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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XIII – nº 87 – Porto Alegre, segunda-feira, 23 de abril de 2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0213/2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS 00001 APELAÇÃO CÍVEL Nº 0013962-58.2016.4.04.9999/RS RELATOR : Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA APELANTE : SALETE TERESINHA MASERA FINGER ADVOGADO : Ana Patricia Orsi APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS APELADO : (Os mesmos) DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 628

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno XIII n 87 Porto Alegre, segunda-feira, 23 de abril de 2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESBoletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0213/2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO CVEL N 0013962-58.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : SALETE TERESINHA MASERA FINGER

ADVOGADO : Ana Patricia Orsi

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 628

APENSO(S) : 0006350-64.2014.404.0000

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL.AGENTES NOCIVOS. EQUIPAMENTOSDE PROTEO INDIVIDUAL.PERODOS ANTERIORES A 03/12/1998. INAPLICABILIDADE.APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. REVISO DE RMI.OPO RMI MAIS VANTAJOSA. TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A utilizao de Equipamentos de ProteoIndividual irrelevante para o reconhecimento das condies especiais da atividade exercidano perodo anterior a 03/12/1998, data da publicao da MP n. 1.729/98, convertida na Lein. 9.732/98, que alterou o 2. do artigo 58 da Lei 8.213/91, determinando que o laudotcnico contenha informao sobre a existncia de tecnologia de proteo individual quediminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerncia e recomendao sobre a suaadoo pelo estabelecimento respectivo. 3. Se a parte autora implementar os requisitos para aobteno de aposentadoria pelas regras anteriores Emenda Constitucional n. 20/98, pelasRegras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes poder ter o benefcio revisado pelaopo que lhe for mais vantajosa, observada a prescrio quinquenal. 4. Determina-se ocumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de revisar o benefcio,por se tratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante asatividades de cumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem anecessidade de um processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso da parte autora, negar provimento ao recurso do INSS e remessa oficial e determinar a reviso do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00002 APELAO CVEL N 0020094-05.2014.4.04.9999/SCRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : MARISTELA MARCELINO DA SILVA

ADVOGADO : Lourival Salvato

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 628

PREVIDENCIRIO. PAGAMENTO DE AUXLIO-DOENA.INCAPACIDADE LABORATIVA TEMPORRIA COMPROVADA.

Comprovado pelo conjunto probatrio que a segurada estava incapacitadatemporariamente para o trabalho, de ser restabelecido o auxlio-doena desde a suacessao administrativa at a concesso administrativa de outro.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00003 APELAO CVEL N 0003118-15.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : NOELI MARLI HAACK

ADVOGADO : Jose Inacio Barbacovi e outros

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. SEGURADO ESPECIAL. TRABALHADOR RURAL EMREGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. ATIVIDADE URBANA.CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. CONCESSO DE APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIO/CONTRIBUIO. OPO PELA RMI MAISVANTAJOSA. TUTELA ESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea. 2. Comprovados recolhimentos como contribuinte individual, deve otempo correspondente ser computado para fins previdencirios. 3. Se o seguradoimplementar os requisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores EmendaConstitucional n. 20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poderinativar-se pela opo que lhe for mais vantajosa. 4. Determina-se o cumprimento imediatodo acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar dedeciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDODIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 628

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso da parte autora, negar provimento ao recurso do INSS, edeterminar a implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00004 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0002716-31.2017.4.04.9999/SCRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : HELIO GOMES

ADVOGADO : Olir Marino Savaris e outros

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEFRAIBURGO/SC

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC.CONSECTRIOS LEGAIS.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, em

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 628

regra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. O Supremo Tribunal Federalreconheceu no RE 870947, com repercusso geral, a inconstitucionalidade do uso da TR,determinando a adoo do IPCA-E para o clculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica. 6. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxade 1% ao ms, at 29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivopagamento do dbito, segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado cadernetade poupana. 73. Precedente do STF com efeito vinculante, que deve ser observado,inclusive, pelos rgos do Poder Judicirio.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, e dar parcial provimento ao recurso da parte autora para fixar osconsectrios legais, na forma da fundamentao, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00005 APELAO CVEL N 0003160-64.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : VOLNEI ZAGO

ADVOGADO : Tiago Augusto Rossi

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO TRABALHADO SOB CONDIES ESPECIAIS.NUS DA IMPUGNAO ESPECFICA. APELAO CONHECIDA EMPARTE. CONCESSO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIO. TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio.

2. No deve ser conhecida a apelao interposta exclusivamente com alegaesgenricas, sem impugnao especifica dos fundamentos da sentena.

3. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 628

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, conhecer em parte da apelao e, no conhecido, dar-lhe parcialprovimento, e determinar o cumprimento imediato do acrdo com relao implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00006 APELAO CVEL N 0001260-46.2017.4.04.9999/SCRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ANTONIO LEANDRO

ADVOGADO : Marcos Jung Monteguti e outro

EMENTA

PREVIDENCIRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXLIO-DOENA.CONVERSO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MARCO INICIAL.TUTELA ESPECFICA.

