lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cientistas

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25 Grandes Idéias : Como a Ciência está Transformando o Nosso Mundo Darwin e a Evolução em 90 Minutos O Que Sabemos Sobre o Universo? Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo por meio das lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs). [Imagem: ACS] Meio ambiente Lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cientistas Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/01/2013 Democratização do risco Há poucos anos, ambientalistas pressionavam os legisladores de todo o mundo para banir as lâmpadas incandescentes, reconhecidamente grandes consumidoras de energia - seu grande problema é que elas desperdiçam muita energia na forma de calor. Em seu lugar, foram adotadas as lâmpadas fluorescentes compactas, que gastam menos energia. O problema é que essas lâmpadas aparentemente mais econômicas levam em seu interior não apenas o tóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados na fabricação dos seus circuitos eletrônicos. Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúrio finalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo. Riscos das lâmpadas fluorescentes compactas Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam ser banidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo. E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadas fluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista de produtos perigosos. Outros estudos já haviam demonstrado que o mercúrio liberado pelas lâmpadas eletrônicas pode superar os níveis de segurança. Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis e Irvine, mostraram que o problema é bem maior. Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, as lâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l. O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes de iluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente. Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio, ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usam quantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos. O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo o ciclo de vida dos três tipos de lâmpadas. Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes compactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente por causa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco 3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes. Convenção de Minamata sobre Mercúrio A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metas para o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contido nas lâmpadas fluorescentes compactas. A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos de lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foi divulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram o acordo a partir de Outubro. Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dão resultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que os mesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - de resto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia. Receba nossas notícias em seu e-mail Seu nome Seu e-mail Notícias relacionadas LED amarelado consegue imitar luz natural Vagalumes ajudam a tornar LEDs mais brilhantes Vórtices de luz já podem colocar mais dados nas fibras ópticas Qual é o futuro do cinema 3D? Estrelas revelam o segredo da juventude LHC pode se tornar cronômetro mais preciso do mundo Mais lidas na semana Adeus JPEG: sensor comprime imagem durante a captura Maior galáxia já vista é identificada por astrônomas brasileiras Tricorder mais próximo da realidade Magnetismo pode ser teletransportado E=mc 2 pode falhar no espaço Relógio atômico conecta diretamente o tempo à matéria Holograma cósmico: será o Universo uma projeção vinda do futuro? Supercometa poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia Principal Eletrônica Energia Espaço Informática Materiais Mecânica Meio ambiente Nanotecnologia Robótica Plantão Lâmpadas fluorescentes compactas são produtos perigosos, dizem cient... http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=l... 1 de 2 25/01/2013 10:13

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25 Grandes Idéias: Como a Ciência

estáTransformando o

Nosso Mundo

Darwin e aEvolução em 90

Minutos

O Que SabemosSobre o Universo?

Antes restrito a locais determinados e de mais fácil

controle, o mercúrio finalmente se espalhou

"democraticamente" por todo o globo por meio das

lâmpadas fluorescentes compactas (CFLs). [Imagem: ACS]

Meio ambiente

Lâmpadas fluorescentes compactas são produtosperigosos, dizem cientistas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/01/2013

Democratização do risco

Há poucos anos, ambientalistaspressionavam os legisladores detodo o mundo para banir aslâmpadas incandescentes,reconhecidamente grandesconsumidoras de energia - seugrande problema é que elasdesperdiçam muita energia naforma de calor.

Em seu lugar, foram adotadas aslâmpadas fluorescentes compactas,que gastam menos energia.

O problema é que essas lâmpadasaparentemente mais econômicaslevam em seu interior não apenas otóxico mercúrio, mas também uma série de outros metais pesados, usados nafabricação dos seus circuitos eletrônicos.

Antes restrito a locais determinados e de mais fácil controle, o mercúriofinalmente se espalhou "democraticamente" por todo o globo.

Riscos das lâmpadas fluorescentes compactas

Agora, as tão recomendadas lâmpadas fluorescentes compactas precisam serbanidas - pelo menos é o que os cientistas estão dizendo.

E eles não estão usando meias-palavras: um novo estudo alerta que as lâmpadasfluorescentes compactas, assim como os LEDs, deveriam entrar para a lista deprodutos perigosos.

Outros estudos já haviam demonstrado que o mercúrio liberado pelas lâmpadaseletrônicas pode superar os níveis de segurança.

Mas Seong-Rin Lim e seus colegas da Universidade da Califórnia, em Davis eIrvine, mostraram que o problema é bem maior.

Enquanto o limite para a liberação de chumbo no ambiente é de 5 mg/l, aslâmpadas fluorescentes compactas podem liberar 132 mg/l, e os LEDs 44 mg/l.

O limite de segurança para o cobre é de 2.500 mg/kg, mas as duas fontes deiluminação atingem 111.000 e 31.600 mg/kg, respectivamente.

Tanto lâmpadas fluorescentes compactas, quanto LEDs, usam ainda alumínio,ouro, prata e zinco - as lâmpadas incandescentes, por outro lado, usamquantidades mínimas desses metais, sobretudo daqueles que são tóxicos.

O resultado não mudou nem mesmo quando os pesquisadores analisaram todo ociclo de vida dos três tipos de lâmpadas.

Em comparação com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentescompactas têm 26 vezes mais riscos de efeitos danosos ao meio ambiente porcausa da toxicidade dos metais usados em sua fabricação - os LEDs têm um risco3 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes.

Convenção de Minamata sobre Mercúrio

A recém-negociada Convenção de Minamata sobre Mercúrio estabeleceu metaspara o banimento de diversos usos do mercúrio, de longe o maior risco contidonas lâmpadas fluorescentes compactas.

A proposta de banimento desses usos até 2020 cita "Determinados tipos delâmpadas fluorescentes compactas (CFLs)", mas o texto final ainda não foidivulgado - o documento só deverá assinado pelos 140 países que negociaram oacordo a partir de Outubro.

Não é a primeira vez que as tentativas de driblar problemas ambientais dãoresultados opostos aos esperados: recentemente os cientistas anunciaram que osmesmos gases que salvaram a camada de ozônio agora ameaçam o clima - deresto, avisos contundentes para os apressados proponentes da geoengenharia.

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Bibliografia:

Potential Environmental Impacts from the Metals in Incandescent, Compact Fluorescent Lamp (CFL), and

Light-Emitting Diode (LED) Bulbs

Seong-Rin Lim, Daniel Kang, Oladele A. Ogunseitan, Julie M. SchoenungEnvironmental Science and TechnologyVol.: 47 (2), pp 1040-1047DOI: 10.1021/es302886m

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