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JORNAL^ADEPPE N 123 I Abril/Maio 2016 ^ ^ ^ ^ ^ ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DE PERNAMBUCO
5 0 5 : fardo pesado de carregar Pág.04e05
Confira os novos Os 199 anos da convénios da Adeppe Polícia Civil Pág.02 Pág.03
Entrevista com o delegado Ramon Teixeira Pág. 07
JORNAL ADEPPE - N° 123 1 Abril/Maio 2016
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P A L A V R A DO P R E S I D E N T E
Francisco Rodrigues
No ano que antecede o bicentenário, a Polícia Civil vive um dos piores momentos de sua história. Com um quadro reduzido de servidores, frota de veículos terceirizada e em péssimas condições de uso, imóveis alugados e inadequados, além de metas irresponsavelmente previstas, que comprometem a qualidade do serviço de investigação policial, a instituição está à beira do colapso. Indiferentes aos graves problemas estruturais, os gestores do atual governo concentram sua atuação na invenção de novas metas, sem qualquer conteúdo científico ou mesmo empírico. Tudo é voltado para garantir a aparência de que o enfadado Pacto pela Vida está dando bons resultados. E o encargo recai sobre os já fatigados servidores, que sem qualquer incremento estrutural, são compelidos a dar bons resultados. Nem mesmo o número de homicídios, menina dos olhos desse governo, está retrocedendo. E em momentos de crise, um grande entrave à solução do problema é o desperdício de recursos. Este mês, trazemos uma reportagem especial sobre a Secretaria de Defesa Social, ura elefante branco que consome vahosos recursos para manutenção de seu custeio e ainda suga um número relevante de servidores das instituições policiais a ela vinculadas, sem trazer qualquer benefício efetivo à política de segurança. Muito ainda tem que ser feito. E se de fato houver vontade política voltada a redução dos índices de violência, a extinção da SDS é condição primária na reforma da segurança pública. Boa leitura.
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Stela, proprietária, lembra que salão é unissex
Curso é realizado em 18 meses
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JORNAL^ADEPPE Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco I Rua da Aurora, n° 387, Boavista Recife-PE
Tei. (81) 3221,2925 l|lfacebook,com/adeppe IO@delegadospe i#(81) 99333,0830 I www.adeppe,com,br Presidente: Francisca Rcdrigues I Vice-presidente: Syivana Leiiis I Diretor de Relações Públicas: Igor Leite
Tempus Comunicação I Rua da Hora, n34, SI 21, Espinheiro, Recife-PE - Fone: 81 3204,1741 1 Editor e jornalista responsável: Jonatas Campos {DRT/PE 3411) Reportagem: Brunno Porto (MTE/MS 17451) e Jonatas Campos (DRT/PE 3411)
Convénio com a escola de Inglês Minds
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Em uma de suas piores crises, Polícia Civil faz 199 anos
APolícia Civi l de Pernambuco comemora em 2016 os seus 199 anos de história. Entre as
solenidades, corridas, passeios e homenagens, mas o que delegados de polícia e policiais civis de fato esperam é por valorização e mínimas condições de trabalho.
Mesmo com o segundo pior salário do Brasil, no caso dos Delegados, e estrutura de trabalho precária, a PCPE apresenta alto índice de eficiência e resultado, sendo uma das melhores polícias civis do Brasil. "Tudo isso é fruto do esforço dos delegados e agentes", lembra Francisco Rodrigues, presidente da Adeppe.
HISTÓRIA - O dia 21 de A b r i l foi instituído Dia da Polícia Judiciária pelo Decreto N " 9.208 de 1946, uma homenagem a Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes), considerado o patrono da polícia brasileira.
Já a Lei n° 12.853, de 4 de julho de 2005, transfere para 13 de abril a data magna da Polícia Civi l de Pernambuco em referência ao Decreto do Governo Provisório de 13 de abril de 1817, que criou o Tribunal de Polícia dirigido por u m Juiz Ordinário do Crime e Polícia da Vila e Termo do Recife.
Em 1974 o Governador Eraldo Gueiros sancionou a Lei Orgânica 6.657, instituindo em Pernambuco a "polícia de carreira", eliminando a influência de grupos políticos nas nomeações de delegados e comissários, que ocorriam frequentemente, pr inci palmente no interior.
Prestes a completar 85 anos, u m dos Delegados de Polícia aposentados mais antigos do Estado, José de Souza Neto, fala que a polícia civil evoluiu durante os anos em que esteve no batente, mas ainda continua com dificuldades.
