ladrão de alegria

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    E-book digitalizado por: Levita Digital

    Primeira edio 2004

    Transcrio, reviso e estilizao:Rita Leite

    Editora Getsmani Ltda.Rua Leopoldina Cardoso, 326Bairro Dona Clara31260-240 Belo Horizonte, MG

    Contato pelo telefax: (0xx31) 3491 -2266

    Loja Virtual:www.editoragetsemani.com.br

    e-mail:[email protected]

    Igreja Batista GetsmaniRua Cassiano Campolina, 360Dona Clara31260-210 Belo Horizonte, MG(0xx31)3491-7676

    Capa: Salvador Santana

    NDICE

    Introduo

    1. A Alegria do Senhor

    2. A Tristeza da Inveja

    3. Entristecendo os Pais

    4. 0 Desperdcio

    5. Alegria Para Dar e Vender

    Concluso

    http://www.editoragetsemani.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]://www.editoragetsemani.com.br/
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    "Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces eenviai pores aos que no tm nada preparado para si; porque estedia consagrado ao nosso Senhor; portanto, no vos entristeais,

    porque a alegria do Senhor a vossa fora."(Neemias 8.10.)

    "Todos os dias do aflito so maus, mas a alegria do corao banquete contnuo."(Provrbios 15.15.)

    "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."(Filipenses4.4.)

    INTRODUO"Certo homem tinha dois filhos; o mais moo deles disse ao pai:"Pai, d-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres."Passados no muitos dias, o filho mais moo, ajuntando tudo o que era seu,

    partiu para uma terra distante e l dissipou todos os seus bens, vivendodissolutamente."(Lucas 15.11-13.)

    Essa uma das parbolas mais conhecidas da Bblia. Eu mesmo j ouvi muitas

    pregaes sobre esse texto.Jesus falou sobre um rapaz que se ausentou da casa do pai e foi experimentaras coisas do mundo l fora. Passou a viver sem nenhum limite. No se importavacom nenhuma regra. Fazia o que lhe dava prazer na hora. Com isso, gastou todo odinheiro que o pai lhe dera. Teve de trabalhar em condies precrias.

    Quando se deu conta de sua real condio, estava cuidando de porcos ealimentando-se pior do que aqueles animais. Arrependido, resolveu voltar para casa.

    O pai o esperava de braos abertos. Sua alegria ao ver o filho de volta, so esalvo, era transbordante. Estava to feliz que quis compartilhar com todos suaalegria. Resolveu comemorar. Deu incio a uma enorme festa.

    Bom, quase todo mundo conhece essa histria. E aqui eu quero falar sobre ooutro filho - o mais velho. Vejamos a continuao da parbola.

    "Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se dacasa, ouviu a msica e as danas.

    "Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo."E ele informou: Veio teu irmo, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque

    o recuperou com sade."Ele se indignou e no queria entrar; saindo, porm, o pai, procurava concili-lo."Mas ele respondeu a seu pai: H tantos anos que te sirvo sem jamais

    transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me comos meus amigos;

    "vindo, porm, esse teu filho, que desperdiou os teus bens com meretrizes, tumandaste matar para ele o novilho cevado.

    "Ento, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre ests comigo; tudo o que meu

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    teu."Entretanto, era preciso que nos regozijssemos e nos alegrssemos, porque esse

    teu irmo estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado."(Lucas 15.25-32.)

    Normalmente nos detemos apenas no procedimento do filho mais novo. Noentanto, a atitude do mais velho tambm negativa. O primeiro desperdiou os benslonge de casa. O outro desperdiou o tempo que tinha junto ao pai. Nunca usufruiu

    da riqueza que esteve todo o tempo sua disposio. Ao achar que ajudava o pai,economizando em no festejar, estava era desperdiando a alegria que estava ao seualcance sempre.

    Esse filho s acumulou amargura durante a vida. Depois despejou tudo no pai,na hora em que este experimentava grande alegria com o retorno do outro filho. Umdia que era para ser s de alegria e comemorao foi manchado pela atitude daquelerapaz.

    Como esse ladro de alegria, encontramos um punhado de outros que tambmconseguem roubar de ns a alegria do Senhor.

    Voc no deve ser um ladro de alegria. Deus quer que voc seja um

    semeador de alegria.

    Alegrai-vos no Senhor e regozijai-vos, justos, vs todos que sois

    retos de corao

    (Salmo 32.11)

    1

    A ALEGRIADO SENHOR

    "Onde estavas tu, quando eu lanava os fundamentos da terra?"Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe ps as medidas, se que o sabes? Ou

    quem estendeu sobre ela o cordel?"Sobre que esto fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra

    angular,"quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos

    os filhos de Deus?"(J 38.4-7.)A alegria algo que Deus inventou. A Bblia mostra que, mesmo antes de a

    Terra existir, a alegria j se fazia presente. Era com alegria que os anjos cantavam emanifestavam seu amor a Deus.