1. Comprovado pelo conjunto probatrio que a parte autora portadora deenfermidade que a incapacita total e permanentemente para o trabalho, considerados oquadro clnico e as condies pessoais, de ser restabelecido o benefcio de auxlio-doenadesde a sua cessao administrativa e convertido em aposentadoria por invalidez a partir dadata do laudo judicial. 2. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que serefere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso e determinar a implantao do benefcio de aposentadoria porinvalidez, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00007 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0003266-26.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 628

APELANTE : SILVIO ILARIO MARTINS

ADVOGADO : Antonio Luis Wuttke

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEESTRELA/RS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC. CONSECTRIOSLEGAIS.1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lei

n 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. Nas aes previdencirias, oshonorrios advocatcios devem ser fixados no percentual de 10% (dez por cento) sobre ovalor das parcelas devidas at a data da sentena, em consonncia com as Smulas 76 destaCorte e 111 do STJ. 6. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, comrepercusso geral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-Epara o clculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica. 7. Osjuros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at 29-06-2009. Apartir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito, segundo o ndiceoficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana. 8. Precedente do STF comefeito vinculante, que deve ser observado, inclusive, pelos rgos do Poder Judicirio.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 628

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, dar parcial provimento ao recurso e determinar a implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00008 APELAO CVEL N 0009608-87.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : NILO KEMPF

ADVOGADO : Jair de Souza Santos

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE. CONCESSO DEAPOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. TUTELAESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. A exposioa hidrocarbonetos aromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial.Desnecessria a anlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicosno ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 4. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somentequando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidama insalubridade. 5. No demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos,conforme a atividade exercida pelo segurado e a carncia, indevida parte autora aaposentadoria especial. 6. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto,somente admite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previstono art. 57 da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiaisque prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 7. Somente tero direito converso dotempo comum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada aconverso de tempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 628

todos os requisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo,nesta hiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial,ser levada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 8. Se o seguradoimplementar os requisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores EmendaConstitucional n. 20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poderinativar-se pela opo que lhe for mais vantajosa. 9. Determina-se o cumprimento imediatodo acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar dedeciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso do INSS e remessa oficial e determinar implantao do benefciode Aposentadoria por Tempo de Contribuio, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00009 APELAO CVEL N 0010808-32.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : EVERALDO MARTINS DA ROSA

ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outros

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. PERMANNCIA NA ATIVIDADEESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE.TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 2. A exposio habitual e permanente a nveisde rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao pertinente matriasempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizao ou no deEPI ou de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 3. A exposioa hidrocarbonetos aromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial.Desnecessria a anlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicos

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 628

no ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 4. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somentequando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidama insalubridade. 5. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conformea atividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 6. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somenteadmite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais queprejudiquem a sade ou a integridade fsica. 7. Somente tero direito converso do tempocomum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada a converso detempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado todos osrequisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo, nestahiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial, serlevada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 8. Reconhecida ainconstitucionalidade do 8. do art. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, restaassegurada parte autora a possibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitasa condies nocivas aps a implantao do benefcio. 9. Determina-se o cumprimentoimediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por setratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao recurso do INSS e remessa oficial e determinar implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00010 APELAO CVEL N 0011543-65.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ADEMAR WIPRICH

ADVOGADO : Jair de Souza Santos e outro

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 628

LIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC.PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. PERMANNCIA NA ATIVIDADEESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE.TUTELA ESPECFICA.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. Apresentada a prova necessriaa demonstrar o exerccio de atividade sujeita a condies especiais, conforme a legislaovigente na data da prestao do trabalho, deve ser reconhecido o respectivo tempo deservio. 6. A exposio habitual e permanente a nveis de rudo acima dos limites detolerncia estabelecidos na legislao pertinente matria sempre caracteriza a atividadecomo especial, independentemente da utilizao ou no de EPI ou de meno, em laudopericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 7. A exposio a hidrocarbonetosaromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial. Desnecessria aanlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicos no ambiente detrabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 8. Os equipamentos deproteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade daatividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suasparticularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somente quandocomprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidam ainsalubridade. 9. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conforme aatividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 10. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somenteadmite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais que

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prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 11. Somente tero direito converso do tempocomum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada a converso detempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado todos osrequisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo, nestahiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial, serlevada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 12. Reconhecida ainconstitucionalidade do 8. do art. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, restaassegurada parte autora a possibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitasa condies nocivas aps a implantao do benefcio. 13. Determina-se o cumprimentoimediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por setratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, negar provimento ao recurso do INSS e determinar implantaodo benefcio de Aposentadoria Especial, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00011 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0008265-56.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : CARMEM TERESINHA HANAUER CALDEIRA

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE SO SEBASTIO DOCA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. INDEFERIMENTO DE PROVAPERICIAL. AGRAVO RETIDO. CERCEAMENTO DE DEFESA.1. A no realizao da prova pericial, apesar do requerimento expresso,

caracteriza o cerceamento de defesa.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar

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provimento ao agravo retido e apelao da parte autora para anular a sentena,determinando o retorno dos autos origem com o fim de que seja reaberta a faseinstrutria, nos termos referidos, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00012 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000831-79.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ISABELA DE MOURA GOMES

: VALTER LUIS DE MOURA GOMES

: FRANCIELI DE MOURA GOMES

: DALTON EDEMAR GOMES

: NELSA JANE GOMES

: DJANICE GOMES

ADVOGADO : Rosane Bamberg Machado e outros

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DECRISSIUMAL/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. CONCESSO DE AUXLIO-DOENA. CONVERSOEM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CARNCIA E QUALIDADE DESEGURADO. CUSTAS.

