karl marx - sociologia - à entregar

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CAMPUS DE TRÊS LAGOAS ESTUDO SOBRE KARL MARX CÉSAR DE JESUS ZAMFOLINI JAIZER RODRIGO S. CARRIJO LUCIANO O. RODRIGUES RUDGEN RODRIGUES CALDAS Discentes do Curso de Direito Prof. Dr. SAKAMOTO Docente disciplina Sociologia

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS DE TRÊS LAGOAS

ESTUDO SOBRE KARL MARX

CÉSAR DE JESUS ZAMFOLINI

JAIZER RODRIGO S. CARRIJO

LUCIANO O. RODRIGUES

RUDGEN RODRIGUES CALDAS

Discentes do Curso de Direito

Prof. Dr. SAKAMOTO

Docente disciplina Sociologia

Três Lagoas

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Estado de Mato Grosso do Sul – Brasil

2010

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................03

2. BIOGRAFIA ..............................................................................................05

3. OBRAS .....................................................................................................08

4. CONTRIBUIÇÕES DE KARL MARX ........................................................10

5. CONCLUSÃO............................................................................................14

6. REFERÊRENCIAS....................................................................................15

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INTRODUÇÃO

Idealizador de uma sociedade com uma distribuição de renda justa e

equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl

Heinrich Marx, nasceu na data de 05 de maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e

História nas Universidades de Bonn e Berlim e foi um dos seguidores das idéias de

Hegel (SUAPESQUISA, 2010).

Marx desenvolveu vários conceitos importantes como: alienação – separação

do trabalhador dos seus meios de produção, que se tornaram propriedade privada

do capitalista. O trabalhador perdeu o controle do produto de seu trabalho. Na noção

de classes sociais – as desigualdades sociais provocadas pelas relações de

produção do sistema capitalista, as quais dividem os homens em proprietários e

não-proprietários dos meios de produção são à base da formação das classes

sociais (SOCIOLOGIA, 2010).

Este grande revolucionário, que também participou ativamente de

organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o Capital,

livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra

estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos

trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez

mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de

Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao

capitalismo.

Até hoje, as idéias marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e

cientistas sociais que, independente de aceitarem ou não as teorias do pensador

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alemão, concordam com a idéia de que para se compreender uma sociedade deve-

se entender primeiramente sua forma de produção.

Diante disso, este trabalho teve como objetivo demonstrar a contribuição de

Karl Marx à sociedade e a sociologia, levantando as principais conceitos criados por

ele.

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BIOGRAFIA

Karl Marx foi o 7º de sete filhos, de origem judaica de classe média da cidade

de Tréveris, na época no Reino da Prússia. Sua mãe, Henri Pressburg (1771–1840),

era judia holandesa e seu pai, Herschel Marx (1759–1834), um advogado e

conselheiro de Justiça. Herschel descende de uma família de rabinos, mas se

converteu ao cristianismo luterano em função das restrições impostas à presença de

membros de etnia judaica no serviço público, quando Marx ainda tinha seis anos.[2]

Seus irmãos eram Sophie (d. 1883), Hermann (1819-1842), Henriette (1820-1856),

Louise (1821-1893), Emilie (adotado por seus pais), Caroline (1824-1847) e Eduard

(1834-1837) (WIKIPEDIA, 2010).

Em 1830, Marx iniciou seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, em Tréveris,

ano em que eclodiram revoluções em diversos países europeus. Ingressou mais

tarde na Universidade de Bonn para estudar Direito, transferindo-se no ano seguinte

para a Universidade de Berlim, onde o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich

Hegel, cuja obra exerceu grande influência sobre Marx, foi professor e reitor. Em

Berlim, Marx ingressou no Clube dos Doutores, que era liderado por Bruno Bauer.

Ali perdeu interesse pelo Direito e se voltou para a Filosofia, tendo participado

ativamente do movimento dos Jovens Hegelianos. Seu pai faleceu neste mesmo

ano. Em 1841, obteve o título de doutor em Filosofia com uma tese sobre as

"Diferenças da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro". Impedido de seguir

uma carreira acadêmica, tornou-se, em 1842, redator-chefe da Gazeta Renana

(Rheinische Zeitung), um jornal da província de Colônia (WIKIPEDIA, 2010), onde

seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades.

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Em 1843, mudou-se para Paris, editando em 1844 o primeiro volume dos

Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda.

Entretanto, rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge. Em

1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante

a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e

participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo

tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e

Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria

revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista. Voltou para Paris, mas

assumiu logo a chefia do Novo Jornal Renano em colônia, primeiro jornal diário

francamente socialista (COLÉGIO PEDRO II, 1998).

Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa e o

fechamento do jornal, cujos redatores foram denunciados e processados, Marx foi

para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência. Em Londres, dedicou-

se a vastos estudos econômicos e históricos, sendo freqüentador assíduo da sala de

leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre

política exterior, mas sua situação material esteve sempre muito precária. Foi

generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester em boas condições

financeiras (COLÉGIO PEDRO II, 1998).

Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários,

depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em

1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I

Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por

Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente

dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do

Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido. Não viveu

bastante para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos

socialistas da Europa (COLÉGIO PEDRO II, 1998).

Encontrando-se deprimido por conta da morte de sua esposa, ocorrida em

Dezembro de 1881, Marx desenvolveu, em conseqüência dos problemas de saúde

que suportou ao longo de toda a vida, bronquite e pleurisia, que causaram o seu

falecimento em 1883. Foi enterrado na condição de apátrida, no Cemitério de

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Highgate, em Londres. Muitos dos amigos mais próximos de Marx prestaram

homenagem ao seu funeral, incluíndo Wilhelm Liebknecht e Friedrich Engels. Em

1954, o Partido Comunista Britânico construiu uma lápide com o busto de Marx

sobre sua tumba, até então de decoração muito simples. Na lápide encontram-se

inscritos o parágrafo final do Manifesto Comunista ("Proletários de todos os países,

uni-vos!") e um trecho extraído das Teses sobre Feuerbach: "Os filósofos apenas

interpretaram o mundo de várias maneiras, enquanto que o objetivo é mudá-lo."

(WIKIPEDIA, 2010).

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OBRAS

O artigo sobre “A Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”, escrita em 1844, foi

o primeiro esboço da interpretação materialista da dialética hegeliana, antigamente

tida como uma das principais obras de Karl Marx.

A obra “Manuscritos Econômico-Filosóficos”, regidos em 1844 e deixados

inacabados só foram descobertos em 1932, sendo editado em Moscou. É o esboço

de um socialismo humanista, que se preocupa principalmente com a alienação do

homem; sobre a compatibilidade ou não deste humanismo com o marxismo

posterior, a discussão não está encerrada.

Em 1888 foi publicado por Engels as Teses sobre Freuerbach, redigidas por

Marx em 1845, rejeitando o materialismo teórico e reivindicando uma filosofia que,

em vez de só interpretar o mundo, também o modificaria. Juntamente com Engel,

Marx escreveu em 1845 A Sagrada Família, contra o hegeliano Bruno Bauer e seus

irmãos, e A Ideologia Alemã, entre 1845 e 1846, uma exposição da filosofia

Marxista, que foi censurada e editada apenas em 1932. A última obra comum de

Marx e Engels foi em 1847 O Manifesto Comunista, breve resumo do materialismo

histórico e apelo à revolução (MARX, 2000).

Sozinho, Marx escreveu A Miséria da Filosofia (1847), onde percebia ser uma

polêmica contra o anarquista francês Proudhon.

O 18 Brumário de Luís Bonaparte foi publicado em 1852 em jornais e em

1869 como livro. É a primeira interpretação de um acontecimento histórico no caso o

golpe de Estado de Napoleão III, pela teoria do materialismo histórico. Entre os

escritos seguintes de Marx Sobre a crítica da economia política em 1859 é, embora

breve, também uma crítica da civilização moderna, escrito de transição entre o

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manuscrito de 1844 e as obras posteriores. A significação dessa posição só foi

esclarecida pela publicação de mais uma obra inédita: Esboço de crítica da

economia política, escritos em Londres entre 1851 e 1858 e depois deixados sem

acabamento final.

Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O

Capital é um livro principalmente econômico, resultado dos estudos no British

Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumulação do capital etc.

Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a

publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em

1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).

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CONTRIBUIÇÃO DE KARL MARX

Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant e Hegel um

de seus grandes representantes. Foi um dos maiores (para muitos, o maior)

pensadores de todos os tempos, tendo uma produção teórica com a extensão e

densidade de um Aristóteles, de quem era um admirador. Como filósofo, se posiciona

muito mais numa supra-filosofia, em que "realizar" a filosofia é antes "aboli-la", ou ao

realizá-la, ela e a realidade se transformam na práxis, a união entre teoria e prática

(WIKIPÉDIA, 2010).

Os filósofos Marx (1818-1883) e Engels (1820-1903) merecem

destaque por suas pesquisas de cunho sociológico e socialista. Esses dois estudiosos

procuraram oferecer uma explicação da sociedade como um todo e, por isso, não

estavam preocupados em fundar a Sociologia como disciplina específica. Em seus

trabalhos, percebe-se uma profunda interligação entre os campos do saber (ARAÚJO,

2010).