    DEUSUM DEUS ALEGRE!Deus um Deus de alegria. O Senhor alegre. Alguns pensam que Deus um

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    ser triste, mal-humorado, um verdadeiro desmancha-prazeres. A Bblia, porm,mostra que essa outra grande mentira de Satans. O Senhor criou a alegria, e ela para ns:

    "Mas vs folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que criopara Jerusalm alegria e para o seu povo, regozijo.

    "E exultarei por causa de Jerusalm e me alegrarei no meu povo, e nunca mais seouvir nela nem voz de choro nem de clamor."(Isaas 65.18,19.)

    Foi o prprio Deus quem disse: "Eu crio a alegria e o regozijo!"Uma das festas de Israel tinha como caracterstica sete dias de danas,descanso, comidas e bebidas! Era a Festa dos Tabernculos. Era um mandamento dealegria, como diz a prpria Bblia:

    "Alegrar-te-s, na tua festa, tu, e o teu filho, e a tua filha, e o teu servo, e a tuaserva, e o levita, e o estrangeiro, e o rfo, e a viva que esto dentro das tuascidades.

    "Sete dias celebrars a festa ao Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhorescolher, porque o Senhor, teu Deus, h de abenoar-te em toda a tua colheita e em

    toda obra das tuas mos, pelo que de todo te alegrars."(Deuteronmio 16.14,15.)

    O povo judeu era um povo alegre. Essa era a vontade de Deus para eles. Abno do Senhor estava sobre eles. Povo abenoado povo alegre. E ns, oscristos, temos de viver com alegria, pois somos abenoados pelo Senhor. Nossoscultos tm de ser alegres:

    "Celebraremos com jbilo a tua vitria e em nome do nosso Deus hastearemospendes; satisfaa o Senhor a todos os teus votos."(Salmos 20.5.)

    Em Nmeros, o Senhor manda que Moiss faa tocar trombetas para convocaro povo:

    "Da mesma sorte, no dia da vossa alegria, e nas vossas solenidades, e nosprincpios dos vossos meses, tambm tocareis as vossas trombetas sobre os vossosholocaustos e sobre os vossos sacrifcios pacficos, e vos sero por lembrana perantevosso Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus."(Nmeros 10.10.)

    Quando o povo voltou do cativeiro babilnico, Neemias registra o seguinte:

    "Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas queensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia consagrado ao Senhor, vosso Deus,

    pelo que no pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavrasda Lei.

    "Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai poresaos que no tm nada preparado para si; porque este dia consagrado ao nossoSenhor; portanto, no vos entristeais, porque a alegria do Senhor a vossa fora.

    "Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia santo;e no estejais contristados.

    "Ento, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar pores e a regozijar-segrandemente, porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas..."Acharam escrito na Lei que o Senhor ordenara por intermdio de Moiss que os

    filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do stimo ms..."Saiu, pois, o povo, trouxeram os ramos e fizeram para si cabanas, cada um no

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    seu terrao, e nos seus ptios, e nos trios da Casa de Deus, e na praa da Porta dasguas, e na praa da Porta de Efraim.

    "Toda a congregao dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas e nelashabitou; porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josu, filhode Num, at quele dia; e houve mui grande alegria."(Neemias 8.9-17.)

    Tempos depois, quando os muros foram reconstrudos e dedicados ao Senhor,todos os levitas foram convocados:

    "Na dedicao dos muros de Jerusalm, procuraram aos levitas de todos os seuslugares, para faz-los vir afim de que fizessem a dedicao com alegria, louvores,canto, cmbalos, alades e harpas...

    "No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifcios e se alegraram; pois Deus osalegrara com grande alegria; tambm as mulheres e os meninos se alegraram, demodo que o jbilo de Jerusalm se ouviu at de longe."(Neemias 12.43.)

    E quando o povo, pela primeira vez depois do cativeiro, comemorou a Festa dosPes Asmos, tambm foi com alegria:

    "Celebraram a Festa dos Pes Asmos por sete dias, com regozijo, porque o Se-nhor os tinha alegrado, mudando o corao do rei da Assria a favor deles, para lhes

    fortalecer as mos na obra da Casa de Deus, o Deus de Israel." (Esdras 6.22.)"Deus os alegrara."Essa expresso maravilhosa. Mostra que Deus o autor

    da alegria. ele quem nos alegra.Vrios autores bblicos falam bastante da alegria do Senhor:

    DAVI

    "Mais alegria me puseste no corao do que a alegria deles, quando lhes hfartura de cereal e de vinho."(Salmos 4.7.)

