julgamentos 7ª e 8ª turmas - trf4.jus.br penal. 2. nos crime de corrupção ativa, ante a...

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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XII – nº 210 – Porto Alegre, terça-feira, 19 de setembro de 2017 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0924/2017 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 7ª E 8ª TURMAS 00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0018091-29.2009.4.04.7000/PR RELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS APELANTE : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL APELADO : LUIZ CARLOS ANGELOZI ADVOGADO : Defensoria Pública da União DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 647

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno XII n 210 Porto Alegre, tera-feira, 19 de setembro de 2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESBoletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0924/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

7 E 8 TURMAS

00001 APELAO CRIMINAL N 0018091-29.2009.4.04.7000/PRRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS

APELANTE : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

APELADO : LUIZ CARLOS ANGELOZI

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 647

EMENTA

PENAL. APELAO CRIMINAL. ESTELIONATO CONTRA A CAIXAECONMICA FEDERAL. ARTIGO 171, 3, DO CDIGO PENAL.AUTORIA NO COMPROVADA. ABSOLVIO. ENQUADRAMENTOJURDICO. ALTERAO. IMPROVIMENTO.

1. Para a configurao do delito de estelionato, necessrio o emprego, peloagente, de meio fraudulento e a obteno de vantagem patrimonial indevida, para si ou paraoutrem, em prejuzo alheio.

2. O conjunto probatrio coligido aos autos no permite a formao de umaconvico segura quanto autoria delitiva, no bastando, para tanto, a apreenso, naresidncia do denunciado, de uma mquina de escrever utilizada, em tese, para a falsificaodo cheque emitido.

3. Alterao do enquadramento jurdico da absolvio para o disposto no artigo386, inciso VII, do Cdigo de Processo Penal, por no haver prova suficiente para acondenao.

4. Apelao criminal improvida.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao criminal, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre - RS, 06 de setembro de 2017.00002 APELAO CRIMINAL N 0007911-50.2006.4.04.7002/PRRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS

APELANTE : OSCAR ESPINOLA

ADVOGADO : Cesar Edward Abbate Sosa

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL. PROCESSUAL PENAL. APELAO CRIMINAL. ARTIGO 333 DOCDIGO PENAL. CORRUPO ATIVA. DEPOIMENTO DE AGENTESPOLICIAIS. VALOR PROBANTE. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLOCOMPROVADOS. DOSIMETRIA. PENA-BASE. MNIMO LEGAL. NEREFORMATIO IN PEJUS. AGRAVANTE DO ARTIGO 61, INCISO II,ALNEA "B", DO CDIGO PENAL. SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVADE LIBERDADE POR DUAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. EXECUOIMEDIATA. CABIMENTO.

1. A conduta consistente em oferecer valores em dinheiro a policiais militares afim de que estes liberem de autuao se enquadra no tipo penal do artigo 333 do Cdigo

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 647

Penal.2. Nos crime de corrupo ativa, ante a dificuldade de comprovao material da

conduta consumada por meio oral, as declaraes do servidor submetido oferta devantagem indevida merecem especial ateno, mormente se congruentes com o conjuntoprobatrio e inexistentes indcios de parcialidade do agente pblico.

3. Comprovados a materialidade, a autoria e o dolo do denunciado, de rigor acondenao pela prtica do delito do artigo 333 do Cdigo Penal.

4. Tendo sido a pena-base fixada no patamar mnimo previsto para o tipo, econsiderando a ausncia de recurso ministerial, mantm-se a sentena no ponto, emobservncia ao princpio ne reformatio in pejus.

5. Incide a agravante do artigo 61, inciso II, alnea "b", do Cdigo Penal, umavez que com o crime de corrupo ativa o agente pretendia garantir a impunidade pelaprtica do crime de posse de munies de arma de fogo (artigo 16 da Lei 10.826/03).

6. Preenchidos os requisitos do artigo 44 do Cdigo Penal, cabvel asubstituio da sano corporal por duas restritivas de direitos, consistentes em prestao deservios comunidade e prestao pecuniria.

7. Nos termos da orientao do Supremo Tribunal Federal, resta autorizado oincio da execuo penal, uma vez exaurido o duplo grau de jurisdio, assim entendida aentrega de ttulo judicial condenatrio, ou confirmatrio de deciso dessa natureza deprimeiro grau, em relao qual tenha decorrido, sem manifestao, o prazo para recursocom efeito suspensivo (embargos de declarao/infringentes e de nulidade, quando forcabvel) ou, se apresentado, aps a concluso do respectivo julgamento.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao e comunicar o juzo de origem para que d incio execuo penal,uma vez implementadas as condies previstas neste julgamento, nos termos do relatrio,votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre - RS, 14 de dezembro de 2016.00003 APELAO CRIMINAL N 0004602-47.2008.4.04.7003/PRRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS

APELANTE : ANTONIO SANTOS DO CARMO

ADVOGADO : Edson Mitsuo Tiujo

: Jair Marino de Souza e outros

: Ana Claudia Rossaneis

: Jose Sebastiao de Oliveira

APELANTE : EVERALDO HONORIO DA SILVA

ADVOGADO : Jose Sebastiao de Oliveira

: Edson Mitsuo Tiujo

: Glaucio Hashimoto

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 647

PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A ORDEMTRIBUTRIA. ARTIGO 1, INCISOS I E II, DA LEI 8.137/90.INCONSTITUCIONALIDADE DO TIPO. INOCORRNCIA. CONSTITUIODEFINITIVA DO CRDITO TRIBUTRIO. CONSUMAO. DECISO QUETRANSITOU EM JULGADO NA ESFERA ADMINISTRATIVA.INVIABILIDADE DE REDISCUSSO NO JUZO PENAL. TIPICIDADE.MATERIALIDADE. AUTORIA. DOLO GENRICO. DOSIMETRIA.CONTINUIDADE DELITIVA. SUBSTITUIO DA PENA. PRESTAO DESERVIOS COMUNIDADE. PRESTAO PECUNIRIA.PARCELAMENTO. EXECUO IMEDIATA DA PENA. CABIMENTO.

1. O crime do artigo 1 da Lei 8.137/90 no se confunde com a mera supressoou reduo do pagamento de tributos, j que tambm exige, para a caracterizao do tipopenal, a prtica de alguma forma de fraude por parte do contribuinte.

2. O bem jurdico penal tutelado pela norma em apreo a ordem ouarrecadao tributria, o qual apresenta amparo nitidamente constitucional, na medida emque tal bem se reveste de carter indispensvel realizao da funo social do Estado, aquem conferida a misso de concretizar os fundamentos da Repblica, seus objetivos, osdireitos e garantias fundamentais, bem como as demais funes sociais, voltados a toda acoletividade, com esteio nos artigos 1, 3, 5 e 6 da Carta da Repblica.

3. A constituio definitiva do crdito tributrio, apurado em regular processoadministrativo fiscal, consuma o delito. Inteligncia da Smula Vinculante 24 do STF.

4. A jurisprudncia dominante manifesta-se no sentido de que eventuais vciosna constituio do crdito tributrio so, em princpio, examinveis na competente viaadministrativa e/ou cvel (mbito judicial), no competindo ao juzo criminal imiscuir-se namatria. Precedentes.

