krishnamurti - cartas à uma jovem
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8/19/2019 Krishnamurti - Cartas à Uma Jovem
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Extraído da Biografia " Krishnamurti " , de P. Jayakar
Tradução de A. Duarte 2002
No período compreendido entre 1948 e o início dos
anos sessenta Krishnamurti achava-se facilmente acessível para
acolher as muitas pessoas que a ele recorriam. E nesse períodofloresceram algumas amizades novas em resultado de passeios
encontros particulares e troca de correspond!ncia mantidos com
ele.
"s cartas que se seguem foram escritas a uma #ovem que o
a$ordou magoada de corpo e alma. Escritas entre %unho de 48 e
&ar'o de () revelam um delicado sentido de compai*+o e
clareza e desdo$ram-se so$ a forma de um con#unto de
instru',es que se pauta so$retudo pela aus!ncia de qualquer
sensa'+o de distncia e separa'+o e por uma fluidez tanto dapalavra escrita como do sentimento terapeutico.
. %a/a0ar
As Cartas
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Procura desenvolver fexibilidademental. A rmeza não reside na orçanem em sermos persistentes mas na
fexibilidade. Flexíveis como são, asárvores são capazes de suportar umtemporal. Procura obter vior deuma mente viva e áil.
A vida pode parecer muito estran!a,
"uando tanta coisa sucede de ormainesperada, por#m, a mera resist$ncianão resolverá problema nen!um.%ecessitamos de innita fexibilidadee sinceridade do coração.A vida assemel!a&se a andar sobre oo da naval!a' devemos percorrer osseus camin!os providos deextraordinária precaução e sensatez.A vida # de uma ri"ueza tãoabundante e c!eia de preciosidades,e no entanto n(s abeirámo&nos delac!eios de insensibilidade, sem saber
como enc!er os coraç)es com essaabund*ncia. Permanecemosinteriormente pobres, mas mesmo"ue essa abund*ncia nos se+aoerecida, recusamo&la.
amor # uma coisa periosapor"ue pode p-r em marc!a a nica
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revolução "ue nos possibilite aelicidade suprema. /as muito poucost$m a capacidade de amar ou se"uer
de dese+ar amor... Preerimos amarnos nossos pr(prios termos e assimazemos do amor uma moeda detroca. Possuímos uma mentalidade deeirantes, contudo o amor não #neociável, nem se"uer moeda de
troca. 0rata&se, ao contrário, de uma"ualidade de exist$ncia capaz deresolver todos os problemas do!omem./as n(s abeirámo&nos da onte comum dedal e por isso a vida torna&seesta coisa aparatosa, insinicante etrivial.
1ue luar adorável a 0erra podiaser, com tanta beleza, tanta l(ria, etodo este encanto imperecível. %(sdeixámo&nos apan!ar nas mal!as da
dor e não cuidamos de sair dissoainda "ue alu#m ven!a e nos aponteuma saída. 2u não sei como nempor"ue razão, mas o amor # capaz denos deixar numa ard$ncia interior,com a acção da sua c!ama
inextinuível. Podemos c!ear de talorma a senti&lo "ue s( apetece
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partil!á&lo com todos, o "ue, nessecaso, azemos de bom rado.Assemel!a&se a um rio portentoso,
cu+as áuas, poluídas pelasimundícies do !omem "ue neledesauam, rea e alimentam aldeiase vilas, para loo se puricarem eprosseuirem velozes. %ada poderá espoliar esse amor
por"ue tudo nele se dissolve & o bome o mau, a ealdade e a beleza. 2le #a nica coisa eterna em si mesma.
A"uelas árvores tão ma+estosaspareciam estran!amente insensíveisao tráeo "ue circulava por a"uelasruas alcatroadas. As suas raízespenetravam undo na terra e as copasexpandiam&se na direcção do c#u.%(s temos, como aliás devemos, asnossas raízes na terra, por#m,ac!ámo&nos su+eitos a raste+ar nela, e
somente uns "uantos são capazes dese elevar aos c#us. 2sses são osnicos indivíduos criativos e elizes'os restantes exploram&se e destroem&se mutuamente, tanto por meio dopesar como da bisbil!otice.
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Abre&te 3 vida. 4onvive com opassado se tiver "ue ser, por#m, nãote debatas com ele. 1uando as
recordaç)es do passado surirem dá&l!es atenção, sem as aastares nemte prenderes demasiado a elas. Aexperi$ncia de todos esses anospassados, com as suas dores ealerias, os seus olpes
estarrecedores, os vislumbres daseparação e o sentido dedistanciamento "ue isso imprime,tudo isso te trará enri"uecimento ebeleza. importante # o "ue sentesno teu coração, mas se este se ac!ara transbordar de sentimento, issoserá tudo o "ue precisas, pois serástudo isso.
5iia todos os teus pensamentos esensaç)es e procura não deixar "uenen!uma sensação ou pensamento se
esvaia sem "ue te d$s conta disso, esem absorveres todo o seu contedo.Absorver não # o termo indicado, masantes, perceber todo o seu contedo.6 como apreender, de uma s( vez,todo o contedo da depend$ncia da
casa onde se entra pela primeira vez,a sua atmosera, o seu espaço.
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Aperceber&nos, termos consci$nciados pr(prios pensamentos # alo "uenos torna intensamente sensíveis,
fexíveis, viilantes.%ão condenes nem ormules +uízos
de valor, mas torna&te bem viilante.7ma vez livre dessa separatividade eesc(ria sucederá uma pureza áurea.
Perceber o 8"ue #8 # alo bastantediícil. 9e "ue orma !averemos deobservar com clareza: 1uando acorrente do rio se deronta com umobstáculo não se det#m' ao inv#s,derruba&o, devido ao seu peso, ouentão avança sobre ele, ou ao seuredor' +amais se det#m nem podeevitar dar prosseuimento ao seucurso. ;evolta&se intelientemente,por assim dizer.2 n(s devemos tamb#m revoltar&nosassim, com inteli$ncia, e aceitar as
coisas como elas são. Aliás, parapodermos perceber 8o "ue #8 teremosde possuir esse espirito de revoltainteliente. %ecessitamos de certainteli$ncia a m de nãoconundirmos um simples pedaço de
pau com outra coisa "ual"uer, por#m,eralmente camos tão ávidos para
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conseuir a"uilo "ue "ueremos "uenos precipitamos de encontro aoobstáculo, despedaçando&nos com o
c!o"ue, ou então exaurimos asenerias a debater&nos com ele.
%ão precisamos de coraem paraperceber uma simples corda comouma corda, na obscuridade da noite'
isso # um processo "ue não exiecoraem. 4ontudo conundir a cordacom uma cobra e de seuida observá&lo com atenção, isso +á # outra coisa<9evemos constantemente duvidar epes"uisar, e perceber o also comoalso. Atrav#s da atenção intensapodemos obter o poder de ver comclareza' vais ver "ue sim.
Precisamos air. rio +amais permanece inactivo'ac!a&se em constante movimento.
/as para sermos capazes de airprecisamos permanecer em estado deneação, pois essa neação produz asua pr(pria acção positiva. ndeexistir fexibilidade não !averá"uestão de certo ou errado. 2 n(s
devemos estar muito seuros dascoisas, intimamente. Asseuro&te de
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"ue nessas condiç)es tudo correrápelo mel!or' obt#m essa clareza everás como as coisas se !averão de
compor sem "ue aças nada arespeito. =implesmente esseresultado não passa pelo "uedese+amos...
0em de se dar uma revolução total
não s( na"uilo "ue se reveste desinicado para n(s mas sobretudonas pe"uenas coisas do dia a dia. 0upassaste por essa revolução por#mnão deves p-r isso para trás dascostas' aplica&l!e a tua atenção./ant#m a coisa em suspenso.
2spero "ue ten!as contemplado as
estrelas na tran"uilidade doentardecer antes de te deitares,ten!as passado uma boa noite, econtemplado o aradável aman!ecer.1uão pouco con!ecemos sobre oamor, sobre a sua ternura e poder
extraordinários, azendo uso tão ácile ratuito da palavra' A maioria
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utiliza&a & o tal!ante, o !omem rico eo +ovem com a sua namorada' mas"uão pouco sabem eles sobre o amor
e a sua imensidão, a sua imortalidadea sua insondável natureza< Amar #obter consci$ncia do eterno.
1ue coisa zemos dorelacionamento, cedendo acilmente a
esse !ábito de tornar toda a relaçãonuma "uestão pessoal, sempre atomar as coisas como certas e aaceitar as situaç)es sem tolerar"ual"uer variação & sem um nicomovimento no domínio da incerteza,ainda "ue por um s( seundo, tãodistraídos "ue nos ac!amos nesse!ábito. 6 tudo tão a+ustado, tãoarantido, tão atado "ue não sobra amenor c!ance de nos reviorarmosnem de respirarmos um alento rescoe reviorante. 2 c!amamos n(s a isso
relacionamento. /as se observarmosde perto, o estado de relacionamento# muito mais subtil, muito mais velozdo "ue o rel*mpao, mais vasto do"ue a 0erra, pois o estado de relação# vida.
A vida # confito< %(s "ueremos "ueas relaç)es se+am essa coisa ordinária
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e assim tornámo&las s(lidas emanipuláveis mas desse +eito elasperdem a sua rar*ncia e sentido de
beleza. 2 tudo isso se dá por nãoamarmos. /as # claro, isso # a coisamais diícil, por"uanto para isso poderocorrer tem "ue !aver um abandonototal de si mesmo.
As "ualidades de novidade erenovação são essenciais' de outromodo a nossa vida acaba por setornar uma rotina, um !ábito, umacoisa aborrecida. A maior parte das pessoas perdeutoda e "ual"uer capacidade deassombro. 0omam tudo como certo eassim esse sentido de seurançadestr(i o sentido de liberdade e oassombro da dvida. %(s semprepro+ectamos um uturo lonín"uo,distante do presente, todavia, a
atenção necessária 3 compreensãositua&se sempre no presente.2ssa atenção comporta um certosentido de imin$ncia. Possuir clarezacom relação 3s nossas pr(priasintenç)es # uma tarea e tanto. A
intenção assemel!a&se a uma c!ama,tal a orma como nos impele
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incessantemente para acompreensão. Procura ter uma noçãoexacta das tuas intenç)es e verás
como tudo se resolverá. 0udo o "ueprecisamos # possuir essa clareza nopresente, por#m não # tão ácil comoparece. 0emos de limpar a terra para asemente nova, mas uma vez "ue esta
se+a lançada á terra, a sua orça evitalidade produzirão ruto, e umaoutra semente.
