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Jornal da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo - Nº 1 [Março de 2012]TRANSCRIPT
Jornal da
Misericórdia
Sessão de Esclarecimentosobre o Lar e Creche de Budens
| Nº1| Março 2012
| Distribuição Gratuita| www.issuu.com/jornaldamisericordia
Orgão informativo oficial da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo
Cerca de uma centena de pessoas assistiu, no
passado dia 17 de fevereiro, a uma sessão de
esclarecimento sobre o Lar e Creche de Budens,
na Sociedade de Instrução e Recreio daquela
Freguesia.
A contextualização da construção do equipamento,o problema financeiro queenvolveu a sua execução e assoluções encontradas,nomeadamente o recurso àbanca para pagar a dívidade dois milhões e meio deeuros ao empreiteiro, oporquê da celebração doprotocolo com a Santa Casada Misericórdia, a falta deacesso ao edifício e a soluçãoencontrada, a importânciado equipamento para afreguesia de Budens e as re-centes candidaturas realizadas a fundos comunitáriose a sua aprovação, foram osprincipais temas abordadospelo Presidente da Câmara,
Adelino Soares, no decorrerda sessão. Já o Provedor daSanta Casa da Misericórdiade Vila do Bispo, VítorLourenço, entidade que vaigerir o equipamento, abordoutambém vários pontos de in-teresse para os presentes nasala, nomeadamente: comose realizam os acordos para osequipamentos sociais, aquem cabe a responsabili-dade da construção dosequipamentos sociais, comoserão admitidos os utentespara o Lar e a Creche, comoserão recrutados os recursoshumanos necessários ao fun-cionamento do Lar e daCreche, entre outros assuntos.
[ continua na página 3 ]
Vítor Lourenço | Provedor
Na elaboração deste boletim informativo
existe o objectivo de dar a conhecer o
nosso trabalho, a nossa visão, mas, so-
bretudo a razão desta instituição.
Somos, igualmente, motivados a
escrever sobre o que é uma misericórdia,
quem são de facto os nossos irmãos da
Misericórdia e muito especialmente,
neste número, explicar a todos que as
Misericórdias Portuguesas nada re-
cebem dos dinheiros do jogo que a
Misericórdia de Lisboa desde o ano de
1851 que deixou de ser uma irmandade
e passou a ser gerida por ordem dos
governos de Portugal.
Quer, inicialmente, pelo poder régio as
Misericórdias Portuguesas ganharam
uma longevidade única, ao nível institu-
cional, mantendo ao longo de cinco
séculos a sua importância na sociedade
portuguesa adaptando-se a novas cir-
cunstâncias políticas, religiosas e cultu-
rais.
Sendo no momento um dos pilares da
sociedade social em Portugal.
Este boletim informativo irá ter a sua
publicação trimestral.
Edito
rial
EditorialSessão de esclarecimento
Lar e Creche de Budens 1
Notícias 2 a 5
Misericórdias(Quem são?) 6 e 7
Espaço do Alvorada 8
Técnicos9 e 10
Poemas Passatempos 11
Voz das MisericórdiasAniversários Agenda 12
MisericórdiaJornal da
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MisericórdiaJornal da
PROPRIEDADE
Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo
Centro Social de Sagres
Av Comandante Matoso
8650-357 Sagres
Tel | 282 620300
CONSELHO REDACIONAL
Mesa Administrativa SCM Vila do Bispo
DIRETOR E RESPONSÁVEL EDITORIALArmindo Vicente
COLABORAÇÃOSusana Assunção, Cláudia Navarro, CátiaPires, Leonel Martins, Vítor Lourenço, traba-lhos dos utentes do Centro Social de Sagrese Jardim de Infância “Alvorada”
FOTOGRAFIA
Armindo Vicente
PAGINAÇÃOArmindo Vicente
TIRAGEM
250 exemplares Esta edição é gratuita não pode ser vendida
ou inserida em publicações.
Ficha Técnica
Sumário
Notícias
Baile de CarnavalO Carnaval é uma época festivade alegria e convívio. A SantaCasa da Misericórdia de Vila doBispo mais um ano cumpriu atradição do Baile de carnavalcom a participação de utentesde todas as suas valências quese deslocaram ao Salão de Con-vívio do edíficio “Berta Casal”(re-centemente requalificado).
Esta actividade foi, igualmente,aberta a toda a populaçãosénior do concelho de Vila doBispo que assim tem a oportu-nidade de festejar o entrudo.
Com a participação do acor-dionista Humberto Silva que, maisuma vez, abrilhantou a tarde detodos os foliões.
