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Complemento - 1 Central de Concursos COMPLEMENTO DE DIREITO DE ADMINISTRATIVO PARA AGENTE FISCAL DE RENDAS L EI COMPLEMENTAR N. 939, DE 03 DE ABRIL DE 2003 Institui o código de direitos, garantias e obrigações do contribuinte no Estado de São Paulo O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço sa- ber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar: CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares Art. 1º - Este Código regula os direitos, garantias e obri- gações do contribuinte do Estado de São Paulo. Art. 2º - São objetivos do Código: I - promover o bom relacionamento entre o fisco e o con- tribuinte, baseado na cooperação, no respeito mútuo e na parceria, visando a fornecer ao Estado os recursos necessários ao cumprimento de suas atribuições; II - proteger o contribuinte contra o exercício abusivo do poder de fiscalizar, de lançar e de cobrar tributo instituído em lei; III - assegurar a ampla defesa dos direitos do contribuin- te no âmbito do processo administrativo -fiscal em que tiver legítimo interesse; IV - prevenir e reparar os danos decorrentes de abuso de poder por parte do Estado na fiscalização, no lança- mento e na cobrança de tributos de sua competência; V - assegurar a adequada e eficaz prestação de serviços gratuitos de orientação aos contribuintes; VI - assegurar uma forma lícita de apuração, declaração e recolhimento de tributos previstos em lei, bem como a manutenção e apresentação de bens, mercadorias, li- vros, documentos, impressos, papéis, programas de computador ou arquivos eletrônicos a eles relativos; VII - assegurar o regular exercício da fiscalização. Art. 3º - Para efeito do disposto neste Código, contribu- inte é a pessoa natural ou jurídica a quem a lei determi- ne o cumprimento de obrigação tributária. Parágrafo único - Aplicam -se também, no que couber, as disposições deste Código a qualquer pessoa, física ou jurídica, privada ou pública que, mesmo não sendo contribuinte, relacionar -se com a Administração Pública em sua atividade de fiscalização e cobrança de tributos. CAPÍTULO II Dos Direitos, Garantias e Obrigações do Contribuinte Art. 4º - São direitos do contribuinte: I - o adequado e eficaz atendimento pelos órgãos e uni- dades da Secretaria da Fazenda; II - a igualdade de tratamento, com respeito e urbanida- de, em qualquer repartição pública do Estado; III - a identificação do servidor nas repartições públicas e nas ações fiscais; IV - o acesso a dados e informações, pessoais e econô- micas, que a seu respeito constem em qualquer espé- cie de fichário ou registro, informatizado ou não, dos ór- gãos da Administração Tributária; V - a eliminação completa do registro de dados falsos ou obtidos por meios ilícitos; VI - a retificação, complementação, esclarecimento ou atualiza- ção de dados incorretos, incompletos, dúbios ou desatualizados; VII - a obtenção de certidão sobre atos, contratos, deci- sões ou pareceres constantes de registros ou autos de procedimentos de seu interesse em poder da Adminis- tração Pública, salvo se a informação solicitada estiver protegida por sigilo, observada a legislação pertinente; VIII - a efetiva educação tributária e a orientação sobre procedimentos administrativos; IX - a apresentação de ordem de fiscalização ou outro ato admi- nistrativo autorizando a execução de auditorias fiscais, coleta de dados ou quaisquer outros procedimentos determinados pela administração tributária, observado o disposto no artigo 9º; X - o recebimento de comprovante descritivo dos bens, mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis, pro- gramas de computador ou arquivos eletrônicos entregues à fiscalização ou por ela apreendidos; XI - a recusa a prestar informações por requisição ver- bal, se preferir notificação por escrito; XII - a faculdade de cumprir as obrigações acessórias rela- tivas à prestação de informações previstas na legislação, bem como as notificações relativas à prestação de infor- mações ou ao fornecimento de registros fiscais e contábeis, mediante o envio de arquivos eletrônicos a endereços vir- tuais da Secretaria da Fazenda criados especialmente para essa finalidade, segundo a disciplina pertinente; XIII - a informação sobre os prazos de pagamento e re- duções de multa, quando autuado; XIV - a não -obrigatoriedade de pagamento imediato de qualquer autuação e o exercício do direito de defesa, se assim o desejar; XV - a faculdade de se comunicar com seu advogado ou entidade de classe quando sofrer ação fiscal, sem preju- ízo da continuidade desta; XVI - a ciência formal da tramitação de processo admi- nistrativo -fiscal de que seja parte, a vista do mesmo na repartição fiscal e a obtenção de cópias dos autos, me- diante ressarcimento dos custos da reprodução; XVII - vetado; XVIII - a preservação, pela administração tributária, do sigilo de seus negócios, documentos e operações, exceto nas hipóteses previstas na lei; XIX - o encaminhamento, sem qualquer ônus, de petição contra ilegalidade ou abuso de poder ou para defesa de seus direitos; XX – O ressarcimento por danos causados por agente da Administração Tributária, agindo nessa qualidade, decorren- tes de abuso de poder por parte do Estado na fiscalização XXI - obter convalidação, com efeitos retroativos, de ato pra- ticado pela Administração Fazendária que apresentar defei- to sanável ou erro notoriamente escusável, salvo quando dela resultar lesão ao interesse público e desde que haja o pagamento integral do tributo, se devido, que ficará sujeito à incidência de correção monetária, ou outra forma de atuali- zação, e dos demais acréscimos previstos na legislação. § 1º - O direito de que trata o inciso XIX poderá ser exer- cido por entidade associativa, quando expressamente autorizada por seu estatuto, ou sindicato, em defesa dos interesses coletivos ou individuais de seus membros. “§ 2º - O exercício do direito de que trata o inciso XX será feito na forma prevista pelos dispositivos que regulam o processo no âmbito da Administração Pública Estadual. “§ 3º - A Fazenda Pública do Estado prestará defesa e assistência jurídica a agente da administração tributária que, agindo nesta condição e não tendo praticado ato manifestamente ilícito, venha a ser chamado judicial ou extra-judicialmente a por ele responder.” § 4º - A convalidação a que se refere o inciso XXI poderá se dar por iniciativa da própria Administração Fazendária. Art. 5º - São garantias do contribuinte: I - a exclusão da responsabilidade pelo pagamento de tributo e de multa não previstos em lei; II - a faculdade de corrigir obrigação tributária, antes de iniciado o procedimento fiscal, mediante prévia autorização do fisco e ob- servada a legislação aplicável, em prazo compatível e razoável; III - a presunção relativa da verdade nos lançamentos contidos em seus livros e documentos contábeis ou fis- complemento_direito_administrativo_agente_fiscal_rendas.pmd 7/1/2013, 10:39 1

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COMPLEMENTO DE DIREITO DE ADMINISTRATIVO PARA AGENTE FISCAL DE RENDAS

LEI COMPLEMENTAR N. 939, DE 03 DE ABRIL DE 2003

Institui o código de direitos, garantias e obrigações docontribuinte no Estado de São Paulo

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço sa-ber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgoa seguinte lei complementar:

CAPÍTULO IDas Disposições Preliminares

Art. 1º - Este Código regula os direitos, garantias e obri-gações do contribuinte do Estado de São Paulo.Art. 2º - São objetivos do Código:I - promover o bom relacionamento entre o fisco e o con-tribuinte, baseado na cooperação, no respeito mútuo ena parceria, visando a fornecer ao Estado os recursosnecessários ao cumprimento de suas atribuições;II - proteger o contribuinte contra o exercício abusivo do poderde fiscalizar, de lançar e de cobrar tributo instituído em lei;III - assegurar a ampla defesa dos direitos do contribuin-te no âmbito do processo administrativo -fiscal em quetiver legítimo interesse;IV - prevenir e reparar os danos decorrentes de abusode poder por parte do Estado na fiscalização, no lança-mento e na cobrança de tributos de sua competência;V - assegurar a adequada e eficaz prestação de serviçosgratuitos de orientação aos contribuintes;VI - assegurar uma forma lícita de apuração, declaraçãoe recolhimento de tributos previstos em lei, bem como amanutenção e apresentação de bens, mercadorias, li-vros, documentos, impressos, papéis, programas decomputador ou arquivos eletrônicos a eles relativos;VII - assegurar o regular exercício da fiscalização.Art. 3º - Para efeito do disposto neste Código, contribu-inte é a pessoa natural ou jurídica a quem a lei determi-ne o cumprimento de obrigação tributária.Parágrafo único - Aplicam -se também, no que couber,as disposições deste Código a qualquer pessoa, físicaou jurídica, privada ou pública que, mesmo não sendocontribuinte, relacionar -se com a Administração Públicaem sua atividade de fiscalização e cobrança de tributos.

CAPÍTULO IIDos Direitos, Garantias e Obrigações do ContribuinteArt. 4º - São direitos do contribuinte:I - o adequado e eficaz atendimento pelos órgãos e uni-dades da Secretaria da Fazenda;II - a igualdade de tratamento, com respeito e urbanida-de, em qualquer repartição pública do Estado;III - a identificação do servidor nas repartições públicas enas ações fiscais;IV - o acesso a dados e informações, pessoais e econô-micas, que a seu respeito constem em qualquer espé-cie de fichário ou registro, informatizado ou não, dos ór-gãos da Administração Tributária;V - a eliminação completa do registro de dados falsosou obtidos por meios ilícitos;VI - a retificação, complementação, esclarecimento ou atualiza-ção de dados incorretos, incompletos, dúbios ou desatualizados;VII - a obtenção de certidão sobre atos, contratos, deci-sões ou pareceres constantes de registros ou autos deprocedimentos de seu interesse em poder da Adminis-tração Pública, salvo se a informação solicitada estiverprotegida por sigilo, observada a legislação pertinente;

VIII - a efetiva educação tributária e a orientação sobreprocedimentos administrativos;IX - a apresentação de ordem de fiscalização ou outro ato admi-nistrativo autorizando a execução de auditorias fiscais, coleta dedados ou quaisquer outros procedimentos determinados pelaadministração tributária, observado o disposto no artigo 9º;X - o recebimento de comprovante descritivo dos bens,mercadorias, livros, documentos, impressos, papéis, pro-gramas de computador ou arquivos eletrônicos entreguesà fiscalização ou por ela apreendidos;XI - a recusa a prestar informações por requisição ver-bal, se preferir notificação por escrito;XII - a faculdade de cumprir as obrigações acessórias rela-tivas à prestação de informações previstas na legislação,bem como as notificações relativas à prestação de infor-mações ou ao fornecimento de registros fiscais e contábeis,mediante o envio de arquivos eletrônicos a endereços vir-tuais da Secretaria da Fazenda criados especialmente paraessa finalidade, segundo a disciplina pertinente;XIII - a informação sobre os prazos de pagamento e re-duções de multa, quando autuado;XIV - a não -obrigatoriedade de pagamento imediato de qualquerautuação e o exercício do direito de defesa, se assim o desejar;XV - a faculdade de se comunicar com seu advogado ouentidade de classe quando sofrer ação fiscal, sem preju-ízo da continuidade desta;XVI - a ciência formal da tramitação de processo admi-nistrativo -fiscal de que seja parte, a vista do mesmo narepartição fiscal e a obtenção de cópias dos autos, me-diante ressarcimento dos custos da reprodução;XVII - vetado;XVIII - a preservação, pela administração tributária, dosigilo de seus negócios, documentos e operações,exceto nas hipóteses previstas na lei;XIX - o encaminhamento, sem qualquer ônus, de petição contrailegalidade ou abuso de poder ou para defesa de seus direitos;XX – O ressarcimento por danos causados por agente daAdministração Tributária, agindo nessa qualidade, decorren-tes de abuso de poder por parte do Estado na fiscalizaçãoXXI - obter convalidação, com efeitos retroativos, de ato pra-ticado pela Administração Fazendária que apresentar defei-to sanável ou erro notoriamente escusável, salvo quandodela resultar lesão ao interesse público e desde que haja opagamento integral do tributo, se devido, que ficará sujeito àincidência de correção monetária, ou outra forma de atuali-zação, e dos demais acréscimos previstos na legislação.§ 1º - O direito de que trata o inciso XIX poderá ser exer-cido por entidade associativa, quando expressamenteautorizada por seu estatuto, ou sindicato, em defesa dosinteresses coletivos ou individuais de seus membros. “§ 2º - O exercício do direito de que trata o inciso XX seráfeito na forma prevista pelos dispositivos que regulam oprocesso no âmbito da Administração Pública Estadual.“§ 3º - A Fazenda Pública do Estado prestará defesa e assistênciajurídica a agente da administração tributária que, agindo nestacondição e não tendo praticado ato manifestamente ilícito, venha aser chamado judicial ou extra-judicialmente a por ele responder.”§ 4º - A convalidação a que se refere o inciso XXI poderáse dar por iniciativa da própria Administração Fazendária.Art. 5º - São garantias do contribuinte:I - a exclusão da responsabilidade pelo pagamento detributo e de multa não previstos em lei;II - a faculdade de corrigir obrigação tributária, antes de iniciado oprocedimento fiscal, mediante prévia autorização do fisco e ob-servada a legislação aplicável, em prazo compatível e razoável;III - a presunção relativa da verdade nos lançamentoscontidos em seus livros e documentos contábeis ou fis-

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cais, quando fundamentados em documentação hábil;IV - a obediência aos princípios do contraditório, da ampla defe-sa e da duplicidade de instância no contencioso administrativo -tributário, assegurada, ainda, a participação paritária dos contri-buintes no julgamento do processo na instância colegiada;V - a liquidação antecipada, total ou parcial, do crédito tributá-rio parcelado, com redução proporcional dos juros e demaisacréscimos incidentes sobre a parcela remanescente;VI - a fruição de benefícios e incentivos fiscais ou financeiros,bem como o acesso a linhas oficiais de crédito e a participaçãoem licitações, independentemente da existência de processoadministrativo ou judicial pendente, em matéria tributária, semprejuízo do disposto no artigo 206 do Código Tributário Nacional;VII - o restabelecimento da espontaneidade para sanar irre-gularidades relacionadas com o cumprimento de obrigaçãopertinente ao imposto caso a auditoria fiscal não esteja con-cluída no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data emque ocorrer a entrega à autoridade fiscal da totalidade dasinformações, livros, documentos, impressos, papéis, progra-mas de computador ou arquivos eletrônicos solicitados;VIII - a inexigibilidade de visto em documento de arreca-dação utilizado para o pagamento de tributo fora do prazo.§ 1º - Quando a correção de obrigação tributária a que se refereo inciso II implicar em reconstituição da escrituração fiscal, oprazo para tal correção não será inferior a 60 (sessenta) dias.§ 2º - O disposto no inciso VII aplica -se somente aos casosem que a conclusão dos trabalhos fiscais dependa exclusi-vamente das informações constantes nos elementos apre-sentados, tornando desnecessárias outras verificações.§ 3º - O prazo fixado no inciso VII poderá ser prorrogadopor mais 90 (noventa) dias, mediante requisição funda-mentada do Agente Fiscal de Rendas responsável pelostrabalhos à autoridade que determinou a sua realização.IX - o não encaminhamento ao Ministério Público, por parteda administração tributária, de representação para fins pe-nais relativa aos crimes contra a ordem tributária enquantonão proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobrea exigência do crédito tributário correspondente.”Art. 6º - São obrigações do contribuinte:I - o tratamento, com respeito e urbanidade, aos funcio-nários da administração fazendária do Estado;II - a identificação do titular, sócio, diretor ou representante nasrepartições administrativas e fazendárias e nas ações fiscais;III - o fornecimento de condições de segurança e localadequado em seu estabelecimento, para a execuçãodos procedimentos de fiscalização;IV - a apuração, declaração e recolhimento do impostodevido, na forma prevista na legislação;V - a apresentação em ordem, quando solicitados, noprazo estabelecido na legislação, de bens, mercadori-as, informações, livros, documentos, impressos, papéis,programas de computador ou arquivos eletrônicos;VI - a manutenção em ordem, pelo prazo previsto na legis-lação, de livros, documentos, impressos e registros eletrô-nicos relativos ao imposto;VII - a manutenção junto à repartição fiscal de informações cadastraisatualizadas relativas ao estabelecimento, titular, sócios ou diretores.Parágrafo único - Relativamente ao inciso VII, tomando conheci-mento de verdade diversa da consignada nos registros sobre ocontribuinte, a autoridade fiscal pode efetuar de ofício a alteraçãoda informação incorreta, incompleta, dúbia ou desatualizada.Art. 7º - Os direitos, garantias e obrigações previstos neste Códi-go não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções,da legislação ordinária, de regulamentos ou outros atosnormativos expedidos pelas autoridades competentes, bem comoos que derivem da analogia e dos princípios gerais do direito.

CAPÍTULO IIIDos Deveres da Administração Fazendária

Art. 8º - A Administração Tributária atuará em obediência

aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade, razoabilidade, finalidade, interesse público,eficiência e motivação dos atos administrativos.Art. 9º - A execução de trabalhos de fiscalização será precedida deemissão de ordem de fiscalização, notificação ou outro ato admi-nistrativo autorizando a execução de quaisquer procedimentosfiscais, exceto nos casos de extrema urgência, tais como flagranteinfracional, continuidade de ação fiscal iniciada em outro contribu-inte ou apuração de denúncia, nos quais adotar -se -ão de imedia-to as providências visando a garantia da ação fiscal, devendo nes-ses casos a ordem de fiscalização, notificação ou outro administra-tivo ser emitido noprazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.Parágrafo único - A ordem de fiscalização, a notificação ou o atoadministrativo referido no “caput” conterá a identificação dos Agen-tes Fiscais de Rendas encarregados de sua execução, a autori-dade responsável por sua emissão, o contribuinte ou local ondeserá executada, os trabalhos que serão desenvolvidos e o núme-ro do telefone ou endereço eletrônicos onde poderão ser obtidasinformações necessárias à confirmação de sua autenticidade.Art. 10 - A notificação do início de trabalhos de fiscaliza-ção será feita mediante a entrega de uma das vias daordem de fiscalização ou do ato administrativo referidono artigo anterior ao contribuinte, seu representante le-gal ou preposto com poderes de gestão.§ 1º - A recusa em assinar comprovante do recebimentoda notificação ou a ausência, no estabelecimento decontribuinte, de pessoa com poderes para fazê-lo serácertificada pela autoridade fiscal e não obstará o iníciodos procedimentos de fiscalização.§ 2º - Na hipótese de recusa ou de ausência do contribu-inte, de seu representante legal ou de preposto compoderes de gestão, a notificação será:1. lavrada em livro de escrituração contábil ou fiscal ouem impresso de documento fiscal do contribuinte;2. na impossibilidade de aplicação do disposto no itemanterior, encaminhada posteriormente sob registro pos-tal com aviso de recebimento ou veiculada em editalpublicado no Diário Oficial do Estado.§ 3º - Presume -se entregue a notificação remetida parao endereço indicado pelo contribuinte.Art. 11 - Os bens, mercadorias, livros, documentos, impres-sos, papéis, arquivos eletrônicos ou programas de compu-tador apreendidos ou entregues pelo contribuinte, excetuadosaqueles que constituam prova de infração à legislação tribu-tária, serão devolvidos no prazo de 180 (cento e oitenta) diascontados do início dos procedimentos de fiscalização, repu-tando -se iniciada a auditoria após o integral cumprimentode todas as notificações entregues ao contribuinte.§ 1º - O disposto no “caput” aplica -se somente aos casos emque a conclusão dos trabalhos fiscais dependa exclusivamen-te das informações constantes nos elementos apreendidosou entregues, tornando desnecessárias outras verificações.§ 2º - O prazo fixado no “caput” poderá ser prorrogado, medianterequisição fundamentada do Agente Fiscal de Rendas responsá-vel pelos trabalhos à autoridade que determinou a sua realização.§ 3º - Mediante requisição, serão fornecidas ao contribuinte cópi-as de livros, documentos, impressos, papéis, arquivos eletrôni-cos ou programas de computador apreendidos ou entregues.Artigo 12 - No julgamento do contencioso administrativo-tributário, a decisão será fundamentada em seus as-pectos de fato e de direito, sob pena de nulidade absolu-ta da decisão desfavorável ao contribuinte.Art. 13 - A resposta a consulta escrita relativa a tributo, quecontenha dados exatos e verdadeiros, que não seja me-ramente protelatória e que não tenha sido formulada apósinício de ação fiscal, será dada no prazo de 30 (trinta) diasapós a entrega do pedido devidamente instruído.§ 1º - As diligências ou os pedidos de informação solicitadospelo órgão fazendário responsável pela resposta suspenderão,

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até o respectivo atendimento, o prazo de que trata este artigo.§ 2º - A apresentação de consulta pelo contribuinte impe-de, até o término do prazo fixado na resposta, o início dequalquer procedimento fiscal destinado à apuração deinfração relacionada com a matéria consultada.§ 3º - A consulta que tratar de exigência de tributo, se este forconsiderado devido, não afasta a incidência de correção mone-tária ou outra forma de atualização e dos demais acréscimosprevistos na legislação, dispensada a exigência de multa demora e juros moratórios, se formulada no prazo previsto para orecolhimento normal do tributo e se o contribuinte adotar o enten-dimento contido na resposta no prazo que lhe for assinalado.Art. 14 - As certidões serão fornecidas no prazo de 10(dez) dias úteis após a formalização do pedido devida-mente instruído, vedada, em qualquer caso, a exigênciade requisitos não previstos ou amparados em lei.Art. 15 - A certidão negativa fornecida pela Fazenda Pública Esta-dual será entregue ainda que dela conste a existência de crédi-tos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenhasido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.Art. 16 - Vetado.Art. 17 - A constatação de prática de ato ilegal por partedos órgãos fazendários não afastará a responsabilida-de funcional da autoridade que àquele tenha dado cau-sa, ainda que agindo por delegação de competência.Art. 18 - Cabe à Secretaria da Fazenda:I - implantar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias conta-dos da data de publicação desta lei, um serviço gratuito epermanente de orientação e informação ao contribuinte;II - realizar, anualmente, no âmbito da Casa Civil, campa-nha educativa com o objetivo de orientar o contribuintesobre seus direitos e deveres;III - implantar programa permanente de educação tributá-ria, bem como programa permanente de treinamento paraos servidores das áreas de arrecadação e fiscalização.Art. 19 - A Secretaria da Fazenda não emitirá ordem defiscalização ou outro ato administrativo autorizando quais-quer procedimentos fiscais fundamentados exclusiva-mente em denúncia anônima quando:I - não for possível identificar com absoluta segurança ocontribuinte supostamente infrator;II - for genérica ou vaga em relação à infração suposta-mente cometida;III - não estiver acompanhada de indícios de autoria e decomprovação da prática da infração;IV - deixe transparecer objetivo diverso do enunciado, talcomo vingança pessoal do denunciante ou tentativa deprejudicar concorrente comercial;V - referir -se a operação de valor monetário indefinido oureduzido, assim conceituada aquela que resulte em su-pressão de imposto de valor estimado inferior a 100 (cem)Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs.Art. 20 - A Secretaria da Fazenda não executará procedi-mento fiscal quando os custos claramente superem aexpectativa do correspondente benefício tributário.

CAPÍTULO IVDo Sistema Estadual de Defesa do Contribuinte

Art. 21 - Fica instituído o Conselho Estadual de Defesa doContribuinte - CODECON, órgão de composição paritária, inte-grado por representantes dos poderes públicos e de entida-des empresariais e de classe, com atuação na defesa dosinteresses dos contribuintes, na forma desta lei complementar.§ 1º - Os integrantes do CODECON terão o direito deindicar um membro titular e um membro suplente para arespectiva composição.§ 2º - Os representantes indicados na forma do parágra-fo anterior serão nomeados pelo Governador do Estado.§ 3º - Os membros do CODECON não serão remunerados esuas funções são consideradas como serviço público relevante.

Art. 22 - Integram o CODECON:I - a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo;II - a Federação do Comércio do Estado de São Paulo - FCESP;III - a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -FIESP;IV - a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo - FASP;V - o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresasde São Paulo - SEBRAE;VI - a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo - OAB-SP;VII - o Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo - CRC-SP;VIII - a Associação dos Agentes Fiscais de Rendas doEstado de São Paulo - AFRESP;IX - o Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Esta-do de São Paulo - SINAFRESP;X - a Coordenadoria da Administração Tributária da Se-cretaria da Fazenda;XI - a Corregedoria do Fisco Estadual;XII - a Ouvidoria Fazendária;XIII - a Escola Fazendária do Estado de São Paulo;XIV - a Procuradoria Fiscal da Procuradoria Geral do Estado;XV - a Secretaria da Educação;XVI - a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania;XVII - a Casa Civil.XVIII - a Federação das Associações Comerciais do Es-tado de São Paulo - FACESP.”XIX - a Federação das Empresas de Transporte de Car-ga do Estado de São Paulo - FETCESP;XX - a Diretoria Executiva da Administração Tributária daSecretaria da Fazenda - DEAT.”Art. 23 - São atribuições do CODECON:I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a polí-tica estadual de proteção ao contribuinte;II - receber, analisar e dar seguimento a reclamaçõesencaminhadas por contribuinte;III - receber, analisar e responder consultas ou suges-tões encaminhadas por contribuinte;IV - prestar orientação permanente ao contribuinte sobreos seus direitos e garantias;V - informar, conscientizar e motivar o contribuinte, atra-vés dos meios de comunicação;VI - orientar sobre procedimentos para apuração de fal-tas contra o contribuinte.Parágrafo único - No prazo de 180 (cento e oitenta) diascontados da data da publicação desta lei complementar,os representantes das entidades mencionadas nesteartigo reunir -se -ão para escolher o Presidente, o Vice -Presidente e o Secretário do CODECON, bem como paraelaborar e aprovar o seu regimento.Art. 24 - Constatada infração ao disposto neste Código,o contribuinte poderá apresentar ao CODECON recla-mação fundamentada e instruída.§ 1º - Julgada procedente a reclamação do contribuinte,o CODECON, com vistas a coibir novas infrações aodisposto neste Código ou a garantir o direito do contribu-inte, representará contra o servidor responsável ao ór-gão competente, devendo ser imediatamente abertasindicância ou processo administrativo disciplinar, as-segurada ao acusado ampla defesa.§ 2º - O disposto neste artigo aplica -se às entidades de classe,associações e cooperativas de contribuintes, que poderão agirem nome coletivo na defesa dos direitos de seus associados.Art. 25 - Esta lei complementar entra em vigor na data desua publicação, revogadas as disposições em contrário.

CAPÍTULO VDa Disposição Final e Transitória

Artigo único - São inválidos os atos e procedimentos defiscalização que desatendam os pressupostos legais eregulamentares, especialmente nos casos de:I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente;II - omissão de procedimentos essenciais;III - desvio de poder.

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LEI N. 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968

TÍTULO IDisposições Preliminares

Art. 1º - Esta lei institui o regime jurídico dos funcionáriospúblicos civis do Estado.Parágrafo único - As suas disposições, exceto no quecolidirem com a legislação especial, aplicam -se aos fun-cionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal deContas do Estado.Art. 2º - As disposições desta lei não se aplicam aosempregados das autarquias, entidades paraestatais eserviços públicos de natureza industrial, ressalvada a si-tuação daqueles que, por lei anterior, já tenham a quali-dade de funcionário público.Parágrafo único - Os direitos, vantagens e regalias dosfuncionários públicos só poderão ser estendidos aosempregados das entidades a que se refere este artigo naforma e condições que a lei estabelecer.Art. 3º - Funcionário público, para os fins deste Estatuto, éa pessoa legalmente investida em cargo público.Art. 4º - Cargo público é o conjunto de atribuições e res-ponsabilidades cometidas a um funcionário.Art. 5º - Os cargos públicos são isolados ou de carreira.Art. 6º - Aos cargos públicos serão atribuídos valores de-terminados por referências numéricas, seguidas de le-tras em ordem alfabética, indicadoras de graus.Parágrafo único - O conjunto de referência e grau consti-tui o padrão do cargo.Art. 7º - Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação.Art. 8º - Carreira é o conjunto de classes da mesma natu-reza de trabalho, escalonadas segundo o nível de com-plexidade e de responsabilidade.Art. 9º - Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.Art. 10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diver-sos dos inerentes ao seu cargo, exceto as funções dechefia e direção e as comissões legais.

