la paix du parnasse a arte da fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais...

5
La Paix du Parnasse A Arte da Fuga

Upload: dinhdat

Post on 19-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: La Paix du Parnasse A Arte da Fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico,

La Paix du ParnasseA Arte da Fuga

Page 2: La Paix du Parnasse A Arte da Fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico,

15 outubro 2017Pequeno Auditório / 17h / M/6 anos

PArceiro mediA teMPorAdA 2017

APoioPArceiro institucionAL

La Paix du ParnasseA Arte da FugaAntónio Carrilho flautas de bisel e direção musical

Pepa Megina oboé barroco

António Santos sacabuxa tenor

Guillermo Salcedo fagote barroco

Carlos Gallifa violino barroco

Juan Mesana viola barroca

Javier Aguirre viola da gamba

Catherine Strynckx violoncelo barroco

Johann Sebastian Bach A Arte da Fuga

CCB > CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELíSIO SuMMAvIELLE Presidente / ISABEL CORDEIRO VogAL / LuíSA TAvEIRA VogAL / secretAriAdo JOÃO CARé / LuíSA INêS FERNANDES / RICARDO CERquEIRADIREÇÃO DE ARTES PERFORMATIvAS ProgrAMAção ANDRé CuNHA LEAL / FERNANDO LuíS SAMPAIO / dePArtAMento de oPerAções / coordenAdorA PAuLA FONSECA / Produção INêS CORREIA / PATRíCIA SILvA / HuGO CORTEz / JOÃO LEMOS / vERA ROSA / direção de cenA PATRíCIA COSTA / JOSé vALéRIO / TâNIA AFONSO / CATARINA SILvA / FRANCISCA RODRIGuES / SOFIA SANTOS / secretAriAdo do dePArtAMento de oPerAções SOFIA MATOS / DEPARTAMENTO TéCNICO coordenAdor PEDRO RODRIGuES / chefe técnico de PALco RuI MARCELINO / Adjunto dA coordenAção técnicA PEDRO CAMPOS / técnicos PrinciPAis LuíS SANTOS / RAuL SEGuRO / técnicos executiVos F. CâNDIDO SANTOS / CéSAR NuNES / JOSé CARLOS ALvES / HuGO CAMPOS / MáRIO SILvA / RICARDO MELO / RuI CROCA / HuGO COCHAT / DANIEL ROSA / JOÃO MOREIRA / FáBIO RODRIGuES / chefe técnico de AudioVisuAis NuNO GRáCIO / chefe de equiPA de AudioVisuAis NuNO BIzARRO / técnicos de AudioVisuAis EDuARDO NASCIMENTO / PAuLO CACHEIRO / NuNO RAMOS / MIGuEL NuNES / chefe de MAnutenção PAuLO SANTANA / técnicos de MAnutenção LuíS TEIxEIRA / víTOR HORTA / secretAriAdo do dePArtAMento técnico YOLANDA SEARA

foto de cAPA: António cArriLho © ritA deLiLLe

Page 3: La Paix du Parnasse A Arte da Fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico,

N O T A S A O P R O G R A M A

decorridos mais de dois séculos e meio desde que j. s. Bach compôs A Arte da Fuga (die Kunst der Fuge), esta permanece uma obra de grande complexidade, amplamente executada em todo o mundo e envolta em mistério. sendo a última obra do grande Mestre, a edição final aconteceu após a sua morte, vindo a ser alvo de estudo por parte de músicos e musicólogos desde o século xix, numa incessante busca da derradeira verdade sobre a obra: objeto de estudo para o ensino do teclado ou para o ensino do contraponto? terá Bach sido surpreendido pela morte enquanto compunha a sua derradeira obra-prima, ou terá deixado propositadamente incompleta? Ainda há questões relacionadas com a primeira edição, tal como surge no manuscrito, que é o facto de as fugas estarem notadas em partitura sem qualquer indicação de instrumentação. desde a performance para instrumento de tecla solo até grandes orquestras, A Arte da Fuga é a perfeição no domínio do contraponto ao longo de 15 fugas e 4 cânones, envolto em pureza sonora e tensão.segundo o editor hans gunter hoke, numa teoria avançada em 1977, A Arte da Fuga, a Oferenda musical BWV 1079, as Variações Canónicas sobre um tema de Natal BWV 769 e o Cânone triplo a seis vozes BWV 1076 teriam sido compostas para a sociedade das ciências Musicais de Lorenz christoph Mizler (um aluno de Bach e professor de física, Matemática e Música na universidade de Leipzig). Bach tornou-se o décimo quarto membro desta sociedade em 1747, sociedade cujos estatutos obrigavam cada membro a apresentar, até aos 65 anos de idade, “pelo menos uma obra ou tratado” por ano, que demonstrasse a grandeza inexcedível da música. o regulamento que definia o tipo e género de “tratados” a apresentar, insistia na defesa da “música de igreja” e esperava obras nas quais “a majestade da música antiga fosse reposta, e de tal modo explicitada, que melhorasse os costumes e purificasse as paixões”. A primeira entrega de Bach à sociedade, feita em 1747 e coincidindo com a sua admissão, foi dupla, consistindo nas Variações Canónicas sobre um tema de Natal BWV 769 e no Cânone triplo a seis vozes BWV 1076; em 1748 entregou a Oferenda musical e para 1749, que seria o último ano no qual Bach se via obrigado a entregar um trabalho, pois completaria 65 anos, estava prevista a apresentação da Arte da Fuga.Lorenz christoph Mizler, fundador da sociedade, era apenas um compositor amador, mas aprofundou-se na teoria musical procurando estabelecer uma ciência musical consolidada sobre princípios matemáticos e filosóficos. A Música seria não apenas prática sonoro-sensorial, mas, sobretudo, Scientia mathematica, espiritual e numericamente definível. ora, numa época dominada pela chamada Teoria dos Afetos, segundo a qual a música