5. Comprovada a materialidade e autoria do delito de sonegao fiscal, amanuteno do dito condenatrio medida impositiva.

6. O dolo genrico no delito previsto no artigo 1 da Lei 8.137/1990.Precedentes.

7. No que concerne fraude tributria verificada em diversos perodos, importadistinguir se aquelas instrumentalizaram a supresso/reduo de tributos sujeitos distintaou idntica modalidade de lanamento, isso porque, na primeira hiptese, faz-se configuradoo concurso material de delitos, ao passo que, na segunda, em tese, o crime continuado.Pressupostos do artigo 71 do Cdigo Penal presentes na espcie, sendo mantido o aumentodecorrente a esse ttulo.

8. Na fixao das unidades da pena de multa, devem ser observadas todas ascircunstncias que influram na dosagem da pena privativa de liberdade - judiciais, legais,majorantes e minorantes -, critrio que restou consolidado pela Quarta Seo desta Corte(EINACR 2002.71.13.003146-0/RS, D.E. 05-6-2007), e, uma vez atendida a ideia deproporcionalidade, num momento subsequente, o valor da penalidade pecuniria serinformado/balizado pela capacidade econmica do ru. Manuteno do nmero de dias-multa, pois observado dito critrio de proporcionalidade com a pena carcerria.

9. Preenchidos os requisitos do artigo 44 do Cdigo Penal, deve a pena privativade liberdade ser substituda por restritivas de direitos, consistentes em prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas e prestao pecuniria. A primeira, porque exige docondenado um esforo no sentido de contribuir com o interesse pblico. A segunda, porque,ao contrrio da multa que reverte sempre ao Estado, converte-se em prol da vtima, seusdependentes ou entidade pblica.

10. A pena de prestao pecuniria deve ser suficiente para a preveno ereprovao do crime praticado, atentando-se ainda, para a extenso dos danos decorrentes doilcito e para a situao econmica do condenado, a fim de que se possa viabilizar seu

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 647

cumprimento. Poder haver o parcelamento, em sede de execuo, caso comprovada aimpossibilidade de cumprimento integral.

11. Nos termos da orientao do Supremo Tribunal Federal, resta autorizado oincio da execuo da pena, uma vez exaurido o duplo grau de jurisdio, assim entendida aentrega de ttulo judicial condenatrio, ou confirmatrio de deciso dessa natureza deprimeiro grau, em relao qual tenha decorrido, sem manifestao, o prazo para recursocom efeito suspensivo (embargos de declarao/infringentes e de nulidade, quando forcabvel) ou, se apresentado, aps a concluso do respectivo julgamento.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento s apelaes, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre - RS, 03 de agosto de 2016.00004 APELAO CRIMINAL N 0002993-79.2006.4.04.7203/SCRELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS

APELANTE : FABIO MUNIZ FERNANDES

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. ARTIGO 304 C/C 297, DO CDIGOPENAL. USO DE DOCUMENTO FALSO. LICENA FALSA PARADESENVOLVER ATIVIDADE DE TELECOMUNICAES.MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO COMPROVADOS. DOSIMETRIA.SUBSTITUIO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR DUASRESTRITIVAS DE DIREITOS. EXECUO IMEDIATA. CABIMENTO.

1. A caracterizao do delito previsto no artigo 304 do Cdigo Penal dependeda presena das elementares tambm do tipo a que remete, uma vez que aquele faz expressameno aos tipos penais de falsidade material e ideolgica previstos nos artigos 297 a 302 doCodex Penal. Exige-se, desse modo, a comprovao da falsidade, da potencialidade lesiva dodocumento e da cincia do agente quanto inautenticidade do documento de que se utilizou.

2. A tese de que no constitui documento pblico a licena, ainda que modeladaa partir da internet, no deve prosperar, pois, a Anatel, por ser uma agncia reguladora daAdministrao Indireta do Estado, na expedio de licenas e outros documentos estconstituda de poder pblico, de modo que a usurpao de tais procedimentos constitui emfalsum.

3. Preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos do artigo 44 do CdigoPenal, substitudas as penas restritivas de liberdade por duas restritivas de direitos,consistentes em prestao de servios comunidade ou a entidades pblicas e prestaopecuniria.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 647

4. Quanto ao valor da prestao pecuniria, o julgador, dentre os parmetrosestabelecidos pelo artigo 45, 1, do Estatuto Repressivo, deve considerar certos fatores, demodo a no tornar a prestao em pecnia to diminuta a ponto de mostrar-se incua, nemto excessiva de maneira a inviabilizar seu cumprimento.

5. Nos termos da orientao do Supremo Tribunal Federal, resta autorizado oincio da execuo das penas, uma vez exaurido o duplo grau de jurisdio, assim entendidaa entrega de ttulo judicial condenatrio, ou confirmatrio de deciso dessa natureza deprimeiro grau, em relao qual tenha decorrido, sem manifestao, o prazo para recursocom efeito suspensivo (embargos de declarao/infringentes e de nulidade, quando forcabvel) ou, se apresentado, aps a concluso do respectivo julgamento.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao e comunicar o juzo de origem para que d incio execuo penal,uma vez implementadas as condies previstas neste julgamento, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre - RS, 14 de dezembro de 2016.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0926/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

7 E 8 TURMAS

00001 APELAO CRIMINAL N 0007502-71.2006.4.04.7003/PRRELATOR : Des. Federal MRCIO ANTONIO ROCHA

APELANTE : DANIEL REMO MACIEL DUARTE

ADVOGADO : Osmar Fernando de Medeiros

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 647

: Moises Zanardi

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL. USO DE DOCUMENTO FALSO. ART. 304 C/C ART. 297 DO CDIGOPENAL. PRINCPIO DA CONSUNO. INAPLICABILIDADE. CONDENAO.

Materialidade, autoria e dolo dos crimes previstos no artigo 304 c/c artigo 297do Cdigo Penal (por trs vezes), na forma do artigo 71 do Cdigo Penal, comprovados nosautos, considerando, especialmente, a confisso do ru e os depoimentos das testemunhas,alm da prova documental.

O princpio da consuno no aplicvel no caso em que potencialidade lesivados documentos falsos no se exaure no estelionato, sendo apta para o cometimento deoutros delitos da mesma ou distinta espcie.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao apelo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 12 de setembro de 2017.00002 APELAO CRIMINAL N 0007728-08.2008.4.04.7100/RSRELATOR : Des. Federal MRCIO ANTONIO ROCHA

APELANTE : CARLOS FRANCISCO SCHMITT

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL. ARTIGO 183 DA LEI 9.472/97. PRESCRIO DA PRETENSOPUNITIVA. EXTINO DA PUNIBILIDADE.

Transitada em julgado a sentena condenatria para a acusao, a prescrio dapretenso punitiva regulada pela pena aplicada, nos termos do art. 110, 1, do CdigoPenal, na redao vigente na data dos fatos.

