jornaloestepta 2012-07-06 nº 3989 pg02

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Sexta-feira, 06 de Julho de 2012 O OESTE PAULISTA Página 02 Tomé, o incrédulo Jesus aparece aos seus discípulos no entardecer do domingo. Um dia inteiro já praticamente havia passado desde que as mulheres haviam ido ao túmulo pela manhã e não encontraram o corpo do Senhor. Com certeza, estariam os discípulos atordoados com o acontecido e sem saber o que fazer. A presença de Jesus entre Eles era, portan- to, alvissareira e esclarecedora. O Mestre estava Vivo! E todos podiam sentir em seus corações a paz da presença do Amado. Tomé, porém, não estava entre eles. E, como sabemos, não acreditou no relato dos amigos. E, também como nos contam os Evangelhos, uma semana depois, estando eles no mesmo lugar – Tomé, inclusive – o Senhor tornou a lhes aparecer. E Tomé pode, então, acreditar. Mais que cair de joelhos ao reconhecer Jesus, Tomé firma a promessa de felicidade para todos aqueles que depois não veriam Jesus mas, ainda assim, acreditariam. Diz o Mestre: “Tu crestes porque me vistes. Felizes os que irão crer ser tem visto!” (cf Jo 19,29). Nas palavras de Jesus estamos incluídos todos nós que sem conhecer a presença física do Senhor, podemos reconhecê-Lo nos gestos de ressurreição que encontra- mos em nossos cotidianos. Quantas vezes somos também iguais a Tomé? Quantas vezes pedimos a Deus os sinais concretos de sua presença viva e, tal como o discípulo, queremos tocar seus pés e suas mãos? E quantas vezes por nossa fé, estendemos a felicidade e a paz a outras pessoas que ainda não creem ou estão com a fé abalada? Talvez todos nós tenhamos um relato pessoal sobre uma dessas situações. E é este testemunho que nos faz fermento na massa transformadora do mundo. Que possamos ser como aqueles que primeiro viram o Senhor ressuscitado! Que possamos ser como Tomé, o vacilante e incré- dulo, que garantiu a promessa do Senhor a todos nós! Pois que é da força da nossa fé e do testemunho de nossas incredulidades superadas que fazemos nova a vida. Texto para sua oração: Jo 20, 19-31 Fonte: amaivos Colaboração: L.Silva No dia 9 de julho o estado de São Paulo comemora e relembra os acontecimentos do Movimento Revolucionário Paulista de 1932. Esta data é um marco importante no estado e no Brasil. Deste movimento surge, como exigência dos paulistas, uma nova Constituição, a de 1934, e que o país se tornasse mais democrático. Este movimento a favor do fortalecimento da democracia teve sua origem com a eleição presidencial de 1º de março de 1930, quanto o então presidente da república, o paulista Washington Luís, quebra uma aliança com os mineiros, da política do café-com-leite, um presidente paulista num ano e um mineiro no outro, indicando mais um paulista para as eleições, em detrimento da indicação de um mineiro. Isto causa uma desavença entre mineiros e paulistas que provoca uma aliança entre os estados das Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, com a indicação de Getúlio Vargas para presidente, um gaucho e para vice-presidente, João Pessoa, um paraibano, então governador deste estado. O candidato paulista, Julio Prestes, vence as eleições em resultados anunciados em 21 de maio de 1931, mas não toma posse, por conta e obra de um levante militar, um verdadeiro golpe de estado, comandado por Getúlio Vargas que depôs o então presidente paulista Washington Luís, antes que este conseguisse empossar o presidente eleito, outro paulista, o Júlio Prestes e que pôs fim, ao período que hoje denominamos de República Velha. Este período comandado por Getúlio Vargas ficou conhecido como a “Era Vargas” e a Revolução Constitucionalista de 1932 representou então o inconformismo dos paulistas em relação à ditadura de Getúlio Vargas, que levou o nosso país à sua primeira e única guerra civil ocorrida no Brasil. Esta oposição dos políticos paulistas levou Getúlio Vargas, como resposta, não apenas se negar a dividir o poder com o estado de São Paulo, como ameaçou reduzir seu poder dentro do próprio estado, com a nomeação de um interventor não-paulista para governar o estado, Pedro de Toledo. Os paulistas não aceitaram as arbitrariedades de Getúlio Vargas, o que levou ao conflito que opôs São Paulo ao resto do país. O governo provisório é marcado por conflitos entre os grupos oligárquicos e os chamados tenentes que apoiam a Revolução de 30. No dia 25 de janeiro de 1932, aniversário da cidade de São Paulo, houve um imenso comício na Praça da Sé, colorido com bandeiras do município. Partidos políticos que eram rivais estavam unidos. Em fevereiro a situação se agravou. O Partido Democrático (PD) rompeu com Vargas e seu governo, ao mesmo tempo em que se aproximou dos antigos adversários do Partido Republicano Paulista (PRP), formando a Frente Única Paulista (FUP), que se tornou a porta-voz das reivindicações de reconstitucionalização e de autonomia administrativa para o estado de São Paulo. Mais do que isso, a FUP passou a articular, junto aos meios militares e a algumas das principais entidades de classe do patronato paulista, a preparação de um movimento armado contra o Governo Provisório de Getúlio Vargas. O descontentamento foi aumentando