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DIREITO CONSTITUCIONAL 4ª edição Revista, ampliada e atualizada 2017 PAULO LÉPORE Professor de Direito Constitucional e Direito da Criança e do Adolescente. Pós-doutor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Doutor em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista – UNESP. Doutorando em Direito pela Universidade de Coimbra. Mestre em Direitos Coletivos e Função Social do Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. Coordenador de Coleções e autor de diversos livros e artigos jurídicos. Advogado. Coordenador da Comissão de Direitos InfantoJuvenis da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo – OAB-SP. Contato: www.paulolepore.com.br / Facebook: Paulo Lépore • Instagram: @paulolepore As questões de concursos para Cartório e Delegado de Polícia Civil foram comentadas em coautoria com KERTON NASCIMENTO E COSTA As questões de concursos para Procurador de Município foram comentadas em coautoria com MAURÍCIO DA SILVA MIRANDA e RAFAEL ASSED DE CASTRO As questões de concursos para Investigador, Escrivão, Agente, Inspetor de Polícia Civil e Agente Penitenciário foram comentadas em coautoria com DENIS ORTIZ JORDANI Coleção Coleção RE RE 9 I I SAÇO SAÇO 00-Iniciais.indd 3 00-Iniciais.indd 3 03/04/2017 11:25:09 03/04/2017 11:25:09

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DIREITOCONSTITUCIONAL

4ª edição

Revista, ampliada e atualizada

2017

PAULO LÉPORE

Professor de Direito Constitucional e Direito da Criança e do Adolescente. Pós-doutor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Doutor em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista – UNESP. Doutorando em Direito pela

Universidade de Coimbra. Mestre em Direitos Coletivos e Função Social do Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. Coordenador de Coleções e autor de diversos livros e artigos jurídicos. Advogado. Coordenador da Comissão de Direitos

InfantoJuvenis da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo – OAB-SP.

Contato: www.paulolepore.com.br / Facebook: Paulo Lépore • Instagram: @paulolepore

As questões de concursos para Cartório e Delegado de Polícia Civil foram comentadas em

coautoria com

KERTON NASCIMENTO E COSTA

As questões de concursos para Procurador de Município foram comentadas em coautoria com

MAURÍCIO DA SILVA MIRANDA e RAFAEL ASSED DE CASTRO

As questões de concursos para Investigador, Escrivão, Agente, Inspetor de Polícia Civil e Agente Penitenciário

foram comentadas em coautoria com DENIS ORTIZ JORDANI

ColeçãoColeção

RERE IISAÇOSAÇO

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1725

Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas

QUESTÕES

CF, arts. 136 a 144

XIII.1. ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO

CF, arts. 136 a 141

PROCURADOR DO MUNICÍPIO

(Procurador do Município – Prefeitura Florianópo-

lis-SC /2011 – FEPESE) De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto afirmar acerca da decretação do Estado de Defesa:

a) Na vigência do estado de defesa é permitida a inco-municabilidade do preso.

b) O decreto que instituir o estado de defesa indicará as medidas restritivas ao direito de sigilo de corres-pondência.

c) A decretação do estado de defesa pelo Presidente da República deve ser autorizada pelo Congresso Nacional.

d) O Presidente pode decretar o estado de defesa para responder a agressão armada estrangeira.

e) Não há obrigatoriedade de especificação do tempo de duração do estado de defesa.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “b”: segundo o artigo 136 da Constituição Federal, em seu § 1º, o decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coer-

citivas a vigorarem, dentre as seguintes: I – restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipó-tese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

Alternativa “a”: consoante artigo 136 da Constitui-ção Federal, § 3º, inciso IV, durante a vigência do estado de sítio, é vedada a incomunicabilidade do preso.

Alternativa “c”: de acordo com o artigo 136 da Constituição Federal, o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preser-var ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaça-das por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Em seu § 4º, determina-se que, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacio-nal, que decidirá por maioria absoluta. Vê-se, portanto, que o decreto presidencial é editado sem a autorização do Congresso Nacional, que o analisará apenas poste-riormente.

Alternativa “d”: a hipótese prevista no enunciado elenca uma situação passível de estado de sítio, e não de estado de defesa, nos termos do artigo 137 da CF, que determina que a Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional auto-rização para decretar o estado de sítio nos casos de: I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II – declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Alternativa “e”: na linha do artigo 136 da Constitui-ção Federal, em seu § 1º, o decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especi-ficará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1726

e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, den-tre as seguintes: I – restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

DEFENSOR PÚBLICO ESTADUAL

(FCC – Defensor Público - RS/2014) No que se refere à defesa do Estado e das instituições de mocráticas, é correto afirmar:

a) Para a decretação do estado de defesa deve haver prévia solicitação de autorização pelo Presidente da República ao Congresso Nacional.

b) O controle político a ser exercido sobre a decre-tação do estado de sítio será realizado pelo Con-gresso Na cional por maioria simples de seus mem-bros, dentro do prazo de 5 dias contados do recebi-mento do decreto.

c) A defesa das instituições democráticas caracteriza- se pela preponderância de um grupo de poder sobre o outro com a imposição de uma legalidade extraor dinária para restabelecer a ordem violada.

d) As hipóteses de casos em que se poderá decretar o estado de defesa estão previstas de forma exempli-ficativa na Constituição Federal.

e) A defesa do Estado traduz-se na defesa do território nacional contra invasões estrangeiras, na defesa da soberania nacional e na defesa da pátria.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e”: segundo nos ensina Uadi Lammêgo Bulos, a defesa do Estado e das institui-ções democráticas traduz-se por um conjunto de nor-mas constitucionais destinadas a garantir o equilíbrio e a estabilidade da ordem constitucional. (...) Defender o Estado é proteger: o território brasileiro contra invasões estrangeiras (CF, arts. 34, II, e 137, II); a soberania nacio-nal (CF, art. 91); e a Pátria (CF, art. 142)” (Curso de Direito Constitucional. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 1447). Portanto, a defesa do Estado traduz-se na defesa do ter-ritório nacional contra invasões estrangeiras, na defesa da soberania nacional e na defesa da pátria.

Alternativa “a”: Para a decretação do estado de defesa não precisa haver prévia solicitação de autoriza-ção pelo Presidente da República ao Congresso Nacio-nal, mas no estado de sítio, é necessária a solicitação de autorização ao CN. Dispõe o artigo 136 da CF, que o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente res-tabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades

de grandes proporções na natureza. Por sua vez, consta do artigo 137, que o Presidente da República pode, ouvi-dos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Alternativa “b”: O controle político a ser exercido sobre a decretação do estado de sítio será realizado pelo Congresso Na cional por maioria absoluta (e não maioria simples) de seus membros, conforme consigna o artigo 137, parágrafo único, da CF.

Alternativa “c”: segundo Uadi Lammêgo Bulos, “A

sobrevivência da democracia é a garantia da pró-

pria Constituição, pois o equilíbrio relativo é o traço

característico dos Estados democráticos. Sem equi-líbrio, o poder não se distribui igualitariamente, pois alguns indivíduos, ou grupos, sobrepõe-se a outros, comprometendo a democracia, a soberania, a separa-ção de Poderes, o federalismo, a República, a livre con-corrência, as liberdades públicas etc. No momento que a defesa das instituições democráticas se torna inviável, estamos diante das situações de crise. Em regra, tais situações caóticas ensejam duas saídas: administração, pelas autoridades competentes, dos problemas e difi-culdades; ou ruptura total da ordem jurídica, com rom-pimento da constituição, para instaurar outra” (Curso de Direito Constitucional. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 1447).

Alternativa “d”: as hipóteses de casos em que se poderá decretar o estado de defesa estão previstas de forma taxativa na Constituição Federal. Desse modo, poderá decretar o estado de defesa, e apenas nesses casos, para preservar ou prontamente restabelecer,

em locais restritos e determinados, a ordem pública

ou a paz social ameaçadas por grave e iminente ins-

tabilidade institucional ou atingidas por calamida-

des de grandes proporções na natureza.

(FCC – Defensor Público – PB/2014) A disciplina consti-tucional que rege o estado de sítio e o estado de defesa autoriza expressamente a imposição de restrições a determinados direitos e garantias fundamen tais. Em ambos os casos (estado de sítio e estado de de fesa), admite-se, segundo o texto constitucional, que se jam restringidos:

a) o direito à inviolabilidade do domicílio e o direito de propriedade.

b) o direito de reunião e o direito ao sigilo de corres-pondência.

c) o direito à inviolabilidade do domicílio e o direito ao sigilo de comunicação telegráfica e telefônica.

d) o direito de reunião e o direito de propriedade.

e) o direito de propriedade e o direito ao sigilo de co municação telegráfica e telefônica.

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1727

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “b” (responde a todas

as alternativas): nos termos do art. 136, § 1°, da CF, o decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: I – restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públi-cos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. A seu turno, o art. 139 da CF determina que, na vigência do estado de

sítio só poderão ser tomadas as seguintes medidas: I – obrigação de permanência em localidade determinada; II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III – restrições relati-

vas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liber-dade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV – suspensão da liberdade de reunião; V – busca e apreensão em domicílio; VI – intervenção nas empre-sas de serviços públicos; VII – requisição de bens.

(Cespe – Defensor Público – DF/ 2013) Julgue o item abaixo, a respeito da defesa do Estado e das instituições democráticas.

A decretação do estado de sítio, medida excepcio-nal, pode ocorrer tanto em caso de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira, quanto de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa.

|COMENTÁRIOS|..

Certo. Nos termos do art. 137 da CF, “o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II – declara-ção de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

(Cespe – Defensor Público – SE/ 2012) No que diz res-peito ao estado de defesa, assinale a opção correta.

a) O preso por crime contra o Estado poderá ficar em cárcere por tempo indeterminado, indepen-dentemente de autorização do Poder Judiciário, enquanto perdurar o estado de defesa durante o qual se tenha determinado a sua prisão.

b) O decreto que instituir o estado de defesa poderá restringir, nos termos e limites da lei, o direito de reunião, inclusive no âmbito das associações.

c) Em nenhuma hipótese, o estado de defesa poderá durar mais de trinta dias.

d) Decretado o estado de defesa, o presidente da República submeterá o ato, no prazo de vinte e quatro horas, com a respectiva justificação, ao Con-gresso Nacional, que o apreciará; caso o Parlamento esteja em recesso, a apreciação do ato ocorrerá assim que este retomar seus trabalhos.

e) Durante a vigência do estado de defesa, o preso por crime contra o Estado poderá ficar incomunicável.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “b”: nos termos do art. 136, § 1°, I, “a”, da CF, o decreto que instituir o estado de defesa poderá restringir, nos termos e limites da lei, o direito de reunião, ainda que no seio das associações.

Alternativa “a”: de acordo com o art. 136, § 3°, da CF, a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imedia-tamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial. Entretanto, na vigência do estado de defesa, a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário (ou seja, exa-tamente o inverso do que afirma a alternativa).

Alternativa “c”: é possível que o estado de defesa dure mais de trinta dias, pois pode ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justi-ficaram a sua decretação (art. 136, § 2°, da CF).

Alternativa “d”: consoante art. 136, § 4°, da CF, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o presidente da República submeterá o ato, no prazo de vinte e quatro horas, com a respectiva justificação, ao Congresso Nacional, que o apreciará. Caso o Parlamento esteja em recesso, será convocado, extraordinaria-

mente, no prazo de cinco dias (ou seja, a apreciação não ficará aguardando a retomada de seus trabalhos regulares).

Alternativa “e”: durante a vigência do estado de defesa é vedada a incomunicabilidade do preso (art. 136, § 3°, IV, da CF).

(Cespe – Defensor Público – AL/ 2009) Considerando a defesa do Estado e das instituições democráticas segundo o disposto na CF, julgue o próximo item.

.. A obrigação de permanência em determinada localidade e a intervenção nas empresas de serviços públicos são medidas coercitivas admitidas no estado de defesa.

|COMENTÁRIOS|..

Item I, falso. A obrigação de permanência em determinada localidade e a intervenção nas empresas de serviços públicos são medidas coercitivas admitidas no estado de sítio (art. 139, I e VI, da CF).

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1728

JUIZ DE DIREITO

(FCC – Juiz de Direito Substituto - SE/2015) Na hipó-tese de o Presidente da República decretar, no mês de janeiro, estado de exceção em determinada região do país, em função de ameaças à ordem pública e paz social decorrentes de desastres provocados pelas chu-vas torrenciais do início do ano, sem que tenha havido anterior decreto de exceção pelo mesmo fato, deverá o

(A) Congresso Nacional ser convocado, extraordinaria-mente, no prazo de cinco dias, pelo Presidente do Senado Federal, para decidir, por maioria absoluta, sobre o estado de defesa.

(B) Congresso Nacional ser convocado, extraordina-riamente, no prazo de vinte e quatro horas, pelo Presidente da República, para decidir, por maioria absoluta, sobre o estado de defesa.

(C) Presidente da República submeter o ato, no prazo de cinco dias, ao Congresso Nacional, para que este decida, por maioria qualificada, sobre o estado de defesa.

(D) Presidente da República submeter o ato, no prazo de vinte e quatro horas, ao Congresso Nacional, para que este decida, por maioria absoluta, sobre o estado de sítio.

(E) Presidente do Senado Federal, no prazo de vinte e quatro horas, convocar o Congresso Nacional, para que este decida, pelo voto de dois terços de seus membros, sobre o estado de sítio.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: o Estado de Defesa será decre-tado para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabi-lidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. Por sua vez, o Estado de Sítio terá cabimento nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Alternativa correta: letra “a” (responde também

a alternativa “e”): primeiramente, a medida correta é o estado de defesa, uma vez que o enunciado deixou claro tratar-se de situação de calamidade de grandes proporções da natureza, sendo que não havia tido ante-rior decreto de exceção pelo mesmo fato (o que rechaça a possibilidade, neste caso, de estado de sítio). Outro importante dado apontado no enunciado e que merece atenção, é o fato de o decreto do estado de exceção ter ocorrido em janeiro (período em que o congresso encontra-se em recesso, nos termos do art. 57 da CF). Desse modo, devemos observar o disposto no art. 136, §5º, da CF, que dispõe que se o Congresso Nacional

estiver em recesso, será convocado, extraordinaria-mente, no prazo de cinco dias. Por fim, a convocação

será feita pelo Presidente do Senado Federal, já que, nos termos do art. XX, §6º, da CF, a convocação extra-

ordinária do Congresso Nacional far-se-á pelo Presi-

dente do Senado Federal, em caso de decretação de

estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice--Presidente da República.