Aplicada pena no superior a 2 (dois) anos e transcorrido o lapso prescricionalde 4 (quatro) anos entre a data dos fatos e a data do recebimento da denncia, declara-seextinta a punibilidade pela prescrio retroativa da pretenso punitiva, nos termos do artigo109, inciso V, do Cdigo Penal.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 647

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, solverquesto de ordem, para declarar a extino da punibilidade do ru Carlos Francisco Schmittpela prescrio retroativa da pretenso punitiva, com base nos artigos 107, IV e 110, 1,ambos do Cdigo Penal, julgando prejudicado o apelo, nos termos do relatrio, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 12 de setembro de 2017.00003 APELAO CRIMINAL N 0000956-61.2006.4.04.7015/PRRELATOR : Des. Federal MRCIO ANTONIO ROCHA

APELANTE : SERGIO GOMES DE MORAES

ADVOGADO : Luis Claudio da Costa Severino e outros

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PENAL. PROCESSO PENAL. DESCAMINHO (ARTIGO 334 DO CDIGOPENAL). PRESCRIO VERIFICADA. PUBLICAO DA SENTENAPENAL CONDENATRIA COMO MARCO INTERRUPTIVO DAPRESCRIO.

1. Nos processos que tramitam em meio fsico, no havendo certificao acercada data da publicao da sentena em Secretaria, admite-se, para tais fins, o primeiro atopraticado e certificado nos autos do processo, aps a juntada da sentena.

2. Aps o trnsito em julgado da sentena condenatria para a acusao, otranscurso do lapso prescricional calculado com base na pena aplicada, verificado entre adata de recebimento da denncia e a data da publicao da sentena, acarreta a extino dapunibilidade pela prescrio da pretenso punitiva (artigo 107, IV, do Cdigo Penal).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao apelo, a fim de reconhecer o transcurso da prescrio e a consequenteextino da punibilidade dos rus, considerando prejudicado o mrito do recurso, nos termosdo relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 12 de setembro de 2017.00004 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CRIMINAL N 0005938-95.2008.4.04.7000/PRRELATOR : Des. Federal LEANDRO PAULSEN

INTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMBARGANTE : MONZART ANTONIO CORREIA

ADVOGADO : Adriano Sergio Nunes Bretas

: Andr Luis Pontarolli

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 647

INTERESSADO : SAUL CHUNY ZUGMANN

ADVOGADO : Rodrigo Sanchez Rios e outros

EMBARGANTE : NELSON DE LIMA

: LUIZ TADEU CARDOSO DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Rodrigo Sanchez Rios e outros

INTERESSADO : JOAQUIM PEDROSO DA SILVA

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

INTERESSADO : SAUL CHUNY ZUGMANN

ADVOGADO : Rodrigo Sanchez Rios e outros

INTERESSADO : THALES ZUGMAN

ADVOGADO : Alexandre Knopfholz e outros

: Guilherme de Oliveira Alonso

INTERESSADO : JULIO ZUGMAN

: JACOB REICHER

ADVOGADO : Roberto Brzezinski Neto

EMBARGANTE : MONZART ANTONIO CORREIA

ADVOGADO : Adriano Sergio Nunes Bretas

: Andr Luis Pontarolli

EMENTA

DIREITO PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DECLARATRIOS.REDISCUSSO DO MRITO. DESCABIMENTO.1. Em razo de seu carter integrativo ou interpretativo, os embargos dedeclarao no se prestam como via para a reapreciao dos fundamentos dadeciso atacada;2. Inexistente sequer potencial omisso, contradio, obscuridade ou erromaterial, mas mera tentativa de reforma de mrito do julgado, no deve orecurso ser conhecido quanto a tal argumentao.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecerparcialmente dos recursos de embargos de declarao e, na parcela conhecida, negar-lhesprovimento, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.Boletim

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 647

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0927/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO CVEL N 0013670-73.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : GRACIELE TAIS SCHILLREFF GRAFF e outro

ADVOGADO : Carmem Salete Maffi Pretto

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE. PARCELAS ATRASADAS.PENSIONISTA MENOR ABSOLUTAMENTE INCAPAZ NA DATA DO BITO. TERMOINICIAL DO BENEFCIO. PRESCRIO. NO INCIDNCIA. JUROS E CORREOMONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA AFASE PRPRIA (EXECUO).

1. So devidas as parcelas atrasadas, desde o bito at a implantao dobenefcio quando se trata de beneficirio absolutamente incapaz poca do bito doinstituidor.

2. pacfico o entendimento desta Corte no sentido de que a prescrio nocorre contra os absolutamente incapazes (arts. 169, inciso I, e 5, inciso I, ambos do CdigoCivil de 1916, e art. 198, inciso I, do Cdigo Civil c/c os arts. 79 e 103, pargrafo nico daLei de Benefcios).

3. A prescrio quinquenal no incide quando o interessado requer o benefcioantes de completados cinco anos da perda da condio de menor absolutamente incapaz.

4. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao, dar parcial provimento remessa oficial e diferir para a fase deexecuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice daLei 11.960/2009, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00002 REMESSA NECESSRIA CVEL N 0008166-86.2016.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

PARTE AUTORA : EVA GORETE DOS REIS

ADVOGADO : Salete Eccel Lombardi e outro

PARTE RE' : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE SO JOOBATISTA/SC

EMENTA

AUXLIO-DOENA. PERCIA JUDICIAL CONCLUDENTE. INCAPACIDADELABORAL TEMPORRIA. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009.CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).

1. devido o auxlio-doena quando a percia judicial concludente de que aparte autora se encontra temporariamente incapacitada para o trabalho.

2. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento remessa oficial, diferir para a fase de execuo a forma de clculo dosconsectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, e determinar ocumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 11 / 647

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00003 APELAO CVEL N 0005770-39.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : PAULA SABRINA MULLER

ADVOGADO : Paulo Argeu Saraiva Fernandes

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

AUXLIO-DOENA. PERCIA JUDICIAL CONCLUDENTE. INCAPACIDADELABORAL TEMPORRIA. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009.CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).HONORRIOS ADVOCATCIOS. HONORRIOS PERICIAIS. OMISSO.

1. devido o auxlio-doena quando a percia judicial concludente de que aparte autora se encontra temporariamente incapacitada para o trabalho.

2. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

3. Honorrios advocatcios majorados para 10% sobre as prestaes vencidasat a sentena de procedncia, em conformidade com o entendimento desta Corte.

4. Honorrios periciais a cargo do INSS. Omisso que se supre.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da autora, negar provimento apelao do INSS e remessa oficial,diferir para a fase de execuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-seinicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, suprir omisso quanto ao reembolso doshonorrios periciais e determinar o cumprimento imediato do presente julgado, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00004 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0004620-23.2016.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : TEREZINHA DA LUZ ALONSO VENDRAMINI

ADVOGADO : Jose Emilio Bogoni

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 12 / 647

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEFRAIBURGO/SC

EMENTA

AUXLIO-DOENA. ELEMENTOS PROBATRIOS CONCLUDENTES.INCAPACIDADE LABORAL TEMPORRIA. JUROS E CORREOMONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DE ATUALIZAO.DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO). HONORRIOSADVOCATCIOS. FIXAO EM CONSONNCIA COM OENTENDIMENTO DESTA CORTE. HONORRIOS PERICIAIS. OMISSO.

