jornalística

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Criarte: a importância da cultura na comunidade Valorizar a educação e a arte como ferramenta para transformar vidas, é o que mo- vimenta o Ponto de Cultura Criarte na realização de ob- jetivos e valorizar a infância e juventude de Mogi Mirim. In- vestir em uma abordagem dife- rente, integrando a cidade por meio do trabalho diurno em que educadores sociais atuem em parceria com a escola e a família, na construção de uma sociedade comprometida com o ser humano e suas potencia- lidades, é ponto de honra para a instituição. Com este objetivo, as ativida- des se realizam com a partici- pação das crianças do bairro e cria oportunidades para novas experiências de vida. Conheça um pouco mais desta história de sucesso em uma reporta- gem reveladora. Página 3 Arte transforma a realidade de crianças e jovens O Ica, por meio do projeto Carpe Diem, tem levado suas atividades a comunidade mogimiriana. As ações, que priorizaram a difusão da arte e da cultura, já conquistaram prêmios de instituições como Prêmio Itaú Unicef 2011 e o Instituto HSBC Solidariedade. Página 2 ICA: caminhando para o futuro sem esquecer o passado Criado em 1997 por Sofia Idalina Mantovani Mazon, o Insti- tuto de Incentivo a Criança e ao Adolescente de Mogi Mirim (Ica), tem buscado a solução de problemas sociais por meio da educação e da arte. Crianças e adolescentes, atendidos pelo projeto, tem sentido os benefícios deste trabalho. – Página 3 Ica terá nova sede O Ica vai mudar de local após 15 anos atendendo na Rua Padre Roque, 897, Cen- tro. O novo prédio da en- tidade está em fase final de construção, e é um sonho que está prestes a virar realidade. Criada em 1997 por Sofia Ida- lina Mantovani Mazon, a Ins- tituição de Incentivo a Crian- ça e ao Adolescente de Mogi Mirim (Ica), tem buscado a solução de problemas sociais por meio da arte educação. Crianças e adolescentes, atendidos pelo projeto, tem sentido os benefícios deste trabalho. Página 4

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Jornal Jornalística de Mogi Mirim

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Page 1: Jornalística

Criarte: a importância da cultura na comunidadeValorizar a educação e a

arte como ferramenta para transformar vidas, é o que mo-vimenta o Ponto de Cultura Criarte na realização de ob-jetivos e valorizar a infância e juventude de Mogi Mirim. In-vestir em uma abordagem dife-rente, integrando a cidade por meio do trabalho diurno em que educadores sociais atuem em parceria com a escola e a família, na construção de uma sociedade comprometida com o ser humano e suas potencia-lidades, é ponto de honra para a instituição.

Com este objetivo, as ativida-des se realizam com a partici-pação das crianças do bairro e cria oportunidades para novas experiências de vida. Conheça um pouco mais desta história de sucesso em uma reporta-gem reveladora.

Página 3

Arte transforma a realidadede crianças e jovens

O Ica, por meio do projeto Carpe Diem, tem levado suas atividades a comunidade mogimiriana. As ações, que

priorizaram a difusão da arte e da cultura, já conquistaram prêmios de instituições como Prêmio Itaú Unicef 2011 e o

Instituto HSBC Solidariedade. Página 2

ICA: caminhando para o futuro sem esquecer o passado

Criado em 1997 por Sofia Idalina Mantovani Mazon, o Insti-tuto de Incentivo a Criança e ao Adolescente de Mogi Mirim (Ica), tem buscado a solução de problemas sociais por meio

da educação e da arte. Crianças e adolescentes, atendidos pelo projeto, tem sentido os benefícios deste trabalho. – Página 3

Ica teránova sedeO Ica vai mudar de local

após 15 anos atendendo na Rua Padre Roque, 897, Cen-tro. O novo prédio da en-tidade está em fase final de construção, e é um sonho que está prestes a virar realidade. Criada em 1997 por Sofia Ida-lina Mantovani Mazon, a Ins-tituição de Incentivo a Crian-ça e ao Adolescente de Mogi Mirim (Ica), tem buscado a solução de problemas sociais por meio da arte educação. Crianças e adolescentes, atendidos pelo projeto, tem sentido os benefícios deste

trabalho. Página 4

Page 2: Jornalística

Ano I - nº012

O projeto Ponto de Cultura Criarte surgiu como forma de ampliar e descentralizar as ações realizadas na sede do ICA, para atender uma cres-cente demanda existente pelo atendimento e pela busca em oferecer alternativas educati-vas e culturais que minimizas-sem os riscos sociais existentes na periferia do município.