"Nosso salário sempre foi m u i
to precário. A gente não tinha PJES, dávamos plantão sem remuneração, no máximo, a gratificação paga pela condição de chefe da delegacia, como representação", recorda. Apesar de algumas conquistas em relação época em que o decano estava na ativa, os Delegados de Polícia em Pernambuco continuam a realizar plantões extras em ambiente precário e remunerados com valores que correspondem a u m quinto da hora extra devida.
José Neto, que começou sua carreira em 1953, já esteve nas delegacias de Petrolina, Vitória de Santo Antão, Roubos e Furtos, Mustardinha dentre outras. "É preciso ter vocação para assumir o posto de delegado" enfatiza. Para ele, os novos delegados que virão nos próximos concursos devem ter espírito profissional para exercer o cargo. "Na polícia, ou você tem amor a sua instituição ou você não serve para ela", concluiu. ^
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JORNAL ADEPPE - N° 123 1 Abril/Maio 2016
Fardo Pesado de carregar: SDS consumirá 37,8'
Criada no ano de 1999, início do primeiro governo Jarbas Vasconcelos, a então recém-inau-
gurada Secretaria de Defesa Social tinha por finaUdade promover a defesa dos direitos do cidadão, da normalidade social, integrar as ações do Governo com vistas à preservação da ordem púbhca, da incolumidade das pessoas e do patrimônio no âmbito do Estado. Para tão nobre missão, já contava àquela época com um quadro carregado de cargos comissionados e de funções gratificadas, todas direcionadas à atividade meio. Eram 2.033 cargos comissionados. Mais que as Secretarias de Educação e Saúde juntas, que somavam 2.030 cargos.
Desde então, a Secretaria de Defesa Social recebe, a cada ano, cerca de 10% do orçamento do Estado. Atualmente, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2016, estes recursos são na ordem de R$ 3,2 bilhões. Na divisão deste bolo, a Polícia Militar ficou com 35,22%, a Polícia Civil receberá 16,4%, enquanto o setor de Perícias recebe 0,13%. Mas a maior fatia fica mesmo com a manutenção da dispendiosa pasta, que abocanha este ano R$ 1,2 bilhões, cerca de 37,8%
dos recursos destinados à segurança púbhca.
Entre 2010 e 2015 não foi diferente. Em 2010, por exemplo, de um orçamento de R$ 1,8 bilhão para a segurança púbhca, só a SDS consumiu R$ 721 milhões, ou seja, 39% do total. Naquele ano, a Polícia Militar recebeu R$ 613 milhões, enquanto à Polícia Civil foram destinados R$ 192 milhões. Em 2011, 36% do orçamento geral da segurança pública ficaram para a SDS, enquanto a PM e a PC receberam 35,84% e 14,51% respectivamente. Em 2012, ano de eleições municipais, a mordida da SDS bateu recorde. A fatia do orçamento, destinada à pasta foi de 43% de todo o recurso da segurança púbhca. Nos anos seguintes, o custo da burocracia custou em média 35%, fazendo com que recursos vahosos deixem de ser apUcados no combate à crimininahdade.
Anahsando esta complexa estrutura, fica fácil perceber porque o Estado não consegue reduzir os índices de violência. O principal problema é mesmo a má gestão. Recheada de técnicos leigos na matéria, o trabalho desenvolvido na SDS se resume à anáUse de números.
Extinção da SDS, solução para segurança em Pernambuco
para identificação dos pontos críticos de incidência criminal. E só. Em seguida, é imposta uma pressão desmedida aos servidores que atuam nesses pontos, transferindo a eles a responsabihda-de pelo aumento das ocorrências. Tudo isso sem qualquer investimento em i n -fraestrutura.