A beleza externa não pode durarpara sempre mas se perdermos oencanto e a aleria interior entãotoda a beleza acabará obscurecida.Ainda assim, cultivamos a belezaexterior e prestamos muito poucaatenção ao "ue ocorre no íntimo'todavia o "ue reside no interiorsempre acabará por superar o
exterior' # a laarta no interior damaçã "ue destr(i a sua rescura. ;e"uer&se imensa inteli$ncia para"ue um !omem ou uma mul!er sees"ueçam de si pr(prios e vivam +untos sem se submeterem nem
serem dominados pelo outro.
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relacionamento correcto # a coisamais diícil de conseuir na vida.
9e "ue orma estran!a podemostornar&nos susceptíveis a um dadoambiente< 0odos n(s necessitamos deuma certa tensão amiável, umasensação cálida de atenção parapodermos desabroc!ar com
naturalidade e liberdade. Por#m muitopoucos podem dispor de umaatmosera assim e por isso a maiorparte acaba ísica oupsicoloicamente atroada.
/uito me surpreende "ue ten!assobrevivido sem te teres corrompidonesse ambiente particular. Pode&seperceber a razão por "ue escapaste ácompleta ani"uilação "ue te poderiadeixar marcada e alterada. 6 "ue,con"uanto exteriormente te ten!as
a+ustado tão rápido "uanto possível,interiormente, contudo, deixaste&tepermanecer num estado de torpor./as oi essa insensibilidade interior"ue te poupou. =e te tivessespermitido permanecer intimamente
sensível e desperta não terias tido ac!ance de suportar tudo a"uilo por
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"ue passaste e o confito acabaria porocorrer' isso ter&te&ia marcado ederrubado. /as aora "ue a tua
consci$ncia começa a despertar epossuis clareza mental, encontras&telivre de todo o confito inerente a esseambiente. 2 # esse confito "ue cria acorrupção. 2n"uanto interiormentepermaneceres viilante e desperta, e
com relação 3s coisas exteriores tea+ustares com aabilidade,permanecerás isenta de marcas.
As coisas "ue, em sua substituiçãoeleemos, cedo murc!am. Podemosser pereitamente mundanos ainda"ue deten!amos apenas umas"uantas coisas, pois o dese+o depoder & se+a "ual or a orma "ueassuma, o poder do asceta, o poderdo ilustre nanceiro, do político oudo papa > esse poder ainda #
mundano. A *nsia de poder era acrueldade e enatiza a auto&import*ncia' e a aressividadecrescente #, por ess$ncia, coisamundana. A !umildade consiste emsermos simples, por#m toda a
!umildade "ue # cultivada # aindauma orma de mundanidade.
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/uito poucos t$m consci$ncia dasalteraç)es interiores por "ue
passamos? revezes, confitos,deormidades... 2 "uando temos,procuramos p-&la de parte pelo usoda orça, ou então es"uivamo&nos.%ão aças isso. %ão # "ue pense "uepossas az$&lo mas # "ue incorres no
perio de vir a conviver de ormademasiado intensa com os teuspensamentos e sentimentos. 0odaviadevemos procurar ter consci$ncia dosnossos pensamentos e sentimentossem "ual"uer ansiedade ou pressão.Passaste por uma verdadeirarevolução e por isso mesmo deviasprocurar ser consciente deles e deixar"ue sobreven!am sem impedimentonen!um e sem os aastares. 9eixafuir os pensamentos suaves +untocom os violentos, mas procura obter
uma maior consci$ncia deles.
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0ens ocupado alum tempo aavaliar os teus dese+os, se aindapossuis aluns:
mundo # um luar adorável, masainda assim tudo azemos para nosdesviarmos dele, "uer atrav#s daoração "uer da veneração, anelos eanseios pessoais. 2 desse modo como!averemos de descobrir se somos
ricos ou pobres, se +amais c!eamosa penetrar com intensidade na nossavida para descobrir isso 8"ue #8:5ivemos pela rama. =atisazemo&noscom muito pouco e desse modo tantonos tornamos elizes com coisas semsinicado nen!um, comocompletamente inelizes. A nossamente # estreitada por problemas erespostas mes"uin!os, e assim vamosvivendo os nossos dias. %ão sabemoso "ue # amar mas se c!eamos asentir alum # sempre um amor
acompan!ado de temor e rustração,tristeza e ansiedade.
correu&me refectir em como #importante preservarmos a inoc$ncia,possuir uma mente inocente. Ao lono
da vida as experi$ncias tornam&seinevitáveis, "uando não mesmo
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necessárias. A vida # mesmoormada por uma s#rie deexperi$ncias, por#m a mente não
necessita deixar&se sobrecarrearcom o acmulo das exi$ncias daexperi$ncia "uando pode remov$&lase permanecer desse modo inocente eliberta do seu ardo. @sso # importantepor"ue de outro modo a mente não
poderá manter&se resca, viilante efexível. /as não se trata a"ui da"uestão de 8como8 conduzi&la a esseestado' o 8como8 representa a buscade um m#todo, mas nen!um m#todoaluma vez tornará a mente inocente.Pode torná&la mais met(dica por#m +amais inocente nem criativa.
ntem ao entardecer começou ac!over e durante a noite a c!uvaintensicou&se. %unca tin!a visto umacoisa assim. 2ra como se os c#us seestivessem a despe+ar. /as ao mesmotempo a"uela intensidade azia&se
acompan!ar de um proundo sil$ncio,
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um sil$ncio "ue se espal!ava por todaa terra. sempre diícil preservarmos a
simplicidade e a lucidez "uando omundo adora o sucesso? 8"uantomais, mel!or8 & "uanto maior aaudi$ncia mais importante o orador,4oisa "ue acontece com relação aoscolossais ediícios, aos autom(veis,
aos avi)es e mesmo 3s pessoas.Perdemos a simplicidade. As pessoasbem sucedidas não são as "ue estãoa criar um mundo novo. Parapodermos ser verdadeirosrevolucionários re"uer&se umacompleta mudança na mente e nocoração, mas muito poucos "uererãotornar&se livres. 4ortamos apenas asraízes superciais, mas parapodermos eliminar as raízesproundas "ue se nutrem damediocridade e do sucesso, re"uer&se
alo mais do "ue meras palavras,m#todos e compulsão. 2sses parecemser poucos, por#m são eles osverdadeiros criadores & o resto labutaem vão.
2stamos permanentemente acomparar&nos com os outros & a"uilo
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"ue somos com o "ue deveríamosser, ou com "uem # mais aortunado./as na verdade o acto de comparar
ere mortalmente. A comparação #deradante a ponto de nos c!ear acorromper as perspectivas. %oentanto somos criados nela' toda anossa educação baseia&se nacomparação, do mesmo modo "ue a
cultura. 9aí decorre a incessante lutapara nos tornarmos aluma coisaal#m da"uilo "ue somos. /as acompreensão da"uilo "ue somos # o"ue revelará a criatividade, ao passo"ue a comparação produz somenteespirito de competição, crueldade eambição, ainda "ue pensemos "ueisso contribui para o proresso. proresso conduziu&nos a muito maisuerras cru#is e inelicidade do "ueas "ue o mundo aluma vezcon!ecera. A verdadeira educação
consiste em criar as crianças semutilizar a comparação.
Parece estran!o e completamentedesnecessário estar a escrever&te.A"uilo "ue mais conta está a"ui e tu
encontras&te desse lado. As coisasverdadeiras permanecem inalteráveis
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sem "ue se+a necessário "ueescrevamos ou se"uer precisemosalar sobre elas. Pelo pr(prio acto de
as verbalizar ou colocar no papelparece "ue as corrompemos eespoliamos. 2 no entanto dizemostanta coisa "ue não tem nada a vercom elas... 2ste impulso no sentido darealização incita muita ente, tanto
atrav#s de pe"uenas como derandes ormas de expressão.
Podemos sempre satisazer esseimpulso, de um modo ou de outro,mas, com a satisação, as coisasverdadeiras desvanecem&se. Pelomenos # o "ue acontece na maioriados casos, não será mesmo: Asatisação "ue o dese+o proporciona,apesar de ser do nosso inteiro arado,constitui um processo mes"uin!o'por#m, na +usta medida em "ue nos
preocupamos continuamente por criara pr(pria satisação tamb#m damosluar a "ue a rotina e oaborrecimento se instalem, e a "ue acoisa autentica se dissipe. 0odavia # a coisa verdadeira "ue tem
de prevalecer, mas a maravil!a dissoestá em "ue ela prevalece & se não
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subsistir nen!um pensamento derealização e se c!earmos a ver ascoisas como elas são.
6 tão raro carmos a s(s. =emprenos ac!amos rodeados de ente oucom a cabeça a pulular de ideias eesperanças não realizadas ou em vias
de o ser, recordaç)es e tudo o mais.4ontudo # essencial "ue o ser!umano se torne livre de infu$nciaspara "ue possa ocorrer alo livre decontaminação. /as parece não sobrartempo nen!um para carmos s(s,sempre com tanta coisa para azer,responsabilidades e tudo mais... 0odavia # necessário "ue aprendamosa permanecer em sil$ncio, e nosreuiemos no nosso "uarto parapodermos dar alum descanso ámente.
amor az parte desse car s(.Possuir a c!ama desse amor, dessaclareza de espírito e do sil$nciointerior e"uivale a tornar&nos simples.
%o entanto as coisas podem nãoser áceis' "uanto mais exiimos da
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vida mais temível e dolorosa elatende a tornar&se. 5ivermos comsimplicidade, livres de infu$ncias &
con"uanto tudo e todos tendam ainfuenciar & vermo&nos livre dos!umores alternantes e dasexi$ncias, pode não ser ácil mas senão vivermos uma vida de proundatran"uilidade tudo o mais se revelará
til.
c#u proundamente azul possui
tanta claridade e transmite uma talsensação de vastidão intemporal "ueexclui toda e "ual"uer noção deespaço. espaço e a dist*ncia sãocoisa da mente' o 8a"ui8 e 8acolá8são um acto mas, devido 3 acção ouimpulso do dese+o tornam&se actorespsicol(icos.
A mente # deveras um en(menoestran!o de tão complexa, no entanto# essencialmente simples. /as osvários tipos de compulsão psicol(icatornam&na complexa. 2 isso torna&secausa de confito e dor, resist$ncia e
necessidade de obtenção de 8mais8. 2# muito diícil possuir consci$ncia
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disso e permitir "ue isso passe semnos enredarmos no processo.