Título IIDo Provimento, do Exercício e da

Vacância dos Cargos PúblicosCapítulo I

Do ProvimentoArt. 11 - Os cargos públicos serão providos por:I - nomeação;II - transferência;III - reintegração;IV - acesso;V - reversão;VI - aproveitamento; eVII - readmissão.Art. 12 - (Revogado tacitamente pelo art. 92 -III da Emen-da Constitucional nº 2, de 30/10/1969)

Capítulo IIDas Nomeações

Seção IDas Formas de Nomeação

Art. 13 - As nomeações serão feitas:I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previs-tos na Constituição do Brasil;II - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtu-de de lei assim deva ser provido; eIII - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provi-mento dessa natureza. - Súmula nº 11 do STF: - “A vitaliciedade não impede a extinção do cargo, ficando ofuncionário em disponibilidade com todos os vencimentos”.

Seção IIDa Seleção de Pessoal

Subseção IDo Concurso

Art. 14 - A nomeação para cargo público de provimentoefetivo será precedida de concurso público de provas oude provas e títulos.Parágrafo único - As provas serão avaliadas na escala de0 (zero) a 100 (cem) pontos e aos títulos serão atribuídos,no máximo, 50 (cinqüenta) pontos.Art. 15 - A realização dos concursos será centralizadanum só órgão.Art. 16 - As normas gerais para a realização dos concursose para a convocação e indicação dos candidatos para oprovimento dos cargos serão estabelecidas em regulamento.Art. 17 - Os concursos serão regidos por instruções es-peciais, expedidas pelo órgão competente.Art. 18 - As instruções especiais determinarão, em fun-ção da natureza do cargo:I - se o concurso será:1 - de provas ou de provas e títulos; e2 - por especializações ou por modalidades profissio-nais, quando couber;II - as condições para provimento do cargo referentes a:1 - diplomas ou experiência de trabalho;2 - capacidade física; e3 - conduta;III - o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos;IV - a forma de julgamento das provas e dos títulos;V - os critérios de habilitação e de classificação; eVI - o prazo de validade do concurso.Art. 19 - As instruções especiais poderão determinar quea execução do concurso, bem como a classificação doshabilitados, seja feita por regiões.Art. 20 - A nomeação obedecerá à ordem de classificaçãono concurso.- Súmulas nº 15 e 17 do STF:- 15 - “Dentro do prazo de validade do concurso, o candi-dato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargofor preenchido sem observância da classificação”. - 17 - “A nomeação de funcionário sem concurso pode serdesfeita antes da posse”.- Sobre concurso, ver art. 37, II, III, IV e § 2º da ConstituiçãoFederal, de 05/10/1988.- Art. 115.II ,III, IV e § 3º da Constituição Estadual.

Subseção IIDas Provas de Habilitação

Art. 21 - As provas de habilitação serão realizadas peloórgão encarregado dos concursos, para fins de transfe-rência e de outras formas de provimento que não impli-quem em critério competitivo.Art. 22 - As normas gerais para realização das provas dehabilitação serão estabelecidas em regulamento, obede-cendo, no que couber, ao estabelecido para os concursos.

Capítulo IIIDas Substituições

Art. 23 - Haverá substituição no impedimento legal e tem-porário do ocupante de cargo de chefia ou de direção.Parágrafo único - Ocorrendo a vacância, o substituto pas-sará a responder pelo expediente da unidade ou órgãocorrespondente até o provimento do cargo.Art. 24 - A substituição, que recairá sempre em funcioná-rio público, quando não for automática, dependerá da ex-pedição de ato de autoridade competente.§ 1º - O substituto exercerá o cargo enquanto durar oimpedimento do respectivo ocupante.

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Complemento - 5

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§ 2º - O substituto, durante todo o tempo em que exercer asubstituição terá direito a perceber o valor do padrão e asvantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituídoe mais as vantagens pessoais a que fizer jus.§ 3º - O substituto perderá, durante o tempo da substituição, ovencimento ou a remuneração e demais vantagens pecuniáriasinerentes ao seu cargo, se pelo mesmo não optar.Art. 25 - Exclusivamente para atender à necessidade de ser-viço, os tesoureiros, caixas e outros funcionários que tenhamvalores sob sua guarda, em caso de impedimento, serãosubstituídos por funcionários de sua confiança, que indica-rem, respondendo a sua fiança pela gestão do substituto.Parágrafo único - Feita a indicação, por escrito, ao chefe darepartição ou do serviço, este proporá a expedição do ato dedesignação, aplicando -se ao substituto a partir da data em queassumir as funções do cargo, o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 24.

Capítulo IVDa Transferência

Art. 26 - O funcionário poderá ser transferido de um paraoutro cargo de provimento efetivo.Art. 27 - As transferências serão feitas a pedido do funcioná-rio ou “ex -officio”, atendidos sempre a conveniência do ser-viço e os requisitos necessários ao provimento do cargo.Art. 28 - A transferência será feita para cargo do mesmopadrão de vencimento ou de igual remuneração, ressal-vados os casos de transferência a pedido, em que o ven-cimento ou a remuneração poderá ser inferior.Art. 29 - A transferência por permuta se processará arequerimento de ambos os interessados e de acordocom o prescrito neste capítulo.

Capítulo VDa Reintegração

Art. 30 - A reintegração é o reingresso no serviço público,decorrente da decisão judicial passada em julgado, comressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento.Art. 31 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocu-pado e, se este houver sido transformado, no cargo resultante.§ 1º - Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante seráexonerado, ou, se ocupava outro cargo, a este seráreconduzido, sem direito a indenização.§ 2º - Se o cargo houver sido extinto, a reintegração sefará em cargo equivalente, respeitada a habilitação pro-fissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado emdisponibilidade no cargo que exercia.Art. 32 - Transitada em julgado a sentença, será expedido odecreto de reintegração no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Capítulo VIDo Acesso

Art. 33 - Acesso é a elevação do funcionário, dentro dorespectivo quadro a cargo da mesma natureza de traba-lho, de maior grau de responsabilidade e maior comple-xidade de atribuições, obedecido o interstício na classe eas exigências a serem instituídas em regulamento.§ 1º - Serão reservados para acesso os cargos cujas atribui-ções exijam experiência prévia do exercício de outro cargo.§ 2º - O acesso será feito mediante aferição do méritodentre titulares de cargos cujo exercício proporcione aexperiência necessária ao desempenho das atribuiçõesdos cargos referidos no parágrafo anterior.Art. 34 - Será de 3 (três) anos de efetivo exercício ointerstício para concorrer ao acesso.

Capítulo VIIDa Reversão

Art. 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentadoreingressa no serviço público a pedido ou “ex -officio”.

§ 1º - A reversão “ex -officio” será feita quando insubsistentesas razões que determinaram a aposentadoria por invalidez.§ 2º - Não poderá reverter à atividade o aposentado quecontar mais de 58 (cinqüenta e oito) anos de idade.§ 3º - No caso de reversão “ex -officio”, será permitido oreingresso além do limite previsto no parágrafo anterior.§ 4º - A reversão só poderá efetivar -se quando, em inspeçãomédica, ficar comprovada a capacidade para o exercício do cargo.§ 5º - Se o laudo médico não for favorável, poderá serprocedida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim,decorridos pelo menos 90 (noventa) dias.§ 6º - Será tornada sem efeito a reversão “ex -officio” e cas-sada a aposentadoria do funcionário que reverter e não to-mar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.Art. 36 - A reversão far -se - á no mesmo cargo.§ 1º - Em casos especiais, a juízo do Governo, poderá oaposentado reverter em outro cargo, de igual padrão devencimentos, respeitada a habilitação profissional.§ 2º - A reversão a pedido, que será feita a critério da Admi-nistração, dependerá também da existência de cargo vago,que deva ser provido mediante promoção por merecimento. - Súmula nº 38 do STF:- “Reclassificação posterior à aposentadoria não apro-veita o servidor aposentado”.

Capítulo VIIIDo Aproveitamento

Art. 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço públicodo funcionário em disponibilidade.Art. 38 - O obrigatório aproveitamento do funcionário emdisponibilidade ocorrerá em vagas existentes ou que severificarem nos quadros do funcionalismo.§ 1º - O aproveitamento dar -se -á, tanto quanto possível, em cargode natureza e padrão de vencimentos correspondentes ao queocupava, não podendo ser feito em cargo de padrão superior.§ 2º - Se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior aoprovento da disponibilidade, terá o funcionário direito à diferença.§ 3º - Em nenhum caso poderá efetuar -se o aproveita-mento sem que, mediante inspeção médica, fique prova-da a capacidade para o exercício do cargo.§ 4º - Se o laudo médico não for favorável, poderá serprocedida nova inspeção de saúde, para o mesmo fim,decorridos no mínimo 90 (noventa) dias.§ 5º - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassadaa disponibilidade do funcionário que, aproveitado, não to-mar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal.§ 6º - Será aposentado no cargo anteriormente ocupado,o funcionário em disponibilidade que for julgado incapazpara o serviço público, em inspeção médica.§ 7º - Se o aproveitamento se der em cargo de provimento emcomissão, terá o aproveitado assegurado, no novo cargo, a con-dição de efetividade que tinha no cargo anteriormente ocupado.- Súmula nº 39 do STF:- “À falta de lei, funcionário em disponibilidade não podeexigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica su-bordinado ao critério de conveniência da administração”.

Capítulo IXDa Readmissão

Art. 39 - Readmissão é o ato pelo qual o ex -funcionário,demitido ou exonerado, reingressa no serviço público,sem direito a ressarcimento de prejuízos, assegurada,apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos an-teriores, para efeito de aposentadoria e disponibilidade.§ 1º - A readmissão do ex -funcionário demitido será obriga-toriamente precedida de reexame do respectivo processoadministrativo, em que fique demonstrado não haver incon-veniente, para o serviço público, na decretação da medida.

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§ 2º - Observado o disposto no parágrafo anterior, se ademissão tiver sido a bem do serviço público, areadmissão não poderá ser decretada antes de decorri-dos 5 (cinco) anos do ato demissório.Art. 40 - A readmissão será feita no cargo anteriormenteexercido pelo ex -funcionário ou, se transformado, no car-go resultante da transformação.

Capítulo XDa Readaptação

Art. 41 - Readaptação é a investidura em cargo mais com-patível com a capacidade do funcionário e dependerásempre de inspeção médica.Art. 42 - A readaptação não acarretará diminuição, nemaumento de vencimento ou remuneração e será feitamediante transferência.

Capítulo XIDa Remoção

Art. 43 - A remoção, que se processará a pedido do funci-onário ou “ex -officio”, só poderá ser feita:I - de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; eII - de um para outro órgão da mesma repartição.Parágrafo único - A remoção só poderá ser feita respeita-da a lotação de cada repartição.Art. 44 - A remoção por permuta será processada a requeri-mento de ambos os interessados, com anuência dos res-pectivos chefes e de acordo com o prescrito neste Capítulo.Art. 45 - O funcionário não poderá ser removido ou trans-ferido “ex -officio” para cargo que deva exercer fora dalocalidade de sua residência, no período de 6 (seis) me-ses antes e até 3 (três) meses após a data das eleições.Parágrafo único - Essa proibição vigorará no caso de elei-ções federais, estaduais ou municipais, isolada ou si-multaneamente realizadas. (Sobre remoção, ver artigo130 da Constituição Estadual, de 05/10/1989)

Capítulo XIIDa Posse

Art. 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo público.Art. 47 - São requisitos para a posse em cargo público:I - ser brasileiro;II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade;III - estar em dia com as obrigações militares;IV - estar no gozo dos direitos políticos;V - ter boa conduta;VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realiza-da por órgão médico registrado no Conselho Regional cor-respondente, para provimento de cargo em comissão; (Re-dação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; eVIII - ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo.Parágrafo único - A deficiência da capacidade física,comprovadamente estacionária, não será considerada im-pedimento para a caracterização da capacidade psíquicae somática a que se refere o item VI deste artigo, desdeque tal deficiência não impeça o desempenho normal dasfunções inerentes ao cargo de cujo provimento se trata.Art. 48 - São competentes para dar posse:I - Os Secretários de Estado, aos diretores gerais, aosdiretores ou chefes das repartições e aos funcionáriosque lhes são diretamente subordinados; eII - Os diretores gerais e os diretores ou chefes de repar-tição ou serviço, nos demais casos, de acordo com o quedispuser o regulamento.Art. 49 - A posse verificar -se -á mediante a assinatura determo em que o funcionário prometa cumprir fielmente osdeveres do cargo.

Parágrafo único - O termo será lavrado em livro próprio eassinado pela autoridade que der posse.Art. 50 - A posse poderá ser tomada por procuração quando setratar de funcionário ausente do Estado, em comissão do Gover-no ou, em casos especiais, a critério da autoridade competente.Art. 51 - A autoridade que der posse deverá verificar, sobpena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condi-ções estabelecidas, em lei ou regulamento, para ainvestidura no cargo.Art. 52 - A posse deverá verificar -se no prazo de 30 (trinta)dias, contados da data da publicação do ato de provimentodo cargo, no órgão oficial.§ 1º - O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogadopor mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.§ 2º - O prazo inicial para a posse do funcionário em fériasou licença, será contado da data em que voltar ao serviço.§ 3º - Se a posse não se der dentro do prazo, será tornadosem efeito o ato de provimento.Art. 53 - a contagem do prazo a que se refere o artigo ante-rior poderá ser suspensa nas seguintes hipóteses: (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)I - por até 120 (cento e vinte) dias, a critério do órgãomédico oficial, a partir da data de apresentação do candi-dato junto ao referido órgão para perícia de sanidade ecapacidade física, para fins de ingresso, sempre que ainspeção médica exigir essa providência; (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)II - por 30 (trinta) dias, mediante a interposição de recursopelo candidato contra a decisão do órgão médico oficial. (Re-dação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - o prazo a que se refere o inciso I deste artigo reco-meçará a correr sempre que o candidato, sem motivojustificado, deixe de submeter-se aos exames médicosjulgados necessários. (Redação dada pela Lei Comple-mentar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - a interposição de recurso a que se refere o inciso IIdeste artigo dar-se-á no prazo máximo de 5 (cinco) dias, acontar da data de decisão do órgão médico oficial. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 54 - O prazo a que se refere o art. 52 para aquele que,antes de tomar posse, for incorporado às Forças Arma-das, será contado a partir da data da desincorporação.Art. 55 - o funcionário efetivo, nomeado para cargo em comis-são, fica dispensado, no ato da posse, da apresentação doatestado de que trata o inciso VI do artigo 47 desta lei. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)- Súmula 16 do STF:- “Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse”.

Capítulo XIIIDa Fiança

Art. 56 - (Revogado pelo art. 5º da Lei Complementar nº575, de 11/11/1988)

Capítulo XIVDo Exercício

Art. 57 - O exercício é o ato pelo qual o funcionário assu-me as atribuições e responsabilidades do cargo§ 1º - O início, a interrupção e o reinicio do exercício serãoregistrados no assentamento individual do funcionário.§ 2º - O início do exercício e as alterações que ocorreremserão comunicados ao órgão competente, pelo chefe darepartição ou serviço em que estiver lotado o funcionário.Art. 58 - Entende -se por lotação, o número de funcionári-os de carreira e de cargos isolados que devam ter exercí-cio em cada repartição ou serviço.Art. 59 - O chefe da repartição ou de serviço em que for lotado ofuncionário é a autoridade competente para dar -lhe exercício.

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Complemento - 7

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Parágrafo único - É competente para dar exercício ao fun-cionário, com sede no Interior do Estado, a autoridade aque o mesmo estiver diretamente subordinado.Art. 60 - O exercício do cargo terá início dentro do prazo de30 (trinta) dias, contados:I - da data da posse; eII - da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção.§ 1º - Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorro-gados por 30 (trinta) dias, a requerimento do interessadoe a juízo da autoridade competente.§ 2º - No caso de remoção, o prazo para exercício defuncionário em férias ou em licença, será contado da dataem que voltar ao serviço.§ 3º - No interesse do serviço público, os prazos previstos nesteartigo poderão ser reduzidos para determinados cargos.§ 4º - O funcionário que não entrar em exercício dentro doprazo será exonerado.Art. 61 - Em caso de mudança de sede, será concedidoum período de trânsito, até 8 (oito) dias, a contar do des-ligamento do funcionário.Art. 62 - O funcionário deverá apresentar ao órgão competente,logo após ter tomado posse e assumido o exercício, os ele-mentos necessários à abertura do assentamento individual.Art. 63 - Salvo os casos previstos nesta lei, o funcionário queinterromper o exercício por mais de 30 (trinta) dias consecuti-vos, ficará sujeito à pena de demissão por abandono de cargo.Art. 64 - O funcionário deverá ter exercício na repartiçãoem cuja lotação houver claro.Art. 65 - Nenhum funcionário poderá ter exercício em serviço ourepartição diferente daquela em que estiver lotado, salvo nos ca-sos previstos nesta lei, ou mediante autorização do Governador.Art. 66 - Na hipótese de autorização do Governador, oafastamento só será permitido, com ou sem prejuízo devencimentos, para fim determinado e prazo certo.Parágrafo único - O afastamento sem prejuízo de vencimentospoderá ser condicionado ao reembolso das despesasefetuadas pelo órgão de origem, na forma a ser estabelecidaem regulamento.(incluído pela Lei Complementar n. 1043/08)Art. 67 - O afastamento do funcionário para ter exercícioem entidades com as quais o Estado mantenha convêni-os, reger -se - á pelas normas nestes estabelecidas.Art. 68 - O funcionário poderá ausentar -se do Estado oudeslocar -se da respectiva sede de exercício, para mis-são ou estudo de interesse do serviço público, medianteautorização expressa do Governador.Art. 69 - Os afastamentos de funcionários para participa-ção em congressos e outros certames culturais, técnicosou científicos, poderão ser autorizados pelo Governador,na forma estabelecida em regulamento.Art. 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou tem-porariamente ou pronunciado será considerado afasta-do do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração,até a condenação ou absolvição transitada em julgado.§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de suaremuneração, será considerada cessada a licença nadata em que o servidor for recolhido à prisão.§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, condena-do, o afastamento sem remuneração perdurará até o cumpri-mento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto,salvo na hipótese em que a decisão condenatória determinara perda do cargo público. (Redação dada ao art. 70 e §§ peloart. 6º da Lei Complementar nº 1.012, de 05/04/2007)Art. 71 - As autoridades competentes determinarão o afas-tamento imediato do trabalho, do funcionário que apresenteindícios de lesões orgânicas ou funcionais causadas porraios X ou substâncias radioativas, podendo atribuir -lheconforme o caso, tarefas sem risco de radiação ou conce-der -lhe licença “ex -officio” na forma do art. 194 e seguintes.

Art. 72 - O funcionário, quando no desempenho do man-dato eletivo federal ou estadual, ficará afastado de seucargo, com prejuízo do vencimento ou remuneração. - Súmula nº 34 do STF: - “No Estado de São Paulo, funcionário eleito vereadorfica licenciado por toda a duração do mandato”.Art. 73 - O exercício do mandato de Prefeito, ou de Vereador,quando remunerado, determinará o afastamento do funcio-nário, com a faculdade de opção entre os subsídios do man-dato e os vencimentos ou a remuneração do cargo, inclusivevantagens pecuniárias, ainda que não incorporadas.Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica -se igual-mente à hipótese de nomeação de Prefeito.Art. 74 - Quando não remunerada a vereança, o afasta-mento somente ocorrerá nos dias de sessão e desde queo horário das sessões da Câmara coincida com o horárionormal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário.§ 1º - Na hipótese prevista neste artigo, o afastamento sedará sem prejuízo de vencimentos e vantagens, aindaque não incorporadas, do respectivo cargo.§ 2º - É vedada a remoção ou transferência do funcionáriodurante o exercício do mandato.Art. 75 - O funcionário, devidamente autorizado pelo Gover-nador, poderá afastar -se do cargo para participar de pro-vas de competições desportivas, dentro ou fora do Estado.§ 1º - O afastamento de que trata este artigo, será prece-dido de requisição justificada do órgão competente.§ 2º - O funcionário será afastado por prazo certo, nasseguintes condições:I - sem prejuízo do vencimento ou remuneração, quandorepresentar o Brasil, ou o Estado, em competiçõesdesportivas oficiais; eII - com prejuízo do vencimento ou remuneração, em quais-quer outros casos.

Capítulo XVDa Contagem de Tempo de Serviço

Art. 76 - O tempo de serviço público, assim consideradoo exclusivamente prestado ao Estado e suas Autarquias,será contado singelamente para todos os fins.Parágrafo único. O tempo de serviço público prestado àUnião, outros Estados e Municípios, e suas autarquias,anteriormente ao ingresso do funcionário no serviço pú-blico estadual, será contado integralmente para os efei-tos de aposentadoria e disponibilidade.Art. 77 - A apuração do tempo de serviço será feita em dias.§ 1º - Serão computados os dias de efetivo exercício, doregistro de freqüência ou da folha de pagamento.§ 2º - O número de dias será convertido em anos, consi-derados sempre estes como de 365 (trezentos e ses-senta e cinco) dias.§ 3º - Feita a conversão de que trata o parágrafo anterior,os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), nãoserão computados, arredondando -se para 1 (um) ano,na aposentadoria compulsória ou por invalidez, quandoexcederem esse número.Art. 78 - Serão considerados de efetivo exercício, paratodos os efeitos legais, os dias em que o funcionárioestiver afastado do serviço em virtude de:I - férias;II - casamento, até 8 (oito) dias;III - falecimento do cônjuge, filhos, pais e irmãos, até 8(oito) dias;IV - falecimento dos avós, netos, sogros, do padrasto oumadrasta, até 2 (dois) dias;V - serviços obrigatórios por lei;VI - licença quando acidentado no exercício de suas atri-buições ou atacado de doença profissional;

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8 - Complemento

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VII - licença à funcionária gestante;VIII - licenciamento compulsório, nos termos do art. 206;IX - licença -prêmio;X - faltas abonadas nos termos do Parágrafo 1º do art.110, observados os limites ali fixados;XI - missão ou estudo dentro do Estado, em outros pontos doterritório nacional ou no estrangeiro, nos termos do art. 68;XII - nos casos previstos no art. 122;XIII - afastamento por processo administrativo, se o funci-onário for declarado inocente ou se a pena imposta for derepreensão ou multa; e, ainda, os dias que excederem ototal da pena de suspensão efetivamente aplicada;XIV - trânsito, em decorrência de mudança de sede deexercício, desde que não exceda o prazo de 8 (oito) dias; eXV - provas de competições desportivas, nos termos doitem I, do § 2º, do art. 75.XVI - nascimento de filho, por 1 (um) dia, ao pai, no decor-rer da primeira semana. Art.79 - Os dias em que o funcionário deixar de comparecer aoserviço em virtude de mandato legislativo municipal serão con-siderados de efetivo exercício para todos os efeitos legais.Parágrafo único - No caso de vereança remunerada, os dias deafastamento não serão computados para fins de vencimento ouremuneração, salvo se por eles tiver optado o funcionário.Art. 80 - Será contado para todos os efeitos, salvo para apercepção de vencimento ou remuneração:I - o afastamento para provas de competições desportivasnos termos do item II do § 2º do art. 75; eII - as licenças previstas nos arts. 200 e 201.Art. 81 - Os tempos adiante enunciados serão contados:I - para efeito de concessão de adicional por tempo deserviço, sexta -parte, aposentadoria e disponibilidade:a) o de afastamento nos termos dos arts. 65 e 66, junto aoutros poderes do Estado, a fundações instituídas peloEstado ou empresas em que o Estado tenha participa-ção majoritária pela sua Administração Centralizada ouDescentralizada, bem como junto a órgãos da Adminis-tração Direta da União, de outros Estados e Municípios, ede suas autarquias;b) o de afastamento nos termos do art. 67;II - para efeito de disponibilidade e aposentadoria, o delicença para tratamento de saúde.Art. 82 - O tempo de mandato federal e estadual, bem comoo municipal, quando remunerados, será contado para finsde aposentadoria e de promoção por antigüidade.Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica -se à hi-pótese de nomeação de Prefeito.- Súmula nº 34 do STF, citada após art. 72 deste Estatuto.Art. 83 - Para efeito de aposentadoria será contado otempo em que o funcionário esteve em disponibilidade.Art. 84 - É vedada a acumulação de tempo de serviçoconcorrente ou simultaneamente prestado, em dois oumais cargos ou funções, à União, Estados, Municípios ouAutarquias em geral.Parágrafo único - Em regime de acumulação é vedadocontar tempo de um dos cargos para reconhecimento dedireito ou vantagens no outro.Art. 85 - Não será computado, para nenhum efeito, o tem-po de serviço gratuito.

Capítulo XVIDa Vacância

Art. 86 - A vacância do cargo decorrerá de:I - exoneração;II - demissão;III - transferência;IV - acesso;V - aposentadoria; e

VI - falecimento.§ 1º - Dar -se -á a exoneração:1 - a pedido do funcionário;2 - a critério do Governo, quando se tratar de ocupante decargo em comissão; e3 - quando o funcionário não entrar em exercício dentrodo prazo legal.§ 2º - A demissão será aplicada como penalidade noscasos previstos nesta lei.

Título IIIDa PromoçãoCapítulo ÚnicoDa Promoção

Art. 87 - Promoção é a passagem do funcionário de umgrau a outro da mesma classe e se processará obedeci-dos, alternadamente, os critérios de merecimento e deantigüidade na forma que dispuser o regulamento.Art. 88 - O merecimento do funcionário será apurado empontos positivos e negativos.§ 1º - Os pontos positivos se referem a condições deeficiência no cargo e ao aperfeiçoamento funcional resul-tante do aprimoramento dos seus conhecimentos.§ 2º - Os pontos negativos resultam da falta de assiduida-de e da indisciplina.Art. 89 - Da apuração do merecimento será dada ciênciaao funcionário.Art. 90 - A antigüidade será determinada pelo tempo de efeti-vo exercício no cargo e no serviço público, apurado em dias.Art. 91 - As promoções serão feitas em junho e dezembro decada ano, dentro de limites percentuais a serem estabeleci-dos em regulamento e corresponderão às condições exis-tentes até o último dia do semestre imediatamente anterior.Art. 92 - Os direitos e vantagens que decorrerem da pro-moção serão contados a partir da publicação do ato, salvoquando publicado fora do prazo legal, caso em que vigora-rá a contar do último dia do semestre a que corresponder.Parágrafo único - Ao funcionário que não estiver em efeti-vo exercício, só se abonarão as vantagens a partir da datada reassunção.Art. 93 - Será declarada sem efeito a promoção indevida, nãoficando o funcionário, nesse caso, obrigado a restituições, sal-vo na hipótese de declaração falsa ou omissão intencional.Art. 94 - Só poderão ser promovidos os servidores quetiverem o interstício de efetivo exercício no grau.Parágrafo único - O interstício a que se refere este artigoserá estabelecido em regulamento.Art. 95 - Dentro de cada quadro, haverá para cada classe,nos respectivos graus, uma lista de classificação, paraos critérios de merecimento e antigüidade.Parágrafo único - Ocorrendo empate terão preferência,sucessivamente:1 - na classificação por merecimento:a) os títulos e os comprovantes de conclusão de cursos,relacionados com a função exercida;b) a assiduidade;c) a antigüidade no cargo;d) os encargos de família; ee) a idade;2 - na classificação por antigüidade:a) o tempo no cargo;b) o tempo de serviço prestado ao Estado;c) o tempo de serviço público;d) os encargos de família; ee) a idade.Art. 96 - O funcionário em exercício de mandato eletivofederal ou estadual ou de mandato de prefeito, somentepoderá ser promovido por antigüidade.