    "Tu me fars ver os caminhos da vida; na tua presena h plenitude de alegria,na tua destra, delcias perpetuamente."(Salmos 16.11.)

    "Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e mecingiste de alegria."(Salmos 30.11.)

    "Eu, porm, cantarei a tua fora; pela manh louvarei com alegria a tuamisericrdia; pois tu me tens sido alto refgio e proteo no dia da minha angstia."

    (Salmos 59.16.)"Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por ns; por isso, estamos alegres."

    (Salmos 126.3.)

    ISAAS

    "Tambm os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa deOrao; os seus holocaustos e os seus sacrifcios sero aceitos no meu altar, porque aminha casa ser chamada Casa de Orao para todos os povos."(Isaas 56.7.)

    "Um cntico haver entre vs, como na noite em que se celebra festa santa; ealegria de corao, como a daquele que sai ao som da flauta para ir ao monte doSenhor, Rocha de Israel."(Isaas 30.29.)

    JOEL

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    "No temas, terra, regozija-te e alegra-te, porque o Senhor faz grandes coisas."(Joel 2.21.)

    "Alegrai-vos, pois, filhos de Sio,regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque elevos dar em justa medida a chuva; far descer, como outrora, a chuva tmpora e aserdia."(Joel 2.23.)

    O SENHORSE ALEGRAPOR NS"... Como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrar o teu Deus." (Isaas62.5.)

    Jeremias fala de um Deus que sente alegria por ns:

    "Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plant-los-ei firmemente nestaterra, de todo o meu corao e de toda a minha alma."(Jeremias 32.41.)

    "Assim diz o Senhor: Neste lugar, que vs dizeis que est deserto, sem homens

    nem animais, nas cidades de jud e nas ruas de Jerusalm, que esto assoladas, semhomens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvir a voz de jbilo e de alegria, ea voz de noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam:

    Rendei graas ao Senhor dos Exrcitos, porque ele bom, porque a suamisericrdia dura para sempre..."(Jeremias 33.10,11.)

    A alegria de Deus no vem das coisas naturais da vida. No causada por umaboa disposio mental e fsica. uma alegria que vem do prprio Senhor. Vem de umDeus que nos contagia e de quem o profeta diz:

    "O Senhor, teu Deus, est no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitarem ti com alegria; renovar-te- no seu amor, regozijar-se- em ti com jbilo."(Sofonias3.17.)

    O Senhor se deleita em ns com alegria e vibra de jbilo! Alegremos, portanto, ocorao de Deus.

    No Novo TESTAMENTO

    O comeo do Novo Testamento alegre. O nascimento do Senhor Jesus seriamotivo de alegria para todos - no apenas alegria, mas grande alegria:

    "E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glria do Senhor brilhouao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

    "O anjo, porm, lhes disse: No temais; eis aqui vos trago boa-nova de grandealegria, que o ser para todo o povo:

    "E que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que Cristo, o Senhor. "(Lucas 2.9-11.)

    E Jesus diz que o cu lugar de gozo, regozijo e alegria:

    "Digo-vos que, assim, haver maior jbilo no cu por um pecador que se ar-repende do que por noventa e nove justos que no necessitam de arrependimento. "(Lucas 15.7.)

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    O livro dos Atos dos Apstolos conta o incio da igreja. uma histria desofrimentos, perseguies e morte por amor a Cristo. Mas tambm cheio de alegria:

    "Ento, Paulo e Barnab, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vsoutros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitaise a vs mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis a que nos volvemos para os

    gentios..."Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, ecreram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E divulgava-se a

    palavra do Senhor por toda aquela regio."Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posio e os principais

    da cidade e levantaram perseguio contra Paulo e Barnab, expulsando-os do seuterritrio...

    "Os discpulos, porm, transbordavam de alegria e do Esprito Santo." (Atos13.46-52.)

    "Enviados, pois, e at certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as

    provncias da Fencia e Samaria e, narrando a converso dos gentios, causaramgrande alegria a todos os irmos."(Atos 15.3.)

    O apstolo Paulo, apesar de todas as perseguies e sofrimentos pelos quaispassou, escreveu aos filipenses:

    "Assim, vs tambm, pela mesma razo, alegrai-vos e congratulai-vos comigo. "(Filipenses 2.18.)

    "Quanto ao mais, irmos meus, alegrai-vos no Senhor..."(Filipenses 3.1.)

    "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos."(Filipenses 4.4.)

    Por que a Bblia mostra tanta alegria? Porque Deus um Deus alegre, e vontade dele que todos ns sejamos plenos de alegria. A alegria um presente deDeus. Na verdade, o prprio Senhor. Ele deve ser nossa alegria, uma alegria quenos d fora para viver.