A vida assemel!a&se a um vasto rioa correr para o mar. A mentesustenta, na sua moldura, as coisasdesse rio, tanto por a"uilo de "ue sedesaz como pelo "ue ret#m' masessa moldura não devia existir pois
pertence ao tempo e ao espaço e #essa moldura "ue cria o 8a"ui8 e8acolá8' a elicidade e a tristeza.
orul!o # uma coisa bizarra,tanto com relação 3s randes causascomo 3s coisas insinicantes. =e+apelo "ue possuímos, pelas nossasrealizaç)es ou virtudes & o orul!o daraça, do nome ou da amília, oorul!o das pr(prias capacidades, doaspecto ou do con!ecimento' tantosomos impelidos a azer com "ue
tudo isso alimente o nosso orul!ocomo nos votamos a correr em buscada !umildade. /as o contrário doorul!o não # !umildade' trata&seainda de uma orma desse mesmoorul!o, a "ue n(s c!amamos
humildade. A consci$ncia de sermos!umildes #, ainda, orul!o. A mente
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sempre procura ser aluma coisa eesorça&se para se tornar isto e maisa"uilo, sem +amais c!ear a sustentar
um estado de ser coisa nen!uma. /asse esse estado se apresentar sob osauspícios de um novo tipo deexperi$ncia, então ela procurará obt$&lo. 0odavia a pr(pria tentativa para sea"uietar representará mais uma
orma de a"uisição. A mente s( devepoder passar al#m de todo o esorço"uando...
s nossos dias são tão vazios, nãoobstante preenc!er&mo&los comactividades de todo o #nero &ne(cios, especulação, meditação,
tristeza, aleria... A despeito de tudoisso as nossas vidas permanecemvazias. ;etire&se ao !omem a suaposição, poder ou din!eiro e a "uecará ele reduzido: 2xternamente elepossuía toda a"uela pomposidade
mas interiormente permanecesupercial e vazio. %ão podemos
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possuir ambas as ormas de ri"ueza aum s( tempo? a interior e a outra. /aso estado de interidade interior
ultrapassa de lone a ri"ueza exterior.9esta podemos n(s ser despo+ados'eventos externos sempre poderãodestroçar o "ue oi cuidadosamenteeruido ou reunido' todavia, ostesouros interiores são incorruptíveis
e nada l!es pode tocar por"ue nãosão uma criação da mente.
dese+o de satisação #extremamente orte e as pessoasperseuem&no a "ual"uer custo. 2ssasede de satisação, se+a em "uedirecção ou sentido or, parece dar&l!es sustento' e se numa determinadadirecção al!ar elas tentarão numaoutra. /as existirá coisa tal comosatisação:
A realização pode trazer&nos um certotipo de satisação por#m desvanece&se em pouco tempo, para "ue, denovo nos vermos no seu encalço./as toda a noção de realizaçãodeixará de existir se compreendermos
o dese+o. dese+o # esse esorço pornos tornarmos, por sermos alu#m' o
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t#rmino desse movimento azdesvanecer todo o esorço pelarealização.
s montes são nicos. 6encantador contemplar a c!uva a cairsobre os montes, as otas de c!uva a
cair sobre a placidez do lao. =empre"ue c!ove sobrevem a"uele aroma aterra e loo sure o coaxar de rãs aosmaotes. 1uando c!ove nos tr(picos,sobrevem um estran!o encanto. 0udoca lavado pela c!uva, o p( dasol!as # arrastado e os riosread"uirem vida e o ulor das áuassoltas a correr.
As árvores azem brotar rebentosnovos e onde antes s( !avia terrabarrenta reaparece a relva verde.=urem insectos aos mil!ares como
"ue do nada e a terra resse"uida #uma vez mais nutrida e parecesatisazer&se e car em paz. solparece perder a sua incid$nciapenetrante e a terra torna&sereverde+ante' um local c!eio de
beleza e abund*ncia.
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!omem continua a criar a suapr(pria inelicidade' s( a terra #renovada na sua ri"ueza, de tal orma
"ue podemos perceber encanto emtodo o ambiente.
uma coisa estran!a "ue a maiorparte das pessoas procure orecon!ecimento e o louvor & se+a o
recon!ecimento do rande poeta, dol(soo ou alum outro "ue nos açadilatar o eo. 4on"uanto isso nostraa enorme satisação, por outrolado, possui muito pouco sinicado. recon!ecimento alimenta&nos avaidade e talvez tamb#m a bolsa,mas, e depois: 0orna&nosexclusivistas' s( "ue a separatividadeinerente a tal condição era os seuspr(prios problemas, "ue depois nãoparam de crescer. 4on"uanto possatrazer&nos satisação, o
recon!ecimento +amais poderáconstituir um m em si mesmo. /as amaior parte das pessoas deixa&seapan!ar por essa *nsia derecon!ecimento e satisação,realização pessoal, e aí o racasso e a
sensação de inelicidade instalam&seinevitavelmente.
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0odavia, o "ue conta # a liberdade'liberdade tanto com relação aosucesso como ao racasso. 9esde
loo, cumpre não procurarmos umresultado, mas uma acçãoempreendida com osto, pois talaeição não acarreta recompensa nemcastio. @sso tornar&se&áverdadeiramente simples se
emprearmos essa aeição.
4omo prestamos tão poucaatenção ao nosso redor e ás coisas"ue devíamos observar e considerar<Ac!amo&nos tão centrados em n(spr(prios e tão c!eios depreocupaç)es em beneício pr(prio"ue nem c!eamos a ter tempo paraa observação ou para a procura dacompreensão. 2ssa ocupação torna&nos a mente embotada esobrecarreada de problemas, repleta
de rustração e tristeza' e depoisprocuramos escapar disso. 0odavia,en"uanto o 8eu8 se ac!ar emactividade terá de resultar semprerustração e embotamento. 2, nestacorrida de loucos, as pessoas deixam&
se apan!ar pela afição desta dorauto¢rada' mas essa dor constitui
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tão s( uma orma total alta deatenção. =( a"ueles "ue oremviilantes e refectidos se verão livres
dessa dor.
1uanto encanto pode um rioad"uirir. 7ma terra sem um rioabundante e vasto +amais poderá ver&se completa. Poder sentar&nos nassuas marens a ver as áuas a correre contemplar as leves ondulaç)es dacorrente, escutar o marul!ar dasondas nas marens, observar asondulaç)es "ue o vento cria nasáuas ou o voo raso das andorin!asem busca de insectos' escutar asvozes 3 dist*ncia ou o menino a tocarfauta na outra marem, na calma do
entardecer, tudo isso nos pacica amente. 9e alum modo, parece "ueas áuas nos puricam e limpam apoeira das mem(rias de ontem etransmitindo&nos a "ualidade da suapureza, tal como a áua em si mesma
# pura.
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rio recebe tudo' os esotos, oscadáveres, a su+idade das cidades poronde passa, não obstante purica&se
no espaço de uns "uantos"uil(metros. 2 tudo isso ele recebesem deixar de permanecer sempresemel!ante a si mesmo, sem sepreocupar a azer a distinção entrepuro e impuro. =omente as poças ou
os laos acabam contaminados pornão possuírem o movimento e a vidados randes rios fuentes earomáticos. 2 a nossa menteassemel!a&se assim a um laoestreito e impuro' # essa pe"uenapoça& a "ue c!amamos a nossamente, "ue a+uíza, pondera e analisa,e "ue, não obstante permanece omes"uin!o oco de responsabilidade"ue #. pensamento pode ter uma ouvárias causas mas em si mesmo # a
raiz disso mesmo. u reaimos demodo natural, ou acabamos por carnum estado de semi&vida. /as oproblema está em não deixar "ueessa acção an!e raízes no presentenem as estenda ao uturo.
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6 natural "ue o pensamentodesponte, por#m, # essencial "ueten!amos consci$ncia dele e o
eliminemos imediatamente' pensarou actuar sobre esse pensamento,examinar&l!e a natureza, # dar&l!eextensão e possibilitar "ue se enraíze./uito importa compreender isso.Perceber a orma como a mente se
entrea ao pensamento representauma reacção ao acto. 2ssa reacçãotorna&se, por sua vez, tristeza, e n(scomeçamos a sentir essa tristeza e apensar no retorno, a contar os dias,etc.' isso ortalece de tal orma opensamento concernente ao acto"ue a mente cria raízes. 9epois,arrancá&las torna&se outro problema,outra ideia. Pensar sobre o uturo #criar raízes no terreno da incerteza.
Ficar verdadeiramente s(s sem
as lembranças e os problemas deontem' car s(s e elizes, semnen!um tipo de compulsão externanem interna, sinica não deixar "uea mente sora "ual"uer interer$nciaen"uanto permanece s(' sinica "ue
ela se+a capaz de sentir ternura eprotecção por a"uela árvore, e ainda
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assim permanece s(. 2stamos aperder os sentimentos pelas árvores eassim estamos iualmente a perder o
aecto pelo !omem. 1uando +á nãosentimos amor pela natureza tamb#mdeixamos de o sentir pelo semel!antee os nossos deuses tornam&se tãomes"uin!os e insinicantes "uanto onosso sentimento de amor. Bevamos
uma exist$ncia de mediocridade' maspara al#m disso tudo existem asárvores, o vasto c#u e as inesotáveisri"uezas da terra.
6 essencial "ue deten!as umamente clara, livre e solta' mas nãopodes ter uma mente penetranteen"uanto subsistir alum tipo detemor, pois o medo obstrui a mente.=e a mente não se derontar com ospr(prios problemas "ue cria, nãopoderá preservar essa "ualidade de
clareza e proundidade. Possuir umamente assim com sentido deproundidade e clareza implica azerace 3s pr(prias peculiaridades eobter consci$ncia íntima com relaçãoaos pr(prios dese+os, de modo
proundo, e az$&lo sem nen!umaresist$ncia. =( assim ela poderá
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possuir essa subtileza sem se tornarmeramente perspicaz. A mente subtil# lenta e !esitante, por#m, não a
mente "ue conclui, a+uíza ou ormula.2 essa subtileza # essencial. 7mamente assim deve saber escutar eesperar' capaz de lidar com o "ue #proundo.
@sso não # para ser conseuido nom, mas tem de prevalecer no pr(priocomeço. 9eves possuir uma menteassim e dar&l!e c!ance dedesabroc!ar prounda ecompletamente, c!ance de sondar odescon!ecido sem tomar nada comocerto nem assumir coisa nen!uma,permanecendo desse modo livre paradescobrir, por"ue s( então poderá serdotada de proundidade ecompreensão. 9e outra ormapermanece&se pela rama.
"ue importa não # provar oureutar uma dada "uestão mas simdescobrir&l!e a verdade. 2 toda a ideiade mudança ou de verdade pode serpercebida somente "uando restar 8o"ue #8. A"uilo 8"ue #8 não # dierente
do pensador' o pensador # a"uilo "ue#, e não existe em separado.
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=e subsistir "ual"uer orma de "uerer,ou "ual"uer orma de esperança porum estado uturo, não conseuiremos
ter paz, por"uanto se existir alum"uerer isso ar&se&á seuir desorimento. A vida # eita devontades. /esmo "ue se possua umanica orma de "uerer isso podeconduzir&nos a um estado de
inelicidade interminável. 2 para amente poder ser livre desse "uerer, eassim con!ecermos esse dese+o,necessitamos azer uso da atenção'todavia, receio "ue isso não se+aexi$ncia "ue se aça.7ma vez "ue o con!eças não deixes"ue se torne um problema por"ueprolonar um problema # permitir "uean!e raízes. %ão permitas "ue talocorra.2sse "uerer nico # toda a dor' elaenerece a vida, e causa rustração e
sorimento. 0em simplesmenteconsci$ncia disso e trata&o comsimplicidade.