Alternativa “b”: deverá o Congresso Nacional ser convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco

dias (e não vinte e quatro horas), pelo Presidente do

Senado Federal (e não Presidente da República), para decidir, por maioria absoluta, sobre o estado de defesa.

Alternativa “c”: nos termos do art. 136, §4º, da CF, decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e qua-

tro horas, submeterá o ato com a respectiva justifica-ção ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria

absoluta. Por conta do §5º do mesmo dispositivo, se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.

Alternativa “d”: não se trata de estado de sítio, mas estado de defesa. O enunciado deixou claro tratar--se de situação de calamidade de grandes proporções da natureza, sendo que não havia tido anterior decreto de exceção pelo mesmo fato (o que rechaça a possibili-dade, neste caso, de estado de sítio).

(Cespe – Juiz de Direito Substituto – MA/ 2013) A res-peito da defesa do Estado e das instituições democráti-cas, assinale a opção correta.

a) Na vigência do estado de sítio, as imunidades parla-mentares não podem ser suspensas.

b) Caso ocorra agressão estrangeira no intervalo das sessões legislativas, o presidente da República poderá decretar o estado de sítio sem a prévia auto-rização do Congresso Nacional.

c) A Polícia Rodoviária Federal é órgão permanente, organizado e mantido pela União, destinado ao pa-trulhamento ostensivo das rodovias federais, com competência para as funções de polícia judiciária.

d) Na vigência de estado de defesa, o decreto editado pelo presidente da República estabelecerá, como prazo máximo de duração da medida, trinta dias, o qual será submetido à aprovação da maioria abso-luta do Congresso Nacional, sendo viável uma pror-rogação por igual período, dispensando-se, nessa hipótese, nova deliberação do Congresso Nacional.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “b”: nos termos do art. 138, § 2°, da CF, solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinaria-mente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato, ou seja, nesta hipó-tese excepcional, o Congresso analisará o ato depois de já concretizado.

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1729

Alternativa “a”: consoante art. 53, § 8°, da CF, as imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas

mediante o voto de dois terços dos membros da

Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora

do recinto do Congresso Nacional, que sejam incom-

patíveis com a execução da medida.

Alternativa “c”: a Polícia Rodoviária Federal é órgão permanente, organizado e mantido pela União, destinado ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais (art. 144, § 2°, da CF), mas não tem competên-cia para as funções de polícia judiciária, quem cabem à Polícia Federal e à Polícia Civil.

Alternativa “d”: de acordo com o art. 136, § 2°, da CF, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, mas pode ser prorrogado uma

vez, por igual período, se persistirem as razões que

justificaram a sua decretação.

(TJ-RS – Juiz Substituto – RS 2009) Considere as asser-tivas abaixo.

I. Durante a vigência do estado de defesa, é cons-titucional a prisão efetuada sem ordem judicial, ainda que não em flagrante delito.

II. O parecer prévio sobre as contas anuais do Prefeito Municipal, emitido pelo órgão compe tente, só não prevalecerá se rejeitado pelo voto da maioria abso-luta da respectiva Câmara de Vereadores.

III. O transporte, por meio de conduto, de gás natu ral, de qualquer origem, constitui monopólio da União e não pode ser concedido à iniciativa pri vada.

Quais são corretas?

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Apenas I e III

e) I, II e III

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a”

Assertiva “I”: durante a vigência do estado de defesa, é cons titucional a prisão efetuada sem ordem judicial, ainda que não em flagrante delito. Nos termos do art. 136, § 3°, I, da CF, na vigência do estado de defesa a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo

executor da medida, será por este comunicada imedia-tamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial.

Assertiva “II”: o parecer prévio sobre as con-tas anuais do Prefeito Municipal, emitido pelo órgão compe tente, só não prevalecerá se rejeitado pelo voto de dois terços (e não da maioria absoluta) da respectiva Câmara de Vereadores, consoante art. 31, § 2°, da CF.

Assertiva “III”: o transporte, por meio de conduto, de gás natu ral, de qualquer origem, constitui monopó-lio da União, mas poderá ser contratado com empre-

sas estatais ou privadas, nos termos do art. 177, § 1°, da CF.

(TJ/SC – Juiz Substituto – SC/ 2009) De acordo com o texto constitucional, assinale a alternativa correta quanto a estado de defesa e estado de sítio:

I. O Presidente da República pode, ouvidos o Conse-lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou pron-tamente restabelecer, em locais restritos e determi-nados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

II. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorroga-ção, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

III. Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente da Câmara dos Deputados, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

a) Somente as proposições I e II estão corretas.

b) Somente as proposições I e II estão incorretas.

c) Todas as proposições estão corretas.

d) Somente a proposição I está correta.

e) Todas as proposições estão incorretas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a”

Assertiva “I”: o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preser-var ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social amea-çadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza, nos exatos termos do art. 136, caput, da CF.

Assertiva “II”: de acordo com o art. 137, parágrafo único, da CF, o Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua pror-rogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Assertiva “III”: solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Pre-sidente do Senado Federal (não da Câmara dos Depu-tados), de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato, consoante art. 138, § 2°, da CF.

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1730

(FGV – Juiz Substituto – MS/ 2008) Assinale a alterna-tiva correta.

a) É inadmissível a requisição de hospitais municipais pela União, em situação de normalidade institu-cional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.

b) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Dis-trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. É possível a União, para manter a inte-gridade nacional, intervir nos Estados-membros, no Distrito Federal e nos Municípios.

c) É possível Estado-Membro intervir em Município de outro Estado-Membro apenas se o território do Município em questão for limítrofe ao seu, e se esse Município formar com Municípios do Estado inter-ventor o que se denomina “região metropolitana”.

d) Alguns direitos e garantias podem ser suspensos quando da decretação do Estado de Defesa, como o direito de petição, o direito de acesso ao Poder Judiciário, o direito ao sigilo das correspondências e o direito de reunião.

e) Para decretar o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, o Presidente da República deve ouvir, com caráter vinculativo, os Conselhos da República, da Defesa Nacional e o Conselho Nacional de Justiça.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a”: é inadmissível a requisição de hospitais municipais pela União, em situ-

ação de normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio. Nos termos do art. 136, da CF, o decreto que instituir o Estado de Defesa determinará o tempo de sua duração, especifi-cará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, den-tre as seguintes: I – restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II – ocupação e uso temporário de bens e

serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. Já o art. 139, da CF, enuncia que o decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que ficarão sus-pensas, e, depois de publicado, o Presidente da Repú-blica designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

Alternativa “b”: a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Muni-cípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (art. 1°, caput, da CF). É possível a União, para manter a integridade nacional, intervir nos Estados-membros e no Distrito Federal, mas não nos Municípios (art. 34, caput, da CF).

Alternativa “c”: não é possível Estado-Membro intervir em Município de outro Estado-Membro (art. 35, caput, da CF).

Alternativa “d”: alguns direitos e garantias podem ser suspensos quando da decretação do Estado de Defesa, como o sigilo das correspondências e o direito de reunião, mas não os direitos de petição e de acesso ao Poder Judiciário (art. 136, I, da CF).

Alternativa “e”: para decretar o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, o Presidente da República deve ouvir, sem caráter vinculativo, os Conselhos da República, da Defesa Nacional, mas não o Conselho Nacional de

Justiça (artigos 136 e 137, da CF).

(Cespe – Juiz Substituto – AL/ 2008) Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, assinale a opção correta.

a) As imunidades dos deputados federais e dos sena-dores previstas na CF subsistirão mesmo no estado de sítio, não havendo possibilidade de sua suspen-são.

b) O estado de defesa autoriza a convocação extraor-dinária do Congresso Nacional pelo Presidente da República.

c) A emenda à CF, mesmo na hipótese de estado de defesa ou de estado de sítio, necessita de maioria e carece, para sua aprovação, de votação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, con-siderando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

d) O estado de defesa autoriza a restrição ao direito de reunião, ainda que exercida no seio das asso-ciações, ao sigilo de correspondência e ao sigilo de comunicação telegráfica e telefônica.

e) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive eleitorais e militares.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “d”: o estado de defesa autoriza a restrição ao direito de reunião, ainda que exercida no seio das associações, ao sigilo de correspon-dência e ao sigilo de comunicação telegráfica e telefô-nica, consoante art. 136, § 1°, I, da CF.

Alternativa “a”: as imunidades dos deputados federais e dos senadores previstas na CF subsistirão mesmo no estado de sítio, mas poderão ser suspen-

sas mediante o voto de dois terços dos membros da

Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora

do recinto do Congresso Nacional, que sejam incom-

patíveis com a execução da medida, de acordo com o art. 53, § 8°, da CF.

Alternativa “b”: o estado de defesa não autoriza a convocação extraordinária do Congresso Nacional pelo

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1731

Presidente da República, pois não é hipótese arrolada no art. 57, § 6°, II, da CF.

Alternativa “c”: a Constituição não poderá ser

emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (art. 60, § 2°, da CF).

Alternativa “e”: às polícias civis, dirigidas por dele-gados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, inclusive militares, mas

não as eleitorais (art. 144, § 4°, da CF).

PROCURADOR DO TRABALHO

(MPT – Procurador do Trabalho/2015) Examine as seguintes assertivas acerca do estado de defesa e do estado de sítio :

1) O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

2) No caso de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante estado de defesa, o decreto de estado de sítio poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

3) Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraor-dinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de dez dias, a fim de apreciar o ato.

4) A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e estado de sítio.

Marque a resposta CORRETA:

a) apenas as assertivas 1 e 2 estão corretas;

b) apenas as assertivas 2 e 4 estão corretas;

c) apenas as assertivas 2 e 3 estão corretas;

d) apenas as assertivas 1 e 4 estão corretas.

e) Não respondida.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: o estado de defesa e o estado de sítio são instrumentos constitucionais que têm como finalidade restabelecer a normalidade constitucional. Para os concursos públicos, o mais importante é conhe-cer principalmente as diferenças entre eles.

Alternativa correta: “d”: apenas as assertivas 1 e 4 estão corretas.

Assertiva “1”: certo. Consoante art. 136, § 2º, da CF, o tempo de duração do estado de defesa não será supe-rior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

Assertiva “2”: errado. No caso de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa (art. 137, I, da CF), o estado de sítio não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem pror-

rogado, de cada vez, por prazo superior. Portanto, pode haver várias e sucessivas prorrogações do estado de sítio (art. 138, § 1º, da CF).

Assertiva “3”: errado. Conforme art. 138, § 2º, da CF, solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

Assertiva “4”: certo. Nos termos do art. 140 da CF, a Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes parti-dários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e estado de sítio.

PROMOTOR DE JUSTIÇA

(FEPESE – Promotor de Justiça – SC/2014) Analise o enunciado da questão abaixo e assinale se ele é falso ou verdadeiro:

( ) O Presidente da República pode, ouvidos o Conse-lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou pron-tamente restabelecer, em locais restritos e determi-nados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, que não poderá ser superior 10 (dez) dias, podendo ser renovado, por igual período, sempre que persisti-rem as razões que justificaram a sua decretação.

|COMENTÁRIOS|..

Falso. O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limi-tes da lei, as medidas coercitivas a vigorarem (art. 136, § 1º, da CF). O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias (e não a dez dias), podendo

ser prorrogado uma vez, por igual período, se persis-tirem as razões que justificaram a sua decretação (art. 136, § 2º, da CF). Portanto, o tempo limite de duração do estado de defesa não é de 10 (dez) dias, como diz o enunciado, mas de 30 (trinta) dias. Por outro lado, poderá ser prorrogado por uma única vez, e não pror-

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1732

rogado enquanto persistires as razões que justificaram a sua decretação.

(FCC – Promotor de Justiça – PE/2014) Tendo os Municípios situados na região serrana de deter minado Estado da federação sido atingidos por dias seguidos de chuvas torrenciais, que provocaram destruição e perdas de grandes proporções para a população local, o Presidente da República decreta estado de defesa, a vigorar por 30 dias nas localidades em questão, deter-minando, entre outras medidas, restrições ao direito de reunião, inclusive se exer cida no seio das associações, e a ocupação e uso temporário de bens e serviços públi-cos, prevendo a responsabilidade da União pelos danos e custos decorrentes. Nesta hipótese, a decretação do estado de defesa

a) não poderia ter estabelecido a responsabilidade da União por danos e custos decorrentes da ocupação e uso temporário de bens, diante da ausência de previsão constitucional a esse respeito.

b) não poderia ter instituído restrições à liberdade de reu nião, exercida no seio das associações, por se tratar de medida admitida apenas na hipótese de estado de sítio.

c) deveria ter sido precedida de autorização do Con-gresso Nacional, pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

d) é incompatível com a disciplina constitucional da matéria, no que se refere à duração e abrangência do estado de exceção.

e) é compatível com a disciplina constitucional da ma-téria, no que se refere aos fatos que a ensejaram, à duração e abrangência do estado de exceção, bem como às medidas restritivas determinadas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e” (responde todas as

demais alternativas): na hipótese elencada, a decreta-ção do estado de defesa é compatível com a disciplina constitucional da ma téria, no que se refere aos fatos que a ensejaram (calamidades de grandes proporções na natureza), à duração (30 dias) e abrangência do estado de exceção (nas localidades atingidas), bem como às medidas restritivas determinadas (restrições ao direito de reunião, inclusive se exercida no seio das associações, e a ocupação e uso temporário de bens e serviços públi-cos). De acordo com o art. 136, da CF, o Presidente da

República pode, ouvidos o Conselho da República

e o Conselho de Defesa Nacional, decretar Estado

de Defesa para preservar ou prontamente restabe-

lecer, em locais restritos e determinados, a ordem

pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamida-

des de grandes proporções na natureza. O Estado

de Defesa será instituído por decreto, que determi-

nará o tempo de sua duração, especificará as áreas

a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites

da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as

quais estão abrangidas as que imponham restrições

aos direitos de: i. reunião, ainda que exercida no

seio das associações; ii. sigilo de correspondência e; iii. sigilo de comunicação telegráfica e telefônica. Também

ficam permitidos a ocupação e ouso temporários de

bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade

pública, respondendo a União pelos danos e custos

decorrentes.

