kako se prave norme 2

13

Click here to load reader

Upload: m

Post on 09-Dec-2015

5 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Kako se prave norme 2

TRANSCRIPT

Page 1: Kako Se Prave Norme 2

APLICAÇÃO DO METHODS-TIME

MEASUREMENT - MTM NA

DETERMINAÇÃO DO TEMPO PADRÃO

DE MONTAGEM DE UM MINI-BUNDLES

DE PISO DE MADEIRA: UMA ANÁLISE

PRÁTICA DE UM DOS MÉTODOS DE

TEMPOS SINTÉTICOS.

Adriano Flexa Leite (UEPA)

[email protected]

Jonnys Atilla Modesto Sales (UEPA)

[email protected]

Este artigo tem como objetivo predeterminar o tempo padrão da

atividade de montagem de mini-bundles (pequenos lotes) de piso de

madeira através da aplicação do methods-time measurement - MTM.

Este método consiste na utilização de tempos sinntéticos, ou

predeterminados, para definir o tempo padrão de uma atividade, sem

fazer uso de cronometragens diretas, possibilitando uma análise

rápida e precisa do tempo e capacidade do processo, bem como

qualitativa do método de execução da atividade para o trabalhador, a

qual, não será abordada no referido artigo.

Palavras-chaves: MTM, Tempos Sintéticos ou Predeterminados,

Estudo de Micromovimentos.

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

Page 2: Kako Se Prave Norme 2

2

1. Introdução

É importante que todo o gestor possua dados suficientes para controlar e melhorar seu sistema

produtivo, de acordo com suas necessidades de custo, qualidade, preço e tempo. A

determinação do dado “tempo” na execução de um processo ou atividade é de grande

importância para a programação da produção de um produto ou realização de um serviço.

Informações sobre tempo nos processos produtivos podem permitir que se aloquem recursos

de atividades com folgas para atividades críticas; são capazes de determinar a capacidade

produtiva da empresa ou de setor específico dela e diagnosticar gargalos de produção; são

capazes ainda de estimar a capacidade e tempo de execução de atividades que ainda estão no

papel, ou seja, em projeto de planejamento.

Neste último caso, existem duas maneiras de estimar o tempo das atividades: através de

cronometragem direta do tempo de um processo similar ou através da determinação dos

tempos sintéticos de produção.

O referido artigo apresenta a aplicação dos conceitos de estudos dos movimentos para estimar

o tempo padrão do processo de montagem de mini-bundles, que são pequenos lotes de réguas

de piso de madeira tipo americano (flooring). A empresa estudada, localizada no distrito

industrial da cidade de Ananindeua-PA, atuante no ramo de beneficiamento da madeira

(moabi, orelha de macaco, andiroba, etc.). Toda a sua produção é destinada ao mercado

externo, 30% para os Estados Unidos, 30% para a Holanda, 20% para França e 10% para a

Bélgica, os 10 % restantes, decorrentes de sobras, destinam-se ao mercado nacional, em

específico ao Estado do Pará.

O intuito é oferecer à empresa um estudo rápido e eficiente de mensuração de tempo,

permitindo que a mesma crie informações iniciais importantes à gestão de todo o processo. O

mesmo estudo poderá ser aplicado nos demais processos da empresa, necessitando ou não de

auxílio do estudo de tempos cronometrados.

2. MTM (methods-time measurement)

O estudo de micromovimentos é o estudo dos elementos fundamentais de uma operação

(BARNES, 1977). Este estudo proposto por Frank Gilbreth e sua esposa Lilian Gilbreth, tinha

como objetivo estudar os movimentos dos operários e encontrar o melhor método de se

executar uma determinada tarefa. A idéia era substituir movimentos longos e cansativos por

outros curtos e menos fatigantes (BARNES, 1977). Segundo Gilbreth, é possível subdividir as

operações em micromovimentos e aplicar valores tabelados dos tempos gastos em cada

micromovimento.

