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~*<~) TfTIPO —7TT1CO PREÇOS: No Rio 8500 Nos Estados.... 8600 ANNO XXVIII 0 Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores RIO DE JANEIRO, II DE FEVEREIRO DE 1931 Goiabada descobriu a pólvora «intinngao* N 1.323 ——rJi 6t>-\r^i v ¥f Nio havia duvida alguma. A descoberta era formidável e Goiabada diüa eniao ao Ouvido de Carrapicho: Nos vamos ganhar muilo dinheiro, "seu" Carrapicho! Ficou entào combinado lazer uma nova experiência no domingo passado. J^rW~^^ ^ÍSÚ^^^s Tudo to, cuidadosamente preparado, ate um:, Laça para defender os dois descobridores n.i hor» do tiro. Depois Goiabada ateou (oEo ao estopim e feí explodir o reKador. eJ«niro do qual haviam collocado todos os infl.immnveis. „„„ <í'inilinúal Dou» vci i bacia voou tambem. levando Goiabada e Cnaplcho. c dijem varhs pessoas que o ruído da euplosao foi ouvido multo alem de Bangú.Continua, VVV^^yyyvVVVVVs»VVVsíVVsvVVVVS^VsrN^^ O livro das

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Page 1: J^rW~^^ Ficou entào combinado ^ÍSÚ^^^slazer uma nova ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01323.pdf · CRUCIFICADA — (Niethe-roy) Muito obrigado pela gentile-za das suas

~*<~) TfTIPO —7TT1CO PREÇOS:

No Rio 8500Nos Estados.... 8600

ANNO XXVIII

0 Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores

RIO DE JANEIRO, II DE FEVEREIRO DE 1931

Goiabada descobriu a pólvora «intinngao*N 1.323

——rJi 6t>-\r^i v \» ¥f

Nio havia duvida alguma. A descoberta era formidável e Goiabada diüa eniao aoOuvido de Carrapicho:

— Nos vamos ganhar muilo dinheiro, "seu" Carrapicho!Ficou entào combinado lazer uma nova experiência no domingo passado.J^rW~^^ ^ÍSÚ^^^s

Tudo to, cuidadosamente preparado, ate um:, Laça para defender os dois descobridores n.i hor» do tiro. Depois Goiabada ateou (oEo ao estopim e feí explodir o reKador.

eJ«niro do qual haviam collocado todos os infl.immnveis . „„„ <í'inilinúalDou» vci i bacia voou tambem. levando Goiabada e Cnaplcho. c dijem varhs pessoas que o ruído da euplosao foi ouvido multo alem de Bangú. Continua,

VVV^^yyyvVVVVVs»VVVsíVVsvVVVVS^VsrN^^

O livro das

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o rico-Tico — 2 — 11 _ Fevereiro — 1931

CASACALÇADO"DADO"

GUBOMARA MAIS BARATEIRA DO BRASIL

~1

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11 — Fctereíro— L93J O 1 I C U - I I c o

*A^t$aAfxaP>^ESTUDANTE - (Ilhéos)

E.stá exgottado o numero d'0Tico-Tico que manda pedir. Suagraphia revela bondade, simplici-dade, boa-fé, infantilidade e umpouco dc tristeza ou qualquer pre-oecupação de espirito.

O horóscopo dos nascidos a 24de Setembro é este: "São reserva-dos, tímidos e optimos para guar-dar segredos, não os revelando aninguém. São também amáveis,delicados, affectuosos: têm grandevocação para a musica e obleinbom exito nas suas empresas. Con-seguem conservar-se sempre jo-vens, apparcntando muito menosidade do que, realmente tem. Seugrande defeito é a predilecção pelojogo de cartas"

CRUCIFICADA — (Niethe-roy) Muito obrigado pela gentile-za das suas phrases e pela confia;

ça que deposita em mini. Escre-va-mc.

JAIME LA CROIX — (S.-Paulo) Letra de pessoa delicada,amiga das grandezas, do luxo e daslongas viagens. E' intelligente edecidida, o que o traço firme comgue sublinha sua assignatura vemconfirmar.

Para saber , o horóscopo dosnascidos em Outubro tenha a bon-dade de ler o que já disse antes .'1Yolanda.

SALENIANASINIIA — (S.Paulo) Duas ligeiras linhas sãomuito fraco material para um es-tudo graphologico. Vejo, entre-tanto, alguns pontos de contactocom a anterior, mostrando, porém,mais independência de caracter, tei-mosia, apesar de ter espirito phan-tasista. O horóscopo dos nascidoscm 24 de Novembro é o seguinte:

"São eulhusiaslas, gostando deestar sempre á frente de qualquerempresa e não admittindo que ai-guem as stipplante. São engenho-sos, oríginaes e alcançarão grandeSUCCesso coiiK) escriptores e artis-tas. Gostam dc ser cortejados, depassar bem e de se vestir aindamelhor".

BEATRIZ — (?) — Sua le-tra está muito incerta, indecisa,mostrando nervosismo, impacien-cia, indecisão, uma preoecupaçãoqualquer pelo menos 110 momentode escrever.

RIPITZKY SVILE — (Kio)Quando escrever, faça-o de um la-do sú do papel. As traducções quemandou estão fracas. Mande ou-tra cousa mais cuidada...

DR. SABB-TUDO

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POESIA DA ESCOLA.- DU

Tllieoplhfll!® Barbosa'Fi

UAI L1VK0 QUE TODOS DEVEM U"R

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O TICO-TICO -,4 — 11 — Fevereiro — 1031

Loto instructivott

Caros amiguinhos, lei-

tores assíduos d'0 Tico-

Tico, foi para vocês, me-

ninos, esperanças da Pa-

tria, que o grande tribu-

no, gloria do Brasil novo^

escreveu áquellas tre? pa-lavras, que resumem todo

um programma de edu-

cação:

LÊR,PENSAR,

E FAZER...

£ nós, seguindo anossa rota semanal, em

que scmos, para os que-ridos leitores, os porta-dcüs incansáveis da Boa

Semente, nós temos con-sciencia de que procura-mos sempre o que debom, e útil, e aproveita-vel, passa ao nosso ai-cance.

IE não será a primeira vez que a sementeira de riqueza,

que é a palavr^ ardente e bemfazeja desse grande educador

do povo, foi por nós transmittida ao Brasil inteiro, nas asasú'0 Tico-Tico, produzindo resultados inesperados, graças àintelligencia, patriotismo e amor ao trabalho da nossa gente.

O Brasil precisa neste momento, antes de tudo, resolver

o problema da educação; e justamente nesta hora de ne-cessaria transformação, fecham-se escolas por falta de verbae fica paralyzado o ensino em muitos logares, onde já sorriao projecto de novas casas de instrucção Aos que já sabemlêr, uma revista como O Tico-Tico pôde ministrar ensina-mentos úteis, e deste esforço para fazer bem, podemos nosorgulhar sem tola vaidade...

Porém, como poderemos chegar aos que não sabem

o b—a = ba f 1

Attençâo!... Agora é que vamos aDDlicar o lemma

educativo de Maurício de Lacerda;

LÊR..r

PENSAR...

E FAZER I

E FAZER" == Maurício de Lsioerda.Não ha no Brasil, por

certo, quem não tenha

ouvido falar no "Loto

Instructivo", esse lindo

jogo do vispora, em queos cartões, representandoletras, por um processolongamente estudado, ser-

vem de utilissimo passa-tempo, não só aos alu-

mnos como ao mestre.

Acaba de sahir do

prelo a nova edição, rica-

mente illustrada, comdesenhos do afamado pin-tor Gilberto e dos hábeisdesenhistas Oscar Filho eMiss Lincoln.

Com este novo syste-ma, invenção da profes-sora D. Maria Ribeirode Almeida, apiende-ce aarticulação das syllabas

por meio das figuras re-presentatívas, e não pelo nome das letras do alphabeto. E'tão fácil, que se tem visto creanças menores de sete annos,aprendendo sozinhas e até ensinando, tão bem como qual-quer mestre.

Mas... que tem o "Loto. Instructivo" com a palavrasábia e creadora de Mauricio de Lacerda?...

Tem que, antes de tudo, o nosso illustre patrício é omaior apreciador desse methodo verdadeiramente nacional,que só ensina cousas do Brasil e cousas úteis aos bra-sileiros.

Se dependesse delle; já estaria o "Systema Kibeirode Almeida" adoptado em todos os colleglos de nossaterra.

Quanto ao lemma do programma que encima esta pa-gina, corresponde ao voto quT fazemos para que cada umdos nossos pequenos cidadãos saiba lêr essa palavra deordem e depois pense no serviço va'ioso que pôde prestará Pátria, fasendo-se mestre no meio dos companheiros defolguedos, para que não haja mais nenhum analphabetono Brasil |

jJK PaTol J Paulo

j>— pá I P'P» ( Pé 1^\ papai pupa

pia pua pãopoaia piau

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?%0*t**»t*»A'>*»*»m*t*>*»4^^

O TICO -TICO 1

llccactor-CIicfc: Carlos Mnnliãcs — Dlroctor-Gcrcnte A. do Souwi e SilvaAssignatura Brasil: 1 anno, 255000; 6 mezes. 13$000; — Estrangeiro: 1 anno, 60*000; 6 mezes, 30$000.

As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serüo acceilas anntial ou semestralmen-te. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que póde sor íelta por vale postal ou car-ta regisrada com valor declarado), deve ser dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telephones: üerencla: 3-0635.

Succursal, em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavalcanti _ Rua Senador FeIJó, 27, 8' audar, salas 86 e 87.Escrlptorio: 3-063*. Directoria: 3-0630.

¦-w5^.*V^VS'VVVVVVVVN/VV^VV^V^*V^VVVV\^VV^^^\AS«^A/V^^V^V^A/^^^\/N/^'^*^A^^M^S*'^AAAAASV>_^%

AS VISITA.3 R K A K S'Meus netinhos'.

Dentro de poucos dias o Brasil

receberá a visita de S. A. Real o

Principe de Galles, herdeiro do thro-

no da Inglaterra. O futuro rei de

um dos maiores paizes do muirlo

vem trazer protestos dc cordialidadee estima ao povo do mais bello paizdo mundo, que é o Brasil.

As visitas dos reis eu dirigentes

de um paiz ao outro têm, meus ne-

tinlios, notável significação na vidadesses paizes. Elias, além de expri-

mirem relações de cordialidade e

entendimento pacifico entre dois

povos, constituem, quasi sempre,«¦azoes de ordem maior e de útil-

idade para os povos. As visitas

reaes precedem sempre os tratados

de alliança e de commercio. Dcllas

derivam entendimentos de que re-sultam a intensificação das relações

do commercio, 0 intercâmbio indus-

trial e intellectual.

Na visita de S. A. o Principe de

Galles ao Brasil ha a considerar,

meus netinhos, motivos bem maio-

res que o da visita de outros repre-

seníantes dc paizes da terra. A In-

glaterra, o vastíssimo império de

poderosos recursos, sempre foi um

paiz amigo do Brasil. E O seu fu-

turo rei — que é o Principe de

Galles i— tem no coração dc cada

brasileiro um amigo e admirador

dc seus delicados dotes moraes. A

vida do Principe de Galles — esse

joven que um dia, se sentará no

throno do grande Império da Grã-

Bretanha e Irlanda, tem sido a* ti-

panliada com gera! carinho pebabrasileiros — atravez das noticias

publicadas nos jornaes e das fitas

cinematographicas exhibidas no!

nossos cinemas. Trazendo, com asua visita os protestos de estima doseu povo e do seu augusto pae —

S. M. o rei Jorge V — ao Brasil, oPrincipe dc Galles vem dar aos bra-sileiros já acostumados a admira!-o

pelos dotes de excellente coração, aalegria de o conhecer pessoalmente.

Bemvindo seja, pois, meus neti-

nhos, o Principe de Galles á Ter*

ra Brasileira.

VOVÔ

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O TICO-TICO *- 6 — 11 _ Fevereiro — 1931

O TICO-TICO" MUNDANONASCIMENTOS II

3> S> Nasceu a 1deste mez a lindaGicia, filhinha doDr. Gastão da Veiga e de sua esposa D. Odette da Veiga.

ANNIVERSARIOS•

-• -> Fez aimos a 2 deste mez o estudioso joven JorgeJVlanhães Porto, alumno do Collegio Salesiano de Sta. Ro=a.

_> .> Festeja hoje a passagem de seu natalicio o me-liino Manoel Luiz, frlho do Dr. Lauro de Almeida.

•í> -> Jessy Nunes, nossa prendada amiguinha, fazannos hoje.

"- .> Completou hontem seis annos o menino Adahyl,filhinho do capitão Salvador de Meirelles.

"§> -> Faz annos a 12 do corrente nosso estimado ami-guinho e leitor Sylvio Nery de Assis Ribeiro

-«> -> No dia 24 completa mais um annoa senhorita Miris Wanderley, filha do nossocompanheiro Eustorgio Wanderley.

