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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA BACHARELADO EM FARMÁCIA JOYCE MACHADO DOS SANTOS Casos de intoxicações por alimentos e bebidas notificados em Barra do Garças, Mato Grosso. Barra do Garças - MT 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

BACHARELADO EM FARMÁCIA

JOYCE MACHADO DOS SANTOS

Casos de intoxicações por alimentos e bebidas notificados em

Barra do Garças, Mato Grosso.

Barra do Garças - MT

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

BACHARELADO EM FARMÁCIA

Casos de intoxicações por alimentos e bebidas notificados em

Barra do Garças, Mato Grosso.

Monografia apresentada ao Curso

de Farmácia do Campus

Universitário do Araguaia/UFMT,

como exigência para a conclusão do

curso.

ORIENTADOR: Prof. Drª ELIANE APARECIDA SUCHARA

Barra do Garças - MT

2019

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BANCA EXAMINADORA

Orientador:

__________________________________________________

Profª. Drª. Eliane Aparecida Suchara

Examinadores:

________________________________________________

Prof. Dr. Olegario Rosa de Toledo

_______________________________________________

Profª. Drª. Karina da Silva Chaves

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao

longo de minha vida, е não somente neste período de faculdade, mas em todos os

momentos é o maior mestre que alguém pode conhecer.

А minha mãe Elizangela Machado Fernandes Santos e meu pai Joel Pinto

dos Santos, que me deram apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo,

cansaço e por terem ajudado também na construção deste trabalho.

À Prof. Drª. Eliane Aparecida Suchara pela orientação e por ter tido paciência,

apoio, confiança e dentre várias outras coisas que não dá para explicar com

palavras como ela foi importante na elaboração deste trabalho.

E também aos meus amigos que de forma direta ou indiretamente fizeram

parte de tudo isso, me dando apoio e motivação. A todos o meu muito obrigado por

me acompanhar durante essa jornada.

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Sumário

1. Revisão de literatura ............................................................................................. 7

1.1. Infecções ......................................................................................................... 9

1.2. Toxinfecção ..................................................................................................... 9

1.3. Intoxicação .................................................................................................... 10

1.3.1. Biológico ................................................................................................. 11

1.3.1.1. Originados por bactérias e suas toxinas ......................................... 12

1.3.1.2. Protozoários ........................................................................................ 12

1.3.1.3. Fungos ................................................................................................. 13

1.3.1.4. Toxinas naturais .................................................................................. 13

1.3.2. Químico ................................................................................................... 14

1.3.2.1. Aditivos intencionais .......................................................................... 15

1.4. Estudos epidemiológicos de DTAs ............................................................. 16

1.5. Vigilância Sanitária e Legislação................................................................. 17

2. CASOS DE INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS E BEBIDAS NOTIFICADOS EM

BARRA DO GARÇAS, MATO GROSSO ................................................................. 19

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 20

METODOLOGIA ....................................................................................................... 21

RESULTADOS .......................................................................................................... 23

DISCUSSÃO ............................................................................................................. 27

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31

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3. Normas para publicação do periódico .............................................................. 36

4. Título do periódico .............................................................................................. 47

5. Referências bibliográficas geral ........................................................................ 48

6. Anexo ................................................................................................................... 51

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1. Revisão de literatura

As doenças de origem alimentar ou doenças transmitidas por alimentos

(DTAs) são decorrentes do consumo de alimentos ou água infectados com

microrganismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos ou infestantes). Toxinas de

microrganismos, substâncias químicas, itens nocivos ou que retenham naturalmente

estruturas tóxicas, isto é, doenças decorrentes de riscos biológicos, químicos ou

físicos presentes nos alimentos são também conhecidas como DTAs (GARCIA;

DUARTE, 2014; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018; VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018;

AMARANTE et al., 2018). Estes agentes patógenicos em certas quantias podem

afetar a saúde pública, assim originando as DTAs (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Estas ocasionam mais de 250 tipos de doenças de origem alimentar (OLIVEIRA et

al., 2010; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018; MELO et al., 2018; SIRTOLI;

COMARELLA, 2018).

A DTA está relacionada à ingestão de alimentos ou água infectado por

bactérias, vírus, parasitas, toxinas, príons, agrotóxicos, produtos químicos e metais

pesados (ALMEIDA et al., 2013). Ela é classificada como: intoxicação, infecção e

toxinfecção alimentar (EDUARDO; KATSUYA; BASSIT, 2008; ALMEIDA et al.,

2013).

As DTAs se apresentam na maioria das vezes por sintomas gastrointestinais,

como náusea, vômito, dor abdominal e diarréia. Também podem apresentar dor de

cabeça, febre, alterações da visão, olhos inchados, entre outros. A forma com que

esses sinais clínicos apresentar-se-ão dependerá de acordo com o agente

etiológico, a quantidade de cepas infecciosas absorvidas, a toxina encontrada, a

quantidade de alimento contaminado consumido e também da resistência de cada

indivíduo (GARCIA; DUARTE, 2014; BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).

Em adultos saudáveis boa parte das DTAs duram poucos dias e sem

implicações, porém para outras pessoas como crianças, idosos, gestantes e

doentes, podem ter impactos mais sérios, levando até a morte. No entanto

algumas DTAs podem ser mais sérias, trazendo implicações mais severas mesmo

para indivíduos saudáveis (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018). Cada

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organismo é diferente, sendo que alguns são mais debilitados, então mesmo que

para muitas pessoas nada ocorra, para outras os sintomas podem se manifestar.

As DTAs podem ser identificadas se porventura uma ou mais pessoas exibem

sintomas similares, depois de ingerir alimentos contaminados com agentes

patogênicos (OLIVEIRA et al., 2010; MONTEIRO, 2016; SILVA et al., 2017).

É apontado como um surto de DTA o momento em que duas ou mais

pessoas exibem em um período de tempo equivalente, sinais e sintomas parecidos

depois de consumir alimentos ou água contaminados com indícios epidemiológico

e/ou laboratorial (SCUCCATO et al., 2014; GARCIA; DUARTE, 2014; MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2018; VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018). Porém, apenas um caso de

botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear

ações correspondentes a um surto por causa da gravidade desses agentes

(VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2018).

Grande parte dos surtos está associada ao consumo de alimentos com boa

aparência, sabor e odor caracteristicos, ou seja ausente de alteração organoléptica

visível. Isso só acontece por que a porção infectante de patógenos alimentares

normalmente é menor que a quantidade de microrganismo deteriorante no alimento.

Com isso, prejudica a identificação dos alimentos causadores de surtos, sendo que

os indivíduos que consomem alimentos contaminados raramente conseguem

perceber sensorialmente o alimento fonte da DTA (OLIVEIRA et al., 2010).

Os alimentos manipulados nas residências têm muita influência no episódio

de surtos de DTA, por causa das falhas higiênicas na preparação e também por

contaminação cruzada por meio de utensílios e ambientes contaminados (NUNES et

al., 2017).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Vigilância Sanitária

(VISA) e Vigilância Epidemiológica (VE), devem ser notificadas quando se tem

denúncias de surtos de DTAs para que medidas sejam tomadas, assim como a

coleta de informações básicas para que se possa controlar o surto, diagnosticar a

doença e identificar o agente etiológico e a possível fonte de contaminação

(BERNARDES et al., 2018).

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No Brasil, a vigilância epidemiológica de DTA (VE-DTA) acompanha os

surtos de DTAs e as ocorrências das doenças definidas em legislação específica.

Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),

são notificados em média, por ano, 700 surtos de DTAs, com 13 mil doentes e 10

óbitos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Então se entende que para evitar ou amenizar os perigos das DTAs, é

necessário tomar providências preventivas e de controle envolvendo as boas

práticas de higiene, deve-se aderir na cadeia produtiva, nos serviços e

comercialização de alimentos, e nos domicílios, tendo em vista à melhoria das

condições sanitárias dos alimentos (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).

1.1. Infecções

Nos últimos anos, as infecções alimentares têm sido consideradas como um

problema de saúde pública, por causa dos episódios de contaminação por

microrganismos patológicos nos alimentos. Pode-se acontecer por métodos de

conservação inapropriados, falta de higienização adequada na manipulação e na

preparação apresentando-se mau cozimento (ANJOS et al., 2017).

As infecções são derivadas do consumo de alimentos que esteja contaminado

com os microrganismos vivos em quantidade suficiente para sobreviver diante das

principais barreiras protetoras do corpo, sendo prejudiciais à saúde, e assim se

multiplicando no interior do individuo que os consumiu, dando origem ao

aparecimento de sintomas (BRUM et al.,2015; NEVES, 2015; BIBLIOTECA

VIRTUAL EM SAÚDE, 2018). Ela se manifesta por meio da invasão das mucosas ou

as toxinas que atuam no intestino (enterotoxinas), onde criam um meio patológico

que causa a doença. Os principais gêneros bacterianas são: Escherichia sp;

Salmonella sp.; Shigella sp.; Yersinia sp.; Vibrio sp.; Brucella sp.; Clostridium

sp.(PINTO, 2019).

1.2. Toxinfecção

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As toxinfecções são o resultado do consumo de alimentos que exibem

organismos nocivos á saúde e que liberam substâncias tóxicas como, por exemplo,

a cólera (Vibrio cholerae) (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, 2018).