e o povo se revoltou. Em 22 e 23 de maio, estudantes e populares queimaram e empastelaram as redações dos jornais ditatoriais e, nesse conflito, foram mortos quatro estudantes de direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. O nome dos quatro serviu para no futuro designar o movimento paulista: MMDC. O primeiro a morrer foi Camargo, justamente o estudante que era casado e pai de três filhos. No dia 9 de julho, o Brasil assistiu ao início de seu maior conflito armado, e também a maior mobilização popular de sua história. Homens e mulheres, estudantes, políticos, industriais e empresários, participaram da revolta contra Getúlio e o governo provisório de São Paulo. O desequilíbrio entre as forças governistas e constitucionalistas era grande. O governo federal tinha o poder militar e os rebeldes contavam apenas com a mobilização civil. As tropas paulistas lutaram praticamente sozinhas contra o resto do país. As armas e alimentos eram fornecidos pelo próprio estado, que mais tarde conseguiu o apoio do Mato Grosso. Cerca de 135 mil homens aderiram à luta, que durou três meses e deixou quase 900 soldados mortos no lado paulista, quase o dobro das perdas do Exército Brasileiro durante a 2ª Guerra Mundial. Embora o movimento tenha nascido de reivindicações da elite paulista, ele teve ampla participação popular. Um dos motivos foi a utilização dos meios de comunicação de massa para mobilizar a população. Os jornais de São Paulo faziam campanha pela revolução, assim como as emissoras de rádio, que atingiam audiência bem maior. Até hoje, a história da Revolução de 32 é mal contada. Ou, pelo Santo Anastácio na Revolução Constitucionalista de 1932 menos, é contada de duas formas. Há a versão dos governistas (getulistas) e a dos revolucionários (constitucionalistas). Durante muito tempo, a versão dos getulistas foi a mais disseminada nos livros escolares do país, mas hoje, com uma maior participação dos professores na escolha do material didático, a história também já é contada sob a ótica dos rebeldes. Aimportânciadomovimentoéincontestável.Seuprincipalresultado foi a convocação da Assembleia Nacional Constitucionalista. Mesmo assim, a Revolução de 32 continua como um dos fatos históricos do país menos analisados, tanto no tocante às causas quanto em relação às suas conseqüências. Os livros didáticos ainda trazem pouco sobre o tema. E como foi em nossa cidade o Movimento Constitucionalista de 32? Muita mobilização do povo e dos jovens anastacianos, quanto então tivemos a morte em combate de um jovem de Ribeirão dos Índios, o Gino Mazoni, que fazia parte da Companhia de Metralhadoras do Quartel de Quitaúna, próximo a São Paulo, em Osasco no dia 19 de agosto de 1932, sendo sepultado na cidade de Silveiras, SP. E também de um jovem de dezesseis anos que se alistou como voluntário, o Christiano Rodrigues do Lago, que foi feito prisioneiro na fronteira com a então província do Paraná, tendo ficado na prisão de Ilha das Flores, quando foi liberto logo após o término Nesta foto temos Costureiras voluntárias para a confecção dos fardamentos do exército revolucionário constitucionalista do Batalhão Anastaciano. Izabel Rodrigues do Lago, Lélia Rocha, Maria Lasmar, Eugênica Falcon, Rosa Lasmar, Angelina Zacarias, Alzira Rocha, Dolores Falcon, Izabel Falcon, Dona Eliza (costureira-chefe), a esposa do Sr. Delfim, Malvina Rahal e Adélia Quinteiro, além da menina Celma do Lago. Como todos podem perceber, não foi um evento que ocorreu num local distante, ou num outro país e longe das vistas sensíveis dos olhos daqueles e daquelas que foram verdadeiros combatentes. Esta revolução aconteceu no Estado de São Paulo e durou de julho a outubro, parcos três meses, mas que contou com um exército revolucionário de 135.000 homens, tendo morrido mais de 900 soldados do lado paulista, mais que o dobro dos soldados brasileiros mortos na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial, de 1944 a 1945. Por isto e por muito mais, é que nós paulistas devemos nos orgulhar ao nos relembrarmos daqueles valentes rapazes que lutaram por uma causa constitucionalista e paulista. Não esqueçamos jamais este evento político marcante em nossa história. E viva o povo anastaciano que não se furta aos seus verdadeiros desígnios, e que a nossa próxima revolução se inicie nas eleições municipais do final do ano, com votos conscientes, para o engrandecimento de nossa cidade, do nosso estado e do nosso querido Brasil. Santo Anastácio, 09/julho/2012, aos 80 anos da Revolução Constitucionalista... José Carlos Ramires - Colaborador [email protected] Nesta foto temos alguns combatentes anastacianos que foram a Campinas, onde vemos ao centro da foto, de terno, o Sr. José Sanches Postigo, que lá esteve em visita aos pracinhas e que foi prefeito em Santo Anastácio e pai do prefeito Ivandro Maciel Sanches e de Arion Maciel Sanches, hoje, Chefe de Obras do Município. Na foto vemos: Paquito, Tête, Postigo, Affonso Peres, Xinxo, Ivo Galli e mais três outros componentes do batalhão de voluntários anastacianos. Na foto acima, no local do alistamento militar em nossa cidade, vemos sentado no centro, ladeado por duas crianças, o Cap. Henrique Nicolino Rinaldi.

