lab jovem #4 - andres sanchez; qual legada da copa do mundo para a juventude?

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#4 JOVEM www.AGENCIABLITZ.COM.BR Andrés Sanchez fala sobre o Legado da Copa para a Juventude Maio/2014

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Page 1: Lab Jovem #4 - Andres Sanchez; Qual legada da Copa do Mundo para a juventude?

#4JOVEM

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Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

Andrés Sanchezfala sobre o Legado da Copa para a Juventude

Maio/2014

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COMUNICAÇÃO JOVEM

Agência BlitzComunicação Jovem & Marketing UniversitárioRua Prof. Rubião Meira, 59 - Metrô SumaréCEP 05409-020 São Paulo - SPTelefone (11) [email protected]

TEXTOTalita LimaMTB: 73870/SP

DIAGRAMAÇÃOHannah Prado

FOTOGRAFIAMario Jonas Gardiano

Copyright (C) 2014 Agência Blitz Propaganda Ltda.

Todos os direitos reservados.Reprodução total ou parcial do conteúdo editorialpermitida desde que citada a fonte.

Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

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Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

COPA2014

Andrés Sanchez frente a frente coma juventude que torce, que resiste,

mas sobretudo, que pensa!

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

Page 4: Lab Jovem #4 - Andres Sanchez; Qual legada da Copa do Mundo para a juventude?

Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influência do megaevento esportivo no país.

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

Page 5: Lab Jovem #4 - Andres Sanchez; Qual legada da Copa do Mundo para a juventude?

Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

"É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade"

- Andrés Sanchez

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

Page 6: Lab Jovem #4 - Andres Sanchez; Qual legada da Copa do Mundo para a juventude?

Organizado pela Agência Blitz com os apoios da Faculdade Sumaré e da Eventials, o LabJovem chegou à sua quarta edição contando com a participação de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e atual responsável pelas obras da Arena do clube, que sediará a abertura da Copa no Brasil.

Adorado pela torcida, admirado por ter concretizado o sonho de um estádio do time, mas também muito criticado pela mídia, Sanchez foi recebido no auditório lotado da faculdade na noite de 29 de maio. O evento reuniu jovens estudantes, profissionais de comunicação e marketing e demais interessados, além de contar com as presenças do Secretário de Esportes da cidade de Campo Limpo Paulista, César Augusto de Assis, de Guilherme Ginjo, Coordenador de Marketing e Relações Internacionais da De Montfort University (DMU) da Inglaterra e de Marcelo Rocha, Geren-te de Marketing da marca de preservativos Preserv.

Embora o convidado especial não tenha fugido de temas polêmicos levantados pela plateia, como sua conturbada relação com a imprensa e denúncias envolvendo a construção da Arena, a ocasião favoreceu aspectos construtivos da influên-cia do megaevento esportivo no país. Entraram na pauta do debate questões de interesse coletivo, especialmente para a parcela jovem da população, como desenvolvimento do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, oportunidade de novos negó-cios, desevolvimento tecnológico, geração de emprego e fomento ao esporte.

PALAVRAS DE ORDEM

A conversa lembrou a atual resistência à Copa por uma parcela da juventude e questionou se ainda seria possível estimular que esses jovens abraçassem a causa do grande evento. “Já fiz muita passeata, já reclamei muito. Mas acho que esses jovens que estão indo reclamar estão pegando um gancho errado. Concor-do que tem que reclamar do hospital, da escola, da faculdade, da segurança, mas não concordo em usar a Copa como se tudo estivesse ruim por causa disso. Não acho justo”, disse o ex-presi-dente do Corinthians.

Na visão de Sanchez, a resistência neste momento não faz sentido. “Nós sabíamos que teria Copa aqui desde o final de 2006. Naquele momento a população poderia ter se organizado para ter ou não ter Copa no Brasil, não agora, às vésperas do evento”, disse.

“Conseguimos ainda reverter o quadro de revolta?” - perguntou

César Augusto de Assis, Secretário de Esportes de Campo Limpo Paulista. “Tenho 50 anos, ainda tenho esperança. Temos que acreditar senão estamos perdidos. Brasileiro tem mania de achar que todo mundo é pilan-tra. Isso é cultural. Às vezes a critica pejorativa acaba valendo mais do que um benefício feito. No futebol, o cara pode administrar mal, roubar, mas se ganhou o campeonato, ótimo. Se você faz tudo certo mas perde o cam-peonato, você é ladrão também e ainda pé frio”, declarou Andrés, provo-cando risos na plateia.