Foram muitos os que nãodeixaram de participar activa-
mente na brinacedeira e, dentroda sua originalidade, se mas-cararam para participar.Quem também participou foi ogrupo das crianças do Jardim deInfância “Alvorada” que derammuito mais alegria e colorido aesta tarde.
O baile estendeu-se pela tarde-fora e concluiu depois dolanche, já quando as forças daspernas começavam a faltar.
O srº Provedor Vítor Lourenço e oPresidente da Assembleia, Ar-mindo Vicente, também es-tiveram presentes eaproveitaram para dirigir umaspalavras aos participantes, par-ticipando, também nesta activi-dade.
[Armindo Vicente - Foto]
Baile da PinhaTal como sucedeu no Carnaval, também a tradição doBaile da Pinha vai ser cumprida.
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Notícias
Sessão de Esclarecimento sobre o Lar e Creche de
Budens (continuação da pág 1)
A assinatura do Proto-colo de Colaboraçãoentre a Câmara Munici-pal de Vila do Bispo e aSanta Casa da Misericór-dia de Vila do Bispo quevisa a cedência dosequipamentos "Lar deIdosos e Creche" de Bu-dens.
Também a Presidente da Juntade Freguesia, Celestina Costa, in-terveio nesta sessão onde lem-brou o quão importante é esteequipamento para Budens,nomeadamente no contexto decrise atual, que ao entrar em fun-cionamento constituirá uma maisvalia para o emprego local edará uma resposta direta às ne-cessidades das famílias ao nívelda infância e dos idosos.
No final da sessão foram colo-cadas algumas questões perti-nentes por parte da população,onde se destacam as seguintes:Para quando a abertura do Lar eda Creche; como e onde se inscrever para o Lar; quais oscritérios de seleção; quem podeinscrever-se e os custos envolvi-dos. Outra questão levantada foio recrutamento dos recursos hu-manos, ou seja, quantos postosde trabalho vão ser criados equem pode concorrer a esses lu-gares.
Todas as dúvidas e questõesforam esclarecidas pelosoradores desta sessão: Presi-
dente da Câmara Municipal,Adelino Soares, Provedor daSanta Casa da Misericórdia deVila do Bispo, Vítor Lourenço, epela Presidente da Junta deFreguesia, Celestina Costa. Rela-tivamente à previsão da aber-tura daquele equipamento,ficou a promessa que no próximomês de setembro estarão reunidas as condições para asua abertura. Mais foi informadoque serão criados cerca de 25postos de trabalho e todos os in-teressados em se candidataremaos lugares, deverão inscrever-sena Santa Casa da Misericórdiade Vila do Bispo ou na Junta deFreguesia de Budens, sendonecessário a inscrição no Centrode Emprego de Lagos. As pes-soas a recrutar terão que ter,obrigatoriamente, formaçãoapropriada para trabalhar comos utentes do Lar e da Creche,que será dada pela Santa Casada Misericórdia de Vila do Bispo.Mais foi dito, que todos os interessados naqueles postos detrabalho deverão inscrever-se já,dado que a formação tem a du-ração de 4 a 6 meses.
[Arquivo CMVB / Fotos Armindo Vicente ]
Aassinatura do Protocolo de Colabo-ração entre a Câmara Municipal deVila do Bispo e a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo foi efec-tuado em Outubro de 2011. Este visaa cedência dos equipamentos "Lar deIdosos e Creche" de Budens. A pro-priedade será sempre da CâmaraMunicipal cabendo à Misericórdia deVila do Bispo a gestão do equipa-mento.As Câmaras Municipais não podem,por lei, gerir lares e terão sempre derecorrer a uma Intituição Particularde Solidariedade Social ou empresapara o fazer. A única no concelho comexperiência de gestão de um equipa-mento desta natureza é a Santa Casa
da Misericórdia de Vila do Bispo.
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Notícias
Loja Social apoia a populaçãomais carenciada do concelhoA Loja Social foi criada pela Santa Casa de Misericórdia, quetem como objectivo suprir algumas necessidades dosmunícipes carenciados, através de um banco de bens, novosou usados, doados por particulares ou empresas.
Este espaço permite à popu-lação mais vulnerável beneficiarde determinados bens, a títulogratuito, conforme as suas neces-sidades imediatas.
Assim todos os carenciados quese desloquem a esta Loja Social,a funcionar nas instalações doCentro de Dia de Vila do Bispo daSanta Casa, no dia referido, noperíodo compreendido entre as10h00 e as 12h30 e entre as 14h00e as 17h00, irão encontrar umaserie de roupa, calçado e brin-quedos a custo zero.