NOTÁRIO E REGISTRADOR

(IESES – Cartório – TJ – PA/2016) Por Estado de Sítio entende-se a situação de comoção interna ou externa sofrida pelo Estado, que enseja a suspensão temporá-ria de garantias individuais, a fim de preservar a ordem constituída, que se encontra perturbada por motivo de comoção grave de repercussão nacional ou por situação de beligerância com Estado estrangeiro. Referida situ-ação acarreta a suspensão temporária e localizada das garantias individuais. Assinale a alternativa INCORRETA que não representa uma medida a ser tomada no curso do Estado de Sítio:

a) Restrições relativas à inviolabilidade da correspon-dência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifu-são e televisão, na forma da lei.

b) Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns.

c) Suspensão da liberdade de reunião; intervenção nas empresas de serviços privados; requisição de bens.

d) Obrigação de permanência em localidade determi-nada.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: a questão exige muita atenção do candidato para encontrar o erro da alternativa (vez que o enunciado solicita que se assinale a incorreta). O leitor deve conhecer o texto da Constituição relativa ao tema.

Alternativa certa: letra “c”: é possível que se determine a suspensão da liberdade de reunião e a requisição de bens (art. 139, IV e VII, CF). Todavia, o que a Constituição permite é a intervenção nas empresas de serviços públicos (e não privados), nos termos do art. 139, VI.

Alternativa “a”: consoante art. 139, III, CF, é pos-sível que se determine restrições relativas à inviolabili-dade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei.

Alternativa “b”: é possível que seja tomada a medida de detenção em edifício não destinado a acu-sados ou condenados por crimes comuns, nos termos do art. 139, II, CF.

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1733

Alternativa “d”: a obrigação de permanência em localidade determinada é medida passível de ser tomada no curso do Estado de Sítio (art. 139, I, CF).

(Consulplan – Cartório – MG - Remoção/2016) Na vigência do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de repercussão nacional, poderão ser tomadas as seguintes medidas contra as pessoas, EXCETO:

A) Restrições relativas ao sigilo das comunicações.

B) Restrições relativas à inviolabilidade das correspon-dências.

C) Restrições relativas à liberdade de imprensa.

D) Restrição à difusão autorizada pela Casa do pronun-ciamento de parlamentares.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: o estado de defesa e o estado de sítio são mecanismos de defesa do Estado e das ins-tituições democráticas delineados pela Constituição Federal. Segundo consta do art. 136 da CF, o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de

defesa para preservar ou prontamente restabele-

cer, em locais restritos e determinados, a ordem

pública ou a paz social ameaçadas por grave e imi-

nente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. De outro lado, prevê o art. 137 da CF que o Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso

Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacio-

nal ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficá-

cia de medida tomada durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a

agressão armada estrangeira.

Alternativa correta: letra “d”. Na vigência do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de repercussão nacional, poderão ser tomadas as seguintes medidas contra as pessoas, consoante art. 139 da CF: I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restri-ções relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens. O parágrafo único do art. 139 da CF, prevê que não se

inclui nas restrições do inciso III (restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comu-nicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei) a difusão de pronunciamentos de parlamentares

efetuados em suas Casas Legislativas, desde que

liberada pela respectiva Mesa. Portanto, na vigência

do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de repercussão nacional, não poderá ser tomada a medida de restrição à difusão autorizada pela Casa do pronunciamento de parlamentares, de acordo com o art. 139, parágrafo único, da CF.

Alternativa “a”: na vigência do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de reper-cussão nacional, poderão ser tomadas as seguintes

medidas contra as pessoas, consoante art. 139 da CF: I - obrigação de permanência em localidade determi-nada; II - detenção em edifício não destinado a acusa-dos ou condenados por crimes comuns; III - restrições

relativas à inviolabilidade da correspondência, ao

sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens.

Alternativa “b”: na vigência do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de reper-cussão nacional, poderão ser tomadas as seguintes

medidas contra as pessoas, consoante art. 139 da CF: I - obrigação de permanência em localidade determi-nada; II - detenção em edifício não destinado a acusa-dos ou condenados por crimes comuns; III - restrições

relativas à inviolabilidade da correspondência, ao

sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens.

Alternativa “c”: na vigência do estado de sítio, decretado em virtude de comoção grave de reper-cussão nacional, poderão ser tomadas as seguintes

medidas contra as pessoas, consoante art. 139 da CF: I - obrigação de permanência em localidade determi-nada; II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III - restrições rela-tivas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liber-

dade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens.

(Vunesp – Notário-SP/2012) Quanto à duração ou vigência, é correto afirmar que o Estado de Defesa vigora por

a) 30 dias, podendo ser renovado por mais 30 dias e assim sucessivamente, enquanto for necessário.

b) até 30 dias, podendo ser renovado somente mais uma vez por igual período.

c) 90 dias, sem possibilidade de renovação de sua vigência.

d) 15 dias e, não gerando os efeitos pretendidos, con-verte-se em Intervenção.

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1734

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “b”: conforme expressa determinação legal, o estado de defesa não será supe-rior a 30 dias, podendo ser renovado por igual período se persistirem as razões que justificaram sua decreta-ção, de acordo com o § 2 do art. 136 da CF. As demais alternativas apresentam períodos de duração incompa-tíveis com o estado de defesa.

(Vunesp – Notário – SP/2008) O Estado de Sítio é decretado

a) pelo Presidente do Senado Federal, a pedido do Presi dente da República.

b) pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, a partir do recebimento de mensagem do Congresso Nacional.

c) pelo Presidente da República, colhida autorização prévia do Congresso Nacional.

d) pelo Presidente da República, submetido posterior-mente o ato à aprovação do Senado Federal.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: de acordo com o positivado no art. 137 da Constituição Federal, o Pre-sidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio.

Alternativa “a”: o chefe do Executivo, ou seja, o Presidente da República, solicita autorização do Con-gresso Nacional para a decretação do estado de sítio.

Alternativa “b”: não há participação do STF na decretação do estado de sítio, e sim do Presidente da República, do Conselho da República, do Conselho de Defesa Nacional e do Congresso Nacional, que autoriza o chefe do Executivo a decretar o estado de sítio.

Alternativa “d”: a autorização vem do Congresso Nacional, e não do Senado federal.

(Vunesp – Notário – SP/2008) O Estado de Defesa é decretado

a) pelo Presidente do Senado Federal, a pedido do Presi dente da República.

b) pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, a partir do recebimento de mensagem do Congresso Nacional.

c) pelo Presidente da República, colhida autorização prévia do Congresso Nacional.

d) pelo Presidente da República, submetido posterior-mente o ato à aprovação do Congresso Nacional.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “d”: a alternativa encon-tra supedâneo no § 4º do art. 136, que diz “Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacio-nal, que decidirá por maioria absoluta”.

Alternativa “a”: quem decreta é o presidente da república, com anuência do Congresso Nacional, de acordo com o art. 136, § 4º da CF.

Alternativa “b”: não há a participação do Presi-dente do STF na decretação do estado de defesa, e a do Congresso Nacional é de anuir com o decreto do Presi-dente da República.

Alternativa “c”: a autorização do Congresso Nacio-nal é necessária, porém a submissão do decreto ocorre dentro de 24 horas, e não previamente.

DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

(Delegado de Polícia – AP/ 2010 – FGV) Com relação ao tema Defesa do Estado e das instituições democráticas: estado de defesa e estado de sítio analise as afirmativas a seguir:

I. O estado de defesa poderá ser decretado para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabili-dade institucional, declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

II. O estado de sítio poderá ser decretado em casos de comoção grave de repercussão nacional, ou quando o país for atingido por calamidades natu-rais de grandes proporções.

III. Enquanto durar o estado de sítio poderão ser impostas restrições à difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legisla-tivas, independentemente de licença da respectiva Mesa.

Assinale:

a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente a afirmativa III estiver correta.

e) se nenhuma afirmativa estiver correta.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e” (responde a todas

as alternativas): todas as alternativas estão incorretas. A assertiva I apresenta erro no tocante a atribuição do estado de defesa a situações que estão expressamente previstas como atinentes ao estado de sítio, de acordo

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1735

com a redação do art. 136 e 137 da CF. A assertiva II está errada, pois descreve situações em que a ação correta é o estado defesa, ou seja, quando o país for atingido por calamidades naturais de grandes proporções. A asser-tiva III está errada, pois afronta o previsto no § 3º do art. 138, que diz “O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas”.

(Delegado de Polícia – RJ/ 2009 – CEPERJ) Com rela-ção ao atual texto expresso da Constituição da Repú-blica, analise as seguintes proposições:

I. É permitida na disciplina excepcional do estado de sítio a decretação de restrições relativas à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei.

II. É exclusivamente do Presidente da República o poder de decretar os estados de defesa e de sítio, sendo que somente nesta última hipótese (decreta-ção do estado de sítio) é que precisará de autoriza-ção prévia do Congresso Nacional.

III. Em nenhuma hipótese o estado de sítio poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior.

IV, Durante a vigência do estado de defesa não se admite prisão determinada por outra autoridade que não seja a judicial.

V. Somente no estado de sítio ocorre a vedação à inco-municabilidade do preso.

Assinale a alternativa que corresponde à relação completa de proposições corretas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) II, III e IV.

d) IV e V.

e) II, III e V.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a”: a assertiva I está em perfeita simetria com o previsto no inciso III do art. 139 da CF. A assertiva II está de acordo com o gravado nos arts. 136 e 137 da CF. Neste último há a expressa neces-sidade de autorização do Congresso Nacional para tal decretação.

Alternativa “b”: apesar da assertiva II estar correta, a IV apresenta erro, pois a redação do inciso I do § 3º do art. 136 da CF diz “a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial”. Não há menção de exclusividade de prisão por determinação judicial.

Alternativa “c”: a assertiva II está correta, porém a III apresenta erro, já que a redação do § 1º do art. 138 diz

“O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser

decretado por todo o tempo que perdurar a guerra

ou a agressão armada estrangeira”. A assertiva IV também está equivocada, pois a redação do inciso I do § 3º do art. 136 da CF diz “a prisão por crime con-tra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz com-petente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial”. Não há menção de exclusividade de prisão por determinação judicial.

Alternativa “d”: a assertiva IV apresenta erro, pois a redação do inciso I do § 3º do art. 136 da CF diz “a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor

da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial”. Não há menção de exclusividade de prisão por determinação judicial. A assertiva V está errada, pois, no caso do estado de defesa, há a vedação expressa a incomunicabilidade de preso, no inciso IV, do § 3º do art. 136. Já no estado de defesa, há um rol taxa-tivo de medidas que pode ser adotadas, no art. 139, que não incluem a incomunicabilidade do preso.

Alternativa “e”: em que pese a assertiva II estar correta, a assertiva III apresenta erro, já que a redação do § 1º do art. 138 diz “O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo

que perdurar a guerra ou a agressão armada estran-

geira”. A assertiva V está errada, pois, no caso do estado de defesa, há a vedação expressa a incomunicabilidade de preso, no inciso IV, do § 3º do art. 136. Já no estado de defesa, há um rol taxativo de medidas que pode ser adotadas, no art. 139, que não incluem a incomunicabi-lidade do preso.

(Delegado de Polícia – SC/ 2008 – ACADEPOL) Quanto ao Estado de Defesa e Estado de Sítio, analise as afirmações a seguir.

I. O Presidente da República pode solicitar ao Con-gresso Nacional autorização para decretar estado de sítio para preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e imi-nente instabilidade institucional ou atingidas por grandes calamidades.

II. O decreto que instituir o estado de defesa determi-nará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, sendo, por exemplo, admitida restrição aos direitos de reu-nião, ainda que exercida no seio das associações.

III. Na vigência do estado de sítio poderão ser tomadas contra as pessoas, dentre outras, as medidas: busca

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1736

e apreensão em domicílio, intervenção nas empre-sas de serviços públicos e requisição de bens.

IV. O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por sessenta dias, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

Estão corretas apenas:

a) II e III

b) I e III

c) I e IV

d) I e II

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: a questão versa sobre o estado de defesa e o estado de sítio, assim como os requisitos que permitem tais excepcionalidades, exigindo do can-didato o conhecimento do texto gravado entre os arti-gos 136 e 139 da CF.

Alternativa correta: letra “a”: a assertiva II está em perfeita simetria com o previsto no § 1º do art. 136 da CF. A assertiva III é espelhada no que está positivado no art. 139, incisos, V, VI, e VIII da CF.

Alternativa “b”: apesar da assertiva III estar correta, a assertiva I apresenta erro. O examinador busca con-fundir o candidato, pois o objeto de proteção apresen-tado na alternativa, ou seja, preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por grandes calamidades, é atinente ao estado de defesa.

Alternativa “c”: na assertiva I, o examinador busca confundir o candidato, pois o objeto de proteção apre-sentado na alternativa, ou seja, preservar ou restabe-lecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingi-das por grandes calamidades, é atinente ao estado de

defesa. A assertiva IV, afronta o previsto no § 2º do art. 136 da CF, que diz: “O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser pror-rogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação”.

Alternativa “d”: apesar da assertiva II estar correta, na I o examinador busca confundir o candidato, pois o objeto de proteção apresentado na alternativa, ou seja, preservar ou restabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por grandes calamidades, é atinente ao estado de defesa.

(Delegado de Polícia – GO / 2008 – UEG) Sobre a vigência do estado de defesa, é CORRETO afirmar:

a) é permitida a incomunicabilidade do preso.

b) a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a quinze dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário.

c) a comunicação da prisão será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e men-tal do detido no momento de sua autuação.

d) a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade judiciária.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: a alternativa está de acordo com o previsto no inciso II, do § 3º do art. 136 da CF.

Alternativa “a”: o inciso IV, do § 3º do art. 136 da CF diz que é vedada a incomunicabilidade do preso.