LEGADO PARA A ZL

Para a Zona Leste da cidade, especialmente em suas áreas mais distantes, um estádio de futebol pode promover um desenvolvimento social nunca antes visto. “São coisas que deviam ter feitas há vinte anos e não fizeram. Mas eu espero que continuem fazendo. É óbvio que para a Zona Leste a Copa do Mundo é um belo legado. A região vai se transformar em uma das melhores da cidade. Hoje é uma “zona dormitório” com 4 milhões de habitantes que precisam sair de lá pra ir trabalhar. Então os novos empre-endimentos vão ajudar bastante aquela área que sempre foi muito discri-minada”, declarou.

“É provado que quando se faz uma arena de futebol ou de eventos nos 100 quilômetros em volta o desenvolvimento é muito rápido e crescente. A Zona Leste, especialmente Itaquera, está tendo benefícios, deve conse-guir trazer grandes empresas e grandes negócios”, afirmou Andrés que também acumula experiências como Chefe da Delegação Brasileira da Copa na África do Sul (2010) e Diretor de Seleções da CBF (2011-2012).

ITAQUERÃO

“O Corinthians iria fazer um estádio independente de ser abertura de Copa ou não. Mas com certeza foi uma vitória muito grande. Porém é um estádio que as pessoas ainda não entenderam. Não é só para o time de futebol. É um centro de convenções, tem um pequeno shopping, tem 40.000 m² para ser usado para qualquer tipo evento”, ressaltou Andrés.

Entre as várias polêmicas envolvendo o nome da Arena houve a que dizia que o ex-Presidente Lula havia dado o estádio para o Corinthians. Sobre este assunto, Sanchez foi categórico. “A única participação do Lula, até como conselheiro do Corinthians, foi me chamar e dizer que se conseguis-se colocar o projeto de pé que não fosse no Pacaembu e sim em Itaque-ra. A maioria no Corinthians não queria Itaquera. Eu também briguei para que fosse lá, fui um dos poucos. Vamos deixar esse legado para a Zona Leste. Hoje você vê sendo noticiados os incentivos fiscais direcionados a empresas que se instalarem lá”, argumentou.

Segundo Andrés, há investimentos governamentais para corrigir as defici-

ências em infraestrutura tecnológica e de mobilidade urbana. “Celular às vezes não funciona nem na Paulista, imagine no fundão da Zona Leste? O trem e o metrô para a Zona Leste é muito bom, no jogo-teste não houve problema nenhum. Obviamente precisa melhorar, mas o melhor jeito de ir pra lá é mesmo pegando metrô ou trem. Vamos torcer para que após a Copa as empresas que estão indo pra lá invistam em mais melhorias”, disse.

“Eu fico louco quando ouço falar no 'aeroporto pra Copa'. Os aeroportos são nossos, com ou sem Copa. Não tem que melhorar aeroportos por causa disso, tem que melhorar por causa do Brasil”, completou Andrés.

TURISMO

O forte apelo turístico do Brasil, agora potencializado pela Copa, fez fomentar ações do governo que qualificam jovens para funções como baristas, garçons, auxiliares de cozinha e recepcionistas, como informa o Portal da Copa, site oficial do Governo Federal com conteúdo acerca do evento. O Pronatec Turismo tem formado jovens em situação de vulnerabi-lidade em cada uma das dozes cidades-sede, diz o site. Ainda de acordo com o portal, o Brasil pretende ser a terceira maior economia turística do mundo até 2022. Para Andrés Sanchez, há muito trabalho a ser feito nesta área.

“Nós teríamos que receber os turistas de maneira muito melhor. Não como pessoas, mas como estrutura, para que eles voltem”, disse. Contudo, Sanchez também acredita que falta aos brasileiros saber responder às críticas externas quanto à criminalidade no país. “Estive em um grande hotel em Paris e me disseram para não ir em determinadas ruas porque seria perigoso. Isso ninguém fala, porque é Paris. Em Nova Iorque existem ruas onde você não pode andar a pé. Mas Nova Iorque é Nova Iorque”, ironizou.

CONVIDADO ESPECIAL

Andrés Sanchez contou que dificilmente deixa de comparecer a eventos em escolas, faculdades e ONGs e o que mais o motivou a aceitar o convi-te da Agência Blitz para o LabJovem#4 foi pela possibilidade do diálogo direto com a juventude. “A Blitz faz um trabalho muito legal que parte dos jovens. Acho muito interessante porque todo mundo ouve e lê muita coisa por aí que nem sempre é verdade. A imprensa já especulou muito sobre a minha vida pessoal e isso me incomoda. Então o que me incentiva a estar aqui é poder falar quem eu sou, do jeito que eu sou, com defeitos e virtudes. Mostrar um pouco a minha cara, que não é muito bonita, mas 'vamo que vamo'”, finalizou.

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Maio/2014