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Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento São Paulo, abril de 2010 www.jornalentreposto.com.br Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - N o 119 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste Todo conteúdo desta edição e muito mais notícias e serviços você encontra no Jornal Entreposto online. Um portal dirigido às Centrais de Abastecimento. Acesse agora! www.jornalentreposto.com.br Veículos leves são destaques na exposição Destinados ao transporte em áreas urbanas onde há restri- ções quanto à circulação de caminhões, os comerciais leves serão um dos principais destaques na exposição anual de transportes e logísticas no Entreposto de São Paulo. Págs. A4, A5 e A6 Acessórios fazem a diferença na direção Cada vez mais, montadoras de veículos comerciais incorpo- ram inovações indispensáveis aos modelos oferecidos ao mercado. Na Femetran, os últimos lançamentos da indústria automotiva nesse segmento serão expostos aos visitantes. Págs. B2 e B3 Pimentão Amarelo CX K R$ 36,01 BAIXA Banana Nanica KG R$ 0,85 Alface Lisa ENG R$ 13,40 BAIXA Ovo Branco CX R$ 47,28 Girassol PCT R$ 6,23 Manjuba KG R$ 3,62 ESTÁVEL * Preço de referência do mês de março l 2010 - Expectativa para abril l 2010 ALTA ESTÁVEL ESTÁVEL Copa do Mundo é tema da Femetran 2010 Decoração vinculada ao torneio mundial de futebol e brindes exclusivos farão parte da temática promocional da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas, que acontecerá em maio na Ceagesp. Pág. A2 Economia aquecida favorece negócios na Femetran Após queda nas vendas de veículos comerciais em 2009, setor produtivo prevê recuperação este ano As indústrias automotivas insta- ladas no Brasil anunciaram inves- timentos bilionários no país em este ano. Seguindo esse embalo, a Femetran 2010 propiciará a ge- ração de novos negócios para a cadeia produtiva do setor, avalia o diretor comercial do evento, Fe- lipe de Jesus. Nesse cenário de otimismo, as empresas participantes da expo- sição anual, que acontecerá de 11 a 14 de maio no Entreposto de São Paulo da Ceagesp, apre- sentarão aos transportadores e atacadistas da maior central de abastecimento da América Lati- na o que há de mais moderno no segmento de transportes e logís- tica de produtos hortifrutícolas. Embora a indústria automobilísti- ca brasileira tenha enfrentado os reveses da crise mundial no ano passado, o que se traduziu em queda nas vendas, as expectati- vas para 2010 são as melhores, esclarece o coordenador de ma- rketing do evento, Paulo Cesar Rodrigues. Preenchimento da nota fiscal de produtor rural Pág. B1 Banana produzida abaixo do Trópico de Capricórnio Pág. B3

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Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

São Paulo, abril de 2010www.jornalentreposto.com.br

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva *** UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO *** ANO 11 - No 119 - Circulação autorizada no ETSP da Ceagesp e Região Oeste

Todo conteúdo desta edição e muito mais notícias e serviços você encontra no Jornal Entreposto online.Um portal dirigido às Centrais de Abastecimento.

Acesse agora!

www.jornalentreposto.com.br

Veículos leves são destaques na exposiçãoDestinados ao transporte em áreas urbanas onde há restri-ções quanto à circulação de caminhões, os comerciais leves serão um dos principais destaques na exposição anual de transportes e logísticas no Entreposto de São Paulo.

Págs. A4, A5 e A6

Acessórios fazem a diferença na direção Cada vez mais, montadoras de veículos comerciais incorpo-ram inovações indispensáveis aos modelos oferecidos ao mercado. Na Femetran, os últimos lançamentos da indústria automotiva nesse segmento serão expostos aos visitantes.

Págs. B2 e B3

PimentãoAmarelo

CX K R$ 36,01 BAIXA

BananaNanica

KG R$ 0,85

AlfaceLisa

ENG R$ 13,40 BAIXA

OvoBranco

CX R$ 47,28

Girassol

PCT R$ 6,23

Manjuba

KG R$ 3,62 ESTÁVEL

* Preço de referência do mês de março l 2010 - Expectativa para abril l 2010

ALTA ESTÁVEL

ESTÁVEL

Copa do Mundo é tema da Femetran 2010Decoração vinculada ao torneio mundial de futebol e brindes exclusivos farão parte da temática promocional da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logística de Produtos Hortifrutícolas, que acontecerá em maio na Ceagesp.

Pág. A2

Economia aquecida favorece negócios na Femetran

Após queda nas vendas de veículos comerciais em 2009, setor produtivo prevê recuperação este ano

As indústrias automotivas insta-ladas no Brasil anunciaram inves-timentos bilionários no país em este ano. Seguindo esse embalo, a Femetran 2010 propiciará a ge-ração de novos negócios para a cadeia produtiva do setor, avalia o diretor comercial do evento, Fe-lipe de Jesus.

Nesse cenário de otimismo, as empresas participantes da expo-sição anual, que acontecerá de 11 a 14 de maio no Entreposto de São Paulo da Ceagesp, apre-sentarão aos transportadores e atacadistas da maior central de abastecimento da América Lati-na o que há de mais moderno no segmento de transportes e logís-tica de produtos hortifrutícolas.

Embora a indústria automobilísti-ca brasileira tenha enfrentado os reveses da crise mundial no ano passado, o que se traduziu em queda nas vendas, as expectati-vas para 2010 são as melhores, esclarece o coordenador de ma-rketing do evento, Paulo Cesar Rodrigues.

Preenchimento da nota fiscal de produtor ruralPág. B1

Banana produzida abaixo do Trópico de Capricórnio

Pág. B3

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA2

Premiação vai ser destaque na FeiraA organização do evento pretende premiar mais de 200 visitantes com brindes personali-zados da Torcida Femetran Brasil 2010. Alguns sortudos poderão ainda ter uma chance de ganhar kits com camisa Nike da seleção brasileira e bola Adidas oficial do torneio.Bom de bola ou não, isto não importa, o que o participante precisa mesmo é de sorte.Venha tentar.

Idealizada em 2002 para atender à premente necessidade de modernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran 2010 continuará enfocando as múltiplas e potenciais oportunidades que o segmento oferece, acontecendo no momento em que os grandes players do mercado au-tomobilístico nacional acirram a disputa pelo cada vez mais competitivo setor de tranporte de cargas hortifrutícolas.

Após o ligeiro entrave causado pela crise glo-bal, as montadoras de veículos comerciais le-ves e pesados voltaram a investir no país e a fazer planos para conquistar a confiança dos consumidores.

“A 9ª edição da Feira dos Meios de Transporte, Movimentação e Logísti-ca de Produtos Hortifru-tícolas está em sintonia com o cenário econômi-co do país e promete ser mais um evento que unirá a oferta de produ-tos às soluções de es-tratégicas de manuseio e embalagem”, explica o coordenador de ma-rketing do evento, Paulo Cesar Rodrigues.

Os organizadores do evento deste ano vão privilegiar na exposição as mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas

de comercialização das safras agrícolas e nas alternativas e aplica-ções de estratégias diferenciadas para solu-cionar recorrente da cadeia produtiva: o abas-tecimento de grandes cidades com frutas. e hortaliças, produtos essenciais para alimenta-ção saudável das populações urbanas.

“A Femetran, mais uma vez, coloca para o mer-cado a sua preocupação no aprimoramento técnico e de coordenação do conjunto de apa-relhos envolvidos no abastecimento, mostran-do, assim, o papel que cada empresa partici-pante desempenha atualmente na elaboração de soluções para as dificuldades produtivas e logísticas, um desafio constante para o seg-mento de produtos frescos”, acrescenta.

Femetran é show de bola

TRANPORTE & LOGÍSTICA

Torneio mundial de futebol será a temática promocional da exposição realizada pela 9ª vez na Ceagesp

TORCIDA FEMETRAN BRASIL

Em tempo de Copa do Mundo, os promotores resolveram homenagear a seleção brasileira e criar uma decoração temática para o evento, nas cores verde e amarelo.