Esta medida está em curso desde
o mês de Novembro de 2010 eabre duas vezes por mês, em diasa agendar pela Instituição.
De salientar ainda que este pro-jecto insere-se no âmbito do tra-balho social que esta instituiçãotem vindo a desenvolver com in-tuito de colmatar e/ou atenuarnecessidades de indivíduos e/oufamílias carenciadas através daatribuição de bens e contribuirpara a melhoria da qualidade devida dos habitantes de Vila doBispo em situação de maior vul-nerabilidade.
[Cláudia Navarro - assistente social]
Misericórdia reforçacomunicaçãoA Misericórdia de Vila do Bispofoi uma das Misericórdias por-tuguesas que foi escolhida parao estudo “Misericórdias - GestãoSustentável”. Neste trabalho anossa instituição sai com des-tinção em todas as áreas comexepção na comunicação insti-tuicional e marketing.A Mesa Administrativa não ficouinerte a esta situação e apresen-tou soluções para contornar estalacuna. Assim sendo desde o mês demarço a Misericórdia de Vila doBispo começará a contar comum jornal trimestral, um site e nasredes sociais um endereço noFacebook, no Issuu e, posterior-mente, no Youtube.
[Armindo Vicentel]
NatalA Santa Casa da Misericórdiade Vila do Bispo organizou nanoite de 15 de Dezembro de2011, no Restaurante doBoavista Golf [Lagos] o jantarde Natal dos funcionários ecolaboradores.Este é um momento impor-tante de convívio onde todosos funcionários da Misericór-dia se juntam e celebram estaimportante época festiva.Este jantar foi concluído comas intervenções do Provedorda Santa Casa da Misericór-dia, srº Vítor Lourenço, daVice-Provedora, Srª Maria doCarmo e do Presidente da As-sembleia Geral da Irmandade,prof. Armindo Vicente, que,conjuntamente, agradeceramo empenho de todos a favor dainstituição.
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Notícias_ Mesa Administrativa
Orgãos Sociais participam na procissão de São VicenteUma das tradições que envolveas Irmandades das MisericórdiasPortuguesas e os seus Órgãos So-ciais é a sua participação nosatos públicos religiosos das co-munidades cristãs locais.
As Misericórdias são organiza-ções canónicas particulares queestão consagradas no DireitoCanónico e com uma ligaçãoestreita à Igreja Católica.
Perante isso e dando con-tinuidade a uma tradição já alicerçada ao longo dos quase60 anos de vida desta instituição,os elementos dos Órgãos Sociaisda Misericórdia de Vila do Bispovão continuar a participar, regu-larmente, nas procições e atos
religiosos da comunidade reli-giosa de Vila do Bispo.
No dia 8 de Dezembro [NossaSenhora da Conceição -Padroeira da Igreja de Vila doBispo] procedeu-se à bençãodas capas e alfaias da Instituição, algo que a mesmaainda não tinha e que é um ele-mento carateristico a todas asmisericórdias.
A participação da Misericórdiatambém se estendeu à cele-bração do dia de São Vicente,padroeiro do Concelho de Vilado Bispo [ e do Algarve]com asua presença na Procissão e Eu-caristia.
Como é do conhecimento geral oCentro de Dia de Vila do Bispo es-teve, durante 3 meses, fechadopara obras.
Estas passaram por uma actualiza-ção e remodelação ao nível internopara melhor servir os utentes destavalência.Esta incidência apenas se verificounos espaços destinados ao Centrode Dia e de Convivio. Estas obras justificam-se porque aMesa Administrativa encetou umprocesso de certificação do edifíciopara a sua licença de utilização aonível camarário.
Passado o tempo necessário e útildas obras e remodelações, comoestava acordado a direção da Misericórdia de Vila do BIspo pro-cedeu à abertura, organizando paratal um almoço destinado a toda apopulação que, eventualmente,poderá ser beneficiária desteequipamento.
Para reforçar a abertura e apostanesta valência colocou-se umanova funcionária, Ana Amaro e es-tipulou-se 2 dias de actividades deGinástica e Expressão Musical [se-gundas e sextas feiras] com o DrºLeonel Martins e Profº Armindo Vi-cente destinadas a todos os
utentes.
Abertura doCentro de Diade Vila doBispo
Novo secretário na MesaA pedido do próprio e alegandomotivos pessoais e instituicionais osecretário da Mesa Administra-tiva da Irmandade da Misericór-dia de Vila do Bispo, srº JoséJaime de Sousa apresentou a suarenuncia ao cargo e pedido desubstituição da sua função. Se-
gundo o regulamento o primeirosuplente que surgia na lista, SrºJosé Alves, desde de Dezembropassou a desempenhar estasfunções. Agradecemos todo oempenho e dedição do Srº JoséJaime de Sousa a favor desta Ins-tituição.