Dentre as contribuições de Marx, podemos citar a visão histórica, a visão

sociológica e a visão econômica:

1) Visão histórica de Marx: acreditava no materialismo histórico. Isto é, as

condições históricas DETERMINAM o futuro. Isso implica num futuro que pode ser

perfeitamente previsto e que não pode ser evitado. O futuro não poderia ser alterado

por indivíduos, uma vez que estes são produtos da realidade histórica em que vivem.

2) Visão sociológica de Marx: acreditava na luta de classes. A sociedade seria

dividida entre capitalistas e operários, e os ganhos dos capitalistas representariam

perdas aos operários e vice-versa. Nesta sociedade analisada por Marx, capitalistas e

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operários eram NECESSARIAMENTE inimigos, uma vez que o ganho de uns

implicava na perda de outros.

3) Visão econômica de Marx: acreditava na mais-valia. Essa idéia tem duas

implicações: 1) os capitalistas pagariam um salário miserável aos trabalhadores, daí a

necessidade do estabelecimento do salário mínimo pelo Estado; e 2) a idéia da mais-

valia implica que só a produção gera valor.

Marx acredita que o mundo é resultado da ação humana e propõe que “Os

filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de distintos modos, cabe transformá-lo."

Ele acredita que, longe de ser apenas a história do desenvolvimento do espírito, como

pensa Hegel, a história da humanidade deve ser o ponto de partida para o

conhecimento do mundo (SILVA, 2010).

Marx, juntamente com Hegel e Engels, criam uma teoria científica de grande

importância e inegável valor explicativo – o materialismo histórico, segundo o qual a

investigação de qualquer fenômeno social deveria partir da estrutura econômica da

sociedade. Os fatos econômicos seriam a base de apoio dos outros níveis da

realidade, como a religião, a política e a cultura.

Para Marx a crítica da religião é fundamental à crítica da exploração, pois crê

que as concepções religiosas tendem a desresponsabilizar os homens pelas

conseqüências de seus atos. Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da

religião devido a sentença que profere em um escrito intitulado Crítica da filosofia do

direito de Hegel: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo

sem coração, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio

do povo.” Em verdade, Marx se ocupou muito pouco em criticar sistematicamente a

atividade religiosa. Nesse quesito ele basicamente seguiu as opiniões de Ludwig

Feuerbach, para quem a religião não expressa a vontade de nenhum Deus ou outro

ser metafísico: é criada pela fabulação dos homens.

Em geral, Marx considerava que toda revolução é necessariamente violenta,

ainda que isso dependa, em maior ou menor grau, da constrição ou abertura do

Estado. A necessidade de violência se justifica porque o Estado tenderia sempre a

empregar a coerção para salvaguardar a manutenção da ordem sobre a qual repousa

seu poder político, logo, a insurreição não tem outra possibilidade de se realizar senão

atuando também violentamente. Diferente do apregoado pelos pensadores

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contratualistas, para Marx o poder político do Estado não imana de algum consenso

geral, é antes o poder particular de uma classe particular que se afirma em detrimento

das demais (WIKIPÉDIA, 2010).

Marx tinha uma visão otimista do destino da humanidade. Acreditava que a

batalha final, travada entre os capitalistas e os operários, seguramente levaria à vitória

desses últimos, que representavam a maioria da sociedade. A partir de então se

constituiria um mundo ideal onde todas as diferenças de classe desapareceriam e o

império da igualdade entre os homens finalmente triunfaria. Com essa revolução

social, escreveu ele ao encerrar O manifesto comunista, em 1848, “os proletários nada

têm nada a perder a não ser seus grilhões. E têm um mundo a ganhar.”

Como cientista social, a maior contribuição de Karl Marx foi seu estudo sobre

o funcionamento da sociedade capitalista, cujo primeiro volume, intitulado O capital,

surgiu em 1867, o único publicado em vida. Iniciando pela análise da produção das

mercadorias, Marx realiza uma impressionante descrição do sistema capitalista, sua

evolução e suas transformações. Segundo ele, o capitalismo era um sistema

historicamente datado e, portanto, sujeito a desaparecer no tempo. Sua existência, tal

como sucedera com o escravismo e o feudalismo, chegaria ao fim com uma grande

crise, uma espécie de catástrofe geral da economia e das instituições. A previsão de

Marx era a de que a falência do capitalismo ocorreria nos países mais industrializados

da Europa. Paradoxalmente, a concepção marxista veio a triunfar na Rússia e na

China, países rurais e atrasados (EDUCATERRA, 2010).