NA BERLINDA

.» Berlinda dos rapazes e se-rfhoritas de minhas relações: Edith,por ser socegada; Maria, por ser sym-pathica; Carros, por ser correcto; Or-lando, por ser fiteiro; Zu'eika, por serlevada; Barreirinha, por gostar de "far-ras"; ítala, por gostar de daíisar "maxixe";Lourdes, por ser risonha; Suzano, por terolhos grandes; Helena, por ser gentil; Arion,por ser bomzinho; Nininha, por ser amável; Roque, porser vivo; Aurora,"por ser engraçadinha; Ismael, por ser alto;Dulce, por ser meiga; James, por ter o andar elegante;Aracy, por ser querida de todos; Antonico, por ser moreni-nho da pontinha; Nair, por ser sincera; Jayme, por ser"Chico-Bora"; Francisco, por ter ohos fascina/dores; Odilla,por ter um mimoso riso; João, por ser meudinho; Nilzapor ser mimosa; Aristóteles, por ser elefante; Carlota, porfalar muito,. — H. A.

EM LEILÃO...

Q> Estão em leilão as seguintes senhoritas e ra-pnzes do Engenho de Dentro: Quanto dão pe'a gordura deMaria? pelas calças de Carlos? pelos lindos olhos de Zu-leika? pelo o'har de Orlando? pelo penteado de Francisco'pelos vestidos de Odilla? pelas dansas de WaMcmar? pelasinceridade de Edith? pe,as caretas de Jayme' pe'agraça de Nair? pe'as tristezas de João? pela boquinha deNilza? pe'o andar de Roque? pe'as faces de Nininha? pela

altura de Ismael? pelos-" - • - 'abios de Aurora? pelosorriso de Antonico?pelo perfil de Aracy?pe'a belieza de Ita'a?pelo porte de Barrerri-nha? pela elegância deHelena? pela gentilezade Arion? pela côr mo-rena de Dulce? pelosalvos dentes de James?pelo corpo de Lourdes?pelos o'hos grandes deSuzanõ? pelos cabellosdo Álvaro? pela elegan-ca do Hercilio? peloperfil do Victorino?pe'a alegria da Maro-cas? quanto dão pelaformosura da leiloeira:— N. B.

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||||Í1IÍ.

NO THEATRO

* # ConcluindoJ, minha peça inli-

. tulada "CachorroQuente-, deixei a cargo dos seguintes artistas: Jayme oengraçado Olympio,yBastos. Maria a Aida Garrido. Odi la,a Dulce de Almeida. Waldemar, o Jayme Costa. Edith, aactru cantora "Edith Falcão. Ziroca, a Margarida Max.Carlos, o Eugênio Noronha. Iracema, a Cida, ia Mattos.Orlando, Dani o de Oliveira. Zuleika a Belmira de Almeida.José, o Gervasio Guimarães. Helena, a Lvgia Sarmento.Arion. o' Paschoal Américo. Nair, a querida Nair Alves.Arthur, o Manoeiino Teixeira. Lourdes, a galante O gaNavarro. Cavalcanti, o tenor Francisco Alves. Aurora,a Lia Binatti. Nininha, a trefega ítala Ferreira. Antonico,o Luiz Barreira. Djanira, a brasileiríssima Aracy Cortes.

NO JARDIM...

-. _> Passando por um jardim, encontrei as-eguintes flores que conheço: Edith, umadhalia; Maria, uma rosa; José, um lyrio;

Guromar, uma cravina; Lucy. uma rosachá; Carlos, um copo de leite; Autora,

uma hortensia; Ismael, um chrysanthemo;Helena, uma violeta; Arion. um myo-o-

tis; Iracema, um jasmim; Zuleika, umacamelia; Odil a, um jasmim d0 Cabo; Wal-

demar. um cravo; Nininha, uma açucena;Orlando, um grra-sol; Lourdes, uma sau-

dade; Barreira, um principe negro; Ita'a. umaangélica; Jaurés, um amor-perfeito; Alme-

rinda, uma margarida, e eu, por ser o donodo jardim, uma flor de abóbora.

? Querendo offerecer uma "corbeile" a men pro-fessor Humberto Valle, escolhi as seguintes flores: Victo-rra. por ser uma rosa mariquinha; Maria Emilia, uma ca-rneha; Tutuca, um gira-sol; Dádá, um cravo de defunto;Nair, uma belladonna; Guiomar, uma flor da noite; Zulmira,uma saudade; Clelia, uma açucena; Maria José. um mal-me-quer; Joanninha. uma angélica; Maria da G'oria, umahortensia; Odette, uma rosa chá; Lourdes, um principenegro; Magdalena. um "bouquet" de viuva; Nininha, umacravina; Zuleika, uma violeta; Nelly, uma dhalia; Iracema,uma trombeta; Zaira, uma papoula; Ismael, um amor-per-leito; Jayme, um chrysanthemo.

NO CINEMA...

. Foram contractados para um grande film a serexlnbrdo proximamente os seguintes meninos e meninas:Odette. a Gloria Swanson; Mario, o Richard Dix; Marilda.a Clara Bow; Álvaro, o John Barrvmore; E_ther, a Ra-que- Torres; Milton,o Rod La Rocque;Léa. a Marion Nixon;Alberto, o Conrad Na-gel; Dora, a AnitaPage; Manoel, o Ra-mon Novarro; Aida, aVrlma Banky; Rober-to, o Collier Jr.; Aida,a Besrie Leve; Hugo,o John Gilhert, Car-linda, a Dolores deiR;o; Luiza. a BillieDove: Roque, 0 Char-les Rogers; Yolanda,a Marion Davies; Te-drinho, o Ha rol dL'oyd; Alzira, a JoanCrawford: Geraldo, oCarlito; Etelvina, aEtther Ralston.

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11 — Fevereiro — 1931 -7 — O 1 I C O - T í G Q

i* ¦

Ev*v.^w\J

S TINOA's vezes, de noite, quando o somno não vinha, pen-

sava na vida. Não que a achasse differente de outras, de ^

muitas outras. Mas não entendia por que lhe acontece-ra tanta coisa má em tão pouco tempo. Ao lado, a mu-lher respirava levemente, com uma serenidade de ima-

gem pintada, no rosto. Tão bonita! Ficava a olhal-atoda. Punha as mãos sobre os cabellos delia, quasi loi-ros, lisos e finos como se fossem bem tratados. Pertoda esteira, os filhos dormiam em cima de jornaes. Che-

gara á miséria peor. Aquelle rancho de subúrbios erâ

o derradeiro abrigo. De repente, sorria... Ah! o tem-

po em que trabalhava!... Estreara menino, num circoambulante. Crescera. A fama tomou-lhe o nome: con-tractos não lhe faltavam, as folhas diziam coisas do"grande palhaço", nas ruas gente o apontava... De-

pois, encontrou a mulher. Fugiram juntos. Depois,os filhos. Depois, o desastre. O incêndio no thea-tro. O hospital. Mezes de tratamento. Por fim, a alta,estropeado," caricatura inútil, e sempre cambaleando,cheio de tonturas. Ninguém mais se importou comelle... Ninguém... Pobre palhaço!

Um annuncio pedindo um "homem desembaraça-do" para reclamista de certa casa da rua Larga .trou-xe-o á cidade. Conseguiu o emprego. Deram-lhe uma

roupa vermelha, uma gravata verde, immensa, uma car-

tola. Ensinaram-lhe o pregão: *Entrem, entrem! Foi aqui que annunciou! A

casa mais barateira!Cinco dias gritou assim, com vantagens para a tir-

ma. No sexto, a familia veiu vel-o.Entrem, entrem! A casa mais barateira! Foi

aqui que annunciou!A multidão estacava, rindo. Elle bradava cada vez

mais alto, andando da direita para a esquerda, da es

querda para a direita, fazendo piruetas, pondo um alvo-

roço na quadra inteira. Sentia-se alegre, fehz.Resusci-tava o prazer das horas gloriosas nos picadeiros, nos

palcos. A mulher, encolhida na esquina, mostrou-o aosfilhos:

Lá está o papae...E o mais velhinho, que já sabia falar, perguntou»

desconsolado:Por que foi que elle se vestiu de palhaço?...

\!í&

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ALVA RO MOREYRA

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O TICO-TICO

_A_ -v- 8 — 11 — Fevereiro — 1931

0£ii*»s^S ^7T^\

íí®^MWli/Ajj/^vUlU

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1X1U8

^*s=aB—-JNs*-___-

^%mm.SPfufacfo c/e7fto n c/0

~r>~>c*<icat-GtThcmc/o > >,„ /" X"«ó cbertTA. t C'° """*ura c/o meto

Collem a masca-ra num papelcartão antes de

recortar.

O MAIOR ENCANTO D AS CREANÇAS-TICO-TICO PARA 1931

¦^V_^JV_%'-V>u__í,-V--^'-

ALMANACH D'0

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11 — Fevereiro — 1931 O TICO-TICO

_p--___-_--___---__---_------_______--—_____________-_------ I _-__«-----B---B_----Í----_-¦¦¦--—

,<\.r >-___•"- /> \_____C>- ,,^__L>rx#*' .r¦k *

v_i*vg.

Ferdinando, filho do Dr. Milton F. Men- ^des. ao lado de sua tataravó, a exma. Sra D.Maria Antonia. Ferdinando tem anenas 6

annos e sua tataravó 106 annos! Ferdinandoteve a gentileza de nos dar o retrato acima.

Dossos amiguinhos

Vt! __T-5(__\ _¦ ay^^aa

\m - \ yH_Vflr* ' *afi

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___»'Jiirt__ilMB Fi .Kit-ali ¦*_¦:.1A duqueza de Yorli com a "irimeira

filha ao collo, a Princeza Elizabeth.

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e leitores

Leopoldo Ayres Filho.— Avaré. —

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O TICO-TICO 10 11 - Fevereiro — 193Í

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Jurema, Isaias, Orlandina e José, filhos WAmr , -•¦^T'J fldo Sr. Orlando Moreira. ^^^A fl— Capital. __^__É_I'

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^^^fl Elza Amarante.P, .^B —Nietheroy. —

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l*flfl_|Alexandrino e Odyléa Oliveira.— Capital. —

Elvira Melhado. Alice Vieira e Áurea Reis.

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11 — Fevereiro — 1931 II — O TICO-TICO

AVENTURAS DO GATO FELIX(Desenho de Pat Sullivan — Exclusividade do "O TICO-TICO para o Brasil)

— r— iii jitr~]~* TyiWVrm ammi3,rmtn*. ,m,i n • nrn»>i»itii*mnn .1 fgaw—«-m n rr mrt rm

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-— \-iCl 3ffBa.2mmmÊm9¦Hf>,tlM !.*> "^ ""* -. ^^^

Gato Felix e a silhueta, de- ..continuaram a descer até que vierampois de terem arrancado os dar com ossos e pellos no duro e frioequilibristas da corda bamba,... chão.

,

O equilibrista, levantando-se, olhou raivoso pa-'ra os dois bichanos aue lhe haviam estragado a re-presentaçâo-t -%t

<— CD •"nlí'1ft

E gritou: — Saianvda minhafrente que eu vou-lhes .rasgar opello! E assim falando....

_.sahiu em persegui-ção de Gato Felix e dasilhueta.^

Mas defronte de uma jaula pararam Gato Felix e asilhueta e olharam para uns círculos dc borracha que umleão deitava pela bocca..

"~ '

Aquclles círculos de borracha foram apanhadospor Gato Felix que, corri

-...habilidade, os foiatirando para cimado equilibrista......

...que ainda o perse-guia. O pobre homemficou sem poder dar.»

^.m^Lmmm» ^-aàtjr^ C

...um passoi. Mas a esse tempo, a si-Ihucta, fugindo de Gato Felix, eleva-ra-se no ar, como se estivesse voando.

Gato Felix não desanimou emapanhar a silhueta e começou acorrer..

Correu tanto que nenhum coelholhe ganharia em velocidade. M*& a d.Ihucta.

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w>>www>>www»vw<wi>«iw)»>v»««»«<«^'*<<<"^^

..trepou cm cima deumas balas-acropla-nos e gritou: — Fi»

que sabendo, "seu" Gil-to Felix, que eu sou decirco, (Continua).

Toda moça quer. ler, o CINE ARTE-ÁLBUM

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O TICO-TICO — 12 — 11 — Fevereiro — 1931

O SONHO DA COSTURE1RINHAAquella pequena costureira que pas-

sava os dias de agulha entre os dedoságeis, costurando lindos vestidos, tinhauma alma sensivel e sonhadora.

Quasi criança ainda, pois contavaapenas 15 annos, já se via obrigada atrabalhar para viver, auxiliando a pobremãe bastante idosa e viuva.

Approximava-se o carnaval e ella cos-turava delicadas phantasias dos maisricos e brilhantes tecidos ainda bordadosa ouro e prata e a lantejoulas brilhantes.

Não tinham conta os trajos que ellajá ajudara a coser em sedas e setins.vclludos e gazes de effeito surprehen-dentes.

Entretanto, de todos o que mais aencantou foi uma rica fantasia de fadaquasi toda em llamé de prata com ap-plicações de bordados de ouro e vidri-Ihos além de contas de aljofar fimrindopérolas..

Completavam a fantasia um alto tafunilado chapéo azul celeste com umlongo véo de tulle esvoaçando solto,

uma delicada varinha de vidro e sapa-tinhos dourados com fivellas de pedra-ria brilhante.