As toxinfecções acontecem quando microrganismos patogênicos infectam o

alimento que será consumido, mesmo que esteja com aparência, odor e sabor

apreciáveis, apresentando carga microbiana capaz de degradar o alimento

possuindo capacidade de proporcionar efeitos nocivos a saúde dos consumidores

que apresentam susceptibilidade (SILVA et al., 2017).

1.3. Intoxicação

As intoxicações são um problema global de saúde, que também pode ser

chamada de envenenamento, sendo responsáveis por diversos chamados aos

centros de informações e assistência toxicológica em todo o mundo (AMORIM;

MELLO; SIQUEIRA, 2017).

As intoxicações alimentares acontecem quando um indivíduo consome alimentos

contaminados com substâncias tóxicas, assim como toxinas produzidas por

microrganismo, como bactérias e fungos como, por exemplo, o botulismo,

intoxicação estafilocócica e toxinas produzidas por fungos (BIBLIOTECA VIRTUAL

EM SAÚDE, 2018). Os sintomas serão por causa das toxinas e não devido aos

microrganismos (NEVES, 2015).

Elas são apontadas como uma das causas mais comuns de doença e morte nos

países em desenvolvimento. A maior parte dos relatos de intoxicação alimentar está

relacionado à contaminação bacteriana, principalmente em membros de bactérias

Gram negativas como Salmonella typhi, Escherichia coli e Pseudomonas

aeruginosa. Outras bactérias Gram positivas, incluindo Staphylococcus aureus e

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Bacillus cereus, também foram apontadas como agentes causadores de doenças

transmitidas por alimentos ou deterioração de alimentos (MOSTAFA et al., 2018).

Os casos de intoxicações alimentares tem crescido nos últimos anos e pode

estar agregada a falta de informação da população a respeito dos riscos da

manipulação imprópria dos produtos alimentícios, ampliando o consumo de

alimentos preparados e pré-preparados. Os transtornos gastrointestinais são

sintomas mais comuns das doenças transmitidas por alimentos. Entretanto, ainda

podem ser analisados por distúrbios do sistema nervoso, do sistema circulatório, do

fígado e de outros órgãos (MACEDO et al.,2017).

As intoxicações decorrentes da ingestão de alimentos que estejam

contaminado com as toxinas, ainda que os microrganismos tenham sido excretados

a toxina presente no alimento causa a doença, onde provocam sintomas mais

comuns como vômitos e diarréias, porém, tudo depende do estado de saúde da

pessoa, podendo chegar ao óbito (BRUM et al.,2015).

As intoxicações podem ser classificadas de acordo com a sua natureza e são

normalmente agrupados em três tipos: biológicos, químicos e físicos.

1.3.1. Biológico

Os agentes biológicos que podem causar doenças nos seres humanos são -

bactérias, protozoários, parasitas, toxinas naturais e fungos, e a maioria deles são

transmitidos através de alimentos, causando especialmente, doenças

gastrointestinais (NEVES, 2015).

A microbiologia dos alimentos em geral esta ligada a três pontos essenciais: a

conservação dos alimentos pelo uso de microrganismos; a percepção e prevenção

de intoxicação e infecções produzidas pelo desenvolvimento de microrganismos e o

controle da passagem de doenças pelos mesmos. Além disso, a habilidade para que

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um microrganismo sobreviva em um alimento vai depende de vários fatores

(DAMASCENO et al, 2018).

1.3.1.1. Originados por bactérias e suas toxinas

Pode-se entender como uma intoxicação alimentar quando alguns

microrganismos como, por exemplo, o Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum

e Bacillus cereus podem ser a causa de doenças de origem alimentar, que é devido

a contaminação pelas exotoxinas (enterotoxinas) produzidas pela bactéria

(BRESOLIN; DALL'STELLA; FONTOURA-DA-SILVA, 2017; PINTO, 2019). As

intoxicações podem ser caracterizadas por náuseas, vômitos, dores abdominais e

diarreia (BRESOLIN; DALL'STELLA; FONTOURA-DA-SILVA, 2017).

O consumo de toxinas que são produzidas e liberadas durante a proliferação

de bactérias nos alimentos são considerados um perigo à saúde pública. Referindo-

se a um elemento termoestável, resistindo mesmo após o cozimento dos alimentos,

contribuindo com episódios de intoxicações (NEVES, 2015).

Alguns pontos como a higiene dos locais de venda, a água usada para a

manipulação dos alimentos e para a higienização dos utensílios, a forma de

conservação e a proteção contra vetores, são de grande importância e que devem

ser avaliados para evitar o desenvolvimento dos microrganismos (BRUM et

al.,2015).

1.3.1.2. Protozoários

Os protozoários também podem ser causadores de intoxicação alimentar.

Este tipo de intoxicação é geralmente assintomáticas e quando ocorrem alguma

sintomatologia, esta é comumente discreta e inespecífica, sendo que na maioria das

vezes não diagnosticada (NEVES, 2015).

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Também podem causar infecções alimentares, como o

protozoário Entamoeba histolytica, no qual os sintomas são semelhantes aos

exibidos pela infecção alimentar provocada pelas espécies do gênero Shigella

(PINTO, 2019).

1.3.1.3. Fungos

Os fungos são microrganismos eucarióticos, multicelulares e filamentosos,

sendo capaz de provocar alterações no sabor e na qualidade de alimentos. Em

determinados casos essas alterações são esperados, como na fabricação de

queijos. Porém, em muitos outros, podem acarretar alterações indesejáveis,

produzindo sabores e odores desagradáveis, ocasionados por diferentes graus de

deterioração ou ainda trazer riscos à saúde humana e animal, devido à produção de

micotoxinas (MAZIERO; BERSOT, 2010; SOUZA et. al, 2017).

Essas micotoxinas são provenientes de metabolismos secundários

produzidos por fungos que proporcionam efeito tóxico ao organismo humano e

outros animais, que contaminam os alimentos com os quais entram em contato, em

qualquer etapa da produção, desde a colheita até o armazenamento. Dentre as

micotoxinas as que se sobressaem são as aflatoxinas (B1, B2, G1, G2 e M1); ácido

fusárico; fumonisinas (B1 e B2), ocratoxinas (A, B e C); patulina; zearalenona e o

tricotecenos (MAZIERO; BERSOT, 2010; SOUZA et. al, 2017).

1.3.1.4. Toxinas naturais

As proliferações de algumas algas microscopias (microalgas), marinhas ou de

água doce, tem a capacidade de provocar inúmeros efeitos que podem ser nocivos

(NEVES, 2015).

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O contágio ocasional com biotoxinas em animais que são filtradores, assim

como moluscos bivalves, é capaz de causar intoxicações agudas. Em situações

como essas encontra-se microalgas do grupo das dinoflageladas. No entanto em

zonas tropicais exibem um fenômeno relacionado a microalgas bentônicas e

epifíticas (habitam sobre substratos como corais ou macroalgas): a ciguatera. As

microalgas passam toxina para peixes herbívoros, que assim passam para seus

predadores, então atingindo o cliente, sendo capaz de causar diarreia, vômitos,

náuseas intensas e dor abdominal, também neurológicos, como: parestesias,

ataxias, visão turva, e tonturas (NEVES, 2015).

Os mariscos, no entanto destacam-se por serem responsáveis por

intoxicações do tipo paralisante, determinado por quadro neurológico que acontece

entre cinco (5) a trinta (30) minutos depois da ingestão, originando dormência nos

lábios, gengivas e língua, seguida de formigueiro ou dormência nas extremidades

dos dedos das mãos e pés, e nas 4 a 6 horas posteriores nota-se continuação das

mesmas sensações para os braços, pernas e pescoço, dificultando os movimentos

voluntários, e ainda uma sensação de flutuação. Os mariscos também são

responsáveis por intoxicações neurotóxicas, amnésicas e diarreicas. Os cogumelos

é outro alimento considerado naturalmente tóxico. A Amanita phalloides é uma das

principais espécies que são responsáveis por 90% dos casos no mundo. A

intoxicação provocada por este tipo de cogumelo (A. phalloides) acontece em

diversos estágios. Primeiramente apresentam-se sintomas como náuseas, vômitos,

diarreia, dor abdominal, sendo capaz de aparecer hipotensão, desidratação e

distúrbios hidroeletrolíticos (NEVES, 2015).

Em alguns alimentos vegetais tem presença de tóxicos naturais, por exemplo

os glicosídios cianogênicos, que são compostos precursores do ácido cianídrico

(HCN), seriamente tóxico, encontrado na mandioca, na linhaça, no caroço de frutas

como pêssegos e cerejas, sementes de damasco e entre outras (NEVES, 2015).

1.3.2. Químico

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Além dos riscos de natureza biológica, também se tem os perigos de natureza

química e física, assim como os metais pesados (chumbo, cromo, mercúrio e níquel)

que podem contaminar os alimentos na fabricação ou embalagens, onde suas

toxinas químicas ou bioquímicas tem capacidade de induzir a doenças

degenerativas, como o câncer, que levam até anos para serem detectadas (NEVES,

2015).