1. devido o auxlio-doena quando os elementos probatrios demonstram quea parte autora se encontra temporariamente incapacitada para o trabalho.

2. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

3. Mantida a verba honorria em 10% sobre o valor das prestaes vencidas ata data da sentena, posto que fixada de acordo com o entendimento desta Corte.

4. Honorrios periciais a cargo do INSS. Omisso que se supre.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento s apelaes, negar provimento remessa oficial, diferir para a fase de execuoa forma de clculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei11.960/2009, suprir omisso da sentena quanto ao reembolso dos honorrios periciais edeterminar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00005 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0005762-67.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : LINDAURA MARIA SCHELL

ADVOGADO : Imilia de Souza e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 647

SAPIRANGA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTE NOCIVO RUDO.HIDROCARBONETOS. EPI. HABITUALIDADE E PERMANNCIA. PERCIAINDIRETA. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009.CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA(EXECUO).1. admitida como especial a atividade em que o segurado ficou exposto a

rudos superiores a 80 decibis at 05/03/1997, em que aplicveis concomitantemente, parafins de enquadramento, os Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79; superiores a 90 decibis noperodo de 06/03/1997 a 18/11/2003, de acordo com o Decreto n 2.172/97, e, a partir de19/11/2003 superiores a 85 decibis, nos termos do Decreto 4.882/2003.

2. A exposio aos agentes qumicos hidrocarbonetos prejudicial sade,ensejando o reconhecimento do tempo de servio como especial.

3. O uso de Equipamento de Proteo Individual - EPI, por si s, no elide osefeitos nocivos de atividade sujeita exposio a agentes nocivos. No caso, no restoucomprovado nos autos o efetivo fornecimento, pelas empresas, do referido dispositivo,tampouco demonstrado o uso permanente pelo empregado durante a jornada de trabalho.

4. Quanto habitualidade e permanncia do tempo de trabalho em condiesespeciais prejudiciais sade ou integridade fsica referidas no artigo 57, 3, da Lei8.213/91, no se pressupem a exposio contnua ao agente nocivo durante toda a jornadade trabalho, devendo ser interpretada no sentido de que tal exposio deve ser nsita aodesenvolvimento das atividades cometidas ao trabalhador, integrada sua rotina de trabalho,e no de ocorrncia eventual, ocasional.

5. Ante a impossibilidade de realizao da percia no local onde o servio foiprestado, porque no mais existente, admite-se a percia indireta ou por similitude, realizadamediante o estudo tcnico em outro estabelecimento, que apresente estrutura e condies detrabalho semelhantes quele em que a atividade foi exercida (TRF4, EINF 0008289-08.2008.404.7108, Terceira Seo, Relator Joo Batista Pinto Silveira, D.E. 15/08/2011;TRF4, EINF 0003914-61.2008.404.7108, Terceira Seo, Relator Celso Kipper, D.E.10/06/2011).

6. devida a reviso do benefcio titulado pela parte autora, a contar da data dorequerimento administrativo, observada a prescrio quinquenal.

7. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da parte autora e negar provimento apelao do INSS e remessa

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 647

oficial, diferir para a fase de execuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, e determinar o cumprimento imediato doacrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00006 APELAO CVEL N 0023176-78.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : ERNI MENEGUSSI

ADVOGADO : Luiz Carlos Fink

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. TEMPO ESPECIAL. AGENTESNOCIVOS. RUDO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. RMI.REVISO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DEATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).HONORRIOS ADVOCATCIOS.

1. A comprovao do exerccio de atividade rural deve-se realizar na forma doart. 55, 3, da Lei 8.213/91, mediante incio de prova material complementado por provatestemunhal idnea.

2. admitida como especial a atividade em que o segurado ficou exposto arudos superiores a 80 decibis at 05/03/1997, em que aplicveis concomitantemente, parafins de enquadramento, os Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79; superiores a 90 decibis noperodo de 06/03/1997 a 18/11/2003, de acordo com o Decreto n 2.172/97, e, a partir de19/11/2003 superiores a 85 decibis, nos termos do Decreto 4.882/2003.

3. Os perodos de tempo reconhecidos na presente deciso devem ser levadosem conta pelo INSS para fins de reviso da Renda Mensal Inicial do benefcio deaposentadoria por tempo de contribuio da parte autora, com o pagamento das diferenascorrespondentes a contar da data do requerimento administrativo.

4. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

5. Honorrios advocatcios fixados em 10% sobre as parcelas vencidas at omomento da sentena.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 647

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao apelo da parte autora, dar provimento ao apelo do INSS, dar parcialprovimento remessa oficial tida por interposta, diferir para a fase de execuo a forma declculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, edeterminar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00007 REMESSA NECESSRIA CVEL N 0009176-39.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

PARTE AUTORA : ARAO CESAR DA SILVA

ADVOGADO : Juarez Antonio da Silva e outro

PARTE RE' : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE TRS DEMAIO/RS

EMENTA

DIREITO PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. TEMPO ESPECIAL. RUDO.AGENTES QUMICOS. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.CONCESSO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/09. CRITRIOS DEATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).

1. Mediante incio de prova material, corroborada por prova testemunhal, dese reconhecer o labor no meio rural, para fins previdencirios.

2. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida.

3. admitida como especial a atividade em que o segurado ficou exposto arudos superiores a 80 decibis at 05/03/1997, em que aplicveis concomitantemente, parafins de enquadramento, os Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79; superiores a 90 decibis noperodo de 06/03/1997 a 18/11/2003, de acordo com o Decreto n 2.172/97, e, a partir de19/11/2003 superiores a 85 decibis, nos termos do Decreto 4.882/2003.

4. A exposio aos agentes qumicos prejudicial sade, ensejando oreconhecimento do tempo de servio como especial.

5. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito concesso deaposentadoria por tempo de contribuio, a contar da data do requerimento administrativo, erespeitada, quanto s parcelas vencidas, a eventual prescrio quinquenal.

6. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento remessa oficial, diferir para a fase de execuo a forma de clculo dosconsectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, e determinar ocumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00008 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0017980-59.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : IVO MIGUEL DA COSTA

ADVOGADO : Adriana Vier Balbinot

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEESTRELA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. ATIVIDADE ESPECIAL.AGENTES NOCIVOS. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. PERMANNCIA NA ATIVIDADE ESPECIAL APS AIMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE. TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somentequando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidama insalubridade. 4. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conformea atividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 5. Reconhecida a inconstitucionalidade do 8. do art. 57 da LBPS pela CorteEspecial deste Tribunal, resta assegurada parte autora a possibilidade de continuarexercendo atividades laborais sujeitas a condies nocivas aps a implantao do benefcio.6. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao deimplementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental que dever serefetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensu previstas no art.497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo (sine intervallo).

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso da parte autora, negar provimento ao recurso do INSS e remessa oficial, determinar a implantao do benefcio e diferir, de ofcio, para a fase deexecuo, a forma de clculo dos consectrios legais, adotando, inicialmente, o ndice daLei 11.960/2009, restando prejudicados, no ponto, o recurso de apelao e a remessanecessria, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00009 APELAO CVEL N 0021643-84.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : JOSE ALCIDES MARQUES DA SILVA

ADVOGADO : Antonio Luis Wuttke e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO ESPECIAL. RUDO. AGENTES QUMICOS.APOSENTADORIA ESPECIAL. CONCESSO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI11.960/09. CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA(EXECUO).

1. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida.

2. admitida como especial a atividade em que o segurado ficou exposto arudos superiores a 80 decibis at 05/03/1997, em que aplicveis concomitantemente, parafins de enquadramento, os Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79; superiores a 90 decibis noperodo de 06/03/1997 a 18/11/2003, de acordo com o Decreto n 2.172/97, e, a partir de19/11/2003 superiores a 85 decibis, nos termos do Decreto 4.882/2003.

3. A exposio aos agentes qumicos prejudicial sade, ensejando oreconhecimento do tempo de servio como especial.

4. Tem direito aposentadoria especial o segurado que possui 25 anos de tempode servio especial e implementa os demais requisitos para a concesso do benefcio.

5. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo retido, dar parcial provimento ao apelo da parte autora e remessaoficial, negar provimento ao apelo do INSS, diferir para a fase de execuo a forma declculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, edeterminar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00010 APELAO CVEL N 0001467-45.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : MATILDE FERREIRA ALVES

ADVOGADO : Jones Izolan Treter

: Sinara Lazzaroto

: Jerusa Prestes

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. BENEFCIO ASSISTENCIAL. CONCESSO.DEFICINCIA E HIPOSSUFICINCIA FAMILIAR DEMONSTRADA. TUTELAESPECFICA.

1. Comprovada a deficincia e a hipossuficincia do ncleo familiar, merecereforma a sentena de improcedncia com a condenao do INSS a conceder o benefcioassistencial, a contar da DER.

2. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por maioria, vencidos aDesembargadora Federal Vnia Hack de Almeida e o Juiz Federal Altair Antonio Gregorio,dar provimento ao recurso, determinando a implantao do benefcio, e diferir, de ofcio,para a fase de execuo a forma de clculo dos juros e correo monetria, adotando-seinicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 647

Porto Alegre, 30 de agosto de 2017.00011 APELAO CVEL N 0013461-07.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : BRONILDA PADILHA TURQUIELLO

ADVOGADO : Imilia de Souza

: Vilmar Lourenco

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. ATIVIDADEESPECIAL. TEMPO ESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DECONVERSO. LEI APLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTEQUANDO PREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA.CONVERSO DO BENEFCIO EM APOSENTADORIA ESPECIAL.REQUISITOS NO IMPLEMENTADOS. FATOR PREVIDENCIRIO.INCIDNCIA.

1. O pedido que deixou de ser analisado em sentena proferida em processoanteriormente ajuizado pela parte autora no transita em julgado, no implicando, portanto,coisa julgada material. 2. Quanto impossibilidade de converso de tempo especial emcomum, pelo fator 1,40, aps 28-05-98, operou a coisa julgada, remanescendo o direito anlise da especialidade. 3. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995,portanto, somente admite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servioprevisto no art. 57 da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condiesespeciais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 4. Somente tero direito converso do tempo comum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em quelimitada a converso de tempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenhamimplementado todos os requisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoriaespecial, devendo, nesta hiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo deservio especial, ser levada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 5.No implementados os requisitos, invivel a converso do benefcio em AposentadoriaEspecial. 6. Incide o fator previdencirio no clculo do salrio-de-benefcio, consoante o art.29, I, da Lei n. 8.213/91, com a redao dada pela Lei n. 9.876/99.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso da parte autora, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 647

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00012 APELAO CVEL N 0015001-27.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : JOO FAGUNDES SOARES

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

: Imilia de Souza

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. SEGURADO ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL.AGENTES NOCIVOS. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL.REVISO DE RMI. OPO PELA RMI MAIS VANTAJOSA. FATORPREVIDENCIRIO. REGRAS DE TRANSIO. INCIDNCIA. TUTELAESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea. 2. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividadesujeita a condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalhodeve ser reconhecido o respectivo tempo de servio. 3. Os equipamentos de proteoindividual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade da atividadedesempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades.Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somente quando comprovada aefetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidam a insalubridade. 4. Se osegurado implementar os requisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores Emenda Constitucional n. 20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas RegrasPermanentes, poder ter o benefcio revisado pela opo que lhe for mais vantajosa. 5. OPlenrio do Supremo Tribunal Federal j sinalizou no sentido da constitucionalidade do fatorprevidencirio ao indeferir o pedido de medida cautelar visando suspenso do art. 2. da Lei9.876/99, na parte em que deu nova redao ao art. 29, caput, seus incisos e pargrafos da Lei8.213/91, que tratam da questo (ADI-MC 2.111/DF, Rel. Min. Sydney Sanches DJU-I de 05-12-2003, p. 17), em abordagem onde foram considerados tanto os aspectos formais comomateriais da alegao de inconstitucionalidade, com extenso debate sobre os motivos quelevaram criao do fator. Incidncia do fator previdencirio nas hipteses de concesso daaposentadoria pelas regras de transio ou pelas regras permanentes. 6. O coeficiente declculo elemento externo natureza jurdica do salrio de benefcio, no integra o seuclculo, e, portanto, no tem carter atuarial algum. Incide na apurao da renda mensalinicial somente aps calculado o salrio de benefcio, e isto apenas para que a fruio dobenefcio se d na proporo do tempo de contribuio do segurado. J o fator previdencirio elemento intrnseco do clculo do salrio de benefcio e tem natureza atuarial, pois leva emconsiderao a idade do segurado, seu tempo de contribuio e expectativa de vida, de formaa modular o valor da renda mensal a que o beneficirio far jus a partir da concesso e assimpreservar, nos termos da lei, o equilbrio atuarial e financeiro do sistema previdencirio.Dessa forma, no h falar em dupla penalizao do segurado, pois no h conflito entre ocoeficiente de clculo da aposentadoria proporcional e o fator previdencirio. 7. Determina-

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 647

se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar obenefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivadamediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 doCPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento remessa oficial e ao recurso do INSS, dar parcial provimento ao recurso daparte autora, determinar a reviso do benefcio e diferir, de ofcio, para a fase deexecuo a forma de clculo dos juros e correo monetria, adotando-se inicialmente ondice da Lei 11.960/2009, prejudicados, no ponto, o recurso do INSS e/ou a remessanecessria, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00013 APELAO CVEL N 0017457-18.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : SERGIO KORB

ADVOGADO : Aline Reffiel Serdeira

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. PERMANNCIA NA ATIVIDADEESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE.TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. A exposioa hidrocarbonetos aromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial.Desnecessria a anlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicosno ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 4. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 647

especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somentequando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidama insalubridade. 5. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conformea atividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 6. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somenteadmite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais queprejudiquem a sade ou a integridade fsica. 7. Reconhecida a inconstitucionalidade do 8.do art. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, resta assegurada parte autora apossibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitas a condies nocivas aps aimplantao do benefcio. 8. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo quese refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso da parte autora, negar provimento remessa oficial, determinarimplantao do benefcio de Aposentadoria Especial e diferir, de ofcio, para a fase deexecuo a forma de clculo dos juros e correo monetria, adotando-se inicialmente ondice da Lei 11.960/2009, restando prejudicada, no ponto, a remessa necessria, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00014 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000123-97.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : NATALICIO DA ROCHA BITENCOURT