A partir deste estudo surgiram vários tipos de sistemas que utilizam os chamados tempos

sintéticos ou predeterminados para predeterminar os tempos padrão de tarefas e atividades.

Segundo Martins & Laugeni (2006), por exemplo, é possível calcular um tempo padrão para

um trabalho ainda não realizado. De acordo ainda com os autores, essa é maior vantagem dos

tempos sintéticos em relação à cronometragem direta.

Um dos sistemas que utiliza os tempos sintéticos para determinar os tempos padrão é o

methods-time measurement (MTM), onde, para cada micromovimento, foram determinados

tempos em função da distância e da dificuldade do movimento (MARTINS & LAUGENI,

2006). Este método analisa os movimentos básicos na execução das tarefas, associando-lhes

um tempo sintético, de acordo com sua natureza e condições de execução (BARNES, 1977).

Page 3: Kako Se Prave Norme 2

3

Os movimentos básicos são tipificados em Alcançar, Movimentar, Girar, Agarrar,

Posicionar, Soltar, Desmontar, Tempo para os olhos e Movimentos do corpo, perna e pé.

Estes dois últimos não serão descritos neste artigo.

Alcançar: Levar a mão ou um dedo a um destino (objeto, botão, etc.), possuindo 5 casos

Caso A: Para alcançar um objeto em posição definida (fixa), para outra mão ou sobre a

qual a outra mão descansa

Caso B: Para um objeto cuja posição pode variar ligeiramente em cada ciclo

Caso C: Para um objeto situado em um grupo de objetos

Caso D: Para um objeto muito pequeno ou quando for necessário precisão

Caso E: Para um objeto em posição não definida

Movimentar: Mover um objeto a um destino (transportar), possuindo 3 casos

Caso A: Movimentar objeto para outra mão ou de encontro a um batente

Caso B: Para uma localização aproximada ou indefinida

Caso C: Para uma localização exata

Girar: Girar a mão, vazia ou carregada, tendo o antebraço como eixo

Agarrar: Agarrar um ou mais objetos com os dedos ou com a mão

Posicionar: Posicionar, alinhar, orientar ou montar um objeto

Soltar: Soltar um objeto em um destino

Desmontar: Desmontar um objeto ou encerrar o contato entre dois objetos

Cada movimento básico é afetado por determinados fatores. As Tabelas 1 à 7 representam

esses fatores, bem como seus tempos em TMU (time measurement unit – unidade de medida

de tempo), equivalente à 0,00006min ou 0,00001h. O tempo padrão será obtido através da

soma dos TMU’s da atividade (MARTINS & LAUGENI, 2006).

Distância

(polegada)

TMU

Caso A Caso B Caso C Caso D Caso E

1 2,5 2,5 3,6 3,6 2,4

2 4,0 4,0 5,9 5,9 3,8

4 6,1 6,4 8,4 8,4 6,8

8 7,9 10,1 11,5 11,5 9,3

12 9,6 12,9 14,2 14,2 11,8

16 11,4 15,8 17,0 17,0 14,2

20 13,1 18,6 19,8 19,8 16,7

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 1 – Tabela do movimento “Alcançar”

Distância

(polegada)

TMU

Caso A Caso B Caso C

1 2,5 2,9 3,4

2 3,6 4,6 5,2

4 6,1 6,9 8,0

8 9,7 10,6 11,8

Page 4: Kako Se Prave Norme 2

4

12 12,9 13,4 14,2

16 16,0 15,8 18,7

20 19,2 18,2 22,1

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 2 – Tabela do movimento “Movimentar”

Peso Tempo TMU para grau de giro

30º 45º 60º 75º 90º 105º 120º 135º 150º 165º 180º

Pequeno – 0 à 2 lb 2,8 3,5 4,1 4,8 5,4 6,1 6,8 7,4 8,1 8,7 9,4

Médio – 2,1 à 10 lb 4,4 5,5 6,5 7,5 8,5 9,6 10,6 11,6 12,7 13,7 14,8

Grande – 10,1 à 35

lb 8,4 10,5 12,3 14,4 16,2 18,3 20,4 22,2 24,3 26,1 28,2

Fonte: Barnes, 1977.