Os agentes químicos são aqueles ocorridos por meio de resíduos de

agrotóxicos empregados em lavouras, presença de antibióticos em animais

utilizadas para o tratamento, resquício de sanitizantes utilizados na indústria,

dosagem excessiva de aditivos, incorporação de materiais existentes nas

embalagens, geração de compostos tóxicos em alimentos (BERNARDES et al.,

2018)

1.3.2.1. Aditivos intencionais

Um agente químico comum hoje em dia são os agrotóxicos utilizados na

prevenção do ataque de pragas às lavouras e a perdas no armazenamento, porém

essas substâncias utilizadas comprometem a saúde tanto dos agricultores como da

população, de forma direta (durante a aplicação) ou indireta (por meio do consumo

de alimentos, com resíduos de veneno) (ROCHA; PIRES, 2017).

O fato deles serem a estratégia principal ainda para o controle e prevenção de

pragas, colocando o Brasil como os maiores consumidores no mundo. Fazendo com

que a utilização de agrotóxicos na produção agrícola e a contínua contaminação dos

alimentos estejam constantemente na preocupação no âmbito da saúde pública

(NEVES, 2015).

Uso de agrotóxicos causa insegurança alimentar e é capaz de ser prejudicial

à saúde mesmo depois de anos após a exposição, independente do grau de

toxicidade. Sendo consideradas mais vulneráveis aos agrotóxicos as crianças, por

apresentarem imaturidade enzimática, metabolismo e excreção de substâncias

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tóxicas menos desenvolvidos. Os agrotóxicos na saúde das crianças pode causar

efeitos maléficos como dificuldade de concentração e processamento de

informações, redução da velocidade psicomotora, alterações na memória

gastrintestinais e dermatológicas, dificuldade de linguagem, contrações musculares

espontâneas, depressão, ansiedade, irritabilidade, cefaleia, lesão orofaríngea,

tremores, e alteração do desenvolvimento físico, emocional e cognitivo (ROCHA;

PIRES, 2017).

Nesta categoria os principais aditivos são: os organofosforados, os

carbamados e os hidrocarbonetos clorados, sendo que os organofosforados, inibem

a acetilcolinesterase (AChE),que é uma enzima responsável pela destruição da

atividade biológica do neurotransmissor acetilcolina (ACh) (NEVES, 2015).

Outros agentes químicos que se encaixam dentre os provocadores de

intoxicação alimentar são os aditivos alimentares, sendo que os principais são: o

glutamato monossódico, os sulfatos, o ácido nicotínico e o nitrito de sódio. Vários

estudos exibem reações adversas aos aditivos, seja ela aguda ou crônica, além de

reações tóxicas no metabolismo, provocadores de alergias, modificações no

comportamento e carcinogenicidade a longo prazo (NEVES, 2015).

1.4. Estudos epidemiológicos de DTAs

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declara as DTAs como uma grande

preocupação de saúde pública global e estima que, a cada ano, causem a

enfermidade de uma a cada 10 pessoas. As DTAs também podem ser fatais,

principalmente em crianças menores de 5 anos, provocando 420 mil mortes. Na

região das Américas, as patologias diarreicas são responsáveis por 95% das DTA

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

A VE-DTAs no Brasil acompanha os surtos de DTAs e os casos das doenças

definidas em legislação específica. Segundo os dados do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN), são notificados em média, por ano, 700 surtos de

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DTAs, com envolvimento de 13 mil doentes e 10 óbitos (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2018).

A Vigilância Epidemiológica é determinada pela Lei n° 8.080/9 como um

anexo de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de

qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual

ou coletiva, com a intenção de sugerir e adotar as medidas de prevenção e controle

das doenças ou agravos (SUVISA, 2018).

Os Centros de Informações e Assistência Toxicológica (CIATs) do Brasil são

um sistema de saúde encarregado em promover informações (dados) toxicológicos

ao público em geral e aos profissionais de saúde, orientando a conduta imediata,

diagnóstico e o tratamento dos indivíduos expostos e/ou intoxicados, tendo como

objetivo diminuir a morbimortalidade. O Brasil esta contando com cerca de 30

Centros de Informações e Assistência Toxicológica, no entanto, estudos com dados

epidemiológicos destes centros ainda estão em falta (AMORIM; MELLO; SIQUEIRA,

2017).

1.5. Vigilância Sanitária e Legislação

A fiscalização sanitária poderá averiguar as causas de risco à ocorrência de

DTAs, podendo destacar: falha na refrigeração dos alimentos; conservação

inadequada da matéria-prima e do alimento pronto; práticas inadequadas pelos

manipuladores, como a falta de higiene pessoal; matéria-prima contaminada;

higienização inapropriada de equipamentos e utensílios; armazenamento

inadequado; utilização de água, cuja potabilidade não é confiável – afinal qualquer

coisa que possa tornar a manipulação desses alimentos imprópria, tornando-o

passível de contaminação (BRUM et al.,2015).

Desta forma é necessário o melhoramento constante das ações de controle

sanitário na área de alimentos com a finalidade de monitorar e minimizar os riscos

ocasionados pela ingestão de alimentos infectados. Em função disso foram

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aprovados, instrumentos legais importantes como as Portarias nº 1428/1993 e nº

326/1997 e as Resoluções - RDC nº 275/2002 e 216/2004 com a intenção de

colaborar para a qualidade na produção e na prestação de serviços na área de

alimentação (RICARTE; LAURO, 2017).

A resolução – RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001, da ANVISA, que visa

garantir a segurança de alimentos, tendo em vista a proteção a saúde da população

e a normatização dos padrões microbiológicos nos alimentos (MALLET et al., 2017;

BRASIL, 2001).

Na área de alimentos existem diversas resoluções, onde ao longo dos anos

as autoridades e organizações determinaram e trouxeram segurança e qualidade

para os alimentos, trazendo benefícios ao consumidor e garantido que não seja

prejudicado. Assim destacamos algumas legislações, porém nem todas foram

descritas neste trabalho.

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19

2. CASOS DE INTOXICAÇÕES POR ALIMENTOS E BEBIDAS NOTIFICADOS

EM BARRA DO GARÇAS, MATO GROSSO.

Cases of food and drink poisoning reported in

Barra do Garças, Mato Grosso.

RESUMO

Objetivo: Analisar os casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebidas notificadas no

município de Barra do Garças, MT. Metodologia: Realizou-se um estudo epidemiológico

descritivo e transversal através de fichas de notificação, entre os anos de 2008 a 2017.

Resultados: Foram notificados 232 casos, sendo 207 como alimentos e 25 bebidas. Do total,

foram verificados 31 possíveis surtos de intoxicação alimentar. O ano com maior número de

registros foi em 2010, com 83 casos. A faixa etária entre 18-59 anos (60,3%) e o sexo

masculino (51,3%) foram os mais acometidos. Verificou-se que a maior incidência foi nas

residências e os alimentos mais citados foram os fast-food (7,33%). Conclusão: Pode-se

verificar que a população jovem adulta masculina foi a que obteve mais registros no período

estudado. No entanto, uma pequena parcela dos casos de intoxicação alimentar são

notificados corretamente ficando longe da realidade deste problema.

Palavras chave: doenças alimentares, subnotificações, fast-food.

ABSTRACT:

Objective: Analyze the cases of exogenous food and drink poisoning reported in the

municipality of Barra do Garças - MT. Methods: A descriptive and cross-sectional

epidemiological study was carried out through notification sheets between 2008 and 2017.

Results: A total of 232 cases were reported, of which 207 were food and 25 drinks. Of the

total, 31 possible occurrences of food poisoning were verified. The year with the highest

number of records was in 2010, with 83 cases. The age range between 18-59 years (60.3%)

and the male (51.3%) were the most affected. It was verified that the highest incidence was in

the residences and the foods most cited were fast food (7.33%). Conclusion: It can be verified

that the young adult male population was the one that obtained the most records in the studied

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20

period. However, a small portion of food poisoning cases are reported correctly staying away

from the reality of this problem.

Keywords: eating disorders, underreporting, fast food.

INTRODUÇÃO

A incidência de doenças referentes à ingestão de alimentos vem crescendo

anualmente1 e estas doenças representam um dos grandes problemas de saúde pública

2,3,4,5,7,

afetando países tanto de baixa economia quanto de alto desenvolvimento econômico³. As

doenças transmitidas por alimentos (DTA) atingem 1 em cada 4 moradores nos EUA a cada

ano8 e na região das Américas, as patologias diarreicas são responsáveis por 95% das

DTAs7. No Brasil, as doenças infecciosas do trato digestivo e parasitárias corresponderam a

9,2% do total de casos de mortalidade9,10

.

As DTAs são uma importante causa de morbimortalidade no mundo, estando

relacionadas à situação de saneamento e condições inadequadas da água para o consumo

humano, hábitos impróprios de higiene individual e a ingestão de alimentos contaminados,

entre outros6,7

. Quanto da ocorrência por meio da contaminação dos alimentos, esta pode ser

desde no seu plantio, na utilização demasiada de agrotóxicos, de mãos mal higienizadas e pelo

solo e água contaminados, ou ainda no instante do consumo do produto, com o

armazenamento e refrigeração incorreta. Essas contaminações alimentares podem ocorrer por

agentes químicos e biológicos11,10

, sendo os principais agentes contaminantes as bactérias,

vírus e protozoários4. Subjetivamente as doenças de origem alimentar são classificadas em

três tipos: infecções, intoxicações e toxinfeções alimentares12

.

