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Em um ano, seis edições. David Fincher, Hitchcock, Scorsese, Ton Tikwer, Almodóvar e, agora, Aniversário. Um ano de Kino, que, nesta edição, troca a pipoca por brigadeiro e outros doces característicos. Ano pode ser considerado o intervalo de tempo em que a Terra demora para dar uma volta integral em torno daquela estrela que torna nossos dias mais quentes. Há quem goste. Alguns a chamam de Sol, outros preferem apelidos menos polidos.TRANSCRIPT
EditorialAno pode ser considerado o intervalo de tempo em que a Terra demora para dar uma volta integral em torno daquela estrela que torna nossos dias mais quentes. Há quem goste. Alguns a chamam de Sol, outros preferem apelidos menos polidos.
Um ano é o suficiente para fabricar e trazer à luz um ser humano. Outro ano é necessário para que ele fique de pé e comece a balbuciar as primeiras palavras. Em menos de um ano, dizem, é possível aprender um idioma estrangeiro e sair fluente feito nativo.Alguém acredita?
Houve uma época em que, durante os 365 dias, aconteciam quatro mudanças de estações climáticas. Primavera, Verão, Outono e Inverno. Hoje não é mais assim. Dependendo de onde você vive, elas tanto podem aparecer no mesmo dia quanto desaparecer e assumir uma única identidade durante todo o tempo. Há locais que só sabem o que é Inverno pela televisão.
Em um ano, seis edições. David Fincher, Hitchcock, Scorsese, Ton Tikwer, Almodóvar e, agora, Aniversário. Um ano de Kino, que, nesta edição, troca a pipoca por brigadeiro e outros doces característicos.
Editor: Renato LooseCapa: Lorena Alvarez
Woosta
Karla Monteiro de Moraes
Marianna Rosa
Adele BullwinkelAdolfo Serra, Cinzia BruschiniEddie D.Marcelo CarreiroMarcos CarneiroMario SughiLena GobboLese Pierre
Seções
Lorena Alvarez Entrevistas InspiradasDescobrir novos artistas, mostrar seus processos criativos e proporcionar ao público abranger seu leque de referências a partir da leitura das perguntas e respostas. Esse é o objetivo da Woosta, publicação recente que está na segunda edição.
No site, em inglês, é possível conferir algumas entrevistas, como a do ilustrador “subaquático” Benjamin Anderson (www.benjaminanderson.com). Porém, são os arquivos em PDF que guardam a maior parte do conteúdo.
Um prato cheio para aqueles que se dedicam a pesquisar, hábito tão saudável e, ao mesmo tempo, mal interpretado em muitos ambientes de trabalho.
Woostawww.woosta.com
Trailer é o espaço para a divulgação de outras revistas
Traços delicados, porém bem definidos. Cores diversas, variadas, mas que, em momento algum, brigam entre si. Tudo isso é parte do visual criado pela ilustradora colombiana Lorena Alvarez, que produz imagens desde 2004. Suas principais referências estão nos Mangás e na estética Disney. “Também me interesso por Art Noveau, arte japonesa em geral e ilustrações voltadas para a moda”, completa. E vai além: “alguns artistas do meu país, como Wilson Borja e Henry González , influenciam muito meu trabalho e a maneira como enxergo a profissão”.
Lorena está participando de uma exposição itinerante na Colômbia chamada “Salsa Pa’vé”, que reúne diversos artistas. Eles apresentam – em museus, livrarias e bares – seus trabalhos sobre o ritmo musical.
Ela se considera uma aprendiz, pois acredita que parar de adquirir conhecimento é o mesmo que estagnar o trabalho. “O bom ilustrador pesquisa, tenta novas técnicas, e está sempre construindo uma identidade que deve ser própria e forte. Pensar que atingimos o topo é um erro! Há sempre uma maneira de se reinventar”.
Lorena Alvarez
www.lorenaalvarez.com www.flickr.com/photos/lorena_alvarez
www.wilsonborja.com www.henrygonzalezilustrador.com
Capa
www.lorenaalvarez.com | www.flickr.com/photos/lorena_alvarez
www.lorenaalvarez.com | www.flickr.com/photos/lorena_alvarez
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De um lado, som, imagem e movimento. Do outro, alguém que testemunha e espera. Espera o fim do filme e o que ele reserva. Espera pela catarse ou por conseguir contê-la. E enquanto dura esse aguardar, curto como um sonho, idéias e recordações
Arte demuitos caminhos
lampejam, feito cena de cinema.
Então, cinema não é feito só de espera. É um bater de asas inertes. Ainda que presos à cadeira, experimentamos a cada vez mais rara sensação de liberdade. Lágrimas e risos rompem, livres.
E se catamos de volta uma ou outra dessas coisas tão nossas que escapam, e as prendemos de novo, só que no papel, temos revistas como a Kino. Há um ano, ela tem registrado, em palavras ou imagens, um pouco do que os filmes nos dizem, e um pouco do que gostaríamos de dizer sobre eles ou para eles.
