23/05/2017 Aceito

do Projeto ROJETO_874786.pdf 08:24:30

Outros respostaaspendencias.pdf 23/05/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

08:24:10 da Silveira

TCLE / Termos de tclemodificado.docx 23/05/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

45

Assentimento / 08:23:46 da Silveira

Justificativa de

Ausência

Outros autorizacaodeimagens.pdf 10/04/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

15:49:02 da Silveira

Outros concessao.pdf 10/04/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

15:48:35 da Silveira

Outros anuenciamodificada.pdf 10/04/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

15:47:24 da Silveira

Folha de Rosto folhaderosto.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:14:51 da Silveira

Outros naoinicio.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:13:50 da Silveira

Outros confidencialidade.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:12:57 da Silveira

Outros formulario.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:12:29 da Silveira

Outros anuenciaDOD.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:12:05 da Silveira

Cronograma CRONOGRAMA.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:10:08 da Silveira

Orçamento orcamentodapesquisa.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

16:06:24 da Silveira

Projeto Detalhado / Projetodepesquisa.pdf 03/03/2017 Éricka Janine Dantas Aceito

46

Brochura 16:04:57 da Silveira

Investigador

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

NATAL, 30 de Maio de 2017

Assinado por: LÉLIA MARIA GUEDES QUEIROZ

(Coordenador)

Endereço: Av. Senador Salgado Filho, 3000

Bairro: Lagoa Nova CEP: 59.078-970

UF: RN Município: NATAL

Telefone: (84)3215-3135 E-mail: [email protected]