As intoxicações alimentares ocorrem quando os perigos biológicos que estão no

alimento produzem toxinas no mesmo, onde após serem consumidos causam o aparecimento

dos sintomas. Nestas circunstâncias os microrganismos não são os que originam aos sintomas

e sim as suas toxinas17,12,10

. Também pode ser considerado uma intoxicação quando há

contaminação por agrotóxicos presentes no alimento10

.

O perfil epidemiológico de enfermidades transmitidas por alimentos apresentou

mudanças, por causa da expansão dos mercados de consumo, a globalização econômica,

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21

alterações dos hábitos alimentares e aumento no consumo de alimentos industrializados ou

produzidos fora do lar9,10

. Porém, a maioria dos casos de DTAs não são registrados1 ou não

são propriamente notificados, devido ao fato de que os primeiros sintomas estimulados pelos

microrganismos patogênicos são geralmente leves, levando o individuo a não buscar ajuda

médica16

. Também a subnotificação das ocorrências de intoxicações assintomáticas ainda são

muito frequentes, especialmente devido ao fato que os alimentos geralmente não alteram seu

gosto, odor ou aparência apresentando condições normais e os sintomas na maioria das vezes

são amenos, fazendo com que as pessoas só procurem alguma ajuda quando esses são

agravados. E quando ocorre a procura por ajuda médica, geralmente a causa da intoxicação

alimentar não é identificada10

.

Estudos a respeito das intoxicações exógenas são importantes, para expressar a

proporção do problema nos municípios e apontar possibilidades para a ação dos serviços de

vigilância sanitária, formação de bancos de dados com informações e medidas de controle da

sociedade para intervenção nos estragos causados. Geralmente, a vigilância sanitária

juntamente com a vigilância epidemiológica são responsáveis pelas informações das

intoxicações, utilizando-se o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)15

.

No entanto, os dados referentes às intoxicações alimentares são pouco relatados, além de

existirem poucos artigos abordando esse problema. Portanto, o objetivo deste estudo foi

analisar os casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebidas registradas no município

de Barra do Garças, em Mato Grosso ( MT).

METODOLOGIA

Foi desenvolvido um estudo epidemiológico descritivo e transversal realizado no

município de Barra do Garças, no período de 2008 à 2017. Este município está localizado na

região do Médio Araguaia a 550 km de distância de Cuiabá (MT) e aproximadamente 380 km

de Goiânia (GO)19

e a população estimada é de 60.661 habitantes32

. Os municípios próximos

são Araguaiana, General Carneiro, Nova Xavantina e Pontal do Araguaia em Mato Grosso e

Aragarças, estado de Goiás. Devido a distância até as capitais, a rede municipal de saúde de

Barra do Garças atende também pacientes destes municípios próximos para procedimentos de

rotina quanto para casos de urgência e emergência19

.

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Os dados de origem alimentar foram obtidos a partir do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN) que são fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do

município de Barra do Garças. Os dados para alimentos e bebidas são notificados da mesma

ficha do SINAN, portanto há alguns registros envolvendo bebidas alcoólicas. Embora a ficha

de notificação seja bem extensa, observou-se que o preenchimento das mesmas foi parcial.

Encontrou-se um número alto de casos com informações incompletas, em branco ou ignorado

em campos das fichas do SINAN. Considerando a importância do tema, optou-se por

trabalhar os dados observados, desconsiderando os casos onde a informação foi ignorada.

Como critérios de inclusão, foram utilizados apenas os dados fornecidos pelo SINAN

registados através do preenchimento das fichas de notificações de intoxicação exógena e na

classificação geral do grupo do agente tóxico apenas os casos identificados como alimentos e

bebidas. Foram excluídos os demais grupos de agentes tóxicos de notificação para intoxicação

exógena.

As variáveis estudadas foram: número de notificações, data da ocorrência (mês e ano),

faixa etária, gênero, gestante, raça, escolaridade, local de moradia, zona de exposição, local de

ocorrência, agente toxico, surto, tipo de exposição, circunstância, exposição decorrente do

trabalho, tempo da exposição, houve hospitalização, classificação, evolução. Nas variáveis

sobre a escolaridade, os grupos foram reagrupados em analfabeto, ensino fundamental

completo ou incompleto, ensino médio completo ou incompleto, ensino superior completo ou

incompleto e ignorado.

Os dados brutos estavam dispostos em planilhas e foram lançados no programa do Epi

Info, versão 7.2.2.16 para formação do banco de dados e posterior analise estatística. Foi

considerado de significância estatística o valor p-associado inferior ou igual a 0,05.

O presente estudo segue os princípios éticos e faz parte de projeto aprovado no comitê

de ética da Universidade Federal de Mato Grosso sob o CAAE 34892914.3.0000.558

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23

RESULTADOS

No período estudado foram notificados 232 casos de intoxicação exógena, onde o agente

tóxico foi identificado como alimentos e bebidas. Dentro destes, 207 casos foram

classificados como alimentos e 25 bebidas (sendo 24 casos de bebidas alcoólicas). O ano que

teve maior incidência no geral foi 2010 com 83 casos. Sendo identificados 31 possíveis surtos

durante o período estudado, representando 32,75% dos casos notificados e estes envolveram

de 2 a 6 pessoas no máximo (Tabela 1).

Tabela 1: Número de casos de intoxicação, isolados e associados a surtos, segundo o ano de

estudo, no período de 2008 a 2017.

Casos de

intoxicação/

Ano

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total

Isolados 14 10 83 11 2 7 5 25 46 29 232

Associados a

surtos* 0 4 42 7 0 0 0 7 8 8 76

Número de

surtos 0 2 16 2 0 0 0 3 4 4 31

Na tabela 2 está apresentada a distribuição da frequência relativa das Intoxicações

exógenas por alimentos e bebidas notificados por gênero segundo a faixa etária, a

escolaridade, raça e o local de moradia. Prevaleceram os casos na faixa etária entre 18-59

anos, sexo masculino, escolaridade de ensino fundamental, raça branca e situação no mercado

de trabalho de empregado não registrado, na região urbana. Cerca de 48,7% das notificações

foram do sexo feminino e constatou-se somente 2 casos de gravidez.

* Não confirmados

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Tabela 2- Perfil dos casos notificados de intoxicação por alimentos e bebidas segundo

gênero, faixa etária, escolaridade, raça e local de moradia. N=232

PARÂMETROS Feminino Masculino Total

na %

b n % N %

FAIXA ETÁRIA (anos)

0-17 32 52,5 29 47,5 61 100

18-59 67 47,9 73 52,1 140 100

Acima de 60 12 41,4 17 58,6 29 100

Ignorado 2 100 0 0 2 100

Total 113 48,7 119 51,3 232 100

ESCOLARIDADE

Analfabeto 0 0 2 100 2 100

Ensino médio 32 49,2 33 50,8 65 100

Ensino fundamental 37 50,7 36 49,3 73 100

Ensino superior 5 38,5 8 61,5 13 100

Ignorado 39 49,4 40 50,6 79 100

Total 113 48,7 119 51,3 232 100

RAÇA

Branca 69 45,4 83 54,6 152 100

Parda 41 59,4 28 40,6 69 100

Preta 2 25 6 75 8 100

Ignorado 1 33,3 2 66,7 3 100

Total 113 48,7 119 51,3 232 100

LOCAL DE MORADIA

Urbana 110 49,5 112 50,5 222 100

Rural 2 40 3 60 5 100

Periurbana 0 0 1 100 1 100

Ignorado 1 25 3 30 4 100

Total 113 48,7 119 51,3 232 100

a número de casos;

b porcentagem

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Quanto aos alimentos, a maioria das notificações foram os produtos considerados

como fast-food (cachorro quente, comida enlatada, hambúrguer, pastel, pizza, salgado,

sanduiche) com 7,3% dos casos, seguido por queijo 1,29%, bolo e sorvete 0,86%, maionese

0,86%, carne de porco 0,43% dos casos. Dentro dos alimentos considerados fast-food, 75%

dos casos foram notificados em ambiente externo e 58,8% eram do gênero feminino,

observando-se uma diferença significativa (p=0,0483) em relação aos casos ocorridos em

ambiente externo e nas residências. Além disso, também foi observado a associação de

agentes tóxicos somente em 0,86% dos casos, entre dois alimentos (mortadela e goiaba)

(0,43%) e um caso entre duas bebidas alcoólicas (0,43%).

Já em relação às bebidas foram notificados 10,3% dos casos e estavam relacionados a

bebida alcoólica, dentro disso em 66,7% dos casos foram acometidos pelo sexo masculino e

33,3% pelo sexo feminino. Foi notificado em 0,43% dos casos a ingestão de suco (laranja).