Tabela 3 – Tabela do movimento “Girar”

Caso TMU Descrição

1A 2,0 Objetos facilmente agarrados

1B 3,5 Objetos muito pequenos

4A 7,3 Objetos misturados com outros (é necessário procurar)

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 4 – Tabela do movimento “Agarrar”

Classe de ajuste TMU

Fácil manuseio Difícil manuseio

1. Frouxo 5,6 11,2

2. Justo 16,2 21,8

3. Exato 43,0 48,6

Fonte: Adaptado de Barnes, 1977.

Tabela 5 – Tabela do movimento “Posicionar”

Caso TMU

Normal 2,0

Por contato 0,0

Fonte: Martins & Laugeni, 2006.

Tabela 6 – Tabela do movimento “Soltar”

Classe de ajuste Descrição TMU

Fácil manuseio Difícil manuseio

1. Frouxo Pouco esforço, encaixe com movimento 4,0 5,7

2. Justo Esforço normal 7,5 11,8

3. Apertado Esforço considerável 22,9 34,7

Fonte: Adaptado de Barnes, 1977.

Page 5: Kako Se Prave Norme 2

5

Tabela 7 – Tabela do movimento “Desmontar”

Os tempos em TMU para cada classe de ajuste das Tabelas 5 e 7 podem ser usados como

limites inferiores e superiores de tempos, isto é, dependendo da análise do observador sobre a

facilidade ou dificuldade de manuseio, podem-se arbitrar valores entre os tabelados.

(CLEMENTINO, 2007). No caso de valores acima da distância máxima tabelada para os

movimentos de “Alcançar” e “Movimentar” deve-se multiplicar a distância obtida pelo TMU

da última distância tabela e dividir esse produto pela mesma distância tabelada, uma regra de

três simples.

Outra vantagem em utilizar o MTM, bem como em outros métodos que fazem uso dos tempos

sintéticos, é a análise qualitativa da execução da atividade pelo trabalhador. É possível

elaborar métodos de trabalho que busquem a saúde e o bem-estar dos colaboradores através

da análise dos micromovimentos, os quais podem estar empregando esforços, pressões, giros,

apoios, etc. de forma nociva ao trabalhador. Conheçamos, então, o processo a ser estudado.

3. Processo Produtivo do Piso Flooring

A empresa em estudo é uma produtora de pisos de madeira e componentes para portas e

janelas na região metropolitana de Belém. O objeto de estudo é a produção do piso flooring 3/4

x 31/4, o qual é vendido em um lote para exportação contendo 52 (cinquenta e dois) mini-

bundles.

Existem 12 (doze) tamanhos de réguas de flooring: 1, 11/2, 2, 2

1/2, 3, 3

1/2, 4, 4

1/2, 5, 5

1/2, 6 e 7

ft, produzidos aleatoriamente em uma mesma linha de produção.

Um mini-bundles deve possuir réguas de flooring que somem 7 ft em comprimento (por

exemplo 5 e 2 ft; 4 e 3 ft; 1, 11/2 e 3

1/2 ft; 6 e 1 ft), 3 (três) réguas de largura e 4 (quatro) de

altura. “Seria o equivalente a 12 peças de 7 ft”, citou o gerente de produção da empresa.

Figura 1 – Organização das réguas no mini-bundles

O processo de montagem desse pequeno lote é unicamente manual e a escolha das réguas de

flooring, que devem somar 12 ft, é aleatória, feita pelo próprio montador. Observou-se então

que em cada mini-bundles são colocadas em média 25 (vinte e cinco) réguas de tamanhos

diversos. O processo de montagem do mini-bundles para o lote de exportação, será nosso

objeto de estudo.