exprime paixões e emoções como ira, amor, ciúme e inveja, não deixa de ser interessante perceber qual o espaço para ideias como as que eram defendidas por Mizler. no entanto, a verdade é que o próprio Bach se afastava cada vez mais deste modelo dominante dos Afetos. quanto mais o mundo se inclinava para o sensorial e para o sentimental, mais Bach se afastava dos seus contemporâneos e refugiava-se no “passado”, que considerava ser o espelho do universo. Bach atribuía à sua arte a tarefa de servir ao divino--transcendental e nela procurava exprimir as antigas leis de medida e Proporção que regeriam o mundo. o trabalho artístico significava para ele uma visão puramente espiritual, e os meios dos quais se servia – uma vez despojados do sensorial – chegaram à sublimação máxima. neste sentido, podemos dizer que Bach cumpria plenamente as exigências da sociedade das ciências Musicais, mesmo quando o seu tempo lhe pedia a primazia dos “afetos”. neste sentido A Arte da Fuga poderia ter sido o tratado perfeito para ser oferecido a esta sociedade. esta é certamente uma das suas obras instrumentais mais extensas e uma das mais coerentes, havendo igualmente até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico, como se de uma grande catedral gótica se tratasse, construída com toda a mestria sobre os pilares do contraponto e, em especial, da fuga, forma tão querida a Bach. nesta obra, o desenvolvimento da fuga, o adensamento contrapontístico, a riqueza de inter-relações, as variações, o planeamento formal estruturalmente cíclico e gigantesco – com as suas simetrias e relações, com os seus contrários complementares e opostos – permitem que o desenvolvimento temático progrida sem interrupção, consagrando mais uma vez Bach como um mestre do contraponto. A Arte da Fuga tomou o compositor até aos seus últimos dias, tendo sido deixada suspensa e inacabada a fuga final. A morte arrancou-lhe a pena das mãos, quando ia introduzir, na última fuga, as notas que correspondiam às quatro letras de seu nome (si-bemol, Lá, dó, si). já cego, Bach compôs um tema de profunda tristeza e sem igual na música ocidental. com A Arte da Fuga termina um dos capítulos mais emocionantes da história da música ocidental. um verdadeiro testamento artístico de Bach, e um legado precioso à humanidade.

André cunha Leal e António carrilho

Page 4: La Paix du Parnasse A Arte da Fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico,

B I O G R A F I A S

LA PAIx Du PARNASSE

La Paix du Parnasse é um grupo especializado no repertório dos séculos xVi, xVii e xViii que procura mostrar todas as possibilidades dos instrumentos que integram o ensemble, através duma riquíssima mistura de timbres, transmitindo a essência da música. os afetos e expressividade inerentes à música são uma qualidade de primordial importância para o ensemble.Amadores e profissionais recorrem às masterclasses do ensemble em Arija – Burgos (espanha), para aprofundar e solidificar conhecimentos ou, simplesmente, trabalhar interpretação. A edição de 2018 terá lugar em Barcelona.Membro fundador da Asociación g.e.M.A. (grupos españoles de Música Antigua), o grupo apresenta-se regularmente em concerto nas mais conceituadas salas e temporadas musicais em espanha e em Portugal.