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A"ui a propriedade # atravessadapor um riac!o. %ão se trata de umacorrente de áua serena "ue se dirie
para o rio mais caudaloso mas dumriac!o barul!ento e animado. 0odaesta terra ao redor está repleta decolinas e o riac!o dá luar a várias"uedas. %um s( local !á váriascataratas de dierentes tipos de
altura' a maior # a mais ruidosa e asrestantes duas, mais baixas, são demenores dimens)es. 0odas essasdierentes cascatas se encontramdierentemente espaçadas de modo"ue isso era um ruído contínuo. 0emos de prestar atenção parapodermos perceber a melodia "ueaz< Assemel!a&se a uma or"uestra atocar por entre os pomares, a c#uaberto' a melodia está nisso. 0em dese car atento para a perceber' car as(s com as áuas correntes para
poder ouvir essa melodia. 0emos deser tudo o "ue nos rodeia para apodermos escutar? o c#u a terra, asárvores repletas de ol!as a esvoaçarao vento, os campos verde+antes e acorrente de áua' s( então a
escutaremos.
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/as tudo isso envolve demasiadoinc(modo pelo "ue preerimoscomprar um bil!ete e sentar&nos
numa plateia, azer&nos rodear depessoas, e assistir a uma or"uestra atocar ou a alu#m a cantar. 2lesazem todo o trabal!o por n(s'alu#m comp)e uma musica ou umacanção, en"uanto aluma outra
pessoa a interpreta ou canta, e n(spaamos para escutar. 0udo na vida,á excepção de umas "uantas coisas, #de seunda & "uando não mesmo deterceira, ou "uarta? os deuses, apoesia, a política, a musica. 2 por issoa nossa vida torna&se vazia./as, uma vez vazia, loo tratamos dea preenc!er & com musica, com osdeuses ou atrav#s do amor e todas asdemais ormas de escape. 0odavia,esse acto de preenc!imento constituia pr(pria acção de a esvaziar de toda
a ri"ueza de sentido.
A beleza não existe para sercomprada. 2 assim poucos sãoa"ueles "ue a procuram, ou abondade, por"ue o !omem se satisaz
com as coisas de seunda mão. Averdadeira revolução consiste em
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atirar tudo isso para o lixo por"ue s(desse modo poderá c!ear a existircriatividade autentica.
6 estran!o como o !omeminsiste na continuidade de todas ascoisas "ue empreende' se+a natradição, na reliião ou na arte, sem +amais se deter ou começar de novo.=e os !omens não possuíssem um
nico livro ou líder, se não tivessem"uem imitar ou seuir como exemplomas permanecessem completamentes(s, despidos de todo o seu saber,nesse caso teriam de começar doprincípio. 4laro "ue esse acto de sedespirem de si mesmos deve sercompletamente espont*neo evoluntário, por"uanto de outro modoeles enlou"ueceriam ou su+eitar&se&iam a uma orma "ual"uer deneurose. 2 como somente uns poucossão capazes de car completamente
s(s, o mundo prolona a tradiçãoatrav#s das artes, da musica, dapolítica e de 89eus8& o "ue sempreacaba por erar inelicidade. @sso oi o "ue aconteceu com omundo actual. %ada # novo e tanto na
reliião & "ue continua com a vel!a(rmula do medo e do doma & como
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tamb#m na arte & "ue se esorçainrutieramente por encontrar alo"ue se+a novo & s( existe oposição e
contraposição. /as a mente tamb#mnão se renova, permanecendo amesma mente vel!a enredada natradição, no medo, no con!ecimento,na experi$ncia, sempre a esorçar&sepor descobrir o novo. 0odavia a
pr(pria mente # "ue necessita de sedespir completamente para "ue onovo passe a existir. @sso # averdadeira revolução.=opra um vento do sul e aproximam&se nuvens neras de tempestade ec!uva' mas tudo isso avança numacto de auto renovação.
A mul!er do azendeiro cá dosítio levou&l!e um belo exemplar decoel!o, c!eio de vivacidade aespernear, e passado pouco tempo,
en"uanto uma outra comentava serincapaz de presenciar, o !omemmatou&o. 2 a"uilo "ue se ac!avac!eio de vida e bril!o no ol!ar looera esolado pela mul!er. A"ui #costume matar os animais, como de
resto, em "ual"uer outra parte domundo pois a reliião não o proíbe.
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%a Cndia onde durante s#culos ascrianças oram ensinadas a não matar& pelo menos entre os br*manes do
sul & tal coisa constituiria um acto decrueldade, por#m !á muitas outrascrianças "ue, "uando crescem sev$em orçadas pelas circunst*ncias amudar de um dia para o outro a suacultura, e passam a comer carne ou
então tornam&se ociais do ex#rcito,ao serviço da morte. 2m muito poucotempo v$em os seus valores mudadose s#culos de um padrão ancestral decultura são derrubados pela aceitaçãode um novo padrão. dese+o de seurança, sob"ual"uer orma "ue se+a, torna&se detal modo dominante "ue leva a "ue amente se a+uste a todo e "ual"uerpadrão "ue l!e prometa seurança earantia. 0odavia não existeseurança nen!uma e se c!earmos
a compreender isso então passará aexistir alo completamente dierente,"ue criará a sua pr(pria expressão navida. /as essa orma de viver nãopode ser entendida nem copiada'tudo a"uilo "ue podemos azer #
compreender e ter consci$ncia dosaspectos "ue a seurança assume &
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acto esse "ue trará a sua pr(prialiberdade.
4omo a terra # maravil!osa<1uanto mais tomamos consci$nciadisso mais maravil!osa parece tornar&se. A sua cor, as variedades de verdes
e amarelos... 6 espantoso a"uilo "uepodemos descobrir "uando camos as(s com a natureza' não se tratasomente dos insectos e dos pássaros,da relva, das variedades de fores,mas as roc!as, as cores, as árvores eos pensamentos tamb#m, sec!earmos a amar. /as +amaiscamos a s(s com coisa aluma' nemconnosco nem com a terra. 6 ácilpermanecer a s(s com o dese+o seml!e resistir por eeito de "ual"uer actoda vontade, e não deixar "ue isso
resulte numa acção "ual"uer' sem l!epermitir a satisação nem l!e criar ooposto tanto por meio da +usticaçãocomo da condenação' apenas car as(s com ele. @sso era todo umestran!o estado de espirito, livre da
concorr$ncia de todo o tipo de acçãoda vontade. /as a vontade # "ue cria
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resist$ncia e confito. Ficar a s(s como dese+o acaba por produzir umatransormação no pr(prio dese+o.
2xperimenta&o e descobre o "ueacontece, por#m não orces coisanen!uma. 4onsidera isso como aloácil.
1ue coisa entendemos poreducação: Aprendemos a ler e aescrever e obtemos uma t#cnicanecessária para an!armos a vida edepois damos&l!e livre curso. 9esde ain*ncia advertem&nos sobre o "uedevemos azer e pensar, masinteriormente tornamo&nosproundamente condicionados pela
infu$ncia social e ambiental. 2stava a"ui a pensar se nãoseremos capazes de educar o !omemexternamente, deixando&ointeriormente livre & não seremoscapazes disso: %ão poderemos
auxiliar o !omem a tornar&seinteriormente livre diante de
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"ual"uer situação: Por"ue somenteem liberdade poderemos ser criativose, conse"uentemente, elizes. 9e
outro modo a vida torna&se um campode batal!a, tanto interior comoexteriormente.
Por#m necessitamos dum zelo eduma sabedoria admiráveis parasermos livres interiormente. /as
poucos serão capazes de perceber aimport*ncia disso. Preocupamo&noscom o lado externo da actividade aoinv#s da criatividade, e paraalterarmos isso terão "ue existir pelomenos uns poucos "ue compreendamessa necessidade e produzaminteriormente essa liberdade, em simesmos. 6 um mundoverdadeiramente estran!o, estenosso<
@mporta "ue produzamos uma
mudança radical no inconsciente.%en!uma acção conscienteproveniente da vontade volitivapoderá alcançar o inconsciente. 2como não podemos c!ear 3sactividades inconscientes, com as
suas demandas e dese+os, a menteconsciente deve acalmar, a"uietar&se,
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e deixar de tentar orçar oinconsciente seundo um padrão deacção predeterminado. inconsciente
possui o seu pr(prio padrão de acção?"ue # a moldura dentro da "ualunciona. /as essa moldura não podeser rompida por acção externanen!uma, e a vontade # uma acçãoexterna. =e realmente percebermos e
compreendermos isso então a menteexterna poderá permanecernaturalmente im(vel, e por deixar deexistir "ual"uer resist$ncia opostapela vontade poderemos descobrir"ue o c!amado inconsciente começapor si s( a libertar&se das pr(priaslimitaç)es. =( então a totalidade doser !umano sorerá umatransormação radical.
A dinidade # coisa bastanterara. 7m caro ou uma posição de
respeito podem conerir dinidade. como enverar um casaco' o casaco,a peça de roupa, a nomeação,conerem dinidade. /as dispamos o!omem dessas coisas e muito poucosrevelarão essa "ualidade de
dinidade "ue sobrevem com a
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liberdade interior de não ser coisanen!uma. !omem anseia por ser aluma
coisa, "ual"uer coisa "ue ele respeite,e isso conere&l!e posição nasociedade. 4onerimos toda a sortede cateorias a um indivíduo &inteliente, rico, santo, m#dico etc. 0odavia, se não or capaz de se
encaixar numa cateoria "ual"uer,"ue possa ser recon!ecida pelasociedade, ele tornar&se&á umapessoa estran!a. %ão podemospresumir ser dinos nem cultivar adinidade. 0er consci$ncia dadinidade pr(pria # ter consci$ncia den(s, e isso # insinicante emes"uin!o. Não ser ninguémimplica at# mesmo "ue se se+a livredessa ideia.
A verdadeira dinidade não consiste
em nen!uma orma particular nemestado, mas na exist$ncia. 2ssadinidade não nos pode ser tirada' s(pode prevalecer.A verdadeira consci$ncia está empermitirmos o livre curso da vida, sem
deixar nen!um resíduo. /as a mente!umana assemel!a&se a uma peneira
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"ue ret#m certas coisas e deixapassar outras' a"uilo "ue ela ret#mconstitui a medida dos seus dese+os,
mas os dese+os & con"uantoproundos amplos ou nobres, sãosempre estreitos e mes"uin!os,por"ue o dese+o # coisa da mente.