    "Ento, irei ao altar de Deus, de Deus, que a minha grande alegria; ao som da

    harpa eu te louvarei, Deus, Deus meu."(Salmos 43.4.)

    Cara feia no produz amigos!Mas h uma coisa que ela

    produz: rugas!

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    A TRISTEZADA INVEJA

    "Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu luz a Caim..."Depois, deu luz a Abel, seu irmo.

    Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador."Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao

    Senhor."Abel, por sua vez, trouxe das primcias do seu rebanho e da gordura deste.

    Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua ofertano se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.

    "Ento, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teusemblante?...

    "Disse Caim a Abel, seu irmo: Vamos ao campo. Estando eles no campo,

    sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmo, e o matou."(Gnesis 4.1-8.)Inveja. Ladra de alegria. A Bblia diz que Caim se irou "e descaiu-lhe o

    semblante". A inveja rouba a alegria, a harmonia, e a paz.Foi o que aconteceu com o irmo do filho prdigo:

    "Ora, o filho mais velho estiver a no campo; e, quando voltava, ao aproximar-seda casa, ouviu a msica e as danas.

    "Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo.E ele informou: Veio teu irmo, e , teu pai mandou matar o novilho cevado,

    porque o recuperou com sade."Ele se indignou e no queria entrar;... saindo, porm, o pai, procurava concili-lo.

    "Mas ele respondeu a seu pai: H tantos anos que te sirvo sem jamaistransgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me comos meus amigos;

    "vindo, porm, esse teu filho, que desperdiou os teus bens com meretrizes, tumandaste matar para ele o novilho cevado..."(Lucas 15.25-32.)

    Quando o filho mais novo voltou, o pai correu ao encontro dele, o abraou, o

    beijou e levou-o para casa. Ps roupa nova nele, colocou um anel em seu dedo emandou matar o novilho cevado, um bezerrinho novo, o mais especial.

    Chamou os msicos, pessoas que tocavam violo, e fizeram uma grande festa.Foi uma daquelas festas repentinas, que fazemos quando algum, que estava longe,volta para casa.

    E todos se alegravam e danavam, festejando a volta daquele filho que estavaperdido e voltara para casa. Imagine a alegria deles! Quem j perdeu um entequerido, pode imaginar a alegria que aquele pai e seus amigos estavam sentindo.

    O filho mais velho estava no campo, trabalhando. A tarde ele volta, escuta obarulho da festa, o som. Ele chama o empregado:

    "O que est acontecendo a em casa? Que som esse de festa?"O empregado diz:"Seu irmo voltou. Seu irmo, que estava perdido, voltou para casa, e o seu pai

    est muito feliz por isso. Ele matou o novilho cevado, fez um churrasco. E feriado

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    aqui na fazenda."O irmo mais velho ficou com raiva. Ficou emburrado. Ficou chateado. E

    permaneceu do lado de fora. No quis entrar. O servo foi l dentro e falou com o pai:"O seu filho mais velho chegou. Mas est havendo um problema, pois ele no

    quer entrar."O pai teve de sair da festa. Ele foi l fora e disse ao filho mais velho:"Meu filho, vamos entrar. Est tudo bem. Vamos entrar."

    E o filho, ento, "abre a torneira" e despeja:"Olha, esse seu filho gastou com meretrizes todo o dinheiro que o senhor deupara ele. Ele no vale nada. Ele foi embora sem pensar no senhor. Agora ele voltapara casa e o senhor faz uma festa para ele. Eu estou sempre aqui trabalhando parao senhor, nunca lhe desobedeci, nunca o magoei, e o senhor nunca me deu nem umcabrito para comemorar com os meus amigos. Para esse seu filho, o senhor d onovilho cevado."

    E o pai diz:"Meu filho, voc sempre esteve aqui comigo, perto de mim. Seu irmo estava

    morto e reviveu. Ele estava perdido e foi achado. Vamos entrar, vamos nos alegrar,

    vamos saltar de alegria."Aquele rapaz tinha inveja do seu irmo. Invejou o amor que o pai tinha por ele.

    No conseguia ver que era amado do mesmo jeito. E com isso roubou a alegria dopai.

    A inveja a causa da maioria dos atos que roubam a alegria e acabam com afesta.

    "Cruel o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir inveja?"(Provrbios27.4.)

    Existem pessoas que no ficam satisfeitas com a alegria dos outros. Elas no sesentem bem quando vem algum alegre.