Na avaliação da distribuição mensal dos casos, o mês com maior número de

notificações foi junho (16,4%), seguido por julho (12,9%) (Figura 1). Verificou-se que as

residências (33,2%) e o ambiente externo (12,9%) foram os locais com maior índice de

intoxicação na faixa etária entre 18-59 anos (Tabela 3). Já em relação ao gênero pode-se

verificar que no total a maior parte dos intoxicados foram do sexo masculino, porém

observou-se que nas residências o grupo feminino apresentou maior número (36,28%) de

casos.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

de

cas

os

Mês

Masculino

Feminino

Figura 1: Distribuição dos casos de intoxicação por alimentos e bebidas por gênero

segundo os meses do ano.

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Tabela 3- Distribuição dos casos notificados de intoxicação por alimentos e bebidas

segundo local de ocorrência, faixa etária e gênero.

Parâmetros

Local de ocorrência

Residência Ambiente

Externo Outros Total

na %

b n % n % n %

Faixa etária

0-17 24 39,3 5 8,2 32 52,5 61 100

18-59 45 32,1 21 15 74 52,9 140 100

Acima de 60 8 27,6 4 13,8 17 58,6 29 100

Ignorado 0 0 0 0 2 100 2 100

Total 77 33,2 30 12,9 125 53,9 232 100

GÊNERO

Feminino 41 36,3 13 11,5 59 52,2 113 100

Masculino 36 30,2 17 14,3 66 55,5 119 100

Total 77 33,2 30 12,9 125 53,9 232 100

Em relação à zona de exposição 102 casos foram registrados na zona urbana. Sobre a

via de exposição 89,22% dos casos foram pela via digestiva. Nas circunstâncias da exposição

notificou-se 50,43% ingestão de alimentos e bebidas, 14,22% com uso habitual, 3,45% com

abuso, 2,59% acidental e 0,43% ambiental. Segundo as fichas analisadas as intoxicações,

somente em 0,43% a exposição foi decorrente do ambiente de trabalho. De acordo com o tipo

de exposição à maioria dos casos foram notificados como aguda única com 52,6%, em

seguida aguda repetida com 7,75%, aguda sobre crônica 0,86% e crônica com 0,43%.

A maioria dos casos não precisou ser hospitalizado (82,75%) e uma pequena parte foi

necessária a hospitalização (12,5%). Quanto à classificação final verificaram-se mais

ocorrências onde foram confirmadas as intoxicações (61,45%) , seguido pela exposição

(10,8%) somente. Já quanto à evolução, houve cura sem sequela em 71,1% dos casos e cura

com sequela em 0,86%. No período estudado não houve óbito notificado.

a número de casos;

b porcentagem

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DISCUSSÃO

O perfil epidemiológico das DTAs no Brasil é pouco conhecido e carente21,2,22,3

.

Apenas alguns estados ou municípios possuem estatísticas e informações publicadas a

respeito dos agentes etiológicos causadores de DTAs mais frequentes, alimentos mais

comumente implicados, população de maior risco e aspectos contribuintes21,2,22

. Poucos casos

são notificados aos órgãos de inspeção de alimentos e as agências de saúde, assim as

informações existentes não apresentam a verdadeira magnitude do problema3. A

subnotificação e as falhas na investigação ainda afetam a geração de informações que

direcionem a identificação laboratorial dos prováveis agentes implicados e a caracterização

epidemiológica dos surtos27

. E isso possivelmente não acontece apenas nos casos de surtos,

mas também em intoxicações isoladas. E assim como relatado anteriormente pode-se observar

a mesma dificuldade neste estudo, onde há poucos casos notificados.

Em 8 anos de estudo em Barra do Garças foram encontrados 232 casos de intoxicações

de origem alimentar e em período aproximado em outras localidades foram registrados: em

Palmares - PE nos anos de 2006 à 2013 foram 903 casos de DTA 23

; em Campina Grande-PB

no ano de 2005 houve 162 casos de intoxicações alimentares30

; no período de 2007 a 2012,

foram notificados 141 casos de intoxicações exógenas por alimentos e bebida no estado de

Roraima24

; em Recife-PE, no ano de 2005, foram registrados 580 casos de DTA25

e em Santa

Catarina no período de 1994 até 2001 foram notificados 15516 casos de DTA26

.

Quanto aos surtos: no período de 2006 a 2013 foram notificados e registrados 12

surtos de DTA na Zona na Mata Sul de Palmares – PE23

; no ano de 2005, foram registrados

51 surtos na cidade de Recife25

; no município de Porto Alegre no período de 2003 a 2011

foram notificados 190 surtos33

; no estado de São Paulo-SP entre 2008 a 2010 foram

notificados 1.831 surtos de DTA e notou-se que 1.097 (60%) dos surtos apresentaram até

cinco casos registrados27

. No entanto, este trabalho apresenta apenas os prováveis surtos

ocorridos no período de 2008 a 2017, não se obteve a investigação com a comprovação dos

possíveis surtos notificados. Ainda que se faça uma investigação de surtos de DTA, a maioria

dos casos o agente é ignorado, o que é grave. A investigação tem com certeza falhas, seja pela

ausência de treinamento, pelo atraso na notificação, pela falta de cooperação das vitimas do

surto, etc26

.

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28

Países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e União Europeia, conseguem

fazer mapeamento de surto mais rápido e na maioria dos casos são detectados o alimento e o

microrganismo que provocou o surto, e também a origem deste alimento por meio do

processo de rastreabilidade. Além disso, a notificação as autoridades quando há uma DTA

envolvendo um individuo é obrigatória28

. A importância em realizar a investigação de surtos é

pela necessidade de impedir a fonte de transmissão e acabar com o perigo de propagação da

doença para outros indivíduos, diminuir magnitude do problema e determinar parâmetros de

controle e prevenção de posteriores surtos. Em uma investigação de surto por água ou

alimentos é importante que seja rápido a identificação a causa, pois são consumidos em larga

escala29

.

Quanto ao gênero, foi observado na literatura uma maior incidência do gênero

feminino30,17,24,23

. No município estudo encontrou-se uma diferença pequena entre os gêneros,

sendo maior no sexo masculino, assim como relatado em dados estatísticos no Brasil

analisados no período de 2007 a 201731

. Segundo os dados do IBGE, Barra do Garças tem

uma distribuição bem equilibrada entre o sexo feminino (50,2%) e o masculino (49,8%)32

. No

entanto a população flutuante no período de férias pode ter influenciar esse resultado,

considerando o período de maior ocorrência de casos.

Na literatura é observada uma variação das faixas etárias que apresentaram maior

prevalência de DTA. Sendo, entre 1 à 4 anos27

, 10 à 19 anos23

, 15 à 50 anos26

, 20 à 29 anos30

,

20 à 39 anos24

, e entre 20 à 49 anos17,23,25,33

. Em Barra do Garças, a faixa de 18 à 59 anos foi

a mais frequente. Essa idade é a mais exposta por causa dos hábitos de vida, no qual

geralmente são realizadas fora de casa, assim como em restaurante, lanchonetes e redes de

“fast-food”33

. Também essa faixa está ligada a idade escolar e produtiva, na qual esta

estudando e/ou trabalhando e comem fora de sua residência, tendo maior possibilidade de

contaminação23

. Porém, a maioria das notificações do município em estudo ocorreram em

residências, assim como observado em outros estudos1,17,18,21,26,27

. Assim, embora a maior

parte dos indivíduos geralmente relacionam a ocorrência de DTHA (doenças de transmissão

hídricas e alimentares) a ingestão de alimentos fora de casa, indícios epidemiológicos

sugerem que muitos casos estão agregados a falhas na preparação dos alimentos nas

residências18

. Em relação a via de exposição a via digestiva foi a que teve maior ocorrência,

por ser a via usual.

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29

Isso mostra que ainda existe falta de cuidado na preparação doméstico dos alimentos,

seja por desconhecimento, seja por não se dar a devida importância. É normal que nos

domicílios, por exemplo, guardar o que sobra do almoço para a janta. Outra falha praticada é

de reaquecer as sobras do almoço, o aquecimento não alcança a temperatura mínima

necessária para a destruição de microrganismos. Falhas como falta de higiene no

condicionamento e manuseio dos alimentos também são comuns26

. A falta de programas de

educação em segurança alimentar dirigidos à população provavelmente esta ligada aos dados

estatísticos. Boa parte da população não conhece as condições necessárias para uma adequada

preparação de alimentos, incluindo o armazenamento (locais, temperatura, tempo de

armazenamento) e especialmente desconhece os riscos que podem estar agregados a alimentos

contaminados21

.

Quanto ao agente responsável pela ocorrência, este não é especificado geralmente

devido à ausência de diagnóstico laboratorial30

. E com relação aos tipos de alimentos que são

mais notificados, pode-se destacar na literatura: carne30

, laticínios17

, maionese e produtos à

base de ovos18

, alimentos mistos27

, entre outros. Já no município estudados foram notificados

na maioria dos casos os alimentos considerados como fast-food, seguido por queijo, bolo e

sorvete, maionese e carne de porco.

Quanto às bebidas alcoólicas, houve poucos casos neste trabalho, provavelmente por

não ser uma ficha especifica para intoxicação alcoólica, mas a possíveis casos associados a

alimentos. No entanto, na literatura em Maringá-PR encontrou-se 338 registros por

intoxicação alcoólica nas fichas de notificação do CCI/HUM no período de 2003 a 2007, onde

a faixa etária predominante encontrou-se entre 17 e 18 anos, além disso, a maioria dos jovens

eram do sexo masculino36

, assim como apontado neste estudo.