A consci$ncia indivisa sobrevem se
zermos uso da plena liberdade parafuirmos sem restriç)es nem escol!as,e não a retivermos. 2stamos sempre areter impress)es, a escol!er as coisas"ue possuem sinicado e a apoiar&nos perpetuamente nelas. A istoc!amamos n(s experi$ncia, e depoispensamos "ue a multiplicidade deexperi$ncias constitua a ri"ueza davida. /as a ri"ueza da vida reside naliberdade do acmulo deexperi$ncias.
A experi$ncia "ue prevalece ou #
retida impede esse estado isento docon!ecido. con!ecido não constituiesse tesouro mas a mente aarra&se aele e desse modo destr(i e proana odescon!ecido.A vida # uma coisa estran!a. Feliz é
aquele que é ninguém!
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=omos, na rande maioria, criaturasdetentoras de uma prousão de!umores, e poucos são os "ue
escapam a isso. 4om aluns issodeve&se a uma "ual"uer razãoor*nica ao passo "ue com os outrosse trata +á de um estado mental.Apreciamos este estado de altos ebaixos e ac!amos "ue tal estado de
variação de !umores aça parte daexist$ncia, ou então vaamos áderiva, entre um ou outro estado deespirito. 2 são poucos os "ue se nãodeixam prender neste movimento econseuem ver&se livres dostormentos do vir a ser , de modo apossuírem rmeza e sentido deconst*ncia interior > o "ue nãodecorre da vontade mas dumaseurança "ue não pode sercultivada. %ão a seurança "ue nasceda concentração do interesse nem
tampouco o produto de "ual"uerdessas actividades. @sso sobrevemsomente "uando a acção da vontadecessa.
din!eiro corrompe as pessoas.
9epois !á a estran!a arro*ncia dosricos. D excepção de aluns casos, em
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todas as naç)es os ricos possuemessa aura de "uem tudo pode virar aseu avor' parecem at# capazes de
comprar os deuses. 2 a ri"ueza nãol!es sobrevem somente das possesmas tamb#m da capacidade de azercoisas. 8ser capaz8 conere ao!omem uma estran!a sensação deliberdade e á&lo sentir&se dierente e
superior aos outros. 0udo isso l!e dáessa sensação de superioridade demodo "ue se recosta e ol!a os outrosa retorcer&se, sem ter consci$ncia dasua pr(pria inor*ncia nem dainor*ncia da sua pr(pria mente.
0anto o din!eiro como acapacidade oerecem&nos um bomescape para a inor*ncia do eu' analtodo o escape, toda a ua constituemuma orma de resist$ncia, e eram osseus pr(prios problemas. A vida #uma coisa estran!a. Feliz é aquele
que é ninguém!
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4onsidera as coisas de modo ácil,com interidade e viil*ncia interior.%ão deixes "ue o momento se
desvaneça sem ter completaconsci$ncia do "ue ocorre tantointeriormente como ao teu redor.Fre"uentemente isso corresponde asermos sensíveis, não a uma ou outracoisa mas a tudo. =er sensível á
beleza e resistir á ealdade torna&secausa de confito. E medida "ue oresobservando perceberás "ue a menteestá constantemente a +ular >8isto #bom, a"uilo não #' isto # nero ea"uilo # branco8' a +ular as pessoas,a comparar, a avaliar e a calcular.
A mente encontra&se num eternodesassosseo. Poderá, desse modo,observar e ol!ar sem +ulamento nemcálculo: 0enta perceber sem nomeare v$ tão s( se a mente o conseue
azer.2xperimenta&o. %ão orces a mentemas deixa "ue ela se observe a simesma, por si s(. A maioria das pessoas "ue tentatornar&se simples começa pelo
descartar, pela renuncia etc. & pelolado externo das coisas' por#m,
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interiormente, prevalecem em namesma complexidade em "ue viviam.=e possuirmos simplicidade interior o
exterior corresponderá exactamenteao nosso íntimo. /as ser simplesinteriormente # ser livre do dese+o demais, o "ue não sinica sentir&sesatiseito com o "ue seG #. =er livredo dese+o de mais # não pensar em
termos de tempo nem de proresso,nem tampouco alcançá&lo.
=er simples consiste nacapacidade da mente se livrar a sipr(pria de todo o resultado eesvaziar&se de todo o confito. @sso # averdadeira simplicidade.4omo pode a mente debater&se coma ealdade e a beleza, aarrando&se auma ao mesmo tempo "ue se aastada outra: 2sse confito # um actor deexclusão "ue s( a torna insensível.
1ual"uer tentativa "ue elaempreenda a m de descobrir a lin!aindenível entre ambos deverá aindaazer parte de um ou do outroaspecto. /as aça o "ue zer, opensamento não poderá libertar&se
dos opostos, por"ue oi o pensamento"ue criou o belo e o eio, o bom e o
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mau. 9esse modo ele não podelibertar&se das suas pr(priasactividades' tudo a"uilo "ue pode
azer # permanecer im(vel e isentode escol!a. A escol!a # confito e comela a mente v$&se de volta aos seusenredos. A capacidade da mente depermanecer im(vel constitui aliberdade com relação 3 dualidade.
2xiste no mundo enormedescontentamento mas n(s tendemosa pensar "ue uma ideoloia "ual"uer,comunista ou de outra esp#cie, iráresolver tudo ou at# mesmo livrar&nosdesse descontentamento & o "ue, #claro, +amais será possível. comunismo, como "ual"uer outro tipode condicionamento reliioso, +amaispoderá livrar&nos dodescontentamento. %o entantotentamos por todas as vias suocá&lo
ou moldá&lo a m de conseuirmosalum contentamento, por#m, elesempre termina nisso. Pensamos "uese+a errado estar descontente > ou,pelo menos, pouco acertado & todavianão conseuimos livrar&nos do
descontentamento. 2le tem de ser
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compreendido. 0odavia, compreendernão sinica condenar.
Assim, pes"uisa isso e observa tudosem dese+ar alterá&lo nem azer dissoum meio. 0oma simplesmenteconsci$ncia disso á medida "ue issoopera no decorrer do dia' tentaperceber as suas express)es e car a
s(s com isso.
A liberdade sobrevem "uando amente permanece s(. /ant#m amente im(vel e livre de todo opensamento ainda "ue s( por umasimples "uestão de prazer.2xperimenta deixar "ue "ue im(vel,sem tornar a coisa demasiado s#ria esem emprear "ual"uer confito.
2n"uanto andarmos 3 procura darealização !averemos sempre de
sentir rustração. prazer darealização constitui um dese+opermanente mas ainda assim n(sprocuramos a continuidade desseprazer. seu t#rmino constitui&senuma onte de rustração "ue
acarreta dor. 0odavia, uma vez mais amente voltar&se&á para novas ormas
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de realização em dierentes direcç)es,somente para acabar por voltar aconrontar&se com a rustração. 2ssa
rustração # um movimento de autoconsci$ncia, ormada pelo isolamento,pela separatividade e pela solidão./as a mente sempre procuraráescapar disso, rumo a alum outrotipo de realização.
A luta em prole da realização era oconfito da dualidade. /as "uando amente perceber toda a verdade ouutilidade da realização & "ue semprecomporta rustração & somente entãopoderá sustentar um estado desolitude isento de escapes. 2 somente"uando se encontrar nesse estadopoderá então resultar liberdade comrelação a toda a dualidade. Aseparatividade existe em unção dodese+o de realização' a rustração
constitui separatividade. %esse casonão mais ocorrerá c!o"ue alum, pormais uaz "ue se+a. As reacç)espsicol(icas aectam o oranismo etornam&se causa de eeitos adversos. Preserva a resist$ncia íntima.
Procura a rmeza e a clareza mental.=$ tu mesma de modo completo' não
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tentes s$&lo mas s$&o, eectivamente<%ão dependas de ninu#m nem denen!uma experi$ncia ou recordação'
a depend$ncia do passado, com tudoo "ue esse passado possa ter tido dearadável, s( impedirá a tuaexist$ncia completa, no presente. 0oma consci$ncia disso e deixa "ueessa consci$ncia permaneça intacta e
in"uebrantável ainda "ue por um s(momento.
sono # essencial. 9urante o sonoparecemos alcançar proundezas a"ue a mente consciente +amaispoderá merul!ar ou experimentarse"uer. Apesar de não podermosrecordar a experi$ncia extraordináriade um mundo "ue está para al#mtanto da consci$ncia como doinconsciente isso exercerá o seueeito sobre a totalidade da
consci$ncia. Provavelmente isso nãosoa muito claro mas experimenta p-&lo á prova de pois de o leres. Penso existirem certas coisas "uenunca poderão ser esclarecidas poralta de palavras ade"uadas para o
eeito' no entanto, elas ocorrem.
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6 especialmente importante & no "uese reere a ti & "ue deten!as umoranismo "ue não se ac!e su+eito a
mol#stias. 9eves aastar as imaense as recordaç)es aradáveis demodo suave e voluntário, para "ue atua mente se+a livre e se manten!alivre de contaminaç)es para a"uilo"ue conta.
Presta atenção, por avor, ao "ueescrevo. 0oda a experi$ncia, todo opensamento devem cessar a cadadia, a cada minuto, 3 medida "uesurem, de modo "ue a mente nãoestenda raízes ao uturo. @sso #verdadeiramente importante por"ueaí radica a verdadeira liberdade. 2desse modo não sucederádepend$ncia nen!uma por"ue adepend$ncia carrea dor, e estaaecta o oranismo e era a
resist$ncia psicol(ica. 2, conorme!avias reerido, a resist$ncia acarretaproblemas como o da realização, o denos tornarmos pereitos, etc. 0oda aorma de busca envolve a luta, oesorço e o empen!o' por#m esse
empen!o e essa luta terminaminvariavelmente na rustração de
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pretender aluma coisa ou de "uererser alu#m. A *nsia de maisencontra&se no pr(prio processo da
realização, mas como esse maisparece +amais se apresentar diante den(s a sensação de contrariedade e deimpedimento tendem a perpetuar&se.2 isso torna&se causa de mais dor.Assim, voltamo&nos uma vez mais
para aluma outra orma de busca desatisação, com as suas inevitáveisconse"u$ncias.
As implicaç)es "ue a luta e oesorço comportam são vastíssimas,por#m, "ue necessidade teremos deprocurar: 1ue coisa levará a mente aentrar nessa busca interminável:Por"ue razão o ará: 0ens consci$nciade "ue buscas, ou porventuracon!ecerás a"uilo "ue peraz oob+ecto dessa busca: =e tiveres verás
"ue o ob+ectivo da tua busca variaconsoante o período. /as será "uepercebes o sinicado do buscar, comtoda a rustração e dor "ue carrea:Percebes "ue com o alcance dedeterminada coisa raticante
sobrevem a estanação, com suasalerias e medos, com o seu
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proresso e vir a ser: =e tiveresconsci$ncia de te encontrares numestado de busca, será possível "ue a
mente deixe de buscar: 2 se a mentenão mais se ac!ar num estado debusca "ue reacção imediata eautentica deverá ormar:2xperimenta descobrir a respostamas não orces nada nem permitas
"ue a mente se ve+a coaida pornen!uma experi$ncia particularpor"ue nesse caso isso tornar&se&ácausa de ilusão.