Ficou tão deslumbrante a fantasiaque o dono da casa de modas onde ellatrabalhava mandou fazer mais outraigual, tão certo estava de que encon-traria compradora, apesar do seu eleva-do preço.

A costureirinha, de tanto pensar nafantasia de fada, sonhou com ella.

Viu-se na matinée infantil de umgrande theatro onde recebera o premioconferido á mais elegante e rica fap-tasia.

Quando despertou, quasi na hora desahir para o trabalho, lamentou seusonho desfeito.

Nunca poderia se apresentar assim.O pouquinho que ganhava talvez nemchegasse para comprar alguns metrosde chitão vermelho de ramagens para

fazer uma rodada saia de cigana comque brincasse com as amiguinhas da

vizinhança na "batalha de confetti" dasua rua.

Faltavam quatro dias para o carnaval,e ia cila, a caminho da loja em que tra-

balhava, andando de cabeça baixa, pen-sativa. . .

Em um canto de calçada viu um pe-queno embrulho atado por duas borra-chás finas que se cruzavam, em vez decordão.

Quiz apanhal-o, mas teve acanhamen-to. Passou. Dois passos adeante se ar-rependeu e voltou. Não passava pessoaalguma no momento e ella, rápida, abai-

S E O POETA GRAYFjI em Sto-ke P o g e s,

perto deLondres, queGray escre-veu a suaElegia auma igrejade campo, o

poema mais

conhecido na

|ingua i n •

gleza

Ta «5a- 4a* __£,

£______L J_^^_i^_il_rai-^_^________Wr ______¦*_____¦ yjns^^^-vffl^^S^i^H

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xou-se, apanhou o pacote que euardou1. go na sua bolsa.

Que seria? !. . •Chegando á officina, nervosa, inquie-

ta, rasgou uma ponta do envolucro depapel e viu que era dinheiro!...

Quanto seria? .. . indagava ella.sem animo de abrir o pacote.

Por fim, enchendo-se de coragem, re-tirou as duas presilhas de borracha,sbriu o pequeno volume e leu sobre umatira de papel a cifra: " 10 contos".

Dez contos! repetiu ella sem que-rer acreditar no que via. Quem os t.naperdido? Procurou mais alguma indica-ção, o nome de alguma firma comm.r-ciai, de algum banco, e nada encontrou.

Quem sabe se não será dinheiro íal-ío?... Algum "pacote" de dinheirodesses que os vigaristas arranjam parapassar seus celebres "contos" nos tolosque pretendem ser sabidos?

Tirou uma nota de cincoenta mil réu,ao acaso, de um dos pacotes e foi mos-tral-a ao "caixa" da loja, perguntando-lhe:

O senhor pode me dizer se est»cédula é boa?

Boa, como?Pergunto se será falso ou verda-

deira. . .E' verdadeira; respondeu o "cai-

_ a". Tivesse eu dez pacotes dellas e_cria feliz. . .

Dez pacotes!-.. Que coincidência-••A costureirinha guardou, bem gnar-

dado, o dinheiro e, ao chegar em casaa noitinha, contou á velha mãe o quelhe acontecera.

Amanhã temos de comprar todosos jornaes para ver se alguém annunciater perdido essa importância, afim de arestituhirmos; disse a velha.

Pode ser até de alguém a quemvá fazer muita falta concordou a me-nina.

Passaram-se, assim, tres dias sem quenenhum jornal noticiasse a perda da-quelle dinheiro

No sabbado á tarde a viuva, sabendedo desejo da filha, mandou alguémcomprar a fantasia de fada.

A costureirinha viu-a sahir comaouem assiste ao desmoronar de mais umsonho.

No dia seguinte foi. entretanto, tran-de sua surpresa, quando, ao despert-ar,viu, aos pés da cama, a linda fantasiade fada.

Excu«ado será dizer que foi á ma-tinée e lá obteve ó premio, exactamea-te como havia sonhado.

Com aquelle dinheiro comprou aindauma casinha e vive feliz com a sua ve-lha progenitora.

U. MAIV

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FAUST1NA ZANGOU-SE

1r^\ l Q^aD[' ..etf-l TMJlMlPWOe*-*»'í^^^) fW* * fim* -—ò

Faustina preparou-se toda no chiee disse que ia fazer compras á casado "nada além"...

"Zé Macaco", que nesse dia esta-va de máo humor, negou-lhe a !i-cença para sahir.

Faustina ficou contrariadissimafFoi-se deitar e protnetteu viu-gar-se.

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Zé Macaco, logo depois se arrepen- ...& sua querida companheira, no Então foi, com toda humildade,deu, e julgando ter provocado ura aiijre do desespero resolveu ir lhe bater á porta do quarto d.i com-

grande desgosto... pedir perdão. pauhèira..._________________-_-_-_-_______-_-_-_-_-_-_-___._-_-_-_____ _____-__-____——-_-——_____--———„--¦———-^——^—^———

íestou A**?-, (^^mtàAW fnnnn ^l° &*

...que encontrou immovel na sua ,. ..vezes, até que assustado sa- .. .foi a sua surpresa ao descobri!»cama. Zé Macaco chamou, chamou etidiu as roupas da cama. Mas. um boneco de panno. Faustina sahir».muitas.... qual não... viiurando-se assim.

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O TICO-TICO ^-14 — 11 — Fevereiro — 1931

PREGUIÇOSOJoel era um menino muito forte e seus pães esmeravam,

•e para que elle tivesse uoa boa educação.Mas, apesar disso, Joel era muito preguiçoso e r5o

queria fazer nada. Se lhe pediam um favor, dizia que es-tava occupado, se sua mãe mandava ccir.prar alguma cousndizia que deixasse para outra hora, quando remexa umag-aveta não arrumava outra vez, e muitas outras cousas motazia por preguiça.

O peor é que elle tinha preguiça até de ir á missa ede rezar, e toda noite se deitava como um cachorrinho, semfazer sequer o signal da Cruz.

Mas, Deus que não deixa passar nada despercebido!,castigou-o logo.

Uma noite, como sempre, elle deitou-se sem rezar epouco depois sua physionomia demonstrava medo. E' tireelle logo que adormeceu teve um sonho... E que sonho ter-nvel! Sonhou que tinha morrido e que sua alma se _r,re-sentara ao Juiz Divino. Deus, o Juiz Supremo e Divinocuia justiça é infinita, estava na sua frente com uma ba-lança na mao. Num dos pratos da balança Deus collocoaas poucas orações e obras cathoücas que Joel tinha feitoNeste momento appareceu tambem Satanaz e depoz no cutroprato toda a preguiça de Joel e... que horror!, o peso eramaior; logo, elle tinha que seguir Satanaz para as profun-dezas do inferno, por toda a eternidade Joel quiz gritarfugir, mas era inútil; estava bem preso pela mão immundà_e batanaz e seguiu para o inferno.'

Quando chegou a uma pequena distancia do inferno,âvistancio aquellas labaredas, vendo áquelles desgraçadossoffrendo horrivelmente e ouvindo os gemidos e ranger dedentes, teve um desmaio.

„_ ,f';-7,°„aCOrdo"' e'ad,ava-se no chão de seu quarto com_m gal.o na cabeça. Estava com c semblante transtorniloe nao via nada em volta'de si, a não ser as paredes deseu quarto e a cama de seu irmãozinho.

Ânífflial o

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O corymorpha — (Desenho de Addison)

O corymorpha é um pequeno ser vivo que se parece com«ma planta marinha e que vive no fundo do oceano Osfilhotes nadam livremente pelas águas, mas, quando adultos.tio ao fundo, crescem em fôrma de arbustos, prendendo-sê

definitivamente ao sola

Ma lobos na America

(Desenho de Addison)

Dizem que o lobo não existe na America. Mas existe umaraposa pernalta a que podemos chamar lobo. E' o loboda America do Sul, que, ca verdade, não é um lobo, masum membro da familia das raposas. Pôde correr a grandesdistancias, deixando longe os cães mais velozes, devido â

grande velocidade que imprime ás pernas.

Que acontecera? Onde estava Satanaz? O inferno? Oscondemnados ?

Nisto appareceu sua mãe, que ouvindo o banido feitopor elle ao cahir da cama, accorreu para ver o que era eencontrando-o no chão, perguntou o que tinha acontecido.

Elle levantou-se logo e correu para sua mãe, d:zendo:— Mamãe, tive um sonho horrível, foi um castigo deDeus. Nunca mais serei preguiçoso.Desse dia em deante Joel tornou-se trabalhador e nuncamais deixou de rezar de noite e de manhã.

- R. MOURA(Franca)

"Escola Brasileira <ãe Arte"Prosegu:ndo no seu programma de educação artistasocial, a Tarde da Creança de São Paulo, que ha 12 annosvem trabalhando seriamente em prol das novas geraçõeípatrícias, acaba de organizar a primeira exposição dosdesenhos e trabahos executados pela "Escola Brasileirade Arte".Tendo em boa hora, entregue ao professor TheodoroBraga, a direcçao do seu novo departamento, demonstrou alarde da Creança não só o elevado senso que possue dasnossas cousas de arte, como tambem o cunho verdadeira-mente nacionalista que deseja dar á mais sympathica •luturosa das suas iniciativas.Realmente o ensino de desenho e composição livre,como esta sendo m-mstrado pela Escola Brasileira de Artee visando justamente aproveitar as aptidões artisticas dascreanças e jovens de 8 aos 14 annos, é tarefa de tão utile pratico alcance que ninguém porá em duvida as van-tagens de sua existência.Registrando o apparecimento dessa escola, cuias ner-«wctivas sao as mais bellas, O Tico-Tico, na qualidade deorgao autorizado das creanças brasileiras, felicita com owsior enthusiasmo os seus fundadores convencido de que,ella vem nao so desempenhar alta missão no apparelhamentodo ens.no como tambem, prover de directriz segura, aeducação da nossa juventude que, justamente, num grandecentro cosmopolita como São Paulo, precisa ser plasmr-chcom o sentimento mais puro da nossa terra e da nossa .ente.

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11 — Fevereiro — 1931 — 15 — O TICO-TICO

Grande Concurso de Natal d' 0 Tico-TicoA data do sorteio dos 150 riquíssimos prêmios

Tendo concluído a publicação da re-lação dos concurrentes do Grande Con-curso de Natal d'0 Tico-Tico, marca-mos hoje a data em que se realizará osorteio dos 150 riquíssimos prêmios pro-mettidos no certamen. Entre esses pre-mios, como tivemos occasião de annun-ciar, figuram automóveis, rema-remas,patinettes, carros diversos, vários brin-quedos de valor, livros, assignaturas derevistas, almanachs, — todo um mundo

de lindas prendas que a falta de espaçonos impede de melhor especificar.

A multidão dos concurrentes impe*diu que, mais cedo, realizássemos o sor-teio. O sorteio deverá, assim, realizar-se,depois de amanhã, sexta-feira, 13, ás 14,horas, na sala da redacção d'0 Tico-Tico,á rua da Quitanda n°. 7.

Para assistir ao acto, que será publi-co, convidamos todos os nossos amigui-nhos que concorreram ao Grande Con'curso de Natal.

Tolstoi

um rato vivia em baixo de umccllciro, cujo soalho tinha uma fcn-da, por onde sahia o trigo, grão agrão. Era o sufficicnte para elle.:Dava-lhe para viver tranquillamen-te, sem passar fome.

Mas o rato quiz fazer ostenta-ção de seu bem estar e, talvez,para que sentissem inveja delle.Roeu a madeira do soalho e au-gmentou um dedo -ao buraquinho.

- Immediatamente, sahiu a visitar osratos seus conhecidos e desconhe-cidos e disse-lhes, dando-se ares deimportância:

— Por que não vêm visitar-me? Tenho uma despensa abundan-tissima. Nella ha trigo para todo9nós".

Não tardou que o fossem vist-tar muitos ratos, mas quando setratou de ir comer, o rato dono dacasa notou, decepcionado, que jánão existia o buraquinho no soalhoe, assim, não podia haver trigo.

Que teria acontecido? Simples-mente que a fenda passava desper-cehida, mas o largo buraco feitopelo rato foi visto bem depressapelo dono do celleiro que tratoude fechal-o incontinenti.

0 Natal de ManuelitoA noite chegava rapidamente á

bella aldeia, de um recanto da Eu-ropa, onde se realizava a alegre e

tradicional festa do Natal. A crian-cada dormia tranquillamente, á es-

pera da festiva manhã do Na-tal. Muitos sonhavam com lin-dos brinquedos, outros com sober-bos livros de historias e outros, ain-da com o Papae-Noel, aquelle ve-lhinho risonho todo vestido de ver-

melho com uma longa e alva barba e

que trazia comsigo muitos e lindosbrinquedos.

Apenas Manuelito, um pobrezinhoorphão de pae e mãe e amparado

pela caridade publica, não o conhe-cia e nem com elle sonhava. Lem-brava-se dos bellos tempos de sua

bôa nwmãe e de seu querido pae...A neve, mais do que nunca, cahia

fortemente e o frio era intenso. Osino da egreja avisava aos fieis, com

o seu tradicional repique do inicioda missa do Gallo.