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Art. 97 - Não serão promovidos por merecimento, ainda queclassificados dentro dos limites estabelecidos no regulamen-to, os funcionários que tiverem sofrido qualquer penalidadenos dois anos anteriores à data de vigência da promoção.Art. 98 - O funcionário submetido a processo administrativo pode-rá ser promovido, ficando, porém, sem efeito a promoção pormerecimento no caso de o processo resultar em penalidade.Art. 99 - Para promoção por merecimento é indispensá-vel que o funcionário obtenha número de pontos não infe-rior à metade do máximo atribuível.Art. 100 - O merecimento do funcionário é adquirido na classe.Art. 101 - RevogadoArt. 102 - O tempo no cargo será o efetivo exercício, con-tado na seguinte conformidade:I - a partir da data em que o funcionário assumir o exercí-cio do cargo, nos casos de nomeação, transferência apedido, reversão e aproveitamento;II - como se o funcionário estivesse em exercício, no casode reintegração;III - a partir da data em que o funcionário assumir o exer-cício do cargo do qual foi transferido, no caso de transfe-rência “ex -officio”; eIV - a partir da data em que o funcionário assumir o exer-cício do cargo reclassificado ou transformado.Art. 103 - Será contado como tempo no cargo o efetivoexercício que o funcionário houver prestado no mesmocargo, sem solução de continuidade, desde que por pra-zo superior a 6 (seis) meses:I - como substituto; eII - no desempenho de função gratificada, em períodoanterior à criação do respectivo cargo.Art. 104 - As promoções obedecerão à ordem de classificação.Art. 105 - Haverá em cada Secretaria de Estado uma Co-missão de Promoção que terá as seguintes atribuições:I - eleger o respectivo presidente;II - decidir as reclamações contra a avaliação do mérito,podendo alterar, fundamentalmente, os pontos atribuí-dos ao reclamante ou a outros funcionários;III - avaliar o mérito do funcionário quando houver diver-gência igual ou superior a 20 (vinte) pontos entre os totaisatribuídos pelas autoridades avaliadoras;IV - propor à autoridade competente a penalidade que couberao responsável pelo atraso na expedição e remessa do Bole-tim de Promoção, pela falta de qualquer informação ou deelementos solicitados, pelos fatos de que decorram irregula-ridade ou parcialidade no processamento das promoções;V - Avaliar os títulos e os certificados de cursos apresen-tados pelos funcionários; eVI - dar conhecimento aos interessados mediante afixa-ção na repartição:1 - das alterações de pontos feitos nos Boletins de Promoção; e2 - dos pontos atribuídos pelos títulos e certificados de cursos.Art. 106 - No processamento das promoções cabem asseguintes reclamações:I - da avaliação do mérito; eII - da classificação final.§ 1º - Da avaliação do mérito podem ser interpostos pedi-dos de reconsideração e recurso, e, da classificação fi-nal, apenas recurso.§ 2º- Terão efeito suspensivo as reclamações relativas àavaliação do mérito.§ 3º- Serão estabelecidos em regulamento as normas eos prazos para o processamento das reclamações deque trata este artigo.Art. 107 - A orientação das promoções do funcionalismopúblico civil será centralizada, cabendo ao órgão a que fordeferida tal competência:I - expedir normas relativas ao processamento das pro-moções e elaborar as respectivas escalas de avaliação,com a aprovação do Governador;

II - orientar as autoridades competentes quanto à avalia-ção das condições de promoção;III - realizar estudos e pesquisas no sentido de averiguara eficiência do sistema em vigor, propondo medidas ten-dentes ao seu aperfeiçoamento; eIV - opinar em processos sobre assuntos de promoção,sempre que solicitado.

Título IVDos Direitos e das Vantagens de Ordem Pecuniária

Capítulo IDo Vencimento e da Remuneração

Seção IDisposições Gerais

Art. 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionáriopelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valordo respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens aele incorporadas para todos os efeitos legais.Art. 109 - Remuneração é a retribuição paga ao funcioná-rio pelo efetivo exercício do cargo, correspondente a 2/3(dois terços) do respectivo padrão, mais as quotas ouporcentagens que, por lei, lhe tenham sido atribuídas eas vantagens pecuniárias a ela incorporadas.Art. 110 - O funcionário perderá:I - o vencimento ou remuneração do dia. quando não compa-recer ao serviço, salvo no caso previsto no §1º deste artigo; eII - 1/3 (um terço) do vencimento ou remuneração diária,quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte àmarcada para o início do expediente ou quando dele reti-rar -se dentro da última hora.§ 1º - As faltas ao serviço, até o máximo de 6 (seis) porano, não excedendo a uma por mês, em razão de molés-tia ou outro motivo relevante, poderão ser abonadas pelosuperior imediato, a requerimento do funcionário no pri-meiro dia útil subseqüente ao da falta.§ 2º - No caso de faltas sucessivas, justificadas ou injustificadas,os dias intercalados - domingos, feriados e aqueles em quenão haja expediente - serão computados exclusivamente paraefeito de desconto do vencimento ou remuneração.Art. 111 - As reposições devidas pelo funcionário e as inde-nizações por prejuízos que causar à Fazenda Pública Es-tadual, serão descontadas em parcelas mensais não ex-cedentes da décima parte do vencimento ou remuneraçãoressalvados os casos especiais previstos neste Estatuto.Art. 112 - Só será admitida procuração para efeito derecebimento de quaisquer importâncias dos cofres esta-duais, decorrentes do exercício do cargo, quando o funci-onário se encontrar fora da sede ou comprovadamenteimpossibilitado de locomover - se.Art. 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer vanta-gem pecuniária atribuídos ao funcionário, não poderãoser objeto de arresto, seqüestro ou penhora, salvo:I - quando se tratar de prestação de alimentos, na formada lei civil; eII - nos casos previstos no Capítulo II do Título VI deste Estatuto.Art. 114 - É proibido, fora dos casos expressamente consigna-dos neste Estatuto, ceder ou gravar vencimento, remuneraçãoou qualquer vantagem decorrente do exercício de cargo público.Art. 115 - O vencimento ou remuneração do funcionárionão poderá sofrer outros descontos, exceto os obrigatóri-os e os autorizados por lei.Art. 116 - As consignações em folha, para efeito de des-conto de vencimentos ou remuneração, serão disciplina-das em regulamento.

Seção IIDo Horário e do Ponto

Art. 117 - O horário de trabalho nas repartições será fixado peloGoverno de acordo com a natureza e as necessidades do serviço.

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Art. 118 - O período de trabalho, nos casos de comprova-da necessidade, poderá ser antecipado ou prorrogadopelo chefe da repartição ou serviço.Parágrafo único - No caso de antecipação ou prorroga-ção, será remunerado o trabalho extraordinário, na formaestabelecida no art. 136.Art. 119 - Nos dias úteis, só por determinação do Gover-nador poderão deixar de funcionar as repartições públi-cas ou ser suspenso o expediente.Art. 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará, diaria-mente, a entrada e saída do funcionário em serviço.§ 1º - Para registro do ponto serão usados, de preferên-cia, meios mecânicos.§ 2º - É vedado dispensar o funcionário do registro doponto, salvo os casos expressamente previstos em lei.§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior determi-nará a responsabilidade da autoridade que tiver expedi-do a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar cabível.Art. 121 - Para o funcionário estudante, conforme dispu-ser o regulamento, poderão ser estabelecidas normasespeciais quanto à freqüência ao serviço.Art. 122 - O funcionário que comprovar sua contribuição parabanco de sangue mantido por órgão estatal ou paraestatal,ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio, ficadispensado de comparecer ao serviço no dia da doação.Art. 123 - Apurar -se -á a freqüência do seguinte modo:I - pelo ponto; eII - pela forma determinada, quanto aos funcionários nãosujeitos a ponto.

Capítulo IIDas Vantagens de Ordem Pecuniária

Seção IDisposições Gerais

Art. 124 - Além do valor do padrão do cargo, o funcionáriosó poderá receber as seguintes vantagens pecuniárias:I - adicionais por tempo de serviço;II - gratificações;III - diárias;IV - ajudas de custo;V - salário -família e salário -esposa;VI - Revogado;VII - quota -parte de multas e porcentagens fixadas em lei;VIII - honorários, quando fora do período normal ou extraordi-nário de trabalho a que estiver sujeito, for designado pararealizar investigações ou pesquisas científicas, bem comopara exercer as funções de auxiliar ou membro de bancas ecomissões de concurso ou prova, ou de professor de cursosde seleção e aperfeiçoamento ou especialização de servido-res, legalmente instituídos, observadas as proibiçõesatinentes a regimes especiais de trabalho fixados em lei;IX - honorários pela prestação de serviço peculiar à pro-fissão que exercer e, em função dela, à Justiça, desdeque não a execute dentro do período normal ou extraordi-nário de trabalho a que estiver sujeito e sejam respeita-das as restrições estabelecidas em lei pela subordina-ção a regimes especiais de trabalho; eX - outras vantagens ou concessões pecuniárias previs-tas em leis especiais ou neste Estatuto (Ver artigo 7º eincisos da Constituição Federal, de 05/10/1988)§ 1º - Excetuados os casos expressamente previstos nesteartigo, o funcionário não poderá receber, a qualquer título,seja qual for o motivo ou forma de pagamento, nenhumaoutra vantagem pecuniária dos órgãos do serviço públi-co, das entidades autárquicas ou paraestatais ou outrasorganizações públicas, em razão de seu cargo ou funçãonos quais tenha sido mandado servir.§ 2º - O não cumprimento do que preceitua este artigo im-portará na demissão do funcionário, por procedimento irre-

gular, e na imediata reposição, pela autoridade ordenadorado pagamento, da importância indevidamente paga.§ 3º - Nenhuma importância relativa às vantagens cons-tantes deste artigo será paga ou devida ao funcionário,seja qual for o seu fundamento, se não houver créditopróprio, orçamentário ou adicional.Art. 125 - As porcentagens ou quotas -partes, atribuídas emvirtude de multas ou serviços de fiscalização e inspeção, sóserão creditadas ao funcionário após a entrada da impor-tância respectiva, a título definitivo, para os cofres públicos.Art. 126 - O funcionário não fará jus à percepção de quais-quer vantagens pecuniárias, nos casos em que deixar deperceber o vencimento ou remuneração, ressalvado odisposto no parágrafo único do art. 160.

Seção IIDos Adicionais por Tempo de Serviço

Art. 127 - O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco)anos, contínuos, ou não, à percepção de adicional por tempo deserviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) sobre o venci-mento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos.Parágrafo único - O adicional por tempo de serviço será conce-dido pela autoridade competente, na forma que for estabelecidaem regulamento, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)dias, contados da data da completação do período aquisitivo,sob pena de ser responsabilizado o servidor que der causa aodescumprimento do prazo ora fixado. (Redação dada pelo arti-go 1º da Lei Complementar nº 792, de 20/03/1995)Art. 128 - A apuração do qüinqüênio será feita em dias e ototal convertido em anos, considerados estes semprecomo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.Art. 129 - Vetado.Art. 130 - O funcionário que completar 25 (vinte e cinco) anos deefetivo exercício perceberá mais a sexta - parte do vencimento ouremuneração, a estes incorporada para todos os efeitos. - Sobre sexta -parte, ver art. 129 da Constituição Estadual,de 05/10/1989:- “Artigo 129 - Ao servidor público estadual é assegurado opercebimento de adicional por tempo de serviço, concedi-do no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação,bem como a sexta -parte dos vencimentos integrais, con-cedida aos 20 (vinte) anos de efetivo exercício, que se in-corporarão aos vencimentos para todos os efeitos, obser-vado o disposto no art. 115, inc. XVI, desta Constituição.”Art. 131 - O funcionário que exercer cumulativamente car-gos ou funções, terá direito aos adicionais de que trata estaSeção, isoladamente, referentes a cada cargo ou a função.Art. 132 - O ocupante de cargo em comissão fará jus aosadicionais previstos nesta Seção, calculados sobre o ven-cimento que perceber no exercício desse cargo, enquan-to nele permanecer.Art. 133 - Ao funcionário no exercício de cargo em substi-tuição aplica -se o disposto no artigo anterior.Art. 134 - Para efeito dos adicionais a que se refere estaSeção, será computado o tempo de serviço, na formaestabelecida nos arts. 76 e 78. - Sobre adicional por tempo de serviço, ver art. 129 daConstituição Estadual, de 05/10/1989.

Seção IIIDas Gratificações

Art. 135 - Poderá ser concedida gratificação ao funcionário:I - pela prestação de serviço extraordinário;II - pela elaboração ou execução de trabalho técnico oucientífico ou de utilidade para o serviço público;III - a título de representação, quando em função de gabi-nete, missão ou estudo fora do Estado ou designaçãopara função de confiança do Governador;

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IV - quando designado para fazer parte de órgão legal dedeliberação coletiva; eV - outras que forem previstas em lei.Art. 136 - A gratificação pela prestação de serviço extraordi-nário será paga por hora de trabalho prorrogado ou anteci-pado, na mesma razão percebida pelo funcionário em cadahora de período normal de trabalho a que estiver sujeito.Parágrafo único - A prestação de serviço extraordinárionão poderá exceder a duas horas diárias de trabalho.Art. 137 - É vedado conceder gratificação por serviço extraordi-nário, com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos.§ 1º - O funcionário que receber importância relativa a servi-ço extraordinário que não prestou, será obrigado a restituí-lade uma só vez, ficando ainda sujeito à punição disciplinar.§ 2º - Será responsabilizada a autoridade que infringir odisposto no “caput” deste artigo.Art. 138 - Será punido com pena de suspensão e, nareincidência, com a de demissão, a bem do serviço públi-co, o funcionário:I - que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário; eII - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de ser-viço extraordinário.Art. 139 - O funcionário que exercer cargo de direção nãopoderá perceber gratificação por serviço extraordinário.§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica durante o perí-odo em que subordinado de titular de cargo nele mencio-nado venha a perceber, em conseqüência do acréscimoda gratificação por serviço extraordinário, quantia que igualeou ultrapasse o valor do padrão do cargo de direção.§ 2º - Aos titulares de cargos de direção, para efeito doparágrafo anterior, apenas será paga gratificação por ser-viço extraordinário correspondente à quantia a esse títulopercebida pelo subordinado de padrão mais elevado.Art. 140 - A gratificação pela elaboração ou execução detrabalho técnico ou científico, ou de utilidade para o servi-ço, será arbitrada pelo Governador, após sua conclusão.Art. 141 - A gratificação a título de representação, quandoo funcionário for designado para serviço ou estudo forado Estado, será arbitrada pelo Governador, ou por autori-dade que a lei determinar, podendo ser percebida cumu-lativamente com a diária.Art. 142 - A gratificação relativa ao exercício em órgão legalde deliberação coletiva, será fixada pelo Governador.Art. 143 - A gratificação de representação de gabinete,fixada em regulamento, não poderá ser percebida cumu-lativamente com a referida no inciso I do art. 135.

Seção IVDas Diárias

Art. 144 - Ao funcionário que se deslocar temporariamen-te da respectiva sede, no desempenho de suas atribui-ções, ou em missão ou estudo, desde que relacionadoscom o cargo que exerce, poderá ser concedida, além dotransporte, uma diária a título de indenização das despe-sas de alimentação e pousada.§ 1º - Não será concedida diária ao funcionário removidoou transferido, durante o período de trânsito.§ 2º - Não caberá a concessão de diária quando o deslo-camento de funcionário constituir exigência permanentedo cargo ou função.§ 3º - Entende-se por sede o município onde o funcioná-rio tem exercício.§ 4º - O disposto no “caput” deste artigo não se aplica aoscasos de missão ou estudo fora do País.§ 5º - As diárias relativas aos deslocamentos de funcio-nários para outros Estados e Distrito Federal, serão fixa-das por decreto.Art. 145 - O valor das diárias será fixado em decreto.

Parágrafo único - As diárias para os cargos sujeitos aoregime de remuneração serão fixadas em decreto doPoder Executivo, obedecidos os limites que forem esta-belecidos para os demais cargos.Art. 146 - A tabela de diárias, bem como as autoridadesque as concederem, deverão constar de decreto.Art. 147 - O funcionário que indevidamente receber diá-ria, será obrigado a restituí-la de uma só vez, ficando ain-da sujeito à punição disciplinar.Art. 148 - É vedado conceder diárias com o objetivo deremunerar outros encargos ou serviços.Parágrafo único - Será responsabilizada a autoridade queinfringir o disposto neste artigo.

Seção VDas Ajudas de Custo

Art. 149 - A juízo da Administração, poderá ser concedidaajuda de custo ao funcionário que no interesse do serviçopassar a ter exercício em nova sede.§ 1º - A ajuda de custo destina -se a indenizar o funcioná-rio das despesas de viagem e de nova instalação .§ 2º - O transporte do funcionário e de sua família compreen-de passagem e bagagem e correrá por conta do Governo.Art. 150 - A ajuda de custo, desde que em território doPaís, será arbitrada pelos Secretários de Estado, nãopodendo exceder importância correspondente a 3 (três)vezes o valor do padrão do cargo.Parágrafo único - O regulamento fixará o critério para oarbitramento, tendo em vista o número de pessoas queacompanham o funcionário, as condições de vida na novasede, a distância a ser percorrida, o tempo de viagem eos recursos orçamentários disponíveis.Art. 151 - Não será concedida ajuda de custo:I - ao funcionário que se afastar da sede ou a ela voltar,em virtude de mandato eletivo; eII - ao que for afastado junto a outras Administrações.Parágrafo único - O funcionário que recebeu ajuda decusto, se for obrigado a mudar de sede dentro do períodode 2 (dois) anos poderá receber, apenas, 2/3 (dois ter-ços) do benefício que lhe caberia.Art. 152 - Quando o funcionário for incumbido de serviçoque o obrigue a permanecer fora da sede por mais de 30(trinta) dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuí-zos das diárias que lhe couberem.Parágrafo único - A importância dessa ajuda de custoserá fixada na forma do art. 150, não podendo exceder aquantia relativa a 1 (uma) vez o valor do padrão do cargo.Art. 153 - Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido:I - o funcionário que não seguir para a nova sede dentrodos prazos fixados, salvo motivo independente de suavontade, devidamente comprovado sem prejuízo da penadisciplinar cabível;II - o funcionário que, antes de concluir o serviço que lhefoi cometido, regressar da nova sede, pedir exoneraçãoou abandonar o cargo.§ 1º - A restituição poderá ser feita parceladamente, a juízoda autoridade que houver concedido a ajuda de custo, salvono caso de recebimento indevido, em que a importância pordevolver será descontada integralmente do vencimento ouremuneração, sem prejuízo da pena disciplinar cabível.§ 2º - A responsabilidade pela restituição de que trata esteartigo, atinge exclusivamente a pessoa do funcionário.§ 3º - Se o regresso do funcionário for determinado pelaautoridade competente ou por motivo de força maior devi-damente comprovado, não ficará ele obrigado a restituir aajuda de custo.Art. 154 - Caberá também ajuda de custo ao funcionáriodesignado para serviço ou estudo no estrangeiro.

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Parágrafo único - A ajuda de custo de que trata este artigoserá arbitrada pelo Governador.

Seção VIDo Salário - Família e do Salário - Esposa

Art. 155 - O salário -família será concedido ao funcionárioou ao inativo por:I - filho menor de 18 (dezoito) anos; eII - filho inválido de qualquer idade.Parágrafo único - Consideram -se dependentes, desdeque vivam total ou parcialmente às expensas do funcio-nário, os filhos de qualquer condição, os enteados e osadotivos, equiparando -se a estes os tutelados sem mei-os próprios de subsistência.Art. 156 - A invalidez que caracteriza a dependência é aincapacidade total e permanente para o trabalho.Art. 157 - Quando o pai e a mãe tiverem ambos a condi-ção de funcionário público ou de inativo e viverem emcomum, o salário - família será concedido a um deles.Parágrafo único - Se não viverem em comum, será con-cedido ao que tiver os dependentes sob sua guarda, ou aambos, de acordo com a distribuição de dependentes.Art. 158 - Ao pai e à mãe equiparam -se o padrasto e amadrasta e, na falta destes, os representantes legaisdos incapazes.Art. 158 -A - Fica assegurada nas mesmas bases e con-dições, ao cônjuge supérstite ou ao responsável legalpelos filhos do casal, a percepção do salário -família aque tinha direito o funcionário ou inativo falecido.Art. 159 - A concessão e a supressão do salário -famíliaserão processadas na forma estabelecida em lei.Art. 160 - Não será pago o salário -família nos casos emque o funcionário deixar de perceber o respectivo venci-mento ou remuneração.Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplicaaos casos disciplinares e penais, nem aos de licençapor motivo de doença em pessoa da família.Art. 161 - É vedada a percepção de salário - família pordependente em relação ao qual já esteja sendo pago estebenefício por outra entidade pública federal, estadual oumunicipal, ficando o infrator sujeito às penalidades da lei.Art. 162 - O salário - esposa será concedido ao funcioná-rio que não perceba vencimento ou remuneração de im-portância superior a 2 (duas) vezes o valor do menor ven-cimento pago pelo Estado, desde que a mulher não exer-ça atividade remunerada.Parágrafo único - A concessão do benefício a que se refe-re este artigo será objeto de regulamento.

Seção VIIOutras Concessões Pecuniárias

Art. 163 - O Estado assegurará ao funcionário o direito depleno ressarcimento de danos ou prejuízos, decorrentesde acidentes no trabalho, do exercício em determinadaszonas ou locais e da execução de trabalho especial, comrisco de vida ou saúde.Art. 164 - Ao funcionário licenciado, para tratamento desaúde poderá ser concedido transporte, se decorrentedo tratamento, inclusive para pessoa de sua família.Art. 165 - Poderá ser concedido transporte à família dofuncionário, quando este falecer fora da sede de exercí-cio, no desempenho de serviço.§ 1º - A mesma concessão poderá ser feita à família dofuncionário falecido fora do Estado.§ 2º - Só serão atendidos os pedidos de transporte for-mulados dentro do prazo de 1 (um) ano, a partir da dataem que houver falecido o funcionário.Art. 166 - (Revogado pelo art. 11 do Decreto - lei de 27/02/1970)

Art. 167 - A concessão de que trata o artigo anterior sópoderá ser deferida ao funcionário que se encontre noexercício do cargo e mantenha contato com o público,pagando ou recebendo em moeda corrente.Art. 168 - ao cônjuge, ao companheiro ou companheiraou, na falta destes, à pessoa que provar ter feito despe-sas em virtude do falecimento de funcionário ativo ou ina-tivo será concedido auxílio-funeral, a título de benefícioassistencial, de valor correspondente a 1 (um) mês darespectiva remuneração. (Redação dada pela Lei Com-plementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - o pagamento será efetuado pelo órgão competente,mediante apresentação de atestado de óbito pelas pes-soas indicadas no “caput” deste artigo, ou procuradorlegalmente habilitado, feita a prova de identidade. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - no caso de integrante da carreira de Agente de Segu-rança Penitenciária ou da classe de Agente de Escolta eVigilância Penitenciária, se ficar comprovado, por meio decompetente apuração, que o óbito decorreu de lesões re-cebidas no exercício de suas funções, o benefício seráacrescido do valor correspondente a mais 1 (um) mês darespectiva remuneração, cujo pagamento será efetivadomediante apresentação de alvará judicial. (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 3º - o pagamento do benefício previsto neste artigo, casoas despesas tenham sido custeadas por terceiros, em vir-tude da contratação de planos funerários, somente seráefetivado mediante apresentação de alvará judicial. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 169 - O Governo do Estado poderá conceder prêmios emdinheiro, dentro das dotações orçamentárias próprias, aos fun-cionários autores dos melhores trabalhos, classificados emconcursos de monografias de interesse para o serviço público.Art. 170 - (Revogado pelo art. 1º do Decreto -Lei nº 24, de28/03/1969)

Capítulo IIIDas Acumulações Remuneradas

Art. 171 - É vedada a acumulação remunerada, exceto:I - a de um juiz e um cargo de professor;II - a de dois cargos de professor;III - a de um cargo de professor e outro técnico ou científico; eIV - a de dois cargos privativos de médico. (Vide art. 37,XVI da Constituição Federal)§ 1º - Em qualquer dos casos, a acumulação somenteé permitida quando haja correlação de matérias e com-patibilidade de horários.§ 2º - A proibição de acumular se estende a cargos, fun-ções ou empregos em autarquias, empresas públicas esociedades de economia mista.§ 3º - A proibição de acumular proventos não se aplicaaos aposentados, quanto ao exercício de mandato eletivo,cargo em comissão ou ao contrato para prestação deserviços técnicos ou especializados.Art. 172 - O funcionário ocupante de cargo efetivo, ou emdisponibilidade, poderá ser nomeado para cargo em co-missão, perdendo, durante o exercício desse cargo, ovencimento ou remuneração do cargo efetivo ou o provento,salvo se optar pelo mesmo.Art. 173 - Não se compreende na proibição de acumular,desde que tenha correspondência com a função princi-pal, a percepção das vantagens enumeradas no art. 124.Art. 174 - Verificado, mediante processo administrativo,que o funcionário está acumulando, fora das condiçõesprevistas neste Capítulo, será ele demitido de todos oscargos e funções e obrigado a restituir o que indevi-damente houver recebido.

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§ 1º - Provada a boa -fé, o funcionário será mantido nocargo ou função que exercer há mais tempo.§ 2º - Em caso contrário, o funcionário demitido ficaráainda inabilitado pelo prazo de 5 (cinco) anos, para oexercício de função ou cargo público, inclusive em entida-des que exerçam função delegada do poder público ousão por este mantidas ou administradas.Art. 175 - As autoridades civis e os chefes de serviço,bem como os diretores ou responsáveis pelas entidadesreferidas no Parágrafo 2º do artigo anterior e os fiscais ourepresentantes dos poderes públicos junto às mesmas,que tiverem conhecimento de que qualquer dos seus su-bordinados ou qualquer empregado da empresa sujeitaà fiscalização está no exercício de acumulação proibida,farão a devida comunicação ao órgão competente, paraos fins indicados no artigo anterior.Parágrafo único - Qualquer cidadão poderá denunciar aexistência de acumulação ilegal.

Título VDos Direitos e Vantagens em Geral

Capítulo IDas Férias

Art. 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) diasde férias anuais, observada a escala que for aprovada.§ 1º - É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.§ 2º - É proibida a acumulação de férias, salvo por abso-luta necessidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois)anos consecutivos.§ 3º - O período de férias será reduzido para 20 (vinte) dias,se o servidor, no exercício anterior, tiver, considerados emconjunto, mais de 10 (dez) não comparecimentos corres-pondentes a faltas abonadas, justificadas e injustificadasou às licenças previstas nos itens IV, VI e VII do art. 181.§ 4º - Durante as férias, o funcionário terá direito a todasas vantagens, como se estivesse em exercício.Art. 177 - Atendido o interesse do serviço, o funcionário po-derá gozar férias de uma só vez ou em dois períodos iguais.Art. 178 - Somente depois do primeiro ano de exercíciono serviço público, adquirirá o funcionário direito a férias.Parágrafo único - Será contado para efeito deste artigo otempo de serviço prestado em outro cargo público, desdeque entre a cessação do anterior e o início do subseqüen-te exercício não haja interrupção superior a 10 (dez) dias.Art. 179 - Caberá ao chefe da repartição ou do serviço,organizar, no mês de dezembro, a escala de férias para oano seguinte, que poderá alterar de acordo com a conve-niência do serviço.Art. 180 - O funcionário transferido ou removido, quandoem gozo de férias, não será obrigado a apresentar -seantes de terminá-las.- Sobre férias, ver inciso XVII do artigo 7º da ConstituiçãoFederal, de 05/10/1988.