Evolução dos Gastos com Segurança Pública Ponte: Portal da Transparência de Pernambuco
Orçamento previsto para 2010
Orçamento previsto para 2011
Sec. Defesa Social R$ 1.862.748.0001 100,00%
POLÍCIA MILITAR 613.500.100 32,94%
POLÍCIA CIVIL 192.955.900 10,36%
POLÍCIA CIENTÍFICA 9.686.300 0,52%
BOMBEIROS 83.949,400 4,51%
SAÚDE 67.600.300 4%
ADMISTRAÇÃO DA SDS 721.849.300 39%
Outros gastos 173.206.700 9%
Sec. Defesa Social | R$ 2.052.744.6101 100,00%
POLÍCIA MILITAR 735.781.381 35,84%
POLÍCIA CIVIL 297.877.664 14,51%
POLÍCIA CIENTÍFICA 7.637.689 0,37%
BOMBEIROS 108.107.847 5,27%
SAÚDE 78.333.760 4%
ADMISTRAÇÃO DA SDS 734.884.615 36%
Outros gastos 90.121.654 4%
Orçamento previsto para 2012
Sec. Defesa Social R$ 2.736.292.800 100,00% POLÍCIA MILITAR 705.371.900 25,78%
POLÍCIA CIVIL 336.290.100 12,29% POLÍCIA CIENTÍFICA 4.153.000 0,15%
BOMBEIROS 132.738.800 4,85% ADMISTRAÇÃO DA SDS 1.188.675.000 43%
Outros gastos 369.064.000 13%
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dos recursos para Segurança Pública
Algumas inovações adotadas recentemente pela SDS tornaram-se u m exemplo de má gestão. É o caso, por exemplo, da substituição da frota própria de veículos por locados, cujo valor anual da locação corresponde a cerca de 70% do custo do veículo zero km. O argumento é de que o custo de manu
tenção de frota própria é mais elevado. Entretanto, essa tese não procede. Prova disso é o péssimo estado em que se encontram as viaturas das Polícias. E a frota não está sendo renovada, como previsto contratualmente. Também não há veículos para todas as unidades. Por conta disso, viaturas da PoHcia Civil estão sendo emprestadas durante os fins de semana para a Polícia Militar. Várias são as reclamações por parte dos Delegados de que os veículos emprestados voltam avariados, desfalcando as unidades investigativas da polícia judiciária.
Essa má gestão provocou o aumento do número de homicídios. Infehzmen-te, mais pernambucanos foram assassinados em 2015, em comparação ao ano anterior. O aumento da violência atinge principalmente os crimes contra o patrimônio foram os que mais sofreram aumento. Assaltos a ônibus, a bancos, explosão de caixas eletrònicos, roubo de veículos e à mão armada crescem todos os anos.
Na contramão da evolução almejada pela sociedade, em 2015, a Polícia Civil recebeu menos recursos se comparado com 2014, demonstrando que a segu
rança púbhca não é mesmo prioridade para o Governo do Estado.
Atualmente não se sabe quantos cargos comissionados existem na SDS. O Governo adotou a não transparência em relação aos cargos comissionados, deixando de divulgar o número exato por Secretaria. Atualmente, a lei que regulamenta a quantidade de cargos mostra o número global, sem especificar em que área se encontram alocados. Uma verdadeira caixa de pandora.
A solução para a contenção da violência passa necessariamente pela extinção da SDS, uma Secretaria pesada que consome a maior parte dos recursos destinados à segurança púbhca. Acaso extinta, tais recursos poderiam ser redistribuídos para as forças policiais, resultando em maiores investimentos na deficitária infraestrutura e na contratação de novos servidores.
O Governo Federal, com seu novo Presidente, já está adotando as medidas básicas em tempos de crise. Reduziu o número de ministérios. Pernambuco precisa seguir o exemplo. É tempo de crise, governador.
Orçamento previsto para 2013 Orçamento previsto para 2015
Sec. Defesa Social R$2.909.167.000 100,00% POLÍCIA MILITAR 1.090.839.000 37,50%
POLÍCIA CIVIL 523.932.500 18,01% POLÍCIA CIENTÍFICA 5.623.500 0,19%
BOMBEIROS 164.778.000 5,66% ADMISTRAÇÃO DA SDS 964.227.500 33%
Outros gastos 5%
Orçamento previsto para 2014
Sec. Defesa Social R$3.028.693.100 100,00% POLÍCIA MILITAR 1.072.699.400 35,42%
POLÍCIA CIVIL 487.268.800 16,09% POLÍCIA CIENTÍFICA 6.076.300 0,20%
BOMBEIROS 188.040.500 6,21% ADMISTRAÇÃO DA SDS 964.227.500 32%
Outros gastos 310.380.600 10%
Sec. Defesa Social R$ 3.162.934.80 3 100,00% POLÍCIA MILITAR 1.095.366.300 35%
POLÍCIA CIVIL 514.557.500 16,27% POLÍCIA CIENTÍFICA 3.954.000 0,13%
BOMBEIROS 199,961.700 6,32% ADMISTRAÇÃO DA SDS 1.197.301.000 37,85%
Outros gastos 4,67%
Orçamento previsto para 2016
Sec. Defesa Social R$ 3.268.603.000 100,00% POLÍCIA MILITAR 1.151.240.000 35,22%
POLÍCIA CIVIL 536.112.000 16,40% POLÍCIA CIENTÍFICA 4,110.000 0,13%
BOMBEIROS 219,453.000 6,71% ADMISTRAÇÃO DA SDS 1,235,535.000 37,80%
Outros gastos 122,153.000 3,74%
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JORNAL ADEPPE - N° 123 1 Abril/Maio 2016
Ação questiona poder de delegado PEC do adicional de em colaboração premiada periculosidade no Senado
Dispositivos da Lei 12.850/2013 que atribuem a delegados de polícia o poder de realizar acordos de colaboração premiada são alvos de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5508) ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A norma disciplina a chamada "delação premiada" como meio de investigação de organizações criminosas e também como técnica de defesa dos interesses do investigado ou réu.
