julgamentos 7ª e 8ª turmas - :: portal da … do plenÁrio, corte especial e seÇÕes boletim...

941
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XII – nº 127 – Porto Alegre, segunda-feira, 19 de junho de 2017 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0626/2017 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 7ª E 8ª TURMAS 00001 APELAÇÃO CRIMINAL Nº 2003.72.04.010082-7/SC RELATORA : Des. Federal CLÁUDIA CRISTINA CRISTOFANI APELANTE : FIDELIS BARATO FILHO : MARIA ISABEL CECHINEL COSTA BARATO ADVOGADO : Diego Viola Marty : João Pedro Moscoso Petek APELADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 941

Upload: leduong

Post on 10-Jan-2019

232 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno XII n 127 Porto Alegre, segunda-feira, 19 de junho de 2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESBoletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0626/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

7 E 8 TURMAS

00001 APELAO CRIMINAL N 2003.72.04.010082-7/SCRELATORA : Des. Federal CLUDIA CRISTINA

CRISTOFANI

APELANTE : FIDELIS BARATO FILHO

: MARIA ISABEL CECHINEL COSTA BARATO

ADVOGADO : Diego Viola Marty

: Joo Pedro Moscoso Petek

APELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 941

EMENTA

PROCESSO PENAL. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTRIA.CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTNCIA. QUEBRA DE SIGILO BANCRIO. ORDEMJUDICIAL. RE N 601.314/SP. REPERCUSSO GERAL. PRESCINDIBILIDADE. CPMF.REGULARIDADE. ART. 42 DA LEI N 9.430/96. PRESUNES. POSSIBILIDADE.PROCEDIMENTO FISCAL. LEGITIMIDADE. ELEMENTOS DO DELITO DEMONSTRADOS.DOLO GENRICO. DOSIMETRIA. CAUSA DE AUMENTO DO ART. 12, INC. I, DA LEI N8.137. AFASTAMENTO. QUANTUM SONEGADO. EXASPERAO DASCONSEQUNCIAS DO DELITO. POSSIBILIDADE. CULPABILIDADE EXACERBADA.DEMAIS VETORIAIS DESFAVORVEIS. DESCONSIDERAO. RESTRITIVAS DEDIREITOS. SUBSTITUIO.

1. Mostra-se despicienda a necessidade de provas materiais quanto aos fatosimputados aos rus, uma vez que esto devidamente esclarecidos no procedimento fiscal, nosendo tal diligncia necessria quando existem elementos suficientes nos autos parajulgamento do feito. 2. Tendo em conta o pronunciamento do STF no RE 601.314/SP, sob asistemtica da repercusso geral, 'o art. 6 da Lei Complementar 105/01 no ofende odireito ao sigilo bancrio, pois realiza a igualdade em relao aos cidados, por meio doprincpio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o transladodo dever de sigilo da esfera bancria para a fiscal', viabilizando a medida. 3. Ajurisprudncia pacfica no sentido de ser possvel aplicar retroativamente a quebra de sigilobancrio prevista na LC n 105/01 e Lei 10.174/01, em relao a fatos geradores ocorridosantes da sua entrada em vigor, sob o fundamento de se tratar de norma tributriaprocedimental, afastando qualquer irregularidade. 4. A presuno contida no art. 42 da Lei n9.430/96 mostra-se legtima, porquanto os rus no se desincumbiram de demonstrar aorigem dos valores depositados em suas contas bancrias a fim de descaracterizar qualquerconduta ilcita por eles perpetrada. 5. O procedimento administrativo torna-se prova, naacepo tcnica do termo, da materialidade dos fatos veiculados no artigo 1, inciso I, da Lein 8.137/90, pois produzido sob o crivo do contraditrio e da ampla defesa. 6. Evidenciadoque os rus suprimiram IRPF no ano-base de 1998, ao omitir expressivos valores depositadosnas suas contas bancrias, alm de no comprovar sua origem, impe-se a manuteno dacondenao. 7. Vislumbra-se a presena do animus de fraudar o Fisco,consubstanciado no dolo genrico, consistente na vontade livre e consciente de suprimir oureduzir tributo por intermdio das condutas referidas no dispositivo legal. 8. A r tem plenaconscincia da obrigao legal de efetuar anualmente declarao de rendas e, sobre ela,haver a incidncia da exao, nos termos da legislao especfica. Portanto, no h falar emfalsa representao da realidade ou erro sobre as circunstncias de fato. 9. Embora se afaste acausa de aumento do art. 12, inc. I, da Lei n 8.137/90, o quantum sonegado justifica aexasperao da pena-base, ante a vetorial das consequncias do delito. 10. Todavia, aconduta social, a personalidade e as circunstncias do crime no podem ser valoradasnegativamente, pois os elementos coligidos aos autos no autorizam o destaque destasvetoriais, sendo normais espcie delitiva. 11. tendo em conta que a pena restou fixadaabaixo de quatro anos, cabvel a substituio por restritiva de direitos.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 941

Egrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso, para reduzir as penas aplicadas, nos termos do relatrio, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0627/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

4 SEO

00001 REVISO CRIMINAL N 0000027-38.2017.4.04.0000/PRRELATORA : Des. Federal CLUDIA CRISTINA CRISTOFANI

REQUERENTE : LUCIANO PRANDO TUPAN

ADVOGADO : Debora Maria Cesar de Albuquerque e outro

REQUERIDO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PROCESSO PENAL. REVISO CRIMINAL. NO CABIMENTO.TAXATIVIDADE. REEXAME DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. As hipteses decabimento da revisional so taxativas. Incabvel o reexame do julgado quando demonstradamera inteno do postulante em obter nova apreciao das matrias decididas, eis que areviso criminal no se presta como espcie de segunda apelao.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 4a. Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecer

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 941

a reviso criminal, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 01 de junho de 2017.00002 REVISO CRIMINAL N 0000584-59.2016.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal LEANDRO PAULSEN

REQUERENTE : PAULO RICARDO SALERNO

ADVOGADO : Fernanda Eichenberg

REQUERIDO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

EMENTA

PROCESSUAL PENAL. REVISO CRIMINAL. REDISCUSSO DE TESES.DESCABIMENTO.1. A reviso criminal tem cabimento nos casos do art. 621 do CPP, no seprestando, de outro lado, para a reapreciao de tese j afastada.2. A alegao de deficincia da defesa deve estar acompanhada de prova dainrcia ou da desdia do defensor, causadora de prejuzo concreto regulardefesa do ru.3. No est caracterizada a deficincia da defesa pela no interposio derecurso, pois, ante o princpio da voluntariedade recursal, previsto no art. 574do CPP, o defensor constitudo no est obrigado a recorrer.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, a Egrgia4a. Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, POR UNANIMIDADE, julgarimprocedente a reviso criminal.