Também foi criada a promoção Torcida Femetran Brasil, que vai distribuir aos sorteados camisas da torcida oficial Femetran, bolas customizadas, kit da Nike da camisa amarelinha e bola Adidas do torneio.

Com o slogan “A Femetran 2010 é show de bola”, a feira é mais um evento marcante do calendário do Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp, que acontecerá de 11 a 14 de maio, das 10 às 18 horas, ao lado do Pavilhão da Abóbora.

SERVIÇO

FEMETRAN | 2010Feira dos Meios de Transporte, Movimentação ,e Logística de Produtos Hortifrutícolas

Endereço:CEAGESP Avl. Dr. Gastão Vidigal, 1946V. Leopoldina - São paulo

Localização:Ao lado do Pavilhão da Abóbora

Data:De 11 a 14 de maiodas 10h00 as 18h00

Entrada de Automóveis:Estacionamentos nos Portões 2 e 4

Utilitários:Liberados para entrada e circulação em todo entreposto

Principais Expositores:Mercedes-Benz, Volkswagen, Iveco, Ford, General Motors, Renault, Volvo, Scania, MWM Motores, Pneu Linhares, Trator-Agro, Continental. Pegeot, Pirelli, Hyundai, KLL

Informações:Jornal Entreposto(11) 3831.4875www.jornalentreposto.com.brwww.femetran.com.br

O EVENTO

Os visitantes poderão percorrer os estandes e encontrar inovações e oportunidades para adquirirem produtos que tornarão sua rotina de trabalho mais eficiente. Todas as catego-rias estarão representadas no evento, desde os utilitários, os caminhões leves, médios e pesados, insumos até pneus e motores.

“É muito importante ver de perto o que os expositores estão oferecendo, afinal, é inte-ressante conhecer detalhes para uma boa aquisição, mesmo que esta só aconteça mais adiante”, recomenda o publicitário.

No centro da alameda da feira fica o meeting point, local onde os frotistas, caminhoneiros autônomos e atacadistas, reúnem-se para tro-car informações sobre o evento e bater um papo descontraído.

Nesta edição o Jornal Entreposto faz um re-trospecto do panorama de mercado reunindo informações de todos os segmentos de car-gas, um olhar clínico sobre a economia e to-dos os agentes envolvidos neste setor.

Mesmo quem acompanha de perto todas notí-cias dirigidas ao transporte vai ficar surpreso com as novidades e oportunidades encontra-das na feira.

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LIBERADO PARA

CIRCULAR EM

ÁREAS RESTRITAS

FRUTARIACAMINHÃO GUINCHO GASEIRALOJINHA

AMBULÂNCIA BOUTIQUE DE CARNE CAÇAMBA FRIGORÍFICO FÁBRICA DA HYUNDAI NO BRASIL.ANÁPOLIS - GOIÁS

PREÇO ESPECIAL IMBATÍVEL COM ISENÇÃO

TOTAL DO IPI.

IPI0%3

MOTOR TURBO DIESEL EURO III INTERCOOLER POTÊNCIA MÁXIMA.

VÁRIAS OPÇÕES DE CARROCERIA

DISTRIBUIDORES EM TODO O PAÍS: 0800 77 02 011

São Paulo 11 2971-5623 | 11 2971-5624 Demais Localidades 0800-7702011 [email protected]

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HYUNDAI CAOA - SÃO PAULO: ANHANGÜERA (11) 3909-4400 - Rod. Anhangüera, km 17 R. Antonio das Chagas, Av. Edgard Facó, 814 Av. Ibirapuera, 2.822 Av. Robert Kennedy, 179 Av. Dr. Ricardo Jafet, 1.209 Av. J. Kubitschek,

JARDINS (11) 3894-4000 - Av. João Dias, 2.192 Av. Ibirapuera, 2.414 Av. Dr. Guilherme D. Vilares, 249 Av. Sumaré, 1.180 R. Serra do Japi, 1.249 HYUNDAI CAOA - GRANDE SÃO PAULO: ALPHAVILLE (11) 4133-4377 - Al. Araguaia, 2.039

Av. Pres. Tancredo Neves, 2.112 Av. Pereira Barreto, 1.379 HYUNDAI CAOA - INTERIOR DE SÃO PAULO: AMERICANA(19) 3743-3100 e (19) 3272-2001 e

(17) 2138-8383 HYUNDAI CAOA - MATO GROSSO DO SUL: CAMPO GRANDE HYUNDAI CAOA - PARAÍBA: CAMPINA GRANDE (83) 3337-1009 HYUNDAI CAOA - PERNAMBUCO: RECIFE - BOA VIAGEM (81) 3471-1119 HYUNDAI CAOA - RIO GRANDE DO SUL: CAXIAS DO SUL 3027-9700

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA4

Economia aquecida, con-sumo em alta, e incentivos fiscais são alguns dos fato-res que vêm favorecendo as vendas do setor automotivo brasileiro que, mesmo com a crise financeira que abalou o mundo a partir de 2008, mostrou sinais de vitalidade e recuperação e encerrou o ano passado com bom desempe-nho.

A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializa-dos) concedida pelo governo para minimizar os efeitos da crise atraiu os consumidores e a indústria automotiva re-gistrou um de seus melhores períodos de venda. A expecta-tiva de uma safra recorde e a oferta de incentivos a peque-nos agricultores para a aqui-sição de veículos de carga e agrícolas também ajudam a fortalecer o mercado de ve-ículos comerciais leves. Por comerciais leves a Anfavea (Associação Nacional dos Fa-bricantes de Veículos Automo-tores) entende todos os veí-culos vendidos no Brasil que possuem PBT, Peso Bruto To-tal, de até 3,5 tone¬la¬das. Vão desde as picapes peque-nas até as vans, passando pelos furgões e utilitários.

Trata-se de um segmento em expansão, devido, prin-cipalmente, ao crescente aumento das restrições ao tráfego de caminhões nos

grandes centros urbanos do país. Os números da Anfavea comprovam este crescimento, mostrando que no primeiro bi-mestre de 2009 a produção de comerciais leves atingiu quase 57 mil veículos. Já no mesmo período deste ano, as montadoras produziram mais de 75 mil unidades da cate-goria.

O impacto da restrição de circulação de caminhões em grandes cidades brasilei-ras tem contribuído para que indústrias, transportadoras e caminhoneiros busquem soluções para a distribuição de mercadorias seguindo as novas regras impostas pelas prefeituras. Na capital paulis-ta, onde a restrição a cami-nhões funciona desde 2008, houve mudanças no perfil dos veículos utilizados na distri-buição de produtos. Pesquisa realizada no ano passado pelo Instituto de Logística e Supply Chain aponta que a reação imediata das empresas que realizam transporte de cargas em São Paulo foi a aquisição de veículos mais adequados às novas regras de circula-ção, entre eles os utilitários. De acordo com o estudo, nos seis primeiros meses de vi-gência da nova lei, a frota pau-listana desse tipo de veículos registrou aumento de 30%. O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São

Restrições a caminhões impulsionam mercado de comerciais leves

Paulo realizou uma pesquisa para avaliar o primeiro ano da ampliação das restrições, que limitou também os horários de circulação dos VUCs (Veículos Urbanos de Carga). O estudo aponta que entre as princi-pais medidas adotadas pelas empresas está a substituição da frota de VUC por utilitários. A pesquisa mostra que 59% das empresas aumentaram a frota de comerciais leves na faixa de 10% a 30%, gerando

VW Delivery é uma das grande novidadesPara solução de entregas rápidas nos grande centros urbanos a VW desenvolveu um veícu-la para as condições brasileiras, que resultou em um produto ágil, e robusto.O modelo de rodado simples por exemplo paga o mesmo valor de pedágio que um automó-vel e pode trafegar em áreas restritas.

um índice médio de aumento de 19,70%.