Assisti recentemente alu#m "uese encontrava 3 beira da morte.4omo tememos a morte< 9o "uetemos medo # do viver pois nãosabemos como o azer. 4on!ecemos opesar, e a morte assumesimplesmente uma orma denitivadesse pesar. 9ividimos a vida em
viver e morrer e desse modo tem "uesubsistir a dor do morrer, com a suaseparação, solidão e isolamento. Avida e a morte ormam um nicomovimento e não são estáiosisolados. 5iver # morrer & morrer para
cada coisa, a m de se poderrenascer a cada dia. @sto não # uma
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simples declaração te(rica mas alopara ser vivido e experimentado. /as# a vontade, esse constante dese+o de
ser alu#m, "ue destr(i a simplescondição de 8existir8. 2sse estado de8existir8 # completamente distinto daletaria da satisação, da realização edas conclus)es da razão. 2ssacondição de existir inora toda a
consci$ncia de 8eu8. 1ual"uer droa,interesse, estado de absorção ou decompleta identicação poderãoconerir o estado dese+ado mas issoainda constituirá uma orma deconsci$ncia de si. verdadeiro existirreside na cessação da vontade.2xperimenta isso e comprova&o comsatisação.
6 ainda bastante cedo e o c#u +á seapresenta de um azul muito claro esereno. As nuvens parecem ter&sedesvanecido por#m ainda podemreressar 3 medida "ue o dia se or
prolonando. 9epois de todo este rio,vento e c!uva, a primavera irromperá
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novamente. 2la tem vindo a insinuar&se suavemente, a despeito dos ventos#lidos, mas aora as ol!as e os
rebentos começam a brotar. 1uecoisa maníca a terra #< 2 como sãobelas todas as coisas "ue delaprov$m & as roc!as, os ribeiros, asárvores, a relva, as fores e todas ascoisas inesotáveis "ue produz. =( o
!omem se afie, somente ele destr(ia sua esp#cie, s( ele explora, tiranizae destr(i o vizin!o. 6 ele o maisineliz e a"uele "ue mais se su+eita aosorimento' # o mais inventivo e onico a con"uistar o tempo e oespaço. Por#m, a despeito de todas assuas capacidades e dos seusmanícos templos e ire+as,mes"uitas e catedrais, vive naspr(prias trevas "ue cria. s seusdeuses são a representação dos seustemores, e os seus aectos o refexo
dos seus (dios. 2m "ue mundo maravil!osopodíamos tornar a terra, sem todasessas uerras nem medos. /as de"ue servirá toda esta especulação, senão possui "ual"uer utilidade:
"ue conta # o descontentamentodo !omem, esse incontornável
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descontentamento. 0rata&se isso sim,de uma coisa preciosa, uma jóia derande valor. 4ontudo, tememo&lo e
tratamos de o dissipar, ou dele tirarpartido, permitindo "ue se+a utilizadode modo a produzir determinadosresultados. 2le apavora o !omem e,no entanto, representa uma +(iapreciosa, independentemente de ser
destituída de valor.5ive com ele e observa&o no dia a dia,sem intererir nos seus movimentospor"ue então ele será como umac!ama acesa "ue infamará toda aesc(ria e libertará a"uilo "ue nãopode conter abrio nem medida. 7sade sensatez ao ler isto.
!omem rico possui mais do "ue osuciente en"uanto "ue o pobrecontinua esomeado e em constantebusca de alimento, a esorçar&se a
trabal!ar toda a sua vida. A"uele "uenão possui nada, torna a sua vida, oumel!or, permite "ue ela se torne ricae criativa en"uanto "ue o "ue possuitodas as coisas deste mundo parecedissipar&se e murc!ar. 9ai a um
!omem um bocado de terra "ue eleloo a embelezará e tornará
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produtiva, onde "ual"uer outro anelienciaria e deixaria aoabandono, a den!ar, do mesmo
modo "ue ele.
Possuímos innitas capacidades "uepodemos emprear em "ual"uerdirecção, tanto para descobrir oinominável como para criar o inerno
na terra. Por#m, por uma razão"ual"uer, o !omem preere erar (dioe inimizade. 2 # bastante mais ácilodiar ou ser inve+oso, dado "ue asociedade se baseia na busca demais, e assim o !omem tende avoltar&se para todas as ormas dea"uisição. 9esse modo dá&se umaluta inndável, luta essa "ue sempresai +usticada e enobrecida. A vida # dotada de uma ri"ueza deprousão ilimitada, se não or vividacom base na luta ou na vontade, mas
com aus$ncia de escol!a. /as essaorma de viver torna&se impossível"uando toda a nossa cultura resultado esorço, da luta e da acção davontade. Para "uase toda a ente avida torna&se entediante se não
comportar a acção da vontade'simplesmente não possuirá sentido
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nen!um se or destituída de "ual"uertipo de ambição. Por#m existe umviver livre da acção da vontade e da
escol!a. 2ssa vida todavia s(assumirá contornos "uando apreval$ncia da vontade ceder. 2spero"ue não te importes por reerir tudoisto' se assim or l$&o e escuta&o comtodo o prazer "ue puderes.
sol tem estado a tentar irromperpor entre as nuvens, o "ue
provavelmente conseuirá por todo odecorrer do dia. %um dia az umtempo primaveril e no dia seuinte +á# "uase inverno. tempo pareceespel!ar os !umores do !omem, oraespirituosos ora depressivos, com
toda a altern*ncia entre aobscuridade e a luz temporária. 6
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estran!o, sabes, "ue en"uantoansiamos por liberdade tudo açamospara nos escravizarmos. Perdendo
toda a iniciativa, tratamos de procurar"uem nos a+ude ou conduza, a m denos tornarmos enerosos e pacícos.Procurámo&lo atrav#s dos urus, dosmestres, dos salvadores e da"ueles"ue praticam a meditação.
Alu#m comp)e uma excelentemsica para ser interpretada poroutros en"uanto n(s nos limitamos aescutá&la ou a critica&la tirandoproveito disso.=omos a audi$ncia "ue observaactores, +oadores de utebol, a telade cinema. Bemos a poesia escrita poroutros ou então "uedamo&nosbo"uiabertos diante do "ue os outrospintaram. %(s não possuímos nada e +ustamente por isso voltamo&nos paraos outros a m de encontrarmos
entretenimento, em busca deinspiração, a+uda ou salvação. Acivilização moderna está a destruir&nos cada vez mais e a esvazia&nos detoda a criatividade. =endo n(spr(prios interiormente vazios,
voltamo&nos para os outros a m de"ue nos enri"ueçam e assim o nosso
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vizin!o tira vantaem disso e explora&nos, ou então procuramos n(s tirarvantaem dele.
1uando tomamos consci$ncia dasmuitas implicaç)es envolvidas noacto de nos voltarmos para os outroslibertamo&nos, e essa mesmaliberdade representa o começo da
criatividade. 2ssa liberdade # "ueconstitui a verdadeira revolução e nãoa"uela outra aparente doa+ustamento social e econ(mico'essas ormas de revolução são umoutro aspecto da escravidão. 0odavia, a nossa mente criape"uenas ortalezas de seurança.1ueremos ter a absoluta certeza comrelação a todas as coisas, sentir&nosseuros nos nossos relacionamentosrealizaç)es e esperança "uedepositamos no nosso uturo. 4riamos
estas verdadeiras mural!as interiorese depois amaldiçoamos "uem "uer"ue nos perturbe. 6 estran!operceber como a mente sempre estáem busca de um campo em "ue seve+a ao abrio do confito e da
perturbação. Assim a nossa vidatorna&se este constante movimento
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de rompimento e reabilitação dessaszonas de seurança, sob as maisvariadas ormas. 2 assim tamb#m, a
nossa mente torna&se lenta e pesada. A liberdade consiste em não possuirseurança nen!uma, se+a de "ueesp#cie or.
Possuir uma mente sucientemente
tran"uila e im(vel > "ue não sorauma nica futuação do pensamento &# a coisa mais espantosa. /as, claro,a tran"uilidade mental não # essaserenidade da mente tornada morta.A mente pode ser tornada imobilizadapela acção da vontade, mas poderádesse modo, aluma vez possuirproundeza +ustamente em toda alin!a de ser a"uilo "ue #: 6verdadeiramente espantoso o "uepode ocorrer "uando ela permaneceassim em sil$ncio. %esse estado, toda
a consci$ncia & constituída por sabere recon!ecer & deixa de existir, pois abusca instintiva da mente e damem(ria alcança um t#rmino. 2torna&se bastante interessante ver omodo como a mente empreende o
seu mel!or para reter esse estadoextra mundano, "uer por meio do
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pensamento e da verbalização, "uerdo recurso ao uso da simboloia. Para"ue esse processo cesse de modo
espont*neo e natural precisamosmorrer para todas as coisas. /asmorrer # coisa "ue não "ueremos edesse modo prevalece uma condiçãode luta inconsciente, luta essa a "uec!amamos vida. 4!ea a ser uma
coisa bizarra "ue a maioria daspessoas procure impressionar osdemais "uer por interm#dio das suascon"uistas, "uer da sua esperteza,dos livros "ue publicam e de todos osmeios "ue empream para searmarem.
4omo tens passado: s teus dias
t$m passado velozes como a
lançadeira do tecelão ou será "uevives cada dia como um mil!ar de
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anos: 6 estran!o como para a maioriadas pessoas o aborrecimento # umacoisa tão concreta' por isso t$m de
estar continuamente a azer alo,ocupadas com "ual"uer actividade & olivro, a cozin!a, as crianças ou89eus8. 9e outro modo v$em&seentreues a si mesmas, o "ue #bastante aborrecido. 2 se por acaso
isso ocorre tornam&se auto¢radase enadon!as, mal !umoradas. 7mamente desocupada & não a menteneativa nem a"uele estado demente em branco & mas a menteviilante e passiva, completamentevazia, # uma coisa soberba, edetentora de innitas possibilidades.s pensamentos podem serastidiosos, enadon!os e totalmenteisentos de criatividade. 9eterminadopensamento pode revelar&seextremamente bril!ante, por#m, a
esperteza assemel!a&se a uminstrumento anado "ue cedo sedesastará, e isso refecte a razãopor"ue as pessoas espertas são maisou menos embotadas. 9eixa "ue sobreven!a uma mente
desocupada sem teres de azerdeliberadamente nada para "ue isso
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ocorra' deixa "ue isso suceda aoinv#s de ser cultivado. B$ isto comatenção e deixa "ue isso ocorra com
naturalidade. 2scutar ou ler sobreuma mente desocupada # importante,exactamente da mesma orma "ue 8omodo como ler e escutar8. A"uilo "ueimporta # "ue possuas um tipocorrecto de exercício, durmas bem e
leves uma vida diária c!eia desinicado. 4ontudo, escorreamoscom demasiada acilidade para arotina e aí passamos a uncionardentro de um padrão de satisaçãopessoal, ou num padrão de correcçãoauto&imposta. 0odos esses padr)esconduzem invariavelmente a umden!ar inexorável e a uma mortelenta. Por#m se passarmos o dia deorma proveitosa, sem compulsãonem temor, sem comparação nemconfito de "ual"uer esp#cie, se
permanecermos simplesmenteatentos, isso tornar&se&á esp#culo detoda a criatividade.