Porto Alegre, 01 de junho de 2017.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0660/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 941

JULGAMENTOS

7 E 8 TURMAS

00001 APELAO CRIMINAL N 0013222-96.2004.4.04.7000/PRRELATORA : Des. Federal CLUDIA CRISTINA

CRISTOFANI

APELANTE : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

APELANTE : CARLOS HUGO SOSA PALMEROLA

ADVOGADO : Rene Ariel Dotti e outros

APELANTE : FRANCISCO ISABELINO LOVERA BAREIRO

: ENRIQUE RAVIOLO VELAZQUEZ

: SILVIO MOISES CUENCA GONZALEZ

ADVOGADO : Joao Onesimo de Mello

: Katia Mandelli Bauer

APELANTE : JOSE LUIS DA COSTA MEZA

ADVOGADO : Haroldo Rodrigues e outros

APELADO : (Os mesmos)

APELADO : LUCAS LUCIO MERELES PAREDES

ADVOGADO : Fabiola Bungenstab Lavinicki e outros

APELADO : GUSTAVO LUIS MELGAREJO SAMUDIO

ADVOGADO : Patricia de Lurdes Zanotti

APELADO : JORGE ANTONIO ESTIGARRIBIA ACEVEDO

ADVOGADO : Joao Onesimo de Mello

: Katia Mandelli Bauer

EMENTA

PROCESSO PENAL. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO. FAZEROPERAR INSTITUIO FINANCEIRA IRREGULAR. ART. 16, DA LEI N. 7.492/86.RETORNO DO STJ. DOSIMETRIA. PENA EM CONCRETO. PRESCRIO.

1. O STJ conferiu parcial provimento insurgncia ministerial e determinou oretorno dos autos a este Tribunal para que efetuasse a dosimetria da pena do delito do art. 16da Lei n 7.492/86. 2. Tendo em conta a pena concretamente aplicada, extingue-se apunibilidade dos rus, face ocorrncia da prescrio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso e, ex officio, declarar a extino da punibilidade, face ocorrncia daprescrio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 941

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0662/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

1 SEO / 2 SEO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

00001 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000249-06.2017.4.04.0000/RSRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS LABARRRE

PARTE AUTORA : JULIO KRAUS

ADVOGADO : Roni Tatiel Kraus

PARTE R : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

SUSCITANTE : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DE SANTO CRISTO/RS

SUSCITADO : JUZO FEDERAL DA 1A VF DE SANTA ROSA

EMENTA

CONFLITO DE COMPETNCIA. TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL.AJUIZADA DEPOIS DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI N 13.043/14. AOANULATRIA DE DBITO. CONEXO. COMPETNCIA ABSOLUTA.

A modificao da competncia por conexo se d quando a competncia forrelativa. Considerando que a Ao Anulatria foi ajuizada em 15.03.2016, aps a revogaoda competncia delegada, no o caso de se modificar a competncia em razo de conexo,por se tratar de competncia absoluta.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 941

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, declarar acompetncia do Juzo suscitado, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de junho de 2017.00002 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000242-14.2017.4.04.0000/PRRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS LABARRRE

PARTE AUTORA : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

PARTE R : SNAP BALOES E INFLAVEIS LTDA/ ME

ADVOGADO : Ramon Antonio Calcena Cuenca

SUSCITANTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPOLARGO/PR

SUSCITADO : JUZO FEDERAL DA 15A VF DE CURITIBA

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETNCIA. EXECUO FISCALAJUIZADA NO JUZO ESTADUAL. COMPETNCIA DELEGADA.TRANSFORMAO EM FORO REGIONAL. RESOLUO DACORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PARAN.

At a data da edio da Lei 13.043, de 2014, as execues fiscais devem serajuizadas perante a Justia Estadual do foro do domiclio do executado, caso a comarca noseja sede de vara federal, nos termos estabelecidos na Lei n 5010, de 1966.

A incorporao de diversas comarcas de municpios da regio metropolitana deCuritiba, alterando a nomenclatura para Foros Regionais ou Distritais, no alterou o regimede competncia delegada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, declarar acompetncia do Juzo de Direito da 2 Vara Cvel do Foro Regional de Campo Largo, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 08 de junho de 2017.00003 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000240-44.2017.4.04.0000/PRRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS LABARRRE

PARTE AUTORA : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

PARTE R : JOAO PEDRO MACHADO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 941

SUSCITANTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA CIVEL DA COMARCA DE CAMPOLARGO/PR

SUSCITADO : JUZO FEDERAL DA 19A VF DE CURITIBA

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETNCIA. EXECUO FISCALAJUIZADA NO JUZO ESTADUAL. COMPETNCIA DELEGADA.TRANSFORMAO EM FORO REGIONAL. RESOLUO DACORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PARAN.

At a data da edio da Lei 13.043, de 2014, as execues fiscais devem serajuizadas perante a Justia Estadual do foro do domiclio do executado, caso a comarca noseja sede de vara federal, nos termos estabelecidos na Lei n 5010, de 1966.

A incorporao de diversas comarcas de municpios da regio metropolitana deCuritiba, alterando a nomenclatura para Foros Regionais ou Distritais, no alterou o regimede competncia delegada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, declararcompetente o Juzo Suscitante (Juzo de Direito da 2 Vara Cvel da Comarca de CampoLargo- PR), nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de junho de 2017.00004 CUMPRIMENTO DE SENTENA N 0002115-88.2013.4.04.0000/SCRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

EXEQUENTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional

EXECUTADO : PROACO IND/ METALURGICA LTDA/ e outros

: METAIS WAGNER LTDA/

: FABRICA DE MOVEIS FEUSER LTDA/

: ADELINO DE OLIVEIRA VARGAS ME

ADVOGADO : Jaime Luiz Leite e outros

EMENTA

TRIBUTRIO. AGRAVO INTERNO. IMPUGNAO. AGRAVO IMPROVIDO.1. No presente caso vislumbra-se, em cognio sumria, a plausibilidade do direito requeridopelo agravado, caracterizando a presena da "fumaa do bom direito". 2. No se constataprejuzo ao fisco em esperar a soluo de mrito para prosseguir nos atos constritivos. 3. Porfim, a jurisprudncia desta Turma tem reafirmado a orientao estampada na Smula 344 doSTJ: "A liquidao por forma diversa da estabelecida na sentena no ofende a coisa

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 941

julgada".