ANTÓNIO CARRILHO diretor musical

foi solista com as orquestras gulbenkian, sinfónica Portuguesa, orquestra Metropolitana de Lisboa, orchestrutopica, den norsk Katedralenensemblet (noruega), sinfonietta de Lisboa, divino sospiro, os Músicos do tejo, sinfónica da Póvoa de Varzim, orquestra Barroca de nagoya (japão), orquestra de cascais e oeiras, concerto Balabile (holanda), orquestra de câmara da Madeira e premiado nos concursos internacionais recorder Moeck solo competition (inglaterra), assim como na recorder solo competiton de haifa (israel).Apresenta-se em importantes festivais na europa, América e Ásia. Atua regularmente com os ensembles La Paix du Parnasse (espanha), syrinx: xxii (euA), ciudate (holanda), Borealis ensemble, dantÆnsemble e com os Músicos do tejo (Portugal).é diretor musical e solista do ensemble Melleo harmonia – Antigua.gravou para as etiquetas: encherialis, numérica, naxos, secretaria de estado de cultura do estado do Amazonas, dgartes/MPMP, portugaler, dialogos, Arte france/rtP.tem tido um enorme desempenho no que diz respeito a estreias contemporâneas para flauta de bisel a solo, em contexto camerístico ou em estreias como solista e orquestra nas últimas duas décadas, tendo estreado obras de compositores dos quatro cantos do mundo.dirigiu dido and Aeneas, de Purcell, La descente d’ Orphée aux enfers, de charpentier, La Serva Padrona, de Pergolesi, La dirindina, de scarlatti, don Quijotte chez la duchese, de Boismortier, Venus and Adonis, de john Blow, Arlechinatta, de salieri, cantatas de Bach e telemann, assim como obras de tchaikovski, Mozart, sibelius, Piazzolla ou stockhausen.Ministra cursos nas Masterclasses internacionais de Música Antiga de urbino (itália), nos cursos internacionais de Música Antiga de Arija – Burgos (espanha) e nas Lisbon’s Masterclass (Portugal), tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, holanda, espanha, Alemanha, itália, Índia, japão e Brasil.é professor adjunto na esArt – escola superior de Artes Aplicadas –, lecionando flauta de bisel e Música de câmara. Leciona igualmente flauta de bisel, Música de câmara e orquestra no instituto gregoriano de Lisboa. Licenciado e Mestre pelo conservatório real de haia (holanda). António carrilho detém uma especialização em flauta de bisel e em Música de câmara pelos institutos Politécnicos de Lisboa, do Porto e de castelo Branco.

António Carrilho © RITA DELILLE

Pepa Megina António Santos

Guillermo Salcedo Carlos Gallifa© IGNACIO EvANGELISTA

Juan Mesana

Javier Aguirre Catherine Strynckx

Page 5: La Paix du Parnasse A Arte da Fuga - ccb.pt · até quem a considere uma das obras mais espirituais de toda a música ocidental. Aqui, a música surge-nos como um grande objeto arquitetónico,

I N D I v I D u A L

#ccbelem#amigoccb

A não perder22 outubrogrande Auditório | M/6

duração: 3h10 com intervalo / Produção ccB A Flauta Mágicacoro e orquestra da royal opera housetransmissão em diferido da royal opera house

Wolfgang Amadeus Mozart músicaEmanuel Schikaneder libretoDavid Mcvicar encenaçãoJulia Jones direção musical

Mauro Peter taminoSiobhan Stagg PaminaRoderick Williams Papageno

A célebre obra de Mozart com a famosa ária da rainha da noite oferece uma aventura mágica através do misticismo, do encantamento, do amor e do engano. A Flauta mágica segue o belo e jovem príncipe tamino na sua aventura pelo resgate da bela Pamina, a pedido da rainha da noite. Munido apenas da sua flauta mágica e do alegre companheiro Papageno para ajudá-lo, tamino cedo se encontra numa busca pelo amor, pela iluminação e pela sabedoria.o cenógrafo john Macfarlane dá uma nova vida à ópera mágica de Mozart com os seus cenários e figurinos, desde o céu noturno até aos animais dançantes, convocados pela flauta de tamino e a incrível máquina de voo dos três Meninos. este clássico intemporal proporciona uma oportunidade perfeita para desfrutar de uma ópera muito amada.

OuTROS DESCONTOSSó aplicados a bilhetes superiores a 12€ para espetáculos com Produção CCB• 30% desconto cartão Amigo ccB (individual, sénior, jovem e família) • 50% para bilhetes de última hora, a partir de 30 minutos antes do início do espetáculo (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira do ccB)• 20% para menores de 25 anos e maiores de 65 ( exceto 1ª Plateia no grande Auditório)• 10% para titulares do cartão fnAc (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) • 25% para clientes da cP (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento)• 50% para desempregados (contra apresentação de comprovativo do iefP; apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) • quota limitada de bilhetes a 5€ para estudantes e profissionais de espetáculo. desconto válido exclusivamente para o 2.º balcão do grande Auditório e para Laterais no Pequeno Auditório (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira ccB)

A FlAutA MágicA ROH 2015 © MARk DOuet