Manuelito, enrolado em uns far-

rapos e tiritando de frio, foi á mis*sa, rezou e implorou ao Senhor pe-los seus paes que tanto queria. Aoterminar a missa, debaixo da neve,pesada e fria, elle encostou-se a umbanco de prdim e adormeceu. Arua estava deserta, ninguém ousavaenfrentar a neve e o frio, pois eramterríveis. Manuelito viu apparecerperto de si, o seu papae, que aguerra havia levado, e viu tamlx-mmuito longe bem longe a sua ma-mãe que tanto estimava.

Seu pae tomou-o em seus braços elevou-o para junto da mamãe,que alegre o esperava. Manuelitohavia alcançado a graça que rogaraa Deus, quando na missa do Gallo,e considerava-se então, o meninomais feliz do mundo... não deste,mas sim do outro, porque no dia se-guinte foi encontrado coberto dineve cabido sobre o banco do jar*dim, a que se encostara na véspera,o corpo inerte e rigido dc Manuelito,o pobrezinho amparado pela carida-de publica.

Solon Borges

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O TICO-TICO — 16 11 — Fevereiro — 1931

lo*<^3r /T^il bV^5 í i * v) I \\ ~^-t<*aMW

A GUERRATodas as semanas se reunia a assem-

bléa dos animaes, presidida pelo leão,e ahi se resolviam os negócios dafloresta.

O lobo era compadre do leão e porisso não respeitava os animaes menores.

Naquella semana ia-se julgar o lobo,que tinha comido os filhos da gallinha.facto presenciado por diversos animaesde penna*

Quando a sessão começou o leão deuUm urro e disse:

Accusador!A gallinha aprumou-se num tronco e

cacarejou:Accuso o lobo de ter comido os

meus pintos.O legislador leão, grave e sério,

rugiu:<— O advogado de defesa.O macaco appareceu ^ruinchou: ,

O lobo está innocOTe.,,Mas o gallo cucuricou:

Ki, ki-ri-kiiiüü (foi o lobo queComeu).

Foi o lobo, zumbiu o "mosquitosem barriga".

Emfim, o leão rugiu,:Mas vamos fazer a votação; os

que forem contra o lobo ficam em pée os que forem pró sentados.

A maioria foi contra o lobo e o ma-caco, vendo isso, falou ao ouvido doleão e este depois rugiu:

A votação não está bem encanu-nhada; os insectos não têm direito devoto. Descontados os votos dos inse-ctos, é o lobo absolvido por 50 votoscontra 27.

Todos protestaram. O leão, irritado,chamou as aves e insectos de: "canjas",•'sopinhas", etc.

Por causa disso houve um "sururú""dos diabos. Muitos bichos morreram eo "mosquito sem barriga", ao retirar-•e, zumbiu para o leão:| i— Está declarada a guerra.

Nessa noite o "mosquito sem bar-riga" foi nomeado general.

O mosquito, como bom general, tinhaa seu lado todos os insectos e animaesde pennas.

O leão tinha: o lobo, o tigre, o ele-phante, o jacaré, o tamanduá, que eraO porta-bandeira, o macaco, o burro, etc.

No primeiro combate o partido domosquito soffreu séria derrota. O ta-manduá deu cabo de quasi todas for-migas, e os jacarés atacaram os gan-

"M M?

sos, patos, marrecos, etc, mas a águiavingou os mortos porque pegava nosjacarés, voava com elles e depois, dei-Xava-os cahir.

O "mosquito sem barriga'' tinhacomo aviões de guerra, os abutres e osgaviões, de dia; e de noite, os morce-gos, vagalumes e corujas.

Um dia o general decidiu fazer ala-que geral ás forças do inimigo.

O gallo, corneteiro-mór, annunchvao combal* e ao longe se ouviam asvozes dos grandes animaes.

Quem venceria?A batalha começou rudemente. A

águia carregava grandes pedras e doalto deixava-as cahir sobre o inimi-*o.

O elephante bateu-se bravamente, masum besouro obrigou-o a fugir. Mordeu-lhe a tromba e o eephante disparou. Obezouro voltou-se contra o gato, maseste com a pata jogou o bezouro nochão, morto.

O gato era terrivel! Matou o papa-ga:o, o gavião e arrancou um olho daáguia, mas uma pe*dra vinda do altoacabou com a sua bravura.

Paz ao heróe!Afinal o mosquito atirou-se ao leão,

a abelha enfitntou o burro, o macacomorreu de... medo ao ver uma ba-rata cascuda e todos os bichos fugiramperseguidos pele; maribondos.

No campo de batalha só ficaram lu-tando o burro e o leão.

O burj0( crivado de feridas, deu outimo suspiro, isto é, o ultimo zurro,e cahiu.

Nem teve tempo de fazer o testa-mento!

O mosquito entrou no ouvido do leãoe zunindo fez com que o animal serasgasse todo e arrancasse os olhos»matando-se.

Pae Adão, que chegava naquelle mo-mento, viu o caso e foi tomar um ca-fézinho.

De repente o gallo cantou:A victoria é nossa! O leão foi

vencido Viva o nosso general D. "Mos-quito sem barriga" !!!

Vivôôóóôôôôôô!O "mosquito sem barriga" retirou-

se com uma coroa de capim.

Eis a historia da guerra dos animaes,tempos depois imitada pelos homens.

AUGUSTO BARRE1R03(12 annos)

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11 — Fevereiro — 19.'] 1 -- 17 — O TICO-TICO

KaD-ZDQDDODOD^OD D^nDODOT (_&(-**"|E^iTAC P_Q__nA_. ESTÃO AvE.iLEVANÜO N' UMA DOBADOURA

\ D E __-.?__- O—X^A ..DA DIA TEMOJlOVID-VDE.

QUANDO euM_ CA^ARMinha MU-LHER. VAEM'ENSINAR

\e"ótac p_G)ueiMAs? estão ave. isso e traBalho^XA ,|li -VAMT.O N'UMA DOBAT)OURA DE MULHER.. £NTl_C-\Ny.\ / ^1

yD_i&<_rT?__-C-XPA. Váue-O A MUNHA FlLHA^ XX <y^\\ CADA DIA TEMO) Y Y"^ I >_}\ [0 W

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o JUJUBA- Pagina n. 4 - (FIM)

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O TICO-TICO - 20 — 11 — Fevereiro — 19.1

0 QUE NOS CONTA O VENTOO vento é tão alegre como uma

Creança. Já o têm visto correr peloscampos movendo o trigo, como on-das do mar? E' isto um baile dovento; mas elle não sâ dansa, tam-bem canta. Vão ouvir como elle can-ta agora na chaminé.1 "Zun!... zu!... ze, s... s...B...!" está elle a dizer. "Se nãohouvesse uns senhores muitos gra-ves, que usam uns chapéus com co-pas redondas que rodam pelas ruas,a vida na cidade era para mim umgrande aborrecimento. Todas asdistraeções e prazeres fugiram dascidades. Aqui ha cem annos nãohavia nada de que eu mais gostassedo que ir a soprar pelas ruas abaixo.Ivlas, então, as ruas eram uma ex-posição de quadros divertidos, maisque Iogares de commercio. Todasas casas tinham seu mostrador outaboleta. Havia a ritrine do alfaiatecheia de figurinos pintados de variascores e queriam mostrar que o ai-faite era capaz de transformar o ho-mem mais esfarrapado num elegan-te senhor; o barbeiro tinha por cimada porta um grande pau com umanavalha de madeira pendurada; pci-xes, chapéus, queijos, bolas, emfim,todas as cousas que se vendiam nacidade, se juntavam nas taboletas;« quando eu as fazia oscillar e aspunha a bater umas contra as ou-trás, produziam um barulho ensur-decedor.

Que momentos tão alegres e diver-tidos .passei eu uma noite que memetti pelos mostradores! Tinha ju-rado que me havia de divertir".

O vento calou-se por alguns mo-tnentos, dando em seguida um gri-to que fez estremecer a casa.

("Conto de Hans Andersen")

"Oh! como me lembro bem!" con-tinua elle a gritar pela chaminé.;"Era num dia em que os sapateirosse mudavam do antigo estabeleci-mento para o novo, levando comsi-go todos os mostradores e taboletas.Naquelles tempos, que já vão bemlonge, os sapateiros eram ricos e po-derosos e merecia a pena ver a pro-cissão que elles formavam. Tinhamum palhaço que abria a marcha, umafigura grotesca com a cara negra eum fato feito de retalhos. Toda agente ria com as chocarrices delle.Hoje já ninguém se diverte destamaneira. Atraz do palhaço ia a mu-sica seguida dos homens que leva-vam os estandartes e a grande ban-çleira de seda do grêmio dos sapa-teiros, enfeitada com uma grandebota preta."Subiu a um andaime, no qual ti-nha que af fixar um letreiro, o sa-pateiro que presidia á associação ecomeçou a discursar; mas o palhaço,que subiu atraz delle, fazia rir ásgargalhadas o publico, com os seuscômicos tregeitos. Quiz tambemtomar parte na brincadeira e come-cei a bater com as taboletas umasnas outras e o conferente desceu di-zendo: Não é possivel fazer-me ou-vir por causa do vento, mas vamosaf fixar um cartaz. E logo o presi-dente, o secretario, o próprio palha-ço abriram um grande rolo de papele começaram a garatujar a summu-Ia do que deveria ter sido o eloquen-te discurso do chefe do grêmio dasola e da sovela"."Decidi", continuou o vento a di-zer, "que o cartaz não se af fixasse.Soprei até que o avental do sapateirolhe tapasse os olhos; fiz cahir a es-cada e levei-lhe o chapéu. Por fimcansaram-se de lutar commigo e fo-ram-se todos andando para a suanova habitação para celebrarem obanquete".

O vento deu um salto, e proseguiuna sua historia:"Eu estava naquelie dia dispostoa fazer mal. Tendo conseguido di-vertir-me com os sapateiros, andavapelas ruas tentando novas proezas.,

Comecei a tirar os tectos das casasvelhas, mas ainda sentia vontade detentar peor."Continuei a fazer sirandar tudocom muita habilidade. Quando agente da cidade despertou, no diaseguinte, encontrou a taboleta doInstituto Histórico num salão de bi-lhares e o Instituto tinha lá, emtroca, um cartaz arrancado de umasylo para creanças creadas a bi-beron- Um bondoso carniceiro ti-nha na montra um gorro pintado.Depois mudei este para o outro ladoda rua para a casa onde morava umconselheiro avarento e espertalhãoque pretendia fazer-se passar porexcellente homem. Toda a popula-ção da cidade se riu, sobretudoquando viu a insignia que eu tinhaposto na varanda da casa dum juiz.A insignia não passava dum paucom uma navalha de madeira dumbarbeiro."Mas a partida mais original, con-tinuou) o vento em voz baixa, "foio que fiz a uma mulher que inven-tava grandes historias contra os seusvizinhos. Puz na casa delia um le-treiro que havia num solar abando-nado e que dizia: "Aqui

precisa-sede estrume".

"Foram dias alegres", suspirou ovento, "mas

que já não voltam; de-pois do que eu fiz nunca mais setornaram a usar aquelles mostrado-res e aquellas insignias; por minhacausa muitos se envergonharam doseu comportamento e muitos ho-mens nem queriam que se falasseem mim e nas minhas alegres tra-vessuras".

O vento acabou de falar na cha-mine e, dando um grito muito agu-do, foi-se embora.

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11 — Fevereiro — 1931 — 21 — O TICO-TICO

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Dom Gallião — 0 peru ambiciosoNaquelle recanto esquecido de

quintal, á sombra doce dc uma den-sa e rumorosa mangueira, viviamjá ha muitos mezes aquelles seisamigos.

Era Dona Zuca uma gallinha edo-6a e que de tão velha já perdera aipennas; tres frangotes taludos e vi-vazes; um pato rechoncliudo, ami-go das boas sopas, e o Leleco —•um pequeno marreco furta-cor, de-corativo e egoísta, passando quasio dia atufado na tina d'agua, queuma torneira, bem ali, perennemcii-te enchia.

Estava-se no verão e era bemagradável, na verdade, de sob aquel-Ia sombra amiga, ohar para o ter-reno enorme que o grande solabrangia todo, pondo scintillaçôesnos seixos, crestando até a gramaverde que teimava em rebentar pe-los recantos do muro.

De maneira que os seis amigos

passavam horas e horas deitadosem plena areia, gosando o morma-ço que lhes fechava as palpebras elhes amollecia as carnes, tranquillosc felizes.

E nenhuma vida lhes pudera serjnais amena do que aquella, naquet-Ia casa onde parecia haver um gran-de respeito pelo sacrifício dos ani-mães, pois que jamais se ouvirapara os lados da cozinha guinchopu grito de bicho em agonia.

A comida vinha farta e saborosa,duas vezes ao dia, num grande al-guidar quq a própria cozinheira —¦uma boa preta — trazia com ma-

Jteirag amaveji^ w

E ora era o milho louro comopepitas de ouro, ora o farello chei-roso, outras vezes mesmo o pirãode mandioca, o bagaço de coco demuita virtude nas moléstias de gar-ganta.

Isso com água em abundância eque, dc tão farta, trazia por vezesa imprevista descoberta de gordaminhoca sob a terra humida, erapositivamente uma vida de con-forto.

Certo que uma vez houvera pa-nico entre elles.