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O que são as Misericórdias?
1 - O que é uma Misericórdia?
É uma Irmandade (associaçãoou congregação) de leigos, ani-mados pela mesma fé e unidospelos mesmos objectivos detestemunharem em colegiali-dade uma caridade fraternal-ista, constituindo uma presençae uma força de esperança juntode todos os que precisam.
2 - Quem é irmão da Misericór-dia?
Todo aquele que, vivendo etestemunhando por ideias,palavras, obras e modos decomportamento, umaevangélica vocação de volun-tariado generoso de frater-nidade, se propõe, de acordocom as normas históricas docompromisso, prestar um serviçode ajuda e atendimento, mas aojeito do Bom Samaritano.
3 - Como se define e expressa avocação específica de umIrmão da Misericórdia?
Sentindo-se, tal como JesusCristo o disse e protagonizou,mais próximo de quem precisade ajuda, sem exigir condiçõesnem pedir contrapartidas de
qualquer ordem, tendo apenasem conta o bem que presta, enunca as vantagens de quepossa pessoalmente beneficiar.
4 - Que significa “misericórdia”?
Conforme o expressa a própriapalavra na sua decomposiçãoliteral “Miseris + cor + dare” ouseja: Ter lugar no coração paratodos os que são vitimas de qual-quer forma de miséria. Ou “dar ocoração aos miseráveis vítimasde qualquer miséria”, sem dis-criminação alguma nem ex-clusão de qualquer natureza.
5 - O que são as 14 obras de mis-ericórdia?
- Dar de comer a quem temfome;- Dar de beber a quem temsede;- Vestir os nus;- Acolher os errantes;- Visitar os doentes;- Remir os cativos;- Sepultar os mortos.
Estas são as obras de misericór-dia ditas corporais. As espirituaissão:- dar bom conselho a quempede;
- Ensinar os ignorantes;- Corrigir os que erram;- Consolar os que estão tristes;- Perdoar as injúrias;- Suportar com paciência asfraquezas do nosso próximo;- Rogar a Deus pelos vivos epelos defuntos;
6 - Quando começou o movi-mento das Misericórdias?
Em bom rigor Histórico, deve dizer-se que foi com o próprio JesusCristo quando no evangelho diz:“Bem aventurados os misericor-diosos, porque hão-de alcançar aMisericórdia”. (MT. V, 7: Lc. VI, 36).Mas como movimento organi-zado em Irmandade ou Confraria,ele está bem patente já nasprimeiras comunidades cristãs,das quais se diz que os irmãos “es-tavam todos unidos num sócoração” e “numa só alma”.(Act. IV,32:E), assim, instituíram os“serviços das Mesas” para atendi-mento dos mais carenciados,criando um corpo de “diáconos”.Ao longo dos tempos ele tomariauma forma de mais definida organi-zação, designando-se mesmo por“Confraria” ou “Irmandade”, em1244, na cidade de Florença, com oprovidencial impulso de S. Pedro,Mártir, da ordem dos pregadores.
Trabalho de Manuel Ferreira da Silva, his-
toriador, fundador do jornal
Voz das Misericórdias
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7 - O que motivou a criação dasConfrarias de Misericórdia?
As constantes guerras de grupos,classes, cidades e forças políticase outras organizações de luta eambição, já na alta IdadeMédia, que fizeram dos cami-nhos campos de batalha, moti-vando assim alguns cristãos maisgenerosos a meterem-se de per-meio, como “avindores”, ou seja,congraçando os desavindos egritando “Piedade! Piedade!”“Misericórdia! Misericórdia!”, demãos estendidas, juntas, ou debraços abertos, ficando designa-dos por “mãoposteiros”.
9 - Por quem foram Criadas asMisericórdias?
Somente por leigos que se cons-tituíam em grupos interventores,ficando, todavia a merecer, daparte da Igreja as melhoresbenções e apoios. São, portanto,as Misericórdias uma instituição
genuinamente laical; ou seja: deLeigos cristãos, mas não de carizlaico. São, por isso, o grandemovimento de mobilização deleigos que mais tradição criou eatravessou os tempos, semnunca se desactualizar.
10 - Como se expandiram as Mis-ericórdias?