Acreditando na arte como fator transformador, o Ponto torna seus participantes mais criativos, conscientes de que somente com muito esforço, disciplina, enfrentamento e busca de solução de situações problemas, poderão ser prota-gonistas de sua história. Para isso a ação das educadoras,

Editorial

ExpedientePontão de CulturaJornal do Ponto

Coordenador CulturalMurilo Oliveira

ArticuladoraEliana Silveira

EstagiáriosKarina Koch, Marina Sch-midt, Eduardo Kaze, Bruno Praun Coelho e Nilton Faria de Carvalho

Este periódico é produto das oficinas de comunicaçãopromovidas pelo Pontão de Cultura Jornal do Ponto,

projeto da Associação dos Jornais do Interior do Estadode São Paulo (ADJORI-SP) em convênio com o

Ministério da Cultura sob o nº 748226/2010.

Realização

Realização

apoiadores e voluntários tem feito a diferença nestes anos de trabalho. Auxiliar o aluno é importante, mas atuar junto a família de maneira multidisci-plinar, colocando-o no cami-nho do bem tem trazido bons resultados.

O Criarte, por meio de suas atividades, faz com que as crianças deixem as ruas, criem sua personalidade e desenvolvam a expressão cor-poral. A sensibilização artísti-ca é beneficiada e difundida como conceitos básicos para a construção de uma cidade mais humana, diante da arte circense, a leitura e a poesia. Transformar crianças e jovens em agentes transformadores,

por meio da sensibilização e esclarecimento sobre a rea-lidade que os cerca, é funda-mental para mudar a realida-de de cada um.

Dentro deste conceito um aluno disse certa vez: “o que não podemos esquecer é que o Criarte nos ensina a tornar-mos gente e gente boa”. É isso o que importa, é isso que no final faz a diferença.

Nesta edição do Jornalística o leitor vai conhecer um pouco mais sobre este trabalho que tem os olhos voltados para o futuro, sem esquecer do passado e cui-dar do presente. O leitor encon-trará ainda reportagens esclare-cedoras que mostrarão o que se faz aqui no Ponto.

Oficina de JornalMontero Netto – 32814/SP

Oficina de Design GráficoNatália Balladas

Redação Montero Netto – 32814/SP Editoração e Arte Final Natália Balladas Ponto de Cultura: Criarte

Quintal Cultural agita Mogi

O projeto Carpe Diem tem desenvolvido suas atividades além dos muros do Ica, be-neficiando a comunidade mogimiriana com diversas ações, priorizando a difusão da arte e da cultura. Durante o ano de 2011, foram ativi-dades desenvolvidas em es-colas municipais, agregando valores a vida dos alunos.

Implantado em 2002 para acolher crianças, adolescentes e jovens e transforma-los em protagonistas de suas próprias histórias, o Carpe Diem foi se-lecionado em 2008 pelo Crian-ça Esperança e pelo Instituto HSBC Solidariedade, como uma das ações efetivas para a melhoria de vida da população.

Ação efetivaNo calendário do primei-

ro semestre do ano passado a EMEB prof. Dr. Geraldo Philomeno, no bairro Jardim Bicentenário, contou com as atividades do Ponto de Cultu-ra Criarte, com quatro turmas

O Quintal Cultural, que começou suas atividades em 2003, agitou Mogi Mirim no ano passado. Ao todo foram nove apresentações, realiza-das pelos alunos do ICA e Ponto de Cultura.

As atrações envolvendo arte circense, teatro, dança, música e artes visuais, agra-daram quem acompanhou os eventos, demonstrando a ca-pacidade de cada um dos par-ticipantes. O projeto Ica tem como base promover o acesso a arte e a cultura para todos da comunidade. A programação abre espaço ainda para convi-dados que decidem mostrar sua habilidade.

Para os alunos a ini-ciativa leva felicidade ao público, mas eles alertam que quem quiser parti-cipar deve estar atento e ciente da responsabilidade e comprometimento com os expectadores, diante do palco. O fato não é apenas subir no palco jogar três ou quatro bolinhas e pronto, é

preciso mostrar sentimento na arte desenvolvida.

ProgramaçãoA direção do Ica já está

definindo a programação de 2012 do Quintal Cultu-ral. Mais informações po-dem ser obtidas na sede do Ica, que fica na rua Padre Roque, 897 – Centro, bem como pelo telefone (19) 3804-9102, ou pelo portal www.projetoica.org.br.