Estudo realizado pelo Mi-nistério da Agricultura apon-ta que 90% do transporte de produtos hortícolas é realiza-do por meio de caminhões. Pelo entreposto paulistano da Ceagesp, o maior da Amé-rica Latina, circulam diaria-mente centenas de milhares de veículos de compradores que adquirem os produtos para abastecer diversas ci-

dades do país. No local, são comercializadas diariamente quase 10 mil toneladas de produtos, cujo principal desti-no é a Região Metropolitana de São Paulo. É nesse cená-rio que os veículos utilitários exercem papel de destaque na redistribuição das merca-dorias, principalmente diante das restrições que impedem a circulação de caminhões nas zonas centrais das gran-des cidades.

Índice médiode aumento19,7%

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JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010 A5

Sem contar os modelos mais simples, menos equi-pados e com capacidade de carga inferior, que competem em uma faixa diferente de mercado, o segmento de veículos comerciais leves chassi

cabine cresceu 64,2% em 2009, quando somou 2.031 unidades. Para 2010, é esperado um avanço de quase 20%, com 2.430 unidades.

De olho num mercado cada vez mais competitivo e que conta com diversas opções, os fabricantes desenvolvem estratégias para conseguir se destacar e o que se vê são lançamentos de modelos que agregam design arrojado, aumento da capacidade de distribuição de cargas e alto padrão de conforto e segurança.

RAIO X DO MERCADO

FordA Ford, que não fabricava modelos dessa categoria, também entrou na disputa e pretende aproveitar a expansão do segmento contando com a sua linha Transit, composta por vans e furgões. Lançada em janeiro do ano passado, a linha fechou 2009 supe-rando a marca de mil unidades vendidas e agora acaba de lançar o modelo chassi, que oferece fa-cilidades para instalação de implementos e pode comportar baú, o que pode melhorar o aproveita-mento de espaço. “Nosso objetivo é atingir 14% do segmento este ano com a nova Transit Chassi”, destaca o diretor de operações de caminhões da Ford América do Sul,Oswaldo Jardim. Os veículos da linha vendidos no Brasil têm a mesma configura-ção da versão encontrada na Europa, onde é líder de mercado há mais de quatro décadas.

Renault A Renault do Brasil vê no segmento de comerciais leves um importante alvo para expandir seus negó-cios no mercado nacional. Atualmente, os furgões res-pondem por 25% das ven-das do segmento de comer-ciais leves. Desse volume, 6% correspondem ao mer-cado de furgões pequenos, onde a Renault é represen-tada pelo Kangoo Express. Outra aposta da montadora é o furgão Master, que re-gistrou em março deste ano o seu melhor mês de ven-das desde que foi lançado, no ano passado, com 468 unidades comercializadas, ultrapassando o recorde an-terior de dezembro de 2009 (445 veículos), atingindo uma participação de merca-do de 18,3%. “A linha de comerciais leves da Renault é caracterizada por possuir um baixo custo por quilôme-tro rodado e baixo valor de manutenção, características que ganham relevância ain-da maior em se tratando de veículos comerciais”, avalia o gerente de marketing de produto da empresa, Ricar-do Fischer.

Veja algumas modelos de veículos das diversas categorias de carga que podem ser bem utilizados no transporte de hortifrutícolas.

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOA6

ENTREVISTA

Iveco

A Iveco participa da categoria com os furgões da linha Daily que, de acordo com a montadora, são configurados como rodado simples. Por isso, não são classificados como caminhões e, dessa forma, ficam livres de algumas restrições de circulação. A versatilidade dos furgões é uma das características que mais atrai os operadores logísticos que precisam fazer as chamadas entregas porta a porta. Segundo o gerente de marketing da Iveco, Fernando Ribeiro, os veículos “têm chas-si, potência e torque de caminhão, conforto e beleza de um carro de passeio”.

Mercedes-BenzEntre os destaques da Mercedes-Benz no segmen-to de utilitários estão os veículos da linha Sprinter, composta por nove modelos e oferecida com opções de entreeixos curto, longo e extra-longo. O modelo Street, lançado recentemente, apresenta a versão de entreeixos mais longo para o chassi com cabina e amplia a oferta de comerciais leves para o trans-porte de cargas fracionadas nas cidades e em cur-tas distâncias rodoviárias. Segundo a montadora, a nova versão permite a utilização de implementos de maiores dimensões. O baú, por exemplo, pode ter um tamanho similar ao utilizado num caminhão leve. Além das portas traseiras, os furgões podem vir equipados com porta lateral corrediça nos dois lados da carroçaria, uma exclusividade da marca no mercado brasileiro. Isso permite que as operações de carga e descarga sejam feitas pelos dois lados do veículo.

Fiat Líder na categoria de furgões grandes, o Fiat Ducato tem na sua variada gama de produtos o ponto de destaque, com oito versões voltadas para o transporte de carga e de passageiros. A linha 2011 para o mercado brasileiro foi lançada no final de março e traz novidades no aspecto visual e mudanças em alguns equipamentos, de série e opcionais. No primeiro trimestre deste ano a monta-dora já emplacou quase duas mil unidades. A versatilidade de uso é outro ponto forte do furgão da Fiat, que pode ser trans-formado para atender diversas necessidades em veículos comerciais, para o transporte dos mais diversos tipos de carga, entre elas, as frigorificadas, que têm bastante demanda no mercado de alimentos in natura.

Hyundai A Hyundai Caoa acirra a disputa do mercado com seu minicaminhão HR, que acaba de ganhar a versão Low Deck Single. O comercial leve oferece quatro anos de garantia sem limite de quilometragem e, de acordo com a montado-ra, tem o menor custo operacional por quilometro rodado. A nova versão tem os modelos com rodado simples (HD) e com rodado duplo (LD) e conta com maior capacidade de volume de carga em relação aos modelos anteriores da linha. O veículo tem o chassi mais alongado, mas ainda assim não perde a permissão para trafegar em grandes centros urbanos.

Peugeot O furgão Boxer é a aposta da Peugeot para disputar o cada vez mais acirrado mercado brasileiro de utilitários. O modelo conta com três opções de carro-ceria (curta, média e média com teto elevado), que permitem o transporte de 1.530 kg, 1.520 kg e 1.630 kg, respectivamente. As dimensões da versão curta é a mais indicada para a utilização nos grandes centros urbanos e no transporte de cargas menores. No ano passado,a montadora registrou a venda de mais de 1.800 unidades no Brasil, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

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JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010

Por Gilberto Bombardi

Deixa o menino brincar

ARTIGO

www.bombardifm.blogspot.com

Sou apenas mais um que vai falar o mais do mesmo. Até aqueles que estão con-tra também reconhecem que essa molecagem não é boba-gem, que o momento é alegre e que a seleção precisa des-sa arte. Alguém para pintar o 7, para rir e divertir um bando de marmanjos sérios e que fazem cara feia para bola. Não seja ranzinza Dunga! Não o deixe de castigo! O menino só está pedalando, só está brincando nesses imensos quintais verdes do Brasil e dançando na frente de qual-quer um, sem medo e sem vergonha, com sorriso no ros-to, com paradinha e com cha-péu fora de hora. Pegue como exemplo aque-les meninos que já vestiram a amarelinha em outras épo-cas. Teve aquele negrinho na Copa de 58, o dentucinho na Copa de 94... Até aquele mais comportadinho que anda com a Bíblia debaixo do braço, que foi para o Japão/Coréia em 2002. Lembra? Todos eles fo-ram campeões em suas res-pectivas gerações, sentados e comportados no banco só marcando presença e continu-aram representando bem sua pátria depois que cresceram.São fatos que apontam para a realidade de hoje, caro téc-