Abrandadas as guerras, e inten-sificando-se com o apareci-mento de ordens religiosas, dosmais diversos carismas, as pre-gações e outras muitas formasde missão, surgiu a época dasgrandes Peregrinações eCruzadas junto de Lugares San-tos: Jerusalém, Roma, Santiagode Compostela, além de outrosmuitos Santuários como Colónia,Chartres, Rocamador etc. Moti-vando-se com isso inúmeras for-mas de assistência aosperegrinos com a instituição dealbergarias, hospitais, leprosarias,e outras muitas formas de acolhi-mento e apoio, assistência e sol-idariedade, transpirantes domelhor Humanismo Cristão, mo-bilizando-se no melhor espirito de“cruzada” e de caridade naprática de acções de bem-fazer,concretizadas e equacionadassegundo as 14 obras de Miser-icórdia.
Actualmente as Misericórdias Por-tuguesas encontram-se representadaspela União das Misericórdias Portugue-sas. Da qual não faz parte a SC da Misericórdia de Lisboa.
Desde o ano de 1834 que a Misericór-dia de Lisboa se encontra sob a gerên-cia dos Governos de Portugal. Foiassim com a Monarquia e já com aRepública. Como exemplo, o actualgoverno de Portugal, presidido porPedro Passos Coelho nomeou o actualprovedor Pedro Santana Lopes. Nãohá eleições, é uma responsabilidade dogoverno.
A Misericórdia de Lisboa deixou de seruma Irmandade e é, actualmente, umaPessoa Colectiva de Utilidade Pública.Nas outras Misericórdias Portuguesassão os irmãos [irmandade] em Assem-bleia Geral que elegem, com o seuvoto, os Órgãos Sociais de cada insti-tuição.
Quando falamos das Misericórdiastodos as associam, de imediato à SantaCasa de Lisboa e aos milhões dosjogos sociais.
Porém, as Misericórdias Portuguesasnão recebem dinheiro do jogo, nem ver-bas da Santa Casa da Misericórdia deLisboa.
Este é um equívoco altamente pena-lizador para as restantes Misericórdiasque muitas vezes se encontram no li-miar da sustentabilidade, mas sãoapontadas com preconceitos erradossobre o seu suporte financeiro.
A Misericórdia de Lisboa passou ,desde de 1834, a ser uma instituiçãosob a dependência do poder régio eposteriormente dos governos de Portu-gal. Erradamente, manteve o seu nomeo que, actualmente leva em erro, mi-lhares de pessoas em Portugal. As Misericórdias regem-se pelo de-creto-lei 119/83 de 25 de Fevereiro, omesmo que rege todas as IPSS emPortugal.
Equívocos sobre a Misericórdia de Lisboa e as receitas do jogo
As MisericórdiasPortuguesas nãorecebem dinheirodo jogo, nem ver-bas da Santa Casada Misericórdia deLisboa.
“ “A União das
MisericórdiasPortuguesasé a entidade
representantedo movi-
mento dasMesiricórdias
A Santa Casada Misericór-dia de Vila doBispo foi fun-
dada em1954. É uma
das mais“jovens”
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Espaço do “Alvorada”
No Dia de Reis, depois de uma longa
caminhada para fazer as nossas coroas
tivemos direito a comer o famoso e
tradicional Bolo-rei feito pelas senhoras
da Santa Casa.
Estava delicioso apesar de ter umas
coisinhas um pouco estranhas [frutas
cristalizadas] que parecíamos as gali-
nhas a esgravatar a terra à procura do
milho.
A seguir ao lanche fomos visitar os
idosos e cantamos a canção “ Os três
reis”. Aproveitamos esta saída e fomos,
também, aos presépios do interior e ex-
terior da Santa Casa. Ficamos a saber
que a partir do dia 6 de Janeiro os adul-
tos guardam as pecinhas do presépio
para o ano seguinte.
O Belchior, o Gaspar e o Baltazar vão
de férias….
Dia de Reis
Sentadinhos no nosso
tapete começamos a
ouvir a história do “Pa-
lhaço Tristoleto”. Era
um pequeno palhaço
muito triste que nunca
sorria até que encon-
trou uma palhacinha,
tornou-se amiga dele e
começou a ser o pal-
haço mais feliz e sorri-
dente da aldeia.
Assim achamos que de-
víamos pintar o nosso
amigo palhaço. De Nariz
vermelho, com um
chapéu muito colorido e
um grande sorriso
começamos assim o
nosso carnaval.
Nesta época festiva
também nos divertimos
muito no baile de Car-
naval. Pudemos ir mas-
carados à nossa escolha
e fartamo-nos de
dançar, saltar e cantar.