Alternativa “b”: o prazo previsto no inciso III, do § 3º do art. 136 da CF é de dez dias, e não quinze, como menciona a alternativa.

Alternativa “d”: é a autoridade policial que deve ser dirigido o pedido de exame de corpo de delito, e não a autoridade judiciária, conforme previsão expressa do o inciso I, do § 3º do art. 136 da CF.

POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL

(Funrio – Policial Rodoviário Federal/2009) Com rela-ção à possibilidade da declaração pela União Federal de estado de calamidade pública no Sistema Único de Saúde, através de Decreto Presidencial, com a conse-quente requisição de bens municipais, sem a decreta-ção do Estado de Defesa ou de Sítio, é correto afirmar que é

a) inadmissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.

b) admissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.

c) inadmissível a requisição de bens municipais pela União como narrado uma vez que, apesar de se ter por meta a proteção da saúde da população, não houve o requerimento pelo Estado da Federação em questão, fato este que tornaria desnecessária a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio.

d) inadmissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem que haja requerimento expresso do Poder Legislativo Distrital onde se localiza o Município em questão.

e) admissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, desde que aprovada moção pela Câmara dos Verea-

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1737

dores do Município, e esta seja referendada por 3/5 dos membros do Congresso Nacional.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a” (responde a todas

as alternativas): é inadmissível a requisição de bens municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio (artigos 136, § 1°, II e 139, VII, da CF), pois cada ente federado detém autonomia, característica da forma federativa do Estado brasileiro (art. 1°, caput, da CF).

INVESTIGADOR, ESCRIVÃO, AGENTE E INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL

(UEG – Agente de Polícia – GO/2013) No sistema cons-titucional do gerenciamento das crises, a Constituição Federal prevê medidas excepcionais para a restauração da ordem, em momentos de anormalidade. São medi-das que ampliam o poder repressivo do Estado, infor-madas pelos princípios da necessidade e da tempora-lidade, restringindo os direitos e garantias individuais. Dentre essas medidas excepcionais para a restauração da ordem, encontra-se o estado de

a) defesa, que pode ser estabelecido por vezes suces-sivas e consecutivas, sendo de âmbito nacional.

b) sítio, que permite a restrição ao sigilo de correspon-dência, ao direito de propriedade e à liberdade de manifestação do pensamento.

c) defesa, que permite a restrição à inviolabilidade domiciliar, ao sigilo de correspondência e à liber-dade de expressão do pensamento.

d) sítio, que, depois de estabelecido, pode ser prorro-gado por tempo indeterminado, sendo de âmbito nacional.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: Tendo em vista poder ser esta-belecida a restrição de direitos fundamentais inerentes ao ser humano, na decretação do estado de defesa ou de sítio para reestabelecer a normalidade do país em crise, a doutrina diz que é preciso observar os princípios da necessidade e o da temporalidade. O primeiro diz respeito que essas medidas excepcionais só podem ser decretadas quando estritamente necessárias, tendo em vista as restrições a direitos fundamentais que impõem. Já o segundo diz respeito à limitação dessas medidas excepcionais, que não poderão ser por longo tempo pois, assim sendo, poderá caracterizar um golpe de estado.

Alternativa correta: “b”. A alternativa está correta, pois o estado de sítio, ao ser decretado, é permitido a restrição dos seguintes direitos à luz do que estabe-lece o art. 139, III, VII e III da CF, respectivamente: 1) A limitação às restrições relativas à inviolabilidade da cor-

respondência; 2) Ao direito de propriedade, haja vista o estado pode requisitar bens; 3) À manifestação do pensamento, haja vista poder ser restrita a liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei.

Alternativa “a”. O estado de defesa é sempre deter-minado em locais restritos, e nunca em âmbito nacional à luz da interpretação do art. 136, caput da CF. E também o estado de defesa só poderá ter duração de trinta dias, prorrogável uma vez por igual período à luz do art. 136, § 2º da CF, portanto, a alternativa está errada.

Alternativa “c”. O estado de defesa, só permite a restrição de direitos previstos no art. 136, § 1º, I, a, b e c da CF, que são respectivamente: a) restrição ao direito de reunião; b) ao sigilo de correspondência; c) ao sigilo de comunicação telegráfica e telefônica. Essas hipóte-ses de restrição de direitos são numerus clausulus, ou seja, tem rol taxativo, não podem ser estendidos, por-tanto, a alternativa está incorreta, pois não se encontra dentre as hipóteses de restrição de direitos no estado de defesa a inviolabilidade domiciliar e a liberdade de expressão do pensamento.

Alternativa “d”. O estado de sítio no caso de decre-tação por comoção grave de repercussão nacional ou pela ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia da decretação do estado de defesa, poderá ter duração de trinta dias, prorrogáveis por iguais e sucessivos perío-dos, por tempo nunca superior a trinta dias. No caso de decretação do estado de sítio, pelo fato de haver decla-ração do estado de guerra ou de resposta a agressão armada estrangeira, poderá ser decretado pelo tempo que perdurar a guerra ou a agressão, mas isso não lhe dá a característica de ser por prazo indeterminado, por-tanto, a alternativa está incorreta à luz do art. 138, § 1º da CF.

(UFF – Inspetor de Polícia – RJ/2012) Entre as formas de defesa do Estado Nacional e das instituições demo-cráticas está o estado de defesa.

Sobre o tema, é correto afirmar que:

a) decretado o estado de defesa, deve o Presidente encaminhar o ato com a respectiva justificação ao Senado, que decidirá por maioria absoluta.

b) na vigência do estado de defesa, a prisão ou deten-ção de qualquer pessoa não poderá ser superior a trinta dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário.

c) não poderá ser superior a trinta dias, salvo prorro-gação, por uma única vez, pelo mesmo período, se persistirem as razões que justificaram sua decreta-ção.

d) entre as medidas que podem ser adotadas, in-cluem-se restrições aos direitos de liberdade de locomoção e de expressão.

e) havendo rejeição do decreto pelo Congresso Nacional, cessa imediatamente o estado de defesa, exceto no caso de prorrogação na hipótese de cala-midade pública.

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1738

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “c”. A alternativa é a correta, pois o art. 136, § 2º da CF, estabelece que a duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, mas pode ser prorrogado por mais trinta dias, caso persis-tam as razões que justificaram a sua decretação, haja vista as restrições maiores que o estado de sítio estabe-lece, o Poder Constituinte pensou por bem, poder pror-rogar o prazo do estado de defesa por uma única vez, por igual período, qual seja, de trinta dias.

Alternativa “a”. O item está incorreto, pois o art. 136, § 4º da CF determina que decretado o estado de defesa, ou até mesmo sua eventual prorrogação, o Chefe do Poder Executivo Federal deverá, no prazo de vinte e quatro horas, submeter o ato com suas respecti-vas justificações ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta rejeitá-lo ou mantê-lo.

Alternativa “b”. Durante a medida excepcional do estado de defesa, uma vez presa qualquer pessoa, esta prisão não poderá perdurar por mais de dez dias, salvo autorização expressa e justificada do Poder Judiciário. É o que dispõe o art. 136, § 3º, III da CF, portanto, a alterna-tiva está incorreta.

Alternativa “d”. O item está incorreto, pois as restrições a direitos durante a vigência do estado de defesa, encontram-se no art. 136, § 1º, I, a, b e c da CF, que estabelecem respectivamente, que serão restritos os direitos de reunião, de sigilo de correspondências e de sigilo de comunicação telegráfica e telefônica. Por-tanto, não é cabível no estado de defesa a restrição aos direitos de liberdade de locomoção e expressão.

Alternativa “e”. Rejeitada a decretação do estado de defesa por maioria absoluta do Congresso Nacional, este cessará imediatamente, não importa a razão que fundou tal decretação, haja vista poder se tratar de um golpe de Estado. O art. 136, § 7º da CF, estabelece que uma vez rejeitado o decreto de estado de defesa, ces-sará de forma imediata os seus efeitos, portanto, a alter-nativa está incoerente com o texto constitucional, e por consequência lógica, incorreta.

EXAME DE ORDEM

(FGV - Exame de Ordem 2016.2) O Presidente da Repú-blica, cumprido todos os pressupostos constitucionais exigíveis, decreta estado de defesa no Estado- membro Alfa, que foi atingido por calamidades naturais de grandes proporções, o que causou tumulto e invasões a supermer-cados, farmácias e outros estabelecimentos, com atin-gimento à ordem pública e à paz social. Mesmo após o prazo inicial de 30 dias ter sido prorrogado por igual perí-odo (mais 30 dias), ainda restava evidente a ineficácia das medidas tomadas no decorrer do citado estado de defesa.

Sem saber como proceder, a Presidência da Repú-blica recorre ao seu corpo de assessoramento jurí-dico que, de acordo com a CRFB/88, informa que

A) será possível, cumpridas as exigências formais, uma nova prorrogação de, no máximo, 30 dias do estado de defesa.

B) será possível, cumpridas as exigências formais, prorrogar o estado de defesa até que seja a crise completamente debelada.

C) será possível, cumpridas as exigências formais, decretar o estado de sítio, já que vedada nova pror-rogação do estado de defesa.

D) será obrigatoriamente decretada a intervenção federal no Estado Alfa, que possibilita a utilização de meios de ação mais contundentes do que os pre-vistos no estado de defesa.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: não se admite nova prorrogação do estado de defesa, pois, consoante art. 136, §2º, da CF, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. Já, por conta do disposto no art. 137 da CF, o Presidente da República pode, ouvi-dos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: I - como-ção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada

durante o estado de defesa; II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Alternativa “a”: não se admite nova prorrogação do estado de defesa, pois, consoante art. 136, §2º, da CF, o tempo de duração do estado de defesa não será supe-rior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez,

por igual período, se persistirem as razões que justifi-caram a sua decretação.

Alternativa “b”: só se admite uma prorrogação do estado de defesa. Conforme art. 136, §2º, da CF, o tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por

igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

Alternativa “d”: não se trata de hipótese de inter-venção federal, que se encontra delineada nos artigos 34 e seguintes da CF.

(FGV – Exame de Ordem 2014.2) O estado de defesa e o estado de sítio são tidos como legalidades extraordi-nárias, verdadeiras excepcionalidades que possibilitam inclusive a suspensão de determinas garantias consti-tucionais. As hipóteses de incidência e o procedimento são exaustivamente tratados pela CRFB/88.

Com base na previsão constitucional dos referidos institutos, assinale a opção correta.

a) o estado de defesa e o estado de sítio podem ser decretados pelo Presidente da República, bastando a oitiva prévia do Conselho da República, do Con-

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1739

selho de Defesa Nacional e do Procurador-Geral da República.

b) no estado de defesa, a oitiva do Congresso Nacional é posterior à sua decretação. Por sua vez, no estado de sítio, o Congresso Nacional deve ser ouvido pre-viamente à decretação.

c) poderá o Presidente da República, à luz da CRFB/88, decretar estado de defesa em resposta a agressão armada de país vizinho.

d) em sendo hipótese de estado de sítio, o Congresso Nacional deverá ser fechado até o término das medidas coercitivas, para sua salvaguarda.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: x

Alternativa correta: letra “b”: apenas depois de já decretar o estado de defesa ou sua prorrogação, é que o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacio-nal, que decidirá por maioria absoluta. Caso o Con-gresso Nacional esteja em recesso, haverá convocação extraordinária no prazo de 5 dias, o que será feito pelo Presidente do Senado Federal (art. 136, §§ 4° e 5° c.c. art. 57, § 6°, I, todos da CF). O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o Estado de Defesa. Caso o decreto seja rejeito, cessará imediatamente o Estado de Defesa (art. 136, § 6° e 7°, da CF). Diferentemente do Estado de Defesa, em que o Presidente o decreta ou prorroga e somente depois submete sua decisão ao Congresso Nacional, no Estado de Sítio o Presidente da República deve solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretá-lo, o que somente poderá se dar nos casos de: 1. Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; 2. Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira (art. 137 da CF) (LÉPORE, Paulo. Direito constitucional. 2. Ed. Salvador: Juspodivm, 2014, p. 444-445).

Alternativa “a”: vide alternativa correta.

Alternativa “c”: de acordo com o caput do art. 136 da CF, o Presidente da República pode, ouvidos o Con-selho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou pronta-mente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza. As hipóteses de decretação do Estado de Defesa descritas nesse dispositivo constitucional são taxativos, não se admitindo a medida em caso de resposta a agressão

armada de país vizinho que, segundo o caput do art.

137 da CF, seria hipótese autorizativa de Estado de

Sítio.

Alternativa “d”: apesar de implicar uma série de restrições, o Estado de Defesa e o Estado de Sítio não

interrompem as atividades do Congresso Nacional,

nem tampouco do Supremo Tribunal Federal. Fique ligado, pois essa é uma pegadinha clássica!

ANALISTA E TÉCNICO DE TRT

(CESPE – Analista Judiciário – Judiciária – TRT

10/2013) Julgue os itens seguintes, a respeito do estado de defesa e do estado de sítio.

O estado de sítio é medida mais branda de defesa do Estado e das instituições democráticas e, diferente-mente do estado de defesa, não exige autorização prévia do Congresso Nacional para que possa ser decre-tado pelo presidente da República.

|COMENTÁRIOS|..

Errado. O estado de sítio é medida mais severa de defesa do Estado e das instituições democráticas, pois, uma das suas hipóteses de cabimento é justamente a ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia da medida tomada durante o estado de defesa (art. 137, I, da CF). Ademais, diferentemente do estado de defesa, o estado de sítio exige autorização prévia do Congresso Nacional para que possa ser decretado pelo Presidente da República (art. 137, parágrafo único, da CF).

O Congresso Nacional deixará de funcionar enquanto vigorar o estado de defesa.

|COMENTÁRIOS|..

Errado. O art. 60, § 1º determina que a Constitui-ção não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa, mas isso não significa que o Congresso Nacio-

nal deixará de funcionar. Aliás, após ser decretado o estado de defesa, cabe justamente ao Congresso apre-ciá-lo (art. 136, §§ 4º a 6º, da CF).

O estado de defesa e o estado de sítio são medidas excepcionais previstas no texto constitucional e visam à restauração da ordem em momentos de crise.

|COMENTÁRIOS|..