nico. Os meninos de agora são os homens de amanhã e não tem vice e versa nes-se caso. Pense nesse garoto em 2014 se divertindo aqui, em seu próprio quintal, com a sua bola e seus amiguinhos. E essa farra será mais fácil ainda se hoje ele sentir e en-tender o que é essa principal brincadeira de bola chamada Copa do Mundo.Está chegando o dia, Oh gran-de anão, chefe da seleção. 11 de maio você vai ter que sentar na frente de um mon-te de caras assim como eu, que não conseguiram realizar esse sonho de menino de ser jogador de futebol, mas que escrevem sobre tal e falam sem esse peso de ter que es-colher os 23 que representa-rão essa nação. E justamente para que não tenha que expli-car o inexplicável para nós, pobres jornalistas que não sabem jogar, nem comandar um time de futebol, convoque o Neymar!Provavelmente, até o dia da convocação você ainda terá muita dor de cabeça. Preo-cupações parecidas como aquelas dos pais que estão em casa vendo TV e alguém chega no portão e diz: “O seu menino está aprontando aqui na rua” ou “Vem dar um jeito nesse moleque” ou ainda “Ele não respeita os mais velhos”, e assim por diante. A final do campeonato paulista está ai,

talvez ele consiga conquis-tar o seu primeiro titulo como profissional, pode fazer mais alguns muitos gols, deixando tiozões pelo caminho e experientes no chão.A coerência é o caminho a ser seguido agora. Tem muito brasileiro na Europa que nem é titular do clube que joga e você continua chamando com se estives-se pagando um favor. Cra-ques que ganham salários astronômicos são eleitos melhores do mundo, mas quando vestem a camisa do Brasil, deixam de brin-car com a bola e começam a brincar de estátua. Talvez o Neymar não faça a diferença nessa Copa, mas com certeza ele vai aprender e muito com essa lição. Ele é jovem, cheio de talento e joga sem se preo-cupar se o zagueiro e o go-leiro que estão à sua fren-te, vestem essa ou aquela camisa. Ousadia de sobra em um menino que joga em seu país e que já é fa-lado em todo mundo. Leve o menino para brincar lá na África, Dunga!

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JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010

Embora as vendas de caminhões tenham recuado no país durante 2009, fabricantes estão otimistas com a retomada da demanda e apresentam suas últimas inovações na exposição anual

Recuperação econômica impulsiona demanda por caminhões mais pesadosA derrocada financeira mun-dial não ajudou este nicho da indústria automobilística brasileira e a vendas dessa categoria recuaram 6,45% no ano passado. No segmen-to de caminhões de 10 a 15 toneladas de peso bruto total (PBT), o destaque de marca ficou para MAN Latin America, com a comercialização dos modelos VW Constellation e Worker, que, juntos, atingiram 6.024 veículos vendidos. En-tretanto, o ótimo desempe-nho da multinacional alemã não destronou o tradicional L-1318, da Mercedes-Benz, que acabou faturando o prê-mio Lótus de Caminhão Mé-dio do Ano.

Terceira vez no topo da categoria

O Mercedes-Benz 1318 é um dos grandes ícones da monta-dora e reconhecido pelos con-sumidores. O sucesso está no motor OM 904 LA, com gerenciamento eletrônico de

Médios

177 cavalos de potência e o freio-motor Top Brake, uma exclusividade dos produtos da marca da estrela de três pontas.

MAN ofereceu mais opções

O design é uma das carac-terísticas importante do VW Constellation 13.180. As ver-sões de cabine destendida e leito teto alto estão prepara-das para enfrentar aplicações severas de uso e foram proje-tadas para garantir o máximo de aproveitamento em produ-tividade, conforto e seguran-ça no transporte de carga. Outro diferencial competitivo do veículo é a opção do motor eletrônico MWM/Internacio-nal Acteon 4.12 TCE, com po-tência de 180 cv e torque pla-no de 600 Nm, que garantem mais agilidade, desempenho e economia.

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB2

Semipesados

O recuo acentuado nas vendas dos qua-tro modelos preferi-dos provocou uma

queda total de quase 10% nas vendas de todos modelos da categoria. Entretanto, a reação está sendo rápida, ao ponto de alguns fabricantes não conseguir acompanhar a demanda por veículos de 15 a 40 toneladas de PBT, após o reaquecimento da economia. “Essa ampla faixa de carga cria segmentos com neces-sidades específicas”, explica o diretor comercial da Feme-tran, Felipe de Jesus. No se-tor de hortifruticolas, procura continua sendo grande pelos modelos VW Constellation 24-250, Mercedes-Benz L-1620 e Ford Cargo 2428.

O preferido na categoria

O VW Constellation 24-250 é um veículo moderno com alto valor agregado. É o único pro-duto da categoria desenvolvi-do e produzido por brasileiros para operações rodoviárias de médias e longas distâncias. O motor eletrônico Cummins In-teract de 6 cilindros com 250 cv de potência é ideal para quem busca desempenho e baixo custo operacional. O caminhão que liderou as ven-das pelo segundo ano conse-cutivo é oferecido com duas opções de cabine: estendida e leito com teto alto, projeta-das para dar segurança e con-forto para os motoristas.

O segmento mais rentável de veículos comerciais também foi atingido pela crise mundial em 2009. Entre-tanto, pouca diferença separa os dois principais mode-los desta categoria, o Volvo FH 440 Tractor e Scania G 420. No ano passado, a produção destas montadoras foram direcionadas para o mercado interno, devido à retração das exportações. Só a Scania baixou 40% o seu vendas ao exterior, mas, mesmo assim, se mante-ve forte no mercado nacional.

Pesados

A maior variedade de opções entre todas as categorias

O mercado externo altamente representativo para este segmento registrou altas quedas levando as montadoreas a direcionarem o seu foco aos consumidores brasileiros

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB4

Já faz tempo que alguns aces-sórios de veículos de trans-porte de carga deixaram de ser opcionais e passaram a

fazer parte dos itens de primeira exigência, como tomadas embu-tidas, alarme sonoro de marcha à ré e desembaçador de vidros. Isso sem citar o ar-condicionado, praticamente indispensável em um país tropical como o Brasil.

Cada vez mais, as montadoras percebem a importância de aper-feiçoar o conforto e a segurança em veículos de transporte. Por isso, a maioria dos acessórios de caminhões, furgões e caminho-netes já vêm de fábrica, ou seja, são produtos originais projetados especialmente para cada tipo de veículo e estão inclusos no con-trato de garantia.

Para quem prioriza a visibilidade na viagem, faróis de neblina, fa-róis reguláveis e desembaçador com ar quente são alguns itens opcionais que a maioria das mon-tadoras tem em comum. Outro dispositivo de segurança que vem se popularizando entre os trans-portadores é o airbag, almofadas de ar que serão obrigatórias em todos os carros de passeio a par-tir de 2014.

Alguns sistemas inteligentes aju-dam os motoristas na ação de dirigir. É o caso do controle de estabilidade (ESP) que detecta e corrige perda de aderência em situações como curvas fechadas, desvios bruscos e pisos escorre-gadios e do sistema HLA de au-xílio de partidas em rampas, que impede que o veículo deslize para trás em subidas quando se tira o pé do pedal do freio.

Bancos com regulagem de altura, sistema de áudio integrado ao painel de instrumentos e alavan-ca de câmbio no painel garantem comodidade para transportadores e ajudantes que passam o dia todo no trânsito.

Acessórios que fazem a diferença na hora de dirigirSistemas inteligentes e dispositivos de segurança auxiliam motoristas no campo, nas estradas e nas cidades

Novos caminhões ScaniaUnidade de navegação e áudio: vem equipada com recursos de CD, MP3 e rádio FM e é totalmente integrada ao projeto do painel de ins-trumentos.

O Jornal Entreposto acompanha as novidades que chegam ao mercado de acessórios para caminhões e utilitários. Você pode acompanhar tudo no site: www.jornalentreposto.com.br

Page 13: Jornal_119

JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010 B5

Dentre os diversos opcionais dos veículos que serão expostos na Femetran, o Jornal Entreposto destaca algumas novidades:

Iveco Stralis NRDestaque para a geladeira interna. Conforto e pratcidade na estrada.