    Temos a impresso de que as pessoas que moram perto das igrejas evanglicasquerem ver um lamento, uma dor e um sofrimento, um culto fnebre, todos os dias.Como incomoda o louvor a Deus! Como incomoda a alegria dos crentes! Eimpressionante como as pessoas no gostam de ver os outros alegres.

    Certo dia, uma irm me disse:"Pastor, eu me aprontei, fiz um regime, fiquei toda bonita. Estava vindo para a

    igreja, para o encontro de mulheres. Eu estava muito feliz. Aproximei-me do meu

    marido e disse: 'Meu bem, eu vou voltar mais sbia para voc. Estou indo para oencontro das mulheres. Vou voltar mais alegre para voc."Ironicamente, o marido respondeu:"Voc no me engana, no. Est indo para encontrar com o pastor."A mulher ficou desarmada. Foi uma expresso to feia, to pesada, que

    machucou a alma dela. Ela foi at o porto, tentou tirar o carro da garagem, mas noconseguiu nem dirigir. Entrou em casa, trocou a roupa e disse ao marido:

    "No vou mais sair."Vendo que ferira profundamente a esposa, ele disse:"No, eu estava brincando. Pode ir.

    Mas ele j havia roubado a alegria da esposa. Mesmo que ela fosse igreja, noseria mais a mesma coisa. Aquele marido talvez tivesse inveja da felicidade e daalegria que sua esposa demonstrava quando falava das coisas de Deus, das ma-ravilhas que vivia na igreja. Ento, dizia aquelas coisas para feri-la, para roubar delaa alegria de estar em comunho com o Senhor e com os irmos da igreja.

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    Existem pessoas que so assim. No gostam de ver ningum feliz. No gostamde ver ningum expressando os sonhos. Elas do logo um jeito de matar o sonho dapessoa. Do um jeito de ferir, de machucar. Na hora do regozijo, da alegria, da festa,do prazer, da satisfao, elas vo l e do uma palavra, uma ministrao, que tira apaz e a alegria.

    No conseguem ser felizes, no possuem a alegria. Por isso, tentam roubar aalegria dos outros.

    Certa vez, a nossa igreja deu um almoo, a coisa mais linda, de con-fraternizao, de comunho. O objetivo era angariar fundos para a compra de umterreno. Na poca, eu ainda no era o pastor da igreja, mas fiquei sabendo dahistria.

    Na hora de servir o almoo, a pessoa encarregada de servir o frango colocouuma coxa no prato de um irmo e uma asa no prato de outro. Foi armado oproblema. Ele ficou bravo:

    "Para ele coxa, para mim asa?!"Largou o prato e falou: "Nunca mais volto aqui; uns levam coxa, outros, asa."O irmo que recebera a coxa ainda tentou acalm-lo, oferecendo-lhe a coxa.

    Mas ele j no queria mais.Roubou a alegria da festa. Todos ficaram constrangidos. Um momento que era

    s alegria e confraternizao foi abalado por um ladro de alegria.Existem aqueles que no sonham, no tm um alvo para a vida. Mas, se vem

    algum com sonhos, com planos, logo do um jeito de acabar com tudo.Menosprezam o sonho da pessoa ou ento a criticam, dizendo que no tem condiode alcanar aquilo que sonhou. Roubam a alegria, machucam, ferem.

    Satans foi o primeiro ladro de alegria. Invejou o homem no den e fez tudopara acabar com a alegria. Se ele no podia ter a alegria de uma comunho com oSenhor, ningum mais poderia ter.

    Infelizmente, conseguiu. Fez com que Eva comesse o fruto proibido. Assim, eletirou a paz. O prazer da comunho com Deus foi roubada pelo diabo.

    "Esta no a sabedoria que desce l do alto; antes, terrena, animal e de-monaca."(Tiago 3.15.)

    O homem sbio aquele que no

    se entristece com as coisas que notem, mas se alegra com as que tem.

    3

    ENTRISTECENDO os PAIS

    Certa ocasio, eu fui visitar uma irm querida aqui da igreja. O sonho dela eraque o pastor a visitasse. Ela estava sempre me convidando para ir casa dela.

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    Aquela irm demonstrava que se alegraria muito com uma visita minha sua casa.Eu ficava muito comovido com o carinho dela.

    Algum tempo depois, num momento de grande alegria, de grande satisfao, elatornou a me convidar:

    "Pastor, eu ficaria muito feliz se o senhor pudesse ir minha casa."Eu tinha muita vontade de ir casa dela, mas faltava-me oportunidade, pois

    naquela ocasio a minha agenda estava sempre cheia. Naquele dia, contudo, eu senti

    que j havia passado da hora de eu dar uma alegria quela irm. Na verdade, eutambm me regozijaria muito, pois bom saber que somos amados e que nossapresena desejada.