Certo. O estado de defesa e o estado de sítio são medidas excepcionais previstas no texto constitucional e visam à restauração da ordem em momentos de crise, nos termos dos artigos 136 a 139 da CF, compondo o título constitucional da Defesa do Estado e das Institui-ções Democráticas.

(FCC – Analista Judiciário – Exec. Mandados – TRT

11/2012) Face a comoção grave de repercussão nacio-nal, sendo de cretado o estado de sítio, Alberto, brasi-leiro maior e capaz e domiciliado no Estado de Roraima, resolveu se mudar para o Estado do Rio Grande do Sul,

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1740

porém ao chegar no aero porto, Otávio, agente da Polí-cia Federal, legalmente e no exercício de atribuições do Poder Público, proibiu a sua lo comoção para outro Estado, mantendo-o contra sua vonta de no Estado de Roraima. Segundo a Constituição Federal, Alberto, na vigência do estado de sítio

a) poderá viajar desde que impetre habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, cuja competência é originária.

b) tem direito líquido e certo e, assim, impetrará habeas corpus ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, que permitirá sua viagem.

c) não terá que se sujeitar a ordem da autoridade desde que impetre habeas corpus ao Supremo Tri-bunal Federal, cuja competência é originária.

d) não terá que se sujeitar a ordem da autoridade des-de que impetre habeas corpus ao Juiz do Tribunal Militar, que requisitará informações à Policia Fede-ral.

e) em regra, terá que se sujeitar a ordem da autori-dade e deverá permanecer no Estado de Roraima.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “e” (responde a todas as

alternativas): o estado de sítio é uma medida excepcio-nal que busca a restauração da ordem em momentos de crise. Nesse sentido, admite-se a suspensão de algumas garantias constitucionais, com a designação de execu-tores das medidas específicas sobre as áreas abrangidas pelo decreto do estado de sítio (art. 138 da CF). Ademais, segundo o art. 139 da CF, na vigência do estado de sítio, poderão ser tomadas várias medidas contra as pessoas, dentre as quais se identifica a obrigação de permanên-cia em localidade determinada. Assim, em tese, Otávio tinha legitimidade para impedir a viagem de Alberto, pois absolutamente amparado à Constituição Federal.

XIII.2. FORÇAS ARMADAS CF, arts. 142 e 143

JUIZ FEDERAL

(Cespe – Juiz Federal Substituto 5ª região/ 2011) Com relação à defesa do Estado e das instituições democráti-cas e aos direitos políticos, assinale a opção correta.

a) As hipóteses de inelegibilidade, por configurarem circunstâncias que impedem o cidadão de exercer total ou parcialmente a capacidade eleitoral pas-siva, constam de rol taxativo previsto na CF.

b) A reaquisição de direitos políticos suspensos só se faz possível mediante decisão judicial proferida em ação ajuizada para tal fim.

c) Os casos que ensejam a decretação do estado de sítio estão previstos na CF de forma taxativa, dife-rentemente dos relativos ao estado de defesa.

d) O controle político exercido sobre a decretação do estado de defesa é prévio, concomitante ou suces-sivo.

e) Apesar de a prestação de serviço militar ser obriga-tória, a recusa em cumpri-la é admitida sob a alega-ção do direito de escusa de consciência, cabendo, nesse caso, às forças armadas atribuir àquele que exercer esse direito serviço alternativo em tempo de paz, cuja recusa enseja como sanção a declara-ção da perda dos direitos políticos.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: entendemos que esta questão deveria ter sido anulada, pois a alternativa apontada como correta contraria expressamente dispositivo legal que disciplina a matéria. Explicamos melhor logo abaixo.

Alternativa correta: letra “e”: apesar de a presta-ção de serviço militar ser obrigatória (art. 143, caput, da CF), a recusa em cumpri-la é admitida sob a alegação do direito de escusa de consciência, cabendo, nesse caso, às forças armadas atribuir àquele que exercer esse direito serviço alternativo em tempo de paz (art. 143, § 1°, da CF), cuja recusa enseja como sanção a declaração da perda dos direitos políticos (art. 15, IV, da CF). Desta-camos que, tradicionalmente, a doutrina sempre se pro-nunciou no sentido de que a recusa prestação alterna-tiva implica na perda dos direitos políticos. Entretanto, o art. 4°, § 2°, da Lei 8.239/91 (que regulamenta o art. 143, §§ 1º e 2º da Constituição Federal, sobre a prestação de Serviço Alternativo ao Serviço Militar Obrigatório), enuncia que a recusa de prestação alternativa gerará a suspensão dos direitos políticos. Ante o exposto, entendemos que a questão deveria ter sido anulada, pois a resposta apontada como correta está em desa-cordo com a legislação pertinente.

Alternativa “a”: as hipóteses de inelegibilidade constam de rol exemplificativo. Prova disso é o artigo 14, § 9°, da CF, segundo o qual lei complementar

estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os

prazos de sua cessação, a fim de proteger a probi-dade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influ-ência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

Alternativa “b”: a reaquisição de direitos políti-cos suspensos não exige decisão judicial proferida em ação ajuizada para tal fim. Por exemplo, se ocor-rer a suspensão dos direitos políticos pela recusa de cumprimento a obrigação alternativa pela não pres-tação de serviço militar obrigatória, assim que houver o cumprimento da obrigação, haverá a reaquisição dos direitos políticos (art. 143 c.c. art. 15, IV, todos da

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1741

CF). Outra hipótese: cessados os efeitos da sentença penal condenatória, os direitos políticos deixam de estar suspensos (art. 15, III, da CF).

Alternativa “c”: os casos que ensejam a decreta-ção do estado de sítio (art. 137, da CF) e do estado de

defesa (art. 136, da CF) estão previstos na CF de forma taxativa.

Alternativa “d”: o controle político exercido pelo Congresso Nacional sobre a decretação do estado de defesa não é prévio, mas é concomitante (art. 136, § 3°, da CF: “Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, den-tro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta”.) e posterior (art. 141, parágrafo único, da CF: “Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da Repú-blica, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adota-das, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas”).

JUIZ DE DIREITO

(Vunesp – Juiz Substituto – SP/ 2009) Sobre as Forças Armadas, é correto afirmar que

a) ao militar é proibida a greve, mas não a sindicali-zação.

b) enquanto no serviço ativo, o militar pode estar filiado a partido político desde que não ocupe cargo de direção.

c) o militar em atividade, que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, será transfe-rido para a reserva, nos termos da lei.

d) em tempo de guerra, os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: o militar em ativi-dade, que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, será transferido para a reserva, nos termos da lei, de acordo com o art. 142, § 3°, II, da CF.

Alternativa “a”: ao militar são proibidas a sindi-

calização e a greve (art. 142, § 3°, IV, da CF).

Alternativa “b”: enquanto no serviço ativo, o mili-tar não pode estar filiado a partido político, mesmo que não ocupe cargo de direção (art. 142, § 3°, V, da CF).

Alternativa “d”: em tempo de paz (não de guerra), as mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir (art. 143, § 2°, da CF).

XIII. 3. SEGURANÇA PÚBLICA CF, art. 144

PROCURADOR DO MUNICÍPIO

(Procurador do Município – Prefeitura Teresina-

-PI/2010 – FCC) A segurança pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, conforme artigo 144 da Constituição Federal. Neste contexto,

a) os Municípios podem constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e ins-talações, exclusivamente.

b) os Municípios que tiverem capacidade econômica adequada podem estruturar as guardas municipais com equipes especiais de polícia judiciária para apurar infrações penais, exceto as militares.

c) as guardas municipais têm o dever de realizar o policiamento ostensivo para preservar a ordem pública, além de proteger os bens, serviços e insta-lações de propriedade do Município.

d) nas áreas municipais onde houver necessidade, a guarda municipal pode exercer as funções de polí-cia marítima ou de fronteira.

e) cada Município deve instituir órgão policial de segurança própria nos termos de sua Lei Orgânica.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “a” a assertiva está correta conforme o disposto no artigo 144, 8º, da Constituição Federal, segundo o qual os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Alternativa “b”: o artigo 144 da Constituição Fede-ral, não permite à guarda municipal a atividade de polí-cia judiciária.

Alternativa “c”: o artigo 144 da Constituição Fede-ral, não autoriza à guarda municipal a atividade de polí-cia ostensiva.

Alternativa “d”: o artigo 144 da Constituição Fede-ral, não atribui à guarda municipal a atividade de polícia marítima ou de fronteira.

Alternativa “e”: o artigo 144 da Constituição Fede-ral, faculta aos municípios a criação de guarda munici-pal para a proteção de seus bens, serviços e instalações.

DEFENSOR PÚBLICO ESTADUAL

(FCC – Defensor Público - CE/2014) A Emenda Cons-titucional no 82, de 16 de julho de 2014, introduziu no Título V da Constituição (Da Defesa do Esta do e das Instituições Democráticas) disciplina específica sobre a segurança viária. Nos termos de suas dispo sições, a segurança viária

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1742

a) compete privativamente aos Estados e ao Distrito Federal, que lhe dão execução por meio de órgãos ou entidades específicos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.

b) compete privativamente aos Municípios, que lhe dão execução por meio de órgãos ou entidades especí ficos e seus agentes de trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.

c) constitui direito fundamental assegurado mediante o exercício pelo Poder Público de atividades de pla-nejamento, administração, normatização, pesqui sa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policia-men to, fiscalização, julgamento de infrações e de recur sos e aplicação de penalidades.

d) é exercida para a melhoria do transporte público em perímetro urbano e a preservação da incolu-midade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas.

e) compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobili-dade urbana eficiente.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e”: nos termos do artigo 144, § 10º, da CF, com redação dada pela EC n. 82/2014, a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: I - compreende a edu-

cação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de

outras atividades previstas em lei, que assegurem

ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

Alternativa “a”: nos termos do artigo 144, § 10º, da CF, com redação dada pela EC n. 82/2014, a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; II - compete, no âmbito

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

aos respectivos órgãos ou entidades executivos e

seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira,

na forma da lei.

Alternativa “b”: nos termos do artigo 144, § 10º, da CF, com redação dada pela EC n. 82/2014, a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: I - compreende a educação, engenharia e fisca-lização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; II - compete, no âmbito dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trân-sito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

Alternativa “c”: nos termos do artigo 144, § 10º, da CF, com redação dada pela EC n. 82/2014, a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades

previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito

à mobilidade urbana eficiente; II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos res-pectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

Alternativa “d”: é exercida para a preservação

da ordem pública (e não da melhoria do transporte público em perímetro urbano) e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas (art. 144, §10).

JUIZ DE DIREITO

(Vunesp – Juiz Substituto – SP/ 2011) Leia as afirmati-vas quanto à segurança pública.

I. É exercida pela polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares.

II. Os Municípios poderão constituir guardas munici-pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

III. Compete à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.

IV. Compete à polícia federal exercer, em concorrência com as polícias civis estaduais, as funções de polícia judiciária da União.

É correto apenas o que se afirma em

a) II, III e IV.

b) I, III e IV.

c) I e II.

d) IV.

e) I, II e III.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e”

Assertiva “I”: a segurança pública é exercida pela polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferrovi-ária federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bombeiros militares, nos termos do art. 144, da CF.

Assertiva “II”: os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, consoante art. 144, § 8°, da CF.

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1743

Assertiva “III”: compete à União organizar e man-ter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombei-ros militar do Distrito Federal, de acordo com o art. 21, XIV, da CF.

Assertiva “IV”: Compete à polícia federal exercer, com exclusividade (e não em concorrência com as polícias civis estaduais), a função de polícia judiciária da União (art. 144, § 1°, IV, da CF).

PROMOTOR DE JUSTIÇA

(MPE – SC – Promotor de Justiça – SC/2013) Assina-lando preceitos de eficácia plena, a Carta Federal esta-belece que às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competên-cia da União, a execução de serviços administrativos de trânsito, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

|COMENTÁRIOS|..

Falso. De acordo com o art. 144, § 4º, da CF, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de car-reira, incumbem, ressalvada a competência da União as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, mas não a execução de ser-viços administrativos de trânsito.

(Cespe – Promotor de Justiça-SE/2010) Com relação à segurança pública, à polícia ostensiva e à polícia judiciá-ria, assinale a opção correta.

a) A segurança pública é dever da União e tem como objetivo fundamental a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patri-mônio.

b) Os municípios que tiverem mais de vinte mil habi-tantes podem constituir guardas municipais desti-nadas à proteção de seus bens, serviços e instala-ções.

c) Às polícias civis competem, ressalvada a compe-tência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

d) Compete privativamente à União legislar sobre normas de organização, efetivos, material bélico e garantias, convocação e mobilização das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares, bem como sobre normas de organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

e) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili-tares subordinam-se aos governadores dos esta-dos, com exceção do DF, onde a subordinação se dá em relação ao chefe de governo da União.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: às polícias civis competem, ressalvada a competência da União, as

funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, nos termos do art. 144, § 4º, da CF.

Alternativa “a”: a segurança pública é dever do

Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e tem como objetivo fundamental a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, conforme art. 144, caput, da CF.

Alternativa “b”: o art. 144, § 8º, da CF, dispõe que os municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instala-ções, conforme dispuser a lei, mas não estabelece exi-

gência de número mínimo de habitantes nos muni-

cípios que visem criá-las.

Alternativa “d”: compete privativamente à União legislar sobre normas de organização, efetivos, mate-rial bélico e garantias, convocação e mobilização das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares (art. 22, XXI, da CF), mas compete concorrentemente à

União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre normas de organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis (art. 24, XVI, da CF).

Alternativa “e”: as polícias militares e os corpos de bombeiros militares subordinam-se aos governadores dos estados e do Distrito Federal, conforme art. 144, § 6º, da CF.

NOTÁRIO E REGISTRADOR

(FUMARC – Notário-MG/2012) Segundo a Constitui-ção Federal e a propósito da atuação das polícias milita-res, é correto afirmar que

a) incumbe-lhes a polícia judiciária.

b) subordinam-se ao Presidente da República.

c) são forças auxiliares e de reserva do Exército.

d) respondem pelo patrulhamento ostensivo das fer-rovias federais.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: no que tange as polícias militares, são forças auxiliares e de reserva do Exército, conforme previsão do § 6º do art. 144 da CF.