O beneficiamento da madeira é simples: a régua, ainda bruta, é aplainada nos padrões de

largura e espessura; em seguida é moldada nas partes superior e inferior (criação das conexões

“macho e fêmea” – molde feito nas extremidades da régua tornando-as encaixáveis uma nas

outras); na seqüência é classificada para retirar partes da madeira que tenham manchas,

“bichos”, furos, rachaduras, torções, etc., deixando suas partes úteis com os tamanhos padrões

de régua; esta régua útil é, então, refilada (criação das conexões “macho e fêmea” nas

Page 6: Kako Se Prave Norme 2

6

extremidades); e finalmente é feita a montagem do mini-bundles com os vários tamanhos de

peças (ver Tabela 8).

Símbolo Descrição Responsável

Réguas de 7 ft perto da máquina de aplainar Empilhadeira

Aplainar réguas de 7 ft Máquina multilâmina

Conferir se há réguas tortas Funcionário 1

Separar réguas boas em um lote ao lado da máquina Funcionário 2

Esperar empilhadeira

Para a máquina moldureira Empilhadeira

Moldar as réguas de 7 ft Máquina moldureira

Classificar as peças de acordo com a qualidade (madeiras com furos, com

manchas, com rachaduras e etc.) Funcionário 3

Réguas de 7 ft ao lado da máquina de moldar Funcionário 4

Esperar empilhadeira

Para área da máquina "traçador" Empilhadeira

Cortar réguas de 7 ft em peças menores Máquina traçador

Verificar as peças que estão dentro dos padrões Funcionário 5

Movimentar para os respectivos espaços (cada tamanho de peça tem um

local, no qual é armazenado em pilhas) Funcionário 6

Movimentar réguas de determinado tamanho para a máquina refiladeira Funcionário 7

Processar réguas na refiladeira Máquina Refiladeira

Armazenar em pequenos lotes de 5 peças para empilhar na área que servirá

para montagem mini-bundles Funcionário 8

Movimentar para a área de montagem Funcionário 9

Abastecer a mesa com vários tamanhos de peças Funcionário 10

Montar mini-bundles e verificar retirar peças que não encaixam Funcionário 11

Colocar lacre no mini-bundles Máquina de lacre

Transportar para pátio de armazenagem Funcionário 12

Armazenar junto a outros mini-bundles Funcionário 13

Armazenamento Operação e inspeção

Legenda Operação Inspeção

Transporte Demora

Fonte: Leite, et. al., 2009.

Tabela 8 - Fluxograma geral do processo de fabricação de mini-bundles para o lote de exportação

4. Tempo Sintético do Processo de Montagem

Page 7: Kako Se Prave Norme 2

7

Os tempos determinados são utilizados em operações manuais, porém podem ser

complementados com cronometragens diretas quando parte da operação analisada não for

manual. O processo de montagem do mini-bundles, por possuir esta característica de operação

manual, torna-se o objeto de estudo deste artigo.

O processo será subdividido em três atividades: (1) transporte das réguas à mesa de

montagem, (2) montagem e (3) finalização. Este último refere-se a colocação dos lacres e ao

carregamento do mini-bundles ao lote de exportação.

Para determinar o tempo sintético da operação, cada atividade será minudenciada em seus

micromovimentos. As atividades (1) e (2) ocorrem, em sua maioria, simultaneamente. No

entanto, será considerado o sequenciamento das atividades, ou seja, a não simultaneidade,

onde todos os trabalhadores deste setor (montadores, funcionários da máquina de lacre e

carregadores) realizam primeiramente a atividade (1) para preencher a mesa de montagem e

em seguida iniciar a (2), normalizando então as funções de cada trabalhador. O padrão será o

abastecimento da mesa de montagem, posteriormente a montagem e então a finalização.

4.1 Abastecimento da mesa de montagem

Para a determinação do tempo sintético desta atividade, deve-se estabelecer as rotas,

distâncias, número de funcionários e de vezes que cada um executará a atividade. A Figura 2

mostra as rotas usuais, as distâncias e que há locais diferentes para mesmos tamanhos de

régua, dentre os quais escolheram-se os locais mais próximos à mesa, pois quando o pátio está

cheio, os funcionários não percorrem as distâncias mais longas.

