Justicia pectoralis

Justicia pectoralis

“Chambá” e “Anador” são os

mais empregados no Nordeste brasileiro.

Cerebril, Carpinteiro, Erva-de-Santo-Antônio,

Pingo-de-Ouro, Trevo-do-Pará, Trevo-Cumarú.

Características morfológicas

Planta da família das Acanthaceae; 

Aproximadamente 30cm de altura;

Caule ascendente e cilíndrico;

Folhas opostas;

Flores sésseis, com corola de branca à lilás.

Justicia pectoralis

Pequena erva cultivada pelos índios Waiká da região de fronteira Brasil-Venezuela e utilizada em rapés alucinógenos, também ocorrem espontaneamente ou são cultivadas no México, Trinidad e Tobago, Cuba, Jamaica, Oeste do Equador e Nordeste do Brasil.

Derivados cumarínicos são referidos como seus principais constituintes.

Oliveira & Andrade (2000)

ACTA AMAZONICA 30(4): 569-578. 2000

Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará

INTRODUÇÃO

Grupo étnico que habita o município de Caucaia, a 16 Km de Fortaleza;

Suas atividades econômicas são o pescado no rio Ceará e no manguezal, e o comércio de artesanatos;

A falta de recursos os faz recorrer à utilização de plantas medicinais.

Morais et al.(2005)

Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará

OBJETIVO

Identificar as plantas mais utilizadas pelos índios Tapebas do Ceará, das quais muitas tiveram suas ações terapêuticas validadas, tendo seu uso assegurado por estudos científicos realizados, estando incluídas no Projeto Farmácias Vivas.

Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará

MATERIAL E MÉTODOS

Envolveu entrevistas utilizando questionários com 45 moradores da comunidade indígena, inclusive o Pajé.

Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará

Etapas:

Obtenção dos dados socio-econômicos;

Levantamento das plantas utilizadas como medicinais;

Identificação das espécies coletadas;

Revisão na literatura científica para cada espécie.

Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Ceará

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As plantas mais referidas pelos índios Tapebas resultaram, após a identificação, em um total de 63 táxons.

As famílias com maior número de espécies mencionadas foram Lamiaceae (5), Liliaceae (5), Anacardiaceae (4), Euphorbiaceae (4) e Fabaceae sensu lato (5).

As espécies mais utilizadas pelos índios foram agrupadas em três categorias distintas.

Categoria 3: Plantas pouco conhecidas quimicamente e com alguma atividade biológica

comprovada

Justicia pectoralis Jacq. (Anador) – suas espécies têm em comum a presença de cumarina em sua composição.

São referidas na medicina popular no tratamento de doenças do aparelho respiratório (Rocha, 1945; Braga,1976; Correa, 1984).

Um estudo fitoquímico das folhas mostrou, além da presença de cumarinas, flavonóides, saponinas e taninos, sendo suas atividades antiinflamatória e broncodilatadora demonstradas experimentalmente (Leal et al., 2000).

A fitoterapia na saúde pública em Natal/RN: visão do odontólogo

Saúde em Revista (2006)

Trabalho existente na unidade de saúde onde funcionou um projeto governamental intitulado Farmácias Vivas. Por meio dele, os farmacêuticos daquela unidade de saúde preparavam e distribuíam aos usuários géis, pomadas, sabonetes, cremes e xaropes à base de plantas medicinais. E instruíram alguns Cirurgiões - dentistas da referida unidade.

Referências bibliográficas

OLIVEIRA A. F. M.; ANDRADE L. DE H.; Caracterização morfológica de Justicia pectoralis Jacq. E J. gendarussa Burm. F. (ACANTHACEAE); ACTA AMAZONICA 30(4): 569-578. 2000

MORAIS C. S. M., DANTAS J. P., SILVA A. R. A., MAGALHÃES E. F.; Plantas medicinais usadas pelos índios Tapebas do Revista Brasileira De Farmacognosia 15(2): 169-177, Abr./Jun. 2005

JÚNIOR J. F. L., ET AL. A fitoterapia na saúde pública em Natal/RN: visão do odontólogo SAÚDE REV., Piracicaba, 8(19): 37-44, 2006

OBRIGADA !!

“... E o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio”.

Velho Testamento Ezequiel, 47:12.