Em relação à distribuição mensal o maior número de casos está relacionado

provavelmente ao período de férias e temporada de praia na região do Araguaia, onde um

grande número de turistas visita a região estudada. Em Campina Grande-PB no ano de 2005

os meses de janeiro e junho se destacaram. Janeiro, é o mês de férias para a maioria da

população, assim permanecem mais tempo em casa ou fazendo atividades recreativas,

também este mês corresponde a um período do ano em que a temperatura média favorece o

crescimento microbiano nos alimentos e em junho pode ter sido por ser uma época do ano

onde se tem as festas juninas, no qual há diversos comidas à base de milho são feitas, e este é

um grão de fácil contaminação30

. Em Santa Catarina no período entre 1994 a 2001, 33% dos

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30

casos aconteceram nos 3 meses mais quentes do ano (dezembro, janeiro e fevereiro). Com

isso, nota-se claramente a importância do fator ambiental para evolução das DTAs, visto que

calor e umidade é um meio favorável para a reprodução de microrganismos26

. No município

de Barra do Garças a temperatura média anual é considerado alta, portanto um clima quente é

encontrado o ano todo.

A zona urbana teve predominância nas notificações como na literatura26,30,23

. E isto

acontece devido ao fato que apenas uma parte pequena de pessoas afetadas por esse tipo de

intoxicação busca atendimento médico. Acredita-se que as populações rurais fazem uso de

plantas medicinais, o que é capaz de impedir a procura de serviços de saúde por parte desses

indivíduos30

.

Para a evolução dos casos, como neste estudo, observa-se a maioria das intoxicações

evoluíram para a cura sem sequela30,24

e ausência de óbito30

. No entanto, foi observado no

estado de São Paulo-SP, entre 2008 a 2010, com 33.534 casos de DTA, nove óbitos e

letalidade de 0,02%27

. Já no Brasil, entre 2000 a 2017, houve um número de doentes de

239.164 de DTA, 186 casos de óbitos e uma taxa de letalidade de 0,08%34

.

Na literatura há relatos de Fichas de Inquérito Coletivo incompletas ou com

informações inconsistentes, também são aspectos que dificultam a análise dos prováveis

agentes, sendo capaz de comprometer os dados analíticos, já que interrompem o

encaminhamento laboratorial35

. Também muitos casos de DTHA passam despercebidos, isto

é, não revelado ou investigado18

. Neste estudo, como limitação foram observados dados

inconsistentes e com significativa quantidade notificada como ignorado, dificultando a analise

correta dos resultados, talvez devido da falta de treinamento da equipe da saúde ou a falta de

interesse dos indivíduos atendidos. Números baixos de casos de DTA pode ser provavelmente

pela escassez de orientações dirigidas a população, para que sejam registrados pelos órgãos

competentes de fiscalização e de controle das DTAs23

.

No Brasil, ainda é pequena a coleta de dados epidemiológicos e há carência de

investigação laboratorial, colaborando com a deficiência de informações sobre este tipo de

intoxicação30

. Através deste levantamento de dados, observa-se que os casos de intoxicação

alimentar mesmo sendo um grande problema para a saúde publica, ainda não recebem a

devida atenção. A população não procura auxílio médico e muitas vezes quando procuram

não ocorre à notificação corretamente, seja por desinteresse do indivíduo acometido ou pelo

atendente de saúde pública, ou até mesmo pela falta de conhecimento de ambas as partes.

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31

Portanto, caracteriza-se como ponto forte deste trabalho a divulgação desta problemática, a

contribuição para uma melhor preparação dos profissionais envolvidos e maior

conscientização da população.

CONCLUSÃO

As analises realizadas demostram que as principais circunstâncias acometidas durante

a o período estudado neste município foram relacionadas a população de 18 a 59 anos, no

ensino fundamental, pela via digestiva, aos alimentos considerados fast-food e o principal

local de ocorrência foram as residências. Assim, é necessário ter mais informação voltada à

população, provavelmente devido a falta de conhecimento voltado a educação alimentar.

Quanto aos casos envolvendo bebidas, a maioria das notificações envolveu bebidas alcoólicas.

Portanto é importante que se tenha campanhas e ferramentas para ajudar na prevenção

e conscientização dos riscos a saúde associado à ingestão de alimentos e bebidas. Também

destaca-se a importância de preparar e incentivar uma notificação completa pelos

profissionais envolvidos.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de Chapecó, Estado de Santa Catarina, Brasil, no período de 1995 a 2007. Epidemiologia e

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saude/alimentos/415-doenca-transmitida-por-alimento-dta .

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alimentos ocorridos no Paraná, Brasil. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. 2013; 34(1):

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18. Klein LR, Bisognin RP, Figueiredo DMS. Estudo do perfil epidemiológico dos surtos de

doenças de transmissão hídrica e alimentar no rio grande do sul: uma revisão dos registros no

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22. Brasil. Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual integrado de

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MS, 2010.

23. Marinho GA et al. Perfil epidemiológico das Doenças Transmitidas por Alimentos e seus

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35

epidemiológica das doenças transmitidas por água e alimentos; investigação de surtos: normas

e instruções. 2008.

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garcas/panorama

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36

3. Normas para publicação do periódico

Diretrizes para Autores

Instruções para colaboradores

A Revista de APS – Atenção Primária à Saúde – (impressa e on line) é uma

publicação científica trimestral do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em

Saúde (NATES), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com

a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Rede de Educação

Popular em Saúde, e tem por finalidades: sensibilizar profissionais e autoridades da

área de saúde em APS; estimular e divulgar temas e pesquisas em APS; possibilitar

o intercâmbio entre academia, serviço e movimentos sociais organizados; promover

a divulgação daabordagem interdisciplinar e servir como veículo de educação

continuada e permanente no campo da Saúde Coletiva, tendo como eixo temático a

APS.

1. A revista está estruturada com as seguintes seções: Artigos Originais; Artigos de

Revisão; Artigos de Atualização; Relato de Casos e

Experiências; Entrevista; Tribuna;Atualização Bibliográfica;Serviços; Notícias.

A seção “Artigos Originais” é composta por artigos resultantes de pesquisa científica,

apresentando dados originais de descobertas com relação a aspectos experimentais

ou observacionais, voltados para investigações qualitativas ou quantitativas em

áreas de interesse da APS. “Artigos originais” são trabalhos que desenvolvem

críticas e criação sobre a ciência, tecnologia e arte das ciências da saúde, que

contribuam para a evolução do conhecimento humano sobre o homem e a natureza

e sua inserção social e cultural. (Devem ter até 25 páginas com o texto na seguinte

estrutura: introdução; material ou casuística e métodos, resultados, discussão e

conclusão).

A seção “Artigos de Revisão” é composta por artigos nas áreas de “Gerência,

Clínica, Educação em Saúde”. Os “artigos de revisão” são trabalhos que apresentam

sínteses atualizadas do conhecimento disponível sobre matérias das ciências da

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saúde buscando esclarecer, organizar, normatizar, simplificar abordagens dos vários

problemas que afetam o conhecimento humano sobre o homem e a natureza e sua

inserção social e cultural. Têm por objetivo resumir, analisar, avaliar ou sintetizar

trabalhos de investigação já publicados em revistas científicas. (Devem ter até 20

páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão).

A seção de “Artigos de Atualização” é compostapor artigos que relatam

informações atuais ou novas técnicas das áreas cobertas pela publicação. (Devem

ter até 15 páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e

conclusão).

A seção de “Relato de Casos e Experiência” é composta por artigos que relatam

casos ou experiências, explorando um método ou problema através do exemplo. Os

relatos de casos apresentam as características do indivíduo estudado, com

indicação de sexo, idade e podem ser realizados em humanos ou animais,

ressaltando sua importância na atuação prática e mostram caminhos, condutas e

comportamentos para sua solução. (Devem ter até 8 páginas com a seguinte

estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão).

As demais seções são de responsabilidade dos Editores para definição do tema e

convidados: Entrevista - envolvendo atores da APS; Tribuna – debate sobre tema

polêmico na APS, com opinião de especialistas (2 páginas); Atualização

bibliográfica – composta de lançamentos de publicações, resenhas (1 página) e

resumos de dissertações ou teses (2 páginas), de interesse na

APS; Serviços informa sobre eventos e endereços úteis; Notícias –informa

sobreeventos ocorridos, portarias ministeriais, relatórios de grupos de trabalho, leis

de interesse na APS.