ADVOGADO : Antonio Luis Wuttke

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEESTEIO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUDO.PERICULOSIDADE. ENQUADRAMENTO POR CATEGORIAPROFISSIONAL. USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL.CONVERSO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. APLICVEL A

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 647

LEGISLAO VIGENTE QUANDO PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARAA CONCESSO DO BENEFCIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.REAFIRMAO DA DER. POSSIBILIDADE AT A DATA DOJULGAMENTO DA APELAO OU REMESSA NECESSRIA NOSEGUNDO GRAU DE JURISDIO. PERMANNCIA NA ATIVIDADEESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE.TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. possvel oreconhecimento da especialidade do tempo de servio com base no enquadramento dacategoria profissional at o advento da Lei n 9.032/95. A jurisprudncia do STJ e da 3Seo desta Corte j firmou entendimento no sentido de que, at 28/04/1995, possvel oreconhecimento da especialidade da profisso de vigia ou vigilante por analogia funo deguarda, tida por perigosa, independentemente de o segurado portar arma de fogo no exercciode sua jornada laboral. 4. O uso de arma de fogo caracteriza a atividade como perigosa,porquanto expe o trabalhador a um risco constante de ocorrncia de algum evento danoso eao prprio estresse inerente a tal exerccio profissional. 5. Sendo caso de reconhecimento daatividade especial por enquadramento da categoria profissional, ou de periculosidade, no secogita de afastamento da especialidade por uso de Equipamentos de Proteo Individual. 6.Somente tero direito converso do tempo comum em especial os segurados que at28/04/1995 (data em que limitada a converso de tempo especial para comum pela Lei n.9.032/1995) tenham implementado todos os requisitos necessrios concesso do benefciode aposentadoria especial. 7. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995somente admite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previstono art. 57 da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiaisque prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 8. A 3 Seo desta Corte tem admitido areafirmao da DER, prevista pela Instruo Normativa n 77/2015 do INSS e ratificada pelaIN n 85, de 18/02/2016, tambm em sede judicial, nas hipteses em que o seguradoimplementa todas as condies para a concesso do benefcio aps a concluso do processoadministrativo, admitindo-se cmputo do tempo de contribuio inclusive quanto ao perodoposterior ao ajuizamento da ao, desde que observado o contraditrio, e at a data dojulgamento da apelao ou remessa necessria. 9. Demonstrado o tempo de servio especialpor 15, 20 ou 25 anos, conforme a atividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoria especial. 10. Reconhecida a inconstitucionalidade do 8. doart. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, resta assegurada parte autora apossibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitas a condies nocivas aps aimplantao do benefcio. 11. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo quese refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

ACRDODIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 647

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento remessa necessria e aos recursos, determinar a implantao do benefcio ediferir, de ofcio, para a fase de execuo, a forma de clculo dos consectrios legais,adotando, inicialmente, o ndice da Lei 11.960/2009, prejudicados, no ponto, a remessa eos recursos, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00015 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0011709-34.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : ILMAR GONALVES DA SILVA

ADVOGADO : Antonio Luis Wuttke

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 5A VARA DA COMARCA DE SAOLEOPOLDO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. REAFIRMAO DA DER. POSSIBILIDADEAT A DATA DO JULGAMENTO DA APELAO OU REMESSANECESSRIA NO SEGUNDO GRAU DE JURISDIO. PERMANNCIA NAATIVIDADE ESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO.POSSIBILIDADE. TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. A exposioa hidrocarbonetos aromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial.Desnecessria a anlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicosno ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 4. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somentequando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidama insalubridade. 5. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conformea atividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 6. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somente

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 25 / 647

admite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais queprejudiquem a sade ou a integridade fsica. 7. Somente tero direito converso do tempocomum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada a converso detempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado todos osrequisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo, nestahiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial, serlevada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 8. A 3 Seo desta Cortetem admitido a reafirmao da DER, prevista pela Instruo Normativa n 77/2015 do INSS eratificada pela IN n 85, de 18/02/2016, tambm em sede judicial, nas hipteses em que osegurado implementa todas as condies para a concesso do benefcio aps a concluso doprocesso administrativo, admitindo-se cmputo do tempo de contribuio inclusive quantoao perodo posterior ao ajuizamento da ao, desde que observado o contraditrio, e at adata do julgamento da apelao ou remessa necessria. 9. Reconhecida ainconstitucionalidade do 8. do art. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, restaassegurada parte autora a possibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitasa condies nocivas aps a implantao do benefcio. 10. Determina-se o cumprimentoimediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por setratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso da parte autora e remessa oficial, negar provimento ao recursodo INSS, reafirmar a DER, determinar implantao do benefcio de AposentadoriaEspecial, e diferir, de ofcio, para a fase de execuo a forma de clculo dos juros ecorreo monetria, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, restandoprejudicada, no ponto, a remessa necessria, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00016 APELAO CVEL N 0010175-89.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : SERGIO LUIZ SCHUTZ

ADVOGADO : Michele Backes e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 647

PREVIDENCIRIO. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHADOR RURAL.CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTESNOCIVOS. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL. CONCESSODE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. TUTELAESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea. 2. O reconhecimento de tempo de servio prestado na rea rural at 31-10-1991, para efeito de concesso de benefcio no Regime Geral da Previdncia Social, noest condicionado ao recolhimento das contribuies previdencirias correspondentes,exceto para efeito de carncia. 3. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio deatividade sujeita a condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestaodo trabalho deve ser reconhecido o respectivo tempo de servio. 4. A exposio habitual epermanente a nveis de rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislaopertinente matria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente dautilizao ou no de EPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitosnocivos. 5. A exposio a hidrocarbonetos aromticos enseja o reconhecimento do tempo deservio como especial. Desnecessria a anlise quantitativa de da concentrao ouintensidade de agentes qumicos no ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pelaavaliao qualitativa. 6. Os equipamentos de proteo individual no so suficientes, por sis, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendocada caso ser apreciado em suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento daatividade especial somente quando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos deproteo individual que elidam a insalubridade. 7. Se o segurado implementar os requisitospara a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores Emenda Constitucional n. 20/98,pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poder inativar-se pela opo quelhe for mais vantajosa. 8. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que serefere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso da parte autora, parcial provimento ao recurso do INSS e remessa oficial, determinar a implantao do benefcio e diferir, de ofcio, para a fase deexecuo a forma de clculo dos juros e correo monetria, adotando-se inicialmente ondice da Lei 11.960/2009, prejudicada, no ponto, a remessa necessria, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.Boletim

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 647

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0928/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0007442-19.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : JOSE RICARDO SOST

ADVOGADO : Silvana Afonso Dutra

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE CARLOS BARBOSA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. TEMPO ESPECIAL. PERCIAREALIZADA COM BASE SOMENTE EM INFORMAES DA PARTEAUTORA. DILAO PROBATRIA. NECESSIDADE.