Há certos momentos raros, sabes,em "ue podemos ser levados a senti&
lo, por#m, a maior parte da nossavida # eita de lembranças corrosivas,
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rustração e esorço vão, en"uanto"ue a coisa "ue importa se esvai.7ma nuvem de entorpecimento tende
a cobrir tudo en"uanto "ue a"uilo "ueconta se vai desvanecendo. 2realmente torna&se bastante árduopenetrar essa nuvem e expor&se 3sinela claridade da luz.Percebe somente o "ue te expon!o e
isso será tudo o "ue precisarás azer.%ão procures ser simples por"ue essatentativa s( produz maiscomplexidade e inelicidade. 0entars$&lo sinica tornar&se, e isso #sempre dese+o, possuidor das suasrustraç)es.
6 muito importante "ue noslibertemos de todo o tipo de c!o"uesemocionais e psicol(icos, o "ue nãosinica "ue devamos assumir umaposição de infexibilidade aspereza
com relação aos dierentesmovimentos da vida. =ão essesc!o"ues "ue radualmente criamcertas ormas de resist$ncia, o "uepor sua vez oriina variados tipos dedoença. A vida # constituída por uma
s#rie de eventos, tanto dese+áveiscomo indese+áveis' en"uanto n(s
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escol!ermos o "ue deve serpreservado do "ue deve ser re+eitado,terá de !aver confito da dualidadeG o
"ue, por sua vez, constitui o c!o"ue.2 essas ormas de c!o"ue endurecema mente e o coração' isso torna&seum processo de clausura auto&imposta eradora de sorimento. Parapermitirmos "ue o movimento da vida
se implante sem escol!a nemmovimento parcial alum & dese+ávelou indese+ável& necessitamos deenorme capacidade de atenção. %ãose trata de permanecermosconstantemente atentos, o "ue setornaria enadon!o, mas, ao inv#s, depercebermos a necessidade e averdade da atenção, por"ue nessecaso perceberás "ue a pr(prianecessidade opera sem "ue ten!asde te orçar a car atenta.
Podemos ser muito via+ados ou tersido educados nas mel!ores escolas,nas mais variadas partes do mundo,respeitar a mais correcta orma dealimentação, instrução e at# o mel!orclima, mas aluma dessas coisas nos
tornará intelientes: %(s con!ecemosente assim, mas serão essas
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pessoas intelientes: s comunistas,do mesmo modo "ue os cat(licos,t$m vindo a tentar & tamb#m á
semel!ança de outros & controlar emoldar a mente. pr(prio acto demoldar a mente provoca certoseeitos como uma maior eci$ncia,uma certa rapidez e vivacidademental, todavia nen!uma destas
dierentes capacidades dará luar 3inteli$ncia. =erão intelientes aspessoas instruídas, a"uelas "uepossuem imensa inormação econ!ecimento ou as "ue possuemormação cientíca: %ão te parece"ue a inteli$ncia se+a uma coisacompletamente dierente: %averdade a inteli$ncia # a completaliberdade do medo. A"ueles cu+amoralidade se baseia na seurança,sob "ual"uer orma "ue se+a, não t$mmoral por"ue o seu dese+o de
seurança # o resultado do medo. medo, e o constranimento a "ue
obria a "ue n(s c!amamos moralG,não são nada morais por certo. Ainteligência reside na completaliberdade do medo. A inteli$ncia
não sinica respeitabilidade, comotamb#m não sinicam as diversas
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virtudes cultivadas por interm#dio domedo. Pela compreensão do medopassará a existir alo "ue #
completamente dierente dasormulaç)es da mente.
6 (ptimo experimentarmos aidenticação. /as, de "ue modoazemos a experi$ncia de uma
determinada coisa: 9esde a maissimples at# á mais complexadizemos? 8isto # meuI, Jas min!assandálias, a min!a casa, a min!aamília, o meu trabal!o, o meu 9eus8.4om a identicação sobrevem a lutapela preservação disso. 9epois,conter esse processo torna&se um!ábito e "ual"uer perturbação "ueameace romper esse !ábito dá luar3 dor. 2 no nal ainda temos de lutarpara ultrapassar essa dor. Por#m essesentimento de 8meu8, essa
identicação az parte de umprocesso contínuo. =e realmenteexperimentarmos perceber isso ecarmos somente atentos semnen!uma vontade de o mudar ouescol!er, descobriremos muitas
coisas surpreendentes na nossanatureza.
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A mente # o passado, a tradição, aslembranças "ue constituem as
undaç)es de toda a identicação.=erá pois "ue a mente, tal "ual acon!ecemos aora, poderá operarsem esse processo de identicação:P)e&no em prática a m de poderesdescobrir. Procura ter consci$ncia dos
movimentos da identicação nascoisas comuns do dia a dia e nascoisas mais abstractas. Podemosdescobrir coisas estran!as, como omodo como o pensamento nos oeou como nos prea partidas.
9eixa "ue a atenção se ocupe emperseuir o pensamento peloscorredores da mente, prosseuir noseu encalço e o desvele, isenta deescol!a. 9a orma como nos en"uadramos #
particularmente diícil ser livres dodese+o, e deixar de ansiar por certascoisas e acontecimentos' nãocomparar, basicamente. /as adespeito das dierentes condiç)es edese+os por "ue passarmos certo #
"ue continuaremos a comparar.=empre ansiamos "uer por mais "uer
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por menos' pela continuidade de um"ual"uer prazer e por evitar toda dor. mais interessante, por#m, # isto?
Por"ue razão cria a mente um centroem si mesma, em torno do "ue tendea passar a mover&se e a an!ar o seuser: A vida # eita de mil e umainfu$ncias e press)es inumeráveis,tanto conscientes como
inconscientes. /as por entre essaspress)es e infu$ncias n(sescol!emos umas "uantas edescartamos as demais, e dessemodo vamos construindoradualmente esse centro, sempermitirmos "ue tais press)es einfu$ncias passem por n(s sem nosaectarem. 9eixamo&nos aectar portodo tipo de press)es e infu$nciascu+o eeito pode ser tido na conta deben#co ou não, mas parecemosincapazes de observar e ter
consci$ncia dessa pressão deixandode tomar parte nela de um ou outromodo, da orma como tendemos aresistir&l!es e a acol!e&las. 2ssaresist$ncia, esse acol!imento torna&seo centro a partir do "ual aimos.
/as será a mente capaz de deixarde criar esse centro: =( poderemos
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encontrar a resposta na experi$ncia enão atrav#s da armação nem daneação. Por isso experimenta&o e
descobre se assim não será. 4om ot#rmino desse centro passará a existiruma liberdade aut$ntica.
Fre"uentemente tornamo&nosaitados, ansiosos e por vezes at#c!eamos a car assustados. 2ssascoisas acontecem por"ue azem partedos acidentes da vida. A vidaassemel!a&se a uma n#voa' aindaoutro dia azia sol e aora c!ove e azrio' essas mudanças constituem o
inevitável processo do viver.=ubitamente, "uando menosesperamos, somos acometidos pelaansiedade e pelo temor. Podem existircausas denidas para "ue tal ocorra >causas essas ocultas ou bastante
evidentes & e podemos at# descobri&las se zermos um pouco de uso da
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atenção. Por#m, a"uilo "ue realmenteimporta # termos noção destesacidentes ou incidentesG e não l!es
darmos tempo de se enraizarem "uerpermanente "uer temporariamente. /as "uando a mente começa acomparar e a +usticar&se, a condenarou a aceitar, aí damos luar a "ueessas reacç)es se enraízem no seu
campo. =abes, no íntimo, temos depermanecer continuamente de p#sbem assentes livres de tens)es. /as"uando procuramos um resultado atensão desperta e desse modo, umavez mais a"uilo "ue sure tende aprovocar tensão, tensão essa "ue porsua vez terá "ue ser rompida. 9eixa"ue a vida fua.
@nelizmente # tão ácil
acostumarmo&nos a tudo, tanto a umdado desconorto, como a umarustração ou mesmo 3 satisaçãocontínua. =omos capazes de a+ustar&nos a "ual"uer circunst*ncia, tanto áalienação como at# mesmo á
reclusão. A mente sente predilecçãoem operar na rotina, no !ábito, e
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depois c!amamos a esse actividadevida. Por#m, "uando o descobrimostendemos a romper com tudo e a
procurar levar uma vida semsinicado, destituída de amarras einteresses. =e não ormossucientemente viilantes,perceberemos "ue os variadosinteresses nos conduzem de volta a
um padrão de vida repetitivo. /as emtudo isso podemos perceber a acçãoda vontade directa a operar & avontade de ser, a vontade dealcançar, de se tornar alu#m, etc. Avontade constitui o pr(prio centro daescol!a, mas en"uanto prevalecer, amente s( poderá uncionar dentro dos!ábitos, tanto a"ueles impostos comoos erados por si. A liberdade dessavontade constitui o verdadeiroproblema por"ue podemosdeliberadamente enanar&nos
acreditando ser livres da vontade,desse centro do 8eu8 "ue escol!e & eisso prosseuir, ainda "ue sob umnome dierente, ou uma outra capa.1uando percebemos o verdadeirosinicado do !ábito, o sinicado de
nos acostumarmos ás coisas > doescol!er, nomear, dar seuimento a
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um interesse etc.& somente "uandotivermos atenção para com issopoderá ocorrer o verdadeiro milare,
a cessação da vontade. 2xperimenta&o. 0oma consci$ncia de tudo isso demomento a momento sem dese+o dec!ear a um resultado "ual"uer.
s c#us do sul são
extraordinariamente dierentes dos donorte. A"ui em Bondres, para variar,não se vislumbra uma nica nuvempor este suave c#u azul, e as árvorescomeçam +ustamente a revelar tonsde verde. A primavera começa airromper mas em contrapartida oambiente mostra&se carrancudo e as
pessoas não revelam tanto *nimo,como no sul. 7ma mente sucientementetran"uila, viilante e c!eia devivacidade constitui uma verdadeirabenção. 6 como uma terra rica e
c!eia de mil possibilidades. 1uandose tem assim uma mente "ue não
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compara nem condena, então #realmente possível "ue essaimensurável ri"ueza c!eue a existir.