    Ento, marquei com ela o dia da visita. Na hora marcada, cheguei casa dela, efui recebido com muita ateno.

    Ela preparou um po de queijo, e um cafezinho. Achava-se muito feliz - opastor estava na casa dela! Coisa tremenda, no ?

    Quando eu no era pastor, eu ficava imaginando como seria bom se o pastorfosse minha casa. Devia ser um negcio tremendo.

    E ela estava regozijante, feliz. Quando estvamos no auge da conversa na sala,

    comendo um po de queijo, tomando um cafezinho, naquela alegria, a filha delachegou.

    A me disse para ela:"Filha, olha o pastor a. Cumprimenta o pastor.E a moa me dirigiu um olhar frio e disse:"Oi, tudo bem?"Eu pensei: "Tem ladro de alegria no pedao". Da a pouco, ela passa pela sala

    e vai l para o quarto. evidente quando uma pessoa quer estragar a alegria dosoutros. Da uns cinco minutos, ela gritou:

    "Me! Vem c! Me!"

    E a me disse:"Pastor, espera um pouquinho que eu vou ali, t? Minha filha chegou do

    servio."A a me entrou e demorou uns dez minutos. A gente escuta um cochicho, no

    ?! Mesmo sem querer, senti que ela estava tentando acalmar a filha. Pouco depois,escutei a batida da porta. A me veio e disse:

    "No repara no, pastor, essa porta vem e bate mesmo. Essa porta assimmesmo. Eu vou buscar mais po de queijo."

    Ela buscou o po de queijo, ps o cafezinho. E continuou a conversar:

    "Mas, pastor, como agente estava contando..."A alegria daquela irm era visvel. Como era bom saber que ramos causa daalegria de algum! Pouco depois, a moa chega na sala e, irada, diz:

    "O me, cad a minha blusa? Eu j falei com a senhora que eu no quero aminha irm usando a minha blusa!"

    "Ah, filha, espera a, vai com outra. Usa outra roupa.Aquela moa era uma "jararaca" mesmo, cheia de veneno."O me, depois a senhora conversa a, depois v essas coisas da igreja a. Eu

    quero minha blusa. Agora! Se vira."Ah, eu vi como a alegria vai embora. Como aquela pessoa roubou a alegria! Eu

    no sabia se ia embora, porque quando algum est brigando assim, voc visita,no sabe se vai embora, no sabe se fica, no sabe se ora, no sabe se tenta separara briga, se tenta acalmar. Ento fiquei quieto. Fiquei ali calado. A gente fica semao. E a me:

    "Pastor, ela est nervosa, ela est... Essa menina est meio nervosa esses dias.

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    Vamos l, minha filha.""No, eu quero a blusa! Quando ela chegar, a senhora vai ver."E ela abria e fechava a porta do quarto, batendo com fora, reclamando e

    fazendo ameaas. Uma confuso, uma coisa feia.Aquela mulher havia programado uma noite de alegria, uma noite de festa. E a

    filha dela no sossegou enquanto no roubou a alegria daquela noite.No final da histria, l pelas nove e meia, quinze para as dez, eu levantei para ir

    embora, e a me me disse:"Pastor, o senhor me perdoa; o senhor perdoa minha filha?""Perdo, irm. Eu estou acostumado com esses ladres de alegria."Mas ela me acompanhou l fora, chorando. Foi terrvel. Era uma noite de festa,

    noite de satisfao. Aquela moa, porm, roubou a alegria, roubou o direito da mede ser feliz.

    Quem tem irmos, deve tomar muito cuidado para no ser uma pessoa querouba a alegria da sua casa. Tem de respeitar as visitas. Precisa respeitar assituaes dentro de casa. Foi isso que o irmo do filho prdigo fez. Ele tirou a alegriada casa.

    Muitos fazem isso. So filhos problemticos. Roubam a alegria dos outros, notm prazer e no gostam que os outros tenham prazer. So intragveis, carrancudos,nervosos, chateados. Ningum pode mexer nas coisas deles.

    Precisamos aprender a viver bem. Temos de compreender que uma vida dentrode casa tem de ser bem-vivida, com alegria, compreenso e camaradagem.

    Os pais no podem roubar a alegria dos filhos; o esposo no pode roubar aalegria da esposa; nem a mulher, a alegria do marido. O lar foi projetado por Deuspara ser um lugar de alegria, no de discusses, brigas e desentendimentos.

    "Melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda."

    (Provrbios 21.19.)

    "E vs, pais, no provoqueis vossos filhos ira..."(Efsios 6.4.)

    "... Alegraram-se, portanto, osdiscpulos ao verem o Senhor."

    (Joo 20.20.)