2. A submissão dos trabalhos é realizada online no

endereço: http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmission

s.O (s) autor (es) deve (m) se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de

forma ágil às mensagens eletrônicas recebidas, podendo aí acompanhar o processo

de avaliação. Os artigos devem ser elaborados utilizando o programa “Word for

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Windows”, versão 6.0 ou superior em formato doc ou rtf, letra “Times New Roman”

tamanho 12, espaço entre linhas um e meio, com o limite de páginas descrito entre

parênteses em cada seção acima citada. Devem vir acompanhados de ofício de

encaminhamento (anexado em documento suplementar no Passo 4 da submissão

em http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions) cont

endo nome dos autores e endereço para correspondência, e-mail, telefone, fax e

serem endereçados à revista. Neste ofício, deverá ser explicitada a submissão

exclusiva do manuscrito à Revista de APS, bem como declaração formal da

contribuição de cada autor (segundo o critério de autoria do International Committee

of Medical Journal Editors, autores devem contemplar todas as seguintes condições:

(1) Contribui substancialmente para a concepção e planejamento, ou análise e

interpretação dos dados; (2) Contribui significativamente na elaboração do rascunho

ou na revisão crítica do conteúdo; e (3) Participei da aprovação da versão final do

manuscrito). Ao trabalho que envolver pesquisa com seres humanos será exigido

que esta tenha obtido parecer favorável de um Comitê de ética em pesquisa em

seres humanos, devendo o artigo conter a referência a esse consentimento, estando

citado qual CEP o concedeu, e cabendo a responsabilidade pela veracidade desta

informação exclusivamente ao (s) autor (es) do artigo.

3. Os trabalhos devem obedecer à seguinte sequência de apresentação:

a) título em português e inglês; deve ser conciso e explicativo, representando o

conteúdo do trabalho. Não deve conter abreviaturas

b) a identificação dos autores, filiação institucional e contato devem ser digitadas

no SEER, cadastro dos autores. O manuscrito dever ser submetido no SEER

sem autoria.

c) resumo do trabalho em português em que fiquem claros a síntese dos

propósitos, os métodos empregados e as principais conclusões do trabalho;

d) palavras-chave – mínimo de 3 e máximo de 5 palavras-chave ou descritores do

conteúdo do trabalho, apresentadas em português de acordo com o DeCS –

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39

Descritores em Ciências da Saúde da BIREME- Centro Latino Americano e do

Caribe de Informação em Ciências da Saúde – URL: http://decs.bvs.br/

e) abstract – versão do resumo em inglês;

f) key words – palavras-chave em inglês, de acordo com DeCS;

g)artigo propriamente dito, de acordo com a estrutura recomendada para cada tipo

de artigo, citados no item 1;

h) figuras (gráficos, desenhos, tabelas) devem ser enviadas no corpo do texto, no

local exato de inserção na definição dos autores; serão aceitas fotografias em

preto e branco. Todas as figuras deverão ser apresentadas em preto e branco

ou escalas de cinza;

i) referências: Em conformidade com os “Requisitos Uniformes para Originais

submetidos a Periódicos Biomédicos” conhecido como Estilo de Vancouver,

elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas –

ICMJE disponível em: <http://www.icmje.org> e

<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed> (ingles) e <http://w

ww.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html> (português)..

1. Não são aceitas notas de rodapé. O conteúdo das mesmas deve ser inserido

no corpo do artigo;

2. Citações no texto: as citações de autores e textos no corpo do manuscrito

serão numéricas, de acordo com ordem de citação, utilizando o estilo

“Vancouver” ou “Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos

Biomédicos”.

Ex: Citando autor: Vasconcelos1:

Citando texto: “A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do

setor saúde que se tem ocupado mais diretamente com a criação de vínculos

entre a ação médica e o pensar cotidiano da população.”1:243 (indica-se o nº da

referencia : e a pagina)

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40

Todas as referências citadas no texto, incluindo as de quadros, tabelas e gráficos

deverão fazer parte das referências, apresentadas em ordem numérica no final

do artigo.

Regras para entrada de autores ver

em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed&part=A32352

A seguir são apresentados alguns exemplos de referências:

Artigo de Periódicos

Com até seis autores:

Motta MG. Programa Médico de Família de Niterói: avaliação da assistência pré-

natal na Região Oceânica. Rev APS. 2005 jul./dez; 8(2):118-22. .

Najar AL, Peres FF. A divisão social da cidade e a promoção da saúde: a

importância de novas informações e níveis de decupagem. Ciên Saúde Coletiva.

2007 maio/jun;12(3):675-82.

Aquino NMR, Sun SY, Oliveira EM, Martins MG, Silva JF, Mattar R. Violência sexual

e associação com a percepção individual de saúde entre mulheres. Rev Saúde

Pública. 2009 dez; 43(6):954-60.

Com mais de seis autores

Hallal AH, Amortegui JD, Jeroukhimov IM, Casillas J, Schulman CI, Manning RJ, et

al. Magnetic resonance cholangiopancreatography accurately detects common bile

duct stones in resolving gallstone pancreatitis. J Am Coll Surg. 2005 Jun; 200(6):869-

75..

Livro

Autoria própria

Birman J. Pensamento freudiano. Rio de Janeiro:Jorge Zahar; 1994. 204p.

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41

Oguisso T, Schmidt MJ, organizadores. O exercício da enfermagem: uma

abordagem ético-legal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.

Sem autoria

Análise do desempenho hospitalar: III Trimestre. Rio de Janeiro: CEPESC; 1987.

295p.

Capítulo de Livro

Vasconcelos EM. Atividades coletivas dentro do Centro de Saúde. In: Vasconcelos

EM. Educação popular nos serviços de saúde. 3a. ed. São Paulo: Hucitec; 1997.

cap.9, p.65-9.

Dissertação e Tese

Caldas CP. Memória dos velhos trabalhadores [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto

de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 1993. 245f.

Teixeira MTB. Sobrevida de pacientes com câncer de estômago em Campinas,

SP [tese]. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do

Rio de Janeiro; 2000. 114f.

Trabalhos de Congressos, Seminários, Simpósios, etc.

Mauad NM, Campos EM. Avaliação da implantação das ações de assistência

integral à saúde da mulher no PIES/UFJF. In: 6º Congresso Brasileiro de Saúde

Coletiva, 2000, Salvador. Resumos. Salvador: Associação Brasileira de Pós-

graduação em Saúde Coletiva; 2000. p.328, ref.1101.

Publicações governamentais:

Ministério da Saúde (Brasil). Política nacional de práticas integrativas e

complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

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Documentos Jurídicos

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Brasília: Senado Federal; 1988. 292p.

Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM nº 971 de 03 de maio de 2006. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 04 maio 2006. N. 84, Sec. 1, p.17888.

Minas Gerais. (Brasil). Decreto n. 17.248 de 4 de julho de 975. Minas Gerais, Belo

Horizonte, 1975. jul. 5, p. 5.

Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM nº 971 de 03 de maio de 2006. [Citado em:

20 maio 2007b] Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/legislacao/portarias.html.

Artigo de Jornal

Sá F. Praias resistem ao esgoto: correntes dispersam sujeiras mas campanha de

informação a turistas começa domingo. Jornal do Brasil ( JB Ed.) 1999 abr. 15,

Primeiro Caderno, Cidade, p.25. (col.1)

Gaul G. When geography influences treatment options. Washington Post (Maryland

Ed.). 2005 Jul 24;Sect. A:12 (col. 1).

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University of California. 1996 - [cited 2007 Feb 1]. Available

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The American Academy of Pain Medicine: The Physician's Voice in Pain

Medicine [Internet]. Glenview (IL): The Academy; c2007 [cited 2007 Feb 22].

Available from: http://www.painmed.org/.

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Polgreen PM, Diekema DJ, Vandeberg J, Wiblin RT, Chen YY, David S, Rasmus

D, Gerdts N, Ross A, Katz L, Herwaldt LA. Risk factors for groin wound infection

after femoral artery catheterization: a case-control study. Infect Control Hosp

Epidemiol [Internet]. 2006 Jan [cited 2007 Jan 5];27(1):34-7. Available from:

http://www.journals.uchicago.edu/ICHE/journal/issues/v27n1/2004069/2004069.w

eb.pdf

4. Os artigos são de total e exclusiva responsabilidade dos autores.

5. A revista aceita trabalhos em português, espanhol e inglês.

6. Há necessidade que os autores explicitem eventuais conflitos de interesse que

possam interferir nos resultados (em documento suplementar)

7. Em trabalhos que envolvam financiamentos, estes devem ser citados no final do

artigo antes das referências.

8. Avaliação por pares: os artigos recebidos são protocolados pelo SEER (Sistema

eletrônico de editoração de revistas) ficando na fila de submissões como não

designados. A diretora executiva faz a triagem, se insere como editora e faz a

solicitação de avaliação a dois avaliadores entre os editores associados e Conselho

Editorial, em conformidade com as áreas de atuação e especialização dos membros

e o assunto tratado no artigo, dessa forma o artigo entra no SEER em avaliação.

Todos os artigos são submetidos à avaliação de dois consultores, de instituição

diferente do(s) autor (es) em um processo duplo cego, que os analisam em relação

aos seguintes aspectos: adequação do título ao conteúdo; estrutura da publicação;

clareza e pertinência dos objetivos; metodologia; clareza das informações; citações

e referências adequadas às normas técnicas adotadas pela revista e pertinência a

linha editorial da revista. Os avaliadores emitem seus pareceres no sistema,

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44

aceitando, recusando ou recomendando correções e/ou adequações necessárias.