1. No admitida como prova da especialidade a percia feita com baseexclusivamente nas informaes da parte autora.

2. Em face de dvida acerca das atividades da parte autora nos intervalos emque trabalhou em empresas que esto desativadas e em relao aos quais pretende oreconhecimento da atividade especial, necessria a produo de prova testemunhal paraverificar as reais condies de trabalho do autor para fins de realizao de percia porsimilaridade.

3. Assim, revelou-se prematura a entrega da prestao jurisdicional diante dopreceito contido no artigo 130 do Cdigo de Processo Civil ptrio, em que facultada aomagistrado, inclusive de ofcio, a determinao das provas necessrias ao deslinde daquesto posta em Juzo, cabendo a anulao da sentena e retorno dos autos para reaberturada instruo.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 28 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, anular deofcio a sentena e determinar a reabertura da instruo, julgando prejudicados o apelo e aremessa oficial, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00002 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000906-21.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ROSANGELA DE JESUS MOURA ANESI

ADVOGADO : Ana Izaltina Blanco Rocha

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ALEGRETE/RS

EMENTA

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ACRSCIMO DE 25%. ASSISTNCIAPERMANENTE COMPROVADA. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI11.960/2009. CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASEPRPRIA (EXECUO). DANO MORAL. INDENIZAO INDEVIDA.HONORRIOS ADVOCATCIOS. SUCUMBNCIA RECPROCA. CUSTASPROCESSUAIS. ISENO.1. Comprovada a necessidade de assistncia permanente de terceiros devido o

acrscimo de 25% aposentadoria por invalidez, desde a concesso da aposentadoria porinvalidez, pois j existente a necessidade de auxlio permanente desde ento.

2. O INSS isento de custas na Justia Estadual do Rio Grande do Sul, devendo,contudo, pagar eventuais despesas processuais, como as relacionadas a correio, publicaode editais e conduo de oficiais de justia (art. 11 da Lei Estadual n 8.121/85, com aredao da Lei Estadual n 13.471/2010).

3. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

4. Inexistindo comprovao de ter o ato administrativo sidodesproporcionalmente desarrazoado, inexiste direito indenizao por dano moral. Odesconforto gerado pelo no-recebimento temporrio do benefcio resolve-se na esferapatrimonial, mediante o pagamento de todos os atrasados, com juros e correo monetria.

5. Verificando-se a sucumbncia recproca, deve ser compensada a verbahonorria.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso do INSS e remessa oficial, diferir para a fase de execuo a forma declculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, edeterminar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00003 APELAO CVEL N 0014750-72.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : DELTO DRECHSLER MATIAS

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

: Imilia de Souza

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO ESPECIAL. RUDO. AGENTES QUMICOS.APOSENTADORIA ESPECIAL. CONCESSO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI11.960/09. CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA(EXECUO).

1. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida.

2. admitida como especial a atividade em que o segurado ficou exposto arudos superiores a 80 decibis at 05/03/1997, em que aplicveis concomitantemente, parafins de enquadramento, os Decretos n. 53.831/64 e 83.080/79; superiores a 90 decibis noperodo de 06/03/1997 a 18/11/2003, de acordo com o Decreto n 2.172/97, e, a partir de19/11/2003 superiores a 85 decibis, nos termos do Decreto 4.882/2003.

3. A exposio aos agentes qumicos prejudicial sade, ensejando oreconhecimento do tempo de servio como especial.

4. Tem direito aposentadoria especial o segurado que possui 25 anos de tempode servio especial e implementa os demais requisitos para a concesso do benefcio.

5. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 30 / 647

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao apelo da parte autora, negar provimento ao do INSS e remessa oficial, diferirpara a fase de execuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmenteo ndice da Lei 11.960/2009, e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00004 APELAO CVEL N 0001228-12.2015.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : JOSE RIBEIRO

ADVOGADO : Monica Maria Pereira Bichara

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. REEXAME DE RECURSO EMJUZO DE RETRATAO. ART. 543-C, 7, II, DO CPC/73 (REPLICADOPELO ART. 1.040, II, DO ATUAL CPC). JUROS DE MORA ENTRE A DATADA CONTA E A INSCRIO DO PRECATRIO OU RPV.

1. O Plenrio do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 579431/RS(Relator Ministro Marco Aurlio, DJE 30/06/2017), assentou que no clculo de liquidao dedvidas da Fazenda Pblica decorrentes de condenao judicial "Incidem juros da moraentre a data da realizao dos clculos e a da requisio ou do precatrio."

2. Estando, in casu, o acrdo retratando em plena sintonia com a diretrizfirmada pelo Pretrio Excelso, deve ser mantida a posio da Turma quanto ao tema, nosendo hiptese de retratao (art. 543-C do CPC de 1973, replicado pelo art. 1.040, II, doatual CPC).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, manter adeciso proferida pela Turma e determinar o retorno dos autos Vice-Presidncia desteRegional, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00005 APELAO CVEL N 0006240-75.2013.4.04.9999/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 31 / 647

RELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : SERGIO SCHEIBE

ADVOGADO : Anelise Leonhardt Porn

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. TEMPO ATIVIDADE ESPECIAL.CATEGORIA PROFISSIONAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIO/CONTRIBUIO. CONCESSO. JUROS E CORREOMONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DE ATUALIZAO.DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO). CUSTAS. ISENO.1. No h interesse de agir no tocante ao pedido de reconhecimento da atividade

especial em relao a perodos em que a especialidade j foi reconhecida na viaadministrativa.

2. Demonstrado o exerccio de tarefa sujeita a enquadramento por categoriaprofissional at 28/04/1995 (motorista de caminho), o perodo respectivo deve serconsiderado como tempo especial.

3. Preenchidos os requisitos legais, a parte autora faz jus concesso dobenefcio de aposentadoria por tempo de servio proporcional com cmputo do tempo at16/12/1998, ou aposentadoria por tempo de contribuio integral com cmputo at a DER,com incidncia do fator previdencirio, devendo ser implantado o benefcio mais vantajoso,a contar da data do requerimento administrativo.

4. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidaspara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

5. O INSS isento do pagamento das custas processuais quando demandado naJustia Estadual do Rio Grande do Sul, devendo, contudo, pagar eventuais despesasprocessuais, como as relacionadas a correio, publicao de editais e conduo de oficiais dejustia (artigo 11 da Lei Estadual n 8.121/85, com a redao da Lei Estadual n 13.471/2010,j considerada a inconstitucionalidade formal reconhecida na ADI n 70038755864 julgadapelo rgo Especial do TJ/RS).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, extinguir ofeito sem resoluo de mrito no tocante aos perodos de tempo especial j reconhecidosadministrativamente, com base no art. 267, VI, do CPC de 1973, diferir para a fase deexecuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 32 / 647

Lei 11.960/2009, dar parcial provimento s apelaes e remessa oficial, tida por interposta,e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00006 APELAO CVEL N 0002978-78.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : ANA REJANE RODRIGUES KIRSCH e outros

ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outros

: Imilia de Souza

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE DE ESPOSO E GENITOR.DEPENDNCIA ECONMICA PRESUMIDA. QUALIDADE DE SEGURADO.RECONHECIMENTO. TERMO INICIAL DO BENEFCIO. RENDA MENSAL INICIAL.TEMPO DE SERVIO RECONHECIDO EM RECLAMATRIATRABALHISTA. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DEATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).