    4

    O DESPERDCIO

    Certa vez, ouvi falar de um senhor que estava descontente com seu trabalho,

    com sua famlia, com a vida de um modo geral, e resolveu fugir de tudo. Entrou paraum mosteiro onde fez voto de silncio. Era-lhe permitido dizer apenas duas palavrasa cada cinco anos.

    Isso timo! pensou. No terei estresse, ningum ir incomodar-me, e tudo minha volta silncio.

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    L permaneceu cinco anos sem dizer uma nica palavra. Ao final do perodo,seu superior o chamou e disse:

    "Voc tem direito a duas palavras. Gostaria de dizer alguma coisa?"Respondendo que sim com um gesto de cabea, disse:"Comida ruim!"Passados mais cinco anos, durante os quais no pronunciou uma nica slaba,

    mais uma vez seu superior o chamou e indagou-lhe se desejava dizer alguma coisa.

    Novamente, anuindo com um gesto de cabea, disse:"Cama dura!"Seguiram-se ainda mais cinco anos e, como das vezes anteriores, seu superior

    o chamou e perguntou-lhe se desejava falar alguma coisa.Desta vez, ele disse:"Eu desisto!"Seu superior respondeu:"No me surpreendo nem um pouco. Desde que voc chegou aqui a nica coisa

    que fez foi reclamar!"Desperdcio: esse homem desperdiou duplamente sua vida: afastou-se do

    mundo e dos seus por causa da insatisfao, e no mosteiro continuou insatisfeito. E,apesar de no falar, mostrava sua insatisfao, tirava a paz dos outros.

    O dicionrio diz que prdigo aquele que "despende com excesso; dissipador,esbanjador".

    Apesar de conhecermos s o filho mais novo como prdigo, aquele que dissipouo dinheiro que recebera do pai e se afastara da presena paterna, o mesmo pode serdito do mais velho.

    Ele tambm era um desperdiador. Como seu irmo mais novo, no soubeaproveitar as bnos e a comunho do lar paterno. O caula estava insatisfeito coma vida e saiu de casa; o mais velho, no entanto, estava insatisfeito e no fez nada.

    Continuou em casa - morto, perdido e frustrado.E, como esse rapaz, muitos esto descontentes e frustrados. Vivem a

    murmurar, a reclamar, as remoer os insucessos, as injustias, com a alma amarga esombria.

    So os ladres de alegria. E, infelizmente, a igreja est cheia deles. Quantasvezes, tive de consolar um irmo ferido por um desses ladres de alegria! Eles ferem,magoam, tiram a alegria.

    Os exemplos so muitos: Algum passa no vestibular, e vem todo feliz contarpara algum:

    "Olha, passei no vestibular!""Passou em qu?", o "ladro" pergunta."Em pedagogia.""Ah! Qualquer um passa em pedagogia. Eu li no jornal que no era nem um por

    vaga."Isso terrvel! Mata a alegria da pessoa. Ela estava to feliz, conseguira algo

    que sonhava h tanto tempo!Ou ento, um irmo chega todo feliz na igreja, convidando para a sua

    formatura. Ento, um "ladro" pergunta:"Voc est formando em qu?"

    "Direito. Vou ser um advogado, para honra do Senhor!""Ih! No meu servio est 'assim' de advogado vendendo enciclopdia,trabalhando at de auxiliar administrativo."

    Ladro de alegria! Rouba a alegria dos outros.Quando eu comprei o meu Fiat 147, fiquei todo feliz. Ele estava inteirinho,

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    bonito. Eu parei na frente da igreja, satisfeito, mostrando para os irmos. A algumchegou e disse:

    "Pastor, o senhor sabe o que significa Fiat?""No.""Fui Iludido, Agora Tarde."Ladro de alegria. Mas, graas a Deus, aquele carrinho me deu muitas alegrias.

    Foi muito til na construo da igreja.

    Poderia escrever muito mais pginas sobre os "prdigos", os "ladres dealegria". Infelizmente, exemplo o que no falta.Todos tm uma caracterstica em comum: perdem a bno de se relacionarem

    com as pessoas. Desperdiam o amor, o carinho, a paz de uma boa convivncia.Foi o que fez o irmo do filho prdigo: da mesma forma que o seu irmo, apesar

    de estar junto do pai, vivia isolado, s, insatisfeito, triste. E fazia tudo para que osoutros se sentissem assim tambm.

    5

    ALEGRIA PARA DARE VENDER

    Certa vez, li a histria de um senhor, chamado de "Ppi", que tinha falecido aosoitenta e tantos anos.

    Os amigos que compareceram ao funeral vieram de vrios estados. Ele havianascido na Gergia, nos EUA; mudara-se para Detroit.