Arte que transforma a realidadedesenvolvendo as atividades de arte circense. Sendo duas turmas do projeto Ser da Es-cola e outras duas da comu-nidade. Durante o período de quatro meses foram desenvol-vidas atividades, sendo que no último mês os alunos realiza-ram uma apresentação artís-tica para o público, no espaço do Quintal Cultural de março, realizado na sede do ICA.

Em abril, o Ponto de Cultura Criarte iniciou as atividades de arte educação envolvendo cir-co, dança e teatro e o lugar esco-lhido foi a EMEB Dona Piquitu, no bairro da Santa Cruz, com duas nos períodos da manhã e tarde. Malabares, acrobacia, dança, iniciação de três claves e três argolas, tecido aéreo, montagem do espetáculo, te-atro, expressão, personagem, palhaço e clown, consciência corporal, exercícios de ritmo e coreografia, fizeram parte do conteúdo passado nas aulas e exibidos nas atividades.

Já no segundo semestre, o

foco foi voltado para os alunos das escolas que mostraram di-ficuldades em respeitar regras, bem como se relacionar positi-vamente com os colegas. A di-ficuldade de concentração, co-ordenação motora, confiança e a segurança em grupo e princi-palmente relação com a família, também foram trabalhadas.

As atividades tiveram como base incentivar o trabalho em grupo, desenvolver a reflexão e desenvolvimento ao limite do corpo, além de mostrar a eles como são capazes de de-senvolver sua própria criativi-dade. A equipe ainda buscou o envolvimento das famílias com a escola e comunidade.

BalançoOs resultados deste traba-

lho são consistentes e animam os profissionais da instituição. No Geraldo Philomeno, 87 crianças e adolescentes foram atendidos. Já na Emeb Dona Piquitu foram 86. No total 173 alunos foram beneficiados.

Preparação transforma crianças em artistas

Page 3: Jornalística

Ano I - nº01 3

ICA: caminhando para o futuro semesquecer o passado

Projeto Criarte: a importânciada cultura na periferia

O projeto Criarte foi desen-volvido com a finalidade de suprir as lacunas culturais na periferia de Mogi Mirim, com o foco voltado para as zonas leste e norte. A ação desen-volvida busca atender o maior número de expectadores, ofe-recendo alternativas educa-tivas e culturais que minimi-zam os ricos sociais existentes.

Assim, o Criarte é visto como mais uma fonte de dissemi-nação, promoção e fomento da cultura local e de formação humana. O diferencial con-siste nas ações canalizadas no próprio bairro, facilitando a desmistificação e o acesso de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos ao encanta-mento proporcionado pela a arte e cultura em nossas vidas.

Inicialmente a proposta era oferecer oficinas circenses, tea-trais, e expressão corporal para crianças e adolescentes, fortale-cendo os espaços e equipamen-tos culturais existentes em cada bairro. Porém, no primeiro ano de execução do projeto, o Criarte firmou parceria com o Departamento de Educação Municipal. A ação abriu as portas das escolas para rece-berem a lona do projeto.

Escolas atendidasA lona do Criarte passou por

quatro escolas atendendo mais de 380 jovens. Na Emeb Prof. Alfredo Bérgamo (CAIC), na zona leste, foram 109 atendidos. O encerramento contou com um belíssimo evento. A segun-da a ser beneficiada foi Emeb Prof. Bertolazo Stella, na zona noroeste. Ali 100 jovens se inte-graram à iniciativa. Já na Emeb

Prof. Geraldo Philomeno, zona norte, foram mais de 85 atendi-dos e por último, localizado na zona sul, a Emeb Dona Piquitu, teve 86 alunos.

AtividadesAs ações do projeto Criarte

são dividas por etapas e buscam atingir várias metas conside-radas multidisciplinares. Entre elas estão: incentivar o trabalho em grupo, desenvolver a refle-xão e o limite do corpo, apri-morar a criatividade, a concen-tração, a coordenação motora, a confiança, a segurança em grupo e a relação com a família. O trabalho é feito por meio de apresentações, teatro educativo, coreografias e espetáculos. As técnicas são: Circo (Acrobacias, malabares, pirâmides, saltos em minitramp, cambalhotas, parada de mão), Teatro (Jogos cooperativos, dinâmicas, ex-pressão, palhaço, trabalho em grupo, improviso, pesquisa), Dança (alongamento, coorde-nação motora, ritmo, consci-ência corporal, coreografias), Aéreo (flexibilidade, trabalho em grupo, resistência, auto-nomia, truques e quedas).