Alternativa “a”: à polícia judiciária dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, conforme o § 4º do art. 144 da CF.

Alternativa “b”: as polícias militares subordinam--se aos Governadores de estado, conforme previsão do § 6º do art. 144 da CF.

Alternativa “d”: tal atribuição pertence à Polícia Fer-roviária Federal, de acordo com o § 3º do art. 144 da CF.

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1744

(IESES – Notário-MA/2008) Sobre a Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, analise as afirmações a seguir.

I. O Presidente da República pode, ouvidos o Conse-lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa em caso de declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

II. De acordo com a Constituição Federal, a execução de atividades de defesa civil incumbe aos corpos de bombeiros militares.

III. Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve e, ainda em relação a este, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos.

IV. A segurança pública, dever do Estado, direito e res-ponsabilidade de todos, é exercida para a preserva-ção da ordem pública e da incolumidade das pes-soas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia fer-roviária federal, polícias civis, polícias militares, cor-pos de bombeiros militares e guardas municipais.

A alternativa que contêm todas e somente as afir-mações corretas é:

a) III – IV

b) I – II – IV

c) II – III

d) I – III

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: a assertiva II está em perfeita simetria com o § 5º do art. 144 da CF, que trata da Segurança Pública. A Assertiva III está em consonân-cia com o inciso IV do art. 142 da CF.

Alternativa “a”: a assertiva IV está errada, pois não há previsão das Guardas Municipais nos incisos I ao V do art. 144 da CF, que trata da Segurança Pública. A Asser-tiva III está em consonância com o inciso IV do art. 142 da CF.

Alternativa “b”: a assertiva I está errada, pois afronta o previsto no art. 136 da CF, que diz “Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente res-tabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”. A assertiva II está em perfeita simetria com o § 5º do art. 144 da CF, que trata da Segurança Pública. A assertiva IV está equivo-cada, pois não há previsão das Guardas Municipais nos incisos I ao V do art. 144 da CF, que trata da Segurança Pública.

Alternativa “d”: a assertiva I está errada, pois afronta o previsto no art. 136 da CF, que diz “Art. 136.

O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decre-tar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”. A Assertiva III está em consonância com o inciso IV do art. 142 da CF.

DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

(Cespe – Delegado de Polícia Federal – DPF/2013)

Acerca das atribuições da Polícia Federal, julgue os itens a seguir.

A Polícia Federal dispõe de competência para proceder à investigação de infrações penais cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional, exigindo-se repressão uniforme.

|COMENTÁRIOS|..

Certo. O artigo 144, § 1º, da CF, estabelece que a Polícia Federal, instituída por lei como órgão perma-nente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas enti-dades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão

interestadual ou internacional e exija repressão

uniforme, segundo se dispuser em lei; II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas res-pectivas áreas de competência; III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judi-ciária da União.

De acordo com a norma constitucional, cabe exclusi-vamente à Polícia Federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, portanto a atu-ação da polícia militar de determinado estado da Fede-ração no flagrante e apreensão de drogas implica a ilici-tude da prova e a nulidade do auto de prisão.

|COMENTÁRIOS|..

Errado. A Polícia Federal é a que exerce com exclusi-vidade as funções de polícia judiciária da União. Contudo, o artigo 144, § 1º, da CF, estabelece que a Polícia Federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes

e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem pre-

juízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos

nas respectivas áreas de competência.

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1745

DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

(Cespe – Delegado de Polícia – AL/ 2012) Em relação às normas constitucionais relativas à segurança pública, julgue os próximos itens.

Os corpos de bombeiros militares e as polícias militares são forças auxiliares do Exército, não se subordinando aos governadores de estado.

|COMENTÁRIOS|..

Errado, pois a redação do § 6º do art. 144 diz “As polícias militares e corpos de bombeiros militares, for-ças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios”. Além disso, o STF já se pronunciou acerca do assunto, confir-mando a subordinação aos governadores de estado.

A segurança pública é dever do Estado e direito e res-ponsabilidade de todos, sendo exercida pela polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias militares e corpos de bom-beiros militares.

|COMENTÁRIOS|..

Certo, pois se amolda com perfeição ao art. 144, incisos I ao V da CF.

De acordo com a CF, a polícia civil exerce as funções de polícia judiciária e apura as infrações penais, inclusive as militares.

|COMENTÁRIOS|..

Errado, uma vez que o § 4° do art. 144 da CF diz “às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de car-reira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares”.

(Delegado de Polícia – ES/ 2011 – CESPE) Julgue o item subsequente, relativo à segurança pública.

Segundo o STF, não há subordinação dos organismos policiais civis, que integram a estrutura do Estado, ao chefe do Poder Executivo, razão pela qual considera constitucional lei estadual que estabeleça autonomia administrativa, funcional e financeira à polícia civil. ERRADO

|COMENTÁRIOS|..

Incorreto, pois o entendimento do STF é em sen-tido contrário, reconhecendo a subordinação dos organismos policiais civis ao chefe do Poder Executivo, de acordo com a inteligência do § 6º do art. 144 da CF, que não deixa dúvidas “As polícias militares e corpos de

bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exér-cito subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal

e dos Territórios”.

(Delegado de Polícia – AP/ 2010 – FGV) Os Órgãos apresentados nas alternativas a seguir estão incluídos no art. 144 da Constituição como responsáveis pelo exercício da preservação da ordem pública e da incolu-midade das pessoas e do patrimônio, à exceção de um. Assinale-o.

a) Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

b) Polícia Ferroviária Federal.

c) Polícias Civis.

d) Forças Armadas.

e) Polícia Federal.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “d” (responde a todas

as alternativas): as forças armadas não estão incluídas no art. 144. Os demais órgãos encontram previsão legal no mencionado art., especificamente, e em ordem de alternativa, as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, no § 5º; a Polícia Ferroviária Federal, no § 3º; as Polícias Civis, no § 4º e a Polícia Federal no § 1º.

(Delegado de Polícia – AP/ 2010 – FGV) Com relação ao tema Segurança Pública analise as afirmativas a seguir:

I. Os municípios poderão constituir guardas munici-pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

II. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apura-ção de infrações penais, exceto as militares.

III. A polícia federal, instituída por lei como órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estru-turado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respec-tivas áreas de competência.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “e” (responde a todas

as alternativas): todas as alternativas estão corretas, sendo previstas no texto constitucional na seguinte

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1746

ordem: Assertiva I, com previsão no texto constitu-cional, por meio do § 8º do art. 144 da CF. Assertiva II, encontra sustentação por meio do § 4° do art. 144 da CF. A assertiva III, tem sua previsão legal no § 1º do art. 144 da CF.

(Delegado de Polícia – PI/ 2009 – NUCEPE) Conside-rando as normas constitucionais que regulam a função e o cargo de Delegado de Polícia, assinale a alternativa incorreta.

a) A Carta Magna especifica que a função de direção da Polícia Civil só pode ser exercida por delegados de polícia de carreira.

b) É inconstitucional atribuir aos suplentes de delega-dos de polícia funções privativas de delegados de polícia de carreira.

c) As funções administrativas de direção da Polícia Civil são cargos em comissão, de livre nomeação, podendo ser preenchidos por pessoas de confiança do gestor público, ainda que estranhas à carreira de delegado.

d) É inconstitucional o estabelecimento, pelas Consti-tuições Estaduais, de prerrogativa de foro para os delegados de polícia, em virtude de incompatibi-lidade entre esta e a efetividade de outras regras constitucionais, principalmente, a que trata do controle externo da atividade policial exercido pelo Ministério Público;

e) É constitucional a autorização legislativa ao Secre-tário Estadual de Segurança Pública para a edição de normas regulamentadoras do funcionamento da instituição, ainda que o cargo não seja ocupado por delegado de carreira.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa certa: letra “c”: as funções de direção das policias civis estão definidas no § 4º do art. 144 da CF, que fiz “às polícias civis, dirigidas por delegados de

polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competên-cia da União, as funções de polícia judiciária e a apura-ção de infrações penais, exceto as militares”.

Alternativa “a”: em perfeita consonância com o previsto no § 4º do art. 144 da CF.

Alternativa “b”: mais uma alternativa que pode ser respondida com a leitura do § 4° do art. 144 da CF, que não expressa a possibilidade de atribuição das funções de direção das polícias civis aos suplentes de Delegados.

Alternativa “d”: É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que prevê prerrogativa de foro para delegados de polícia. O entendimento é do Ple-nário do Supremo Tribunal Federal, por meio do julga-mento da ADI 2.587.

Alternativa “e”: as Polícias Civis estão subordina-das aos Governadores dos Estados, portanto, perfeita-mente possível que a Secretaria da Segurança Pública Estadual edite normas regulamentadores do funciona-

mento da instituição, ainda que o secretário não seja um Delegado de Polícia de Carreira.

(Delegado de Polícia – PI/ 2009 – NUCEPE) Levan-do-se em consideração as normas constitucionais que regulam a Defesa do Estado e das instituições democrá-ticas e suas interpretações pelos julgados do Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, assinale a alternativa correta.

a) é missão típica do Judiciário o combate à criminali-dade, bem como a formulação de políticas públicas neste sentido.

b) a legislação estadual poderá estender a outros órgãos, não mencionados na Constituição Federal, a exemplo dos agentes de trânsito, atribuições de segurança pública.

c) a gestão da segurança pública, como parte inte-grante da Administração Pública, é atribuição priva-tiva do Governador de Estado.

d) é atividade primária das Forças Armadas o policia-mento ostensivo e o combate à criminalidade.

e) a Polícia Rodoviária Federal exerce funções investi-gativas e judiciárias em relação aos delitos ocorri-dos nas rodovias federais.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “c”: o entendimento do STF é no sentido de que “O Pleno desta Corte pacificou jurisprudência no sentido de que os Estados-membros devem obediência às regras de iniciativa legislativa reservada, fixadas constitucionalmente. A gestão da segurança pública, como parte integrante da adminis-tração pública, é atribuição privativa do governador de Estado.” (ADI 2.819, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6-4-2005, Plenário, DJ de 2-12-2005.)

Alternativa “a”: a função típica do Poder Judiciário é de julgar os conflitos e aplicar o ordenamento jurídico, além da função de guarda da Constituição, atribuída ao STF. Diante da divisão orgânica do Poder Estatal, tal atri-buição pertence ao Executivo, que comanda as polícias, e que também formula políticas públicas.

Alternativa “b”: a Constituição do Estado não pode afrontar as diretrizes estabelecidas na Constitui-ção Federal, sob pena da lei ou do ato normativo serem considerados inconstitucionais, portanto, não é pos-sível que sejam estendidas as funções de segurança a órgãos não mencionados no at. 144 da CF.

Alternativa “d”: tal atividade pertence originaria-mente as Polícias Militares, de acordo com expressa pre-visão no § 5º do art. 144 da CF.

Alternativa “e”: de acordo com o § 2º do art. 144, a atribuição da Polícia Rodoviária Federal é o patrulha-mento ostensivo das rodovias federais.

(Delegado de Polícia – SC/ 2008 – ACADEPOL) As For-ças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1747

pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanen-tes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qual-quer destes, da lei e da ordem.

Sobre as Forças Armadas, é correto afirmar:

a) Caberá “habeas-corpus” em relação a certas puni-ções disciplinares militares.

b) Ao militar é proibida a greve e permitida a sindicali-zação.

c) O militar ativo e inativo não pode estar filiado a par-tidos políticos.

d) As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do ser-viço militar obrigatório em tempo de paz sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: letra “d”: na questão é espe-lhada no § 2º do art. 143, não havendo erro em sua reda-ção.

Alternativa “a”: o § 2º do art. 142 da CF diz que não

caberá “habeas-corpus” em relação a punições discipli-nares militares.

Alternativa “b”: tanto a sindicalização quanto a greve são proibidas aos militares, de acordo com o inciso IV do art. 142 da CF.

Alternativa “c”: a vedação do militar se filiar a par-tidos políticos é adstrita a sua atividade, de acordo com o inciso V do art. 142 da CF.

(Delegado de Polícia – GO / 2008 – UEG) São atribui-ções da Polícia Federal:

a) apurar infrações penais contra a ordem pública e social ou em detrimento de bens, serviços e inte-resses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão regional ou interes-tadual e exija repressão uniforme, segundo se dis-puser em lei.

b) prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecen-tes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.

c) exercer, concorrentemente com as polícias civis e militares, as funções de polícia judiciária da União.

d) exercer as funções de polícia marítima, fluvial, aero-portuária e de fronteiras.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: o tema da questão é a segurança pública, especificamente as atribuições da Polícia Fede-ral. Não é demais enfatizar que o candidato deve conhe-

cer todo o conteúdo pertinente às polícias disposto no texto da CF.

Alternativa correta: letra “b”: a alternativa encon-tra o amparo no inciso II do § 1º do art. 144 da CF.

Alternativa “a”: o inciso I do § 1º do art. 144 da CF diz que “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”.

Alternativa “c”: tal função é exclusiva da Policia Federal, de acordo com o previsto no inciso IV do § 1º do art. 144 da CF.

Alternativa “d”: o inciso III do § 1º do art. 144 diz “exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”, não mencionando a função de polícia fluvial.

POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL

(Funrio – Policial Rodoviário Federal/2009) A segu-rança pública, dever do Estado, direito e responsabili-dade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; II – polí-cia rodoviária federal; III – polícia ferroviária federal; IV – polícias civis; V – polícias militares e corpos de bom-beiros militares. Neste sentido, é correto afirmar que incumbe

a) à polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, exercer com exclusividade as funções de polícia judiciária da União.

b) à polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.

c) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autár-quicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interesta-dual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei.

d) à polícia federal, instituída por lei como órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estru-turado em carreira, prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contra-bando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazen-dária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.

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e) às polícias militares, ressalvada a competência da União, exercer as funções de polícia judiciária e apu-rar as infrações penais.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: por clara aderência ao certame, os artigos da CF sobre segurança pública sempre são cobrados nas provas de direito constitucional dos con-cursos para a Polícia Rodoviária Federal, portanto, são de leitura e memorização obrigatórias, com destaque para o art. 144, § 3°.