Capítulo IIDas Licenças

Seção IDisposições Gerais

Art. 181 - o funcionário efetivo poderá ser licenciado:I - para tratamento de saúde; (Redação dada pela LeiComplementar n. 1.123, de 01.07.2010)II - quando acidentado no exercício de suas atribuiçõesou acometido por doença profissional; (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)III - no caso previsto no artigo 198; (Redação dada pelaLei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)IV - por motivo de doença em pessoa de sua família; (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)

V - para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar;(Redação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)VI - para tratar de interesses particulares; (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)VII - no caso previsto no artigo 205; (Redação dada pelaLei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)VIII - compulsoriamente, como medida profilática; (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)IX - como prêmio de assiduidade. (Redação dada pelaLei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - ao funcionário ocupante exclusivamente de cargo emcomissão serão concedidas as licenças previstas nesteartigo, salvo as referidas nos incisos IV, VI e VII. (Redaçãodada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - As licenças previstas nos incisos I a III serão concedidasao funcionário de que trata o § 1º deste artigo mediante regrasestabelecidas pelo regime geral de previdência social. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 182 - As licenças dependentes de inspeção médicaserão concedidas pelo prazo indicado pelos órgãos ofici-ais competentes. (Redação dada pela Lei Complemen-tar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 183 - Finda a licença, o funcionário deverá reassumir,imediatamente, o exercício do cargo. (Redação dada pelaLei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - o disposto no “caput” deste artigo não se aplica àslicenças previstas nos incisos V e VII do artigo 181, quan-do em prorrogação. (Redação dada pela Lei Comple-mentar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - a infração do disposto no “caput” deste artigo impor-tará em perda total do vencimento ou remuneração cor-respondente ao período de ausência e, se esta exceder a30 (trinta) dias, ficará o funcionário sujeito à pena de de-missão por abandono de cargo. (Redação dada pela LeiComplementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 184 - O funcionário licenciado nos termos dos itens I a IVdo art. 181, é obrigado a reassumir o exercício, se for consi-derado apto em inspeção médica realizada “ex -officio” ouse não subsistir a doença na pessoa de sua família.Parágrafo único - O funcionário poderá desistir da licen-ça, desde que em inspeção médica fique comprovada acessação dos motivos determinantes da licença.Art. 185 - As licenças previstas nos incisos I, II e IV doartigo 181 não serão concedidas em prorrogação, ca-bendo ao funcionário ou à autoridade competente ingres-sar, quando for o caso, com um novo pedido. (Redaçãodada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 186 - (Revogado pela Lei Complementar n. 1.123, de01.07.2010)Art. 187 - O funcionário licenciado nos termos dos itens Ie II do art. 181 não poderá dedicar -se a qualquer ativida-de remunerada, sob pena de ser cassada a licença e deser demitido por abandono do cargo, caso não reassumao seu exercício dentro do prazo de 30 (trinta) dias.Art. 188 - (Revogado pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 189 - (Revogado pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 190 - O funcionário que se recusar a submeter - se àinspeção médica, quando julgada necessária, será puni-do com pena de suspensão.Parágrafo único - A suspensão cessará no dia em que serealizar a inspeção.

Seção IIDa Licença para Tratamento de Saúde

Art. 191 - Ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver im-possibilitado para o exercício do cargo, será concedida licen-ça, mediante inspeção em órgão médico oficial, até o máximode 4 (quatro) anos, com vencimento ou remuneração.

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§ 1º - Findo o prazo, previsto neste artigo, o funcionário serásubmetido à inspeção médica e aposentado, desde queverificada a sua invalidez, permitindo-se o licenciamento alémdesse prazo, quando não se justificar a aposentadoria.§ 2º - Será obrigatória a reversão do aposentado, desde quecessados os motivos determinantes da aposentadoria.Art. 192 - O funcionário ocupante de cargo em comissãopoderá ser aposentado, nas condições do artigo anterior,desde que preencha os requisitos do art. 227.Art. 193 - A licença para tratamento de saúde dependeráde inspeção médica, realizada em órgão oficial e poderáser concedida:I - a pedido do funcionário; eII - “ex -officio”.

Seção IIIDa Licença ao Funcionário Acidentado no Exercício desuas Atribuições ou Atacado de Doença Profissional

Art. 194 - o funcionário acidentado no exercício de suasatribuições ou que tenha adquirido doença profissional terádireito à licença com vencimento ou remuneração. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Parágrafo único - Considera-se também acidente: (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)1 - a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário,no exercício de suas funções; (Redação dada pela LeiComplementar n. 1.123, de 01.07.2010)2 - a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito,no percurso usual para o trabalho. (Redação dada pelaLei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 195 - A licença prevista no artigo anterior não poderáexceder de 4 (quatro) anos.Parágrafo único - No caso de acidente, verificada a inca-pacidade total para qualquer função pública, será desdelogo concedida aposentadoria ao funcionário.Art. 196 - a comprovação do acidente, indispensável paraa concessão da licença, será feita em procedimento pró-prio, que deverá iniciar-se no prazo de 10 (dez) dias, con-tados da data do acidente. (Redação dada pela Lei Com-plementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - o funcionário deverá requerer a concessão da licença deque trata o “caput” deste artigo junto ao órgão de origem. (Re-dação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - Concluído o procedimento de que trata o “caput” desteartigo caberá ao órgão médico oficial a decisão. (Redaçãodada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 3º - o procedimento para a comprovação do acidente de quetrata este artigo deverá ser cumprido pelo órgão de origem dofuncionário, ainda que não venha a ser objeto de licença. (Re-dação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)Art. 197 - Para a conceituação do acidente da doençaprofissional, serão adotados os critérios da legislaçãofederal de acidentes do trabalho.

Seção IVDa Licença à Funcionária Gestante

(Redação dada pela Lei Complementar n. 1.054/08)Art. 198 - À funcionária gestante será concedida, median-te inspeção médica, licença de 180 (cento e oitenta) diascom vencimento ou remuneração, observado o seguinte:I - salvo prescrição médica em contrário, a licença poderáser concedida a partir do oitavo mês de gestação;II - ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licen-ça, será esta concedida mediante a apresentação da cer-tidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento,podendo retroagir até 15 (quinze) dias;III - durante a licença, cometerá falta grave a servidora queexercer qualquer atividade remunerada ou mantiver a cri-ança em creche ou organização similar;

Parágrafo único - No caso de natimorto, será concedida alicença para tratamento de saúde, a critério médico, naforma prevista no artigo 193.

Seção VDa Licença por Motivo de Doença em Pessoa da FamíliaArt. 199 - o funcionário poderá obter licença, por motivo dedoença do cônjuge e de parentes até segundo grau. (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 1º - Provar-se-á a doença em inspeção médica na for-ma prevista no artigo 193. (Redação dada pela Lei Com-plementar n. 1.123, de 01.07.2010)§ 2º - a licença de que trata este artigo será concedidacom vencimentos ou remuneração até 1 (um) mês e comos seguintes descontos: (Redação dada pela Lei Com-plementar n. 1.123, de 01.07.2010)1 - de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três);(Redação dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)2 - 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis); (Reda-ção dada pela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)3 - sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigési-mo mês. (Redação dada pela Lei Complementar n. 1.123,de 01.07.2010)§ 3º - para os efeitos do § 2º deste artigo, serão somadasas licenças concedidas durante o período de 20 (vinte)meses, contado da primeira concessão. (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.123, de 01.07.2010)

Seção VIDa Licença para Atender a Obrigações

Concernentes ao Serviço MilitarArt. 200 - Ao funcionário que for convocado para o serviçomilitar e outros encargos da segurança nacional, seráconcedida licença sem vencimento ou remuneração.§ 1º - A licença será concedida mediante comunicação dofuncionário ao chefe da repartição ou do serviço, acompa-nhada de documentação oficial que prove a incorporação.§ 2º - O funcionário desincorporado reassumirá imedia-tamente o exercício, sob pena de demissão por abando-no do cargo, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias.§ 3º - Quando a desincorporação se verificar em lugardiverso do da sede, os prazos para apresentação serãoos previstos no art. 60.Art. 201 - Ao funcionário que houver feito curso para ser admi-tido como oficial da reserva das Forças Armadas, será tam-bém concedida licença sem vencimento ou remuneração,durante os estágios prescritos pelos regulamentos militares.

Seção VIIDa Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 202 - Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcio-nário poderá obter licença, sem vencimento ou remune-ração, para tratar de interesses particulares, pelo prazomáximo de 2 (dois) anos.§ 1º - Poderá ser negada a licença quando o afastamentodo funcionário for inconveniente ao interesse do serviço.§ 2º - O funcionário deverá aguardar em exercício a con-cessão da licença.§ 3º - A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo daAdministração, desde que dentro do período de 3 (três) anos.§ 4º - O funcionário poderá desistir da licença, a qualquertempo, reassumindo o exercício em seguida.Art. 203 - Não será concedida licença para tratar de inte-resses particulares ao funcionário nomeado, removidoou transferido, antes de assumir o exercício do cargo.Art. 204 - Só poderá ser concedida nova licença depoisde decorridos 5 (cinco) anos do término da anterior.

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Complemento - 15

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Seção VIIIDa Licença à Funcionária Casada

com Funcionário ou MilitarArt. 205 - A funcionária casada com funcionário estadualou com militar terá direito à licença, sem vencimento ouremuneração, quando o marido for mandado servir, inde-pendentemente de solicitação, em outro ponto do Estadoou do território nacional ou no estrangeiro.Parágrafo único - A licença será concedida mediante pe-dido devidamente instruído e vigorará pelo tempo quedurar a comissão ou a nova função do marido.

Seção IXDa Licença Compulsória

Art. 206 - O funcionário, ao qual se possa atribuir a condição defonte de infecção de doença transmissível, poderá ser licenci-ado, enquanto durar essa condição, a juízo de autoridade sani-tária competente, e na forma prevista no regulamento.Art. 207 - Verificada a procedência da suspeita, o funcio-nário será licenciado para tratamento de saúde na formaprevista no art. 191, considerando-se incluídos no perío-do da licença os dias de licenciamento compulsório.Art. 208 - Quando não positivada a moléstia, deverá ofuncionário retornar ao serviço, considerando -se comode efetivo exercício para todos os efeitos legais, o períodode licença compulsória.

Seção XDa Licença - Prêmio

Art. 209 - O funcionário terá direito, como prêmio de assi-duidade, à licença de 90 (noventa) dias em cada períodode 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que nãohaja sofrido qualquer penalidade administrativa.Parágrafo único - O período da licença será consideradode efetivo exercício para todos os efeitos legais, e não acar-retará desconto algum no vencimento ou remuneração.Art. 210 - Para fins da licença prevista nesta Seção, nãose consideram interrupção de exercício:I - os afastamentos enumerados no art. 78, excetuado oprevisto no item X; eII - as faltas abonadas, as justificadas e os dias de licen-ça a que se referem os itens I e IV do art. 181 desde queo total de todas essas ausências não exceda o limitemáximo de 30 (trinta) dias, no período de 5 (cinco) anos.Art. 211 - (Revogado pelo art. 13 da Lei Complementar nº318, de 10/03/1983)Art. 212 - A licença-prêmio será concedida mediante cer-tidão de tempo de serviço, independente de requerimen-to do funcionário, e será publicada no Diário Oficial doEstado, nos termos da legislação em vigor. (Redaçãodada pela Lei Complementar n. 1048/08)Art. 213 - O funcionário poderá requerer o gozo da licença-prêmio (Redação dada pela Lei Complementar n. 1048/08):I - por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias;II - até o implemento das condições para a aposentadoriavoluntária.§ 1º - Caberá à autoridade competente:1 - adotar, após manifestação do chefe imediato, sem preju-ízo para o serviço, as medidas necessárias para que o fun-cionário possa gozar a licença-prêmio a que tenha direito;2 - decidir, após manifestação do chefe imediato, observadaa opção do funcionário e respeitado o interesse do serviço,pelo gozo da licença-prêmio por inteiro ou parceladamente.§ 2º - A apresentação de pedido de passagem à inativida-de, sem a prévia e oportuna apresentação do requerimen-to de gozo, implicará perda do direito à licença-prêmio.Art. 214 - O funcionário deverá aguardar em exercício aapreciação do requerimento de gozo da licença-prêmio(Redação dada pela Lei Complementar n. 1048/08).

Parágrafo único - O gozo da licença-prêmio dependerá denovo requerimento, caso não se inicie em até 30 (trinta) diascontados da publicação do ato que o houver autorizado.Art. 215 - (Revogado pelo art. 12 da Lei Complementar nº644, de 26/12/1989)Art. 216 - (Revogado pelo art. 12 da Lei Complementar nº644, de 26/12/1989)

Capítulo IIIDa Estabilidade

Art. 217 - É assegurada a estabilidade somente ao funci-onário que, nomeado por concurso, contar mais de 2 (dois)anos de efetivo exercício. - Sobre estabilidade, ver artigo 41 da Constituição Fede-ral, de 05/10/1988.Art. 218 - O funcionário estável só poderá ser demitidoem virtude de sentença judicial ou mediante processoadministrativo, assegurada ampla defesa.Parágrafo único - A estabilidade diz respeito ao serviçopúblico e não ao cargo, ressalvando-se à Administraçãoo direito de aproveitar o funcionário em outro cargo deigual padrão, de acordo com as suas aptidões.

Capítulo IVDa Disponibilidade

Art. 219 - O funcionário poderá ser posto em disponibili-dade remunerada:I - no caso previsto no § 2º do art. 31; eII - quando, tendo adquirido estabilidade, o cargo for extin-to por lei.Parágrafo único - O funcionário ficará em disponibilidadeaté o seu obrigatório aproveitamento em cargo equivalente.Art. 220 - O provento da disponibilidade não poderá sersuperior ao vencimento ou remuneração e vantagenspercebidos pelo funcionário.Art. 221 - Qualquer alteração do vencimento ou remune-ração e vantagens percebidas pelo funcionário em virtu-de de medida geral, será extensiva ao provento do dispo-nível, na mesma proporção. - Súmulas n.º 358 e 567 do STF: - 358 - “O servidor público em disponibilidade tem direitoaos vencimentos integrais do cargo”. - 567 - “A Constituição ao assegurar, no § 3º, do art. 102, acontagem integral do tempo de serviço público federal, esta-dual ou municipal para os efeitos de aposentadoria e dispo-nibilidade não proíbe à União, aos Estados e aos Municípiosmandarem contar, mediante lei, para efeito diverso, tempo deserviço prestado a outra pessoa de direito público interno”.

Capítulo VDa Aposentadoria

- Sobre aposentadoria ver Emenda Constitucional Fede-ral nº 20, de 15/12/1998.Art. 222 - O funcionário será aposentado:I - por invalidez;II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos; eIII - voluntariamente, após 35 (trinta e cinco) anos de serviço.§ 1º - No caso do item III, o prazo é reduzido a 30 (trinta)anos para as mulheres.§ 2º - Os limites de idade e de tempo de serviço para a apo-sentadoria poderão ser reduzidos, nos termos do parágrafoúnico do art. 94 da Constituição do Estado de São Paulo.Art. 223 - A aposentadoria prevista no item I do artigoanterior, só será concedida, após a comprovação dainvalidez do funcionário, mediante inspeção de saúderealizada em órgão médico oficial.Art. 224 - A aposentadoria compulsória prevista no item IIdo art. 222 é automática.

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16 - Complemento

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Parágrafo único - O funcionário se afastará no dia imediatoàquele em que atingir a idade limite, independentementeda publicação do ato declaratório da aposentadoria.Art. 225 - O funcionário em disponibilidade poderá seraposentado nos termos do art. 222.Art. 226 - O provento da aposentadoria será:I - igual ao vencimento ou remuneração e demais vanta-gens pecuniárias incorporadas para esse efeito:1 - quando o funcionário, do sexo masculino, contar 35(trinta e cinco) anos de serviço e do sexo feminino, 30(trinta) anos; e2 - quando ocorrer a invalidez.II - proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos.Art. 227 - As disposições dos itens I e II do art. 222 aplicam -se ao funcionário ocupante de cargo em comissão, que con-tar mais de 15 (quinze) anos de exercício ininterrupto nessecargo, seja ou não ocupante de cargo de provimento efetivo.Art. 228 - A aposentadoria prevista no item III do art. 222 produ-zirá efeito a partir da publicação do ato no “Diário Oficial”.Art. 229 - O pagamento dos proventos a que tiver direito oaposentado deverá iniciar -se no mês seguinte ao emque cessar a percepção do vencimento ou remuneração.Art. 230 - O provento do aposentado só poderá sofrerdescontos autorizados em lei.Art. 231 - O provento da aposentadoria não poderá sersuperior ao vencimento ou remuneração e demais vanta-gens percebidas pelo funcionário.Art. 232 - Qualquer alteração do vencimento ou remune-ração e vantagens percebidas pelo funcionário em virtu-de de medida geral, será extensiva ao provento do apo-sentado, na mesma proporção. - Súmulas nº 6, 10, 36 e 567 do STF: - 6 - “A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, deaposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunalde Contas, não produz efeitos antes de aprovada por aqueleTribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário”. - 10 - “O tempo de serviço militar conta -se para efeito dedisponibilidade e aposentadoria do servidor público estadual”. - 36 - “Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria com-pulsória em razão da idade”. - 567 - “A Constituição ao assegurar, no § 3º, do art. 102,a contagem integral do tempo de serviço público federal,estadual ou municipal para os efeitos de aposentadoriae disponibilidade não proíbe à União, aos Estados e aosMunicípios mandarem contar, mediante lei, para efeitodiverso, tempo de serviço prestado a outra pessoa dedireito público interno”. - Sobre aposentadoria, ver art. 40 da Constituição Fede-ral, de 05/10/1988, e artigos 126 e 132 da ConstituiçãoEstadual, de 05/10/1989.

Capítulo VIDa Assistência ao Funcionário

Art. 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelosfuncionários, o Estado é obrigado a fornecer - lhes gratui-tamente equipamentos de proteção à saúde.Parágrafo único - Os equipamentos aprovados por órgãocompetente, serão de uso obrigatório dos funcionários,sob pena de suspensão.Art. 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de remo-ção para igual cargo no local de residência do cônjuge,se este também for funcionário e houver vaga.Art. 235 - Havendo vaga na sede do exercício de ambos oscônjuges, a remoção poderá ser feita para o local indicadopor qualquer deles, desde que não prejudique o serviço.Art. 236 - Somente será concedida nova remoção porunião de cônjuges ao funcionário que for removido a pe-dido para outro local, após transcorridos 5 (cinco) anos.

Art. 237 - Considera -se local, para os fins dos arts. 234 a236, o município onde o cônjuge tem sua residência.Art. 238 - O ato que remover ou transferir o funcionárioestudante de uma para outra cidade ficará suspenso se,na nova sede, não existir estabelecimento congênere,oficial, reconhecido ou equiparado àquele em que o inte-ressado esteja matriculado.§ 1º - Efetivar -se -á a transferência, se o funcionário concluir ocurso, deixar de cursá-lo ou for reprovado durante 2 (dois) anos.§ 2º - Anualmente, o interessado deverá fazer prova, perantea repartição a que esteja subordinado, de que está freqüen-tando regularmente o curso em que estiver matriculado.

Capítulo VIIDo Direito de Petição

Art. 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica,independentemente de pagamento, o direito de petição con-tra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos.§ 1º - Qualquer pessoa poderá reclamar sobre abuso, erro,omissão ou conduta incompatível no serviço público.§ 2º - Em nenhuma hipótese, a Administração poderá recu-sar -se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sobpena de responsabilidade do agente. (Redação dada peloartigo 1°, I da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 240 - Ao servidor é assegurado o direito de requerer ourepresentar, bem como, nos termos desta lei complementar,pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30(trinta) dias, salvo previsão legal específica. (Redação dadapelo artigo 1°, I da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

Título VIDos Deveres, das Proibições e das Responsabilidades

Capítulo IDos Deveres e das Proibições

Seção IDos Deveres

Art. 241 - São deveres do funcionário:I - ser assíduo e pontual;II - cumprir as ordens superiores, representando quandoforem manifestamente ilegais;III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos deque for incumbido;IV - guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, espe-cialmente, sobre despachos, decisões ou providências;V - representar aos superiores sobre todas as irregularida-des de que tiver conhecimento no exercício de suas funções;VI - tratar com urbanidade as pessoas; (Redação dadapela Lei Complementar n. 1.096, de 24/09/2009)VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem, noassentamento individual, a sua declaração de família;IX - zelar pela economia do material do Estado e pela con-servação do que for confiado à sua guarda ou utilização;X - apresentar -se convenientemente trajado em serviçoou com uniforme determinado, quando for o caso;XI - atender prontamente, com preferência sobre qual-quer outro serviço, às requisições de papéis, documen-tos, informações ou providências que lhe forem feitaspelas autoridades judiciárias ou administrativas, paradefesa do Estado, em Juízo;XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com oscompanheiros de trabalho,XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos,instruções e ordens de serviço que digam respeito àssuas funções; eXIV - proceder na vida pública e privada na forma quedignifique a função pública.

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Seção IIDas Proibições

Art. 242 - Ao funcionário é proibido:I - Revogado. (Redação dada pela Lei Complementar n.1.096, de 24/09/2009)II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competen-te, qualquer documento ou objeto existente na repartição;III - entreter -se, durante as horas de trabalho, em pales-tras, leituras ou outras atividades estranhas ao serviço;IV - deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;V - tratar de interesses particulares na repartição;VI - promover manifestações de apreço ou desapreçodentro da repartição, ou tornar -se solidário com elas;VII - exercer comércio entre os companheiros de serviço, pro-mover ou subscrever listas de donativos dentro da repartição; eVIII - empregar material do serviço público em serviço particular.Art. 243 - É proibido ainda, ao funcionário:I - fazer contratos de natureza comercial e industrial com oGoverno, por si, ou como representante de outrem;II - participar da gerência ou administração de empresasbancárias ou industriais, ou de sociedades comerciais,que mantenham relações comerciais ou administrativascom o Governo do Estado, sejam por este subvenciona-das ou estejam diretamente relacionadas com a finalida-de da repartição ou serviço em que esteja lotado;III - requerer ou promover a concessão de privilégios, garan-tias de juros ou outros favores semelhantes, federais, esta-duais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;IV - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego oufunção em empresas, estabelecimentos ou instituições quetenham relações com o Governo, em matéria que se relacionecom a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;V - aceitar representação de Estado estrangeiro, semautorização do Presidente da República;VI - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nascondições mencionadas no item II deste artigo, podendo,em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos desabotagem contra o serviço público;- Sobre greve ver art. 37, VII da Constituição Federal.VIII - praticar a usura;IX - constituir -se procurador de partes ou servir de intermedi-ário perante qualquer repartição pública, exceto quando setratar de interesse de cônjuge ou parente até segundo grau;X - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou deentidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro, mes-mo quando estiver em missão referente à compra dematerial ou fiscalização de qualquer natureza;XI - valer -se de sua qualidade de funcionário para de-sempenhar atividade estranha às funções ou para lograr,direta ou indiretamente, qualquer proveito; eXII - fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte.- Sobre sindicato ver art. 37, VI da Constituição Federal.Parágrafo único - Não está compreendida na proibiçãodos itens II e VI deste artigo, a participação do funcionárioem sociedades em que o Estado seja acionista, bemassim na direção ou gerência de cooperativas e associa-ções de classe, ou como seu sócio.Art. 244 - É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordensimediatas de parentes, até segundo grau, salvo quando setratar de função de confiança e livre escolha, não podendoexceder a 2 (dois) o número de auxiliares nessas condições.

Capítulo IIDas Responsabilidades

Art. 245 - O funcionário é responsável por todos os preju-ízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual,por dolo ou culpa, devidamente apurados.

Parágrafo único - Caracteriza-se especialmente a res-ponsabilidade:I - pela sonegação de valores e objetos confiados à suaguarda ou responsabilidade, ou por não prestar contas, oupor não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis,regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;II - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros preju-ízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua guar-da, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;III - pela falta ou inexatidão das necessárias averbaçõesnas notas de despacho, guias e outros documentos dareceita, ou que tenham com eles relação; eIV - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fa-zenda Estadual.- Ver artigos 312 ao 327 do Código Penal sobre os crimescontra a Administração Pública.Art. 246 - O funcionário que adquirir materiais em desa-cordo com disposições legais e regulamentares, seráresponsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo daspenalidades disciplinares cabíveis, podendo -se proce-der ao desconto no seu vencimento ou remuneração.Art. 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual,o funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, aimportância do prejuízo causado em virtude de alcance,desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimen-to ou entrada nos prazos legais.Art. 248 - Fora dos casos incluídos no artigo anterior, aimportância da indenização poderá ser descontada dovencimento ou remuneração não excedendo o descontoà 10ª (décima) parte do valor destes.Parágrafo único - No caso do item IV do parágrafo únicodo art. 245, não tendo havido má-fé, será aplicada a penade repreensão e, na reincidência, a de suspensão.Art. 249 - Será igualmente responsabilizado o funcioná-rio que, fora dos casos expressamente previstos nas leis,regulamentos ou regimentos, cometer a pessoas estra-nhas às repartições, o desempenho de encargos que lhecompetirem ou aos seus subordinados.Art. 250 - A responsabilidade administrativa não exime ofuncionário da responsabilidade civil ou criminal que nocaso couber, nem o pagamento da indenização a queficar obrigado, na forma dos arts. 247 e 248, o exame dapena disciplinar em que incorrer.§ 1º - A responsabilidade administrativa é independenteda civil e da criminal.§ 2º - Será reintegrado ao serviço público, no cargo que ocu-pava e com todos os direitos e vantagens devidas, o servidorabsolvido pela Justiça, mediante simples comprovação dotrânsito em julgado de decisão que negue a existência desua autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.§ 3º - O processo administrativo só poderá ser sobrestadopara aguardar decisão judicial por despacho motivadoda autoridade competente para aplicar a pena. (§§ 1º, 2°e 3° acrescentados pelo artigo 2°, I da Lei Complementarn° 942, de 06/06/2003)- Sobre responsabilidades, ver artigo 131 da ConstituiçãoEstadual, de 05/10/1989.