1. Demonstrado nos autos que a parte autora estava incapacitada para o trabalhodesde quando tinha qualidade de segurado e cumprido a carncia, de ser mantida a sentenaque concedeu o auxlio-doena e o converteu em aposentadoria por invalidez desde a data dolaudo judicial at a data do bito. 2. Est o INSS isento das custas processuais, mas obrigadoao pagamento das despesas judiciais, notadamente na conduo de Oficiais de Justia.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao recurso e dar parcial provimento remessa oficial, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00013 APELAO CVEL N 0000517-36.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : EMILIO PINHEIRO

ADVOGADO : Jair de Souza Santos e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 628

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TRABALHADOR RURAL SEGURADO ESPECIAL.REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO LABORADO SOBCONDIES ESPECIAIS. CONCESSO DE APOSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIO. TUTELA ESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea.

2. Diferenciando-se o trabalho da parte autora na afirmada condio deparceiro/agregado tanto do labor rurcola em regime de economia familiar, quanto dotrabalho como boia-fria, indevido o reconhecimento da especialidade do labor agrcola.

3. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio.

4. Presentes os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida parteautora a aposentadoria por tempo de contribuio.

5. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao e determinar o cumprimento imediato do acrdo com relao implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00014 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000983-30.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CLAIR TERESINHA SCHNEIDER

ADVOGADO : Ildo da Silva Gobbo e outro

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANTOAUGUSTO/RS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 628

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. TUTELA ESPECFICA.

1. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio.

2. Os equipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, paradescaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cadacaso ser apreciado em suas particularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividadeespecial somente quando comprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteoindividual que elidam a insalubridade.

3. O INSS isento do pagamento das custas na Justia Estadual do Rio Grandedo Sul.

4. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, negar provimento apelao e determinar o cumprimento imediatodo acrdo com relao implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00015 APELAO CVEL N 0009591-62.2009.4.04.7100/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : TELIO SILVEIRA DAMASCENO

ADVOGADO : Isabel Cristina Trapp Ferreira

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. JUZO DE RETRATAO.DESAPOSENTAO. IMPOSSIBILIDADE. HONORRIOSADVOCATCIOS.

1. Estando os fundamentos do voto-condutor do acrdo em desconformidadecom o entendimento firmado pelo STF, atribui-se ao rgo julgador a possibilidade derealizar juzo de retratao. 2. Invivel a renncia, pelo segurado, aposentadoria jconcedida, para fins de obteno de benefcio mais vantajoso mediante a considerao dosperodos contributivos anteriores e posteriores concesso do benefcio inicial, uma vez que

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o STF, no julgamento do RE 661.256, Tema 503, com repercusso geral reconhecida,considerou invivel o reclculo do valor da aposentadoria por meio da chamadadesaposentao. 3. Para fins de fixao dos honorrios sucumbenciais nas aes dedesaposentao cujas sentenas tenham sido publicadas na vigncia da Lei n 5.869/73, deveser adotada a orientao ento vigente entre as Turmas Previdencirias desta Corte, segundoa qual os honorrios advocatcios, em caso de improcedncia do pedido do segurado, nostermos do art. 20, 4, do CPC/1973, devem ser fixados no valor correspondente ao salrio-mnimo (TRF4, 5053736-59.2011.4.04.7000, Terceira Seo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, alterando o acrdo anteriormente proferido, negar provimento ao recursoda parte autora, afastando a possibilidade de desaposentao, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00016 APELAO CVEL N 0002971-86.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : GLORIMAR FERREIRA DO AMARAL

ADVOGADO : Teodoro Matos Tomaz e outros

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC. CONCESSO DEAPOSENTADORIA. OO PELA RMI MAIS VANTAJOSA. TUTELAESPECFICA.1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lei

n 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir com

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segurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso. 5. Se o segurado implementaros requisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores EmendaConstitucional n. 20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poderinativar-se pela opo que lhe for mais vantajosa. 6. Determina-se o cumprimento imediatodo acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar dedeciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, dar provimento ao recurso, e determinar a implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00017 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0009063-17.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : RUBI ZANIN

ADVOGADO : Jose Alberto Bertton e outros

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANANDUVA/RS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC. HONORRIOSADVOCATCIOS.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de um

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salrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. No havendo condenaoprincipal ao pagamento de quantia, e no sendo possvel mensurar o proveito econmicoobtido, determina o CPC/2015 que a condenao em honorrios deve ser calculada sobre ovalor atualizado da causa, nos termos inciso III do 4 do art. 85. Todavia, considerando asingeleza da ao, meramente declaratria, e a dificuldade de se quantificar o real proveitoeconmico experimentado pela parte autora, bem como a desproporcionalidade do valorproposto para a causa, adoto o valor de alada praticado no mbito da Justia Estadual do RioGrande do Sul.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, e dar parcial provimento ao recurso, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00018 APELAO CVEL N 0016197-95.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : DIRLANE BEATRIZ DA SILVA

ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outro

: Imilia de Souza

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 628

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE RURAL. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DEEPI. TEMPO ESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS NO PREENCHIDOS.CONCESSO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIO/SERVIO. OPO PELA MAIS VANTAJOSA. TUTELAESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea. 3. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividadesujeita a condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho,deve ser reconhecido o respectivo tempo de servio. 4. Os equipamentos de proteoindividual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade da atividadedesempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades.Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somente quando comprovada aefetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidam a insalubridade. 5. Osistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somente admiteaposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57 da Lei8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais que prejudiquem asade ou a integridade fsica. 6. Somente tero direito converso do tempo comum emespecial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada a converso de tempoespecial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado todos os requisitosnecessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo, nesta hiptese,para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial, ser levada emconta a efetiva converso do tempo comum em especial. 7. Se o segurado implementar osrequisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores Emenda Constitucionaln. 20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poder inativar-se pelaopo que lhe for mais vantajosa. 8. Determina-se o cumprimento imediato do acrdonaquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso deeficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento dasentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processoexecutivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento aos recursos da parte autora e do INSS e remessa oficial e determinarimplantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 628

Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0215/2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO CVEL N 0000072-18.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : CATIA SILENE RAMOS MENEZES

ADVOGADO : Tatiana Fernandes Pereira

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATUALIZAO MONETRIA. LEI N 11.960/2009.ANATOCISMO.

Na aplicao da atualizao monetria pelo critrio da Lei n 11.960/2009 nopode ocorrer o anatocismo dos juros de mora.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 628

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00002 APELAO CVEL N 0011336-66.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : SANTINA MARIZA PEDROSO CORREA

ADVOGADO : Rgis Lus Witcak

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. HONORRIOS ADVOCATCIOS. PAGAMENTOSADMINISTRATIVOS NO CURSO DA AO. INCIDNCIA NA BASE DECLCULO. BOA-F PROCESSUAL PRESUMIDA. AUSNCIA DEINTENO DA PARTE PARA QUE SEJA REPUTADO LITIGANTE DE M-F.

1. A boa-f presumida pelo sistema processual. Para a aplicao daspenalidades da m-f deve estar comprovado no processo que uma das partes prejudicouintencionalmente a outra. No caso, o INSS apresentou inicialmente nos autos da execuoclculo incompleto quanto aos valores devidos parte exequente e equivocado com relaoao honorrios advocatcios (o que pode ser sanado a qualquer momento), sendo que a parteexequente, no concordando com tal conta, apresentou sua prpria memria de clculo paraexecuo, no havendo fundamento para aplicao das penalidades da m-f ao InstitutoPrevidencirio.

2. O percentual de honorrios advocatcios incide sobre os pagamentosadministrativos ocorridos no curso da ao, em cumprimento coisa julgada que emana dottulo judicial que ps fim lide de conhecimento, entendendo-se que os honorriosadvocatcios no se constituem em acessrio do principal, mas em verba que pertence aoadvogado, segundo interpretao do art. 23 da Lei n 8.906/94 (Estatuto da OAB).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00003 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000898-44.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : OTAVIO RICARDO CARVALHO

ADVOGADO : Antonio Suris Simoes Pires

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE BARRA DO RIBEIRO/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 628

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC.PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS.EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL. APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIO/CONTRIBUIO. TUTELA ESPECFICA.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. Apresentada a prova necessriaa demonstrar o exerccio de atividade sujeita a condies especiais, conforme a legislaovigente na data da prestao do trabalho, o respectivo tempo de servio especial deve serreconhecido. 6. Havendo laudo de percia judicial nos autos dando conta do nofornecimento de Equipamentos de Proteo Individual, ou de que, embora tivessem sidofornecidos, no foram eficazes em virtude da ausncia de comprovao de sua efetiva ecorreta utilizao, no h que se falar em afastamento da nocividade dos agentes agressivospresentes nas atividades prestadas pela parte autora. 7. Se o segurado implementar osrequisitos para a obteno de aposentadoria pelas regras anteriores Emenda Constitucional20/98, pelas Regras de Transio e/ou pelas Regras Permanentes, poder inativar-se pelaopo que lhe for mais vantajosa. 8. Determina-se o cumprimento imediato do acrdonaquilo que se refere obrigao de revisar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 628

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, dar parcial provimento ao recurso do INSS e determinar areviso do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00004 APELAO CVEL N 0016336-47.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : ADELIR MIGUEL POLACHINI

ADVOGADO : Tiago ngelo Fvero

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. AO REVISIONAL. TRABALHO EXERCIDO SOBCONDIES ESPECIAIS. VIGILANTE. TUTELA ESPECFICA.

1. Em relao atividade especial do vigilante, para o perodo posterior edio da Lei n. 9.032, de 28/04/1995, que extinguiu o enquadramento profissional, oreconhecimento da especialidade da funo de vigia depende da comprovao da efetivaexposio a agentes prejudiciais sade ou integridade fsica - como o uso de arma defogo, por exemplo - mediante apresentao de qualquer meio de prova, at 05/03/1997, e, apartir de ento, por meio de laudo tcnico ou percia judicial, porquanto se trata de atividadeperigosa que expe o trabalhador possibilidade de ocorrncia de algum evento danoso quecoloque em risco a sua prpria vida, notoriamente os crimes contra o patrimnio.

2. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de revisar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental que deverser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensu previstas noart. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao e determinar o cumprimento imediato do acrdo com relao reviso do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 628

00005 AGRAVO INTERNO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0005444-79.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ALOISIO JACILDO THOMAS

ADVOGADO : Carlos Renato Baister Lantieri

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA CIVEL DA COMARCA DEMONTENEGRO/RS

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. FASE DECUMPRIMENTO. ERRO MATERIAL. ERRO DE FATO.

1. No h que se confundir erro material com erro de fato. O erro material podeser corrigido a qualquer tempo, j que h expressa autorizao para que, mesmo de ofcio, omagistrado corrija "inexatides materiais" aps a publicao da sentena (art. 494, CPC). Oerro de fato, porm, deve ser confrontado pelas vias recursais tradicionais ou, encerrada acadeia recursal, por meio de ao rescisria (art. 966, VIII, CPC).

2. Caso se permitisse a modificao do pronunciamento judicial, com areapreciao da situao ftica e a mudana no resultado do julgamento, sob a alegao de"erro material", seriam inteis as disposies sobre a autoridade da coisa julgada e acerca dorestrito cabimento da ao rescisria no diploma processual vigente em afronta autoridadeda coisa julgada prevista pelo texto constitucional (art. 5, XXXVI, CF/88.

3. O erro de fato no corrigvel nos autos da fase de cumprimento de sentenae tampouco em sua impugnao. Precedentes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00006 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0003110-38.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : CORACI DA CRUZ

ADVOGADO : Anelise Leonhardt Porn e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE TEUTNIA/RS

EMENTA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 628

PREVIDENCIRIO. SEGURADO ESPECIAL. TEMPO DE SERVIO RURALPOSTERIOR VIGNCIA DA LEI N 8.213/91. INDENIZAO.INCIDNCIA DE JUROS E MULTA. CONTRIBUIESPREVIDENCIRIAS. EMISSO DE GUIA DE RECOLHIMENTO.ATIVIDADE ESPECIAL. RUDO E AGENTES QUMICOS. USO DE EPI.APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIO/CONTRIBUIO.REQUISITOS NO IMPLEMENTADOS.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea. 2. O reconhecimento de tempo de servio prestado na rea rural at 31-10-1991, para efeito de concesso de benefcio no Regime Geral da Previdncia Social, noest condicionado ao recolhimento das contribuies previdencirias correspondentes,exceto para efeito de carncia. 3. O reconhecimento de tempo de servio rural posterior a 31-10-1991 exige indenizao das contribuies previdencirias respectivas. 4. As disposiesdo artigo 45-A da Lei n. 8.212/91, introduzidas pela Lei Complementar n 128/2008, noprejudicam o entendimento jurisprudencial consagrado pelo STJ e por este Tribunal nosentido de que a exigncia do pagamento de consectrios somente tem lugar quando operodo a ser indenizado posterior edio da Medida Provisria n 1.523/1996. 5.Impossvel a declarar-se o direito da parte autora concesso de aposentadoria, mediante oreconhecimento prvio pendente de indenizao, uma vez que se estaria condicionando aeficcia da deciso a evento futuro e incerto, em flagrante ofensa ao pargrafo nico do art.492 do CPC/2015 (nulidade da deciso condicional). 6. Apresentada a prova necessria ademonstrar o exerccio de atividade sujeita a condies especiais, conforme a legislaovigente na data da prestao do trabalho, deve ser reconhecido o respectivo tempo deservio. 7. A exposio habitual e permanente a nveis de rudo acima dos limites detolerncia estabelecidos na legislao pertinente matria sempre caracteriza a atividadecomo especial, independentemente da utilizao ou no de EPI ou de meno, em laudopericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 8. A exposio a hidrocarbonetosaromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial. Desnecessria aanlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicos no ambiente detrabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 9. A utilizao deEquipamentos de Proteo Individual irrelevante para o reconhecimento das condiesespeciais da atividade exercida no perodo anterior a 03.12.1998, data da publicao da MPn. 1.729/98, convertida na Lei n. 9.732/98, que alterou o 2. do artigo 58 da Lei 8.213/91,determinando que o laudo tcnico contenha informao sobre a existncia de tecnologia deproteo individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerncia erecomendao sobre a sua adoo pelo estabelecimento respectivo. 10. Ausente o requisitode tempo de contribuio, indevida parte autora a concesso do benefcio deaposentadoria, nos termos da Lei n 8.213/91.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento remessa oficial e aos recursos do INSS e da parte autora para determinar

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 25 / 628

ao INSS que efetue o clculo do valor das contribuies previdencirias relativas indenizao do perodo de labor rural de 01/01/2004 a 30/11/2004, e fornea-lhe a guia derecolhimento, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00007 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0015812-84.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

EMBARGANTE : SEBASTIAO SOARES DE MATOS

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIRIO. EMBARGOS DEDECLARAO. HIPTESE ENSEJADORA DO RECURSO. EFEITOSINFRINGENTES. CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DEPROVA PERICIAL. ANULAO DA SENTENA.