Ford Transit Chassi Airbag para o motorista: almofada de ar que infla em caso de colisão, amortecendo o impacto do motorista contra o painel.

Foi na década de 1980 que os brasileiros viram surgir no mercado um novo tipo de veí-culo, nascido da transformação dos carros de passeio. Logo, as picapes ganharam prestígio e hoje são responsáveis por cerca de 6% das vendas internas, com aproximadamente 170 mil unida-des, com crescimento superior à média dos outros segmentos do setor automotivo.

Reconhecidas inicialmente pelo uso no agronegócio brasilei-ro, as picapes também ganharam espaço nas grandes cidades e caíram no gosto popular, o que leva os fabricantes a investir cada vez mais em conforto e tecnologia.

Por ser considerada utilitário, paga menos imposto, como IPI e IPVA, e serve tanto ao motorista comum, que usa a caçamba para o transporte de equipamentos ou compras de supermercado, como ao profissional, que tem na picape o veículo ideal para o uso no trabalho.

A Chevrolet S10, fabricada pela General Motors, mantém a liderança do mercado de picapes médias desde que foi lançada, há 15 anos. Em 2007, o veículo passou a oferecer a tecnologia bicombustível, que permitiu ao consumidor a utilização de gasolina e álcool, ou a mistura de ambos os combustíveis em qualquer proporção.

Já a Montana, também fabri-cada pela GM, é uma picape de modelo compacto, cuja caçamba tem capacidade para suportar até 730 quilos de carga. A mon-tadora disponibiliza a Montana em quatro versões, que no ano passado vendeu mais de 34 mil unidades.

A fabricante, que estará pre-sente na Femetran 2010, pro-mete trazer ambos os modelos com descontos especiais para os consumidores que visitarem a feira, que acontece entre os dias 11 e 14 de maio, na Ceagesp.

Fiat DucatoTacógrafo: aparelho que registra, de forma inalterável, a velocida-de desenvolvida, distância per-corrida e tempo de movimento e parada do veículo, entre outros.

Mercado de picapes cresce acima da média e atrai cada vez mais consumidores

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB6

QUANTIDADES COMERCIALIZADAS:

Situação atual do setor hortifrutícola e tendências para abril

Tend

ênci

a

Flávio Luis GodasChefe da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp

ECONOMIA

Mesmo com as condições climáticas adversas que ca-racterizaram este início de 2010, o entreposto terminal de São Paulo (ETSP) encer-rou o trimestre apresentando

ligeira elevação na quantida-de ofertada. O volume neste primeiro trimestre de 2010 foi 1,20% maior que o regis-trado no mesmo período de 2009. Foram comercializadas

792.367 toneladas em 2010 ante 782.957 negociadas em 2009.

O quadro abaixo demons-tra os volumes comercializa-dos no ETSP:

Por setor de comercialização, houve crescimento nos setores de frutas (0,59%), legumes (1,90%), diversos (4,26%) e pescados (7,67%). O setor de verduras, muito castigado pelas condições climáticas negativas e flores registraram retração do volume comercializado.

As chuvas ocorridas desde o final de 2009 prejudicaram muito a produção de hortali-ças, principalmente as mais sensíveis.

No setor de verduras, o mais atingido pelas chuvas e altas temperaturas, este quadro já iniciou processo de reversão e o setor deve apre-sentar boas ofertas no de-correr de abril, dependendo, obviamente, das condições climáticas.

O setor de legumes tam-bém foi bastante prejudicado neste início de ano e deverá sofrer os mesmos problemas

que afetaram as verduras. Produtos mais sensíveis e, principalmente, o tomate, ti-veram perda de qualidade e elevação acentuada dos pre-ços praticados.

No setor de frutas, não houve perdas acentuadas neste curto prazo, Algumas culturas poderão ser atingi-das caso persistam as chu-vas. Apesar de algumas altas de preços, o setor apresenta boas opções para o consumi-dor.

Nos setores de flores e pescados a expectativa é de preços e volumes estáveis.

Tabela Flávio

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JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010 B7

Manelão*Colunista

CÁ ENTRE NÓS

R113 H 4X2 360 96/96

BRANCA BYE 8699

R$ 130.000,

P93H 4X2 250 C/ BAUFRIGOR 95/96

BRANCA BJT 9715

R$ 86.000,

CARRETA BOIADERA 2E 07/07

BRANCA DVS 9092

R$ 53.000,

712 C00/00

BRANCA GYR 9061

R$ 58.500,

5.140E DELIVERY06/07

BRANCA KUU 5537

R$ 69.900,

STRALIS 380T.ALTO 6X2 08/08 BRANCA MFB 4906

R$ 218.000,

R113 H 4X2 360FRONTAL 97/97BRANCA LYF 3521

R$ 134.000,

915 C/ CARROCERIA05/06 AZUL DRF 0806

R$ 85.000,

L 1318 BAU C/ PLATHIDRAULICA 07/07BRANCA KOS 1109

R$111.000,

FRIGORIFICA 26 PALETSC/ THERMO KING SB 210

07/08 BRANCA MRM 365

R$ 135.000,

BITREM TANQUE 45.000 LTS 04/04

AZUL DDB 8805

R$ 73.000,

AXOR 2640 S6X4 08/08

VERMELHA LKG 5267

R$ 275.000,

7.100 - BAÚ99/99

BRANCA LCY 3827

R$ 48.900,

FRIGORIFICA 3 EIXOS REFRIGERADOR 96/96

BRANCO LKO 0073

R$ 35.000,

EUROTECH E45037T 6X6 02/02

VERMELHA DAJ 1860

R$ 115.000,

24.250 CNC06/06

BRANCA AOB 0699

R$ 129.000,

712C00/00

BRANCA GYR 9072

R$ 58.500,

2423 K 6X4 C/ CAÇAMBA - 8 UNID.2008 BRANCA ENG 8028

R$ 195.000,

712 C - V.U.C.99/99

BRANCA BKA 9435

R$ 55.000,

LS 1938 6X203/03

BRANCA HRO 2419

R$ 155.000,

18.310 TITAN 03/03

BRANCA GZV 1447

R$ 83.000,

18.310 TITAN 05/05

BRANCA HBG 7091

R$ 105.000,

2423K08/08

BRANCA ENG 8003

R$ 195.000,

*Consulte taxas e condições com os vendedores. As taxas de juros estão sujeitas a alteração pela Instituição Financeira semprévio aviso.A empresa se reserva o direito de corrigir possíveis erros gráficos. Válido até 24/04/2010. Fotos ilustrativas.

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GRUPO

CAMINHÕES

Tempo é dinheiro, vem direto pra cá!

Do tropeiro ao caminhoneiro

Em 1971, quando aqui cheguei, o mercado só funcio-nava no período noturno, de-pois das 18 horas. Primeiro vinham os feirantes, quitan-deiros e os compradores de outros estados e cidades do interior. Os supermercados ainda eram poucos.

As 21 horas a pegada for-te era no Mercado Livre do Produtor, onde os carregado-res, todos postados no cor-redor da folhagem, ficavam à espera do toque da sirene. E em poucas horas os engrada-dos de alface, couve, repolho, beterraba e agrião eram acon-dicionados na carroceria dos caminhões. Depois desse agi-to, o mercado se acalmava e os trabalhadores iam jantar. Lá pelas 4 horas da madru-

gada o movimento voltava, ao som do batido dos cascos ferrados dos cavalos puxando carroças. Eles iam em dire-ção ao pescado para comprar as sardinhas que seriam ven-didas nas primeiras horas da manhã.

***

De 11 a 14 de maio acon-tece a nova edição da Feme-tran na Ceagesp. No evento haverá estandes das picapes leves, vans, caminhões para transporte de carga seca ou refrigerada, além dos extra-pesados, peças, acessórios, rastreadores, brindes surpre-sas e um preço campeão. É um bom momento para apro-veitar e renovar a frota.