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de junho de 2017.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0664/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

3 SEO

00001 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000122-68.2017.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

SUSCITANTE : MARIA APARECIDA MARTINS VALRIO

ADVOGADO : Helder Masquete Calixti e outros

: Bruno Andr Soares Betazza

PARTE R : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

SUSCITADO : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DEROLNDIA/PR

: JUZO FEDERAL DA 1A UAA EM ARAPONGAS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 941

CONFLITO DE COMPETNCIA. COMPETNCIA DELEGADA. FOROFEDERAL COM JURISDIO NO MUNICPIO DE RESIDNCIA. OPODO SEGURADO.

No havendo sede da Justia Federal no municpio de domiclio do autor, cabe aele optar entre o ajuizamento da ao na Justia Estadual do seu domiclio, investida decompetncia delegada, ou na Justia Federal com jurisdio sobre ele.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3a. Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer doconflito negativo de competncia, declarando a competncia do Juzo de Direito da Comarcade Rolndia/PR, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 12 de junho de 2017.00002 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000239-59.2017.4.04.0000/SCRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

PARTE AUTORA : ALVARO FRANCISCO WEBER

ADVOGADO : Ivania Terezinha Vanini Picoli e outro

PARTE R : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

SUSCITANTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA CIVEL DA COMARCA DETIJUCAS/SC

SUSCITADO : JUZO SUBSTITUTO DA 3A UAA EM TIJUCAS

EMENTA

CONFLITO DE COMPETNCIA. PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL.INSTALAO DE UNIDADE AVANADA DE ATENDIMENTO.AUSNCIA DE COMPETNCIA DELEGADA. COMPETNCIA ABSOLUTA.

Instalada a Unidade Avanada de Atendimento da Justia Federal, cessa, a partirda data da instalao, na Comarca em que sediada, a delegao para as aes previdenciriasde qualquer valor, e bem assim para as demais aes que forem discriminadas no atonormativo que dispuser especificamente sobre a nova UAA. Com efeito, o exerccio dejurisdio federal delegada s se justifica se o rgo jurisdicional que detm a competnciano se fizer presente na sede da Comarca.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aColenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer doconflito para julgar competente o juzo suscitado (Juzo Federal da UAA de Tijucas-SC),

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 941

nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 12 de junho de 2017.00003 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000216-16.2017.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

SUSCITANTE : MARILDA NERES

ADVOGADO : Bruno Andr Soares Betazza e outros

PARTE R : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

SUSCITADO : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DEROLNDIA/PR

: JUZO FEDERAL DA 1A UAA EM ARAPONGAS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIRIO. CONFLITO DE COMPETNCIA.COMPETNCIA FEDERAL DELEGADA. CRIAO DE UNIDADEAVANADA DE ATENDIMENTO. DOMICLIO DO SEGURADO.

A modificao da rea de abrangncia da Unidade Avanada de Atendimentoem Arapongas-PR, promovida pela Resoluo TRF4 n 46-16, no acarreta alterao dacompetncia para julgamento da ao previdenciria proposta, originalmente, perante aJustia Estadual, em hiptese na qual o segurado domiciliado em Rolndia-PR, municpioque no sedia a UAA. Aplicao do art. 109, 3, da Constituio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, declararcompetente o Juzo de Direito da Comarca de Rolndia-PR, com ressalva de entendimentopessoal apresentada pelo Desembargador Federal Paulo Afonso Brum Vaz, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 12 de junho de 2017.00004 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000180-71.2017.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

SUSCITANTE : MARIA JOS DE OLIVEIRA e outro

ADVOGADO : Bruno Andr Soares Betazza

: Helder Masquete Calixti e outros

PARTE R : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

SUSCITADO : JUIZO DE DIREITO DA COMARCA DEROLNDIA/PR

: JUZO FEDERAL DA 1A UAA EM ARAPONGAS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 11 / 941

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIRIO. CONFLITO DE COMPETNCIA.COMPETNCIA FEDERAL DELEGADA. CRIAO DE UNIDADEAVANADA DE ATENDIMENTO. DOMICLIO DO SEGURADO.

A modificao da rea de abrangncia da Unidade Avanada de Atendimentoem Arapongas-PR, promovida pela Resoluo TRF4 n 46-16, no acarreta alterao dacompetncia para julgamento da ao previdenciria proposta, originalmente, perante aJustia Estadual, em hiptese na qual o segurado domiciliado em Rolndia-PR, municpioque no sedia a UAA. Aplicao do art. 109, 3, da Constituio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, declararcompetente o Juzo de Direito da Comarca de Rolndia-PR, com ressalva de fundamentaoapresentada pelo Desembargador Federal Paulo Afonso Brum Vaz, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 12 de junho de 2017.00005 AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINRIO EM AC N2009.71.00.017240-2/RSRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : ARY RODRIGUES

ADVOGADO : Daisson Silva Portanova

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PROCESSUAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A RECURSOEXTRAORDINIO. INTERPOSIO DE AGRAVO INTERNO.

A supervenincia de afetao da controvrsia no regime dos recursosrepetitivos no tem o condo de determinar a suspenso do presente feito.

Precedente: RE n 1.014.570/RS.Agravo interno improvido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Sesso do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 12 / 941

provimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00006 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM AC N 0011897-32.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : MARINA MARIA DE MEIRA

ADVOGADO : Gilberto Julio Sarmento

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

Adequada a aplicao dos Temas STJ ns 532 e 533.O revolvimento da prova, para fim de exame a alegada necessidade de

contemporaneidade, implicaria revolvimento do conjunto probatrio. bice contido nocomando da Smula n 07/STJ.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negouprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00007 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO CVEL N0015376-33.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : ANGELA MARIA FERNANDES GRACIANO

ADVOGADO : Ricardo Ossovski Richter

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ou

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 941

extraordinrio.Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00008 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELRE N 0004238-98.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : CLARICE GAIA BERTON

ADVOGADO : Dario Sergio Rodrigues da Silva e outro

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

1. Com base no exame do conjunto probatrio, a Turma entendeu que a parteautora logrou comprovar o exerccio de atividade rural ao longo do perodo exigido em leipara a concesso do benefcio postulado.

Assim, a reviso deste entendimento pela Corte Superior igualmente no seriapossvel, por exigir o revolvimento do conjunto probatrio (Smula n 7 do STJ).