    S que seu enterro no era um cerimonial tpico dessas ocasies. Cincominutos antes de iniciar o servio religioso, os parentes e amigos rodeavam o caixo e

    estavam realmente se abraando, sorrindo e at mesmo rindo alto. Parecia mais umacelebrao de uma data festiva!Afinal, algum percebeu o que estava acontecendo e resolveu explicar."Vocs compreendem. Ppi gostaria que isto fosse assim mesmo. E se ele

    pudesse, garanto como estaria em p aqui conosco divertindo-se a valer."E era verdade. Ppi amava a vida. Estava sempre sorrindo. E no se importava

    de desviar-se do seu caminho para ajudar algum. Portanto, quando seus amigosvieram cumpriment-lo pela ltima vez, trouxeram-lhe o melhor presente possvel -alegria.

    "Todos os dias do aflito so maus, mas a alegria do corao banquetecontnuo."(Provrbios 15.15.)

    Devemos ser semeadores de alegria. Temos de "espalhar" a alegria de Deus aonosso redor. Para isso fomos chamados, para falar desse maravilhoso amor que nosd alegria, tira foras da fraqueza, alimenta nossos sonhos.

    No podemos "fazer o jogo de Satans", roubando a alegria daqueles que seaproximam de ns.

    Tenho procurado agir como um alimentador da alegria. Devemos alegrar aspessoas, no deix-las tristes.

    Certa ocasio, um irmo chegou todo animado e me disse:"Pastor, olha o carro que comprei. No arrumadinho?"O carro era velho, mas estava conservado. Em vez de enfatizar a "idade" do

    carro, respondi:

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    "Sim, irmo, seu carro est bem conservado. Vai ser bno na sua vida."Ele foi embora alegre. Essa nossa misso: encorajar as pessoas, torn-las

    alegres.Infelizmente, a maioria no age assim. A moa corta o cabelo, a pessoa diz:"Ih! Ficou parecendo homem!"Uma irm chega perto de um grupinho e diz:"Estou fazendo regime. J emagreci uns dois quilos!"

    Ento, algum diz:"No parece, voc est mais gorda ainda."No isso que Deus quer que faamos.Vamos enfatizar as caractersticas positivas das pessoas. Vamos encorajar

    aqueles que esto perto de ns. Sejamos como Jesus, no como Satans.Faamos tudo para que nossa casa seja uma casa de festas, de alegria, de

    prazer.Se algum nos mostrar algo, e no pudermos elogiar, fiquemos calados.Se algum disser que recebeu um aumento de trinta reais, no menospreze,

    dizendo que ganha isso por dia. Pelo contrrio, mostre alegria, anime a pessoa a

    continuar trabalhando bem para que possa ser honrada.No menospreze as conquistas de ningum. No tire a alegria dos outros.Deus nos chama para sermos semeadores de alegria. A nossa misso a

    mesma de Jesus:

    "O Esprito do Senhor Deus est sobre mim, porque o Senhor me ungiu parapregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de corao,a proclamar libertao aos cativos e a pr em liberdade os algemados;

    "a apregoar o ano aceitvel do Senhor e o dia da vingana do nosso Deus; aconsolar todos os que choram

    "e a pr sobre os que em Sio esto de luto uma coroa em vez de cinzas, leo dealegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de esprito angustiado; afim de quese chamem carvalhos de justia, plantados pelo Senhor para a sua glria." (Isaas61.1-3.)

    Esta a vontade de Deus para ns: semear alegria. Anunciemos as boas-novasaos quebrantados. Consolemos os que choram. Coloquemos leo de alegria em vez depranto; louvor em vez de um esprito angustiado.

    Comecemos agora mesmo a "ter alegria para dar e vender"!

    CONCLUSO

    A alegria para ns, que conhecemos o Senhor Jesus, no uma opo. O nossoDeus fonte de alegria, de regozijo. Em toda a Bblia encontramos orientao paranos alegrarmos.

    A alegria do Senhor a nossa fora.Se no nos apropriarmos dessa alegria que est nossa disposio, vamos nos

    enfraquecer. Ela a nossa "vitamina".No podemos, de jeito nenhum, adotar a mesma postura do filho mais velho.

    Isso entristece o corao do Pai.Devemos nos alegrar com nossos irmos. Temos de aproveitar essa alegria que

    o Senhor nos d graciosamente. S assim, transbordantes de alegria, podemossemear o gozo no corao dos que sofrem.

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    Voc no deve ser um ladro de alegria. Deus quer que voc seja umsemeador de alegrias.

    "Que formosos so sobre os montes os ps do que anuncia as boas-novas, quefaz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvao, que diz a Sio: Oteu Deus reinai"(Isaas 52.7.)