Logo vem a montagem e a produção dos espetáculos de Malabares - iniciação de três claves e criação de números; iniciação de três argolas e cria-ção de números. Acrobacias - acrobacias avançadas (Re-versão, Rodante e Minitramp, Saltos e Fí- flak); Tecido aéreo (Subidas, Truques, Poses, Que-da Leves); Teatro - Expressão, Personagem, Palhaço e Clo-wns e finalmente a Dança - Consciência corporal, exercí-cios de ritmo, coreografia.

A Instituição de Incentivo a Criança e ao Adolescente de Mogi Mirim (Ica), fundado por Sofia Idalina Mantovani Mazon, em 1997, iniciou com reforço escolar para crianças e adolescentes. Em 2002, implan-tou o Carpe Diem culminando numa nova visão educativa, a arte-educação, para transfor-mar a sociedade e desenvolver as características sociais, artísti-cas e educacionais.

ProjetoPara sanar problemas, foi

necessário aumentar e criar programas específicos os quais conversem entre si.

Entre deles, o Carpe Diem - Conscientizar a população sobre o seu papel social e a importância de suas escolhas, tornando-se protagonista de suas próprias histórias.

Ícaro - Tem por objetivo contribuir com a formação pré-profissional de jovens acima de 14 anos, propor-cionando o crescimento so-cial, educacional e cultural e a inclusão econômica.

Espiral da Leitura - incen-tivar e fortalecer a cultura dos leitores jovens.

Trupe Sofia - oferece forma-ção teatro-circense e de expres-são para jovens talentos, por

meio de oficinas de circo, teatro e expressão corporal.

Menina Mulher – orienta e oferece acompanhamento médico-ginecológico para adolescentes sobre afetivida-de e sexualidade.

Acorde - utiliza a música para promover o desenvol-vimento humano e a partici-pação social.

FoCCo – trabalha com po-líticas públicas de educação integral para a infância e ju-ventude, fortalecendo o uso da arte educação como fer-ramenta de desenvolvimen-to e transformação social.

ApresentaçõesO trabalho realizado no Ica

pode ser apreciado por meio de seus espetáculos. Destaque para Sertão de Dentro-Tama-nho do Mundo, em 2004; Ma-landragem SA, em 2007; Re-tratos do Circo, em 2008; Dias de Criança; Todo mundo cabe em um brinquedo, em 2008; Viva! O espetáculo da vida, em 2009; e Carpe Diem, Experi-mente seu dia, em 2010 e 2011.

Prêmios Desde 2000, o Ica vem sendo

premiado por diversas institui-ções. Isso é fruto do trabalho sério, que busca o crescimento

dos participantes. Naquele ano, a Ong foi finalista do prêmio criança 2000. Na sequência, em 2002, o projeto Carpe Diem foi selecionado pela Brazilfoundation e em 2003, a mesma instituição destinou parte da renda do tradicional jantar de gala, para o Ica.

Em 2004, recebeu o pri-meiro projeto aprovado na lei Rouanet. Em 2005, o ins-tituto participou pela 1° vez do prêmio Itaú-Unicef, sendo selecionado como semifina-lista da regional de Campinas. Em 2006, o Projeto Espiral de Leitura foi selecionado pelo instituto HSBC solidariedade, além de outros prêmios.

No ano passado, partici-pando pela 4° vez do Prê-mio Itaú-Unicef, em sua 9ª Edição, recebeu o prêmio de vencedor nacional na cate-goria de grande porte .

Esta conquista junto com outras parcerias possibilitou a criação da nova sede e a aber-tura para novos cursos. Venha conhecer este trabalho.

ServiçoRua Padre Roque, 897,

Centro. Telefone: (19) 3862-3794. Site: http://www.pro-jetoica.org.br/. E-mail: [email protected].

Crianças atendidas interagem em ações propostas por educadores

Alunos da rede pública assistiram a espetáculos

Page 4: Jornalística

Ano I - nº014

Ica terá nova sede

O Ica vai mudar de local após 15 anos atendendo na Rua Padre Roque, 897, Cen-tro. O novo prédio da en-tidade está em fase final de construção. Este sonho deve virar realidade nos próximos meses. O espaço foi cedido a Instituição pela Prefeitura Municipal de Mogi Mirim, por meio de doação.

Em 2011, a construção foi lançada e fundamentou aquilo que será o futuro endereço de todos os envolvidos no projeto.

Concurso do bemQuando a diretoria deci-

diu arregaçar as mangas para viabilizar a nova sede, foi lan-çado um concurso de arquite-tura para escolher um projeto que atendesse as necessidades e expectativas do Ica. O cer-tame chamou a atenção de profissionais de todo o país. Definida esta etapa, com cus-to estimado de R$ 4,5 milhões a Construtora Enplacon, de Mogi Mirim iniciou as obras de construção dos prédios Prédio A e Prédio B.