Título VIIDas Penalidades, da Extinção da Punibilidade

e das Providências Preliminares(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

Capítulo IDas Penalidades e de sua Aplicação

Art. 251 - São penas disciplinares:I - repreensão;II - suspensão;III - multa;

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IV - demissão;V - demissão a bem do serviço público; eVI - cassação de aposentadoria ou disponibilidadeArt. 252 - Na aplicação das penas disciplinares serãoconsideradas a natureza e a gravidade da infração e osdanos que dela provierem para o serviço público.Art. 253 - A pena de repreensão será aplicada por escrito, noscasos de indisciplina ou falta de cumprimento dos deveres.Art. 254 - A pena de suspensão, que não excederá de 90(noventa) dias, será aplicada em caso de falta grave oude reincidência.§ 1º - O funcionário suspenso perderá todas as vanta-gens e direitos decorrentes do exercício do cargo.§ 2º - A autoridade que aplicar a pena de suspensão po-derá converter essa penalidade em multa, na base de50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou re-muneração, sendo o funcionário, nesse caso, obrigado apermanecer em serviço.Art. 255 - A pena de multa será aplicada na forma e noscasos expressamente previstos em lei ou regulamento.Art. 256 - Será aplicada a pena de demissão nos casos de:I - abandono de cargo;II - procedimento irregular, de natureza grave;III - ineficiência no serviço;IV - aplicação indevida de dinheiros públicos, eV - ausência ao serviço, sem causa justificável, por maisde 45 (quarenta e cinco) dias, interpoladamente, durante1 (um) ano.§ 1º - Considerar -se -á abandono de cargo, o não com-parecimento do funcionário por mais de (30) dias conse-cutivos “ex -vi” do art. 63.§ 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço, só seráaplicada quando verificada a impossibilidade de readaptação.Art. 257 - Será aplicada a pena de demissão a bem doserviço público ao funcionário que:I - for convencido de incontinência pública e escandalosae de vício de jogos proibidos;II - praticar ato definido como crime contra a administra-ção pública, a fé pública e a Fazenda Estadual, ou previs-to nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;(Redação dada pelo artigo 1°, II da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003)III - revelar segredos de que tenha conhecimento em ra-zão do cargo, desde que o faça dolosamente e com pre-juízo para o Estado ou particulares;IV - praticar insubordinação grave;V - praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionári-os ou particulares, salvo se em legítima defesa;VI - lesar o patrimônio ou os cofres públicos;VII - receber ou solicitar propinas, comissões, presentesou vantagens de qualquer espécie, diretamente ou porintermédio de outrem, ainda que fora de suas funçõesmas em razão delas;VIII - pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valo-res a pessoas que tratem de interesses ou o tenham narepartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;IX - exercer advocacia administrativa; eX - apresentar com dolo declaração falsa em matéria desalário -família, sem prejuízo da responsabilidade civil ede procedimento criminal, que no caso couber.XI - praticar ato definido como crime hediondo, tortura, trá-fico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo;XII - praticar ato definido como crime contra o SistemaFinanceiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, direitosou valores;XIII - praticar ato definido em lei como de improbidade.(Incisos XI, XII e XIII acrescentados pelo artigo 2°, II daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

Art. 258 - O ato que demitir o funcionário mencionarásempre a disposição legal em que se fundamenta.- Sobre demissão, ver artigo 136 da Constituição Estadu-al, de 05/10/1989.Art. 259 - Será aplicada a pena de cassação de aposen-tadoria ou disponibilidade, se ficar provado que o inativo:I - praticou, quando em atividade, falta grave para a qualé cominada nesta lei a pena de demissão ou de demis-são a bem do serviço público;II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;III - aceitou representação de Estado estrangeiro semprévia autorização do Presidente da República; eIV - praticou a usura em qualquer de suas formas.Art. 260 - Para aplicação das penalidades previstas noart. 251, são competentes:I - o Governador;II - os Secretários de Estado, o Procurador (Redação dada peloartigo 1°, III da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)III - os Chefes de Gabinete, até a de suspensão; (Reda-ção dada pelo artigo 1°, III da Lei Complementar n° 942,de 06/06/2003)IV - os Coordenadores, até a de suspensão limitada a 60(sessenta) dias; e (Redação dada pelo artigo 1°, III daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003)V - os Diretores de Departamento e Divisão, até a de sus-pensão limitada a 30 (trinta) dias. (Redação dada peloartigo 1°, III da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Parágrafo único - Havendo mais de um infrator e diversi-dade de sanções, a competência será da autoridade res-ponsável pela imposição da penalidade mais grave. (Re-dação dada pelo artigo 1°, III da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003)Art. 261 - Extingue -se a punibilidade pela prescrição:(Redação dada pelo artigo 1°, III da Lei Complementarn° 942, de 06/06/2003)I - da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão oumulta, em 2 (dois) anos; (Redação dada pelo artigo. 1º daLei Complementar n.º 61, de 21/08/1972)II - da falta sujeita à pena de demissão, de demissão abem do serviço público e de cassação da aposentadoriaou disponibilidade, em 5 (cinco) anos; (Redação dada peloartigo 1°, III da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)III - da falta prevista em lei como infração penal, no prazode prescrição em abstrato da pena criminal, se for supe-rior a 5 (cinco) anos. (Redação dada pelo artigo 1°, III daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003)§ 1º - A prescrição começa a correr:1 - do dia em que a falta for cometida;2 - do dia em que tenha cessado a continuação ou apermanência, nas faltas continuadas ou permanentes.(Redação dada pelo artigo 1°, III da Lei Complementarn° 942, de 06/06/2003)§ 2º - Interrompem a prescrição a portaria que instaurasindicância e a que instaura processo administrativo. (Re-dação dada pelo artigo 1°, III da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003)§ 3º - O lapso prescricional corresponde:1 - na hipótese de desclassificação da infração, ao dapena efetivamente aplicada;2 - na hipótese de mitigação ou atenuação, ao da penaem tese cabível. (Redação dada pelo artigo 1°, III da LeiComplementar n° 942, de 06/06/2003)§ 4º - A prescrição não corre:1 - enquanto sobrestado o processo administrativo paraaguardar decisão judicial, na forma do § 3º do artigo 250;2 - enquanto insubsistente o vínculo funcional que venhaa ser restabelecido. (Redação dada pelo artigo 1°, III daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

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Complemento - 19

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§ 5º - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridadejulgadora determinará o registro do fato nos assentamen-tos individuais do servidor. (Redação dada pelo artigo 1°,III da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)§ 6º - A decisão que reconhecer a existência de prescriçãodeverá desde logo determinar, quando for o caso, as pro-vidências necessárias à apuração da responsabilidadepela sua ocorrência.Art. 262 - O funcionário que, sem justa causa, deixar de aten-der a qualquer exigência para cujo cumprimento seja marca-do prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu venci-mento ou remuneração até que satisfaça essa exigência.Parágrafo único - Aplica -se aos aposentados ou em dis-ponibilidade o disposto neste artigo.Art. 263 - Deverão constar do assentamento individual dofuncionário todas as penas que lhe forem impostas.

Capítulo IIDas Providências Preliminares

(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver co-nhecimento de irregularidade praticada por servidoré obrigada a adotar providências visando à sua imediataapuração, sem prejuízo das medidas urgentes que o casoexigir. (Redação dada pelo artigo 1°, IV da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Art. 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, denatureza simplesmente investigativa, quando a infraçãonão estiver suficientemente caracterizada ou definida au-toria. (Redação dada pelo artigo 1°, IV da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003)§ 1º - A apuração preliminar deverá ser concluída no prazode 30 (trinta) dias.§ 2º - Não concluída no prazo a apuração, a autoridadedeverá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabine-te relatório das diligências realizadas e definir o temponecessário para o término dos trabalhos.§ 3º - Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade de-verá opinar fundamentadamente pelo arquivamento oupela instauração de sindicância ou de processo admi-nistrativo. (§§ 1°, 2° e 3° acrescentados pelo artigo 1°, IVda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 266 - Determinada a instauração de sindicância ouprocesso administrativo, ou no seu curso, havendo con-veniência para a instrução ou para o serviço, poderá oChefe de Gabinete, por despacho fundamentado, orde-nar as seguintes providências: (Redação dada pelo arti-go 1°, IV da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)I - afastamento preventivo do servidor, quando o recomen-dar a moralidade administrativa ou a apuração do fato, semprejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oi-tenta) dias, prorrogáveis uma única vez por igual período;II - designação do servidor acusado para o exercício deatividades exclusivamente burocráticas até decisão finaldo procedimento;III - recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas ealgemas;IV - proibição do porte de armas;V - comparecimento obrigatório, em periodicidade a serestabelecida, para tomar ciência dos atos do procedi-mento. (Redação dada pelo artigo 1°, IV da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003)§ 1º - A autoridade que determinar a instauração ou presidirsindicância ou processo administrativo poderá representar aoChefe de Gabinete para propor a aplicação das medidas pre-vistas neste artigo, bem como sua cessação ou alteração.§ 2º - O Chefe de Gabinete poderá, a qualquer momento, pordespacho fundamentado, fazer cessar ou alterar as medi-

das previstas neste artigo. (§§ 1° e 2° acrescentados peloartigo 1°, IV da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 267 - O período de afastamento preventivo computa -secomo de efetivo exercício, não sendo descontado da penade suspensão eventualmente aplicada. (Redação dada peloartigo 1°, IV da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

Título VIIIDo Procedimento Disciplinar

Capítulo IDas Disposições Gerais

(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 268 - A apuração das infrações será feita mediantesindicância ou processo administrativo, assegurados ocontraditório e a ampla defesa. (Redação dada pelo arti-go 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 269 - Será instaurada sindicância quando a falta dis-ciplinar, por sua natureza, possa determinar as penas derepreensão, suspensão ou multa. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 270 - Será obrigatório o processo administrativo quan-do a falta disciplinar, por sua natureza, possa determinaras penas de demissão, de demissão a bem do serviçopúblico e de cassação de aposentadoria ou disponibili-dade. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003)Art. 271 - Os procedimentos disciplinares punitivos se-rão realizados pela Procuradoria Geral do Estado e presi-didos por Procurador do Estado confirmado na carreira.(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003).

Capítulo IIDa Sindicância

Art. 272 - São competentes para determinar a instaura-ção de sindicância as autoridades enumeradas no artigo260. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complemen-tar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - Instaurada a sindicância, o Procuradordo Estado que a presidir comunicará o fato ao órgãosetorial de pessoal. (Parágrafo único acrescentado peloartigo 1°,V da Lei Complementar n° 942, de 06.06.2003).- Súmula nº 18 e 19 do STF:- 18. “Pela falta residual, não compreendida na absolvi-ção pelo juízo criminal, é admissível a punição adminis-trativa do servidor público.- 19. “É inadmissível segunda punição de servidor público,baseada no mesmo processo em que se fundou a primeiraArt. 273 - Aplicam -se à sindicância as regras previstasnesta lei complementar para o processo administrativo,com as seguintes modificações: (Redação dada pelo ar-tigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).I - a autoridade sindicante e cada acusado poderão arro-lar até 3 (três) testemunhas;II - a sindicância deverá estar concluída no prazo de 60(sessenta) dias;III - com o relatório, a sindicância será enviada à autorida-de competente para a decisão. (Incisos acrescentados peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

Capítulo IIIDo Processo Administrativo

(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 274 - São competentes para determinar a instauraçãode processo administrativo as autoridades enumeradasno artigo 260, até o inciso IV, inclusive. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 275 - Não poderá ser encarregado da apuração, nematuar como secretário, amigo íntimo ou inimigo, parente

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20 - Complemento

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consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até oterceiro grau inclusive, cônjuge, companheiro ou qualquerintegrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusa-do, bem assim o subordinado deste. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 276 - A autoridade ou o funcionário designado deve-rão comunicar, desde logo, à autoridade competente, oimpedimento que houver. (Redação dada pelo artigo 1°,V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 277 - O processo administrativo deverá ser instaura-do por portaria, no prazo improrrogável de 8 (oito) dias dorecebimento da determinação, e concluído no de 90 (no-venta) dias da citação do acusado. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - Da portaria deverão constar o nome e a identifica-ção do acusado, a infração que lhe é atribuída, com des-crição sucinta dos fatos, a indicação das normas infrin-gidas e a penalidade mais elevada em tese cabível.§ 2º - Vencido o prazo, caso não concluído o processo, oProcurador do Estado que o presidir deverá imediata-mente encaminhar ao seu superior hierárquico relatórioindicando as providências faltantes e o tempo necessá-rio para término dos trabalhos.§ 3º - O superior hierárquico dará ciência dos fatos a quese refere o parágrafo anterior e das providências que hou-ver adotado à autoridade que determinou a instauraçãodo processo. (§§ 1°, 2° e 3° acrescentados pelo artigo 1°,V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 278 - Autuada a portaria e demais peças preexistentes,designará o presidente dia e hora para audiência de in-terrogatório, determinando a citação do acusado e a noti-ficação do denunciante, se houver. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - O mandado de citação deverá conter: (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).1 - cópia da portaria;2 - data, hora e local do interrogatório, que poderá seracompanhado pelo advogado do acusado;3 - data, hora e local da oitiva do denunciante, se houver,que deverá ser acompanhada pelo advogado do acusado;4 - esclarecimento de que o acusado será defendido poradvogado dativo, caso não constitua advogado próprio;5 - informação de que o acusado poderá arrolar testemu-nhas e requerer provas, no prazo de 3 (três) dias após adata designada para seu interrogatório;6 - advertência de que o processo será extinto se o acu-sado pedir exoneração até o interrogatório, quando setratar exclusivamente de abandono de cargo ou função,bem como inassiduidade. (Itens acrescentados pelo arti-go 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 2º - A citação do acusado será feita pessoalmente, nomínimo 2 (dois) dias antes do interrogatório, por intermé-dio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente,onde possa ser encontrado. (Redação dada pelo artigo1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 3º - Não sendo encontrado em seu local de trabalho ouno endereço constante de seu assentamento individual,furtando -se o acusado à citação ou ignorando -se seuparadeiro, a citação far -se -á por edital, publicado umavez no Diário Oficial do Estado, no mínimo 10 (dez) diasantes do interrogatório. (§ 3° acrescentado pelo artigo 1°,V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 279 - Havendo denunciante, este deverá prestar decla-rações, no interregno entre a data da citação e a fixada parao interrogatório do acusado, sendo notificado para tal fim.§ 1º - A oitiva do denunciante deverá ser acompanhadapelo advogado do acusado, próprio ou dativo.§ 2º - O acusado não assistirá à inquirição do denunciante;antes porém de ser interrogado, poderá ter ciência das de-

clarações que aquele houver prestado. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 280 - Não comparecendo o acusado, será, por des-pacho, decretada sua revelia, prosseguindo -se nos de-mais atos e termos do processo. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 281 - Ao acusado revel será nomeado advogado dativo.(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003).Artigo 282 - O acusado poderá constituir advogado que orepresentará em todos os atos e termos do processo.(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003).§ 1º - É faculdade do acusado tomar ciência ou assistiraos atos e termos do processo, não sendo obrigatóriaqualquer notificação.§ 2º - O advogado será intimado por publicação no DiárioOficial do Estado, de que conste seu nome e número deinscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, bem comoos dados necessários à identificação do procedimento.§ 3º - Não tendo o acusado recursos financeiros ou negando-sea constituir advogado, o presidente nomeará advogado dativo.§ 4º - O acusado poderá, a qualquer tempo, constituiradvogado para prosseguir na sua defesa. (§§ 1°, 2°, 3º e4° acrescentados pelo artigo 1°, V da Lei Complementarn° 942, de 06/06/2003).Art. 283 - Comparecendo ou não o acusado ao interroga-tório, inicia -se o prazo de 3 (três) dias para requerer aprodução de provas, ou apresentá-las.§ 1º - O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5(cinco) testemunhas.§ 2º - A prova de antecedentes do acusado será feita ex-clusivamente por documentos, até as alegações finais.(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003).§ 3º - Até a data do interrogatório,será designada a audi-ência de instrução. (Redação dada pelo artigo 1°, V daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 284 - Na audiência de instrução, serão ouvidas, pelaordem, as testemunhas arroladas pelo presidente e peloacusado. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - Tratando -se de servidor público, seucomparecimento poderá ser solicitado ao respectivo su-perior imediato com as indicações necessárias. (Pará-grafo único acrescentado pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Art. 285 - A testemunha não poderá eximir -se de depor,salvo se for ascendente, descendente, cônjuge, ainda quelegalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunha-do, pai, mãe ou filho adotivo do acusado, exceto quando nãofor possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a provado fato e de suas circunstâncias. (Redação dada pelo artigo1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - Se o parentesco das pessoas referidas for com odenunciante, ficam elas proibidas de depor, observada aexceção deste artigo.§ 2º - Ao servidor que se recusar a depor, sem justa causa, serápela autoridade competente adotada a providência a que serefere o artigo 262, mediante comunicação do presidente.§ 3º - O servidor que tiver de depor como testemunha fora dasede de seu exercício, terá direito a transporte e diárias na formada legislação em vigor, podendo ainda expedir -se precatóriapara esse efeito à autoridade do domicílio do depoente.§ 4º - São proibidas de depor as pessoas que, em razão defunção, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segre-do, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiseremdar o seu testemunho. (§§ 1°, 2°, 3° e 4° acrescentados peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

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Complemento - 21

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Art. 286 - A testemunha que morar em comarca diversapoderá ser inquirida pela autoridade do lugar de sua resi-dência, expedindo -se, para esse fim, carta precatória, comprazo razoável, intimada a defesa. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - Deverá constar da precatória a síntese da imputaçãoe os esclarecimentos pretendidos, bem como a advertên-cia sobre a necessidade da presença de advogado.§ 2º - A expedição da precatória não suspenderá a instru-ção do procedimento.§ 3º - Findo o prazo marcado, o procedimento poderá prosse-guir até final decisão; a todo tempo, a precatória, uma vez devol-vida, será juntada aos autos. (§§ 1°, 2° e 3° acrescentados peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 287 - As testemunhas arroladas pelo acusado com-parecerão à audiência designada independente de notifi-cação. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimen-to for relevante e que não comparecer espontaneamente.§ 2º - Se a testemunha não for localizada, a defesa pode-rá substituí-la, se quiser, levando na mesma data desig-nada para a audiência outra testemunha, independentede notificação. (§§ 1° e 2° acrescentados pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 288 - Em qualquer fase do processo, poderá o presi-dente, de ofício ou a requerimento da defesa, ordenar dili-gências que entenda convenientes. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - As informações necessárias à instrução do proces-so serão solicitadas diretamente, sem observância devinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia serájuntada aos autos.§ 2º - Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritosoficiais, o presidente os requisitará, observados os impe-dimentos do artigo 275. (§§ 1° e 2° acrescentados peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 289 - Durante a instrução, os autos do procedimentoadministrativo permanecerão na repartição competente.§ 1º - Será concedida vista dos autos ao acusado, medi-ante simples solicitação, sempre que não prejudicar ocurso do procedimento.§ 2º - A concessão de vista será obrigatória, no prazo paramanifestação do acusado ou para apresentação de re-cursos, mediante publicação no Diário Oficial do Estado.(Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Complementar n°942, de 06/06/2003).§ 3º - Não corre o prazo senão depois da publicação aque se refere o parágrafo anterior e desde que os autosestejam efetivamente disponíveis para vista.§ 4º - Ao advogado é assegurado o direito de retirar osautos da repartição, mediante recibo, durante o prazo paramanifestação de seu representado, salvo na hipótese deprazo comum, de processo sob regime de segredo dejustiça ou quando existirem nos autos documentos origi-nais de difícil restauração ou ocorrer circunstância rele-vante que justifique a permanência dos autos na reparti-ção, reconhecida pela autoridade em despacho motiva-do. (§§ 3° e 4° acrescentados pelo artigo 1°, V da LeiComplementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 290 - Somente poderão ser indeferidos pelo presi-dente, mediante decisão fundamentada, os requerimen-tos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato,bem como as provas ilícitas, impertinentes, desneces-sárias ou protelatórias. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 291 - Quando, no curso do procedimento, surgiremfatos novos imputáveis ao acusado, poderá ser promovi-

da a instauração de novo procedimento para sua apura-ção, ou, caso conveniente, aditada a portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa. (Redação dada pelo artigo1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 292 - Encerrada a fase probatória, dar -se -á vista dosautos à defesa, que poderá apresentar alegações finais,no prazo de 7 (sete) dias.Parágrafo único - Não apresentadas no prazo as alega-ções finais, o presidente designará advogado dativo, as-sinando -lhe novo prazo. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 293 - O relatório deverá ser apresentado no prazo de10 (dez) dias, contados da apresentação das alegaçõesfinais. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado,separadamente, as irregularidades imputadas, as provas co-lhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou puni-ção e indicando, nesse caso, a pena que entender cabível.§ 2º - O relatório deverá conter, também, a sugestão dequaisquer outras providências de interesse do serviçopúblico. (§§ 1° e 2° acrescentados pelo artigo 1°, V da LeiComplementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 294 - Relatado, o processo será encaminhado à autori-dade que determinou sua instauração. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 295 - Recebendo o processo relatado, a autoridadeque houver determinado sua instauração deverá, no pra-zo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinara realização de diligência, sempre que necessária aoesclarecimento de fatos. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 296 - Determinada a diligência, a autoridade encarre-gada do processo administrativo terá prazo de 15 (quinze)dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa paramanifestar -se em 5 (cinco) dias. (Redação dada pelo arti-go 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 297 - Quando escaparem à sua alçada as penalidadese providências que lhe parecerem cabíveis, a autoridadeque determinou a instauração do processo administrativodeverá propô-las, justificadamente, dentro do prazo parajulgamento, à autoridade competente. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 298 - A autoridade que proferir decisão determinaráos atos dela decorrentes e as providências necessáriasa sua execução. (Redação dada pelo artigo 1°, V da LeiComplementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 299 - As decisões serão sempre publicadasno DiárioOficial do Estado, dentro do prazo de 8 (oito) dias, bem comoaverbadas no registro funcional do servidor. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 300 - Terão forma processual resumida, quando pos-sível, todos os termos lavrados pelo secretário, quaissejam: autuação, juntada, conclusão, intimação, data derecebimento, bem como certidões e compromissos.§ 1º - Toda e qualquer juntada aos autos se fará na ordemcronológica da apresentação, rubricando o presidente asfolhas acrescidas.§ 2º - Todos os atos ou decisões, cujo original não conste doprocesso, nele deverão figurar por cópia. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 301 - Constará sempre dos autos da sindicância ou doprocesso a folha de serviço do indiciado. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 302 - Quando ao funcionário se imputar crime, prati-cado na esfera administrativa, a autoridade que determi-nou a instauração do processo administrativo providenci-ará para que se instaure, simultaneamente, o inquérito

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policial. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - Quando se tratar de crime praticado fora daesfera administrativa, a autoridade policial dará ciência dele àautoridade administrativa. (Parágrafo único acrescentado peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 303 - As autoridades responsáveis pela condução doprocesso administrativo e do inquérito policial se auxilia-rão para que os mesmos se concluam dentro dos prazosrespectivos. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Com-plementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 304 - Quando o ato atribuído ao funcionário for consi-derado criminoso, serão remetidas à autoridade compe-tente cópias autenticadas das peças essenciais do pro-cesso. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Art. 305 - Não será declarada a nulidade de nenhum atoprocessual que não houver influído na apuração da ver-dade substancial ou diretamente na decisão do proces-so ou sindicância. (Redação dada pelo artigo 1°, V da LeiComplementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 306 - É defeso fornecer à imprensa ou a outros meiosde divulgação notas sobre os atos processuais, salvo nointeresse da Administração, a juízo do Secretário de Esta-do ou do Procurador Geral do Estado. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 307 - Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo exercício,contados do cumprimento da sanção disciplinar, semcometimento de nova infração, não mais poderá aquelaser considerada em prejuízo do infrator, inclusive paraefeito de reincidência. (Redação dada pelo artigo 1°, V daLei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - A demissão e a demissão a bem do serviçopúblico acarretam a incompatibilidade para nova investidura emcargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 (cinco) e 10(dez) anos, respectivamente. (Parágrafo único acrescentado peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

Capítulo IVDo Processo por Abandono do Cargo

ou Função e por Inassiduidade(Redação dada pela Lei Complementar n. 942, de 06/06/2003)Art. 308 - Verificada a ocorrência de faltas ao serviço que carac-terizem abandono de cargo ou função, bem comoinassiduidade, o superior imediato comunicará o fato à autori-dade competente para determinar a instauração de processodisciplinar, instruindo a representação com cópia da ficha fun-cional do servidor e atestados de freqüência. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 309 - Não será instaurado processo para apurar aban-dono de cargo ou função, bem como inassiduidade, se oservidor tiver pedido exoneração. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 310 - Extingue -se o processo instaurado exclusivamentepara apurar abandono de cargo ou função, bem comoinassiduidade, se o indiciado pedir exoneração até a data desig-nada para o interrogatório, ou por ocasião deste. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 311 - A defesa só poderá versar sobre força maior, coaçãoilegal ou motivo legalmente justificável. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)

Capítulo VDos Recursos

(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 312 - Caberá recurso, por uma única vez, da decisãoque aplicar penalidade. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

§ 1º - O prazo para recorrer é de 30 (trinta) dias, contados dapublicação da decisão impugnada no Diário Oficial do Esta-do ou da intimação pessoal do servidor, quando for o caso.§ 2º - Do recurso deverá constar, além do nome e qualifica-ção do recorrente, a exposição das razões de inconformismo.§ 3º - O recurso será apresentado à autoridade que apli-cou a pena, que terá o prazo de 10 (dez) dias para,motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la. (NR)§ 4º - Mantida a decisão, ou reformada parcialmente, será imedi-atamente encaminhada a reexame pelo superior hierárquico.§ 5º - O recurso será apreciado pela autoridade compe-tente ainda que incorretamente denominado ou endere-çado. (§§ 1°, 2°, 3°, 4° e 5° acrescentados pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 313 - Caberá pedido de reconsideração, que nãopoderá ser renovado, de decisão tomada pelo Governa-dor do Estado em única instância, no prazo de 30 (trinta)dias. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Art. 314 - Os recursos de que trata esta lei complementarnão têm efeito suspensivo; os que forem providos darãolugar às retificações necessárias, retroagindo seus efei-tos à data do ato punitivo. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

Capítulo VIDa Revisão

(Redação dada pela Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003)Art. 315 - Admitir -se -á, a qualquer tempo, a revisão depunição disciplinar de que não caiba mais recurso, se sur-girem fatos ou circunstâncias ainda não apreciados, ou víci-os insanáveis de procedimento, que possam justificar re-dução ou anulação da pena aplicada. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).§ 1º - A simples alegação da injustiça da decisão nãoconstitui fundamento do pedido.§ 2º - Não será admitida reiteração de pedido pelo mes-mo fundamento.§ 3º - Os pedidos formulados em desacordo com esteartigo serão indeferidos.§ 4º - O ônus da prova cabe ao requerente. (§§ 1°, 2°, 3° e4° acrescentados pelo artigo 1°, V da Lei Complementarn° 942, de 06/06/2003).Art. 316 - A pena imposta não poderá ser agravada pelarevisão. (Redação dada pelo artigo 1°, V da Lei Comple-mentar n° 942, de 06/06/2003).Artigo 317 - A instauração de processo revisional poderáser requerida fundamentadamente pelo interessado ou,se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, compa-nheiro, ascendente, descendente ou irmão, sempre porintermédio de advogado. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - O pedido será instruído com as provasque o requerente possuir ou com indicação daquelas quepretenda produzir. (Parágrafo único acrescentados pelo ar-tigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 318 - A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiverconfirmado em grau de recurso, será competente para o exameda admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso defe-rido o processamento, para a sua decisão final. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 319 - Deferido o processamento da revisão, seráeste realizado por Procurador de Estado que não tenhafuncionado no procedimento disciplinar de que resultoua punição do requerente. (Redação dada pelo artigo 1°, Vda Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 320 - Recebido o pedido, o presidente providenciará oapensamento dos autos originais e notificará o requerente

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para, no prazo de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ourequerer outras provas que pretenda produzir. (Redação dadapelo artigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Parágrafo único - No processamento da revisão serão obser-vadas as normas previstas nesta lei complementar para oprocesso administrativo. (Parágrafo único acrescentado peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).Art. 321 - A decisão que julgar procedente a revisão poderáalterar a classificação da infração, absolver o punido, modi-ficar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direi-tos atingidos pela decisão reformada. (Redação dada peloartigo 1°, V da Lei Complementar n° 942, de 06/06/2003).

Disposições FinaisArt. 322 - O dia 28 de outubro será consagrado ao “Funci-onário Público Estadual”.Art. 323 - Os prazos previstos neste Estatuto serão todoscontados por dias corridos.Parágrafo único - Não se computará no prazo o dia inicial,prorrogando -se o vencimento, que incidir em sábado, do-mingo, feriado ou facultativo, para o primeiro dia útil seguinte.Art. 324 - As disposições deste Estatuto se aplicam aosextranumerários, exceto no que colidirem com a precarie-dade de sua situação no Serviço Público.

Disposições TransitóriasArt. 325 - Aplicam -se aos atuais funcionários interinosas disposições deste Estatuto, salvo as que colidiremcom a natureza precária de sua investidura e, em especi-al, as relativas a acesso, promoção, afastamentos, apo-sentadoria voluntária e às licenças previstas nos itens VI,VII e IX do artigo 181.Art 326 - Serão obrigatoriamente exonerados os ocupan-tes interinos de cargos para cujo provimento for realizadoconcurso.Parágrafo único - As exonerações serão efetivadas den-tro de 30 (trinta) dias, após a homologação do concurso.Art. 327 - Revogado.Art. 328 - Dentro de 120 (cento e vinte) dias proceder -se-á ao levantamento geral das atuais funções gratificadas,para efeito de implantação de novo sistema retribuitóriodos encargos por elas atendidos.Parágrafo único - Até a implantação do sistema de quetrata este artigo, continuarão em vigor as disposiçõeslegais referentes à função gratificada.Art. 329 - Ficam expressamente revogadas:I - as disposições de leis gerais ou especiais que estabe-leçam contagem de tempo em divergência com o dispostono Capítulo XV do Título II, ressalvada, todavia, a conta-gem, nos termos da legislação ora revogada, do tempo deserviço prestado anteriormente ao presente Estatuto;II - a Lei n. 1.309, de 29 de novembro de 1951 e as demaisdisposições atinentes aos extranumerários; eIII - a Lei n. 2.576, de 14 de janeiro de 1954.Art. 330 - Vetado.Art. 331 - Revogam -se as disposições em contrário.