E na seqüência, a fes-ta vem recordar a histó-ria dos antigos tropeiros que colonizaram o sertão brasileiro. No toque do berrante e no batidão ser-tanejo, a Praça da Batata será palco da 3ª festa da Queima do Alho, segunda etapa do circuito. Já são 32 comitivas confirma-das.

A abertura da festa será feita pelo locutor da Rádio Terra FM, Pedro de Alcântara. Logo depois, sobe ao palco a dupla Thaís e Gildinho, que vai encantar a plateia com seu jeito jovem de cantar.

A festa contará ainda com uma grande varieda-de de violeiros e canto-res, e da apresentação da academia Dançamania. A atração final da festa será a banda Red Fox, que vai fazer o PBC-F tremer ao som de música country.

A direção da Nossa Tur-ma está feliz com a adesão dos permissionários que estão contribuindo e divul-gando o evento e agradece à Ceagesp pela liberação do pavilhão PBC-F.

Queima do AlhoDia 23/05, das 10h às 19h (almoço das 12h às 14h)Ingresso: R$ 15 (dá direito ao almoço)

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOB8

Com tanta eConomia,voCê e o meio ambientesó têm a ganhaR.A Volvo lança o Volvo VM Eco Experience, uma série para celebrar toda a

experiência que a empresa possui em benefício do meio ambiente. Vários

itens destacam esse cuidado: desde o menor consumo de combustível, o que

reduz a emissão de CO2, passando pela alta reciclabilidade das peças, até a

tinta que utiliza água como componente.

• Conforto e desempenho com câmbio de 9 marchas.

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Page 17: Jornal_119

JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010

Preenchimento da nota fiscal de produtor

deve ser o recolhimento para a contribuição previdenciária rural, com a emissão da nota fiscal do produtor, devidamente preenchida

Produtor Rural

2,3%

Anita de Souza Dias GutierrezCláudio Inforzato FanaleOssir GorensteinUbiratan Martins ferrazCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

Qualidade BB1JORNAL ENTREPOSTO

Caderno de Técnico

O CQH gostaria de receber sugestões, críticas e dúvidas que permitam o aperfeiçoamento desse serviço.

[email protected] Tel.: ( 11) 3643-3825

A cartilha foi di-vidida em partes. A primeira parte, que trata do ‘Produtor Rural e a Previdên-cia Social’, foi pu-blicada em edições anteriores do JE em três capítulos. A se-gunda, que trata do

‘Preenchimento da Nota Fiscal do Produtor’, será publicada a partir desta edição, também em capítulos. A terceira e úl-tima parte está sendo elabo-rada pelo Senar e trata de ‘As Obrigações Trabalhistas do Produtor Rural’.

Aqui estão as primeiras perguntas e respostas da se-gunda parte ‘Preenchimento da Nota Fiscal de Produtor’.

1. O que é a Nota Fiscal de Produtor?

É um documento fiscal de emissão obrigatória pelo pro-dutor rural na circu-lação de bens e ma-teriais relacionados com suas ativida-des e de mercado-rias e/ou produtos produzidos na sua propriedade ou em propriedade alheia, explorada sob con-trato. A Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, é o documento fiscal que o produtor rural está obrigado a emitir na saída de produtos do estabe-lecimento rural.

2. Quem está obrigado a emitir a Nota Fiscal de Produtor?O estabelecimento rural de produtor

emitirá a Nota Fiscal de Pro-dutor, modelo 4:

• a) sempre que promover a saída de mercadoria/produto;

• b) na transmissão da proprie-dade de mercadoria/produto;

• c) sempre que no estabele-cimento rural entrarem bens, mercadorias ou produtos (real ou simbolicamente):

• novo ou usado, remetido a qualquer título por pessoa na-tural ou jurídica não obrigada à emissão de documentos fis-cais;

• em retorno de profissional autônomo ou avulso, para in-dustrialização ou conserto;

• em retorno de exposição ou feira, para fins de exposição ao público;

• em retorno de remessa feita para venda fora do estabeleci-mento;

• em retorno, em razão de não ter sido entregue ao destinatá-rio;• importado diretamente do exterior e arrematado ou adqui-rido em leilão ou concorrência, promovidos pelo poder público.

3. Quais são as vantagens da emissão da Nota Fiscal de Produtor?

A emissão da Nota Fiscal de Produtor produz os seguintes efeitos importantes:

O CQH (Centro de Qualidade em Horticultura) desenvolveu, com a colaboração técnica da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, da Faesp e do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), cartilhas destinadas ao produtor rural, com o objetivo de facilitar a sua vida no trato com as exigências legais

• a) para o próprio produtor rural:

• a1) a Nota Fiscal de Produ-tor corretamente preenchida e sem rasuras evita autuações, devoluções indesejáveis de car-ga e a tentativa do adquirente de se eximir da responsabilida-de do recolhimento dos 2,3% da contribuição previdenciária rural incidente sobre o valor da produção comercializada e do recolhimento do ICMS, quando exigidos pela legislação;

• a2) comprovação do preço real praticado na venda de sua produção e, consequentemen-te, da renda auferida na pro-priedade e

• a3) por meio da assinatura do canhoto destacável da Nota Fiscal de Produtor, o produtor rural tem como comprovar a entrega da mercadoria e, numa eventual ação judicial, apresen-tá-lo como prova da realização da operação comercial.

• b) para o consumidor:

• b1) ser instrumento de obstá-culo a ação de “atravessador” e da prevenção da majoração dos preços dos produtos, sem causa justa;

• b2) ter certificado de proce-dência ou origem do produto, quesito essencial para garantir sua qualidade e• b3) nos municípios onde a produção agrícola tem eleva-da participação na geração de renda local, a emissão de Nota Fiscal de Produtor aumen-ta a receita da quota-parte do ICMS que o município recebe do Estado, ainda que o produto comercializado seja isento do pagamento do tributo.

4. O adquirente pessoa jurídica precisa emitir Nota Fiscal de Entrada (contra-nota) quando recebe a mercadoria de produtor rural?

Sim. O adquirente pessoa jurídica está obrigado a emitir a Nota Fiscal de Entrada, tam-bém chamada de contra-nota, com todas as especificações da transação. A Nota Fiscal de Entrada deve ser preen-chida com as especificações de quantidade e preços da mercadoria adquirida e com destaque, no campo “Dados Adicionais - Informações Com-plementares”, do valor relativo ao desconto de 2,3% da con-tribuição previdenciária rural. A 1ª e a 3ª vias da Nota Fiscal de Entrada devem ser enviados pelo adquirente ao produtor ru-ral, no prazo de até 15 (quinze) dias, contados da data do re-cebimento da mercadoria. De posse da 3ª via da Nota Fiscal relativa à entrada, o produtor rural deverá juntar esse docu-mento à via da Nota Fiscal de Produtor presa ao bloco.

5. Por que na emissão da Nota Fiscal de Entrada (contra-nota) pelo adquirente - pessoa jurídica é feito o des-conto de 2,3% sobre o valor a ser pago ao produtor rural - pessoa física?

Porque essa contribuição, além de obrigatória, substitui a cota patronal do empregador rural sobre a folha de salários. É descontada do produtor ru-ral - pessoa física e recolhida pelo adquirente - pessoa jurídi-ca para custear o Sistema da

Seguridade Social (saúde, am-paro assistencial e previdência social), mediante aplicação da alíquota de 2,1% para a Previ-dência Social e de 0,2% para o Senar5, conforme a Consti-tuição Federal de 1988 e as legislações aplicáveis.

O desconto é feito na Nota Fiscal de Entrada porque a contribuição é devida pelo pro-dutor rural - pessoa física que vende sua produção, todavia, a responsabilidade pelo reco-lhimento do tributo perante a Receita Federal compete ao adquirente - pessoa jurídica. É o que se chama de Sub-roga-ção, ou seja, a transferência da responsabilidade de reco-lhimento da contribuição para o adquirente - pessoa jurídica, cabendo a este descontar do produtor rural e recolher para a Receita Federal.