Page 8: Kako Se Prave Norme 2

8

6 1

5,5

1,5

5 2

4,5

2,5

4 3

76

1

7

5,5

1,5

5 2

4,5

2,5

1 1

,5 3

,5

1 1

,5 3

,5

3 4

6 1

6 1

10,80 m

5,30 m

4,10 m

3,40 m3,40 m

8,50 m

10,40 m

13,60 m

14,60 m

13,30 m 12,90 m

11,70 m

Figura 2 – Rotas de abastecimento da mesa de montagem

Tomam-se como medidas os movimentos executados pelos funcionários ao levarem todos os

tamanhos de régua do pátio à mesa. Esse tempo sintético encontrado é dividido pelos cinco

funcionários que atuam nesta atividade, pois todos realizam os mesmos micro-movimentos.

É necessário ainda observar que o trasporte das réguas é influenciado pelo seu tamanho e por

sua quantidade na mesa: de 5 à 7 ft são levadas em pilhas de 10 unidades até completar o

montante de 50 unidades, as restantes, em pilhas de 20 até completar 40 unidades. A

disposição das réguas e do montador na mesa de montagem é apresentada na Figura 3.

Desta maneira, à cada funcionário são necessárias cinco voltas – ida e retorno – para abastecer

a mesa com as réguas maiores, para as menores, se fazem necessárias somente duas voltas.

Portanto, o tempo em TMU dos pisos maiores serão multiplicados por 5 e dos menores por 2.

Page 9: Kako Se Prave Norme 2

9

7 ft

5,5

ft

6 f

t

5 f

t

4,5

ft

4 ft

3 ft

3,5

ft

Áre

a d

e M

on

tag

em

2,5 ft

1,5 ft

2 ft

1 ft

Figura 3 – Disposição das réguas e do trabalhador na mesa de montagem dos mini-bundles

O tempo sintético da atividade é calculado ao descreverem-se seus micro-movimentos e à eles

atribuir seus valores tabelados. A soma desses valores determina o tempo síntetico. A Tabela

10 descreve os micro-movimentos e atribui-lhes seus respectivos tempos.

Movimentos Caso Dist. em

cm

Dist. em

polegadas

Valor

tabelado

TMU

respectivo TMU final

Alcançar lote de 7 ft A 1080 425,20 20 13,1 278,50

Agarrar lote de 7 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 7 ft C 1080 425,20 20 22,1 469,84

Posicionar lote de 7 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 7 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 1 (x5) 3860,73

Alcançar lote de 6 ft A 580 228,35 20 13,1 149,57

Agarrar lote de 6 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 6 ft C 580 228,35 20 22,1 252,32

Posicionar lote de 6 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 6 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 2 (x5) 2128,45

Alcançar lote de 51/2 ft A 410 161,42 20 13,1 105,73

Agarrar lote de 51/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 51/2 ft C 410 161,42 20 22,1 178,37

Posicionar lote de 51/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 51/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 3 (x5) 1539,47

Alcançar lote de 5 ft A 340 133,86 20 13,1 87,68

Agarrar lote de 5 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 5 ft C 340 133,86 20 22,1 147,91

Posicionar lote de 5 ft JUSTO - - - - 21,80

Page 10: Kako Se Prave Norme 2

10

Soltar lote de 5 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 4 (x5) 1296,95

Alcançar lote de 41/2 ft A 355 139,76 20 13,1 91,55

Agarrar lote de 41/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 41/2 ft C 355 139,76 20 22,1 154,44

Posicionar lote de 41/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 41/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 5 (x2) 539,57

Alcançar lote de 4 ft A 850 334,65 20 13,1 219,19

Agarrar lote de 4 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 4 ft C 850 334,65 20 22,1 369,78

Posicionar lote de 4 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 4 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 6 (x2) 1225,55

