jugo filisteu
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O jugo filisteuIdade do Ferro, Saul e Davi
Saul, rei de Israel
•A vocação do rei•A missão do rei•A piedade do rei•O pecado do rei
Vocação
Guarnições filisteias por todo o país, também próximas a Gabaá e a Jebus
Jumentas perdidas e unção
Porventura também Saul está entre os profetas? (1Sm 10,12)
Anúncio público em Masfa e a “Constituição dos direitos do rei”
O mais alto dentre os israelitas (1Sm 10,23) era humilde ou timorato?
Missão
Um mês depois, Naás dos amonitas sitia Jabes de Galaad, que pede ajuda
Saul proclamado em Guilgal
Exército regular (sob Abner) segundo conselho do tio Ner
Corte incipiente em Gabaá, sob a romãzeira de Magron ou a tamargueira da colina
Aquinoã deu-lhe os filhos Jônatas, Isbaal e Melquisua, e as filhas Merob e Micol
Piedade e pecado
O sacrifício precipitado e a perda da dinastia
Juramento vão, ceia sacral e o silêncio do oráculo
Saul expulsa necromantes, feiticeiros e adivinhos
Saul combate Moab, Amon, Edom e Soba, conquista Galaad oriental e ataca Gabaon
Vitória sobre os amalecitas, a estela comemorativa e a perda da realeza
YHWH quer holocaustose sacrifícios pacíficos,
ou quer obediência à sua voz?
Eis que a obediência vale mais
que o sacrifícioe a docilidade é melhor
que a gordura dos bodes!Pois a rebeldia é
um pecado de magia,a obstinação é impiedadee idolatria com terafins.
Já que rejeitastea ordem de YHWH,
ele te rejeitou como rei(1Sm 15,22s)
Davi, general de Saul
•Pastor segundo Deus•Menestrel da corte•Escudeiro real•Fugitivo•Sem intercessores•Chefe de bandoleiros•Perseguido do rei•Caudilho de Judá•Vassalo dos filisteus•Forte contra os amalecitas
De pastor a menestrel guerreiro
Unção de DaviO demônio da melancolia
Davi menestrelResfa concubina, mãe de Armoni e Meribaal
O filisteu Golias e o acesso a Jebus
Davi vence e oferece ao santuário de Nobe a espada de Golias
Fugitivo
Atentados e afastamento
Estratagema com Micol e fuga
Entre os carismáticosCuidados de JônatasDoeg, edomita, o mais forte dos pastores de Saul e um de seus cortesãos, delata a passagem de Davi por Nobe
Prisioneiro em Gat
Bandoleiro
Na cova de Odolam, chefia 400 descontentes, foras‑da‑lei e devedores insolventes
Conduz os parentes ao rei de Moab e recebe auxílio de Naás de Amon
A chacina dos sacerdotes por Doeg e o massacre de Nobe
O profeta Gad e o sacerdote Abiatar aliados de Davi
Caudilho e vencedor
Engadi: da perseguição ao perdão
Outras mulheres de Davi
Morte de Samuel e nova perseguição
Vassalo dos filisteusA batalha de AfecO resgate de Siceleg, a punição do amalecitas e os presentes a Judá
O escudo untado de sangue
•Necromancia•Batalha de Gelboé•O Canto do Arco
Quando Deus se cala
A bruxa de EndorNo monte GelboéO resgate do corpo por Jabes de Galaad
O estranho mensageiro amalecita
Davi chegou a Hebron onde foi ungido rei de Judá por seus correligionários
Abner entronizou Isbaal, o herdeiro, sobre as demais tribos
Canto do Arco (2Sm 2,19-27)
A glória de Israeljaz ferida de morte nas tuas
alturas!Como caíram os bravos!Não o conteis em Gat.
Não o proclameis pelas ruas de Ascalon,
para que não se alegremas filhas dos filisteus
nem se rejubilemas filhas dos incircuncisos!
Montes de Gelboé,jamais caia orvalho nem chuva
sobre vósnem haja campos férteis!