1. Para a obteno do benefcio de penso por morte deve a parte interessadapreencher os requisitos estabelecidos na legislao previdenciria vigente data do bito(Lei n 8.213/91).

2. esposa ou companheira do segurado falecido devida sua cota-parte desdea data do bito, observada a prescrio quinquenal.

3. A penso devida a partir do requerimento administrativo para acompanheira (Lei n 8.213/91, art. 74, II) e a contar da data do bito para o filho menor.

4. A expresso "pensionista menor", de que trata o art. 79 da LB, aplica-se at os18 anos de idade, o que possibilita a concesso da penso desde a data do bito, desde que aparte tenha requerido at atingir aquela idade. Precedentes do STJ.

5. A sentena trabalhista no pode ser estendida para o mbito previdencirioquando o INSS for estranho reclamatria trabalhista, mas apta como incio de provamaterial para demonstrar o vnculo de segurado - quando verificado que aquele processovisava efetivamente dirimir controvrsia entre empregado e empregador -, desde quecomplementada por outras provas.

5. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 33 / 647

Egrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao dos autores, negar provimento apelao da r, remessa oficial,diferir para a fase de execuo a forma de clculo dos consectrios legais, adotando-seinicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, e determinar o cumprimento imediato do acrdo,nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00007 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0004900-04.2010.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ELOINA DE MEIRA FERREIRA

ADVOGADO : Joo Luiz Spancerski

: Rosemar Cristina Lorca Marques Valone

: Gisele Aparecida Spancerski

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE LARANJEIRAS DOSUL/PR

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PERCIACONCLUDENTE. INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE. DOENA PREEXISTENTE.AGRAVAMENTO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DEATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).

1. devida a aposentadoria por invalidez quando a percia judicial permiteconcluir que a parte autora est permanentemente incapacitada para a execuo de suasatividades laborativas.

2. A circunstncia de a parte autora ter ingressado no RGPS quando j portadorade doena ou leso no impede a percepo da aposentadoria por invalidez quandodecorrente do agravamento dessa doena. Previso do art. 42, 2, da Lei 8213/91.

3. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao e remessa necessria, diferir para a fase de execuo a forma declculo dos consectrios legais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, edeterminar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 34 / 647

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00008 APELAO CVEL N 0011468-65.2012.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : FRANCISCO ANTONIO JASPER

ADVOGADO : Osmar Schutz

: Sergey Ramyres Schutz e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PERCIAJUDICIAL. CONDIES PESSOAIS. INCAPACIDADE DEFINITIVA. REABILITAOIMPRATICVEL. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI 11.960/2009. CRITRIOS DEATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA A FASE PRPRIA (EXECUO).

1. devida a aposentadoria por invalidez quando a percia judicial e os demaiselementos do processo permitem concluir que a parte autora est permanentementeincapacitada para a execuo de suas atividades laborativas, no sendo vivel suareabilitao.

2. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao e diferir para a fase de execuo a forma de clculo dos consectrioslegais, adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009 e determinar o cumprimentoimediato do presente julgado, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00009 APELAO CVEL N 0000960-26.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : PAULO HARI FEITEN

ADVOGADO : Joice Raymundo e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 35 / 647

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL, URBANO E ESPECIAL. AGENTENOCIVO RUDO. APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIO/CONTRIBUIO. JUROS E CORREO MONETRIA. LEI11.960/2009. CRITRIOS DE ATUALIZAO. DIFERIMENTO PARA AFASE PRPRIA (EXECUO).

1. Os dados constantes do CNIS tm valor probatrio equivalente s anotaesem CTPS (art. 19 do Decreto n 3.048/99, com a redao do Decreto 6.722/08), sendo devidoo cmputo do tempo de servio/contribuio respectivo.

2. A comprovao do exerccio de atividade rural deve-se realizar na forma doart. 55, 3, da Lei 8.213/91, mediante incio de prova material complementado por provatestemunhal idnea.

3. A exposio ao agente rudo acima dos limites de tolerncia prejudicial sade, ensejando o reconhecimento ensejando o reconhecimento do tempo de servio comoespecial.

4. Comprovado o tempo de servio/contribuio suficientes, bem como acarncia, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuio parte autora.

5. Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferidapara a fase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei n11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio deprecatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao da parte autora e negar provimento remessa oficial, tida porinterposta, diferir para a fase de execuo a forma de clculo dos consectrios legais,adotando-se inicialmente o ndice da Lei 11.960/2009, e determinar o cumprimento imediatodo acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.00010 APELAO CVEL N 0010283-50.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ARTUR CSAR DE SOUZA

APELANTE : MARIA INS ZALAMENA FRACASSO

ADVOGADO : Avelino Beltrame

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 36 / 647

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. RECONHECIMENTO DETEMPO DE SERVIO ESPECIAL. AO DECLARATRIA. CABIMENTO.AGENTES NOCIVOS. HIDROCARBONETOS. INDSTRIA CALADISTA

1. "Cabe ao declaratria para reconhecimento de tempo de servio para finsprevidencirios", conforme o teor da Smula 242 do STJ, no configurando, portanto,carncia de ao por falta de interesse de agir da parte autora.

2. A exposio aos agentes qumicos hidrocarbonetos prejudicial sade,ensejando o reconhecimento do tempo de servio como especial.

3. consabido que na indstria caladista os operrios so contratados comoservios gerais, mas que a atividade efetiva consiste no trabalho manual do calado, emsuas vrias etapas industriais. notrio ainda que sempre h uso da cola para aindustrializao dos seus produtos. Os vapores da cola so hidrocarbonetos aromticos ealifticos que causam tontura, dor de cabea, nuseas, tosse, ardncia nos olhos, alm deoutros problemas de sade ao trabalhador. Ademais, esse tipo de indstria tambm precisade produtos qumicos e vrios outros insumos que contm na sua composio diversosagentes nocivos sade.

4. A soluo para a busca da melhor resposta s condies de trabalho, com apresena ou no de agentes nocivos, muitas vezes a constatao dessas condies emestabelecimento de atividade semelhante quele onde laborou originariamente o segurado,no qual podero estar presente os mesmos agentes nocivos. (TRF4, APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0025291-38.2014.404.9999, 6 TURMA, Des. Federal SALISE MONTEIROSANCHOTENE, POR UNANIMIDADE, D.E. 03/08/2016, PUBLICAO EM 04/08/2016)

5. O uso de Equipamento de Proteo Individual - EPI, por si s, no elide osefeitos nocivos de atividade sujeita exposio a agentes nocivos. No caso, no restoucomprovado nos autos o efetivo fornecimento, pela empresa, do referido dispositivo,tampouco demonstrado o uso permanente pelo empregado durante a jornada de trabalho.

6. devida a averbao do tempo de servio especial reconhecido para fins defutura concesso de benefcio