Alternativa correta: letra “d”: nos termos do art. 144, § 1°, II, da CF, incumbe à polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o con-trabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazen-dária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.

Alternativa “a”: não incumbe à polícia rodoviária

federal exercer com exclusividade as funções de polícia judiciária da União, pois essa é uma atribuição da polí-

cia federal (art. 144, § 1°, IV, da CF).

Alternativa “b”: não incumbe à polícia ferroviá-

ria federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, pois essa é uma atribuição da polícia federal (art. 144, § 1°,

IV, da CF).

Alternativa “c”: não incumbe às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha reper-cussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei, pois essa é uma atribuição da polícia federal (art. 144, § 1°, IV, da CF).

Alternativa “e”: não incumbe às polícias militares, ressalvada a competência da União, exercer as funções de polícia judiciária e apurar as infrações penais, uma vez que essa é uma atribuição das polícias civis (art.

144, § 4°, da CF).

(Cespe – Policial Rodoviário Federal/2004) No que concerne à segurança pública, julgue o seguinte item.

De acordo com a atual Carta Política, a PRF é um órgão transitório da segurança pública, destinado ao patru-lhamento ostensivo das rodovias federais.

|COMENTÁRIOS|..

Errado. De acordo com a atual Carta Política, a PRF é um órgão permanente (não transitório) da segurança pública, destinado ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais, nos termos do art. 144, § 2°, da CF)

INVESTIGADOR, ESCRIVÃO, AGENTE E INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL

(Vunesp – Inspetor de Polícia – PC – CE/2015) Às polí-cias civis, dirigidas__________, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de __________ e a apuração de __________. A alternativa que preenche, correta e respectivamente, na ordem, as lacunas é:

(A) por policiais civis ... polícia ostensiva ... infrações penais, exceto as militares

(B) por delegados de polícia de carreira ... polícia judici-ária ... infrações penais, exceto as militares

(C) por delegados de polícia ... polícia judiciária ... infra-ções penais, inclusive as militares

(D) pelos Governadores dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Territórios ... polícia ostensiva ... infrações penais, inclusive as militares

(E) pelos Governadores dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Territórios ... polícia judiciária . infrações civis e penais, exceto as militares

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: o candidato a cargos policiais, deve dedicar especial atenção às disposições do art. 144 da CF.

Alternativa correta: letra “b” (responde todas as

demais alternativas): nos termos do art. 144, §4º, da CF, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de

infrações penais, exceto as militares.

(Vunesp – Escrivão de Polícia – PC – CE/2015) Sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência, a Carta Magna estabelece que prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o desca-minho, é uma competência da

(A) Polícia Federal.

(B) Polícia Rodoviária Federal.

(C) Polícia Civil.

(D) Polícia Militar.

(E) Guarda Municipal.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: o candidato deve prestar bas-tante atenção e responder a questão conforme consta expressamente do texto da CF.

Alternativa correta: letra “a”: nos termos do art. 144, §1º, da CF, a polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: I - apu-rar infrações penais contra a ordem política e social ou

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1749

em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha reper-cussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

Alternativa “b”: segundo a Constituição, a polícia rodoviária federal, órgão permanente, organi-zado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Alternativa “c”: nos termos da Constituição, às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de car-reira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

Alternativa “d”: nos termos da Constituição, às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preser-vação da ordem pública; aos corpos de bombeiros mili-tares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

Alternativa “e”: nos termos da Constituição, os Municípios poderão constituir guardas municipais

destinadas à proteção de seus bens, serviços e instala-ções, conforme dispuser a lei.

(Aroeira – Escrivão de Polícia – PC – TO/2014)Dispõe a Constituição Federal que as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos

(A) Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

(B) Presidentes das Assembleias Legislativas.

(C) Presidentes dos Tribunais de Justiça.

(D) Secretários da Segurança Pública.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do Autor: as disposições acerca da segu-rança pública, dispostas no art. 144 da CF, possuem grande importância em concursos para cargos nas Polí-cias Civis.

Alternativa correta: letra “a”: nos termos do art. 144, §6º, da CF, as polícias militares e corpos de bom-beiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

Alternativa “b”: as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exér-cito, subordinam-se, juntamente com as polícias civis,

aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (e não aos Presidentes das Assembleias Legislativas).

Alternativa “c”: as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exér-cito, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (e não aos Presidentes dos Tribunais de Justiça).

Alternativa “d”: as polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exér-cito, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (e não aos Secretários de Segurança Pública).

(CESPE – Agente de Polícia – DF/2013) Julgue o item abaixo, que versa sobre a organização da segurança pública.

As polícias civis, às quais incumbem, ressalvada a com-petência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares, subor-dinam-se aos governadores dos estados, do DF e dos territórios.

|COMENTÁRIOS|..

Certo. À luz do que dispõe o art. 144, §§ 5.° e 6° da Constituição Federal, é competente para apurar as infra-ções penais e exercer a função de polícia judiciária, res-salvada a competência da Polícia Federal e dos crimes militares, a polícia civil, que se encontra subordinada ao Governador do Estado, juntamente com os policias mili-tares e os integrantes do corpo de bombeiros militares.

(Vunesp – Investigador de Polícia – SP/2013) Con-forme estabelece a Constituição Federal, as funções de polícia judiciária e de preservação da ordem pública cabem, respectivamente,

a) à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros.

b) à Polícia Militar e às Polícias Civis.

c) às Polícias Civis e à Polícia Militar.

d) às Polícias Civis e às Guardas Municipais.

e) à Polícia Federal e às Guardas Municipais.

|COMENTÁRIOS|..

Nota do autor: Pense na escolha da questão por um critério de exclusão, pois em determinadas questões a primeira parte, ou a segunda parte de algumas poderá estar certa e a outra parte errada. Atentem-se também para a ordem da pergunta e das respectivas respostas para não fazerem confusão.

Alternativa correta: “c”. A alternativa está certa, pois à luz do art. 144, §§ 3º e 4º, caberá respectivamente à polícia civil, dirigida pelos delegados de polícia a fun-ção de polícia judiciária no âmbito dos Estados, e caberá

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1750

à polícia militar o papel de polícia ostensiva, bem como o de preservação da ordem pública.

Alternativa “a”. Cabe às policias militares o papel de exercer a função de policiamento ostensivo, bem como o de preservação da ordem pública, mas não foi incumbindo a este órgão o papel de polícia judiciária, é o que se extrai do art. 144, § 5º da CF, que estabelece a competência da polícia militar. Ao corpo de bombei-ros civis cabe o encargo de execução de atividades de defesa civil

Alternativa “b”. Às polícias militares não cabe a função de exercer o papel de polícia judiciária, haja vista que a CF em seu art. 144, § 5º incubem a estes a fun-ção de policiamento ostensivo, ou seja, aquele que atua antes da prática da infração penal, bem como a preser-vação da ordem pública. Já às polícias civis devem exer-cer o papel de polícia judiciária pelo comando constitu-cional do art. 144, § 4º da CF. A alternativa está incorreta, na medida em que inverteu a ordem a resposta certa.

Alternativa “d”. Às polícias civis foi incumbindo o papel de exercer a polícia judiciária pelo comando cons-titucional do art. 144, § 4º da CF. Já às guardas munici-pais foram designados os papéis de proteção dos bens, serviços e instalações municipais à luz do art. 144, § 8º da CF. Portanto, a alternativa está incorreta.

Alternativa “e”. Realmente, à polícia federal cabe exercer exclusivamente o papel de polícia judiciária da União, consoante dispõe o art. 144, § 1º, IV da CF. Entre-tanto, a alternativa está incorreta, pois cabe à guarda municipal apenas a proteção de bens, serviços e insta-lações municipais pelo que dispõe o art. 144, § 8º da CF.

(UFMT – Escrivão de Polícia – MT/2010) A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através de alguns órgãos.

I. Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal.

II. Polícia Civil.

III. Polícia Militar.

IV. Corpo de Bombeiro Militar.

Em face das proposições, assinale a alternativa correta.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas I e III estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas III e IV estão corretas.

e) Todas estão corretas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “e”.

Item “I”: certo. O item está coerente com o texto constitucional pois dispõe o art. 144, I, II e III da CF que a

segurança pública será exercida pelos órgãos da polícia federal, polícia federal rodoviária e polícia federal ferro-viária, respectivamente, dentro do âmbito de suas com-petências estabelecidas no texto constitucional.

Item “II”: certo. De acordo com a CF, em seu art. 144, IV, a polícia civil, dirigidas pelos seus delegados de polícia, é um dos órgãos integrantes para atuar na segurança pública na preservação da ordem pública e da incolumidade física e patrimonial das pessoas. Por-tanto, o Certo.

Item “III”: certo. A polícia militar é um dos órgãos integrantes da segurança pública à luz do art. 144, V da CF e tem como função precípua o papel de policiamento ostensivo, bem como de preservação da ordem pública.

Item “IV”: certo. O item está correto, pois a CF, em seu art. 144, V, aduz que os corpos de bombeiros militares, são um dos órgãos integrantes da segurança pública e tem como função principal a execução de ati-vidades da defesa civil.

(ACP – Escrivão de Polícia – RS/2010) No que tange às atribuições dos órgãos da segurança pública, que a exercem para a preservação da ordem pública e da inco-lumidade das pessoas e do patrimônio, está INCORRETO afirmar, de acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, que

a) a polícia federal, instituída por lei como órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estru-turado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respec-tivas áreas de competência.

b) a polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha-mento ostensivo das rodovias federais.

c) às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.

d) aos corpos de bombeiros militares, além das atri-buições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

e) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, ressalvada a competência da União, incumbem as funções de polícia judiciária e a apu-ração de infrações penais, inclusive as militares.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa incorreta: “e”. A alternativa não está correta, pois o art. 144, § 4º da CF, aduz que é função das policias civis as funções de polícia judiciária no âmbito dos Estados-membros, bem como a apuração de infra-ções penais, exceto as militares.

Alternativa “a”. A alternativa está correta, pois o art. 144, § 1º, caput e inciso II da CF, pontifica que à polícia federal, que foi criada como órgão permanente,

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1751

sendo organizado e custeado pela União, cabe dentre outras, a função de prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e demais drogas, o contrabando e o des-caminho, não retirando a competência da ação fazendá-ria e de outros órgãos públicas nas respectivas áreas de atuação. Como a questão pede a incorreta, esta questão não deverá ser assinalada.

Alternativa “b”. De acordo com o art. 144, § 2º da CF, cabe à polícia rodoviária federal, que é um órgão perma-nente, sendo organizado e custeado pela União e destina--se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo nas rodo-vias federais brasileiras. A alternativa está correta, não devendo ser assinalada, pois a questão pede a incorreta.

Alternativa “c”. A alternativa está correta, haja vista que o art. 144, § 5º é função das polícias militares o policiamento ostensivo, ou seja, aquele policiamento anterior à ocorrência do crime, evitando-o, bem como a função de preservação da ordem pública. Portanto, esta alternativa não deverá ser assinalada.

Alternativa “d”. A alternativa está certa, pois é fun-ção dos corpos de bombeiros militares, além de outras atribuições previstas em lei a função de atos de exercí-cio da defesa civil à luz do art. 144, § 5º da CF.

(ACP – Inspetor de Polícia – RS/2010) Acerca da segu-rança pública, disciplinada na Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

b) Os Municípios poderão constituir guardas munici-pais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

c) A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a pre-servação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes órgãos: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícias civis, polícias militares e tribunais de justiça dos Estados.

d) A polícia federal, instituída por lei como órgão per-manente, organizado e mantido pela União e estru-turado em carreira, destina-se a exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.

e) As polícias militares e os corpos de bombeiros mili-tares, forças auxiliares e reserva do Exército, subor-dinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa incorreta: “c”. De acordo com o art. 144, caput e seus respectivos parágrafos e incisos da Constituição Federal, a segurança pública é dever do Estado, porém, também é além de direito, responsabili-dade de todos, é será exercida com o escopo de preser-vação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e de seus patrimônios por meio dos órgãos da: polícia

federal, seja a propriamente dita, ou a rodoviária ou ferroviária, polícia civil, polícia militar e corpo de bom-beiros militares, nada mais. A alternativa está incorreta, pois acrescentou ao rol um ente inexistente na atuação da segurança pública que é o Tribunal de Justiça.

Alternativa “a”. Trata-se de uma norma constitu-cional de eficácia limitada de princípios programáticos, em que a lei infraconstitucional disciplinará a organiza-ção, bem como o funcionamento dos órgãos responsá-veis pela segurança pública. É o que dispõe o art. 144, § 7º da CF.

Alternativa “b”. De acordo com o estabelecido no art. 144, § 8º da CF, os Municípios poderão, facultativa-mente, constituir guardas municipais com o escopo de proteção de bens, serviços bem como de instalações municipais. A alternativa está correta.

Alternativa “d”. À luz do art. 144, § 1º, III da CF, a polícia federal que é órgão permanente e que é custe-ado e mantido pela União, tem dentre outras funções, a de exercer as de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. A alternativa está correta.

Alternativa “e”. As policias militares e corpos de bombeiros militares, que são as forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se juntamente com a polícia civil aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, por força do art. 144, § 6º da CF.

(UNEMAT – Investigador de Polícia-MT/2010) A segu-rança pública, dever do Estado, direito e responsabili-dade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através de alguns órgãos.

I. Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal.

II. Polícia Civil.

III. Polícia Militar.

IV. Corpo de Bombeiro Militar.

Em face das proposições, assinale a alternativa cor-reta.

a) Apenas I e II estão corretas.

b) Apenas I e III estão corretas.

c) Apenas I e IV estão corretas.

d) Apenas III e IV estão corretas.

e) Todas estão corretas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “e”.

Item “I”: certo. O item está correto à luz do que dispõe o art. 144, I, II e III, que aduz, respectivamente, que são órgãos da segurança pública a polícia federal, a polícia federal rodoviária e a polícia federal ferroviá-ria, logo ambos devem atuar na preservação da ordem pública e na defesa da incolumidade física e patrimonial das pessoas.