LEI N. 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011

Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art.5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constitui-ção Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos daLei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congres-so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a seremobservados pela União, Estados, Distrito Federal e Muni-cípios, com o fim de garantir o acesso a informaçõesprevisto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º doart. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: I - os órgãos públicos integrantes da administração dire-ta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cor-tes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as empresaspúblicas, as sociedades de economia mista e demaisentidades controladas direta ou indiretamente pela União,Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber,às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam,para realização de ações de interesse público, recursospúblicos diretamente do orçamento ou mediante subven-ções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convê-nios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas asentidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursospúblicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo dasprestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se aassegurar o direito fundamental de acesso à informação e de-vem ser executados em conformidade com os princípios bási-cos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e dosigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, inde-pendentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pelatecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transpa-rência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - informação: dados, processados ou não, que podem serutilizados para produção e transmissão de conhecimento,contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qual-quer que seja o suporte ou formato; III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente àrestrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidadepara a segurança da sociedade e do Estado; IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoanatural identificada ou identificável; V - tratamento da informação: conjunto de ações referen-tes à produção, recepção, classificação, utilização, aces-so, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, ar-quivamento, armazenamento, eliminação, avaliação,destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que podeser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentosou sistemas autorizados;

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VII - autenticidade: qualidade da informação que tenhasido produzida, expedida, recebida ou modificada pordeterminado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modifica-da, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte,com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso àinformação, que será franqueada, mediante procedimen-tos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e emlinguagem de fácil compreensão.

CAPÍTULO IIDO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público,observadas as normas e procedimentos específicos apli-cáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amploacesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibi-lidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pes-soal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, in-tegridade e eventual restrição de acesso. Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei com-preende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecu-ção de acesso, bem como sobre o local onde poderá serencontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, pro-duzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades,recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa físi-ca ou entidade privada decorrente de qualquer vínculocom seus órgãos ou entidades, mesmo que esse víncu-lo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entida-des, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimôniopúblico, utilização de recursos públicos, licitação, contra-tos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dosprogramas, projetos e ações dos órgãos e entidadespúblicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações etomadas de contas realizadas pelos órgãos de controleinterno e externo, incluindo prestações de contas relati-vas a exercícios anteriores. § 1o O acesso à informação previsto no caput não compreendeas informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvi-mento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindívelà segurança da sociedade e do Estado. § 2o Quando não for autorizado acesso integral à informa-ção por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o aces-so à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópiacom ocultação da parte sob sigilo. § 3o O direito de acesso aos documentos ou às informa-ções neles contidas utilizados como fundamento da to-mada de decisão e do ato administrativo será assegura-do com a edição do ato decisório respectivo. § 4o A negativa de acesso às informações objeto de pedi-do formulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1o,quando não fundamentada, sujeitará o responsável amedidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. § 5o Informado do extravio da informação solicitada, po-derá o interessado requerer à autoridade competente a

imediata abertura de sindicância para apurar o desapa-recimento da respectiva documentação. § 6o Verificada a hipótese prevista no § 5o deste artigo, oresponsável pela guarda da informação extraviada deve-rá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicartestemunhas que comprovem sua alegação. Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promo-ver, independentemente de requerimentos, a divulgaçãoem local de fácil acesso, no âmbito de suas competênci-as, de informações de interesse coletivo ou geral por elesproduzidas ou custodiadas. § 1o Na divulgação das informações a que se refere ocaput, deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional,endereços e telefones das respectivas unidades e horá-rios de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências derecursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentoslicitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados,bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas,ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãose entidades públicas deverão utilizar todos os meios einstrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obri-gatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial decomputadores (internet). § 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regula-mento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permitao acesso à informação de forma objetiva, transparente,clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos for-matos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários,tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análisedas informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externosem formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados paraestruturação da informação; V - garantir a autenticidade e a integridade das informa-ções disponíveis para acesso; VI - manter atualizadas as informações disponíveis paraacesso; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessa-do comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com oórgão ou entidade detentora do sítio; e VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a aces-sibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência,nos termos do art. 17 da Lei no 10.098, de 19 de dezem-bro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os Direitosdas Pessoas com Deficiência, aprovada pelo DecretoLegislativo no 186, de 9 de julho de 2008. § 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil)habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória nainternet a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade dedivulgação, em tempo real, de informações relativas à exe-cução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos pre-vistos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 demaio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Art. 9o O acesso a informações públicas será assegura-do mediante: I - criação de serviço de informações ao cidadão, nosórgãos e entidades do poder público, em local com con-dições apropriadas para:

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a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suasrespectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso ainformações; e II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivoà participação popular ou a outras formas de divulgação.

CAPÍTULO IIIDO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Seção IDo Pedido de Acesso

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedidode acesso a informações aos órgãos e entidades referi-dos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, de-vendo o pedido conter a identificação do requerente e aespecificação da informação requerida. § 1o Para o acesso a informações de interesse público, aidentificação do requerente não pode conter exigênciasque inviabilizem a solicitação. § 2o Os órgãos e entidades do poder público devemviabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos deacesso por meio de seus sítios oficiais na internet. § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aosmotivos determinantes da solicitação de informações deinteresse público. Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ouconceder o acesso imediato à informação disponível. § 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, naforma disposta no caput, o órgão ou entidade que recebero pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: I - comunicar a data, local e modo para se realizar a con-sulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, totalou parcial, do acesso pretendido; ou III - comunicar que não possui a informação, indicar, sefor do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que adetém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgãoou entidade, cientificando o interessado da remessa deseu pedido de informação. § 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado pormais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, daqual será cientificado o requerente. § 3o Sem prejuízo da segurança e da proteção das informa-ções e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ouentidade poderá oferecer meios para que o próprio reque-rente possa pesquisar a informação de que necessitar. § 4o Quando não for autorizado o acesso por se tratar deinformação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deveráser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e con-dições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicadaa autoridade competente para sua apreciação. § 5o A informação armazenada em formato digital seráfornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente. § 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao públicoem formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meiode acesso universal, serão informados ao requerente, por es-crito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter oureproduzir a referida informação, procedimento esse quedesonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seufornecimento direto, salvo se o requerente declarar não disporde meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informa-ção é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de do-cumentos pelo órgão ou entidade pública consultada, si-tuação em que poderá ser cobrado exclusivamente o va-lor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços edos materiais utilizados.

Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custosprevistos no caput todo aquele cuja situação econômicanão lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprioou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29de agosto de 1983. Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contidaem documento cuja manipulação possa prejudicar suaintegridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia, comcertificação de que esta confere com o original. Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de có-pias, o interessado poderá solicitar que, a suas expensase sob supervisão de servidor público, a reprodução sejafeita por outro meio que não ponha em risco a conserva-ção do documento original. Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor dedecisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.

Seção IIDos Recursos

Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informa-ções ou às razões da negativa do acesso, poderá o inte-ressado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10(dez) dias a contar da sua ciência. Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarqui-camente superior à que exarou a decisão impugnada, que de-verá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ouentidades do Poder Executivo Federal, o requerente po-derá recorrer à Controladoria-Geral da União, que delibe-rará no prazo de 5 (cinco) dias se: I - o acesso à informação não classificada como sigilosafor negado; II - a decisão de negativa de acesso à informação total ouparcialmente classificada como sigilosa não indicar aautoridade classificadora ou a hierarquicamente superi-or a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou des-classificação; III - os procedimentos de classificação de informação sigilo-sa estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros pro-cedimentos previstos nesta Lei. § 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá serdirigido à Controladoria-Geral da União depois de sub-metido à apreciação de pelo menos uma autoridade hie-rarquicamente superior àquela que exarou a decisão im-pugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. § 2o Verificada a procedência das razões do recurso, aControladoria-Geral da União determinará ao órgão ouentidade que adote as providências necessárias paradar cumprimento ao disposto nesta Lei. § 3o Negado o acesso à informação pela Controladoria-Ge-ral da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mis-ta de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassi-ficação de informação protocolado em órgão da administra-ção pública federal, poderá o requerente recorrer ao Minis-tro de Estado da área, sem prejuízo das competências daComissão Mista de Reavaliação de Informações, previstasno art. 35, e do disposto no art. 16. § 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigi-do às autoridades mencionadas depois de submetido à apre-ciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente su-perior à autoridade que exarou a decisão impugnada e, nocaso das Forças Armadas, ao respectivo Comando. § 2o Indeferido o recurso previsto no caput que tenhacomo objeto a desclassificação de informação secretaou ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista deReavaliação de Informações prevista no art. 35.

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Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisõesdenegatórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e derevisão de classificação de documentos sigilosos serãoobjeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativoe Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivosâmbitos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, odireito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. Art. 19. (VETADO). § 1o (VETADO). § 2o Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Públi-co informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Con-selho Nacional do Ministério Público, respectivamente,as decisões que, em grau de recurso, negarem acesso ainformações de interesse público. Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Leino 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento deque trata este Capítulo.

CAPÍTULO IVDAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Seção IDisposições Gerais

Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessá-ria à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Parágrafo único. As informações ou documentos queversem sobre condutas que impliquem violação dos di-reitos humanos praticada por agentes públicos ou a man-do de autoridades públicas não poderão ser objeto derestrição de acesso. Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipó-teses legais de sigilo e de segredo de justiça nem ashipóteses de segredo industrial decorrentes da explora-ção direta de atividade econômica pelo Estado ou porpessoa física ou entidade privada que tenha qualquervínculo com o poder público.

Seção IIDa Classificação da Informação quanto

ao Grau e Prazos de Sigilo Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurançada sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de clas-sificação as informações cuja divulgação ou acessoirrestrito possam: I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou aintegridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociaçõesou as relações internacionais do País, ou as que tenhamsido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados eorganismos internacionais; III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, eco-nômica ou monetária do País; V - prejudicar ou causar risco a planos ou operaçõesestratégicos das Forças Armadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa edesenvolvimento científico ou tecnológico, assim como asistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estra-tégico nacional; VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas auto-ridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou VIII - comprometer atividades de inteligência, bem comode investigação ou fiscalização em andamento, relaciona-das com a prevenção ou repressão de infrações. Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidadespúblicas, observado o seu teor e em razão de suaimprescindibilidade à segurança da sociedade ou doEstado, poderá ser classificada como ultrassecreta, se-creta ou reservada.

§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informa-ção, conforme a classificação prevista no caput, vigoram apartir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos. § 2o As informações que puderem colocar em risco a segu-rança do Presidente e Vice-Presidente da República e res-pectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como re-servadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato emexercício ou do último mandato, em caso de reeleição. § 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderáser estabelecida como termo final de restrição de acessoa ocorrência de determinado evento, desde que este ocor-ra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. § 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consuma-do o evento que defina o seu termo final, a informaçãotornar-se-á, automaticamente, de acesso público. § 5o Para a classificação da informação em determinadograu de sigilo, deverá ser observado o interesse públicoda informação e utilizado o critério menos restritivo possí-vel, considerados: I - a gravidade do risco ou dano à segurança da socieda-de e do Estado; e II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o eventoque defina seu termo final.

Seção IIIDa Proteção e do Controle de Informações Sigilosas

Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulga-ção de informações sigilosas produzidas por seus ór-gãos e entidades, assegurando a sua proteção. § 1o O acesso, a divulgação e o tratamento de informa-ção classificada como sigilosa ficarão restritos a pesso-as que tenham necessidade de conhecê-la e que sejamdevidamente credenciadas na forma do regulamento,sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos auto-rizados por lei. § 2o O acesso à informação classificada como sigilosa cria aobrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. § 3o Regulamento disporá sobre procedimentos e medidasa serem adotados para o tratamento de informação sigilosa,de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, aces-so, transmissão e divulgação não autorizados. Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providênci-as necessárias para que o pessoal a elas subordinadohierarquicamente conheça as normas e observe as me-didas e procedimentos de segurança para tratamento deinformações sigilosas. Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que,em razão de qualquer vínculo com o poder público, exe-cutar atividades de tratamento de informações sigilosasadotará as providências necessárias para que seus em-pregados, prepostos ou representantes observem asmedidas e procedimentos de segurança das informa-ções resultantes da aplicação desta Lei.

Seção IVDos Procedimentos de Classificação,Reclassificação e Desclassificação

Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbitoda administração pública federal é de competência: I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: a) Presidente da República; b) Vice-Presidente da República; c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmasprerrogativas; d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e

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e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares per-manentes no exterior; II - no grau de secreto, das autoridades referidas no incisoI, dos titulares de autarquias, fundações ou empresaspúblicas e sociedades de economia mista; e III - no grau de reservado, das autoridades referidas nosincisos I e II e das que exerçam funções de direção, coman-do ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direçãoe Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalen-te, de acordo com regulamentação específica de cada ór-gão ou entidade, observado o disposto nesta Lei. § 1o A competência prevista nos incisos I e II, no que se refereà classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser de-legada pela autoridade responsável a agente público, inclu-sive em missão no exterior, vedada a subdelegação. § 2o A classificação de informação no grau de sigiloultrassecreto pelas autoridades previstas nas alíneas “d”e “e” do inciso I deverá ser ratificada pelos respectivosMinistros de Estado, no prazo previsto em regulamento. § 3o A autoridade ou outro agente público que classificarinformação como ultrassecreta deverá encaminhar a de-cisão de que trata o art. 28 à Comissão Mista deReavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, noprazo previsto em regulamento. Art. 28. A classificação de informação em qualquer graude sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá,no mínimo, os seguintes elementos: I - assunto sobre o qual versa a informação; II - fundamento da classificação, observados os critériosestabelecidos no art. 24; III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, me-ses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final,conforme limites previstos no art. 24; e IV - identificação da autoridade que a classificou. Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantidano mesmo grau de sigilo da informação classificada. Art. 29. A classificação das informações será reavaliadapela autoridade classificadora ou por autoridade hierar-quicamente superior, mediante provocação ou de ofício,nos termos e prazos previstos em regulamento, com vis-tas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigi-lo, observado o disposto no art. 24. § 1o O regulamento a que se refere o caput deverá consi-derar as peculiaridades das informações produzidas noexterior por autoridades ou agentes públicos. § 2o Na reavaliação a que se refere o caput, deverão serexaminadas a permanência dos motivos do sigilo e apossibilidade de danos decorrentes do acesso ou dadivulgação da informação. § 3o Na hipótese de redução do prazo de sigilo da infor-mação, o novo prazo de restrição manterá como termoinicial a data da sua produção. Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidadepublicará, anualmente, em sítio à disposição na internete destinado à veiculação de dados e informações admi-nistrativas, nos termos de regulamento: I - rol das informações que tenham sido desclassificadasnos últimos 12 (doze) meses; II - rol de documentos classificados em cada grau desigilo, com identificação para referência futura; III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidosde informação recebidos, atendidos e indeferidos, bemcomo informações genéricas sobre os solicitantes. § 1o Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publi-cação prevista no caput para consulta pública em suas sedes. § 2o Os órgãos e entidades manterão extrato com a listade informações classificadas, acompanhadas da data,do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação.

Seção VDas Informações Pessoais

Art. 31. O tratamento das informações pessoais deveser feito de forma transparente e com respeito à intimida-de, vida privada, honra e imagem das pessoas, bemcomo às liberdades e garantias individuais. § 1o As informações pessoais, a que se refere este arti-go, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem: I - terão seu acesso restrito, independentemente de classifica-ção de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contarda sua data de produção, a agentes públicos legalmente auto-rizados e à pessoa a que elas se referirem; e II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso porterceiros diante de previsão legal ou consentimento ex-presso da pessoa a que elas se referirem. § 2o Aquele que obtiver acesso às informações de que trataeste artigo será responsabilizado por seu uso indevido. § 3o O consentimento referido no inciso II do § 1o nãoserá exigido quando as informações forem necessárias: I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoaestiver física ou legalmente incapaz, e para utilização úni-ca e exclusivamente para o tratamento médico; II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de eviden-te interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada aidentificação da pessoa a que as informações se referirem; III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - à defesa de direitos humanos; ou V - à proteção do interesse público e geral preponderante. § 4o A restrição de acesso à informação relativa à vidaprivada, honra e imagem de pessoa não poderá serinvocada com o intuito de prejudicar processo de apura-ção de irregularidades em que o titular das informaçõesestiver envolvido, bem como em ações voltadas para arecuperação de fatos históricos de maior relevância. § 5o Regulamento disporá sobre os procedimentos paratratamento de informação pessoal.

CAPÍTULO VDAS RESPONSABILIDADES

Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam res-ponsabilidade do agente público ou militar: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos ter-mos desta Lei, retardar deliberadamente o seu forneci-mento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inuti-lizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, in-formação que se encontre sob sua guarda ou a que tenhaacesso ou conhecimento em razão do exercício das atribui-ções de cargo, emprego ou função pública; III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações deacesso à informação; IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitiracesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoalou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegalcometido por si ou por outrem; VI - ocultar da revisão de autoridade superior competenteinformação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ouem prejuízo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentosconcernentes a possíveis violações de direitos humanospor parte de agentes do Estado. § 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defe-sa e do devido processo legal, as condutas descritas nocaput serão consideradas: I - para fins dos regulamentos disciplinares das ForçasArmadas, transgressões militares médias ou graves, se-

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gundo os critérios neles estabelecidos, desde que nãotipificadas em lei como crime ou contravenção penal; ou II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 de dezembrode 1990, e suas alterações, infrações administrativas, quedeverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, se-gundo os critérios nela estabelecidos. § 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militarou agente público responder, também, por improbidadeadministrativa, conforme o disposto nas Leis nos 1.079,de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992. Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiverinformações em virtude de vínculo de qualquer naturezacom o poder público e deixar de observar o disposto nes-ta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação eimpedimento de contratar com a administração públicapor prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com aadministração pública, até que seja promovida a reabilitaçãoperante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1o As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderãoser aplicadas juntamente com a do inciso II, asseguradoo direito de defesa do interessado, no respectivo proces-so, no prazo de 10 (dez) dias. § 2o A reabilitação referida no inciso V será autorizada so-mente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao ór-gão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido oprazo da sanção aplicada com base no inciso IV. § 3o A aplicação da sanção prevista no inciso V é de compe-tência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entida-de pública, facultada a defesa do interessado, no respectivoprocesso, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem direta-mente pelos danos causados em decorrência da divulga-ção não autorizada ou utilização indevida de informaçõessigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuraçãode responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa,assegurado o respectivo direito de regresso. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoafísica ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qual-quer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a infor-mação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 35. (VETADO). § 1o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação deInformações, que decidirá, no âmbito da administraçãopública federal, sobre o tratamento e a classificação deinformações sigilosas e terá competência para: I - requisitar da autoridade que classificar informação comoultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, par-cial ou integral da informação; II - rever a classificação de informações ultrassecretas ousecretas, de ofício ou mediante provocação de pessoainteressada, observado o disposto no art. 7o e demaisdispositivos desta Lei; e III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificadacomo ultrassecreta, sempre por prazo determinado, en-quanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ame-aça externa à soberania nacional ou à integridade do terri-tório nacional ou grave risco às relações internacionais doPaís, observado o prazo previsto no § 1o do art. 24. § 2o O prazo referido no inciso III é limitado a uma únicarenovação.

§ 3o A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1o

deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, apósa reavaliação prevista no art. 39, quando se tratar de do-cumentos ultrassecretos ou secretos. § 4o A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mistade Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3o

implicará a desclassificação automática das informações. § 5o Regulamento disporá sobre a composição, organiza-ção e funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação deInformações, observado o mandato de 2 (dois) anos paraseus integrantes e demais disposições desta Lei. Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante detratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normase recomendações constantes desses instrumentos. Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de SegurançaInstitucional da Presidência da República, o Núcleo de Se-gurança e Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: I - promover e propor a regulamentação do credenciamentode segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e en-tidades para tratamento de informações sigilosas; e II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusiveaquelas provenientes de países ou organizações internaci-onais com os quais a República Federativa do Brasil tenhafirmado tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato inter-nacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério dasRelações Exteriores e dos demais órgãos competentes. Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a compo-sição, organização e funcionamento do NSC. Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 denovembro de 1997, em relação à informação de pessoa,física ou jurídica, constante de registro ou banco de da-dos de entidades governamentais ou de caráter público. Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão procederà reavaliação das informações classificadas como ultras-secretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos,contado do termo inicial de vigência desta Lei. § 1o A restrição de acesso a informações, em razão dareavaliação prevista no caput, deverá observar os prazose condições previstos nesta Lei. § 2o No âmbito da administração pública federal, areavaliação prevista no caput poderá ser revista, a qual-quer tempo, pela Comissão Mista de Reavaliação de In-formações, observados os termos desta Lei.§ 3o Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliaçãoprevisto no caput, será mantida a classificação da infor-mação nos termos da legislação precedente. § 4o As informações classificadas como secretas eultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto no caputserão consideradas, automaticamente, de acesso público. Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vi-gência desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ouentidade da administração pública federal direta e indire-ta designará autoridade que lhe seja diretamente subor-dinada para, no âmbito do respectivo órgão ou entidade,exercer as seguintes atribuições: I - assegurar o cumprimento das normas relativas aoacesso a informação, de forma eficiente e adequada aosobjetivos desta Lei; II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apre-sentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; III - recomendar as medidas indispensáveis à implemen-tação e ao aperfeiçoamento das normas e procedimen-tos necessários ao correto cumprimento do disposto nes-ta Lei; e IV - orientar as respectivas unidades no que se refere aocumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão daadministração pública federal responsável:

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Complemento - 29

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I - pela promoção de campanha de abrangência nacionalde fomento à cultura da transparência na administraçãopública e conscientização do direito fundamental de aces-so à informação; II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refereao desenvolvimento de práticas relacionadas à transpa-rência na administração pública; III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito daadministração pública federal, concentrando e consoli-dando a publicação de informações estatísticas relacio-nadas no art. 30; IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional derelatório anual com informações atinentes àimplementação desta Lei. Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nestaLei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da datade sua publicação. Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 dedezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 116. ...................................................................................VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão docargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quandohouver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento deoutra autoridade competente para apuração;...........................................................................................” (NR) Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei no 8.112, de 1990,passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A: “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabiliza-do civil, penal ou administrativamente por dar ciência àautoridade superior ou, quando houver suspeita deenvolvimento desta, a outra autoridade competente paraapuração de informação concernente à prática de crimesou improbidade de que tenha conhecimento, ainda queem decorrência do exercício de cargo, emprego ou fun-ção pública.” Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios, em legislação própria, obedecidas as nor-mas gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras espe-cíficas, especialmente quanto ao disposto no art. 9o e naSeção II do Capítulo III. Art. 46. Revogam-se: I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e II - os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) diasapós a data de sua publicação.

Brasília, 18 de novembro de 2011; 190o da Independên-cia e 123o da República.

DECRETO N. 58.052, DE 16 DE MAIO DE 2012

Regulamenta a Lei federal n° 12.527, de 18 de novembrode 2011, que regula o acesso a informações, e dá provi-dências correlatas

GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Pau-lo, no uso de suas atribuições legais,

Considerando que é dever do Poder Público promover agestão dos documentos públicos para assegurar o aces-so às informações neles contidas, de acordo com o § 2ºdo artigo 216 da Constituição Federal e com o artigo 1º daLei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991;Considerando que cabe ao Estado definir, em legislaçãoprópria, regras específicas para o cumprimento das deter-minações previstas na Lei federal nº 12.527, de 18 de no-vembro de 2011, que regula o acesso a informações;Considerando as disposições das Leis estaduais nº 10.177,de 30 de dezembro de 1998, que regula o processo admi-nistrativo e nº 10.294, de 20 de abril de 1999, que dispõesobre proteção e defesa do usuário de serviços públicos, edos Decretos estaduais nº 22.789, de 19 de outubro de1984, que institui o Sistema de Arquivos do Estado de SãoPaulo - SAESP, nº 44.074, de 1º de julho de 1999, que regu-lamenta a composição e estabelece a competência dasOuvidorias, nº 54.276, de 27 de abril de 2009, que reorgani-za a Unidade do Arquivo Público do Estado, da Casa Civil, nº55.479, de 25 de fevereiro de 2010, que institui na Casa Civilo Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado deGestão Arquivística de Documentos e Informações - SPdoc,alterado pelo de nº 56.260, de 6 de outubro de 2010, nº55.559, de 12 de março de 2010, que institui o Portal doGoverno Aberto SP e nº 57.500, de 8 de novembro de 2011,que reorganiza a Corregedoria Geral da Administração einstitui o Sistema Estadual de Controladoria; eConsiderando, finalmente, a proposta apresentada pelo Gru-po Técnico instituído pela Resolução CC-3, de 9 de janeiro de2012, junto ao Comitê de Qualidade da Gestão Pública,Decreta:

CAPÍTULO IDisposições Gerais

Artigo 1º - Este decreto define procedimentos a seremobservados pelos órgãos e entidades da AdministraçãoPública Estadual, e pelas entidades privadas sem finslucrativos que recebam recursos públicos estaduais paraa realização de atividades de interesse público, à vistadas normas gerais estabelecidas na Lei federal nº 12.527,de 18 de novembro de 2011.Artigo 2º - O direito fundamental de acesso a documentos,dados e informações será assegurado mediante:I - observância da publicidade como preceito geral e dosigilo como exceção;II - implementação da política estadual de arquivos e ges-tão de documentos;III - divulgação de informações de interesse público, inde-pendentemente de solicitações;IV - utilização de meios de comunicação viabilizados pelatecnologia da informação;V - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparên-cia na administração pública;VI - desenvolvimento do controle social da administração pública.Artigo 3º - Para os efeitos deste decreto, consideram-seas seguintes definições:I - arquivos públicos: conjuntos de documentos produzidos,recebidos e acumulados por órgãos públicos, autarquias, fun-

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dações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, empresaspúblicas, sociedades de economia mista, entidades privadasencarregadas da gestão de serviços públicos e organizaçõessociais, no exercício de suas funções e atividades;II - autenticidade: qualidade da informação que tenha sidoproduzida, expedida, recebida ou modificada por deter-minado indivíduo, equipamento ou sistema;III - classificação de sigilo: atribuição, pela autoridade compe-tente, de grau de sigilo a documentos, dados e informações;IV - credencial de segurança: autorização por escrito con-cedida por autoridade competente, que habilita o agentepúblico estadual no efetivo exercício de cargo, função,emprego ou atividade pública a ter acesso a documen-tos, dados e informações sigilosas;V - criptografia: processo de escrita à base de métodoslógicos e controlados por chaves, cifras ou códigos, deforma que somente os usuários autorizados possamreestabelecer sua forma original;VI - custódia: responsabilidade pela guarda de documen-tos, dados e informações;VII - dado público: sequência de símbolos ou valores,representado em algum meio, produzido ou sob a guar-da governamental, em decorrência de um processo natu-ral ou artificial, que não tenha seu acesso restrito porlegislação específica;VIII - desclassificação: supressão da classificação de si-gilo por ato da autoridade competente ou decurso de pra-zo, tornando irrestrito o acesso a documentos, dados einformações sigilosas;IX - documentos de arquivo: todos os registros de infor-mação, em qualquer suporte, inclusive o magnético ouóptico, produzidos, recebidos ou acumulados por órgãose entidades da Administração Pública Estadual, no exer-cício de suas funções e atividades;X - disponibilidade: qualidade da informação que podeser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentosou sistemas autorizados;XI - documento: unidade de registro de informações, qual-quer que seja o suporte ou formato;XII - gestão de documentos: conjunto de procedimentos ope-rações técnicas referentes à sua produção, classificação,avaliação, tramitação, uso, arquivamento e reprodução, queassegura a racionalização e a eficiência dos arquivos;XIII - informação: dados, processados ou não, que podem serutilizados para produção e transmissão de conhecimento, con-tidos em qualquer meio, suporte ou formato;XIV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoanatural identificada ou identificável;XV - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente àrestrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidadepara a segurança da sociedade e do Estado;XVI - integridade: qualidade da informação não modifica-da, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;XVII - marcação: aposição de marca assinalando o grau desigilo de documentos, dados ou informações, ou sua con-dição de acesso irrestrito, após sua desclassificação;XVIII - metadados: são informações estruturadas e codifi-cadas que descrevem e permitem gerenciar, compreen-der, preservar e acessar os documentos digitais ao longodo tempo e referem-se a:a) identificação e contexto documental (identificador único, ins-tituição produtora, nomes, assunto, datas, local, código de clas-sificação, tipologia documental, temporalidade, destinação,versão, documentos relacionados, idioma e indexação);b) segurança (grau de sigilo, informações sobrecriptografia, assinatura digital e outras marcas digitais);c) contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho dearquivo, dependências de hardware e software, tipos de

mídias, algoritmos de compressão) e localização físicado documento;XIX - primariedade: qualidade da informação coletada nafonte, com o máximo de detalhamento possível, semmodificações;XX - reclassificação: alteração, pela autoridade competente, daclassificação de sigilo de documentos, dados e informações;XXI - rol de documentos, dados e informações sigilosas epessoais: relação anual, a ser publicada pelas autorida-des máximas de órgãos e entidades, de documentos, da-dos e informações classificadas, no período, como sigilo-sas ou pessoais, com identificação para referência futura;XXII - serviço ou atendimento presencial: aquele prestadoa presença física do cidadão, principal beneficiário ouinteressado no serviço;XXIII - serviço ou atendimento eletrônico: aquele prestadoremotamente ou à distância, utilizando meios eletrônicosde comunicação;XXIV - tabela de documentos, dados e informações sigilo-sas e pessoais: relação exaustiva de documentos, dadose informações com quaisquer restrição de acesso, com aindicação do grau de sigilo, decorrente de estudos e pes-quisas promovidos pelas Comissões de Avaliação deDocumentos e Acesso - CADA, e publicada pelas autorida-des máximas dos órgãos e entidades;XXV - tratamento da informação: conjunto de ações refe-rentes à produção, recepção, classificação, utilização,acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribui-ção, arquivamento, armazenamento, eliminação, avalia-ção, destinação ou controle da informação.