Os idosos também lá es-
tavam. No nosso desfile
o tema foi “Educar para
a Arte” e estávamos
super giros e originais…
Não acham?!
Carnaval e o Tristoleto
Pão e
Pizzas...humm
Passadas as épocas festivas foi al-
tura de explorar sabores e tex-
turas… hum.. que maravilha!!!!
Tivemos a oportunidade de fazer
pão e pizzas na nossa escolinha.
Podemos experimentar, tocar e
provar todos os ingredientes que
colocávamos com cada uma das
nossas receitas [inventadas].
Não se nota nas nossas caras? A
alegria de saborear todos estes in-
gredientes? Foi óptimo! E quere-
mos repetir… até para a próxima!!!
Jardim de Infância
MisericórdiaJornal da
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Contas
Estudo comparativo sobre a saúde fi-nanceira da instituição, após medidas dadireção, aponta para sustentabilidade
Na Assembleia Geral de No-vembro de 2011 informamos aIrmandade que a situaçãoeconómica da Misericórdiade Vila do Bispo até ao finaldo ano iria cair sensivelmente75.000 euros dissemos quais osmotivos e apresentamos tam-bém algumas das soluções.
Informamos igualmente quese nada fosse feito em 2012 osaldo negativo poderia atingirvalores superiores a 150.000euros.
Foi dito á Irmandade que osajustes teriam que ser semprefeitos pelo lado da despesa enunca pelo lado da receitaisto é não podemos onerarmais os nossos utentes nemaqueles que recorrem aosnossos serviços, pois traba-lhamos com a classe maisdesfavorecida da sociedade.
Logicamente com menos re-cursos e com as pensões maisbaixas.
Tal como prevíamos os resul-tados da gestão de 2011apontam para um resultadopositivo, embora pouco signi-ficativo.
Nesse sentido com assoluções apresentadas e jáexecutadas, fizemos um es-tudo económico que nos ap-resenta o ano de 2012 comalguma tranquilidade, embo-ra ainda longe da estabili-dade pretendida.
Estudo apresentado e englobado no estágio de Gestão que Susana Assunçãoestá a realizar desde de outubro de 2011 nasanta Casa da Misericórdia de Vila do Bispo
Estudo Financeiro Previsão Mensal
Susana Assunção | Estagiária de Gestão
Nos tempos que correm a tão
falada crise também nos bate à
porta. Desta feita, o ser
necessário ter atitude, mesmo
que seja difícil, torna-se crucial
para que a mesma não se ins -
tale na nossa Instituição.
Medidas como a redução do
quadro de colaboradores ou até
mesmo a interrupção de proje-
tos previstos foram umas das
atitudes adoptadas que permiti-
ram manter alguma sustentabi-
lidade económica e que nos per-
mitem, hoje, garantir aos
restantes colaboradores o seu
“ganha-pão”.
Contudo há que louvar todos
aqueles que se esforçam e se
dedicam de corpo e alma a
estes assuntos pois são parte
importante para garantir essa
tal sustentabilidade.
Contra tudo e contra todos ana-
lisam, rectificam e tomam medi-
das para garantir o futuro da
Instituição e assegurar o bem-
estar dos nossos utentes. Hoje
são eles, amanhã seremos nós!
A Crise e a
Sustentabilidade
das Instituições
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Técnicos
Leonel Martins | Fisioterapeuta
Importância da prática
de actividade física
no idoso
O aumento da esperança devida da população tem con-tribuído para o seu envelheci-mento e, consequentemente,para a existência de um ele-vado número de indivíduos de-pendentes. Problemática que éagravada pelas alterações queocorreram na estrutura familiare pela insuficiente criação desuportes sociais.
O envelhecimento é umprocesso que implica uma sériede efeitos nos diferentes sis-temas do organismo que, decerta forma, diminuem a ap-tidão e a actividade física. No entanto, muitos destesefeitos deletérios são se-cundários à falta de actividadefísica. É um facto que o tempoaltera o desempenho físico,mas a prática regular de activi-dades físicas restringe tal alte-ração e, mesmo que não seassegure o prolongamento dotempo de vida, garante o au-mento do tempo de juventude,contribuindo para amanutenção de determinadasfunções orgânicas.
Dado que a qualidade de vidada população idosa está inti-mamente associada à realiza-ção das tarefas básicas diáriasindependentemente da ajudade terceiros, torna-se prioritáriodesenvolver boas competên-cias motoras, pelo que aprática regular, controlada eorientada de exercício físico setorna determinante, diminuindo
de forma significativa o declíniofuncional associado ao enve-lhecimento.