Fora quando a cozinheira, depoisde entregar-lhes a comida, se aba-terá inesperadamente sobre DonaZuca que — coitada 1 — entraranum berreiro de cortar o coração.

Mas, apenas abrira-lhe a pulso obico, passeara o dedo pela bocea da

prisioneira e logo a soltara, excla-mando:

— Ora essa! Estava pensando quetinha pevide!

Isso fora apenas um susto passa-geiro. Logo as coisas tinham re-entrado na sua pai antiga. Ali vi-via-se regaladamcnte.. Foi quaddo um bello dia, aoamanhecer, descobriram que haviamais um visitante. Era um tal DomGallião, um peru' enorme, tão gran-de que apesar de magro impunharespeito e humilhava.

Começou logo por não conversar,nem sequer olhar para ninguém.

E choveram os commcntarios:Não sympathiso nada com esse

sujeito! — murmurou com ura mu-

fhocho a Dona Zuca.j

Ao que o pato concordou: a nO-va figura tinha cara de malvada ede ambiciosa.

Foi preciso que chegasse a horada comida, para então se converterem certeza a suspeita de todos.

Posto o alguidar no chão, mal acozinheira dava as costas, Dom Gal-lião cahiu á larga na comida, quefoi um Deus nos acuda.

E tão rápido enchia a bocea e tãorápido engulia, que ao terminar aração todos se queixavam de fome.

Não parou, porém, ahi a indelica-deza do recem-vindo.

No outre dia, mais presto aindacahiu no alguidar e — oh! falta decivilidade! — entreu para elle esozinho devorou tudo.

O Leleco — que apesar de pe-queno era bem afoito — ainda icn-íou espichar o pescoço para aboca-nhar seu quinhão.

Mas logo sentiu cm plena cabeçao bico agudo do estrangeiro, e detal forma, que sahiu correndo paraa tina d'agua.,

Pegou d'ahi o martyrio.,Dom Gallião tornou-se em breves

dias o dono do terreiro. Avançavana comida, dava bicadas em todos etão obstinadamente fazia essas proe-zas que em duas semanas eslavatudo num estado dc causar dó.

A velha Dona Zuca tinha apenasa pelle e o osso. Os frangos nãolhe ficavam longe. E o pato. de né-dio que era, parecia só trazer a ar-nwção do esqueleto..

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O TICO-TICO — 22 — 11 — Fevereiro — 1931

Dom Gallião, esse é que se tor-nava cada vez mais gordo e maisforte. Suas pennas pretas tinhamagora um lustre que ninguém nun-ca lhe vira. Estava soberbamentevermelho.

Foi quando, certa manhã, em pie-na véspera de Natal, a cozinheiraappareceu, desta vez acompanhadade outra senhora.

E conversaram:Pois é como lhe digo, Dona

Maria. O Dom Gallião está-se ra-chando de gordo.

Então vamos assal-o paraamanhã.

Todos escutaram a sentença apa-vorados. E o pobre Dom Gallião.á voz de morrer, sonhava angustio-samcnte a altura do muro.

Mas logo se viu agarrado, arras-tado com uma violência que lhem-aguava as carnes.

Depois foi somente o secco amo-

O j -presente do papae-_3irL__io do céo

5TVlar da faca, no batente d acozinha.

— E logo:Onde está a garrafa do vina-

gre?Que é do prato para o sangue?

E logo vozes de creança:Eu quero o papo.Quem quer sou eu.

Cá fora, no terreiro, todos se en-treolhavam amedrontados. Ame-drontados somente, não. P'ra quenegar? Amedrontados e condoídos.

E Dona Zuca suspirou:Santo Deus! Já é não ter pie-dade.

No outro dia, em pleno depositode lixo, um frango abelhudo foi des-cobrir as pernas roxas do ambi-cioso Dom Gallião.

E então, a conselho de Dona Zuca,os seis amigos resolveram continuar.o regime da fome..

MORALIDADE:

O ambicioso nunca medrou-n.

E verdade, vóvózinha, que opapae do céo só gosta dos meninosbomzinhos ?

Sim, meu filho. E sempre quese approxima o dia de Natal, ellecolloca em. cada sapatinho dessesmeninos muitos presentes. Meu fi-lhinho, vae dormir que já são horas.Hoje é preciso que durmas cedo,porque é véspera de Natal.

Mas vóvózinha, a senhora nãodisse que o papae do céo é muitovelhinho e tem uma barba muitogrande, branca como a neve e umnariz vermelho e um sacco grande,que faz medo ás crianças?

Quando ellas não são boas, meufilhinho. Vem dormir que o papaedo céo te trará presentes.

Um silencio profundo reinou na-quella pobre casita do morro. Tudoparecia sorrir, ouvindo aquelle dia-logo.

O netinho dormia sempre sorrin-do, entreabrindo de vez em quandoos olhinhos azues muitos vivos,para fitar aquella estrella que fi-xava, talvez, para os seus fios decabellos louros agitados pela brisa.A avózinha sentada numa cadeiri-nha afagava o rostinho rosado donetinho e, cantava em voz doce:

"Dorme, dorme, meu filhinho,que a noite vem cahindo.Amanhã é Natal. E o velhinhote trará muitos brinquedos.

Anoitecia...

Emfim, surgiu a manhã radiosade Natal!

A natureza estava alegre, cheia dericos encantos. Os pássaros emsuave adejo passavam em bandos.

Na linda casita do morro, umavoz infantil resoava em gritinhosalegres e estridentes, como o pipilarde um passarinho. Era o netinhoque gritava prazenteiro, segurandoum livro nas mãozinhas e outrosbrinquedos e mostrava á avó:

Vóvózinha, olha aqui quantospresentes o papae do céo me deu:uma bola da cor do céo, uma caixade soldadinhos, um embrulho debiscoutos e um livro. Como elle ébomzinho, vovó.

Oh! meu santinho, eu nãodisse que elle só gosta dos meninosbons como tu? E' que sejas sem-pre bom como até agora. Este li-vro é de rara utilidade, meu neti-

_nho; quando fores maiorzinho, nelleestudarás. Foi por isso que o bom'velhinho o collocou nos teus sapa-tinhos.

E o netinho, beijava a avózinha esaltava alegremente, reoetindo sem-pre:

Como o papae do céo é bom!Ah! eu bem sabia que elle não eramauzinho para mim!

HUMBERTO BARREIROS

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11 — Fevereiro — 1931 -23 — O TICO-TICO

E RCADOR DE TAPETESExistiu em Bagdad, ha muitos annos,

um afamado fabricante de tapetes, co-nhecido como o melhor tecelão do reino.

Não havia quem não admirasse asmagnificas alcatifas espelhadas no inte-rior da loja, onde recebia diariamentemnumeros pedidos de tão lindos obje-ctos. Não obstante ser immensamenterico. Ibrahim, o mercador de tapetes,levava uma vida miserável, tal era a suaavareza. Os preços -que cobrava erampara exhaurir as mais ricas bolsas dologar.

Certa manhã, quando se occupava emtecer uma linda alcatifa, appareceu áporta de sua casa um negrinho, ricamen-te vestido, trazendo pelas rédeas urnlindo cavallo magnificamente ajaezado.

Venho da parte de meu amo. oprincipe Badi-Kalou-Louch! — exclamouo recemvindoi inclinando-se com res-peito.

Em que posso servir o vosso illus-tre amo? — interrogou o fabricante detapetes, cujos olhos começaram a bri-lhar de cubiça.

Sua Alteza deseja um tapete dsouro com a bainha de brilhantes, tendodesenhos de rubis e saphiras. Ha de terquatro metros de comprimento e doisde largura, nem mais, nem menos umcentimetro, comprehendestes?

Perfeitamente, mas para quandodevo fazel-o?

Para o fim da semana, se for pos-•ivel.

Tel-o-eis, nesse prazo e garantoque Sua Alteza ficará satisfeito com otrabalho do seu servo.

O negrinho fez uma reverencia, mon-tou no animal e desappareceu.

Mal se sumira o enviado do principe.Ibrahim começou a saltar de contenta-mento, emquanto exclamava:

Meu caro principezinho, não miescaparás. E' verdade que o tapete mecustará quasi toda a fortuna, para fa-brical-o, mas não importa; hei de co-brar-te dez vezes mais o que elle valer.

Feitos esses cálculos, o mercadorprincipiou a tecer o tapete. Todo de ourocom bainha e desenhos de pedras: pre-ciosas, não podia haver cousa mais linda.

O material fora pago com as riquezas«le Ibrahim, sobrando-lhe apenas algumasmoedas, o bastante para não morrer defome.

Chegou o dia marcado e o negrinholá voltou novamente.

Sua Alteza, o principe Badi-Kalou-Louch, mandou buscar o tapete que hadias vos encommendei.

Está prompto 1 — exclamou Ibra-nim descobrindo um riquíssimo tapete,coberto por uma mantilha de seda eque seria, talvez, a oitava maravilha domundo.

O reflexo das pedrarias feriu o»olhos do negrinho que precisou conser-v&l-os fechados.

Sua Alteza deseja também saber?m quanto ficou.

Oh, quanto a Isso, o principe nãoterá de te queixar. Peço apenas duas mil

moedas de ouro, dez camelos e vintepeças de seda de Damasco.

Bem, é para mandar receber ásduas horas da tarde no palácio do meuamo.

Onde mora Sua Alteza?Mora na praça Debi-Kem-Iran.Debi-Kem-Iran! — exclamou o

mercador tomando nota. Lá estarei ásduas horas.

O negrinho pegou no tapete, pol-o aohombro e sahiu.

Perto das duas horas, Ibrahim atra-vessava a praça principal da cidade,quando viu um velhote sentado numbanco, com as pernas cruzadas, fumandonarghilé. Dirigiu-se para elle e pergun-tou:

Bom velho, poderia informar-meonde fica a praça Debi-Kem-Iran na qualmora o principe Badi-Kalou-Louch?

— Hein?! Praça Debi-Kem-Iran, on-de mora o principe Badi-Kalou-Louch?_ exclamou o ancião dando uma gar-galhada. Meu filho, estudei certo dia-lecto de uma lingua antiga da qual fa-zem parte essas palavras e por isso tepoderei dizer o significado dellas: Debi-Kem-Iran, nesse dialecto quer dizer"Que não existe", Badi-Kalou-Louch namesma lingua significa "Sem Dinheiro".Portanto o que procuras é a Praça QueNão Existe onde reside o Principe SemDinheiro.

O mercador teve um ataque de ner-vos. Voltou para a sua casa e juroununca mais attender freguezes que man-dassem fazer tapetes de ouro com bainhada brilhantes e recamados de pedraspreciosas.

Wilson João NistL

PRESENÇA DE ESPIRITO

Daniel Webster, celebre estadistaamericano, era de um estouvamento tão

grande como a presença de espirito de

que era dotado. No dia em que entrou

para a escola, começou por derramar o

tinteiro de sua carteira, o que lhe valeu

a ameaça de dez bolos de palmatória.

— Que mão suja ! — exclamou o

mestre. Se não encontrardes nesta au'a

uma outra tâo suja como a vossa,

sereis punido ainda mais severamente ! Está aqui uma! — declarou lo;j;o

Daniel, alçando a outra mão, muito

mais suja do que a primeira.

m"ym""""I

Envergonhado, o menino estendeu amão suja de tinta á palmatória do

mestre para receber o castiga

O mestre não poude reprimir o riso e

perdoou o castigo que ia Infligir a Da-niel que, dahi por deante, se tornou me-

nos estouvado e ainda mais estudiso.

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O TICO-TICO — 24 — 11 — Fevereiro 193J

O BERÇO D Ev As primeiras estrellas appare-

ciam no céo quando um clarãoforte e deslumbrante illuminou osapé de uma choupana solitária.

Era um cometa. Após curtoestacionamento sobre a humildecasinha, principiou a s u a marchalenta e graciosa sobre outras casas,habitadas por pastores e campone-zes.

Onde batiam os raios daquellemagnífico cometa, cegava, por ai-guns momentos, quem quer queolhasse para elle.

Os pastores sahiram de suascasas e" acompanharam o cometa.

Diversos lavradores estavam des-cançando em torno de uma foguei-ra, ás margens do Jordão, no mo-mento em que a estrella passou so-bre elles e fez brilhar seus reflexosprateados sobre o dorso do rio. To-mados d e uma grande alegria,cahiram de joelhos e murmuraram:

— Salve, Jesus de Nazareth ISubitamente, um anjo, rompen-

do as alturas, desceu á terra e apre-sentou em face dos homens umpergaminho onde estavam gravadasas seguintes palavras : — "GLO-

RIA IN EXCELSIS DEO".O anjo" faliou :— Acompanhae a estrella, que

vos conduzirá á humilde cocheiraonde acaba de nascer o Salvador.Quem dentre vós for coxo ou ator-mentado por mau espirito toquecom as mãos o berço em que re-pousa o Menino Jesus, e se curarádo mal.

Dizendo isto, o anjo desapare-ceu.

Os lavradores ergueram-se ecorreram apressadamente para acasa de um velho pastor, privadode andar por ser paralytico de am-

bas as pernas. Quando lhes foiaberta a porta, os homens ajoelha-ram-se diante do ancião e excla-maram :

— Bondoso Ismael, chegou avez de se extinguirem os teus sof-frimentos. O anjo do Senhor indi-cou-nos a morada do Menino Jesus,onde recuperarás o vigor das per-nas. Tocarás com as mãos o leitoem que elle repousa e verás comohas de voltar sem nosso auxilio.