CAPÍTULO IIDo Acesso a Documentos, Dados e Informações

SEÇÃO IDisposições Gerais

Artigo 4º - É dever dos órgãos e entidades da Administra-ção Pública Estadual:I - promover a gestão transparente de documentos, dados einformações, assegurando sua disponibilidade, autenticida-de e integridade, para garantir o pleno direito de acesso;II - divulgar documentos, dados e informações de interes-se coletivo ou geral, sob sua custódia, independentemen-te de solicitações;III - proteger os documentos, dados e informações sigilo-sas e pessoais, por meio de critérios técnicos e objeti-vos, o menos restritivo possível.

SEÇÃO IIDa Gestão de Documentos, Dados e Informações

Artigo 5º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, nacondição de órgão central do Sistema de Arquivos doEstado de São Paulo - SAESP, é a responsável pela for-mulação e implementação da política estadual de arqui-vos e gestão de documentos, a que se refere o artigo 2º,inciso II deste decreto, e deverá propor normas, procedi-mentos e requisitos técnicos complementares, visandoo tratamento da informação.Parágrafo único - Integram a política estadual de arquivose gestão de documentos:1. os serviços de protocolo e arquivo dos órgãos e entidades;2. as Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso- CADA, a que se refere o artigo 11 deste decreto;3. o Sistema Informatizado Unificado de GestãoArquivística de Documentos e Informações - SPdoc;4. os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC.Artigo 6º - Para garantir efetividade à política de arquivose gestão de documentos, os órgãos e entidades da Ad-ministração Pública Estadual deverão:

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Complemento - 31

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I - providenciar a elaboração de planos de classificação e tabelasde temporalidade de documentos de suas atividadesfim, a quese referem, respectivamente, os artigos 10 a 18 e 19 a 23, doDecreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004;II - cadastrar todos os seus documentos no SistemaInformatizado Unificado de Gestão Arquivística de Docu-mentos e Informações - SPdoc.Parágrafo único - As propostas de planos de classifica-ção e de tabelas de temporalidade de documentos deve-rão ser apreciadas pelos órgãos jurídicos dos órgãos eentidades e encaminhadas à Unidade do Arquivo Públicodo Estado para aprovação, antes de sua oficialização.Artigo 7º - Ficam criados, em todos os órgãos e entidadesda Administração Pública Estadual, os Serviços de Infor-mações ao Cidadão - SIC, a que se refere o artigo 5º,inciso IV, deste decreto, diretamente subordinados aosseus titulares, em local com condições apropriadas,infraestrutura tecnológica e equipe capacitada para:I - realizar atendimento presencial e/ou eletrônico na sedee nas unidades subordinadas, prestando orientação aopúblico sobre os direitos do requerente, o funcionamentodo Serviço de Informações ao Cidadão - SIC, a tramitaçãode documentos, bem como sobre os serviços prestadospelas respectivas unidades do órgão ou entidade;II - protocolar documentos e requerimentos de acesso ainformações, bem como encaminhar os pedidos de in-formação aos setores produtores ou detentores de docu-mentos, dados e informações;III - controlar o cumprimento de prazos por parte dos seto-res produtores ou detentores de documentos, dados einformações, previstos no artigo 15 deste decreto;IV - realizar o serviço de busca e fornecimento de docu-mentos, dados e informações sob custódia do respectivoórgão ou entidade, ou fornecer ao requerente orientaçãosobre o local onde encontrá-los.§ 1º - As autoridades máximas dos órgãos e entidades daAdministração Pública Estadual deverão designar, no pra-zo de 30 (trinta) dias, os responsáveis pelos Serviços deInformações ao Cidadão - SIC.§ 2º - Para o pleno desempenho de suas atribuições, osServiços de Informações ao Cidadão - SIC deverão:1. manter intercâmbio permanente com os serviços deprotocolo e arquivo;2. buscar informações junto aos gestores de sistemasinformatizados e bases de dados, inclusive de portais esítios institucionais;3. atuar de forma integrada com as Ouvidorias, instituídaspela Lei estadual nº 10.294, de 20 de abril de 1999, e orga-nizadas pelo Decreto nº 44.074, de 1º de julho de 1999.§ 3º - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SIC, inde-pendentemente do meio utilizado, deverão ser identifica-dos com ampla visibilidade.Artigo 8º - A Casa Civil deverá providenciar a contrataçãode serviços para o desenvolvimento de “Sistema Integra-do de Informações ao Cidadão”, capaz de interoperar como SPdoc, a ser utilizado por todos os órgãos e entidadesnos seus respectivos Serviços de Informações ao Cida-dão - SIC.Artigo 9º - A Unidade do Arquivo Público do Estado, daCasa Civil, deverá adotar as providências necessáriaspara a organização dos serviços da Central de Atendi-mento ao Cidadão - CAC, instituída pelo Decreto nº 54.276,de 27 de abril de 2009, com a finalidade de:I - coordenar a integração sistêmica dos Serviços de Informaçõesao Cidadão - SIC, instituídos nos órgãos e entidades;II - realizar a consolidação e sistematização de dados a quese refere o artigo 26 deste decreto, bem como a elaboraçãode estatísticas sobre as demandas de consulta e os perfis

de usuários, visando o aprimoramento dos serviços.Parágrafo único - Os Serviços de Informações ao Cida-dão - SIC deverão fornecer, periodicamente, à Central deAtendimento ao Cidadão - CAC, dados atualizados dosatendimentos prestados.Artigo 10 - O acesso aos documentos, dados e informa-ções compreende, entre outros, os direitos de obter:I - orientação sobre os procedimentos para a consecução deacesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontradoou obtido o documento, dado ou informação almejada;II - dado ou informação contida em registros ou documen-tos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou enti-dades, recolhidos ou não a arquivos públicos;III - documento, dado ou informação produzida oucustodiada por pessoa física ou entidade privada decor-rente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades,mesmo que esse vínculo já tenha cessado;IV - dado ou informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;V - documento, dado ou informação sobre atividadesexercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relati-vas à sua política, organização e serviços;VI - documento, dado ou informação pertinente à admi-nistração o patrimônio público, utilização de recursospúblicos, licitação, contratos administrativos;VII - documento, dado ou informação relativa:a) à implementação, acompanhamento e resultados dosprogramas, projetos e ações dos órgãos e entidadespúblicas, bem como metas e indicadores propostos;b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações etomadas de contas realizadas pelos órgãos de controleinterno e externo, incluindo prestações de contas relati-vas a exercícios anteriores.§ 1º - O acesso aos documentos, dados e informaçõesprevisto no “caput” deste artigo não compreende as infor-mações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvi-mento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja impres-cindível à segurança da sociedade e do Estado.§ 2º - Quando não for autorizado acesso integral ao documen-to, dado ou informação por ser ela parcialmente sigilosa, éassegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certi-dão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.§ 3º - O direito de acesso aos documentos, aos dados ouàs informações neles contidas utilizados como fundamentoda tomada de decisão e do ato administrativo será asse-gurado com a edição do ato decisório respectivo.§ 4º - A negativa de acesso aos documentos, dados einformações objeto de pedido formulado aos órgãos eentidades referidas no artigo 1º deste decreto, quandonão fundamentada, sujeitará o responsável a medidasdisciplinares, nos termos do artigo 32 da Lei federal nº12.527, de 18 de novembro de 2011.§ 5º - Informado do extravio da informação solicitada, poderáo interessado requerer à autoridade competente a imediatainstauração de apuração preliminar para investigar o desa-parecimento da respectiva documentação.§ 6º - Verificada a hipótese prevista no § 5º deste artigo, oresponsável pela guarda da informação extraviada deve-rá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicartestemunhas que comprovem sua alegação.

SEÇÃO IIIDas Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso

Artigo 11 - As Comissões de Avaliação de Documentos deArquivo, a que se referem os Decretos nº 29.838, de 18 deabril de 1989, e nº 48.897, de 27 de agosto de 2004, institu-ídas nos órgãos e entidades da Administração Pública Es-tadual, passarão a ser denominadas Comissões de Avalia-ção de Documentos e Acesso - CADA.

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§ 1º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Aces-so - CADA deverão ser vinculadas ao Gabinete da autori-dade máxima do órgão ou entidade.§ 2º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Aces-so - CADA serão integradas por servidores de nível supe-rior das áreas jurídica, de administração geral, de admi-nistração financeira, de arquivo e protocolo, de tecnologiada informação e por representantes das áreas específi-cas da documentação a ser analisada.§ 3º - As Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso -CADA serão compostas por 5 (cinco), 7 (sete) ou 9 (nove) mem-bros, designados pela autoridade máxima do órgão ou entidade.Artigo 12 - São atribuições das Comissões de Avaliaçãode Documentos e Acesso - CADA, além daquelas previs-tas para as Comissões de Avaliação de Documentos deArquivo nos Decretos nº 29.838, de 18 de abril de 1989, enº 48.897, de 27 de agosto de 2004:I - orientar a gestão transparente dos documentos, dadose informações do órgão ou entidade, visando asseguraro amplo acesso e divulgação;II - realizar estudos, sob a orientação técnica da Unidade doArquivo Público do Estado, órgão central do Sistema de Arqui-vos do Estado de São Paulo - SAESP, visando à identificação eelaboração de tabela de documentos, dados e informaçõessigilosas e pessoais, de seu órgão ou entidade;III - encaminhar à autoridade máxima do órgão ou entidadea tabela mencionada no inciso II deste artigo, bem como asnormas e procedimentos visando à proteção de documen-tos, dados e informações sigilosas e pessoais, para oitivado órgão jurídico e posterior publicação;IV - orientar o órgão ou entidade sobre a correta aplicação doscritérios de restrição de acesso constantes das tabelas dedocumentos, dados e informações sigilosas e pessoais;V - comunicar à Unidade do Arquivo Público do Estado apublicação de tabela de documentos, dados e informa-ções sigilosas e pessoais, e suas eventuais alterações,para consolidação de dados, padronização de critérios erealização de estudos técnicos na área;VI - propor à autoridade máxima do órgão ou entidade a renova-ção, alteração de prazos, reclassificação ou desclassificação dedocumentos, dados e informações sigilosas;VII - manifestar-se sobre os prazos mínimos de restrição deacesso aos documentos, dados ou informações pessoais;VIII - atuar como instância consultiva da autoridade máxima doórgão ou entidade, sempre que provocada, sobre os recursosinterpostos relativos às solicitações de acesso a documentos,dados e informações não atendidas ou indeferidas, nos ter-mos do parágrafo único do artigo 19 deste decreto;IX - informar à autoridade máxima do órgão ou entidade a previ-são de necessidades orçamentárias, bem como encaminharrelatórios periódicos sobre o andamento dos trabalhos.Parágrafo único - Para o perfeito cumprimento de suasatribuições as Comissões de Avaliação de Documentos eAcesso - CADA poderão convocar servidores que possamcontribuir com seus conhecimentos e experiências, bemcomo constituir subcomissões e grupos de trabalho.Artigo 13 - À Unidade do Arquivo Público do Estado, órgãocentral do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo -SAESP, responsável por propor a política de acesso aosdocumentos públicos, nos termos do artigo 6º, inciso XII,do Decreto nº 22.789, de 19 de outubro de 1984, caberá oreexame, a qualquer tempo, das tabelas de documentos,dados e informações sigilosas e pessoais dos órgãos eentidades da Administração Pública Estadual.

SEÇÃO IVDo Pedido

Artigo 14 - O pedido de informações deverá ser apresenta-do ao Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou

entidade, por qualquer meio legítimo que contenha a identi-ficação do interessado (nome, número de documento eendereço) e a especificação da informação requerida.Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC doórgão ou entidade responsável pelas informações solicitadasdeverá conceder o acesso imediato àquelas disponíveis.§ 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso imediato,o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ouentidade, em prazo não superior a 20 (vinte) dias, deverá:1. comunicar a data, local e modo para se realizar a con-sulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;2. indicar as razões de fato ou de direito da recusa, totalou parcial, do acesso pretendido;3. comunicar que não possui a informação, indicar, se fordo seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a de-tém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ouentidade, cientificando o interessado da remessa de seupedido de informação.§ 2º - O prazo referido no § 1º deste artigo poderá serprorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativaexpressa, da qual será cientificado o interessado.§ 3º - Sem prejuízo da segurança e da proteção das informa-ções e do cumprimento da legislação aplicável, o Serviço deInformações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade poderáoferecer meios para que o próprio interessado possa pesquisara informação de que necessitar.§ 4º - Quando não for autorizado o acesso por se tratar deinformação total ou parcialmente sigilosa, o interessadodeverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, pra-zos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.§ 5º - A informação armazenada em formato digital será fornecidanesse formato, caso haja anuência do interessado.§ 6º - Caso a informação solicitada esteja disponível ao públicoem formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meiode acesso universal, serão informados ao interessado, porescrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obterou reproduzir a referida informação, procedimento esse quedesonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seufornecimento direto, salvo se o interessado declarar não dis-por de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos.Artigo 16 - O serviço de busca e fornecimento da informaçãoé gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documen-tos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação emque poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessárioao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utili-zados, a ser fixado em ato normativo pelo Chefe do Executivo.Parágrafo único - Estará isento de ressarcir os custosprevistos no “caput” deste artigo todo aquele cuja situa-ção econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo dosustento próprio ou da família, declarada nos termos daLei federal nº 7.115, de 29 de agosto de 1983.Artigo 17 - Quando se tratar de acesso à informação con-tida em documento cuja manipulação possa prejudicarsua integridade, deverá ser oferecida a consulta de cópia,com certificação de que esta confere com o original.Parágrafo único - Na impossibilidade de obtenção decópias, o interessado poderá solicitar que, a suasexpensas e sob Grupo Técnico supervisão de servidorpúblico, a reprodução seja feita por outro meio que nãoponha em risco a conservação do documento original.Artigo 18 - É direito do interessado obter o inteiro teor dedecisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.

SEÇÃO VDos Recursos

Artigo 19 - No caso de indeferimento de acesso aos do-cumentos, dados e informações ou às razões da negati-

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va do acesso, bem como o não atendimento do pedido,poderá o interessado interpor recurso contra a decisãono prazo de 10 (dez) dias a contar de sua ciência.Parágrafo único - O recurso será dirigido à apreciação depelo menos uma autoridade hierarquicamente superior àque exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar,após eventual consulta à Comissão de Avaliação de Docu-mentos e Acesso - CADA, a que se referem os artigos 11 e 12deste decreto, e ao órgão jurídico, no prazo de 5 (cinco) dias.Artigo 20 - Negado o acesso ao documento, dado e infor-mação pelos órgãos ou entidades da Administração Pú-blica Estadual, o interessado poderá recorrer àCorregedoria Geral da Administração, que deliberará noprazo de 5 (cinco) dias se:I - o acesso ao documento, dado ou informação não clas-sificada como sigilosa for negado;II - a decisão de negativa de acesso ao documento, dadoou informação, total ou parcialmente classificada comosigilosa, não indicar a autoridade classificadora ou a hie-rarquicamente superior a quem possa ser dirigido o pe-dido de acesso ou desclassificação;III - os procedimentos de classificação de sigilo estabele-cidos na Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de2011, não tiverem sido observados;IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros pro-cedimentos revistos na Lei federal nº 12.527, de 18 denovembro de 2011.§ 1º - O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigi-do à Corregedoria Geral da Administração depois de subme-tido à apreciação de pelo menos uma autoridade hierarquica-mente superior àquela que exarou a decisão impugnada, nostermos do parágrafo único do artigo 19 deste decreto.§ 2º - Verificada a procedência das razões do recurso, aCorregedoria Geral da Administração determinará ao ór-gão ou entidade que adote as providências necessáriaspara dar cumprimento ao disposto na Lei federal nº 12.527,de 18 de novembro de 2011, e neste decreto.Artigo 21 - Negado o acesso ao documento, dado ou infor-mação pela Corregedoria Geral da Administração, o reque-rente poderá, no prazo de 10 (dez) dias a contar da suaciência, interpor recurso à Comissão Estadual de Acesso àInformação, de que trata o artigo 76 deste decreto.Artigo 22 - Aplica-se, no que couber, a Lei estadual nº10.177, de 30 de dezembro de 1998, ao procedimento deque trata este Capítulo.

CAPÍTULO IIIDa Divulgação de Documentos, Dados e Informações

Artigo 23 - É dever dos órgãos e entidades da AdministraçãoPública Estadual promover, independentemente de requeri-mentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito desuas competências, de documentos, dados e informações deinteresse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.§ 1º - Na divulgação das informações a que se refere o“caput” deste artigo, deverão constar, no mínimo:1. registro das competências e estrutura organizacional,endereços e telefones das respectivas unidades e horá-rios de atendimento ao público;2. registros de quaisquer repasses ou transferências derecursos financeiros;3. registros de receitas e despesas;4. informações concernentes a procedimentos licitatórios,inclusive os respectivos editais e resultados, bem comoa todos os contratos celebrados;5. relatórios, estudos e pesquisas;6. dados gerais para o acompanhamento da execuçãoorçamentária, de programas, ações, projetos e obras deórgãos e entidades;

7. respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.§ 2º - Para o cumprimento do disposto no “caput” desteartigo, os órgãos e entidades estaduais deverão utilizartodos os meios e instrumentos legítimos de que dispu-serem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiaisda rede mundial de computadores (internet).§ 3º - Os sítios de que trata o § 2º deste artigo deverãoatender, entre outros, aos seguintes requisitos:1. conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permitao acesso à informação de forma objetiva, transparente,clara e em linguagem de fácil compreensão;2. possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatoseletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais comoplanilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;3. possibilitar o acesso automatizado por sistemas externosem formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;4. divulgar em detalhes os formatos utilizados paraestruturação da informação;5. garantir a autenticidade e a integridade das informa-ções disponíveis para acesso;6. manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;7. indicar local e instruções que permitam ao interessadocomunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o ór-gão ou entidade detentora do sítio;8. adotar as medidas necessárias para garantir a acessibi-lidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos ter-mos do artigo 17 da Lei federal nº 10.098, de 19 de dezem-bro de 2000, artigo 9° da Convenção sobre os Direitos dasPessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativonº 186, de 9 de julho de 2008, e da Lei estadual n° 12.907, de15 de abril de 2008.Artigo 24 - Os documentos que contenham informações quese enquadrem nos casos referidos no artigo anterior deverãoestar cadastrados no Sistema Informatizado Unificado deGestão Arquivística de Documentos e Informações - SPdoc.Artigo 25 - A autoridade máxima de cada órgão ou entidadeestadual publicará, anualmente, em sítio próprio, bemcomo no Portal da Transparência e do Governo Aberto:I - rol de documentos, dados e informações que tenhamsido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses;II - rol de documentos classificados em cada grau desigilo, com identificação para referência futura;III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidosde informação recebidos, atendidos e indeferidos, bemcomo informações genéricas sobre os solicitantes.Parágrafo único - Os órgãos e entidades da AdministraçãoPública Estadual deverão manter exemplar da publicaçãoprevista no “caput” deste artigo para consulta pública emsuas sedes, bem como o extrato com o rol de documentos,dados e informações classificadas, acompanhadas da data,do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação.Artigo 26 - Os órgãos e entidades da Administração Pú-blica Estadual deverão prestar no prazo de 60 (sessenta)dias, para compor o “Catálogo de Sistemas e Bases deDados da Administração Pública do Estado de São Paulo- CSBD”, as seguintes informações:I - tamanho e descrição do conteúdo das bases de dados;II - metadados;III - dicionário de dados com detalhamento de conteúdo;IV - arquitetura da base de dados;V - periodicidade de atualização;VI - software da base de dados;VII - existência ou não de sistema de consulta à base dedados e sua linguagem de programação;VIII - formas de consulta, acesso e obtenção à base de dados.§ 1º - Os órgãos e entidades da Administração Pública Esta-dual deverão indicar o setor responsável pelo fornecimentoe atualização permanente de dados e informações que com-

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põem o “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Admi-nistração Pública do Estado de São Paulo - CSBD”.§ 2º - O desenvolvimento do “Catálogo de Sistemas eBases de Dados da Administração Pública do Estado deSão Paulo - CSBD”, coleta de informações, manutençãoe atualização permanente ficará a cargo da FundaçãoSistema Estadual de Análise de Dados - SEADE.§ 3º - O “Catálogo de Sistemas e Bases de Dados daAdministração Pública do Estado de São Paulo - CSBD”,bem como as bases de dados da Administração PúblicaEstadual deverão estar disponíveis no Portal do GovernoAberto e no Portal da Transparência, nos termos dosDecretos nº 57.500, de 8 de novembro de 2011, e nº 55.559,de 12 de março de 2010, com todos os elementos neces-sários para permitir sua utilização por terceiros, como aarquitetura da base e o dicionário de dados.

CAPÍTULO IVDas Restrições de Acesso a Documentos,

Dados e InformaçõesSEÇÃO I

Disposições GeraisArtigo 27 - São consideradas passíveis de restrição deacesso, no âmbito da Administração Pública Estadual,duas categorias de documentos, dados e informações:I - Sigilosos: aqueles submetidos temporariamente à restriçãode acesso público em razão de sua imprescindibilidade paraa segurança da sociedade e do Estado;II - Pessoais: aqueles relacionados à pessoa naturalidentificada ou identificável, relativas à intimidade, vidaprivada, honra e imagem das pessoas, bem como àsliberdades e garantias individuais.Parágrafo único - Cabe aos órgãos e entidades da Admi-nistração Pública Estadual, por meio de suas respectivasComissões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA,a que se referem os artigos 11 e 12 deste decreto, promo-ver os estudos necessários à elaboração de tabela com aidentificação de documentos, dados e informações sigilo-sas e pessoais, visando assegurar a sua proteção.Artigo 28 - Não poderá ser negado acesso à informaçãonecessária à tutela judicial ou administrativa de direitosfundamentais.Parágrafo único - Os documentos, dados e informaçõesque versem sobre condutas que impliquem violação dosdireitos humanos praticada por agentes públicos ou amando de autoridades públicas não poderão ser objetode restrição de acesso.Artigo 29 - O disposto neste decreto não exclui as de-mais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiçanem as hipóteses de segredo industrial decorrentes daexploração direta de atividade econômica pelo Estado oupor pessoa física ou entidade privada que tenha qualquervínculo com o poder público.

SEÇÃO IIDa Classificação, Reclassificação e Desclassificação

de Documentos, Dados e Informações SigilosasArtigo 30 - São considerados imprescindíveis à seguran-ça da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis declassificação de sigilo, os documentos, dados e informa-ções cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou aintegridade do território nacional;II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociaçõesou as relações internacionais do País, ou as que tenhamsido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados eorganismos internacionais;III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;

IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, eco-nômica ou monetária do País;V - prejudicar ou causar risco a planos ou operaçõesestratégicos das Forças Armadas;VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa edesenvolvimento científico ou tecnológico, assim como asistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estra-tégico nacional;VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altasautoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares;VIII - comprometer atividades de inteligência, bem comode investigação ou fiscalização em andamento, relaciona-das com a prevenção ou repressão de infrações.Artigo 31 - Os documentos, dados e informações sigilo-sas em poder de órgãos e entidades da AdministraçãoPública Estadual, observado o seu teor e em razão desua imprescindibilidade à segurança da sociedade oudo Estado, poderão ser classificados nos seguintes graus:I - ultrassecreto;II - secreto;III - reservado.§ 1º - Os prazos máximos de restrição de acesso aos docu-mentos, dados e informações, conforme a classificação pre-vista no “caput” e incisos deste artigo, vigoram a partir da datade sua produção e são os seguintes:1. ultrassecreto: até 25 (vinte e cinco) anos;2. secreto: até 15 (quinze) anos;3. reservado: até 5 (cinco) anos.§ 2º - Os documentos, dados e informações que pude-rem colocar em risco a segurança do Governador e Vice-Governador do Estado e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificados como reservados e ficarão sobsigilo até o término do mandato em exercício ou do últimomandato, em caso de reeleição.§ 3º - Alternativamente aos prazos previstos no § 1º desteartigo, poderá ser estabelecida como termo final de res-trição de acesso a ocorrência de determinado evento,desde que este ocorra antes do transcurso do prazo má-ximo de classificação.§ 4º - Transcorrido o prazo de classificação ou consumado oevento que defina o seu termo final, o documento, dado ouinformação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público.§ 5º - Para a classificação do documento, dado ou infor-mação em determinado grau de sigilo, deverá ser obser-vado o interesse público da informação, e utilizado o crité-rio menos restritivo possível, considerados:1. a gravidade do risco ou dano à segurança da socieda-de e do Estado;2. o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento quedefina seu termo final.Artigo 32 - A classificação de sigilo de documentos, da-dos e informações no âmbito da Administração PúblicaEstadual deverá ser realizada mediante:I - publicação oficial, pela autoridade máxima do órgão ouentidade, de tabela de documentos, dados e informa-ções sigilosas e pessoais, que em razão de seu teor e desua imprescindibilidade à segurança da sociedade e doEstado ou à proteção da intimidade, da vida privada, dahonra e imagem das pessoas, sejam passíveis de restri-ção de acesso, a partir do momento de sua produção,II - análise do caso concreto pela autoridade responsávelou agente público competente, e formalização da decisãode classificação, reclassificação ou desclassificação de si-gilo, bem como de restrição de acesso à informação pes-soal, que conterá, no mínimo, os seguintes elementos:a) assunto sobre o qual versa a informação;b) fundamento da classificação, reclassificação ou des-classificação de sigilo, observados os critérios estabele-

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cidos no artigo 31 deste decreto, bem como da restriçãode acesso à informação pessoal;c) indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses oudias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limitesprevistos no artigo 31 deste decreto, bem como a indicação doprazo mínimo de restrição de acesso à informação pessoal;d) identificação da autoridade que a classificou,reclassificou ou desclassificou.Parágrafo único - O prazo de restrição de acesso contarse-á da data da produção do documento, dado ou informação.Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos, da-dos e informações no âmbito da Administração PúblicaEstadual, a que se refere o inciso II do artigo 32 destedecreto, é de competência:I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:a) Governador do Estado;b) Vice-Governador do Estado;c) Secretários de Estado e Procurador Geral do Estado;d) Delegado Geral de Polícia e Comandante Geral daolícia Militar;II - no grau de secreto, das autoridades referidas no incisoI deste artigo, das autoridades máximas de autarquias,fundações ou empresas públicas e sociedades de eco-nomia mista;III - no grau de reservado, das autoridades referidas nosincisos I e II deste artigo e das que exerçam funções dedireção, comando ou chefia, ou de hierarquia equivalen-te, de acordo com regulamentação específica de cadaórgão ou entidade, observado o disposto neste decreto.§ 1º - A competência prevista nos incisos I e II deste artigo,no que se refere à classificação como ultrassecreta esecreta, poderá ser delegada pela autoridade responsá-vel a agente público, vedada a subdelegação.§ 2º - A classificação de documentos, dados e informa-ções no grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridadesprevistas na alínea “d” do inciso I deste artigo deverá serratificada pelo Secretário da Segurança Pública, no prazode 10 (dez) dias.§ 3º - A autoridade ou outro agente público que classificardocumento, dado e informação como ultrassecreto deve-rá encaminhar a decisão de que trata o inciso II do artigo32 deste decreto, à Comissão Estadual de Acesso à In-formação, a que se refere o artigo 76 deste diploma legal,no prazo previsto em regulamento.Artigo 34 - A classificação de documentos, dados e infor-mações será reavaliada pela autoridade classificadoraou por autoridade hierarquicamente superior, medianteprovocação ou de ofício, nos termos e prazos previstosem regulamento, com vistas à sua desclassificação ou àredução do prazo de sigilo, observado o disposto no arti-go 31 deste decreto.§ 1º - O regulamento a que se refere o “caput” deste artigodeverá considerar as peculiaridades das informações pro-duzidas no exterior por autoridades ou agentes públicos.§ 2º - Na reavaliação a que se refere o “caput” deste artigodeverão ser examinadas a permanência dos motivos dosigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acessoou da divulgação da informação.§ 3º - Na hipótese de redução do prazo de sigilo da infor-mação, o novo prazo de restrição manterá como termoinicial a data da sua produção.