Como a Sociologia estuda o comportamento da sociedade, Marx contribuiu

com a sociologia através da sua análise crítica das relações de produção e de classe (

burguesia x proletariado). Analisando o capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria

para o valor dos produtos: o valor é a expressão da quantidade de trabalho social

utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao

proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que têm, tratada como

mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. “Ou

é isto, ou nada. Decida-se que a fila é grande”. A diferença entre o valor do produto

final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa,

portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores tem uma tendência

natural de aumentar a mais-valia, acumulando cada vez mais riquezas.

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Segundo Marx, no capitalismo o trabalhador é alienado pelo próprio processo

de produção e reprodução. O produto do trabalho é sempre alheio ao trabalhador. A

vida produtiva é apenas uma obrigação a ser suprida para garantir a sobrevida. O

trabalhador não tem consciência do seu próprio papel na sociedade. A mercadoria tem

um caráter fetichista:

... o que interessa na prática aos que intercambiam produtos é saber quanto

obterão em troca deles, isto é, a proporção em que se intercambiam entre

si. Quando esta proporção adquire certa estabilidade habitual, parece-lhes

proveniente da natureza mesma dos produtos do trabalho. Parece existir nas

coisas uma propriedade de intercambiar-se em proporções determinadas,

como as substâncias químicas combinam-se em proporções fixas (Citado por

SILVA, 2003).

O conceito de Mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar a

obtenção dos lucros no sistema capitalista. Para Marx o trabalho gera a riqueza,

portanto, a mais-valia seria o valor extra da mercadoria. A diferença entre o que o

empregado produz e o que ele recebe. Os operários em determinada produção

produzem bens (ex: 100 carros num mês), se dividirmos o valor dos carros pelo

trabalho realizado dos operários teremos o valor do trabalho de cada operário.

Entretanto os carros são vendidos por um preço maior, esta diferença é o lucro do

proprietário da fábrica, a esta diferença Marx chama de valor excedente ou maior, ou

mais-valor.

Karl Marx chama a atenção para o fato de que os capitalistas, uma vez pago

o salário de mercado pelo uso da força de trabalho, podem lançar mão de duas

estratégias para ampliar sua taxa de lucro: estender a duração da jornada de trabalho

mantendo o salário constante - o que ele chama de mais-valia absoluta; ou ampliar a

produtividade física do trabalho pela via da mecanização - o que ele chama de mais-

valia relativa. Em fazendo esta distinção, Marx rompe com a idéia ricardiana do lucro

como "resíduo" e percebe a possibilidade de os capitalistas ampliarem

autonomamente suas taxas de lucro sem dependerem dos custos de simples

reprodução física da mão-de-obra (WIKIPÉDIA, 2010).

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Conclusões

Diante disso, podemos inferir que Karl Marx, filósofo e economista judeu-

alemão, foi um dos maiores pensadores revolucionários do século XIX. Suas ideias

contribuiram bastante para o campo da sociologia e economía, apesar de

reconhecidas após a revolução que criou a União Soviética. Como cientista social, a

maior contribuição de Karl Marx foi seu estudo sobre o funcionamento da sociedade

capitalista, cujo primeiro volume, intitulado O capital, surgiu em 1867, o único

publicado em vida.

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REFERÊNCIAS

ARAUJO, F. S. P. Resumo: O que é sociologia? Disponíviel em

<http://www.resumosconcursos.hpg.com.br> Acesso em: 01 out. 2010.

CAVALHEIRO, A; ALVES, J; GIORDANI, J; CABANAS, M; BARIDÓ, M; TORRES, R.

Karl Marx. Colégio Pedro II, Unidade de Humaitá II, 1998.

EDUCATERRA. Disponível em:

<http://educaterra.terra.com.br/literatura/realnaturalismo/2004/10/28/000.htm>. Acesso

em: 25 set. 2010.

LUMIER, J. J. Karl Marx e a Sociologia do Conhecimento. Comentários. Rio de

Janeiro, Websitio Produção Leituras do Século XX – PLSV, 2009. Disponível em: <

http://www.leiturasjlumierautor.pro.br>. Acesso em: 26 set. 2010.

MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global, 2000.

RAMALHO NETO, J. P; FREITAS, A. G. Sociologia. Salvador, Universidade Cultural -

Profissionalismo e Ética, 2005.

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SILVA, G. N. Clássicos da Sociologia: Marx, Durkheim e Weber. Montes Claros,

Universidade Estadual de Montes Claros, 2003.

SUAPESQUISA. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/biografias/marx/>.

Acesso em: 25 set. 2010.

WIKIPEDIA. Karl Marx. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx>.

Acesso em: 19 set. 2010.

WIKIPEDIA. Mais Valia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx>.

Acesso em: 19 set. 2010.