Alcançar lote de 31/2 ft A 1360 535,43 20 13,1 350,71

Agarrar lote de 31/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 31/2 ft C 1360 535,43 20 22,1 591,65

Posicionar lote de 31/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 31/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 7 (x2) 1932,32

Alcançar lote de 3 ft A 1040 409,45 20 13,1 268,19

Agarrar lote de 3 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 3 ft C 1040 409,45 20 22,1 452,44

Posicionar lote de 3 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 3 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 8 (x2) 1488,86

Alcançar lote de 21/2 ft A 1170 460,63 20 13,1 301,71

Agarrar lote de 21/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 21/2 ft C 1170 460,63 20 22,1 509,00

Posicionar lote de 21/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 21/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 9 (x2) 1669,02

Alcançar lote de 2 ft A 1290 507,87 20 13,1 332,66

Agarrar lote de 2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 2 ft C 1290 507,87 20 22,1 561,20

Posicionar lote de 2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 10 (x2) 1835,32

Alcançar lote de 11/2 ft A 1330 523,62 20 13,1 342,97

Agarrar lote de 11/2 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 11/2 ft C 1330 523,62 20 22,1 578,60

Posicionar lote de 11/2 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 11/2 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Page 11: Kako Se Prave Norme 2

11

Subtotal 11 (x2) 1890,75

Alcançar lote de 1 ft A 1460 574,80 20 13,1 376,50

Agarrar lote de 1 ft 1A - - - - 2,00

Movimentar lote de 1 ft C 1460 574,80 20 22,1 635,16

Posicionar lote de 1 ft JUSTO - - - - 21,80

Soltar lote de 1 ft POR CONTATO - - - - 0,00

Subtotal 12 (x2) 2070,91

Total 21477,90

Tabela 10 – Micro-movimentos e tempo sintético do abastecimento da mesa de montagem

O tempo final de 21477,90 TMU foi dividido pelos cinco funcionários, onde obteve-se

4295,58 TMU, equivalente a 2,58 minutos, tempo padrão desta atividade. Isso indica que 5

funcionários trabalhando ininterruptamente levam cerca de 3 minutos para abastecer uma

mesa de montagem.

4.2 Montagem na mesa

A atividade de montagem não oferece grandes distâncias a serem percorridas, no entanto, pelo

fato de cada mini-bundles possuir em média 25 réguas de tamanhos variados, o montador faz

o movimento de alcançar as réguas nas diferentes pilhas cerca de 25 vezes de maneira

aleatória. O montador estica os braços há uma distância média de 50cm do seu corpo e as

encaixa. Não se pode precisar as distâncias pela aleatoriedade da atividade.

A Tabela 11 descreve os micro-movimentos desta atividade e seus respectivos valores.

Devido a repetição do movimento o TMU encontrado será multiplicado por 25.

Movimentos Caso Dist. em

cm

Dist. em

polegadas

Valor

tabelado

TMU

respectivo TMU final

Alcançar a régua A 50 19,69 20 13,1 12,89

Agarrar a régua 1A - - - - 2

Movimentar a régua C 50 19,69 20 22,1 21,75

Posicionar a régua JUSTO - - - - 21,8

Soltar a régua POR CONTATO - - - - 0

Total 58,45

Tabela 11 – Micro-movimentos e tempo sintético da montagem na mesa

O tempo encontrado foi de 58,45 TMU, 0,03507 minutos, aproximadamente 2,1s, que se

refere ao tempo em que um funcionário coloca uma régua do mini-bundles. Desta forma,

multiplicando por 25, tem-se o tempo padrão da montagem de 52,6s.

4.3 Finalização

O atividade de finalização possui um pequeno diferencial, dois tempos de GAP, ou seja

atividades não tabeladas que devem ser arbitradas ou cronometradas, por exemplo o ciclo de

uma máquina, um período de inspeção etc. Neste caso, o GAP 1 é o tempo necessário para o

montador empurrar o lote à máquina de lacre, o GAP 2 é a própria atividade de lacrar feita por

Page 12: Kako Se Prave Norme 2

12

uma máquina. Os micro-movimentos, GAP’s e tempos sintéticos são mostrados na Tabela 4.