%ão permitas "ue a umaça dames"uin!ez te suo"ue, deixa "ue asua c!ama ven!a ao de cima. 0ens decontinuar a deitar para ora e adestruir sem deixar "ue isso an!e
raízes. %ão deixes "ue nen!umproblema se enraíze mas p)e&l!e mimediatamente para poderes acordara cada man!ã resca, re+uvenescida einocente...
=$ sensata e toma uma resoluçãocom relação á tua sade. %ãopermitas "ue nem a emoção nem osentimento interram com a tuasade em menosprezo das tuasactividades. A mente e o coração sãoconstantemente moldados por
demasiadas press)es e infu$ncias'tem pois atenção e abre camin!o porentre isso tudo sem te tornaresescrava do processo. 9eixar&seescravizar # tornar&se medíocre.9eixa "ue a mente se infame pela
percepção e desperte.
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2nrenta o medo, convida&omesmo, sem te deixares surpreenderde orma inesperada e sbita por ele'
enrenta&o constantemente,perseue&o de orma resoluta e comdili$ncia.
2spero "ue te encontres de sade enão "ues apavorada com tudo isso"ue te está a acontecer, pois
provavelmente pode ser curado'estamos a encamin!ar&nos nessesentido. %ão deixes "ue te apavore.
Pode ocorrer um lento den!arinterior e pode ser "ue, tomando ounão consci$ncia disso, te tornesneliente. =empre pesa sobre n(sessa vaa de deterioração, nãoimporta de "uem se trate. /as parapodermos alçar&nos á sua rente eazer&l!e ace de uma orma isenta dereacç)es re"uer&se enorme eneria. 0odavia ela s( sobrevem "uando não
subsistir mais nen!um confito,consciente ou inconscientemente.Permanece viilante.
%ão permitas "ue os problemas seenraízem, mas avança rapidamente e
abre camin!o pelos seus fancosexactamente como uma lamina a
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cortar manteia. %ão permitas "uedeixem marcas mas termina com elesimediatamente.
%ota&se distintamente "ue passastepor uma mudança' possuis maisvitalidade interior, mais orça edestreza mental. /ant#m&te assim edeixa "ue isso opere' dá&l!eoportunidade de fuir de uma orma
prousa e extensa. %ão te deixessuocar pelas circunst*ncias,aconteça o "ue acontecer, "uerdevido 3 amília ou 3 tua condiçãoísica. Alimenta&te com reularidadee az exercício' não te tornes rouxa.1uando atinires um certo nívelpersevera e não te deixes car por aí'ou se avança ou se retrocede. %ão sepode car estático.
4avalaste essa vaa interior erecol!este&te ao teu íntimo por
demasiados anos, e aora devesavançar para o exterior e expandir&te,ir ao encontro das pessoas.
0en!o meditado bastante, o "ue
tem sido (ptimo. 2spero "ue tamb#mo aças. 4omeça por dar atenção a
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cada pensamento e sensação duranteo dia, atenção ao c#rebro e aosnervos. 9epois deixa&te car bem
serena e im(vel & nen!uma orma decontrole o poderá conseuir. 2 então averdadeira meditação começará. 0enta azer isso com delicadeza. Aconteça o "ue acontecer nãopermitas "ue o oranismo modele a
natureza da mente. 0em atenção pelooranismo e alimenta&tecorrectamente mas !abitua&te arecol!er&te a certas !oras do dia. %ãodeslizes nem permitas "ue ascircunst*ncias te escravizem.9esperta e torna&te extraordinária!
Apêndice 1
%andini /et!a atravessavaproblemas no casamento "ueestavam a conduzi&la muitorapidamente a uma crise. Apenas uns"uantos meses ap(s ter con!ecidopessoalmente Kris!namurti,
maniestara ao marido a vontade de
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levar uma vida de celibato. A situaçãoexplodiu de orma inevitável pois =ir4!unilal /et!a seu soroG acabou
por car urioso ao sentir&se divididona aeição "ue sentia tanto pelo seul!o como pelo mestre' tornou&seamplamente aceite "ue osensinamentos de Kris!namurti atin!am infuenciado a cortar todo o
contacto ísico com o marido. actooi encarado como um acto deimaturidade da parte dela, e ac!arammesmo "ue essa sua atitude s( podiater sido suscitada na base dessainfu$ncia. marido ainda procurou aintervenção de Kris!namurti naesperança de "ue este persuadisse aesposa a mudar de ideias, e "ue otempo e a sua aus$ncia pudessemalterar a"uela decisão capric!osa.Por#m, tudo em vão....G
s l!os oram&l!e tirados e certodia, +á noite adentro, esmaada decorpo e alma e anustiada pela perda"ue sorera, ela acabou porabandonar a casa e ir para a mãe. %a
man!ã a seuir saiu 3 procura deKris!namurti, mas, devido a "ue este
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procedesse aos preparativos parauma via+em, coisa "ue aria dentro deum ou dois dias, disse&l!e? 8
Permanece s(. =e o teu procedimentoproceder de uma base de proundapercepção pessoal, e sentires demodo intenso "ue a"uilo "uedecidiste # a coisa acertada entãoarro+a&te a aceitá&lo. %esse caso as
correntes puricadoras da vida !ão dede te dar suporte e sustentação.Por#m se te deixaste infuenciar, "ueo c#u ten!am compaixão de ti.%inu#m # mestre de ninu#m
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abandonar toda a preocupação. 2laacabou num pranto, por#m, aspalavras dele emudeceram&l!e os
temores. 4onsciente das conse"u$ncias "ueadviriam, "ual"uer "ue osse aatitude "ue tomasse com respeito ásua separação, eu procureiKris!namurti para l!e dizer "ue
apesar de ela ter decidido nãoretornar 3 sua casa não devíamospermitir "ue em circunst*ncia alumase procedesse a "ual"uer acção leal,não obstante a necessidade de denira cust(dia dos l!os. 4omo o maridonão apresentava outra desculpa, onome de Kris!namurti acabaria porvir a car liado 3 "uestão, como ainfu$ncia por trás da sua atitude derenncia a um normal desempen!oda actividade sexual. 2le ol!ou&medurante alum tempo e depois
peruntou&me?8Acaso estarás a tentar proteer&
me:8 2ntão, erueu os braços numesto elucidativo? 82xistem seresmuito mais elevados para meproteem. %ão vaciles. Faz a"uilo "ue
or acertado para ela e para os l!os.As crianças são o "ue mais conta. %ão
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importa "ue ela an!e ou perca acausa, mas se or acertado entãodeveis lutar8.
%o devido tempo ela acabou pormover uma acção leal contra omarido clamando por separação epela cust(dia leal dos l!os, combase no apelo 3 met(dica cruezautilizada por ele. A sua l!a tin!a +á
nove anos, o l!o mais vel!o sete e omais novo tr$s. caso oi a tribunal eoi marcada uma audi$ncia para ooutono de LMNM.s advoados do marido valeram&se,na sua apelação, da r#cita de lonaspassaens das coner$ncias pblicasde Kris!namurti, proeridas emOombaim e Poona, em "ue esteacusava a !ipocrisia da sociedade@ndiana, a postura moralista doslíderes reliiosos e c!ees de amília,a posição subserviente da mul!er e a
sua submissão ao marido e 3 amília.Kris!namurti acabou por revelar ummisto de interesse e preocupação,mostrando&se de certo modoempen!ado. 2ntretanto oi procuradopor certo rupo 8eminista8 em busca
de apoio para as suas anstias' osseus membros revelavam uma total
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incapacidade para romper com certacondição de orma a poderem tornar&se livres. /as, uma vez ao corrente,
os advoados tentaram azer valeressa infu$ncia e utilizaram&se dessaocorr$ncia para reorço da sua causa.2stava&se diante duma situaçãocaricata' a mul!er a processar omarido na base no apelo pela
separação leal, en"uanto a acusaçãorecorria 3 r#cita de lonas passaensde serm)es reliiosos comotestemun!o< soro da min!a irmã,apesar de estender todo o apoio aol!o, não proeriria uma nica palavracontra o mestre, e mesmo durante ocontra interroat(rio, "uando oi"uestionado sobre a culpabilidade daassociação da nora com Kris!namurti,levantou&se da cadeira e disse, alto ebom tom? 8Qamais # culpado.Kris!namurti # o maior entre os
maiores.8 =eundo cria, era %andini"uem estava em alta, incitada pelasua irmã Pupul.
2ntre a"ueles "ue eram maisc!eados a Kris!namurti oi suscitada
aluma incerteza "uanto a ele deverou não pronunciar&se em Oombaim,
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nos meses de Fevereiro e /arço dad#cada de RS. %andini acabou por desistir do
processo apresentado no tribunal deOombaim mas a cidade cou aitadanum burburin!o incessante. 1uandoKris!namurti retornou 3 Cndia a suaatitude não revelava nen!umasimpatia especial para com %andini.
2ncontrou&se com ela por diversasvezes em carácter particular masrecusou&se sempre a permitir "ue elase entreasse 3 auto&compaixão emostrou&se implacável na exi$ncia"ue l!e ez para "ue enrentasse oacto do t#rmino denitivo da suavida anterior, necessitando despertarpara a nova condição. 4ontudo,maniestou&l!e um ilimitadosentimento de preocupação e umaprounda compaixão pelos seus l!os. =empre "ue podia, e na aus$ncia
do con!ecimento do ex. marido, elalevava os l!os a visitarKris!namurti. Por essa altura elecostumava colocar as mãos sobre osol!os do mais vel!o, a "uem tin!asido dianosticado um problema de
atroa do nervo (ptico numa dasvistas, em conse"u$ncia do "ue,
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seundo o parecer m#dico, +amaispoderia voltar a ver normalmente./as a vista acabou por mel!orar e
nos anos seuintes ele acabaria pordoutorar&se em economia na7niversidade da 4ali(rnia, emOerTeleU e mais tarde viria a leccionarna 7niversidade 9e Orisbane naAustrália.
2m Qul!o de RV, ap(s %andini tersuportado a tensão de cinco lonosanos de !umil!ação e anstiaprovocados pela separação dos l!os,oi acometida pela doença. =oriapress)es de diversas rentes' tantopor parte da atitude arbitrária domarido com relação ao período devisita dos l!os, como pela atitudereprovadora dos mais vel!os, ao redorde Kris!namurti. Al#m disso,ressentia&se da doença provocada porum cancro do c#rvix, cu+a evolução
estava a processar&se rapidamente, eem resultado teve de sertransportada de ur$ncia para@nlaterra, a m de ser submetida auma operação cirrica. 7ma vez lá,oi inteirada da devastação "ue
ocorrera no seu oranismo, emresultado do "ue enrentava aora
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