A actividade física no idosopode então ser encaradacomo um tipo de prevençãoprimária da sua incapacidade,já que engloba diversos objec-tivos: social, dado o convívio ea valorização do tempo livreque proporciona; psicológico,por aumento da auto-estima;físico/fisiológico, por permitir oaperfeiçoamento do gesto utili-tário, por desenvolver as cincodiferentes componentes da ap-tidão física (força, resistência,flexibilidade, coordenação eequilíbrio), por diminuir o riscode patologia crónica degene -rativa (sobretudo a nível dosaparelhos locomotor e cardio-vascular) e por permitir um me-lhor controlo do peso corporal.
O tratamento médico (cirúrgicoe/ou medicamentoso) contribuipara a melhoria da capaci-dade funcional, contudo nãomodifica o percurso real damaior parte das doenças quecaracterizam esta faixa etária,que conduz frequentemente auma elevada incapacidade.
Nesta perspectiva, a Fisiote-rapia detém um papel de ex-trema importância nareabilitação funcional e socialdo indivíduo idoso em situa-ção de dependência.
Cláudia Navarro | Assistente Social
A Ação Social desta Misericórdia es-
tende-se a várias áreas de atuação
nomeadamente:
- Admissão e acolhimento de pes-
soas idosas;
- Acompanhamento Social e psi-
cológico dos utentes;
-Interligação com a família;
-Planificação e execução de activi-
dades lúdicas e recreativas.
No apoio à população com carên-
cias socioeconómicas, independen-
temente das idades, através:
- Da Loja Social da Misericórdia,
fornecendo roupa, calçado, mobílias
e electrodomésticos;
- Do Banco Alimentar com um pe-
queno apoio mensal de géneros
alimentares.
O Banco Alimentar Contra a Fome
do Algarve, com sede em Faro, dis-
tribui alimentos a várias Instituições
dos concelhos do Algarve para
apoiar as famílias carenciadas.
Os alimentos distribuídos provêm
das campanhas feitas nos vários
hipermercados de cada concelho,
duas vezes por ano, no último fim
de semana dos meses de Maio e
Novembro, com a colaboração de
muitos voluntários e da boa vontade
e solidariedade de toda a popu-
lação.
Abordagem à
Ação Social da
Misericórdia
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Poesia
O sonhoOntem à noite fui-me deitar
Despido e sem chapéu
Levei a noite a sonhar
Que estava a viver no céu
Encontrei-me com São Martinho
Que vinha das montanhas
Com um garrafão de vinho
E um cesto de castanhas
São Martinho tem uma coroa
No alto da cabeça
Só quem tem é pessoa boa
Que os maus não interessa
Lá no céu não falta nada
Nem vinho nem aguardente
Toda a gente está curada
Lá não há ninguém doente
Tal foi a minha alegria
Foi em todos os sentidos
Junto de Deus e da Virgem Maria
E todos os meus falecidos
Nunca vi tanta flor
Vivos se recriando
Eram as almas que eu tinha amor
Que me estavam acompanhando
Muitas eu não conhecia
Que morrera antes de eu nascer
Apareceram naquele dia
Dando-se a conhecer
Tantos abraços e beijos
Tantos apertos de mão
Onde tinha tantos desejos
De os ver em Salvação
Mas foi coisa passageira
Acordei, não vi ninguém
Fiquei triste para a vida inteira
Onde me senti tão bem
A nossa vida assim é
Diz este poeta moderno
Nunca perdemos a fé
De ter o descanso eterno
Ponham à parte a ilusão
A ilusão faz a guerra
Nunca terá salvação
Quem só faz mal na terra
Gostava de sonhar outra vez
E ter um sonho sem fim
O que aquele sonho me fez
Preocupou-me muito assim
Se o sonho fosse verdadeiro
Todos queriam sonhar
Uns de ter muito dinheiro
Outros a alma salvar.
Alfredo Martins
Passatempos
Descobre palavras
terminadas em ão1. Comemos ao pequeno-al-moço.2. É o rei da selva.3. É o fruto que usamos para fazerlimonada.4. Parte do território de um país.5. Se ele pára, nós morremos.6. É feita pelo cirurgião.
7. Trabalha no hospital e faz
operações.
1. Qual é o animal que, tirando umaletra, faz um metal precioso?2. O que é que tem uma porção dedentes mas não tem boca?3. Não sou soldado, mas gosto delutar. Não sou músico, mas gosto decantar. Não sou relógio, mas acordoas pessoas. Quem sou eu?4. Que alimento é feito através de flo-res?5. Qual é o animal que vive no meio
do purgatório?