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Jornal O Oeste Paulista de Santo Anastácio, SP, Brasil, edição de 06-07-2012 nº 3989

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Sexta-feira, 06 de Julho de 2012 O OESTE PAULISTA Página 02

Tomé, o incrédulo Jesus aparece aos seus discípulos noentardecer do domingo. Um dia inteiro jápraticamentehaviapassadodesdequeasmulhereshaviamidoaotúmulopelamanhãenãoencontraramocorpodoSenhor.Comcerteza,estariamosdiscípulosatordoadoscomoacontecidoesemsaberoquefazer.ApresençadeJesusentreElesera,portan-to, alvissareira e esclarecedora. O MestreestavaVivo!EtodospodiamsentiremseuscoraçõesapazdapresençadoAmado. Tomé,porém,nãoestavaentreeles.E,comosabemos,nãoacreditounorelatodosamigos.E,tambémcomonoscontamosEvangelhos,umasemanadepois,estandoelesnomesmolugar–Tomé,inclusive–oSenhortornoualhesaparecer.ETomépode,então,acreditar. Mais que cair de joelhos ao reconhecer Jesus, Tomé firma apromessadefelicidadeparatodosaquelesquedepoisnãoveriamJesus mas, ainda assim, acreditariam. Diz o Mestre: “Tu crestesporque me vistes. Felizes os que irão crer ser tem visto!” (cf Jo19,29). Nas palavras de Jesus estamos incluídos todos nós quesemconhecerapresençafísicadoSenhor,podemosreconhecê-Lo

nos gestos de ressurreição que encontra-mosemnossoscotidianos. Quantas vezes somos também iguaisa Tomé? Quantas vezes pedimos a Deusos sinais concretos de sua presença vivae, tal como o discípulo, queremos tocarseus pésesuasmãos?Equantasvezespornossa fé,estendemosa felicidadeeapazaoutraspessoasqueaindanãocreemou estão com a fé abalada? Talvez todosnóstenhamosumrelatopessoalsobreumadessassituações.Eéestetestemunhoquenosfazfermentonamassatransformadora

domundo. QuepossamossercomoaquelesqueprimeiroviramoSenhorressuscitado!QuepossamossercomoTomé,ovacilantee incré-dulo,quegarantiuapromessadoSenhoratodosnós!Poisqueéda forçadanossa féedo testemunhodenossas incredulidadessuperadasquefazemosnovaavida. Textoparasuaoração:Jo20,19-31Fonte:amaivosColaboração:L.Silva