6. Se o adquirente - pessoa jurídica fizer o desconto da contribuição devida à Receita Federal (Previdência Social) e ao Senar, emitir a Nota Fiscal de Entrada e Não efetuar o recolhimento, o produtor rural pode ser responsabilizado?

Não. Em nenhuma hipótese o produtor rural será responsa-bilizado quando o adquirente for pessoa jurídica, pois carac-

terizou-se, por meio da lei, a transferência legal da respon-sabilidade tributária de recolhi-mento para o adquirente.

Se o adquirente - pessoa jurídica fizer o desconto e não efetuar o recolhimento da con-tribuição à Receita Federal, essa conduta será caracteriza-da como crime de apropriação indébita e o fato estará sujeito às penalidades previstas nas legislação tributária e penal. O adquirente - pessoa jurídica deverá ainda declarar em sua GFIP (Sistema Sefip) o valor da aquisição da produção rural ocorrida no mês.

7. E se o adquirente - pessoa jurídica não fizer o desconto e nem recolher?

Nessa situação, o adquiren-te - pessoa jurídica assume o ônus da contribuição previden-ciária e a responsabilidade de fazer o pagamento por conta própria. Permanece a obriga-ção de declarar o valor da co-mercialização na GFIP. Não o fazendo, ficará caracterizado o débito no sistema eletrônico da Receita Federal.

Se não declarar em GFIP e esse fato for verificado pela Auditoria Fiscal da Receita Fe-deral, o adquirente - pessoa jurídica será responsabilizado

também por crime de sonega-ção fiscal, além de pagar mul-tas altíssimas, conforme previ-são legal.

Outra implicação séria está vinculada com a não concessão de Certidão Negativa de Débito (CND) pela Receita Federal, caso o adquirente - pessoa ju-rídica venha requerê-la, tendo em vista que não constará um débito relativo à contribuição previdenciária.

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC2

CQH

Qual é o produto de melhor custo-benefício?

Paula Albino SugioCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

O primeiro passo foi a construção de uma ferra-menta de escolha entre classificações do mesmo produto, através do estabe-lecimento da equivalência entre as diferentes denomi-nações de classificação, do estudo do aproveitamento e do valor de cada classi-ficação e do estabeleci-mento de padrões mínimos de qualidade. A utilização desta ferramenta permite, com o mesmo recurso para a maioria dos produtos, a colocação do dobro do ali-mento no prato. O trabalho continua e muitos produtos precisam ser estudados.

O segundo passo é a criação de uma ferramenta de escolha entre produtos de características seme-lhantes. Os produtos foram reunidos em grupos horti-culturais para o desenvol-vimento da metodologia de escolha.

Os primeiros produtos estudados são batata, ba-tata doce, cará, inhame, mandioca, mandioquinha e cenoura, do grupo das hortaliças tuberosas. Os dados históricos de preço e volume registrados pelo Ce-agesp foram utilizados para comparar os preços dos produtos para a criação do Índice Batata (IB). O produ-to mais utilizado, de maior volume dentro do grupo, neste caso a batata, é a re-ferência para comparação. O IB fornece a relação entre o preço e volume mensais de cada produto com o pre-ço e o volume mensais da batata. O resultado é a ob-tenção do IB preço e do IB volume para cada mês em cada ano (2002 a 2009) mensal para cada produto estudado.

A decisão de escolha entre os produtos exige não só uma comparação entre preços e volume mês a mês, mas o conhecimen-to do aproveitamento do produto, do seu Índice de Aproveitamento (relação entre o peso do produto bruto e o peso do produto pronto para ser consumi-do). O Índice de Aproveita-mento já foi levantado para as diferentes classificações de cenoura, batata doce e batata.

Estamos estudando agora a mandioquinha e encontramos grandes di-ficuldades na elaboração da tabela de equivalência entre as diferentes deno-minações de classificação

O HortiEscolha, criado em 2005 pelo Cen-tro de Qualidade em Horticultura da Cea-gesp, é um programa de suporte à tomada de decisão do ser-viço de alimentação escolar na escolha, aquisição, controle de qualidade e utilização de frutas e hortaliças frescas

pelos atacadistas e produto-res, a denominação utilizada pelo Cotação de Preços da Ceagesp e as características mensuráveis estabelecidas pelo Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultu-ra.

A grande dificuldade esteve no fato de que cada comercian-te utilizar sua própria denomi-nação de classificação. Foram encontradas oito diferentes denominações de classifica-ção nos maiores atacadistas de mandioquinha; uma verda-deira Torre de Babel. Assim resolvemos agrupar as clas-sificações pelo agrupamento de preços semelhantes, em 3(três) classificações – Miúda (4 até 8 cm), Média (maior que 8 até 12 cm) e Graúda (maior

que 12 cm). A Cotação da Ce-agesp levanta os preços da mandioquinha Extra A, Extra 2A e Extra 3A. A Extra A e a Ex-tra 2A são do tamanho médio e a Extra 3A do tamanho graú-do. A mandioquinha Miúda não é cotada pela Ceagesp.

Um estudo do Índice de Aproveitamento de cada clas-sificação permitiu a criação de um Índice de Escolha entre produtos para a mandioquinha que integra as informações sobre as diferenças mensais entre preço, volume e aprovei-tamento entre os produtos do mesmo grupo horticultural. O índice será obtido para todas as culturas do grupo e permi-tirá a escolha, em cada mês, do produto de melhor custo-benefício.

O produto mais utilizado, de maior volume dentro do grupo, neste caso a batata, é a referência para comparação

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JORNAL ENTREPOSTO l Abril 2010 C3

• O seu inverno mais ameno exige maior tempo a formação do cacho, por volta de 12 a 14 meses contra 9 ou 10 meses das regiões tropicais. • As temperaturas mais frias causam problemas como o es-curecimento da casca dos fru-tos, engasgamento dos cachos e eventualmente perdas por geadas, inundações e ventos. • A boa e bem distribuída preci-pitação tornam dispensáveis o uso de irrigação, o que diminui bastante o custo de produção.

A banana produzida abaixo do Trópico de Capricórnio

Gabriel V. B. de AlmeidaCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

A bananeira é a fru-teira mais cultivada do mundo e a banana é a fruta mais presente no mercado internacional e uma das principais fon-tes de alimentação de uma parte da humanida-de. A produção mundial de bananas em 2008 foi de 91 milhões de tone-ladas, segundo a FAO. O Brasil é quarto maior pro-dutor, com mais de sete milhões de toneladas, perdendo apenas para Ín-dia, Filipinas e China.

A bananeira é descri-ta pela literatura técnica como uma planta tropical, com temperatura ideal de crescimento entre 26º e 27ºC. Praticamente toda a atividade fisiológica de crescimento da banana é interrompida abaixo de 15ºC. Acima de 35ºC ela apresenta problemas no seu metabolismo como o fechamento dos estô-matos, o que interrompe o mecanismo natural de arrefecimento e de trans-porte de água da planta. Um fenômeno conhecido como chilling acontece quando a temperatura fica abaixo dos 12ºC por algumas horas e resul-ta no escurecimento da casca dos frutos e dimi-nuição da sua aceitação comercial. Abaixo dos 4ºC os problemas se tor-nam bem mais sérios: amarelecimento das fo-lhas e morte da parte aérea (perda de um ciclo) ou de toda a planta. O frio também traz proble-mas ao desenvolvimento dos cachos, que ficam “engasgados” entre as folhas da bananeira. Há grande diferença na tole-rância ao frio entre os di-ferentes grupos varietais de bananeira: as do gru-po Prata são muito mais resistentes que as do grupo cavendish ao qual pertence a nanica.