2. Igualmente, aplicvel hiptese a Smula n 7/STJ.3. Mantida a deciso agravada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00009 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0003308-17.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 941

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : IRACEMA HONORIO DOS SANTOS

ADVOGADO : Reinalvo Francisco dos Santos

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00010 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0005260-94.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : IZAURA DA SILVA

ADVOGADO : Jose Carlos Alves Ferreira e Silva

: Alessandra Dorta de Oliveira

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE ANDIRA/PR

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

A deciso recorrida est em consonncia com o disposto no Tema STJ n 642,conforme julgamento da Turma em sede de juzo de retratao.

O revolvimento da prova, para o fim de exame da alegada necessidade decontemporaneidade, implicaria revolvimento do conjunto probatrio, vedado em sede derecurso especial, nos termos da Smula n 07/STJ.

Agravo interno desprovido.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 941

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00011 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO CVEL N0001714-02.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : APARECIDA MARTINS

ADVOGADO : Sueli Casteluzzi Vechiatto

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00012 CONFLITO DE COMPETNCIA N 0000238-74.2017.4.04.0000/SCRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

PARTE AUTORA : TERESINHA KAVIKIONE GAMBETA

ADVOGADO : Roberto Carlos Vailati e outro

PARTE R : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

SUSCITANTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA CIVEL DA COMARCA DETIJUCAS/SC

SUSCITADO : JUZO SUBSTITUTO DA 3A UAA EM TIJUCAS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 941

EMENTA

CONFLITO DE COMPETNCIA. PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL.INSTALAO DE UNIDADE AVANADA DE ATENDIMENTO.AUSNCIA DE COMPETNCIA DELEGADA. COMPETNCIA ABSOLUTA.

Instalada a Unidade Avanada de Atendimento da Justia Federal, cessa, a partirda data da instalao, na Comarca em que sediada, a delegao para as aes previdenciriasde qualquer valor, e bem assim para as demais aes que forem discriminadas no atonormativo que dispuser especificamente sobre a nova UAA. Com efeito, o exerccio dejurisdio federal delegada s se justifica se o rgo jurisdicional que detm a competnciano se fizer presente na sede da Comarca.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aColenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer doconflito para julgar competente o juzo suscitado (Juzo Federal da UAA de Tijucas-SC),nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 12 de junho de 2017.00013 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO CVEL N0013308-13.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : MATILDE ROSA FERNANDES

ADVOGADO : Nelson Luiz Filho

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 941

integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00014 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO CVEL N0001713-17.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : MARIA MACHADO DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Dario Sergio Rodrigues da Silva e outro

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00015 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM AC N 0017946-89.2012.4.04.9999/SCRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : SALETE SANTIN GOULART

ADVOGADO : Giovanni Verza

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

Adequada a aplicao do Tema STJ n 642.O revolvimento da prova, para fim de exame a alegada necessidade de

contemporaneidade, implicaria revolvimento do conjunto probatrio. bice contido no

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 941

comando da Smula n 07/STJ.Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negouprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00016 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO CVEL N2008.70.99.000914-3/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : MARIA IVONICA MATTOS DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Althair Pinheiro Junior

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00017 AGRAVO INTERNO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0009778-64.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : MARIA APARECIDA VIEIRA DE ARAUJO

ADVOGADO : Zaqueu Subtil de Oliveira

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 941

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE BELA VISTA DOPARAISO/PR

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

Adequada a aplicao do Tema STJ n 642.O revolvimento da prova, para fim de exame a alegada necessidade de

contemporaneidade, implicaria revolvimento do conjunto probatrio. bice contido nocomando da Smula n 07/STJ.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00018 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0000002-06.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : MARIA ANA RAMOS

ADVOGADO : Luiz Miguel Vidal

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 941

Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00019 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM AC N 0004640-53.2012.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : RENILDA MARIA SPULDARO

ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

A deciso recorrida est em consonncia com o disposto nos Temas STJ ns 554e 642, conforme julgamento da Turma em sede de juzo de retratao.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00020 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0004214-07.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : ALICE DOS SANTOS NUNES

ADVOGADO : Raul Barbi

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ou

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 941

extraordinrio.Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00021 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0004487-49.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADO : BONIFCIO JOS MARIA

ADVOGADO : Horacio Toledo Nogueira

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE JAGUAPITA/PR

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

A deciso recorrida est em consonncia com o disposto nos Temas STJ ns 554e 642, conforme julgamento da Turma em sede de juzo de retratao.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.00022 AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL EM APELAO/REEXAMENECESSRIO N 0000600-91.2013.4.04.9999/PRRELATOR : Desembargador Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

INTERESSADO : MARIA BARBARA PEREIRA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 941

ADVOGADO : Jose Carlos Alves Ferreira e Silva e outro

: Alessandra Dorta de Oliveira

EMENTA

DECISO DA VICE-PRESIDNCIA. RECURSO EXCEPCIONAL. NEGATIVADE SEGUIMENTO OU SOBRESTAMENTO. AGRAVO INTERNO.

O novo Cdigo de Processo Civil prev a figura do agravo interno para adeciso do Vice-Presidente que nega seguimento ou sobresta os recursos especial e/ouextraordinrio.

Agravo interno desprovido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 3Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 12 de junho de 2017.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0665/2017

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO CVEL N 0017169-02.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 941

INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : GILSON FERREIRA

ADVOGADO : Vagner Augusto Cainelli

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. REEXAME NECESSRIO.APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. REQUISITOSLEGAIS. TEMPO DE SERVIO RURAL EM REGIME DE ECONOMIAFAMILIAR. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DE ATIVIDADEESPECIAL. RUDO. FRIO. DECRETOS REGULAMENTADORES. CARTEREXEMPLIFICATIVO. CONVERSO DO TEMPO DE SERVIO ESPECIALEM COMUM. REAFIRMAO DA DER. CONSECTRIOS. DIFERIMENTO.TUTELA ESPECFICA.

1. Fixada pelo STJ a obrigatoriedade do reexame de sentena ilquida proferidacontra a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e as respectivas autarquias efundaes de direito pblico na REsp 1101727/PR, a previso do art. 475 do CPC torna-seregra, admitido o seu afastamento somente nos casos em que o valor da condenao sejacerto e no exceda a sessenta salrios mnimos. Conhecida a remessa oficial de sentenameramente declaratria, dado o valor incerto do direito controvertido.

2. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

3. A partir de novembro de 1991, pretendendo o segurado especial computartempo rural para obteno de aposentadoria por tempo de contribuio, dever comprovar orecolhimento das contribuies facultativas (Smula 272 do STJ).

4. Considera-se provada a atividade rural do segurado especial havendo inciode prova material complementado por idnea prova testemunhal.

5. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

6. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

7. O uso de EPIs (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

8. Para atividades exercidas at a data da publicao da MP 1.729, de 2 dedezembro de 1998, convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que alterou o 2do artigo 58 da Lei 8.213/1991, a utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 941

irrelevante para o reconhecimento das condies especiais, prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador.

9. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

10. Destacado o carter meramente exemplificativo das listas de fatores esituaes de risco constantes dos Decretos regulamentadores, bem como a possibilidade dese reconhecer a natureza especial de atividade uma vez comprovada, atravs de perciatcnica, a exposio habitual e permanente a agente nocivos sade ou integridade fsica.

11. A 3 Seo desta Corte tem posio firmada no sentido de que, se ainda noimplementadas as condies suficientes para a outorga do benefcio na data do requerimento,inexiste bice para considerar-se a satisfao dos requisitos em data posterior.

12. Reafirmao da DER prevista no art. 621 da IN 45/2010 do INSS adotadapor imperativo do princpio da economia processual e tendo em vista a ausncia de prejuzo ampla defesa e ao contraditrio, j que a situao ftica superveniente ao requerimentoadministrativo encontra-se documentada no sistema de dados cadastrais da prpria autarquiaprevidenciria. Precedentes da3 Seo desta Corte.

13. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida aaposentadoria por tempo de contribuio, desde a data da reafirmao do requerimento.

14. A definio dos ndices de correo monetria e juros de mora deve serdiferida para a fase de cumprimento do julgado.

15. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul,o INSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

16. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

17. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao da autarquia e dar parcial provimento ao apelo do autor e remessaoficial, determinando a imediata implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00002 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0007189-31.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : ROSVALDO JOSE KOCH

ADVOGADO : Angelo Arruda

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 25 / 941

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEESTRELA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. INSTRUO PROBATRIADEFICIENTE. ANULAO DA SENTENA.

1. Caracterizada hiptese de instruo probatria deficiente, resta invivel aapreciao de forma completa dos pedidos formulados, seja para acolh-los, seja para rejeit-los, impondo-se a anulao da sentena e a reabertura da instruo processual, a teor do quedispe o artigo 370 do Cdigo de Processo Civil de 2015.

2. Prejudicado o exame das apelaes interpostas.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento remessa oficial para anular a sentena, restando prejudicadas as apelaes, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00003 APELAO CVEL N 0010411-70.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CLERES MARIA MACHADO

ADVOGADO : Gabriel Diniz da Costa

APENSO(S) : 0006351-49.2014.404.0000

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO DE SERVIO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. TEMPO DE SERVIO ESPECIAL. AGENTESNOCIVOS HIDROCARBONETOS E RUDOS. APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIO/CONTRIBUIO. TEMPO DE SERVIOINSUFICIENTE. REAFIRMAO DA DER. CONCESSO. TERMO INICIALDO BENEFCIO.

1. Na medida em que comprovado o labor rural em regime de economia familiar,mediante a produo de incio de prova material, corroborada por prova testemunhal idnea,a segurada faz jus ao cmputo do respectivo tempo de servio.

2. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercida

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 941

sob condies nocivas so disciplinados pela lei em vigor poca em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimnio jurdico do trabalhador.

3. At 28-04-1995 admissvel o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeio a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para rudo e calor); a partir de 29-04-1995 no mais possvel oenquadramento por categoria profissional, sendo necessria a comprovao da exposio dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova at 05-03-1997 e, a partir de ento,atravs de formulrio embasado em laudo tcnico, ou por meio de percia tcnica.

4. A exposio a hidrocarbonetos aromticos e a nveis de rudo superiores aoslimites legais de tolerncia vigentes poca do exerccio do labor enseja o reconhecimentodo tempo de servio como especial.

5. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade dotempo de labor correspondente.

6. No caso concreto, somando-se o tempo de servio especial reconhecido, aparte autora no implementa tempo suficiente concesso da aposentadoria pretendida naDER.

7. possvel, porm, considerar determinado tempo de servio ou contribuio,aps o requerimento administrativo do benefcio, inclusive aps o ajuizamento da ao, parafins de concesso de benefcio previdencirio ou assistencial, ainda que ausente expressopedido na petio inicial.

8. Considerando que as aes previdencirias veiculam pretenses de direitosocial fundamental (Constituio Federal, artigos 6, 194, 201 e 203), impe-se dar s normasinfraconstitucionais, inclusive s de carter processual, interpretao conducente efetivao e concretizao daqueles direitos, respeitados os demais princpiosconstitucionais.

9. A reafirmao da DER, para a data em que o segurado implementa osrequisitos amolda-se prpria natureza continuativa da relao jurdica previdenciria,cabendo ao Poder Judicirio reportar-se situao de fato e de direito existente por ocasioda entrega da prestao jurisdicional, facultando-se, obviamente, autarquia, a impugnaodo tempo de contribuio posterior, em ateno ao contraditrio.

10. Na hiptese, computado o tempo de servio laborado aps a DER e aps oajuizamento da demanda, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuiointegral, a contar da data em que restaram preenchidos os requisitos legais.

11. O termo inicial do benefcio e seus efeitos financeiros devem retroagir data em que o segurado j implementava o tempo de servio e as demais condiesnecessrias obteno do benefcio de aposentadoria, ainda que necessria acomplementao de documentos e o acesso via judicial para ver devidamente averbado otempo de servio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do INSS, conhecer em parte da remessa oficial tida por interposta e,nessa extenso, dar-lhe parcial provimento e determinar a implantao do benefcio, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 941

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00004 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0001441-81.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : (Os mesmos)

INTERESSADO : MARIA BIALVA

ADVOGADO : Darlusa Trentin de Matos

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAO. REDISCUSSO.PREQUESTIONAMENTO. OMISSO. NO OCORRNCIA.

1. Os embargos de declarao pressupem a presena de omisso, contradio,obscuridade ou erro material na deciso embargada.

2. A contradio suscetvel de ser afastada por meio dos aclaratrios internaao julgado, e no aquela que se estabelece entre o entendimento a que chegou o juzo luz daprova e do direito e a interpretao pretendida por uma das partes.

3. A pretenso de reexame de matria sobre a qual j houve pronunciamento dorgo julgador desafia recurso prprio, no justificando a interposio de embargos dedeclarao.

4. Com a supervenincia do NCPC, a pretenso ao prequestionamento numricodos dispositivos legais, sob alegao de omisso, no mais se justifica.

5. O princpio da fundamentao qualificada das decises de mo dupla. Seuma deciso judicial no pode ser considerada fundamentada pela mera invocao adispositivo legal, tambm parte se exige, ao invoc-lo, a demonstrao de que suaincidncia ser capaz de influenciar na concluso a ser adotada no processo.