Os lavradores sahiram da chou-pana, sobre a qual o cometa pare-cia esperal-os e continuaram a an-dar, levando o paralytico nos hora-bros.

A estrella parou de repente e osviandantes viram que se achavamperto de Belém. Mais adeante, osraios penetraram numa cocheiraonde já havia vários pastoresajoelhados. Ao transporem a enor-me massa de ovelhas que cercava acocheira, pararam deslumbrados. No

PALHAinterior, haviam visto o Menino Je-sus, deitado sobre um bercinho depalha, a sorrir aos visitantes.

De um lado achava-se a Vir-gem Santíssima e, do outro, José, ocarpinteiro. Nos fundos estavam ojumentinho e a vacca que espera-vam a hora em que o Menino Je-sus sentisse frio, para aquecel-ocom seus hálitos quentes.

O paralytico foi conduzido atéao berço e ajoelhou-se diante delle..Nesse instante, a sua mão tocou amadeira que sustentava a palha eseus lábios pousaram sobre os pezi-nhos avelludados do Nazareno, de-positando nelles um caridoso os-culo.

E o Menino Jesus, na sua extre-ma bondade, fez vir o vigor dosmembros do pobre velhinho, quevoltou feliz á sua cabana..

WILSON JOÃO NISTI

Pei »r^^-^'^'^**iv-t-'*<t*'** V\\B_r«5F \.% " ' >——*>

O livro das senhorinhas — CiNBAJRTB-ALBVM.

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11 *- Fevereiro — lOíll

As floresComo são lindas as floresQue perfumam a atmosphcraExhalando os seus odoresNas manhãs de Primavera 1

Umas fttteis e menoresPossuem menos valor,Outras lindas e maioresExhalam melhor odor.

Rosas, cravos e jasmins,Hortencias e violetas,Adornam os bons jardinsOnde adejam borboletas

Como são lindas as floresSaudáveis e perfumadasQue exhalam os seus odoresNas alegres madrugadas I

Umas enfeitam a vida,Outras enfeitavam a morte:Todas têm a sua lida,.Todas têm a sua sorte!...

NÉCA.

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AnoitecerNuvens qtie passam corrrendo...E as estrellinhas tremeiitcsVão no céo apparecendo.Nuvens que passam correndo...

O sol formoso se escondePor traz das verdes collinasEscurecendo as campinas,O sol formoso se esconde.

Sem os seus beijos tão quentes.As lindas, roxas boninasVão aos poucos se inclinando;Sem os seus beijos tão quentes.

A noite desce afinal.Envolve a terra em seu véo.A lua surge no céo,A noite desce afinal.

Yolanda Barros Freire

— 25 —

A QRAÚNA

Eu sou um passarinho que mechamo grauna. Tambem sou muitocantador.

Nasci no Ceará, un>a terra dosverdes mares bravios.

Minha mãe era uma velha grauna.Boa e carinhosa mãe. Ella ia embusca do nosso alimento, todo osdias.

Éramos cinco irmãos, e eu o maisvelho. Um bello dia nossa querida

mãe sahiu, e... não voltou á horado costume. Mas... quando a luadesappareceu , e o sol começou a bri -Jhar, que scena triste eu vi. Imagi-nem... era minha mãezinha quasiexhausta!... vinha com uma asaferida.

Ella disse-nos que foi um perver-so capador que lhe disparara um tiroquando apareceu uma minhoca queella estava apanhando. Mas nãoacertou esse tiro, dando outro queme feriu esta asa.

Depois de alguns dias, morreu mi-nha mãe. E antes de morrer disse-me que tomasse bem couta dos meusquatro irmãozinhos.

Um bello dia, quando o sol appa-receu no horizonte, meus irmãosque -já estavam crescidos, sahiramem busca da felicidade.

Um menino matou-os a todos,menos a mim.

Passando por uma bella fazenda«rn lavrador apanhou-me e encer-rou-me dentro de uma malditagaiola.

Longe de um ninho, que com tan-to amor eu fiz um dia.

Passei tres annos encerrada namaldita gaiola.

Um dia sonhei que estava em li-berdade. Os mattos, os rios, tudoparecia que nw falava: — Como tuéa feliz 1

Quando acordei, e mc vi na mal-dita gaiola, pensei que não haviapássaro mais infeliz do que eu! Masno mesmo instante abriu-se a gaiolae eu fugi e fui para os verdes mat-tos onde sempre feliz vivi até aniülte: RITA

BERGEB(io annos)

.*•

O TICO-TICO

zSfiaüazs,NOITE DE NATAL

Noite de Natal... Quanta venturacheia de encantos. Noite singela e

t pura,que vive na alma de sonhos infantis,saudosa. Noite dos corações varonis;pequeninos, encerra com suave pu-

[ reza,dos pobrezinhos dolentes, amável

[ singeleza-. .|Noite... Collocas na alma límpida,

[ em flor,da creança, como presente, a inno-

[cencia e o amorNoite de Natal... Noite dc Jesus

[ de Menino.:Beijas, sorridente, o rosto rosado é

[ finode um entezinho que sorri, olhando

[ o infinito,ouvindo o tocar do sino, ainda tão

[ pequenito.iBeijo scintillante como flor de ar-

[ minho,guardo no fundo bom de um en-

[ cantado cofrezinho,que tem o nome santo de — Cora-

[ ção de Jesus.iNatal!... Noite sublime, que reluzos sapatinhos, cheios de jóias do

[ coração,do amado Menino Jesus. Santa

[ nomeação.,

Humberto Barreiros(Bcrtinho)

O VALENTE

Eazendo grande alarido,Oordanchudo felinoEncontra os companheiros reunido!Oue lhe dizem: — "E's mofino.Que foi isso, mestre gato?Estás todo inchadoBem picado

t-m "Mas tenho o orgulho innato— Pois venci a peleja encarniçada,Bcsponde altivo o gato,E era cada dentada!"-— "Era talvez um molosso,"Pergunla a gafaria.,Tu és então um colosso,E fazem uma gritariaTodo mundo erraNenhum acertou, nenhum sô,Os mosquitos mc fizeram guerraE eu os reduzi a pó.

Augusto Barreiro»,12 annoi

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O TICO-TICO - 26 — 11 — Fevereiro — 1931

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(DESENHOS DE WALT DISNEY E U. B IWERKS. EXCLUSIVIDADE PARA"0 TICO- TICO'. EM TODO O BRASIL)

— Tenho uma surpresa para você!mm o Ratinho Curioso e a Macaquitaváo chegar ahi)

E, de facto, Ratinho Curioso e aMacaquita iam chegar de aeroplano.

Durante o vôo, o aeroplano fez..^

viu-! t)Wi —c^A^»

,r»-.vários loopings e só nâo cahiu de..,

..preguiça, lambem os aviadores eramíximios na arte de dirigir mal aeropla-nos.

Quando o aeroplano tocou o solo,houve um alvoroço na casa do casalBurral.

Todos correram para ver o giganteide aço que acabava de aterrissar e fica».' ram surpresos quando viram.,tj.

^.saltar do aeroplano o tio Tobias em companhia de RatinhoCurioso e da Macaquita. Toda a familia Burral veiu receber os des-temidos aviadores.

|*«-''*''•; -O» r *-\a4 \\ 'aíklU

Ratinho Curioso e Macaquita agradece-)ram ao velho tio a bravura e a dedicação quedemonstrou .-rv,

f^. durante o vôo e ainda segiam, corNS^fô -.-- ^ liA;'¦¦" ¦¦¦¦' ¦-¦¦-¦—.-a— i^TT—

.adeus e gritando. Mas, era meio.rendo, o avião que se e.evava nos are, £ «^¦^ ^ trT„co de* S„q

um.-

-.porco que os deitou por ter»

(Contínúf)

O MAIOR ENCANTO DAS CREANÇAS - M.MÂ1ÍACH UlÀTICO-TICO PARA HJJ

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11 — Fevereiro — 1931 27 O TICO-TICO

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tmaW^mamamr9^^^^ 1 I t4m\mW^' *.^B aB»^»» !¦# ^aflaVaV T*BaY aiVfcav j m^^M sà*/dÈ BTiB C kw W *B ^m

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P-aaSBaVaVaT^Bk^. ' .^m^CmW

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ASPECTO DA CHE-

GADA A S. PAULO

DO ALMANACH DO

"0 TICO-TICO"

0 CORCOVADO,PAO DE ASSUCARE ENTRADADA BAHIADO RIODE JANEIRO.

JattaL. af^aW

Ha«BaL"i>> ?

Tm\J0^*W^m». í^ ' Ti

Jm ÀamW aH r * * ^C^B^^BEflafl^H'XmWÂamW ¦

ifi^BvE&VlOK!

O Almanach dn "')

Tico-Ticn" para 1931constituiu verdadeirosuccesso para as crean-ças. Na photographiaacima vô-se u chegadade muitos milharei*dessa publicação á es-tação do Norte, em

São Paulo.

OS BAIRROSDE

BOTAFOGO,'PRAIA

VERMELHA EURCA.

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o TICO-TICO 11 — Fevereiro — 193128

/// i *¦ ¦¦ N^. /&"¦

/// * __a \\\ Carlos 11'^^^Íc.'^HI Monteiro.

III II — Pennapolis. \

Vv*v j^^««———»¦———————<—M—._ i . ii,i_. ¦¦ _.___— mLmmw mr **** ><—. _¦»¦N\\ ^r^^mmmmmmmmmmuuuwmmm*mmmmmmmmmmmm*^mmmmmm^mmmmmmmmmmmmmm^mmmmmmmmmmmmm I

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>Er j&i4&ÊÊ*ÊÊ0tt' ^?%É Im» C -iw ZZ-3

¦^^-j^i Nossos amiMos

Circe Cabral de Mello.— Rio. —

Maria Cecília, Octavinho e WilmaTherezinha. — Catanduva. —

/•"ir— *>

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^mlmB" ^^mm^^ ^^^^^^^m\f,——~- •' •-m^mwr ^mmmmmwwl

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___L ^-"Ç-WS-fl-fT i^_E___L ^^H PlPv ____H_r } —¦ SÀmm T7 ¦

.Renato Vianna.— Rio. — Léa Lambertini.

— Rio. —

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Ü — Fevereiro ;- 1ÍKÍ1 — 29-. O TICO-TICO

Grande Concurso de Sito João ti' D TicoSeu apparccimento — As condições do concurso — O encerramento — A

relação dos 50 prêmios que serão distribuídos em sorteio.

Tico

A alegria que hoje invade a redacção d'0 Tico-Ticoé perfeitamente justificável pois, apesar de não pequenoesforço, consegue este genuíno semanário das creançasofferecer aos seus queridos leitores, mais um grande con-curso extraordinário, com um conjuncto magnifxo decincoenta valiosissimos prêmios.

O interesse que tem despertado entre os nossos leitoresos "certamens" extraordinários nos.leva á convicção de queo "Grande Concurso de São João", será coroado do me-lhpr êxito e outro não é o desejo desta redacção, pois, seráassim correspondida no seu grande esforço e boa-vontade.

A SOLUÇÃO

Carrapicho, o valente e querido personagem d'0 Tico-Tico, teve a gentileza de offerecer a sua "carantonha" aosorganizadores do "Concurso de São João" e permittiu,tambem, — o que muito nos desvanece, que a recortássemosem doze fracções, para então, ser reconstituída conveniente-mente, formando, assim, a solução deste concurso.

No próximo numero, portanto, apparecerà uma fracçãodo" retrato de Carrapicho trazendo a letra A, que deveráser collada na Letra A do tnappa.

Serão publicadas doze fracções e todas levam umaletra, de A a L e que deverão ser collocadas com o maiorcuidado, á proporção que forem sendo publicadas, nocompetente

MAPPA

0 qual vaé publicado mais adeante, numa pagina. O pri-meiro cuidado do concorrente será, pois, o de tirar d'0 Tico-Tico esse mapp*, guardando-o cuidadosamente e collandonelle os deze fragmentos e depois de recomposto o retratodo velho Carrapicho, preencher convenientemente o espaçoabaixo com o nome e residência bem legiveis.

AS CONDIÇÕES•

Qualquer leitor poderá concorrer ao Grande Concursode São JoCia, (não precisa ser assignante) com uma oumais soluções, desde que preencha rigorosamente as for-malidades acima exigidas.

Só entrarão em sorteio as soluções certas e que contenhambem legiveis, no logar competente do mappa, 0 nome e rc-Bidcncia, tudo por extenso.

O ENCERRAMENTO

O "Grande Concurso de São João" será encerradoimpiorogave'mente no dia 10 de Junho. De 6 de Maio,data em que sahirá a ultima fracção (Letra L). até 10 deJunho, data do encerramento, terá o concurrente tempode sobra para enviar os seus "mappas".