Pois lá foi aviltado o escudo dos bravos:
O escudo de Saul, não untado de óleo,
mas com o sangue dos feridos,com a gordura dos bravos.
O arco de Jônatas não recuava ea espada de Saul não voltava sem
efeito.
Saul e Jônatas, amados e queridos,nem a vida, nem a morte os pôde
separar:mais rápidos que águias,
mais fortes que leões!Filhas de Israel, vertei lágrimas
sobre Saul,ele que vos vestia
de púrpura encantadora,ele que pregava ornatos de ouro
nos vossos vestidos!Como caíram os bravos em plena
batalha!Jônatas, sobre tuas alturas ferido
de morte!Quanto estou dolorido por ti,
Jônatas, meu irmão!Quanto me eras caro e querido!
Tua amizade me era mais maravilhosa
que o amor de mulheres!Como caíram os bravos
e pereceram as armas de guerra!
Flávio Josefo, AJ, VI, 15, 253
Julgo dever acrescentar outra reflexão que pode ser útil a todos e particularmente aos reis, aos príncipes, aos grandes, aos magistrados, às outras pessoas constituídas em dignidade e
a todos os que em qualquer condição estejam, têm a alma grande e nobre, a fim de inflamá‑los de tal modo ao amor da virtude que não haja penas nem tribulações que eles não
aceitem, nem perigos que eles não desprezem e até mesmo a morte, para conquistar uma reputação imortal, dando sua vida pelo bem da pátria. Nós vemos o que Saul fez, pois, ainda que Samuel o tivesse avisado de que ele seria morto com seus filhos na batalha, ele preferiu perder a vida do que fazer uma ação indigna de um rei, para conservá‑la, abandonando seu
exército, o que seria como entregá‑lo nas mãos dos inimigos. Assim, não hesitou em se expor com seus filhos a uma morte certa, mas julgou que seria melhor e muito mais feliz terminar gloriosamente seus dias, com estes, combatendo pela salvação da pátria e merecendo viver
perenemente na memória da posteridade, do que o sobreviver à sua infelicidade, não ter mais uma posição e ser ainda tido em pouco na opinião de todos. Não poderia, pois, deixar
de considerar já esse soberano, neste ponto, como muito justo, muito sensato e muito generoso. E, se algum outro fez antes dele ou fizer no futuro a mesma coisa, não haverá
elogios de que não seja digno. Pois ainda que aqueles que fazem a guerra na esperança de obter a vitória, merecem que os historiadores elogiem suas ações e seus feitos grandiosos, parece‑me que somente devem ser tidos como provectos na coragem os que, à imitação de
Saul, preferem de tal modo sua honra à própria vida, que desprezam perigos certos e inevitáveis. Nada é mais comum do que empreender aquilo cujo desfecho é duvidoso e de
que, se houver sorte favorável, se podem auferir grandes vantagens. Mas nada poder prometer, senão coisas funestas, estar mesmo certo de que se perderá a vida no combate e ir com coragem intrépida afrontar a morte, é o que se pode dizer o cúmulo da generosidade e da coragem. Foi isso que admiravelmente fez Saul; foi o exemplo que ele deu a todos os
que desejam eternizar sua memória pela glória de suas ações, mas principalmente aos reis, aos quais a nobreza da própria condição, não somente não permite abandonar o cuidado de
seus súditos, mas os torna mesmo dignos de censura se tiverem por eles apenas um a medíocre afeição.
Sião, Cidade de Davi
Abner, que fornicara com Resfa, concubina de Saul, a fim de granjear para si o trono, recebeu forte reprovação do rei, pelo que decidiu passar para o lado de Davi
Com a morte de Isbaal e de Abner, o trono ficou vacante, pois o único herdeiro, Meribaal, filho de Jônatas, era inválido
Os filisteus assaltaram Jebus, mas Davi os venceu perto de Belém e tomou a cidade
João Carlos Nara Jr.
@narajr