6. Tendo havido exame sobre todos os argumentos deduzidos e capazes deinfluenciar na concluso adotada no acrdo, os embargos devem ser rejeitados.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declarao do INSS, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00005 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N0009511-24.2015.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 28 / 941

INTERESSADO : (Os mesmos)

INTERESSADO : GILBERTO ROSA DA PAZ

ADVOGADO : Junior Guimares de Almeida

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE GIRUA/RS

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAO. CABIMENTO. CONTRADIO.CORREO.

Os embargos de declarao pressupem a presena de omisso, contradio ouobscuridade na deciso embargada, e, na esteira do entendimento pretoriano, so tambmcabveis para correo de erro material e para fins de prequestionamento.

No caso, cabvel a retificao do julgado para fins de corrigir contradioexistente entre a fundamentao e a concluso/dispositivo do acrdo.

Providos os declaratrios do INSS.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento aos embargos de declarao do INSS para corrigir a contradio existente noacrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00006 APELAO CVEL N 0000799-45.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : MARTINHO HEROLD

ADVOGADO : Maria Silesia Pereira e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIO. REQUISITOS LEGAIS. RECONHECIMENTODO EXERCCIO DE ATIVIDADE ESPECIAL. CONVERSO DO TEMPO DESERVIO ESPECIAL EM COMUM. CONSECTRIOS. DIFERIMENTO.TUTELA ESPECFICA.

1. As anotaes constantes da CTPS gozam de presuno juris tantum dovnculo empregatcio, salvo alegada fraude, do que no se cuida na espcie.

2. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido ao

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 941

estabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

3. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

4. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

5. O uso de EPIs (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

6. Para atividades exercidas at a data da publicao da MP 1.729, de 2 dedezembro de 1998, convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que alterou o 2do artigo 58 da Lei 8.213/1991, a utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI) irrelevante para o reconhecimento das condies especiais, prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador.

7. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida aaposentadoria por tempo de contribuio.

8 . A definio dos ndices de correo monetria e juros de mora deve serdiferida para a fase de cumprimento do julgado.

9. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul, oINSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

10. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

11. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao do INSS e dar provimento apelao da parte autora, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00007 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0016521-85.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 30 / 941

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : CELSO FARDO

ADVOGADO : Geruza Tremea Baggio e outro

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEGUAPOR/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.REQUISITOS LEGAIS NO CUMPRIDOS. TEMPO DE SERVIO RURAL EM REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAO. TEMPO DE SERVIO URBANO. EXTINODO FEITO SEM RESOLUO DO MRITO. INSTRUO DEFICIENTE.

. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

. Considera-se provada a atividade rural do segurado especial havendo incio deprova material complementado por idnea prova testemunhal.

. Em demandas previdencirias, nos casos em que houver ausncia ouinsuficincia de provas do direito reclamado, o processo deve ser extinto sem julgamento demrito. Precedente da Corte Especial do Superior Tribunal de Justia, em sede de recursorepresentativo de controvrsia (CPC, art. 543-C), lavrado no REsp n. 1.352.721/SP (Rel. Min.Napoleo Nunes Maia Filho, julgado em 16/12/2015), ressalvado ponto de vista pessoal.

. No cumprindo com todos os requisitos para a concesso de aposentadoria portempo de contribuio, ou seja, tempo mnimo de contribuio e carncia, remanesce odireito da parte autora averbao do perodo ora reconhecido, para fins de obteno defutura aposentadoria

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento s apelaes e remessa oficial, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00008 APELAO CVEL N 0021689-39.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : VITORIO MUSSATO

ADVOGADO : Bruna Maria Piga

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 31 / 941

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSNCIA DE PROVATESTEMUNHAL. IMPRESCINDIBILIDADE. ANULAO DA SENTENA. REABERTURADA INSTRUO PROCESSUAL.

. As aes de natureza previdenciria tm ntido carter social, em face danotria hipossuficincia daqueles que as exercitam, devendo ser relativizado o rigorismoprocessual no que concerne produo da prova necessria demonstrao do direitoalegado.

. Hiptese em que se determina a reabertura da instruo processual,possibilitando parte autora a oportunidade de fornecer ao Juzo a prova testemunhal quecorrobore o incio de prova material acostado aos autos.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao da parte autora, para anular a sentena, determinando a baixa dosautos origem para que seja reaberta a instruo probatria, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00009 APELAO CVEL N 0002904-24.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : LOURDES TEREZINHA FARSEN

ADVOGADO : Mauricio Gehm

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE. REQUISITOS. BITO.QUALIDADE DE SEGURADO. DEPENDNCIA ECONMICA. UNIOESTVEL. COMPROVAO. TERMO INICIAL. PRESCRIO.CONSECTRIOS LEGAIS. DIFERIMENTO. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

1. A concesso do benefcio de penso por morte depende da ocorrncia doevento morte, da demonstrao da qualidade de segurado do de cujus e da condio dedependente de quem objetiva a penso.

2. A qualidade de segurado do de cujus restou comprovada por meio de extratodo CNIS, que indica o recolhimento de contribuies previdencirias prvio ao bito naqualidade de contribuinte individual.

3. Nos termos do art. 226, 3, da Constituio Federal e do art. 1.723 doCdigo Civil, a unio estvel existe quando o casal mantm convivncia pblica, contnua eduradoura, estabelecida com o objetivo de constituir famlia. Comprovada a existncia deunio estvel, a dependncia econmica da parte autora, nos termos do art. 16, 4, da Lei n

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 32 / 941

8.213/91, presumida.4. O termo inicial do benefcio de penso por morte deve ser fixado de acordo

com as leis vigentes por ocasio do bito. Antes da Lei 9.528/97, de 10/12/1997, o benefcioera devido a contar do falecimento, independente da data do requerimento. A partir doadvento dessa lei, a penso por morte passou a ser devida: a) a contar do bito, quandorequerida at trinta dias depois deste; b) do requerimento, quando pleiteada aps o prazomencionado.

5. Em se tratando de obrigao de trato sucessivo e de verba alimentar, no hfalar em prescrio do fundo de direito. Contudo, so atingidas pela prescrio as parcelasvencidas antes do quinqunio anterior propositura da ao, conforme os termos dopargrafo nico do art. 103 da Lei n 8.213/91 e da Smula 85/STJ.