Nesses casos, os artigos serão devolvidos ao(s) autor(es) para os ajustes e reenvio;

e aos consultores para nova avaliação. Em caso de recomendação de reformulação

do artigo, o autor deverá fazer as modificações e enviar, junto com o artigo

reformulado, uma carta ao parecerista informando, ponto por ponto, as modificações

feitas (essa deverá ser anexada em documento suplementar no SEER). O resultado

da avaliação é comunicado ao(s) autor(es) e os artigos aprovados ficam disponíveis

para publicação em ordem de protocolo. Não serão admitidos acréscimos ou

modificações após a aprovação.

9. A submissão dos trabalhos é on line no endereço:http://www.aps.ufjf.br. O (os)

autor (es) deve (m) se cadastrar usando E - mail válido, respondendo de forma ágil

às mensagens eletrônicas recebidas, podendo também acompanhar o processo de

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Como parte do processo de submissão, autores são obrigados a verificar a

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aos autores as submissões que não estiverem de acordo com as normas.

1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação

por outra revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".

2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word, OpenOffice ou

RTF (desde que não ultrapasse os 2MB)

3. Todos os endereços de páginas na Internet (URLs), incluídas no texto

(Ex.: http://www.ibict.br) estão ativos e prontos para clicar.

4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico ao

invés de sublinhar (exceto em endereços URL); com figuras e tabelas

inseridas no texto, e não em seu final.

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5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos

em Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.

6. A identificação de autoria deste trabalho foi removida do arquivo e da opção

Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,

caso submetido para avaliação por pares (ex.: artigos), conforme instruções

disponíveis em Assegurando a Avaliação por Pares Cega.

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Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para

os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras

finalidades ou à terceiros.

Condições para submissão

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por outra revista; caso contrário, justificar em "Comentários ao Editor".

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4. Título do periódico

Revista APS - Atenção Primária à Saúde

ISSN: 1516-7704 (impressa)

ISSN: 1809-8363 (on line)

Qualificação Qualis: B5 na CAPES

Cadastrada na ABEC - Associação Brasileira de Editores Científicos

Endereço postal: NATES/UFJF / Revista de APS - Atenção Primária à Saúde

Campus da UFJF - Bairro Martelos - Cep: 36.036-900

Juiz de Fora - M.G.

Telefone: (32) 32293830

FAX: (32) 32293832

E-mail: [email protected]

Site: http://www.aps.ufjf.br.

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5. Referências bibliográficas geral

MACEDO, Alessandra Teixeira de et al. Intoxicações por Clostridium botulinum, Víbrio cholerae e Salmonella typhi no Brasil entre os anos de 2001 e 2014. Revista Ceuma Perspectivas, v. 30, n. 2, p. 180-192, 2017.

BRESOLIN, Bruna Maria Zvolinski; DALL'STELLA, Julia K.; FONTOURA-DA-SILVA, Sérgio Eduardo. Pesquisa sobre a bactéria Staphylococcus aureus na mucosa nasal e mãos de manipuladores de alimentos em Curitiba/Paraná/Brasil. Estudos de biologia, v. 27, n. 59, 2017.

BRUM, Desiane de Carvalho Moresi et al. Qualidade microbiológica e físico-química de refrescos comercializados nos municípios de Barra Mansa e Volta Redonda-RJ. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 9, n. 4, p. 943-953, 2015.

OLIVEIRA, Ana Beatriz Almeida de et al. Doenças transmitidas por alimentos, principais agentes etiológicos e aspectos gerais: uma revisão. Revista HCPA. Porto Alegre. v. 30, n. 3, p. 279-285, 2010.

SILVA, Júlio César Gomes da et al. Incidência de doenças transmitidas por alimentos (DTA) no estado de Pernambuco, um acompanhamento dos dados epidemiológicos nos últimos anos. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-FACIPE, v. 3, n. 1, p. 23, 2017.

AMARANTE, Jarbas Freitas et al. Resistência aos antimicrobianos de bactérias obtidas de carpas (Cyprinus carpio) cultivadas em sistema semi-intensivo. Ciência Animal Brasileira, v. 19, n. 1, p. 1-7, 2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações Técnicas. Doenças Transmitidas por Alimentos. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-transmitidas-por-alimentos/informacoes-tecnicas> Acesso em 19/05/2018.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Estado de Santa Catarina. Doenças Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA). Disponível em: <http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/index.php/inspecao-de-produtos-e-servicos-de-saude/alimentos/91-area-de-atuacao/inspecao-de-produtos-e-servicos-de-saude/alimentos/415-doenca-transmitida-por-alimento-dta> Acesso em 19/05/2018.

SCUCCATO, Maria Virgínia Motta Barbosa et al. Ocorrência de surtos de doenças transmitidas por alimentos na jurisdição da superintendência regional de saúde de diamantina no período de 2008 a 2011. In: 11º Congresso Internacional da Rede Unida. 2014.

GARCIA, Daiana Pereira; DUARTE, Diego Andreazzi. Perfil epidemiológico de surtos de doenças transmitidas por alimentos ocorridos no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 6, n. 1, p. 545-554, 2014.

AMORIM, Maria Lucineide Porto; MELLO, Maria Júlia Gonçalves de; SIQUEIRA, Marília Teixeira de. Poisoning in children and adolescents notified at a toxicology

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center in the Northeast of Brazil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 17, n. 4, p. 765-772, 2017.

ROCHA, Vanessa R; PIRES, Patrícia F. F. Uso de agrotóxicos em hortifrútis fornecidos pela agricultura familiar ao programa nacional de alimentação escolar, no município de Apucarana-PR. Caderno Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 10, n. 6, 2017.

SOUZA, Daiane Ribeiro et al. Efeitos tóxicos dos fungos nos alimentos. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 10, n. 2, p. 73-84, 2017.

MOSTAFA, Ashraf A. et al. Antimicrobial activity of some plant extracts against bacterial strains causing food poisoning diseases. Saudi Journal of Biological Sciences, v. 25, n. 2, p. 361-366, 2018.

SUVISA, Superintendência de Vigilância em Saúde. Gerência de Vigilância Epidemiológica (GVE). Estado de Goiás. Disponível em: <http://www.visa.goias.gov.br/pagina/ver/5426/gerencia-de-vigilancia-epidemiologica> Acesso em 04/10/2018.

RICARTE, Camilla; LAURO, Armando. Avaliação higiênico–sanitário de franquias de fast–foods em Campina Grande. 2017.

NEVES, Millena Correia de Moraes. Levantamento de dados oriundos do DATASUS relativos à ocorrências/surtos de intoxicação alimentar no Brasil de 2007-2014. 2015.

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ministério da saúde. Doenças transmitidas por alimentos e água. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2062-doencas-transmitidas-por-alimentos-e-agua-dta> Acesso em 04/10/2018.

DAMASCENO, Ianna Guimarães et al. Fatores intrísicos que controlam o desensolvimento microbiano em alimentos. Mostra Científica da Farmácia, v. 4, n. 1, 2018.

MALLET, Aline Cristina Teixeira et al. Avaliação microbiológica de saladas cruas servidas em restaurantes do tipo self-service do município de Volta Redonda (RJ). Cadernos UniFOA, v. 12, n. 34, p. 86-96, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 12 de 02 de janeiro de 2001. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2001.

EDUARDO, Maria Bernadete de Paula; KATSUYA, Elizabeth Marie; BASSIT, Nídia Pimenta. Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por água e alimentos; investigação de surtos: normas e instruções. In: Vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por água e alimentos; investigação de surtos: normas e instruções. 2008.

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ALMEIDA, Jonatas Campos de et al. Perfil epidemiológico de casos de surtos de doenças transmitidas por alimentos ocorridos no Paraná, Brasil. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 34, n. 1, p. 97-106, 2013.

MAZIERO, Maike Taís; BERSOT, Luciano dos Santos. Micotoxinas em alimentos produzidos no Brasil. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, v. 12, n. 1, p. 89-99, 2010.

MELO, Eveny Silva de et al. Doenças transmitidas por alimentos e principais agentes bacterianos envolvidos em surtos no Brasil. PUBVET, v. 12, n. 10, p. 1-9, 2018.

SIRTOLI, Daniela Bezerra; COMARELLA, Larissa. O papel da vigilância sanitária na prevenção das doenças transmitidas por alimentos (DTA). Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 12, n. 10, p. 197-209, 2018.

MONTEIRO, Sara da Encarnação Amaro. Avaliação da qualidade microbiológica de saladas prontas para consumo comercializadas na região de Lisboa. Tese de Doutorado. 2016.

Brasil. Resolução RDC nº 274, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Diário Oficial da União, 15 de outubro de 2002.

ANJOS, Paula et al. Salmonella spp. e Listeria monocytogenes, microrganismos patogênicos em alimentos: uma revisão de literatura. Mostra Científica em Biomedicina, v. 1, n. 1, 2017.

BERNARDES, Nicole Blanco et al. Intoxicação Alimentar: Um problema de Saúde Pública. Id on Line REVISTA DE PSICOLOGIA, v. 12, n. 42, p. 894-906, 2018.

PINTO, António de F. M. Antunes. Doenças de origem microbiana transmitida pelos alimentos. Disponível em: <WWW.ipv.pt/millenum/etc4-1.htm> Acesso em: 05/ 03/2019.

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6. Anexo

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