1. A acolhida dos embargos declaratrios tem cabimento nas hipteses deomisso, contradio, obscuridade e erro material. 2. Diante da existncia de omisso, impe-se a correo do acrdo no ponto em que equivocado, ainda que, sanada a omisso, aalterao da deciso surja como conseqncia necessria. 3. Considerando-se a natureza dedireito fundamental que reveste o direito previdencirio, bem como o princpioconstitucional do amplo acesso justia, quando insuficiente a prova acostada para acomprovao dos perodos cujo reconhecimento pretendido, impe-se a dilao probatria,ainda que de ofcio. 4. Deve ser anulada a sentena quando insuficiente a instruoprocessual, e determinado o retorno dos autos ao Juzo de origem, onde haver de sercompletada a instruo. 5. Embargos de declarao providos com efeitos infringentes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, voto por darparcial provimento aos embargos de declarao interpostos pela parte autora para,atribuindo-lhes efeitos infringentes, anular a sentena a fim de que os autos sejamremetidos origem e que seja reaberta a instruo processual, nos termos dafundamentao, ficando prejudicada a apelao da parte autora, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 628

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00008 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0013054-98.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : LEANDRO LUIS DA SILVA

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TRSCOROAS/RS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC.PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. USO DE EPI. TEMPOESPECIAL E COMUM. POSSIBILIDADE DE CONVERSO. LEIAPLICVEL. CRITRIO. LEGISLAO VIGENTE QUANDOPREENCHIDOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA. CONCESSO DEAPOSENTADORIA ESPECIAL. PERMANNCIA NA ATIVIDADEESPECIAL APS A IMPLANTAO DO BENEFCIO. POSSIBILIDADE.TUTELA ESPECFICA.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. Apresentada a prova necessria

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 628

a demonstrar o exerccio de atividade sujeita a condies especiais, conforme a legislaovigente na data da prestao do trabalho, deve ser reconhecido o respectivo tempo deservio. 6. A exposio habitual e permanente a nveis de rudo acima dos limites detolerncia estabelecidos na legislao pertinente matria sempre caracteriza a atividadecomo especial, independentemente da utilizao ou no de EPI ou de meno, em laudopericial, neutralizao de seus efeitos nocivos. 7. A exposio a hidrocarbonetosaromticos enseja o reconhecimento do tempo de servio como especial. Desnecessria aanlise quantitativa de da concentrao ou intensidade de agentes qumicos no ambiente detrabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 8. Os equipamentos deproteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade daatividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suasparticularidades. Possvel afastar o enquadramento da atividade especial somente quandocomprovada a efetiva utilizao de equipamentos de proteo individual que elidam ainsalubridade. 9. Demonstrado o tempo de servio especial por 15, 20 ou 25 anos, conforme aatividade exercida pelo segurado e a carncia, devida parte autora a aposentadoriaespecial. 10. O sistema previdencirio vigente aps a Lei 9.032/1995, portanto, somenteadmite aposentadoria especial para quem exerceu todo o tempo de servio previsto no art. 57da Lei 8.213/1991 (15, 20 ou 25 anos, conforme o caso) em condies especiais queprejudiquem a sade ou a integridade fsica. 11. Somente tero direito converso do tempocomum em especial os segurados que at 28-04-1995 (data em que limitada a converso detempo especial para comum pela Lei n. 9.032/1995) tenham implementado todos osrequisitos necessrios concesso do benefcio de aposentadoria especial, devendo, nestahiptese, para fins de aferio do implemento do requisito tempo de servio especial, serlevada em conta a efetiva converso do tempo comum em especial. 12. Reconhecida ainconstitucionalidade do 8. do art. 57 da LBPS pela Corte Especial deste Tribunal, restaassegurada parte autora a possibilidade de continuar exercendo atividades laborais sujeitasa condies nocivas aps a implantao do benefcio. 13. Determina-se o cumprimentoimediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por setratar de deciso de eficcia mandamental que dever ser efetivada mediante as atividades decumprimento da sentena stricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade deum processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, dar parcial provimento ao recurso do INSS, da parte autora, edeterminar implantao do benefcio de Aposentadoria Especial, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00009 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0016420-48.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : FTIMA ALDROVANDI MORAS

ADVOGADO : Bruna Gomes

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 28 / 628

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE ENCANTADO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXLIO-DOENA.MARCO INICIAL. JUROS.

1. Comprovado pelo conjunto probatrio que a parte autora portadora deenfermidade que a incapacita temporariamente para o trabalho, de ser mantida a sentenaque concedeu o auxlio-doena desde a DER. 2. Juros na forma da Lei 11.960/2009.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento remessa necessria e ao recurso, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00010 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N0003092-17.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

EMBARGANTE : MARIEL MIRIAM DE BRITTO PEREIRA

ADVOGADO : Gustavo Andr Mattje e outros

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. PROCEDNCIA.SUPRIMENTO. EFEITOS INFRINGENTES.