OS PRFMIOS

Publicamos abaixo a relação dns magníficos 50 pre-mios que serão distribuídos cm sorteio publico, na ordemseguinte

1» PRÊMIOUMA niCYCLETTA

Solida o elegante bicyclctta do afamado fabricante

Peugeout, constitue o Io prêmio deste concurso e Ô offer-ta da Casa Isnard & Cia., & rua Evaristo da Veiga. 20.i

8* PRÊMIOUMA CARTEIRA ESCOLAR

Rico movei próprio para menino ou menina estudar,tflgno de figurar em qualquer sala. Com graduação ne-fcessaria para a altura de qualquer menino.

8" PRÊMIOUM AUTOMÓVEL

Luxuosíssimo automóvel com fortes pneus, è todoequipamento do um carro moderno, tendo mais de ummetro de comprimento.

ií PRÊMIOUM AUTOMÓVEL

Tambem este automóvel ó Ue acabamento impecca-vel, enrrosserie em tinta esmalte com frisos de cores va-riadaa.

6° PRÊMIOUMA liONKCA

' Linda boneca ricamente vestida, com quasi setenta' centímetros de comprimento.

6" PRÊMIOUMA BONECA

Elegante boneca de cerca do «0 centímetros oo com-orlmento.

7» PRÊMIOUM RKMA-EKMA

Magnífico prêmio este, golldamento confecclonadn 3

um optlmo vehiculo para a. pratica do spoit.

B« PRE M I OUM REMA - lllíMA

Igual ao 7o prêmio.

D* PRÊMIOUM VELOCÍPEDE

De grande tamanho, rodas de borracha e de granaeresistência.

10» PRÊMIOUM VELOCÍPEDE

Igual ao prcmlo anterior.

11» PRÊMIOTOT-IHCK

Crlnquodo moderno e resistente, onde o menlne Mdiverte e cultiva o physico. A nrninção ó em for-f. batido.

pintado em esmalte com desenhos e filíos.

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O TICO-TICO — 30 — 11 — Fevereiro — 1931

12° PREMIOUM TOT-15ICK

Igual ao premio anterior.

13° PREMIOUMA PATINETTE

Este magnífico premio é em ferro batido com chapablindada e cravada. Descanso: — Em vergahão de ferro.Rodas: — Blindadas em ferro, com pintura em esmalteazul e com boi racha massiça. Acabamento: Em pin-tura a esmalte vermelho, cabo de madeira, envcriiizada e«om rebites fcoleadoa.

14» PREMIOUMA PATINETTE

Igual ao premio anterior.

15» PREMIOUMA PATINETTE

Igual ao premio 13».

1G° PREMIOUMA PAT1XETTE

Igual ao premio 13°.

17» PRE li 1 OUM CAMINHÃO

Interessantíssimo brinquedo com cerca de 65 centl-metros de comprimento por 20 de altura. A rjrnwniLj éde ferro movei com rodas blindadas e borracha mas.iça.

18o PREMIOUM CAMINHÃO

Igual ao premio anterior

19° PREMIOUM CAMINHÃO

Igual ao 17° premio.20' PREMIO

UM CAMINHÃO' Igual ao 17" premio.

21o PREMIOUM CAMINHÃO

Igual ao 17° pri mio.

22o PREMIOUM CAMINHÃO

Igual ao 17o p-emio.

23o PREMIOUMA CADEIRINHA "GIGOLETTE"

Original brinquedo para menino ou menina, emterro batido, assento de madeira, encostos lateraès deíerro, com estribo de madeira forrado a lona e guarneei-do com folha-espelho, pintada em rosa com frisos azues.variando segundo o numero de ordem, sempre obed.eea-do a uuances admiravelmente harmonizadas.

24° PREMIOUMA CADEIRINHA "GIGOLETTE"

Igual ao premio anterior.

25- PREMIOUMA CADEIRINHA "GIGOLETTE"

Igual ao 23° premio.

26" PREMIOCARRINHO COM CESTA PARA BONECA

Delicado brinquedo artisticamente confeccionado, for-*_do o carrinho com tecido finíssimo «a de cores variadas •

27" PREMIOCARRINHO COM CESTA PARA BONECA

Igual ao Die mio 26*.

_S° PREMIO

CARRINHO COM CESTA PARA BOM. .Igual ao 26° premio.

29° PREMIOUMA ASSIGNATURA ANNUAL DE "PARA TODOS...'-

Semanário da elegância, lido em todo o Brasil.

30" PREMIOUMA ASSIGNATURA SEMESTRAL DE "PARA

TODOS.."

.1» PREMIOUMA ASSIGNATURA ANNUAL D'" O TICO-TICO"

ó>> PREMIOLMA ASS1GNATLRA ANNUAL D'"O TICO-TICO"

33° PREMIOLMA ASSIGNATURA SEMESTRAL D""0 TICO-TICO"

34* PREMIOUM ÁLBUM CINEARTE PARA 1931

Luxuoso annuario cinematographico, contendo retra-tos de todos os artistas de cinema, impressão em finíssimopapel -couenó. em irichromias, doubiés e rotogravura.

-&• PREMIOUM ÁLBUM CINKAHTR

_6o PREMIUUM ÁLBUM ClNEAI.Ii.

.7° PREMIOUM ALMANACH D'"0 TICO-TICO" PARA ll)_tA bibliotheca infantil que as creanças brasileiras

tel. rum.38- PREMIO

ALMANACH D'"0 TICO-TICO"

33° PREMIO"•

UM ALMANACH D""0 THO-TICO"

40° PREMIO• UM ALMANACH D'"0 TICO-TICO"

41° P R E M 1 OMIL E UMA NOITES

42-> PREMIOA MENINA DO NARIZINHO ARREBITADO

43o PREMIOJECA TATU-IXIIO

44o PREMIOO IRMÃO DE P1NOCHIO

45° PREMIOOS TRÊS MOSQUETEIROS DE PAU

Os cinco livros que constituem estes cinco prêmios«ao luxuosamente encadernados e artisticamente Mus-trados.46* PREMIO

UMA CAIXA DE SABONETES "OL1VAX"Finíssimos sabonetes deliciosamente perfumadoa, eacendicionados em artistica caixa.

47° PREMIOUMA CAIXA DE SABONETES "OLIVAN'*

48» PRE M I OUMA CAIXA DE SABONETES "OLIVAN*»

49* PREMIOUMA CAIXA DE SABONETES "OLIVAN"

50* PREMIODMA CAIXA DE SABONETES "OLIVAN'»

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11 __ fevereiro — 1!).'51 31 -. O TICO-TICO

KnnnininnHiii:iiiiiBiwiiiiHnniiiiiiiiiiiiiHiiHiuiiHiiii:nnn.níi;iUHUiiiiiiiiiiiiii»nimnn-n:iimiininiiiiiriHiiiiii^ in>iiitiiiiiuiiiiuini) i

ÇRftflDE CONCURSO PE5fl'0 JOÃO PO TICO-TICO

( M A P F> -A)

NOME DO CONCORRENTE

RUA

CIDADE ESTADO.

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_— .^^^hm. ^— i — -^—^—^——^i i a—ai—— —

ESTE CONCURSO SERÁ ENCERRADO NO DIA 10 DE .11 MIO l\V. 19.11i-"c l'U»in - ¦

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O TICO-TICO p- 32 — 11 — Fevereiro -. 1931

Alguns dos magnificos prêmios que serãodisfribmdos no Concurso de São João

<-.— ___ _f__4_o. ^" *-^ ^£— -'"'Io prêmio — Bicycletta Peugeot /// 2. prêmio — Carteira eccc'ar

i .f^. i2^ i^- (8 ^" Premi° — Patinette

. ^^>>j^ ==tT f 5____?2_24° prêmio — Cadeirinha ]? J) 'P^T^ ,<¦

'g0 e e (í&RÊ)

lã 12° prcmio — Caminhão

7" prêmio — Rcma-Rema *> \ J j -__^^_3

^T^^^- jaTi—-4_ <==^^_-^__-^^^^^l H _l . ___?__ ^* !*re™° ~ Carrinho com cesta para|/Xfy—'- ¦ ^^~^^^^__g/_ '— —-.—ig> boneca

3o prêmio — Automóvel

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11 — Fevereiro — lüol — 33 —¦ 0 TICO-TICO

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f**àm

RESULTADO DO CONCURSON. 3.511

Solucionistas: — Julieta C. de Sou-za, Sylvio Marques Guimarães, OcildaCardoso, Theopompo Johson, Theo-crito Johnson, Helia da Fonseca Ro-drigues Lopes, José Benitorio. JobVisetti, Rubem Dias Leal. . MariliaDias Leal, Vinicio D'Ângelo Casta-nheira, Oswaldo Cavalheiro, AdaJiyrSiqueira Mendes, Romeu FernandesFilho, Carmen Maria, Gerber SerpaOliveira, Leny Carneiro de Sá, Hay-deméa Falcão, José da Silva Man-gualde, Arlette Maria Ramos, Felis-berto Alkmin, Ângelo Braga, OdilonDuarte da Silveira Dutra, Edmir Vas-concellos Teixeira, Paulo Afíor.so,Va'entim Alves, Hilda de Souza Na-polts, Marina Vaz de Lima. MariaHelena Cruz Gurgel, Jorge Q. Dutrada Fonseca, Alvayr Braga Esteves,Edmundo Sodré da Rosa, Attilio Eu-gênio Monteiro de Barros, Rodo valhoRego Souto, Paulo Motta. Alda Dal-maso, Maria Angélica Faria, HélioAcquarone, Maria Helena de Mei-rclles, Antônio Padovani, Lúcio Pe-droso dc Moura, Nadyr Pinho Alvesdo Valle, Maria de Lourdes BeltrãoEspinheira da Costa, Beatriz Viannade Vasconcellos, Joaquim de Almeida,Fernando Mendonça de Freitas, Re-nato Tourinho Dantas, João CarlosTourinho Dantas, Irecê de Oliveira,Francisco Fernandes de Oliveira, JoséIltlefonso Barbosa, Milton Lima Ne-ves, Walter dos Santos, Mario Silva,José de Araújo Pinheiro, EuniceAmaral, Antônio Bittencourt de Paula,João Pagano, Aldo W. V. da Rosa,Benito de Domenico, Cecilia A. Lima

PÍLULAS

JtPILULAS DE PAPAINA E POlX>tHYLINA)

Empregadas com successo nas moles-tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pilulas, além de tônicas, são indi-cadas nas dyspepsias, dores du cabeça,moléstias do figado e prisão de ventre.São um poderoso digestivo e regulari-zador das funeções gastro-intestinass.

A' venda em todas as pharmacias.Depositários: Joio Baptista da Fonseca.Rua Acre, 38 — Vidro 2$50ü, pelo cor-reio 3?000 — Rio de Janeiro.

Figueiredo, Cyro Azevedo Araújo, GilAzevedo Araújo, Ni'da Posada, Affon-so Henriques Ferrão de Siqueira, JoãoBoffino, Waídyr Pinto de Carvalho,Júlio Villani, Ivan Noronha, WlanderNoronha, Paulo Antônio Ribeiro Fra-ga, Yvette Saldanha, Bruno Schipon-ni, Luiz Andrél Ribeiro de Oliveira,Egmar de Almeida Pacca, EdgardMoura da Silva Júnior, Maria Ca-margo, Levino de Souza, Mario daConceição, Antônio Pimentel Diniz.,Muriílo da Costa Jones, José VVeks-ber, Adevaldo Cardoso Botto de Bar-ros, Antônio de Medeiros, Sa'vadorPezzini, João Carvalho, Maria AuroraSanta Cruz de Araújo, Adelnio Mau-ricio Botto de Barros, Alberto José C.Faria, Ozéas da Costa Felix, MarioAlberto de Souza, José Mauricio Car-doso Botto de Barros, Francisco Can-dido Pereira Netto, Maria de Lour-des Costa Rego, Fernando Paulo Si-

|.VAVííAV^A1AWAÍVWftfAWJVÍ*f

£ Que remedio usa contra J

ji DOR DE DENTE? JPrefira sempre ?

| CERA Dr. Lustosa jmas Magalhães, Harry GuimarãesCova, Aldemar de Souza Victorino.Roselio de Azevedo, Gastao RodriguesFilho, Nylza Varella, Sônia Rodri-gttes, José Luiz Castellar, FernandoOctavio da Costa, Luiz A'exandre S.Stockler, José Joaquim Calmon dePassos, Ayrton Pires Loureiro, Lou-rival Alves dos Santos, Auristella daCosta Ferreira, Maria de LourdesOliveira, Paulo Xavier Baptista, Joa-quim Isabulsi, EUlah Duarte, EnioDoiningtics da Silva, Álvaro C. deLacerda, Ida Do Couto, Aidil BarrosTrindade. Kake Tacla, Anna Silva,José Ananias dc Almeida Gama, HélioLiras. Libetti Lopes de Oliveira,Agnaldo Cerqueira .Morena Sampaio,Marina Trapani, Danlou Pescadinha,Dccio M. Coutinho, Fredimio Trolia,Ludtna Trotta, Carlos Gomes de Fa-ria, Elza Sérgio Ferreira, Léa dosSantos Durão, MuriPo Beltrão Pon-tes, Mario Affonso de Oliveira, SylvioAraújo, Jayme C. Vianna, Annita Ne-ves, Paulo Sotitto Mayor, AmariVs B.da Conceição, Alberto Frederico Mon-teiro de Barros, Antônio de PaulaVieira, Jo;';o Baptista, Hebe Nasci-mento, José Gayta, Ottilia M. Stieb'cr,

Mauricio Carrilho, Edne Esper, Moa-cyr Lisboa, Odilia Vieira, Lia Bilo-chini, João Jorge de Barros, NagibJabali, Léa Lacerda, Helena FreitasMonteiro, Antônio Laercio Dias, Mar-tha Felicio dos Santos, Léa SylviaFreire, Mario Ilercilio Costa, Glau-

*ce Dutra Kleim, José da Cruz Vi-da', Neisc Ribeiro Guerra, João Ba-ptista de Vasconcellos Torres, AntônioTorres da Luz, Ruth Augusta Coelho,Waídyr Vil'as Boas, Roberto Rocha,Leonidas Ramos Belém, Elza WilchesMaria do Carmo Carneiro Werneck,Armi n d a de Oliveira, DylsonBaptista Drummond, Decio MonteiroSantos,, Ayrton Sá dos Santos, Epi-tacio Alexandre das Neves, Jairo Pom-bo do Amaral, Almira Isabel Bezerra,Olavo Jayme de Andrade, Juarez G.Ferreira, Alfredo Coutinho Coelho,Cyr0 Raymundo de Freitas.

