jovem guarda by delziene perdoncini

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Campo grande, 13 de maio de 2014. Cursista: Delziene da Silva de Jesús Perdoncini Ministrante: Prof. Marlon Nantes Trabalho sobre a JOVEM GUARDA A partir da década de 1950, o cenário cultural brasileiro passou a vivenciar tempos de impressionante efervescência. Em virtude da popularização dos meios de comunicação e do contato com manifestações de outros países, a juventude brasileira experimentava novas formas de expressão que os inseria enquanto agentes ativos de sua cultura. No campo musical, o rock’n’roll caía no gosto de vários jovens que se identificavam com as músicas e a letras de Elvis Presley, Chuck Berry, Beatles e Rolling Stones. Essa nova sonoridade experimentada motivou diversos jovens a reproduzirem esse novo gênero com letras ambientadas em cenários urbanos brasileiros. Novos cantores e bandas apareciam na cena musical da época, como os reis do “iê, iê, iê” embalados pelo som das guitarras elétricas e do ritmo ditado pelas baterias. Nesse mesmo período, a TV se torna o grande espaço de popularização de artistas como Roberto Carlos, Wanderléia, Erasmo Carlos, Sérgio Reis, Os Vips, Golden Boys, Jerry Adriani e Ronnie Von. O aparecimento desses artistas acabou instituindo o movimento da “Jovem Guarda”, nome originalmente retirado do programa televiso da Record criado

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Trabalho sobre Jovem Guarda para curso de educação musical by Delziene Perdoncini 2014

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Page 1: Jovem guarda by Delziene Perdoncini

Campo grande, 13 de maio de 2014.

Cursista: Delziene da Silva de Jesús Perdoncini

Ministrante: Prof. Marlon Nantes

Trabalho sobre a JOVEM GUARDA

A partir da década de 1950, o cenário cultural brasileiro passou a vivenciar tempos de impressionante

efervescência. Em virtude da popularização dos meios de comunicação e do contato com manifestações de

outros países, a juventude brasileira experimentava novas formas de expressão que os inseria enquanto

agentes ativos de sua cultura. No campo musical, o rock’n’roll caía no gosto de vários jovens que se

identificavam com as músicas e a letras de Elvis Presley, Chuck Berry, Beatles e Rolling Stones.

Essa nova sonoridade experimentada motivou diversos jovens a reproduzirem esse novo gênero com letras

ambientadas em cenários urbanos brasileiros. Novos cantores e bandas apareciam na cena musical da época,

como os reis do “iê, iê, iê” embalados pelo som das guitarras elétricas e do ritmo ditado pelas baterias. Nesse

mesmo período, a TV se torna o grande espaço de popularização de artistas como Roberto Carlos, Wanderléia,

Erasmo Carlos, Sérgio Reis, Os Vips, Golden Boys, Jerry Adriani e Ronnie Von.

O aparecimento desses artistas acabou instituindo o movimento da “Jovem Guarda”, nome originalmente

retirado do programa televiso da Record criado em 1965. Um dos fatores que possibilitaram a ascensão

destes novos grupos e cantores na TV foi o espaço deixado pelos clubes de futebol, que haviam proibido a

transmissão televisiva de suas partidas.

Não por acaso, a entrada pela TV favorecia o uso do visual moderno e das performances agitadas entre

aqueles que se apresentavam nos programas do período. Apesar da fama alcançada, a Jovem Guarda também

foi alvo das críticas dos que compreendiam a inserção do rock e o uso das temáticas românticas como uma

total falta de compromisso para com os problemas vividos no país. Nesse mesmo período, outro programa de

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televisão chamado “O Fino da Bossa”, apresentado pelos cantores Jair Rodrigues e Elis Regina, fazia diversas

críticas contra as opções estéticas e temática dos cantores da Jovem Guarda.

De fato, essa disputa demonstrava a grande efervescência cultural do cenário musical brasileiro durante a

década de 1960. Com o passar do tempo e o amadurecimento do público fiel à Jovem Guarda, muitos de seus

artistas se aventuraram em outros campos da música. Essa situação pode ser vista através da carreira de

Roberto Carlos, que nas décadas seguintes se transformaria em um dos maiores representantes da música

romântica no Brasil.

Músicas mais conhecidas

Em 1963, um renovado Roberto Carlos apareceu com Splish Splash, Parei na Contramão, sucessos que abriram

caminho para o seu grande estouro: O Calhambeque. Assim começou o seu reinado. E seguindo saiu É proibido

fumar, cujo se tornou um clássico. Como parceria Erasmo Carlos também começou sua carreira solo com

Minha fama de mau.

MODA

A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia

ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já

começavam a abandonar as saias rodadas e atacavam de calças cigarette. Os anos 60, acima de tudo, viveram

uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas ideias de

liberdade. Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter

várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento. Na moda, a grande

vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia, botas brancas. Os cabelos que as meninas usavam eram

compridos com alguns penteados. Já a moda masculina, usava-se paletós sem colarinho e o cabelo de franjão,

gravatas largas e botinas.

Principais cantores e conjuntos

Roberto Carlos (O Rei), Erasmo Carlos ( Tremendão) ,Wanderléia ( Ternurinha), Wanderley Cardoso, Jerry

Adriani, Eduardo Araújo, Martinha, Ed Wilson, Waldirene ( A garota do Roberto), Leno & Lílian, Deny e Dino,

Bobby Di Carlo, Golden Boys, Renato & Seus Blue Caps, Os Incríveis, Os Vips e tantos outros.

Bibliografia

http://temposjovemguarda.blogspot.com.br/

http://www.brasilescola.com/historiab/jovem-guarda.htm

http://3.bp.blogspot.com/_dwU2teEjX7s/Swqh8qzolmI/AAAAAAAAAKM/cQgAO69QRQ0/s1600/

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