A integral procedncia da alegao constante em embargos de declaraoimplica conferir-lhes efeitos infringentes, alterando-se o voto condutor do acrdo no quetange forma de fixao da verba honorria.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 628

Egrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento aos embargos de declarao para, atribuindo-lhes efeitos infringentes, reformar oacrdo no que tange forma de fixao da verba honorria, inalterado o resultado dojulgamento quanto ao mrito, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00011 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0012021-10.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CLAUDIA TERESINHA FROENER FROSI

ADVOGADO : Avelino Beltrame

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE NOVAPRATA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXLIO-DOENA.CONVERSO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CUSTAS.AGRAVO RETIDO. HONORRIOS PERICIAIS.

1. Manuteno da sentena que restabeleceu parte autora o benefcio deauxlio-doena de a sua cessao administrativa e o converteu em aposentadoria porinvalidez desde a data em que foi constatada judicialmente a incapacidade laborativa, poiscomprova a incapacidade laborativa total e definitiva da parte autora. 2. Est o INSS isentodas custas processuais, mas obrigado ao pagamento das despesas judiciais, notadamente naconduo de Oficiais de Justia. 3. Honorrios periciais reduzidos. Agravo retido provido emparte.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao agravo retido, apelao e remessa oficial nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00012 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0002815-98.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : SALETE TEREZINHA TOMAZINI SCHLINDWEIN

ADVOGADO : Lindomar Orio

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DECONSTANTINA/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 30 / 628

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. REMESSA NECESSRIA. NOVO CDIGO DEPROCESSO CIVIL. CAUSAS DE NATUREZA PREVIDENCIRIA. ART. 29, 2 DA LEI 8.213/91. VALORES QUE, EM REGRA, SO INFERIORES AOLIMITE ESTABELECIDO PELO ART. 496, 3, I, DO NCPC. BENEFCIOCONCEDIDO ADMINISTRATIVAMENTE NO CURSO DA AO.POSSIBILIDADE DE EXECUO DO BENEFCIO CONCEDIDO NOJULGADO COM OPO PELA MANUTENO DO BENEFCIO MAISVANTAJOSO. CUSTAS PROCESSUAIS.

1. No razovel ignorar que, em matria previdenciria, o art. 29, 2, da Lein 8.213/91 dispe que o valor do salrio de benefcio mnimo no ser inferior ao de umsalrio mnimo, nem superior ao limite mximo do salrio de contribuio na data de inciodo benefcio, e que a Portaria Interministerial n 01, de 08/01/2016, dos Ministrios daPrevidncia Social e da Fazenda, estabelece que, a partir de 01/01/2016, o valor mximo doteto dos salrios de benefcio pagos pelo INSS de R$ 5.189,82 (cinco mil cento e oitentareais e oitenta e dois centavos), sendo foroso reconhecer que, mesmo na hiptese em que aRMI dos benefcios deferidos parte autora seja fixada no teto mximo, e as parcelas ematraso pagas, como regra, nos ltimos 5 anos (art. 103, pargrafo nico, da lei n 8.213/91), ovalor da condenao, ainda que acrescida de correo monetria e juros de mora,dificilmente exceder quantia de 1.000(mil) salrios mnimos, montante exigvel para aadmissibilidade do reexame necessrio. 2. Considerando tal critrio, possvel concluir comsegurana que, embora no conste das sentenas em matria previdenciria o clculo doquantum debeatur, este no atingir, na quase totalidade dos processos, o patamarestabelecido de mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC). 3. Por isso, possveldefender que as sentenas previdencirias, nas quais h condenao em pecnia, data deincio do benefcio (DER) ou da reviso, no podem ser propriamente consideradas ilquidas,pois contm ou referem todos os elementos necessrios para se apurar, mediante clculoaritmtico de baixa complexidade, o valor final da condenao, consideradas as parcelas ata data da sentena. 4. A soluo mais consentnea com o anseio de proteo do interessepblico de que se reveste o instituto da remessa necessria, diante do Novo Cdigo deProcesso Civil, que passa a mirar as causas de maior expresso econmica, afastando, emregra, sua incidncia as causas de natureza previdenciria. 5. Deve ser assegurada aosbeneficirios da Previdncia Social a possibilidade de execuo das diferenas do benefcioconcedido no julgado at o momento em que deferido um mais vantajoso na viaadministrativa, com a opo de continuar percebendo o benefcio concedido no curso daao, de renda mais vantajosa. 6. O INSS isento do pagamento das custas no Foro Federal(art. 4., I, da Lei n. 9.289/96) e na Justia Estadual do Rio Grande do Sul, de acordo comdisposto no art. 5, I, da Lei Estadual n 14.634/14, que institui a Taxa nica de ServiosJudiciais desse Estado, ressalvando-se que tal iseno no o exime da obrigao dereembolsar eventuais despesas judiciais feitas pela parte vencedora ( nico do art. 5).Salienta-se, ainda, que nessa taxa nica no esto includas as despesas processuaismencionadas no nico do art. 2 da referida Lei, tais como remunerao de peritos eassistentes tcnicos, despesas de conduo de oficiais de justia, entre outras. Tal isenono se aplica quando o INSS demandado na Justia Estadual do Paran (Smula n. 20 desteregional), devendo ser salientado, ainda, que no Estado de Santa Catarina (art. 33, nico, daLei Complementar estadual 156/97), a autarquia responde pela metade do valor.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 31 / 628

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, e dar provimento ao recurso do INSS, para determinar o descontodos valores j adiantados a titulo da concesso de benefcio diverso, inacumulvel, na viaadministrativa, bem como o afastamento do pagamento das custas processuais, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00013 APELAO CVEL N 0005425-73.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : MARIA SALETE RAMBORGER sucesso

ADVOGADO : Janice Adriane Colla e outro

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXLIO-DOENA.