6. A definio dos ndices de correo monetria e juros de mora deve serdiferida para a fase de cumprimento do julgado.

7. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

8. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da autora, determinando a imediata implantao do benefcio, nostermos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00010 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0008409-64.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : JOS VALDIR ALVES DA ROSA

ADVOGADO : Wagner Segala

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEMARAU/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.REQUISITOS LEGAIS. TEMPO DE SERVIO RURAL EM REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DEATIVIDADE ESPECIAL. CONVERSO DO TEMPO DE SERVIOESPECIAL EM COMUM. CONSECTRIOS. DIFERIMENTO. TUTELAESPECFICA.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 33 / 941

1. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

2. A partir de novembro de 1991, pretendendo o segurado especial computartempo rural para obteno de aposentadoria por tempo de contribuio, dever comprovar orecolhimento das contribuies facultativas (Smula 272 do STJ).

3. Considera-se provada a atividade rural do segurado especial havendo inciode prova material complementado por idnea prova testemunhal.

4. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

5. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

6. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

7. O uso de EPIs (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

8. Para atividades exercidas at a data da publicao da MP 1.729, de 2 dedezembro de 1998, convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que alterou o 2do artigo 58 da Lei 8.213/1991, a utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI) irrelevante para o reconhecimento das condies especiais, prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador.

9. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida aaposentadoria por tempo de contribuio.

10. A definio dos ndices de correo monetria e juros de mora deve serdiferida para a fase de cumprimento do julgado.

11. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul,o INSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

12. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

13. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 34 / 941

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da parte autora, apelao do INSS e remessa oficial, determinandoa imediata implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00011 APELAO CVEL N 0003226-44.2017.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : NEUSA HAAS FLORES

ADVOGADO : Eduarda Pasa e outro

EMENTA

PREVIDENCIRIO. BENEFCIO ASSISTENCIAL. INCAPACIDADE.CRITRIO ECONMICO. BOLSA FAMLIA. EXCLUSO. CUSTAS.CORREO MONETRIA E JUROS DE MORA. FASE DE CUMPRIMENTODE SENTENA. DIFERIMENTO.

O benefcio assistencial devido pessoa portadora de deficincia e ao idosoque comprovem no possuir meios de prover a prpria manuteno ou de t-la provida porsua famlia.

Em relao ao pressuposto econmico, o art. 20, 3, da Lei n 8.742/1993 -LOAS estabelecia que seria considerada hipossuficiente a pessoa com deficincia ou idosocuja famlia possusse renda per capita inferior a do salrio mnimo.

Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, ao analisar os recursos extraordinrios567.985 e 580.963, ambos submetidos repercusso geral, reconheceu ainconstitucionalidade do 3 do art. 20 da Lei n 8.742/1993, assim como do art. 34 da Lei10.741/2003 - Estatuto do Idoso, permitindo que o requisito econmico, para fins deconcesso do benefcio assistencial, seja aferido caso a caso.

Comprovado o preenchimento dos requisitos legais, devida a concesso dobenefcio assistencial, desde a DER.

Os rendimentos concedidos por programas oficiais de transferncia de rendadevem ser excludos do clculo da renda mensal familiar.

O TJRS, nos autos do incidente de inconstitucionalidade 7004334053, concluiupela inconstitucionalidade da Lei Estadual 13.471/2010, a qual dispensava as pessoasjurdicas de direito pblico do pagamento de custas e despesas processuais. Na ADINestadual 70038755864, entretanto, a inconstitucionalidade reconhecida restringiu-se dispensa, pela mesma lei, do pagamento de despesas processuais, no alcanando as custas.Em tais condies, e no havendo vinculao da Corte ao entendimento adotado pelo TJRSem incidente de inconstitucionalidade, de ser mantido o entendimento anteriormente jconsagrado pelas Turmas de Direito Previdencirio, para reconhecer o direito da autarquia iseno das custas, nos termos da Lei 13.471/2010.

Deliberao sobre ndices de correo monetria e taxas de juros diferida para afase de cumprimento de sentena, a iniciar-se com a observncia dos critrios da Lei11.960/2009, de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedio de

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 35 / 941

precatrio pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo Tribunal Federal,deciso sobre o tema com carter geral e vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4Regio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecerparcialmente da apelao e, nessa extenso, dar-lhe parcial provimento, e determinar aimplantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00012 APELAO CVEL N 0015220-74.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : ARMINDA BEINLICH

ADVOGADO : Jos Carlos Alves

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE. ESPOSA. DEPENDNCIAECONMICA PRESUMIDA. TRABALHADOR RURAL. QUALIDADE DE SEGURADOCOMPROVADA.

1. A concesso do benefcio de penso por morte depende da ocorrncia doevento morte, da demonstrao da qualidade de segurado do de cujus e da condio dedependente de quem objetiva o benefcio.

2. Comprovada a atividade rural em perodo anterior ao bito por incio deprova material, corroborada por prova testemunhal, presente a qualidade de segurado dofalecido na data do bito.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao apelo da parte autora e determinar a implantao do benefcio, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00013 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000722-65.2017.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 36 / 941

APELANTE : VALDIR OLIVEIRA MARQUES

ADVOGADO : Silvio Cesar Carrion Merladete

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TRSCOROAS/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. CONDENAO DE VALORFACILMENTE DETERMINVEL. NO CONHECIMENTO. HONORRIOSADVOCATCIOS.

No est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a FazendaPblica em quantia inferior a 1.000 salrios mnimos (art. 496, 3, do CPC).

Se a sentena condena o INSS ao pagamento de benefcio de valor mnimo oudeterminado nos autos, e define o perodo a partir do qual so devidas as parcelascorrespondentes, possvel, por simples clculos aritmticos, observados os critrios decorreo monetria e juros definidos, chegar-se ao montante da condenao, posicionando-ona data em que prolatada a deciso.

Resultando da multiplicao do nmero de meses pelo valor da renda mensalatualizada, com o acrscimo dos juros de mora, condenao manifestamente inferior ao limitelegal, no caso de remessa necessria.

Considerando os critrios do pargrafo 2, incisos I a IV, do art. 85 do NCPC, oshonorrios devem ser fixados em 10% sobre o valor da condenao (valor das parcelasvencidas at a data da prolao da sentena).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, dar provimento apelao da parte autora e determinar a implantaodo benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00014 APELAO CVEL N 0013498-34.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : MARIO JOSE DE MATTOS

ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 37 / 941

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REVISO DO ATO DE CONCESSO. DECADNCIA.ART. 103 DA LEI 8.213/91. MP 1.523-9/97 (CONVERTIDA NA LEI 9.528/97). MP 138/2003(CONVERTIDA NA LEI 10.839/04). DECADNCIA. QUESTES NO DEBATIDAS NOPROCESSO ADMINISTRATIVO. NO OCORRNCIA. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTESNOCIVOS HIDROCARBONETOS E RUDO. CATEGORIA PROFISSIONAL. PREPARAODE COUROS.