O procurador-geral questiona especificamente trechos dos parágrafos 2° e 6° do artigo 4°, que atribuem a delegados j poder para realizar acordos de
/ colaboração.
Procurador Rodrigo Janot é autor da ADi
Para Janot, os trechos impugnados da lei, ao atribuírem a delegados de polícia legitimidade para negociar acordos de colaboração premiada, contrariam os princípios do devido processo legal e da moralidade.
O relator da A D I 5508, ministro Marco Aurélio, adotou o rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs) para que a ação seja julgada pelo Plenário do STF diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de l i minar.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou no finai do mês de março proposta de emenda à Constituição (PEC 58/2015) do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) que concede adicional de periculosidade para os servidores policiais. A iniciativa recebeu parecer favorável do relator, senador Magno Malta (PR-ES), e já seguiu para a votação em dois turnos de discussão no Plenário do Senado.
O benefício seria pago
aos servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Ferroviária Federal, das Polícias Civis e Militares e dos Corpos de Bombeiro que exercem ati-vidades perigosas, de risco à integridade física e psicológica. O senador paraibano argumenta que, sem o pagamento desse adicional, policiais que enfrentam ameaça à própria vida em seu trabalho continuarão a receber a mesma remuneração que servidores da carreira em funções administrativas.
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^ • P R O M O Ç Ã O 1^^^
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JORNAL ADEPPE - N° 123 I Abril/Maio'2016
Entrevista Ramon César Teixeira
O policial federal César Teixeira, hoje aposentado, inspirou o titular da 10" Delegacia de
Homicídios, Ramon César Teixeira, de 34 anos, a buscar a carreira pública e jurídica. Há seis anos na Polícia Civi l e a frente de unidades de investigação de homicídios, Ramon ainda achou tempo em suas atividades para participar das negociações entre categoria e governo e para integrar o Grupo de Trabalho que vai elaborar a Lei Orgânica da Polícia Civi l de Pernambuco.
O senhor participou das negociações entre os Delegados e o Governo do Estado. Como foi essa experiência? Foram muitos meses de negociações complexas em vista do momento eco-nômicGi vivenciado nacionalmente. Em que pese não ter sido logrado a valorização pelo reconhecimento, a negociação foi positiva porque as portas permaneceram abertas e tivemos alguma conquista remuneratória, ainda que longe do ideal.
As conquistas foram somente na área financeira? Foram conquistas legislativas bastante interessantes para o cargo de Delegado e para a Polícia Civil . Também foi criado o Grupo de Trabalho da Lei Orgânica, almejada há quatro décadas.
Como o grupo de negociação chegou até a ideia de fazer um acordo com o Governo a partir de um processo na justiça? Tínhamos u m grupo heterogéneo e muito qualificado. Isso facilitou a construção de saídas jurídicas. Havia vedações legais contra as quais não podíamos remar. Também tivemos conquistas de prerrogativas, de garantia do cargo que no meio e longo prazo vão se mostrar muito importantes para o Delegado e para a Polícia Civil .
Como estão sendo tratadas as prerrogativas dos Delegados de Polícia nessa nova Lei Orgânica que se avizinha?