EstruturaEm um terreno com área

total de 4,075 mil metros qua-drados o prédio terá 3,453 mil metros quadrados de área construída. Para atendimento aos alunos e familiares o novo prédio contará com doze salas, além de locais para apoio, setor administrativo, diretoria, co-municação e outros. A estrutu-ra atual permite o atendimen-to a 250 jovens, já na nova estrutura passarão para 300.

No prédio A serão realiza-das as atividades artísticas, de base e referência. Ali fi-carão ainda a biblioteca, sala de figurinos e instrumentos. Já no prédio B serão desen-volvidas atividades dos seto-res de apoio: administrativo, comunicação, social, além da cozinha e o refeitório, que ficará na parte térrea. Haverá ainda local para apresenta-ções artísticas e culturais do Ica e de grupos da região, de comunidades, entre outros.

A nova sede foi idealiza-da com conceitos de quebra de barreiras arquitetônicas. Rampas e outras instalações facilitarão o acesso de pessoas com diversos tipos de defici-ências como cadeirantes.

Voluntários que fazema diferença

O Ica conta com o trabalho de pessoas que na maioria das vezes deixam em segundo pla-no suas próprias vidas para se dedicar aos jovens atendidos pela instituição. Esses volun-tários exercem suas funções atendendo os alunos do Ica. Médicos, cabeleireiros, dentis-tas, cozinheiras, fisioterapeu-tas, fonoaudiólogos, farmacêu-ticos, empresários, laboratórios, buscam a transformação social e estão empenhados em iden-tificar as causas e colaborar na solução.Nesta edição os alunos do Ica agradecem a todos des-tacando que fazer o bem gera um círculo virtuoso que é visto em Mogi Mirim há muito tem-po, dando exemplo para outros municípios do país.

Mico na lotérica

Olha a placa Mariane

Em um desses dias de calor, o jovem Flávio da Silva, alu-no atendido pelo Ica, acabou vendo seu ato de gentileza se transformar em um grande mico. Como dizem os mais antenados, Flávio ficou de cara com um King-Kong.

Depois de participar das ati-vidades do Instituto, Flavinho foi até uma casa lotérica para pagar umas continhas. Che-gando lá, o rapaz começou a amargar a espera na fila que parecia interminável. Após algum tempo viu entrar na lo-térica uma moça que, podería-mos classificar como ‘de grande porte’. Ela foi para o final da fila e começou a aguardar como to-dos ali. Ao ver a cena, movido pela educação exemplar recebi-da em casa (reforçada no Ica), nosso herói foi até a moça e dis-parou: “Com licença, mas como a senhora está grávida pode usar a fila preferencial”. A reação da mulher foi o silêncio. Preocu-

pado com a possibilidade de ela não ter ouvido direito Flávio disparou novamente. “A senho-ra pode usar a fila das gestantes”.

Qual não foi a surpresa quando com um ar de cons-trangimento a ‘grávida’ dis-parou: “Mas eu não estou grá-vida rapaz, por favor não fale mais nada”, sentenciou. Flávio conta que, naquele momento,

Mariane da Silva Oliveira é uma jovem que gosta de tec-nologia. Quando o assunto é celular então, sai de baixo. Mas ela aprendeu que nin-guém pode focar sua atenção apenas no aparelho.

Um dia desses, depois de participar das atividades do Ica, nossa heroína, acompanhada pelas amigas Thatiane e Ana Carolina, andavam pela av. da Saudade. No caminho Tathi e Carol conversavam seguidas por Mari, que mexia insisten-temente no celular. Viajando na imaginação anos luz de Mogi Mirim, de repente o pior acon-teceu. Uma placa com a inscri-ção PARE foi atingida de frente por Mariane. Isso mesmo, a moça não viu a placa, bateu de cara com força e foi para o chão.

Embora o mico tenha sido grande e a cabeça tenha ficado dolorida por algumas horas, no final de tudo todos caíram na risada, inclusive a Mariane que aprendeu a lição: na rua quan-do for mexer no celular é me-lhor buscar um banco de praça. Se andar, não mexa no celular!

teve vontade de ir embora, mais ficou, afinal de contas tinha boletos para pagar, os quais não podiam passar da-quela data. A grande lição, segundo nosso personagem, é que devemos ter certeza an-tes de falar as coisas. Afinal de contas nunca se sabe até que ponto certas palavras podem prejudicar ou magoar alguém.

Prédio reúne modernidade com praticidade