1. No caso de benefcio concedido posteriormente vigncia da MedidaProvisria 1.523-9/1997 (depois convertida na Lei 9.528/97 que alterou a redao do art. 103da Lei 8.213/91), o prazo decadencial para reviso do ato de concesso do benefcioprevidencirio tem incio no dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da primeiraprestao.

2. Em sendo o benefcio implantado anteriormente, o prazo tem como termoinicial o dia 01/08/97, porque a primeira prestao superveniente instituio da decadnciafoi paga em 07/97 (STF, RE 626.489-SE).

3. Impe-se afastar a decadncia, in casu, em relao aos perodos cuja naturezaespecial no foi objeto de apreciao especfica por ocasio da concesso.

4. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condies nocivas so disciplinados pela lei em vigor poca em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimnio jurdico do trabalhador.

5. At 28-04-1995 admissvel o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeio a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para rudo e calor); a partir de 29-04-1995 no mais possvel oenquadramento por categoria profissional, sendo necessria a comprovao da exposio dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova at 05-03-1997 e, a partir de ento,atravs de formulrio embasado em laudo tcnico, ou por meio de percia tcnica.

6. As atividades inerentes preparao de couros exercidas at 28-04-1995devem ser reconhecidas como especiais em decorrncia do enquadramento por categoriaprofissional previsto poca da realizao do labor.

7. A exposio a hidrocarbonetos aromticos e a rudos em nveis superioresaos limites legais de tolerncia vigentes poca do desempenho do labor enseja oreconhecimento do tempo de servio como especial.

8. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade dotempo de labor correspondente.

9. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado, titular de aposentadoria portempo de contribuio, direito sua reviso.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do autor e determinar a reviso do benefcio, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 38 / 941

00015 REMESSA NECESSRIA CVEL N 0001174-80.2014.4.04.9999/SCRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

PARTE AUTORA : AVELINO CASARIL

ADVOGADO : Claudiomir Giaretton

PARTE RE' : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE XAXIM/SC

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUDO.AGENTES BIOLGICOS. CATEGORIA PROFISSIONAL. AJUDANTE DEMOTORISTA DE CAMINHO. APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIO. CONCESSO.

1. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condies nocivas so disciplinados pela lei em vigor poca em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimnio jurdico do trabalhador.

2. At 28-04-1995 admissvel o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeio a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para rudo e calor); a partir de 29-04-1995 no mais possvel oenquadramento por categoria profissional, sendo necessria a comprovao da exposio dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova at 05-03-1997 e, a partir de ento,atravs

3. A exposio a agentes biolgicos nocivos e a nveis de rudo superiores aoslimites legais de tolerncia, enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial.

4. As atividades de ajudante de motorista de caminho exercidas at 28-04-1995 devem ser reconhecidas como especiais em decorrncia do enquadramento porcategoria profissional previsto poca da realizao do labor.

5 . Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito obteno deaposentadoria por tempo de contribuio proporcional, desde a DER.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer emparte da remessa oficial e, nessa extenso, negar-lhe provimento, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 06 de junho de 2017.00016 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0011906-86.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ROQUE LERMEN

ADVOGADO : Jaime Valduga Gabbardo e outro

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEFARROUPILHA/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 39 / 941

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTODE LABOR EM CONDIES ESPECIAIS. RUDO. HIDROCARBONETOS.EPI. REQUISITOS ATENDIDOS. CONCESSO DO BENEFCIO.CONSECTRIOS. DIFERIMENTO. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAODO BENEFCIO.

1. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal.

2. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

3. O uso de EPIs (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

4. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 a 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (REsp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

5. No Quadro Anexo do Decreto n 53.831, de 25-03-1964, o Anexo I doDecreto n 83.080, de 24-01-1979, e o Anexo IV do Decreto n 2.172, de 05-03-1997,constam como insalubres as atividades expostas a poeiras, gases, vapores, neblinas e fumosde derivados do carbono nas operaes executadas com derivados txicos do carbono, emque o segurado ficava sujeito habitual e permanentemente (Cdigos 1.2.11, 1.2.10; 1.0.3,1.017 e 1.0.19).

6. Apesar de no haver previso especfica de especialidade pela exposio ahidrocarbonetos em decreto regulamentador, h o enquadramento de atividade especial, poisa sua manipulao de modo habitual e permanente j suficiente para o reconhecimento daatividade exposta ao referido agente nocivo, sem necessidade de avaliao quantitativa(Precedentes desta Corte).

7. Para atividades exercidas at a data da publicao da MP 1.729, de 2 dedezembro de 1998, convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que alterou o 2do artigo 58 da Lei 8.213/1991, a utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI) irrelevante para o reconhecimento das condies especiais, prejudiciais sade ou integridade fsica do trabalhador.

8. Com a edio da Lei 9.032/95, somente passou a ser possibilitada a conversode tempo especial em comum, sendo suprimida a hiptese de converso de tempo comum emespecial.

9. Demonstrado o preenchimento dos requisitos, devida a concesso daaposentadoria especial.

10. Efeitos financeiros pretritos perfectibilizados, no se observando, no caso,a prescrio quinquenal. Inteligncia da Smula n 85 do STJ. Quanto ao termo inicial dobenefcio, consta que os reflexos econmicos decorrentes da concesso da aposentadoria

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 40 / 941

postulada devem, pela regra geral (art. 49, caput e inciso II, combinado ao art. 57, 2, ambosda Lei n 8.213/1991 e alteraes), retroagir data da entrada do requerimento administrativo(DER).

11. A definio dos ndices de correo monetria e juros de mora deve serdiferida para a fase de cumprimento do julgado.

12. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul,o INSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

13. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

14. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao e remessa oficial, determinando a imediata implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 13 de junho de 2017.00017 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 2007.71.99.009052-7/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOS

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : DORIVAL MARAN

ADVOGADO : Julieta Tomedi

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE VERANOPOLIS/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. RECONHECIMENTODE LABOR EM CONDIES ESPECIAIS. RUDO. EPI. REQUISITOSATENDIDOS. CONCESSO DO BENEFCIO. CONSECTRIOS.DIFERIMENTO. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DO BENEFCIO.

1. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal.

2. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, por

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 41 / 941

qualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

3. O uso de EPIs (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

4. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 a 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (REsp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

5. Para atividades exercidas at a dat