Na vitrine
O que cada um tem a dizer sobre algo é único. O filme que eu vejo é só meu. Quando o interpreto, o reinvento a partir de minhas experiências e crenças. Cada releitura é solitariamente única.
Mas quando expomos essa interpretação, seja em texto ou imagem, passamos de um exercício egoísta a uma atividade coletiva. Expor é esperar resposta. Como balconistas de loja, descansamos nossos produtos numa prateleira, no anseio de que quem olha diga sim, ou mesmo talvez.
O medo de um não é superado pelo prazer da interferência. Quando expressamos algo sobre cinema, passamos a ser co-autores, a interferir na obra, na medida em que influenciamos aquilo que alguém possa vir a pensar sobre ela. Mesmo que esse alguém não compre nossa idéia.
Karla Monteiro de Moraes é jornalista, especializada em História e Literatura, e professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). [email protected]
Se essa interferência é feita através de texto, fotografia ou design, invertemos um ciclo próprio ao cinema. Pode parecer estranho dizer isso, mas partimos do produto, filme, para suas matérias-primas: palavra e imagem estática. E ali, na base de tudo, temos novas obras, igualmente complexas – traço e letra.
Se a sétima arte deu movimento às imagens capturadas pela câmera, a fotografia e o design a levam a fazer o caminho inverso: captam e congelam novamente o frenesi da tela. De modo semelhante,
Inversão
Quando refletimos sobre isso, nos damos conta de que cada forma de expressão – linguagem, imagem, movimento e tudo o mais – faz parte de um universo coeso chamado arte. Não dá para segregá-las, embora às vezes tentemos. Elas sempre clamam por um lugar onde estejam, novamente, em unidade.
Por isso, é ótimo falar de cinema com frases e
ao transformarmos cinema em alfabeto, voltamos ao esqueleto cinematográfico – palavras, roteiro.
Unidade
imagens. Espero que após esse primeiro ano de Kino, muitos estejam por vir. E que tinta, cor, letra e sentimento continuem convivendo nesse espaço aberto ao que se pensa sobre a sétima, e talvez a mais absurdamente louca das artes.
Termino esse texto, e sequer me manifestei sobre meu filme preferido. Mas isso porque o Loose, diretor da revista, me garantiu que a obra será tema de uma edição este ano. Aproveito para dizer a ele que vou cobrar.
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Ilustrações: Renato Loose
Marianna Rosa é uma jornalista apaixonada por fotografia. Ela capta momentos únicos – às vezes, bastante particulares – inspirada por Alomodóvar e Nelson Rodrigues, com uma pitada de Paul Thomas Anderson.
Improvável e subjetiva, pode estar em tons pastéis, e, no segundo seguinte, usar magenta e marinho em seus recursos quase sempre digitais, porém impregnados por uma nostalgia doce/amarga.
Nesta edição, ela escolheu cinco dos seus filmes favoritos – Maria Antonieta, Lucia e o Sexo, Swimming Pool, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e O Fabuloso Destino de Amelie Poulain – que, mesclados à seleção musical para assoprar velinhas, mostram um pouco do seu estilo “a vida como ela é “ de fotografar.
Trilha Sonora é um espaço preenchido pela arte e por uma lista de músicas feitas por um convidado.
Trend - Mediengruppe Telekommander
Get It On - T-Rex
www.flickr.com/photos/colorsbleed
I love to Boogie - T-Rex
London Calling - The Clash
www.flickr.com/photos/colorsbleed
Light & Day - The Polyphonic Spree
Woo Hoo - The 5.6.7.8’s
www.flickr.com/photos/colorsbleed
Light & Day - The Polyphonic Spree
Woo Hoo - The 5.6.7.8’s
www.flickr.com/photos/colorsbleed
Dry The Rain - The Beta Band
I Want Candy (Kevin Shields Remix) - Bow Wow Wow
www.flickr.com/photos/colorsbleed
What Ever Happened - The Strokes
That´s Entertainment - The Jam
www.flickr.com/photos/colorsbleed
What Ever Happened - The Strokes
That´s Entertainment - The Jam
www.flickr.com/photos/colorsbleed
Marcos Carneiro - Brasil - [email protected] Mad Max
Eddie D. - Inglaterra - [email protected] Mecânica
Marcelo Carreiro - Brasil - [email protected] Noiva de Frankenstein
Mario Sughi - Irlanda - www.nerosunero.orgTess
Adele Bullwinkel - Alemanha - [email protected] Eterno de uma Mente sem Lembranças
Adele Bullwinkel - Alemanha - [email protected] Eterno de uma Mente sem Lembranças
Adele Bullwinkel - Alemanha - [email protected] Eterno de uma Mente sem Lembranças
Lese Pierre - Brasil - www.lesepierre.multiply.comTransformers
Lena Gobbo - Itália - [email protected] O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Lena Gobbo - Itália - [email protected] O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Cinzia Bruschini - Itália - www.myspace.com/lagonnaspaziosa Tideland
Adolfo Serra - Espanha - www.karkoma.comThe Science of Sleep
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