SEÇÃO IIIDa Proteção de Documentos, Dados e Informações PessoaisArtigo 35 - O tratamento de documentos, dados e informa-ções pessoais deve ser feito de forma transparente e comrespeito à intimidade, vida privada, honra e imagem daspessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.

§ 1º - Os documentos, dados e informações pessoais, aque se refere este artigo, relativas à intimidade, vida pri-vada, honra e imagem:1. terão seu acesso restrito, independentemente de clas-sificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anosa contar da sua data de produção, a agentes públicos le-galmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem;2. poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso porterceiros diante de previsão legal ou consentimento ex-presso da pessoa a que elas se referirem.§ 2º - Aquele que obtiver acesso às informações de que trataeste artigo será responsabilizado por seu uso indevido.§ 3º - O consentimento referido no item 2 do § 1º deste artigonão será exigido quando as informações forem necessárias:1. à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoaestiver física ou legalmente incapaz, e para utilização úni-ca e exclusivamente para o tratamento médico;2. à realização de estatísticas e pesquisas científicas deevidente interesse público ou geral, previstos em lei, sen-do vedada a identificação da pessoa a que as informa-ções se referirem;3. ao cumprimento de ordem judicial;4. à defesa de direitos humanos;5. à proteção do interesse público e geral preponderante.§ 4º - A restrição de acesso aos documentos, dados e infor-mações relativos à vida privada, honra e imagem de pessoanão poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processode apuração de irregularidades em que o titular das informa-ções estiver envolvido, bem como em ações voltadas para arecuperação de fatos históricos de maior relevância.§ 5º - Os documentos, dados e informações identificadoscomo pessoais somente poderão ser fornecidos pesso-almente, com a identificação do interessado.

SEÇÃO IVDa Proteção e do Controle de Documentos,

Dados e Informações SigilososArtigo 36 - É dever da Administração Pública Estadual controlaro acesso e a divulgação de documentos, dados e informa-ções sigilosos sob a custódia de seus órgãos e entidades,assegurando a sua proteção contra perda, alteração indevida,acesso, transmissão e divulgação não autorizados.§ 1º - O acesso, a divulgação e o tratamento de documentos,dados e informações classificados como sigilosos ficarãorestritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma dosartigos 62 a 65 deste decreto, sem prejuízo das atribuiçõesdos agentes públicos autorizados por lei.§ 2º - O acesso aos documentos, dados e informaçõesclassificados como sigilosos ou identificados como pes-soais, cria a obrigação para aquele que as obteve deresguardar restrição de acesso.Artigo 37 - As autoridades públicas adotarão as providên-cias necessárias para que o pessoal a elas subordinadohierarquicamente conheça as normas e observe as me-didas e procedimentos de segurança para tratamento dedocumentos, dados e informações sigilosos e pessoais.Parágrafo único - A pessoa física ou entidade privada que,em razão de qualquer vínculo com o poder público executaratividades de tratamento de documentos, dados e informa-ções sigilosos e pessoais adotará as providências neces-sárias para que seus empregados, prepostos ou represen-tantes observem as medidas e procedimentos de seguran-ça das informações resultantes da aplicação deste decreto.Artigo 38 - O acesso a documentos, dados e informaçõessigilosos, originários de outros órgãos ou instituições priva-das, custodiados para fins de instrução de procedimento, pro-cesso administrativo ou judicial, somente poderá ser realizado

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para outra finalidade se autorizado pelo agente credenciadodo respectivo órgão, entidade ou instituição de origem.

SUBSEÇÃO IDa Produção, do Registro, Expedição, Tramitação e GuardaArtigo 39 - A produção, manuseio, consulta, transmissão,manutenção e guarda de documentos, dados e informaçõessigilosos observarão medidas especiais de segurança.Artigo 40 - Os documentos sigilosos em sua expedição etramitação obedecerão às seguintes prescrições:I - deverão ser registrados no momento de sua produção,prioritariamente em sistema informatizado de gestãoarquivística de documentos;II - serão acondicionados em envelopes duplos;III - no envelope externo não constará qualquer indicaçãodo grau de sigilo ou do teor do documento;IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expedidomediante relação de remessa, que indicará, necessaria-mente, remetente, destinatário, número de registro e ograu de sigilo do documento;V - para os documentos sigilosos digitais deverão serobservadas as prescrições referentes à criptografia.Artigo 41 - A expedição, tramitação e entrega de docu-mento ultrassecreto e secreto, deverá ser efetuadas pes-soalmente, por agente público credenciado, sendo veda-da a sua postagem.Parágrafo único - A comunicação de informação de naturezaultrassecreta e secreta, de outra forma que não a prescritano “caput” deste artigo, só será permitida excepcionalmentee em casos extremos, que requeiram tramitação e soluçãoimediatas, em atendimento ao princípio da oportunidade econsiderados os interesses da segurança da sociedade edo Estado, utilizando-se o adequado meio de criptografia.Artigo 42 - A expedição de documento reservado poderáser feita mediante serviço postal, com opção de registro,mensageiro oficialmente designado, sistema de enco-mendas ou, quando for o caso, mala diplomática.Parágrafo único - A comunicação dos documentos de quetrata este artigo poderá ser feita por outros meios, desdeque sejam usados recursos de criptografia compatíveiscom o grau de sigilo do documento, conforme previstonos artigos 51 a 56 deste decreto.Artigo 43 - Cabe aos agentes públicos credenciados res-ponsáveis pelo recebimento de documentos sigilosos:I - verificar a integridade na correspondência recebida e re-gistrar indícios de violação ou de qualquer irregularidade,dando ciência do fato ao seu superior hierárquico e ao des-tinatário, o qual informará imediatamente ao remetente;II - proceder ao registro do documento e ao controle desua tramitação.Artigo 44 - O envelope interno só será aberto pelo desti-natário, seu representante autorizado ou autoridade com-petente hierarquicamente superior, observados os requi-sitos do artigo 62 deste decreto.Artigo 45 - O destinatário de documento sigiloso comuni-cará imediatamente ao remetente qualquer indício de vi-olação ou adulteração do documento.Artigo 46 - Os documentos, dados e informações sigilososserão mantidos em condições especiais de segurança, naforma do regulamento interno de cada órgão ou entidade.Parágrafo único - Para a guarda de documentos secretose ultrassecretos deverá ser utilizado cofre forte ou estru-tura que ofereça segurança equivalente ou superior.Artigo 47 - Os agentes públicos responsáveis pela guardaou custódia de documentos sigilosos os transmitirão aseus substitutos, devidamente conferidos, quando da pas-sagem ou transferência de responsabilidade.

SUBSEÇÃO IIDa Marcação

Artigo 48 - O grau de sigilo será indicado em todas as pági-nas do documento, nas capas e nas cópias, se houver, peloprodutor do documento, dado ou informação, após classifi-cação, ou pelo agente classificador que juntar a ele docu-mento ou informação com alguma restrição de acesso.§ 1º - Os documentos, dados ou informações cujas partescontenham diferentes níveis de restrição de acesso de-vem receber diferentes marcações, mas no seu todo, serátratado nos termos de seu grau de sigilo mais elevado.§ 2º - A marcação será feita em local que não comprometaa leitura e compreensão do conteúdo do documento e emlocal que possibilite sua reprodução em eventuais cópias.§ 3º - As páginas serão numeradas seguidamente, deven-do a juntada ser precedida de termo próprio consignando onúmero total de folhas acrescidas ao documento.§ 4º - A marcação deverá ser necessariamente datada.Artigo 49 - A marcação em extratos de documentos, esboços,desenhos, fotografias, imagens digitais, multimídia, negati-vos, diapositivos, mapas, cartas e fotocartas obedecerá aoprescrito no artigo 48 deste decreto.§ 1º - Em fotografias e reproduções de negativos semlegenda, a indicação do grau de sigilo será no verso enas respectivas embalagens.§ 2º - Em filmes cinematográficos, negativos em rolos con-tínuos e microfilmes, a categoria e o grau de sigilo serãoindicados nas imagens de abertura e de encerramento decada rolo, cuja embalagem será tecnicamente segura eexibirá a classificação do conteúdo.§ 3º - Os esboços, desenhos, fotografias, imagens digi-tais, multimídia, negativos, diapositivos, mapas, cartas efotocartas de que trata esta seção, que não apresentemcondições para a indicação do grau de sigilo, serão guar-dados em embalagens que exibam a classificação cor-respondente à classificação do conteúdo.Artigo 50 - A marcação da reclassificação e da desclassifica-ção de documentos, dados ou informações sigilosos obede-cerá às mesmas regras da marcação da classificação.Parágrafo único - Havendo mais de uma marcação, pre-valecerá a mais recente.

SUBSEÇÃO IIIDa Criptografia

Artigo 51 - Fica autorizado o uso de código, cifra ou siste-ma de criptografia no âmbito da Administração Pública Es-tadual e das instituições de caráter público para asseguraro sigilo de documentos, dados e informações.Artigo 52 - Para circularem fora de área ou instalaçãosigilosa, os documentos, dados e informações sigilo-sos, produzidos em suporte magnético ou óptico, deve-rão necessariamente estar criptografados.Artigo 53 - A aquisição e uso de aplicativos de criptografiano âmbito da Administração Pública Estadual sujeitar-se-ão às normas gerais baixadas pelo Comitê de Quali-dade da Gestão Pública - CQGP.Parágrafo único - Os programas, aplicativos, sistemas eequipamentos de criptografia são considerados sigilo-sos e deverão, antecipadamente, ser submetidos àcertificação de conformidade.Artigo 54 - Aplicam-se aos programas, aplicativos, siste-mas e equipamentos de criptografia todas as medidasde segurança previstas neste decreto para os documen-tos, dados e informações sigilosos e também os seguin-tes procedimentos:I - realização de vistorias periódicas, com a finalidade deassegurar uma perfeita execução das operaçõescriptográficas;

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II - elaboração de inventários completos e atualizados domaterial de criptografia existente;III - escolha de sistemas criptográficos adequados a cadadestinatário, quando necessário;IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autorida-de competente, de qualquer anormalidade relativa ao si-gilo, à inviolabilidade, à integridade, à autenticidade, àlegitimidade e à disponibilidade de documentos, dadose informações sigilosos criptografados;V - identificação e registro de indícios de violação ou interceptaçãoou de irregularidades na transmissão ou recebimentode documentos, dados e informações criptografados.§ 1º - A autoridade máxima do órgão ou entidade da Administra-ção Pública Estadual responsável pela custódia de documen-tos, dados e informações sigilosos e detentor de materialcriptográfico designará um agente público responsável pelasegurança criptográfica, devidamente credenciado, que deveráobservar os procedimentos previstos no “caput” deste artigo.§ 2º - O agente público referido no § 1º deste artigo deveráprovidenciar as condições de segurança necessárias aoresguardo do sigilo de documentos, dados e informa-ções durante sua produção, tramitação e guarda, em su-porte magnético ou óptico, bem como a segurança dosequipamentos e sistemas utilizados.§ 3º - As cópias de segurança de documentos, dados einformações sigilosos deverão ser criptografados, obser-vadas as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.Artigo 55 - Os equipamentos e sistemas utilizados para aprodução e guarda de documentos, dados e informaçõessigilosos poderão estar ligados a redes de comunicaçãode dados desde que possuam sistemas de proteção e se-gurança adequados, nos termos das normas gerais baixa-das pelo Comitê de Qualidade da Gestão Pública - CQGP.Artigo 56 - Cabe ao órgão responsável pela criptografia dedocumentos, dados e informações sigilosos providenciar asua descriptação após a sua desclassificação.

SUBSEÇÃO IVDa Preservação e Eliminação

Artigo 57 - Aplicam-se aos documentos, dados e infor-mações sigilosos os prazos de guarda estabelecidos naTabela de Temporalidade de Documentos das Ativida-des-Meio, oficializada pelo Decreto nº 48.898, de 27 deagosto de 2004, e nas Tabelas de Temporalidade deDocumentos das Atividades-Fim, oficializadas pelos ór-gãos e entidades da Administração Pública Estadual, res-salvado o disposto no artigo 59 deste decreto.Artigo 58 - Os documentos, dados e informações sigilo-sos considerados de guarda permanente, nos termos dosDecretos nº 48.897 e nº 48.898, ambos de 27 de agosto de2004, somente poderão ser recolhidos à Unidade do Ar-quivo Público do Estado após a sua desclassificação.Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no “caput”deste artigo, os documentos de guarda permanente deórgãos ou entidades extintos ou que cessaram suas ati-vidades, em conformidade com o artigo 7, § 2º, da Leifederal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e com o artigo1º, § 2º, do Decreto nº 48.897, de 27 de agosto de 2004.Artigo 59 - Decorridos os prazos previstos nas tabelas detemporalidade de documentos, os documentos, dados einformações sigilosos de guarda temporária somentepoderão ser eliminados após 1 (um) ano, a contar dadata de sua desclassificação, a fim de garantir o plenoacesso às informações neles contidas.Artigo 60 - A eliminação de documentos dados ou informa-ções sigilosos em suporte magnético ou ótico que não possu-am valor permanente deve ser feita, por método que sobrescrevaas informações armazenadas, após sua desclassificação.

Parágrafo único - Se não estiver ao alcance do órgão a elimina-ção que se refere o “caput” deste artigo, deverá ser providenci-ada a destruição física dos dispositivos de armazenamento.

SUBSEÇÃO VDa Publicidade de Atos Administrativos

Artigo 61 - A publicação de atos administrativos referen-tes a documentos, dados e informações sigilosos pode-rá ser efetuada mediante extratos, com autorização daautoridade classificadora ou hierarquicamente superior.§ 1º - Os extratos referidos no “caput” deste artigo limitar-se-ão ao seu respectivo número, ao ano de edição e àsua ementa, redigidos por agente público credenciado,de modo a não comprometer o sigilo.§ 2º - A publicação de atos administrativos que trate dedocumentos, dados e informações sigilosos para suadivulgação ou execução dependerá de autorização daautoridade classificadora ou autoridade competente hie-rarquicamente superior.

SUBSEÇÃO VIDa Credencial de Segurança

Artigo 62 - O credenciamento e a necessidade de conhe-cer são condições indispensáveis para que o agente pú-blico estadual no efetivo exercício de cargo, função, empre-go ou atividade tenha acesso a documentos, dados e in-formações sigilosos equivalentes ou inferiores ao de suacredencial de segurança.Artigo 63 - As credenciais de segurança referentes aos grausde sigilo previstos no artigo 31 deste decreto, serão classifica-das nos graus de sigilo ultrassecreta, secreta ou reservada.Artigo 64 - A credencial de segurança referente à informa-ção pessoal, prevista no artigo 35 deste decreto, seráidentificada como personalíssima.Artigo 65 - A emissão da credencial de segurança competeàs autoridades máximas de órgãos e entidades da Adminis-tração Pública Estadual, podendo ser objeto de delegação.§ 1º - A credencial de segurança será concedida mediantetermo de compromisso de preservação de sigilo, pelo qualos agentes públicos responsabilizam-se por não revela-rem ou divulgarem documentos, dados ou informaçõessigilosos dos quais tiverem conhecimento direta ou indire-tamente no exercício de cargo, função ou emprego público.§ 2º - Para a concessão de credencial de segurança se-rão avaliados, por meio de investigação, os requisitosprofissionais, funcionais e pessoais dos propostos.§ 3º - A validade da credencial de segurança poderá serlimitada no tempo e no espaço.§ 4º - O compromisso referido no “caput” deste artigo persistiráenquanto durar o sigilo dos documentos a que tiveram acesso.

SUBSEÇÃO VIIDa Reprodução e Autenticação

Artigo 66 - Os Serviços de Informações ao Cidadão - SICdos órgãos e entidades da Administração Pública Estadu-al fornecerão, desde que haja autorização expressa dasautoridades classificadoras ou das autoridades hierarqui-camente superiores, reprodução total ou parcial de docu-mentos, dados e informações sigilosos.§ 1º - A reprodução do todo ou de parte de documentos,dados e informações sigilosos terá o mesmo grau desigilo dos documentos, dados e informações originais.§ 2º - A reprodução e autenticação de cópias de documen-tos, dados e informações sigilosos serão realizadas poragentes públicos credenciados.§ 3º - Serão fornecidas certidões de documentos sigilososque não puderem ser reproduzidos integralmente, em ra-zão das restrições legais ou do seu estado de conservação.

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§ 4º - A reprodução de documentos, dados e informaçõespessoais que possam comprometer a intimidade, a vidaprivada, a honra ou a imagem de terceiros poderá ocorrerdesde que haja autorização nos termos item 2 do § 1º doartigo 35 deste decreto.Artigo 67 - O responsável pela preparação ou reproduçãode documentos sigilosos deverá providenciar a eliminaçãode provas ou qualquer outro recurso, que possam dar ori-gem à cópia não autorizada do todo ou parte.Artigo 68 - Sempre que a preparação, impressão ou, sefor o caso, reprodução de documentos, dados e informa-ções sigilosos forem efetuadas em tipografias, impres-soras, oficinas gráficas, ou similares, essa operaçãodeverá ser acompanhada por agente público credenciado,que será responsável pela garantia do sigilo durante aconfecção do documento.

SUBSEÇÃO VIIIDa Gestão de Contratos

Artigo 69 - O contrato cuja execução implique o acessopor parte da contratada a documentos, dados ou informa-ções sigilosos, obedecerá aos seguintes requisitos:I - assinatura de termo de compromisso de manutençãode sigilo;II - o contrato conterá cláusulas prevendo:a) obrigação de o contratado manter o sigilo relativo aoobjeto contratado, bem como à sua execução;b) obrigação de o contratado adotar as medidas de segu-rança adequadas, no âmbito de suas atividades, para amanutenção do sigilo de documentos, dados e informa-ções aos quais teve acesso;c) identificação, para fins de concessão de credencial desegurança, das pessoas que, em nome da contratada, te-rão acesso a documentos, dados e informações sigilosos.Artigo 70 - Os órgãos contratantes da Administração Pú-blica Estadual fiscalizarão o cumprimento das medidasnecessárias à proteção dos documentos, dados e infor-mações de natureza sigilosa transferidos aos contrata-dos ou decorrentes da execução do contrato.

CAPÍTULO VDas Responsabilidades

Artigo 71 - Constituem condutas ilícitas que ensejam res-ponsabilidade do agente público:I - recusar-se a fornecer documentos, dados e informaçõesrequeridas nos termos deste decreto, retardar deliberadamenteo seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de formaincorreta, incompleta ou imprecisa;II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir,inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmen-te, documento, dado ou informação que se encontre sobsua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento emrazão do exercício das atribuições de cargo, emprego oufunção pública;III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações deacesso a documento, dado e informação;IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permi-tir acesso indevido ao documento, dado e informaçãosigilosos ou pessoal;V - impor sigilo a documento, dado e informação paraobter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins deocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;VI - ocultar da revisão de autoridade superior competentedocumento, dado ou informação sigilosos para benefici-ar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros;VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentosconcernentes a possíveis violações de direitos humanospor parte de agentes do Estado.

§ 1º - Atendido o princípio do contraditório, da ampla defe-sa e do devido processo legal, as condutas descritas no“caput” deste artigo serão apuradas e punidas na formada legislação em vigor.§ 2º - Pelas condutas descritas no “caput” deste artigo,poderá o agente público responder, também, porimprobidade administrativa, conforme o disposto na Leifederal nº 8.429, de 2 de junho de 1992.Artigo 72 - O agente público que tiver acesso a documen-tos, dados ou informações sigilosos, nos termos destedecreto, é responsável pela preservação de seu sigilo,ficando sujeito às sanções administrativas, civis e pe-nais previstas na legislação, em caso de eventual divul-gação não autorizada.Artigo 73 - Os agentes responsáveis pela custódia dedocumentos e informações sigilosos sujeitam-se às nor-mas referentes ao sigilo profissional, em razão do ofício,e ao seu código de ética específico, sem prejuízo dassanções legais.Artigo 74 - A pessoa física ou entidade privada que detiverdocumentos, dados e informações em virtude de vínculode qualquer natureza com o poder público e deixar deobservar o disposto na Lei federal nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, e neste decreto estará sujeita às se-guintes sanções:I - advertência;II - multa;III - rescisão do vínculo com o poder público;IV - suspensão temporária de participar em licitação eimpedimento de contratar com a Administração PúblicaEstadual por prazo não superior a 2 (dois) anos;V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratarcom a Administração Pública Estadual, até que seja pro-movida a reabilitação perante a própria autoridade queaplicou a penalidade.§ 1º - As sanções previstas nos incisos I, III e IV desteartigo poderão ser aplicadas juntamente com a do incisoII, assegurado o direito de defesa do interessado, no res-pectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias.§ 2º - A reabilitação referida no inciso V deste artigo seráautorizada somente quando o interessado efetivar o ressar-cimento ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes edecorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV.§ 3º - A aplicação da sanção prevista no inciso V desteartigo é de competência exclusiva da autoridade máximado órgão ou entidade pública, facultada a defesa do inte-ressado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez)dias da abertura de vista.Artigo 75 - Os órgãos e entidades estaduais respondemdiretamente pelos danos causados em decorrência da di-vulgação não autorizada ou utilização indevida de documen-tos, dados e informações sigilosos ou pessoais, cabendoa apuração de responsabilidade funcional nos casos dedolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso.Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se à pes-soa física ou entidade privada que, em virtude de vínculode qualquer natureza com órgãos ou entidades estadu-ais, tenha acesso a documento, dado ou informação sigi-losos ou pessoal e a submeta a tratamento indevido.

CAPÍTULO VIDisposições Finais

Artigo 76 - O tratamento de documento, dado ou informa-ção sigilosos resultante de tratados, acordos ou atos in-ternacionais atenderá às normas e recomendações cons-tantes desses instrumentos.Artigo 77 - Aplica-se, no que couber, a Lei federal nº9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à infor-

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mação de pessoa, física ou jurídica, constante de regis-tro ou banco de dados de entidades governamentais oude caráter público.Artigo 78 - Cabe à Secretaria de Gestão Pública:I - realizar campanha de abrangência estadual de fomen-to à cultura da transparência na Administração PúblicaEstadual e conscientização do direito fundamental deacesso à informação;II - promover treinamento de agentes públicos no que serefere ao desenvolvimento de práticas relacionadas àtransparência na Administração Pública Estadual;III - formular e implementar política de segurança da infor-mação, em consonância com as diretrizes da políticaestadual de arquivos e gestão de documentos;IV - propor e promover a regulamentação do credenciamentode segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e en-tidades da Administração Pública Estadual para tratamentode informações sigilosas e pessoais.Artigo 79 - A Corregedoria Geral da Administração seráresponsável pela fiscalização da aplicação da Lei federalnº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste decreto noâmbito da Administração Pública Estadual, sem prejuízoda atuação dos órgãos de controle interno.Artigo 80 - Este decreto e suas disposições transitóriasentram em vigor na data de sua publicação.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIASArtigo 1º - Fica instituído Grupo Técnico, junto ao Comitêde Qualidade da Gestão Pública - CQGP, visando a pro-mover os estudos necessários à criação, composição,organização e funcionamento da Comissão Estadual deAcesso à Informação.Parágrafo único - O Presidente do Comitê de Qualidadeda Gestão Pública designará, no prazo de 30 (trinta) dias,os membros integrantes do Grupo Técnico.Artigo 2º - Os órgãos e entidades da Administração Públi-ca Estadual deverão proceder à reavaliação dos docu-mentos, dados e informações classificados comoultrassecretos e secretos no prazo máximo de 2 (dois)anos, contado do termo inicial de vigência da Lei federalnº 12.527, de 18 de novembro de 2011.§ 1º - A restrição de acesso a documentos, dados e informa-ções, em razão da reavaliação prevista no “caput” deste arti-go, deverá observar os prazos e condições previstos na Leifederal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.§ 2º - No âmbito da administração pública estadual, areavaliação prevista no “caput” deste artigo poderá ser re-vista, a qualquer tempo, pela Comissão Estadual de Aces-so à Informação, observados os termos da Lei federal nº12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste decreto.§ 3º - Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliaçãoprevisto no “caput” deste artigo, será mantida a classifi-cação dos documentos, dados e informações nos ter-mos da legislação precedente.§ 4º - Os documentos, dados e informações classifica-dos como secretos e ultrassecretos não reavaliados noprazo previsto no “caput” deste artigo serão considera-dos, automaticamente, de acesso público.Artigo 3º - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da vigên-cia deste decreto, a autoridade máxima de cada órgão ouentidade da Administração Pública Estadual designarásubordinado para, no âmbito do respectivo órgão ou enti-dade, exercer as seguintes atribuições:I - planejar e propor, no prazo de 90 (noventa) dias, osrecursos organizacionais, materiais e humanos, bemcomo as demais providências necessárias à instalaçãoe funcionamento dos Serviços de Informações ao Cida-dão - SIC, a que se refere o artigo 7º deste decreto;

II - assegurar o cumprimento das normas relativas aoacesso a documentos, dados ou informações, de formaeficiente e adequada aos objetivos da Lei federal nº12.527, de 18 de novembro de 2011, e deste decreto;III - orientar e monitorar a implementação do disposto naLei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e nestedecreto, e apresentar relatórios periódicos sobre o seucumprimento;IV - recomendar as medidas indispensáveis àimplementação e ao aperfeiçoamento das normas e pro-cedimentos necessários ao correto cumprimento do dis-posto neste decreto;V - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a atuali-zação de pessoal que desempenhe atividades inerentesà salvaguarda de documentos, dados e informações si-gilosos e pessoais.Artigo 4º - As Comissões de Avaliação de Documentos eAcesso - CADA deverão apresentar à autoridade máximado órgão ou entidade, plano e cronograma de trabalho,no prazo de 30 (trinta) dias, para o cumprimento das atri-buições previstas no artigo 6º, incisos I e II, e artigo 32,inciso I, deste decreto. Palácio dos Bandeirantes, 16 demaio de 2012

GERALDO ALCKMIN

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