Nodia9dejulhooestadodeSãoPaulocomemoraerelembraosacontecimentosdoMovimentoRevolucionárioPaulistade1932.EstadataéummarcoimportantenoestadoenoBrasil.Destemovimentosurge,comoexigênciadospaulistas,umanovaConstituição,ade1934,equeopaíssetornassemaisdemocrático. Este movimento a favor do fortalecimento da democracia tevesua origem com a eleição presidencial de 1º de março de 1930,quantooentãopresidentedarepública,opaulistaWashingtonLuís,quebraumaaliançacomosmineiros,dapolíticadocafé-com-leite,umpresidentepaulistanumanoeummineironooutro, indicandomaisumpaulistaparaaseleições,emdetrimentoda indicaçãodeummineiro. Istocausaumadesavençaentremineirosepaulistasqueprovocauma aliança entre os estados das Minas Gerais, Paraíba e RioGrandedoSul,comaindicaçãodeGetúlioVargasparapresidente,um gaucho e para vice-presidente, João Pessoa, um paraibano,entãogovernadordesteestado.Ocandidatopaulista,JulioPrestes,vence as eleições em resultados anunciados em 21 de maio de1931,masnãotomaposse,porcontaeobradeumlevantemilitar,um verdadeiro golpe de estado, comandado por Getúlio VargasquedepôsoentãopresidentepaulistaWashingtonLuís,antesqueeste conseguisse empossar o presidente eleito, outro paulista, oJúlioPrestesequepôsfim,aoperíodoquehojedenominamosdeRepúblicaVelha. EsteperíodocomandadoporGetúlioVargasficouconhecidocomoa“EraVargas”eaRevoluçãoConstitucionalistade1932representouentãooinconformismodospaulistasemrelaçãoàditaduradeGetúlioVargas,que levouonossopaísàsuaprimeiraeúnicaguerracivilocorridanoBrasil.EstaoposiçãodospolíticospaulistaslevouGetúlioVargas,comoresposta,nãoapenassenegaradividiropodercomoestadodeSãoPaulo,comoameaçoureduzirseupoderdentrodopróprioestado,comanomeaçãodeuminterventornão-paulistaparagovernaroestado,PedrodeToledo.OspaulistasnãoaceitaramasarbitrariedadesdeGetúlioVargas,oquelevouaoconflitoqueopôsSãoPauloaorestodopaís. O governo provisório é marcado por conflitos entre os gruposoligárquicoseoschamadostenentesqueapoiamaRevoluçãode30.Nodia25dejaneirode1932,aniversáriodacidadedeSãoPaulo,houveumimensocomícionaPraçadaSé,coloridocombandeirasdomunicípio.Partidospolíticosqueeramrivaisestavamunidos. Em fevereiro a situação se agravou. O Partido Democrático(PD) rompeu com Vargas e seu governo, ao mesmo tempo emqueseaproximoudosantigosadversáriosdoPartidoRepublicanoPaulista (PRP), formando a Frente Única Paulista (FUP), que setornou a porta-voz das reivindicações de reconstitucionalização edeautonomiaadministrativaparaoestadodeSãoPaulo.Maisdoque isso, a FUP passou a articular, junto aos meios militares e aalgumasdasprincipaisentidadesdeclassedopatronatopaulista,apreparaçãodeummovimentoarmadocontraoGovernoProvisóriodeGetúlioVargas. Odescontentamentofoiaumentandoeopovoserevoltou.Em22e23demaio,estudantesepopularesqueimarameempastelaramas redaçõesdos jornais ditatoriais e, nesse conflito, forammortosquatroestudantesdedireito:Miragaia,Martins,DráusioeCamargo.O nome dos quatro serviu para no futuro designar o movimentopaulista: MMDC. O primeiro a morrer foi Camargo, justamente oestudantequeeracasadoepaidetrêsfilhos.Nodia9de julho, oBrasil assistiu ao iníciode seumaior conflitoarmado, e também a maior mobilização popular de sua história.Homensemulheres,estudantes,políticos,industriaiseempresários,participaramdarevoltacontraGetúlioeogovernoprovisóriodeSãoPaulo.Odesequilíbrioentreasforçasgovernistaseconstitucionalistasera grande. O governo federal tinha o poder militar e os rebeldescontavamapenascomamobilizaçãocivil.Astropaspaulistaslutarampraticamentesozinhascontraorestodopaís.Asarmasealimentoseram fornecidos pelo próprio estado, que mais tarde conseguiu oapoiodoMatoGrosso. Cercade135milhomensaderiramàluta,queduroutrêsmesesedeixouquase900soldadosmortosnoladopaulista,quaseodobrodasperdasdoExércitoBrasileirodurantea2ªGuerraMundial.Emboraomovimento tenhanascidodereivindicaçõesdaelitepaulista,eleteveamplaparticipaçãopopular.Umdosmotivosfoiautilizaçãodosmeios de comunicação de massa para mobilizar a população. OsjornaisdeSãoPaulofaziamcampanhapelarevolução,assimcomoasemissorasderádio,queatingiamaudiênciabemmaior. Atéhoje,ahistóriadaRevoluçãode32émalcontada.Ou,pelo