Foi premiada com um interessante

e valioso brinquedo a menina HAY-

DMfiA FALCÃO, de 9 annos de i<ia-

de, .residente á rua Marechal Jardim.58 — Penha — nesta capital.

RESULTADO DO CONCURSON. 3.516

Respostas certas:

]a — nia, lia, mia, pia e tia. ,2* — Pedro-pedra.3" — Rio.4* — Sophia.5* — Roma-aiiior.

ioliicitmtstas: — Murillo Beltrlo **•*»¦

tes, Jorge A. Lima Figueiredo, Nau

PROVE-.- VEJA O EFFEITO...E ACONSELHE A TODOS...

GUARANÁ'... dos INDIOS em "PO F.FFF.R*VI K ENTE"... é o Elixir de LongaViila! cm K"frcscos deliciosos; a me-rios de tostão! Frasco grande: 250gramt, pelo Correio 12$000 Cada manhã1usar o "CHA s. GERMANO" paraqualquer doença: Estômago, Fig ido.Rir li Intestinos.. .

Total pelo Correio 15J000. A vendanas drogarias

Depositário Eduardo SuccnaMEDICINA POPULAR & NA-

TURISMO

RUAS. JOSÉ 23 —RIO

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O TICO-TICO «- 34 - 11 — Fevereiro — 13-1

Tá ve__c_o, ma-mâes-iiha ....

_t_—s_( ^_^á-£l*j"Quanta criança fica com os

pés aleijados só porque os pães sedescuidam na escolha de um cal-çado próprio para os seus delica-dos pesinhos!"

E' por essa razão que o Tico-Tico aconselha o uso das lindas,resistentes e confortáveis alperca-

tinhas, fabricadas por processo sei-entifico e de uma belleza incompa-ravel.

Vendem-se em todas as boascasas da Capital e dos Estados.

da Silva, Celeste Yedda de FariaPinto, Maria de Lourdes de MoraesCarneiro. Dulce N. de Lima, HeliaBastos Soares, Iria Marins de Vascon-_ellos, Adevaldo Cardoso Botto deBarros, Irecê de Oliveira, José MariaFerreira da Silva, Carmen Maria, LyaLackmann Wiltgen, Maria C. Siqueira,Maria Apparecida B. Santos, Fer-nando Nahys, Maurino Sampaio Con-ceição, üalsy Feijó Ribeiro, AydanoBoureiro, Sebastião Botto de BarrosNair Gomes. José Mauricio CardosoBotto de Barros, Hebe Nascimento,Haenel Ferreira, Luiz Gonzaga Maga-Ihães, Heloisa Saboia, Rubem Vernieri,Maria do Carmo Carneiro Werneck,Lygia Saboia, Par.lo B. Tavares, LiaAcquarone, Ottilia M. Stiebler, MarioAffonso de Oliveira,. Vivaldo . BarbosaOliveira, Enéas Santos Rutigliani, Ma-noel Francisco Góes de Araújo, Wladi-mir Santos Mello, Clovis Santos Ar-nida, AnaMina C. Borges, Maria daConceição Ramalho, Seniiramis da Sil-vira Dutra, Myrian. Barros, Orchidéa) reira de Oliveira, Haenel C. Ferreira,

. vunneíte Paes de Lima, Liaria JoséBorba, Leonidas Ramos Belém, Ama-riles B. da Conceição, Leny Carneiro deSá. Iracema Gueh.nn, Renato TourinhoDantas, João Carlos Tourinho Dantas,Laura Andréa R. de Oliveira, HenioEiras, Eulina Reis. Orozimbo- _"_!-gencia, Berenice Lisboa. Arthur Al-meida Pires. Lygia T. Bastes da Cunha,Lia Carva!;:. de Moura, Amélia àx

Costa Ferreira, Leny F. Pereira, Os-v.-aldo Cavalheiro, Yolanda Barros Frei-re, Marilia Xavier, Antônio de Medei-ros, Odette de Oliveira, BernardeíteTheophilo Souza, Carmen Julieta Wild-berger, João Pagano, Maria da GloriaFerreira, Elza Vianna d,e Barros, Ly-gia Santos, Deulza Maria RodriguesPinto, Regina Novaes Chaves, DeciaMonteiro Sanios, Rubem Dias Leal,Marilia Dias Ltal, Gerber Serpa Al-vim, Clodomir T. Dias, Edwiges dosSantos, Frederico Antônio Souto, OigaFerreira Lima, Yolanda Va_ de Lima,Antônio Bittencourt de Paula, MarioSilva, Rosina Falei, Maria de Lour-des Alvim, Mario Setúbal, LourdesSoares Dutra, Maria Clara Dal-..Francisco de Moura Brandão, JoséLuiz Morena, Regina Maria Ottoni,Gastão Rodrigues Filho, Nylza Varelld.Sônia Rodrigues, Elisabeth VictoriaMoreira, Rubens Amorim, Maria deSalette, Heloisa da Fonseca RodriguesLopes, Roberto Rocha, Paulo Cartnp-passi Vieira, Yor Magalhães, Luiz Ale-xandre S. Síockler, Clovis Peixoto.Rubens Costa. Léa da Silva Novo,Aida de Araújo. Lygia de Souza Pan-nain, Affonso Gomes Barbosa. CarlosSimonsen, Maria de Paula Ferreira,Nelson Antônio Fernandes, Nair XavierBaptista, Dylson Baptista Drummond,Francisco Cândido Pereira Ne.to, Al-varo Alves de Farias, Enio Donún-

^araun^asjSníra

AVISOAfim de regularizarmos _

remessa pelo correio das

nossas publicações, solici-

tamos a todas as pessoas

que es recebiam, enviar

com urgência seus endere-

ços so escnpíono desta

empresa á rua da Quitanda

n. 7 — Rio d 3 Janeiro.

i4

;! TENDES FERIDAS, ESPI-;! NHAS, MANCHAS, ULCE- >

RAS, ECZEMAS. emfim qual- $'! quer moléstia de origem SY- iPHIL1TICA?

usae o poderioElixir de Nogueira \

do pharm. rfffiraffc Cfcimico

J o ã o da Ij^tI Süva Sil- <

!j GRANDE

| DEPURATIVO Dü SANüUE j

ff"li*sl i

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Vinho Creosotadodo Pliarm. Chim.

João da SiKa SilveiraPÜDLKOSO 1-OR-THTCANTE PARAOS ANÊMICOS EDEPAUPERADOS.

Empregado com «uc-cesso nas Tosses,Bronchites e Fraque-

ra geral.

gues da S.ha, Antônio Goulart, Ida doCouto, Pedrina .de Carv_bo, OdetteCerqueira, José Alves Brandão, A'doW. V. da Rosa, Léa Lacerda, LuizAugusto Cardoso Bracir.c, HeloisaAbranches, Adalgiza Gesteira- Mat-tos, Juracy Pereira de Faria, Alie-Satenú. Paulo Roberto, Engert Milve-rard de Azevedo, Nair Cecilia Cardosode Mello.-Musa D'Angelo Castanhcira,Maria Thereza Castanheira, VinicioD'Ange!o Castanheira, Ataide Nigro.Anna Silva, Licinio Ayres de OliveiraPombo, Maria Barbosa Lima. MarioVil'ani. Edmir Vasconcellos Teixeira,Edward Porciuncu1a. Cybele MariaBraga da Silva, Augusto Gabriel Pint.Ribeiro, Elza de Souza Nápoles, Nüz-Cunha. Hilda de Souza Nápoles, AliceFlorião da Süva, E'za de Souza Fer-reira, Roberto de Britto Pereira, No"*

-berto Magalhães. Dinorah Reis, AyrtotiSá dos Santos. Dina Maria das Neves,Sylvio Ney de Assis Ribeiro, ___-*•negildo Adami de Carvalho, BeniioSampaio. Levino de Souza. RubensNery Fayal. Walíerio Dias. U. HelenaAmoroso Lima. Esn_ra*dí Gouvêa. RJ"dovalho Rego Souto, Amélia Wild"**Juarez G- Ferreira, Mauricio Cardoso.

Foi premiada com uma snrpre ¦ 3concurrente NAIR XAVIER BA-PTISTA, de 14 annos de idade, resi-dente á rua Barão do Aniazonas, 533 —*Ilictheroy.

n o O MALHO a primorosa re*vista que acaba de resursir. N_n>*9avulso 500 réis.

Page 35: J^rW~^^ Ficou entào combinado ^ÍSÚ^^^slazer uma nova ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1931_01323.pdf · CRUCIFICADA — (Niethe-roy) Muito obrigado pela gentile-za das suas

li — Fevereiro — líWi 35 - o t i c o - t i r. üf

CONCURSO N. 3.525

Para os leitores desta Capital e dos Estados.

prêmio, por soríe. entre as soluções cer-tas uma surpresa.

| Quem ~sp =r= stm fod$E.pie al —=:r_ç=: || ^^-

_>/%i_a. ©«©NCIURS©

W* 3.526

/*AV 1 V*»*

Um concurso fácil cuja solução con*siste em completar as palavras do qua-dro junto dc modo a formar ura prover-

bio bem conhecido.

A solução do concurso deve ser en-rada á redacção d'0 TICO-TICO, M-parada das de outros quaesquer concur-sos e acompanhada não só do vale na*mero 3.525 que vae publicado a seguircomo declarações de idade, residência e.assignatura do concurrente.

Tara este concurso, que será encerra-

CONCURSO N. 3 526

Pa:a os leitores desta Capital e dos E*tados próximos.

P ¦•'.i:::'P.S-

1" — Qual o animal feroz cujo no-me é formada pelo nome de homem 9p:la cor?

(4 syii.ibas'» LJ3 Vieira

2" — Qual a parte do corpo qu; coma inicial trocada é capital de paiz eu-ropeu?

(2 syllabas)Nivaldo Barboza Oliveira.

3» _ Qual a parte do corpo que cor»inicial trocada e animal?(1 syllabal Aldo Breves,

do no dia 13 de Março daremos comoprêmio, por sorte, entre as soluçõ;s cer-tas um interessante e valioso brinquedo.

4* — Qual a interjeição que é forma-da por um artigo masculino, e de umndvcrbio de lugar?

(2 syllabas)Yolanda Barros Freire

5a — Qual o nome de homem, que¦sem a ultima letra é dinheiro allemão?

(2 syllabas) Da mesma

As soluções devem ser enviadas a esta

redacção devidamente assignadas, sepa-

radas das de outros quaesquer concursos

c ainda acompanhadas do vale n. 3.526.

Para este concurso, que yrá encerra-

do no dia 3 de Março, darem js como

mamãeDIZ SEMPRE

QUE EU SOU FORTE' e ROBUSTO

PORQUE TOMO

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Ás aventuras do Chiquinho vingança gorducho

~~—**Chiquinho e Benjamim foram á casa de

um vizinho, menino muito gordo, que andavafazendo gymnastica para emmagrecer. Reuni-dos na sala de gymnastica, Chiquinho e...

...Benjamim ipropuzeram que todos fizessem uma pyranudt?.O gorducho foi escolhido para ficar trepado nos hombros de ChUquinho e Benjamim. Mas o gorducho pesava muito e Chiquinho.não agüentando mais tamanho peso, gritou: — Joga este peso...

.. ao chão! O resultado foi o mais desastrosopossivel. O gorducho esboi rachou-se no chão,levando na queda iode» que compunham a fa-n.osa pyramide de athletas,

Chiquinho e Benjamim, armade o rolo.resolveram fugir, correndo, .para casa e es-conderem-se dos vizinhos que certamente es-tariam dispostos a tomar uma justa. _

.. .vingança do gesto de Chiquinho. O gorducho e os demais me-ninos, muito machucados e cheios de dor esperaram que Chiqui-nho. de novo, aipparecesse para fazer gymnastica. Ahi então,infligiram-lhe um castigo bem merecido.

Amarraram os braços de Chiquinho a duascordas de um trapezio e deixaram que elle alificasse até lhes pedir desculpas pelo mal quelhes causou.

Toda moça quer ler o CBNEARTE-ALBUM