Elas serão robustecidas e ratificadas. A Lei Orgânica é um anseio antigo da categoria porque uma instituição forte e uma categoria forte começam de uma legislação forte. Conquistas pontuais como o curso público para a carreira com conteúdo programático compatível com as carreiras jurídicas do Estado têm uma importância para o futuro da instituição. Você está assegurando que os profissionais do futuro vão dar continuidade a esse processo de valorizar a carreira que não se resume à remuneração. Remuneração é u m pilar essencial, mas não é o único. Pilares igualmente importantes como o contínuo aprimoramento técnico -institucional transcendem o campo meramente remuneratório.
Há previsão da conclusão do G T da Lei Orgânica? Existem várias outras discussões que não se l imitam ao GT da Lei Orgânica. Questões como a elaboração de u m manual de procedimento da Polícia Judiciária e informatização, são questões importantes para o nosso futuro que estão sendo discutidas de uma forma apaixonada. Não há previsão, mas o GT é fruto da negociação e o que se tem é que a definição que o projeto da Lei Orgânica será levada para a Assembleia Legislativa.
A i n d a em 2016? Acredi tamos que em 2016 o pro je to já estará na Assembleia.
Gostar íamos de saber sua opinião sobre o novo edital do concurso para Delegado de Polícia? A categoria conseguiu uma i m portante vitória garant indo que os novos delegados tenham a máx i m a qualif icação técnico- jur ídi -co possível. Esse asseguramento se destina ao interesse social. À sociedade, mais do que qualquer u m , interessa Delegado de Polícia qual i f i cado. Ass im, valor izamos o passado a p r i m o r a n d o o f u t u r o . O cargo de delegado passou por modif icações tão i m p o r t a n t e que, simplesmente, o edi ta l anter ior era incompatível com a realidade legislat iva.
O que você dir ia para quem vai fazer esse concurso? Que não se desestimulasse com o valor remuneratório i n i c i a l . Haverá u m contínuo processo de va lo rização, está havendo uma série de lutas e construções que estão sendo travadas neste exato m o m e n t o e que conduzem a u m f u t u r o inequivocamente melhor . Todos terão a ganhar.
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JORNAL ADEPPE - N° 123 I Abril/Maio 2016
Contribuição mensal por Cartão de Crédito
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Associado poderá trocar modalidade do boleto por cartão
O S filiados à Adeppe agora podem também contribuir com a associação mensalmente
através de seu cartão de crédito. Quem hoje paga sua contribuição mensal por meio de boleto bancário, pode procurar a Tesouraria para atualizar a forma de contribuição.
O pagamento pode ser via crédito ou débito e também aceita quase todas
as bandeiras como MasterCard, Visa, Hipercard, Hiper, Elo e AmericanEx-press.
Com mais essa opção, a Adeppe oferece aos seus associados mais comodidade, além de manter a contribuição em dia sem preocupações. Lembre-se que o trabalho da Adeppe precisa da colaboração de todos os f i liados.
Recife sediará Corrida Contra Corrupção
Neste próximo mês de junho acontecerá a 1* edição da Corrida Contra Corrupção, no Reci
fe, que percorrerá diversas ruas dos bairros de Santo Antônio e Recife Antigo. A largada será no Cais do Apolo, às 17h. O evento tem a intenção de defender a autonomia da Polícia Federal e comemorar os 72 anos de sua fiindação.
As inscrições têm um valor de R$
65,00 e acontecem até o dia 6 de junho. O evento está dividido em duas etapas: caminhada, livre para todas as idades, e corrida para os maiores de 18 anos, ambos com percurso de 5 km. Todos os participantes vão receber camisas para serem usadas no dia e medalhas para todos após a linha de chegada. As inscrições podem ser realizadas no site www. tallentsport.com.br
CONTRA A .
R E C I F E / P E '
Lembrando dos companheiros de jornada
Marcelo Cabral da Cunhei^
A Adeppe faz neste espaço uma singela lembrança aos três companheiros de jornada que faleceram nos últimos meses.
Os companheiros Sérgio Fernando Nunes Silva, Marcelo Cabral da Cunha e Adalberto
Sérgio Fernando Nunes Silva
Teixeira Filho. O delegado Sérgio Fernando
faleceu no dia 11 de março e era t i tular da Delegacia da Macaxeira e plantonista na Ceplanc.
O delegado Marcelo Cabral da Cunha estava aposentado e faleceu
Adalberto Teixeira Filho
em 27 de março. O também delegado aposentado Adalberto Teixeira Filho faleceu em 19 de maio.
Homeneageamos esses guerreiros da Polícia C i v i l de Pernambuco. Levaremos conosco o legado e o exemplo do trabalho e dedicação.
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