Santo Anastácio na Revolução Constitucionalista de 1932

menos, é contada de duas formas. Há a versão dos governistas(getulistas) e a dos revolucionários (constitucionalistas). Durantemuito tempo, a versão dos getulistas foi a mais disseminada noslivrosescolaresdopaís,mashoje,comumamaiorparticipaçãodosprofessoresnaescolhadomaterialdidático,ahistóriatambémjáécontadasobaóticadosrebeldes. Aimportânciadomovimentoéincontestável.SeuprincipalresultadofoiaconvocaçãodaAssembleiaNacionalConstitucionalista.Mesmoassim, a Revolução de 32 continua como um dos fatos históricosdopaísmenosanalisados, tantono tocanteàscausasquantoemrelação às suas conseqüências. Os livros didáticos ainda trazempoucosobreotema. EcomofoiemnossacidadeoMovimentoConstitucionalistade32?Muitamobilizaçãodopovoedosjovensanastacianos,quantoentãotivemosamorteemcombatedeumjovemdeRibeirãodosÍndios,o Gino Mazoni, que fazia parte da Companhia de MetralhadorasdoQuartel deQuitaúna,próximoaSãoPaulo,emOsasconodia19deagostode1932,sendosepultadonacidadedeSilveiras,SP.E também de um jovem de dezesseis anos que se alistou comovoluntário,oChristianoRodriguesdoLago,quefoifeitoprisioneironafronteiracomaentãoprovínciadoParaná,tendoficadonaprisãodeIlhadasFlores,quandofoilibertologoapósotérmino

Nesta foto temos Costureiras voluntárias para a confecçãodos fardamentos do exército revolucionário constitucionalista doBatalhãoAnastaciano.IzabelRodriguesdoLago,LéliaRocha,MariaLasmar, Eugênica Falcon, Rosa Lasmar,Angelina Zacarias,AlziraRocha,DoloresFalcon,IzabelFalcon,DonaEliza(costureira-chefe),aesposadoSr.Delfim,MalvinaRahaleAdéliaQuinteiro,alémdameninaCelmadoLago.

Comotodospodemperceber,nãofoiumeventoqueocorreunumlocaldistante,ounumoutropaíse longedasvistassensíveisdosolhosdaquelesedaquelasqueforamverdadeiroscombatentes. Esta revoluçãoaconteceunoEstadodeSãoPauloeduroudejulhoaoutubro,parcostrêsmeses,masquecontoucomumexércitorevolucionário de 135.000 homens, tendo morrido mais de 900soldadosdoladopaulista,maisqueodobrodossoldadosbrasileirosmortosnaItália,durantea2ªGuerraMundial,de1944a1945. Por istoepormuitomais,équenóspaulistasdevemosnosorgulharaonosrelembrarmosdaquelesvalentesrapazesquelutaramporumacausaconstitucionalistaepaulista.Nãoesqueçamosjamaiseste evento político marcante em nossa história. E viva o povoanastacianoquenãosefurtaaosseusverdadeirosdesígnios,equeanossapróximarevoluçãoseinicienaseleiçõesmunicipaisdofinaldoano,comvotosconscientes,paraoengrandecimentodenossacidade,donossoestadoedonossoqueridoBrasil. Santo Anastácio, 09/julho/2012, aos 80 anos da RevoluçãoConstitucionalista...

José Carlos Ramires - [email protected]

NestafototemosalgunscombatentesanastacianosqueforamaCampinas,ondevemosaocentrodafoto,deterno,oSr.JoséSanchesPostigo,queláesteveemvisitaaospracinhasequefoiprefeitoemSantoAnastácioepaidoprefeitoIvandroMacielSanchesedeArionMacielSanches,hoje,ChefedeObrasdoMunicípio.Nafotovemos:Paquito,Tête,Postigo,AffonsoPeres,Xinxo, IvoGalli emais trêsoutroscomponentesdobatalhãodevoluntáriosanastacianos.

Nafotoacima,nolocaldoalistamentomilitaremnossacidade,vemossentadonocentro,ladeadoporduascrianças,oCap.HenriqueNicolinoRinaldi.