Uma dupla de funcionários segura e posiciona o mini-bundles para que a máquina possa

passar o lacre em três pontos do lote, em seguida o transportam à um local específico para

formar um lote de exportação composto por 52 mini-bundles.

Movimentos Caso Dist. em

cm

Dist. em

polegadas

Valor

tabelado TMU final

GAP em

segundos

GAP 1

- - - - 4

GAP 2

- - - - 6

Agarrar o mini-bundles 1A - - - 2,00

Movimentar mini-bundles C 410 161,42 20 178,37

Posicionar mini-bundles JUSTO

21,8

Total 202,17 10

Tabela 12 – Micro-movimentos e tempo sintético da finalização

O resultado final aponta 202,17 TMU, correspondendo a 7,3s. Somando aos 10s de GAP,

tem-se o tempo padrão totalizando 17,3s.

5. Conclusão

Os tempos sintéticos são uma maneira de se obter o tempo das atividades de forma rápida,

eficiênte e próxima do real. As atividades “montagem na mesa” e “finalização”, por exemplo,

foram cronometradas obtendo um tempo aproximado de 75s, se comparados à soma dos

tempos sintéticos obtidos nas mesmas atividades, 52,6s e 17,3s respectivamente, encontra-se o

valor de 70s. Uma diferença bem pequena se observada a dimensão das unidades.

Desta maneira o MTM se torna uma ferramenta de fácil utilização e bom grau de confiança

nos dados gerados, oferecendo um leque de possibilidades, como por exemplo, prever o

tempo de excecução de uma atividade que ainda não existe, prederterminar os tempos de

processos já existentes ou até mesmo simular a eficiência de uma possível alteração em um

modelo atual de trabalho na empresa.

Outra vantagem oferecida pelo método é o baixo custo proveniente do ganho de rapidez e

redução de esforços. Enquanto um estudo de tempos cronometrados pode durar semanas, por

necessitar de testes para escolher um funcionário adequado, dias de observação e em muitos

casos descartar dias de atividades anormais, o MTM utiliza valores tabelados tendo como

necessidades: mensurar ou arbitrar, em uma situação ainda ireal, as distâncias, descrever cada

movimento e atribuir-lhes os casos adequados.

Contudo, é importante observar que esse método apresenta certas restrições, como não

descrever todos os tipos de movimentos nem considerar ciclos de máquinas, os chamados

tempos de GAP apresentados na atividade de finalização, tornando necessária em muitos

casos a utilização de outras ferramentas. Podem ser utilizados outros métodos de tempos

sintéticos, no entanto essa ação conjunta é confusa e de difícil organização, pelas diferenças

de cálculo e pelas descrições e exigências sobre cada movimento. Um método de eficiente

ação conjunta é o estudo de tempos cronometrados, que apesar de trabalhoso, não exige a

descrição dos movimentos, podendo cronometrar qualquer tipo de atividade, desde que bem

definidas as unidades de medida.

Page 13: Kako Se Prave Norme 2

13

6. Referências Bibliográficas

BARNES, Ralph M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida de trabalho. 6ª ed.

São Paulo: Edgard Blüchen, 1977, p 12, 13, 101, 102, 378 e 402.

CLEMENTINO, André. Engenharia de Métodos. Apontamentos de aula, 2007.

MARTINS, Petrônio G. & LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. 2ª ed.

São Paulo: Saraiva, 2006, p 89, 90.

MARTINS, Petrônio G. & LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. 1ª ed.

São Paulo: Saraiva, 2002, p 150-153.

LEITE, Adriano et al. Determinação da capacidade produtiva de uma empresa de piso de

madeira americano (flooring) através do estudo de tempos e da teoria das restrições. In.:

Anais do XXVI Encontro Nacional Engenharia de Produção. Salvador, 2009.