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1752

Item “II”: certo. De acordo com o art. 144, IV da CF, dentre outros, um dos órgãos que integram a segurança pública do Estado é são as policias civis, dirigidas por seus delegados de polícia, e tem como função precí-pua a apuração de indícios de autoria e materialidade de fato criminoso, bem como o de exercer o papel de polícia judiciária no âmbito dos Estados-membros da Federação.

Item “III”: certo. O item está correto, pois o art. 144, V da CF, diz que as policias militares são órgãos integrantes da segurança pública, e tem como função a preservação da ordem pública, bem como o papel de policiamento ostensivo, ou seja, o papel de prevenir a prática de ilícitos penais.

Item “IV”: certo. Os corpos de bombeiros militares, que tem como função precípua a execução de atos para a defesa civil, é um dos órgãos integrantes da segurança pública do Estado, à luz do que dispõe o art. 144, V da CF. Portanto, o item está coerente com o texto constitucio-nal, logo, está certo.

(UEL COPS – Investigador de Polícia-PR/2010) Con-forme definido constitucionalmente, é de incumbência das polícias civis, dirigidas por delegados de polícia, res-salvada a competência da União,

a) prevenir e reprimir o tráfico internacional de entor-pecentes ilícitos e drogas afins, o contrabando e o descaminho.

b) o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.

c) a subordinação ao governo da união, quando requi-sitada a cumprir diligência de caráter nacional.

d) as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

e) exercer as funções de polícia fluvial, aeroportuária e de fronteiras.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “d”. A alternativa está correta, na medida em que o art. 144, § 4º da CF, atribuiu às polí-cias civis, dirigidas por seus respectivos delegados de polícia a função de polícia judiciária, bem como a apura-ção de infrações penais, exceto as militares.

Alternativa “a”. A alternativa está incorreta, pois o art. 144, § 1º, II da CF, cabe à polícia federal prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, sem prejuízo do exercício das atribuições legais de outros órgãos, portanto, não é exclusividade da polícia federal, mas não cabe à justiça estadual.

Alternativa “b”. A alternativa está incoerente à luz do texto constitucional, pois as funções de policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública foram atri-buídos ao órgão da polícia militar. É o que dispõe o art. 144, § 5º da CF.

Alternativa “c”. As policias civis, bem, como as mili-tares, os corpos de bombeiros militares e as forças auxi-

liares e reserva do exército, se subordinam ao Governa-dor dos Estados, do Distrito Federal ou dos Territórios, portanto, as polícias civis são subordinadas aos Chefes do Poder Executivo, estadual ou distrital à luz do art. 144, § 6º da CF. Está a alternativa, portanto, incorreta.

Alternativa “e”. A alternativa está incorreta, pois o art. 144, § 1º, III da CF pontifica que cabe à polícia federal exercer as funções de polícia marítima ou fluvial, aero-portuária e de fronteiras, onde o Brasil faz divisa com outros países soberanos.

(UEL COPS – Investigador de Polícia-PR/2010) Com relação aos órgãos que fazem parte da Segurança Pública, definida constitucionalmente, considere os itens a seguir:

I. Polícias Civis.

II. Polícia Municipal.

III. Polícia Ferroviária Federal.

IV. Polícia Federal.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa correta: “e”.

Item “I”: certo. De acordo com o art. 144, IV da CF, as policias civis, dirigidas por seus delegados de polí-cia são órgãos integrantes da segurança pública e tem como função precípua o papel de polícia repressiva, bem como o de polícia judiciária no âmbito dos Esta-dos-membros da Federação. Portanto, o Certo.

Item “II”: incorreto. O item se encontra errado na medida em que os órgãos integrantes da segurança pública estão taxados no art. 144 e nos seus respecti-vos incisos, não se encontrando entre eles as policias municipais. Não é o fato de o art. 144, § 8º da CF esta-belecer que os Municípios poderão constituir guardas municipais para a defesa de seus bens, serviços e ins-talações que os transformará em integrantes da segu-rança pública e nem o fato de tal menção se encontrar no capítulo V, título IV da CF, que trata da segurança pública.

Item “III”: certo. De acordo com o art. 144, II da CF, a polícia rodoviária federal é um dos órgãos integran-tes da segurança pública e tem como função precípua o patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Por-tanto, o item está correto.

Item “IV”: certo. O item está certo, pois de acordo com o art. 144, I da CF, a polícia federal é um dos órgãos integrantes da segurança pública, exercendo além de

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Capítulo XIII – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas 1753

outros papéis, o de polícia judiciária da União à luz do que do que dispõe o art. 144, § 1º e seus respectivos incisos da CF, onde tratam da matéria de competência da polícia federal.

(IPAD – Escrivão de Polícia – PE/2007) Assinale a alter-nativa incorreta:

a) A polícia federal exerce com exclusividade a ativi-dade de polícia judiciária da União.

b) É de competência exclusiva da polícia federal a repressão ao tráfico ilícito de entorpecentes.

c) Às polícias militares cabem as atividades de poli-ciamento ostensivo e de preservação da ordem pública.

d) O patrulhamento ostensivo das rodovias federais é feito pela polícia rodoviária federal.

e) A função de polícia judiciária, ressalvada a compe-tência da União, é exercida pela polícia civil.

|COMENTÁRIOS|..

Alternativa incorreta: “b”. A alternativa está incor-reta, pois o art. 144, § 1º, II da CF, pontifica que cabe à polícia federal a prevenção e a repressão do tráfico ilí-cito de entorpecentes e drogas afins, sem excluir a ação de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de atu-ação, bem como não exclui a ação fazendária.

Alternativa “a”. A alternativa está correta, pois o art. 144, § 1º, IV da CF atribuiu de forma exclusiva à polícia federal, exercer de forma exclusiva as funções de polícia judiciária da União. Portanto esta alternativa não deverá ser assinalada, haja vista que a questão exige a alternativa incorreta.

Alternativa “c”. De acordo com o art. 144, § 5º da CF, cabe às policias militares as funções de policiamento ostensivo, ou seja, a atuação antes da prática da infração penal, bem como a função de preservação da ordem pública, portanto, a alternativa está correta, logo não deverá ser assinalada.

Alternativa “d”. À luz do art. 144, § 2º da CF, foi atri-buído à policia rodoviária federal, órgão permanente e mantido e custeado pela União, a função de patrulha-mento ostensivo das rodovias federais que se encon-tram dentro do território nacional.

Alternativa “e”. A norma constitucional prevista no art. 144, § 4º da CF, aduz que cabe às policias civis a função de polícia judiciária no âmbito dos Estados--membros, ressalvada as de competência da União, bem como as militares.

(IPAD – Agente de Polícia – PE/2006) Sobre Segurança Pública na Constituição Federal de 1988, assinale a alter-nativa correta:

a) A Polícia Civil, na instrução de um inquérito penal, encontra-se no exercício da função de “polícia judi-ciária”, e não no exercício do “poder de polícia admi-nistrativa”.

b) Por força do princípio da simetria federativa, as apu-rações de infrações penais militares são de incum-bência da polícia federal, no plano federal, e da polícia civil, no plano estadual.

c) De acordo com o que consta na Constituição do Estado de Pernambuco, uma infração penal ocorrida no Estado de Pernambuco deve ser exclusivamente apurada pela Polícia Civil, mesmo que haja repercus-são interestadual e exija repressão uniforme.

d) O Corpo de Bombeiros não é órgão que integra a segurança pública.

e) De acordo com o que consta da Constituição do Estado de Pernambuco, as polícias civis podem ser dirigidas por delegados de polícia, por escrivães ou por agentes, desde que sejam servidores de car-reira.

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Nota do autor: Uma parte da doutrina costuma distinguir polícia judiciária, sendo aquela que atua no cumprimento de mandados do Poder Judiciário, e polí-cia investigativa que é aquela que atua após o crime para apurar indícios de autoria e materialidade deste, todavia, prevalece a posição que são termos sinônimos e ambas as funções pertencem à mesma polícia, seja federal no âmbito da União, seja a polícia civil no âmbito estadual.

Alternativa correta: “a”. A função de polícia judici-ária no âmbito dos Estados-membros da Federação foi incumbida às polícias civis, dirigidas pelos delegados de polícia, bem como a função de apuração de infrações penais, ressalvadas as competências da União que será representada pela polícia federal no âmbito da segu-rança pública. O fundamento constitucional da questão em tela é o art. 144, § 4º, CF. O poder de polícia adminis-trativa foi incumbido à polícia militar, consoante dispõe o art. 144, § 5º, CF, pois cabe a esta a função de preser-vação da ordem pública, bem como a função de poli-ciamento ostensivo, portanto, a alternativa está correta.

Alternativa “b”. A alternativa está incorreta, pois apesar de caber à polícia civil a função de polícia judiciá-ria no âmbito dos Estados-membros da Federação, bem como a apuração de infrações penais a Constituição Federal fez a ressalva no art. 144, § 5º de que a apura-ção de infrações penais militares não cabe à polícia civil. Portanto, a alternativa está incorreta.

Alternativa “c”. A alternativa está incorreta, pois de acordo com o art. 144, § 1º, I, CF, cabe à polícia federal e não à polícia civil apurar as infrações penais cuja prá-tica tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, à luz do que for disponibi-lizado em lei.

Alternativa “d”. Esta alternativa está completa-mente equivocada, haja vista que o art. 144, § 5º, CF, incumbe aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições previstas em lei, também é sua função o exercício de atividades par a defesa dos civis, logo, está

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Revisaço – Direito Constitucional • Paulo Lépore1754

inserido dentro do Capítulo III do Título V da Constitui-ção Federal, sob a rubrica “da segurança pública”.

Alternativa “e”. A alternativa está incorreta, pois o art. 144, § 4º, CF, atribuiu aos delegados de polícias a direção das polícias civis, ressalvada a competência da União, portanto, a alternativa está incoerente com o texto constitucional, logo, está incorreta.

(IPAD – Agente de Polícia – PE/2006) Ainda sobre a Segurança Pública, assinale a alternativa correta:

a) O crime de descaminho, se já estiver sendo apurado pelos órgãos fazendários competentes, interrompe a investigação da polícia judiciária, tendo em vista a preferência do órgão fazendário na fiscalização do pagamento de tributos.

b) A Polícia Rodoviária Federal tem como uma de suas atribuições a atuação no patrulhamento ostensivo das rodovias federais, não tendo, porém, compe-tência para patrulhar ferrovias federais.

c) A execução das atividades de defesa civil não é incumbência da polícia ou corpo de bombeiros militares, mas sim da polícia civil.

d) Enquanto a polícia civil se subordina ao Governador do Estado, a polícia militar se subordina, primeira-mente, ao Ministro da Defesa e, subsidiariamente, ao Governador do Estado.

e) Dentre as competências da Guarda Municipal, inclui-se o exercício da polícia judiciária, em relação unicamente aos crimes praticados contra os bens, serviços e instalações do Município.

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Nota do autor: Cuidado porque a polícia fede-ral é dividida em polícia federal propriamente dita, com suas funções estabelecidas no art. 144, 1º, I, II, III e IV da CF, polícia federal rodoviária que tem sua competência estabelecida no art. 144, § 2º da CF e polícia ferroviária federal, quem tem sua competência estabelecida no art. 144, § 3º da CF.

Alternativa correta: “b”. A alternativa está cor-reta, na medida em que o art. 144, § 2º da CF, pontifica que o órgão da policia rodoviária federal, destina-se na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais, enquanto caberá à polícia ferroviária federal o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais à luz do art. 144, § 3º da CF.

Alternativa “a”: conforme estabelece a Constitui-ção Federal, em seu art. 144, § 1º, II cabe à polícia federal prevenir e reprimir o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos em suas respectivas áreas de competência. O inqué-rito policial é um procedimento autônomo para apurar materialidade e indícios do crime para, posteriormente, se houver lastro probatório o Ministério Público ofere-cer a denúncia, logo, independe e não se paralisa pela atuação de qualquer outro órgão paralelamente ao

mesmo objeto da investigação. Portanto, a alternativa está incorreta.

Alternativa “c”: a alternativa está incorreta, pois o art. 144, § 5º, segunda parte, CF, aduz que é competên-cia dos corpos de bombeiros militares, além de outras atribuições definidas em lei, a execução de atividades de defesa civil. Portanto, a alternativa está incorreta.

Alternativa “d”: a alternativa está incorreta, haja vista que a Constituição Federal, estabelece em seu art. 144, § 6º que as polícias militares, corpos de bombeiros militares, integrantes das forças auxiliares e da reserva do exército, bem como as polícias civis subordinam-se aos Governadores do Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, ou seja, subordinam-se ao Chefe do Poder Executivo do respectivo Estado ou do Distrito Federal e Territórios.

Alternativa “e”: a alternativa é equivocada, pois a polícia municipal jamais poderá exercer o papel de polícia judiciária que cabe no âmbito dos Estados à polí-cia civil e no âmbito da União à polícia federal. Caberá às guardas municipais, consoante dispõe o art. 144, § 8º, CF, a proteção dos bens, serviços e instalações dos Municípios, conforme dispuser a lei.

AGENTE PENITENCIÁRIO

(UECE – Agente Penitenciário – CE/2011) Sobre a Segurança Pública, nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar-se que

a) conta estritamente com policiais civis e policiais militares.

b) às policias militares cabem o policiamento osten-sivo e a preservação da ordem pública e aos corpos de bombeiros militares incumbe-se a execução de atividades de defesa civil.

c) os municípios não poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, ser-viços e instalações.

d) os corpos de bombeiros militares são órgãos de segurança pública e não executam atividades de defesa civil.

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Alternativa correta: “b”. A alternativa está cor-reta, pois o art. 144, § 5º, CF, aduz que cabe às policias militares o papel de policiamento ostensivo, ou seja, aquele policiamento que ocorre na fase anterior ao crime, evitando-se a produção deste, bem como cabe a atuação na preservação da ordem pública. Segundo o artigo supracitado da Constituição Federal, cabe, ainda aos bombeiros militares, a execução de atividades de defesa civil, além de outras atribuições definidas em lei.

Alternativa “a”: a segurança pública, que está dis-ciplinada no título V, capítulo III da Constituição Federal, estabelece em seu art. 144 e seus respectivos incisos,

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