Comprovado pelo conjunto probatrio que a parte autora era portadora deenfermidade que a incapacitava temporariamente para o trabalho, de ser restabelecido oauxlio-doena desde a cessao administrativa at a data do bito.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso da parte autora, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00014 APELAO CVEL N 0009447-77.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : MADALENA MULLER

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 32 / 628

ADVOGADO : Rosalia Barth Lamb

EMENTA

PREVIDENCIRIO. AO REVISIONAL. APELAO COM RAZESDISSOCIADAS DA MATRIA TRATADA NOS AUTOS. NOCONHECIMENTO. LABOR PRESTADO SOB CONDIES ESPECIAIS.TUTELA ESPECFICA.

1. No se conhece da apelao cujos argumentos esto dissociados da questotratada nos autos.

2. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio para fins de reviso da aposentadoria tituladapela requerente.

4. O INSS isento do pagamento das custas na Justia Estadual do Rio Grandedo Sul.

5. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de revisar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental que deverser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensu previstas noart. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda apelao autrquica, negar provimento remessa oficial e determinar o cumprimentoimediato do acrdo com relao reviso do benefcio, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00015 APELAO CVEL N 0010681-31.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : NIVEA DE FATIMA SANT ANA DO NASCIMENTO

ADVOGADO : Scharles Ernesto Augustin

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. CONCESSO DE AUXLIO-DOENA. TUTELAESPECFICA.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 33 / 628

1. Comprovado pelo conjunto probatrio que a parte autora portadora deenfermidade que a incapacita para o trabalho, de ser concedido o benefcio de auxlio-doena desde a DER. 2. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que serefere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficciamandamental que dever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentenastricto sensu previstas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivoautnomo (sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso e determinar a implantao do benefcio, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00016 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0017265-51.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : IRENO EICHELBERGER

ADVOGADO : Iracildo Binicheski e outro

: Leandro Mello de Vargas

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TRS DEMAIO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. JUZO DE RETRATAO.TEMA 810 DO STF. CORREO MONETRIA E JUROS DE MORAINCIDENTES SOBRE AS CONDENAES IMPOSTAS FAZENDAPBLICA NA VIGNCIA DA LEI 11.960/09.

1. Estando os fundamentos do voto-condutor do acrdo em desconformidadecom o entendimento firmado pelo STF, atribui-se ao rgo julgador a possibilidade derealizar juzo de retratao.

2. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870.947/SE, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

3. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 34 / 628

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, adequar os consectrios legais ao entendimento adotado pelo STF nojulgamento do Recurso Extraordinrio n 870.947/SE, Tema STF n 810, mantendoinalteradas as demais disposies do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00017 APELAO CVEL N 0010489-64.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : SERGIO DANILO SANDER

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TRABALHADOR RURAL SEGURADO ESPECIAL.REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO URBANO TRABALHADOSOB CONDIES ESPECIAIS. CONCESSO DE APOSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIO. CONSECTRIOS. TUTELA ESPECFICA.

1. O tempo de servio rural para fins previdencirios, a partir dos 12 anos, podeser demonstrado atravs de incio de prova material, desde que complementado por provatestemunhal idnea.

2. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho, deveser reconhecido o respectivo tempo de servio.

3. Presentes os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida parteautora a aposentadoria por tempo de contribuio na forma proporcional.

4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica. Os juros demora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at 29-06-2009. A partir deento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito, segundo o ndice oficial deremunerao bsica aplicado caderneta de poupana. Precedente do STF com efeitovinculante, que deve ser observado, inclusive, pelos rgos do Poder Judicirio.

5. O INSS isento do pagamento das custas na Justia Estadual do Rio Grandedo Sul.

6. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/15, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 35 / 628

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento s apelaes e remessa oficial, considerada interposta, e determinar ocumprimento imediato do acrdo com relao implantao do benefcio, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 18 de abril de 2018.00018 APELAO CVEL N 0002841-96.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal JOO BATISTA PINTO SILVEIRA

APELANTE : MILTON JOS KERBER

ADVOGADO : Silvana Afonso Dutra e outros

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. ATIVIDADE RURAL NO DEMONSTRADA.ATIVIDADE ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIO/CONTRIBUIO. REQUISITOS NO IMPLEMENTADOS.AVERBAO DE TEMPO NO RGPS. TUTELA ESPECFICA.

1. Ausente incio de prova material e testemunhal, invivel o reconhecimento dotempo rural. 2. Apresentada a prova necessria a demonstrar o exerccio de atividade sujeitaa condies especiais, conforme a legislao vigente na data da prestao do trabalho deveser reconhecido o respectivo tempo de servio. 3. Se a parte autora deixar de implementar osrequisitos necessrios para a obteno da Aposentadoria por Tempo de Servio/Contribuio,faz jus to somente averbao do perodo reconhecido no Regime Geral de PrevidnciaSocial. 4. Determina-se o cum