Soluções:1 - (T) ouro. 2 - O serrote. 3 - O galo. 4 - Mel. 5 -
O gato.
Adivinhas Brincar ao Português
Soluções:1 - Pão. 2 - Leão. 3 - Limão. 4 - Porção. 5 -
Coração. 6- operação. 7. Cirurgião.
MisericórdiaJornal da
.12
Agenda | Março / Abril
Aniversários
Falecimentos
Voz das Misericórdias Aniversários
Falecimentos
Misericórdias são o ADN do EstadoSocial em Portugal diz Mota Soares“As Misericórdias são o ADN doEstado Social em Portugal”. A de-claração foi feita pelo ministro daSolidariedade e Segurança So-cial, Pedro Mota Soares, no fim daapresentação dos resultados doprograma de formação “Miseri-córdias: gestão sustentável”. A ini-ciativa teve lugar a 29 defevereiro na sede da União dasMisericórdias Portuguesas (UMP)em Lisboa e contou com a pre-sença de dezenas de provedoresenvolvidos naquele projeto.
Por parte da Misericórdia de Vilado Bispo, uma das selecionadasneste projeto, estiveram presenteso Provedor, Vítor Lourenço, e oPresidente da Assembleia Geral,Armindo Vicente.
Segundo Pedro Mota Soares, aolongo de mais de 500 anos, o Es-tado teve diversas alterações noque respeita ao seu comporta-mento, mas as Misericórdias man-tiveram-se sempre fiéis aoessencial da sua missão que éapoiar os mais carenciados. “Éesse papel fundamental que o
governo quer reconhecer”, disse.
O ministro também assinou o livrode honra da UMP durante aquelavisita. Escreveu:"As Misericórdias são uma ideiade génese portuguesa, que gal-gou fronteiras e mais de 500 anosapós o seu surgimento, semostram fiéis ao seu códigogenético de fazer o bem e ajudarquem mais precisa. Como por-tuguês, estou muito orgulhoso dovosso trabalho" Pedro MotaSoares, 29 de fevereiro de 2012.
[Voz das Misericórdias ]
AniversáriosLar e Centros de Dia
Março
03 (1921) - Arlete Mateus [Sagres]
03 (1913) - Ilda Carvalho [Sagres]
04 (1926) - Maria Lurdes Correia [Sagres]
08 (1928) - António Mestrinho [Sagres]
15 (1917) - Francisca Rosado [Sagres]
16 (1929) - Luísa S. Cintra [Raposeira]
20 (1926) - Maximino Neves [Sagres]
20 (1921) - Alfredo Martins [Sagres]
20 (1923) - Augusta Maria [Raposeira]
21 (1934) - António José Farias [Sagres]
29 (1932) - João Pinguinha [Sagres]
Abril
01 (1926) - João Ramos [Sagres)
01 (1935) - Inácia M. Pacheco [Raposeira]
07 (1934) - Antonieta Modesto [Sagres]
09 (1929) - Joaquim N. Cabrita [Raposeira]
14 (1924) - Inês Batista [C.D. de Sagres]
20 (1924) - Idalina Luísa Sousa [Sagres]
23 (1928) - José Reis Luz [C.D. de Sagres]
24 (1915) - Silvina Luís Batista [Sagres]
Maio
12 (1925) - Joaquim A. Silva [Sagres]
15 (1935) - Mª Joaquina Francisco [Sagres]
25 (1931) - Brígida Guerreiro [Sagres]
25 (1925) - Luísa H. Gonçalves [Raposeira]
Jardim de Infância Alvorada
Abril
12 -Vítor Lourenço [provedor]
23 - Armindo Vicente [professor]
25 - Lucinda Lourenço [auxíliar]
Maio
23 (2007) -Júlia Graça
Junho
02 (2007) -Marta Jesus
Maria Augusta Duarte Silva[29 Novembro 1916 - 21 de Janeiro 2012]
Emília do Carmo Bravo Correia[01 Julho 1921 - 23 de Dezembro 2011]
17/03 Assembleia Geral daSanta Casa da Misericórdia -Apresentação e Aprovaçãode contas do exercício 2011
22/03 Baile da Pinha [edífi-cio Berta Casal]
28/03 Abertura Loja Social
À espera doVasquinho....
A Assistente Social da nossainstituição, Drª CláudiaNavarro, está nos últimosmeses da sua gravidez e,como se espera, no mês deAbril terá a felicidade de sermãe pela primeira vez.
Desejamos asmaiores felicidadese cá esperamos oVasquinho....