Curiosamente, boa parte da produção brasi-leira de bananas se dá sob clima subtropical de verões quentes e não sob clima tropical. Este tipo de clima caracteriza-se por uma média anual inferior a 21ºC com uma amplitude para cima ou para baixo entre 9º e 13ºC, e temperatura média dos meses mais quentes superior a 22ºC e inferior a 18ºC no mês mais frio, com ocorrência esporádica de geadas. A quantidade de chu-va está entre 1.000 e 2.000 mm anuais bem distribuídos. A zona sub-tropical do hemisfério sul fica logo abaixo do Trópi-co de Capricórnio, entre os paralelos 23º27’30’’ e 35º, justamente onde fica a região metropolita-na de São Paulo. O clima de algumas regiões na zona tropical é semelhan-te em virtude da altitude. O estado maior produtor de banana é a Bahia e o segundo e o terceiro pro-dutor, São Paulo e Santa Catarina, produzem em condições subtropicais. O Paraná é o nono produ-tor e o Rio Grande do Sul é o décimo terceiro. Algu-mas regiões brasileiras localizadas em estados mais quentes, como é o caso do Norte de Minas Gerais, produzem em regiões altas sob clima subtropical, pelo efeito da altitude.

• O desenvolvimento mais len-to e as temperaturas noturnas mais amenas levam à produção de bananas com maior acúmu-lo de açúcar e compostos aro-máticos, mais saborosa, de melhor rendimento industrial e coloração da polpa e da casca mais intensa. • As doenças fúngicas, entre elas os temíveis males de siga-toka negra e amarela, são até agora bem menos agressivas em condições subtropicais e o uso de agrotóxicos é bem me-nor que nos trópicos. • A sua localização muito pró-xima aos grandes centros con-sumidores diminuindo o custo de transporte. Quase toda esta produção acontece na faixa li-torânea dos estados de São Paulo (Vale do Ribeira), Paraná,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A área de bananais sub-trópicos brasileiros passa dos 120 mil hectares e a sua im-portância social e econômica é inquestionável. • É o produto mais importante do Vale do Ribeira (São Paulo e Paraná) e do Litoral Norte de Santa Catarina. • Permite a sobrevivência dig-na do agricultor familiar. A agri-cultura familiar, baseada na ba-nanicultura em Santa Catarina, é um grande exemplo. O alto grau de tecnificação e organi-zação dos produtores garante uma produção ambientalmente correta, sustentabilidade eco-nômica e um bom padrão de vida cultivando áreas peque-nas e no geral bem declivosas. As tecnologias desenvolvidas

pelos órgãos de pesquisa es-taduais (Epagri de SC, Iapar do PR, APTA de SP e Epamig de MG) destes estados são fun-damentais no sucesso desta exploração.

Alguns dos nossos vizinhos do Cone Sul da América do Sul produzem bananas sob condi-ções semelhantes, como os ar-gentinos das províncias de For-mosa, Salta e Jujuy e algumas regiões do Paraguai. A Rede de Pesquisa em Banana nos Subtrópicos do Cone Sul, Mu-saSul ou MusaSur tem como objetivo a colaboração na pes-quisa e o intercâmbio de dados e experiências entre os países do Mercosul. A rede conta com pesquisadores da Epagri, Iapar, Apta, Epamig, INTA da Argenti-na, do Ministério da Agricultura

do Paraguai e da Ceagesp.O I Simpósio sobre a Cul-

tura da Bananeira nos Subtró-picos do Cone Sul, realizado nos últimos dias 18 e 19 de março em Joinville, teve como objetivo discutir a produção de banana no subtrópico, contou com a participação de técnicos gaúchos, catarinenses, parana-enses, paulistas e mineiros e de muitos produtores. Cada re-gião apresentou as suas carac-terísticas de produção e foram realizadas palestras e debates sobre o controle de doenças, a propagação de banana e os mercados.

O evento se repetirá a cada dois anos, como realização da MusaSul, a Rede de Pesquisa em Banana nos Subtrópicos do Cone Sul.

A produção nos subtró-pico quente de Minas Gerais, São Paulo e dos estados da Região Sul apresentam vantagens e desvantagens

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Abril 2010 l JORNAL ENTREPOSTOC4

Mariana Gonçalves Marques

Turismo Igreja Matriz

Serra Negra foi fundada em 23 de setembro de 1828 por Lourenço Franco de Oliveira. Na época da fundação da cida-de, a vegetação era intensa e a serra escura, características que deram o nome de “serra negra”.

Outra teoria diz que as to-ras de madeira eram na época desdobradas por dois escra-vos, um homem e uma mu-lher, que usavam uma serra chamada trançador. Toda hora o feitor dizia para a escrava: “Serra, negra”.

A descoberta das proprie-dades radioativas e da quali-dade terapêutica das águas minerais da cidade levou à criação, em 1930, de um pavi-lhão hidroterápico construído ao lado d e uma grandiosa fon-te. Sua composição mineral, combinada a pequenas doses de radioatividade, revelou se-rem as águas indicadas para os mais diversos tratamentos de saúde.

O reconhecimento da qua-lidade das águas minerais le-vou à denominação de Serra Negra, pelo então presidente da República Washington Luís, como ‘Cidade da Saúde’, e em 1938 um decreto elevou Serra Negra à categoria de Estância Hidromineral e Climática.

Atualmente, a cidade tem no turismo suas principais ati-vidades econômicas, seguidas da agricultura, com predomi-nância para o cultivo do café.

O desenvolvimento turísti-

Serra NegraTurismo, Gastronomia, Compras, Descanso e Saúde

A Estância Hidromineral de Ser-ra Negra apresenta no turismo rural novas opções de lazer para os visitantes que desejam entrar em contato direto com a natureza. Nos passeios, que devem ser agendados previamente em cada local, é possível conhecer os proces-sos de fabricação artesanal de queijos, iogurtes, vinhos, destilados e derivados da cana-de-açúcar, além do cultivo de produtos orgânicos e do café em suas fases de plantio, colheita, torrefação e moagem. Os produtos das fazendas es-tão à venda nas propriedades e no comércio local, permitindo ao turista levar estas saudáveis e saborosas recordações para casa.

Sitio Bom Retiro

Situado entre belas monta-nhas, reúne uma produção artesanal de saborosos vinhos de uva e laranja, além de uma variação de destilados, incluin-do cachaças de vários tipos, grappa, rum e conhaque. No sítio ainda se produz melado, rapadura, açúcar mascavo e mel, além do cultivo de frutas e exportação de manga.

Sitio Chapadão

O sítio produz os melhores queijos da região, que levam a marca “Queijos da Fazen-da”. No local, o visitante terá a oportunidade de presenciar todo processo de produção, desde a ordenha no curral à degustação do produto final, entre queijos frescal, ricota de leite e temperada, queijo meia cura e coalhada.

Vale do Ouro Verde

Museu do Café - a produção de café em Serra Negra constitui uma das principais atividades agrícolas desenvolvidas na cidade. Na Fazenda Vale do Ouro Verde, o turista poderá agendar uma visita monitorada e conhecer todo o processo de produção artesanal do café, da evolução nas formas de plantio a técni-cas de colheita, preparação de grãos, torrefação e moagem. Um pequeno museu reúne a história do café, curiosidades e virtudes do produto, além de equipamentos e ferramentas de época. O clima de montanha, seco, temperado e ricamente oxige-nado, com temperatura média anual de 23 graus, permite que qualquer período do ano seja excelente para férias ou ativida-de de lazer. Próxima à capital paulista (152 quilômetros), permite que o fluxo para a es-tância seja rápido e tranquilo, pelas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, que dão acesso à região do Circuito das Águas.

Turismo Rural

Balneário Municipal:

Localizado no Centro de Convenções Circuito das Águas, o complexo hidrote-rápico oferece banhos de imersão, pérola e turbilhão com sais e essências, sau-nas seca e úmida, piscina de contraste, duchas esco-cesa e circular, massagens e tratamento de fisioterapia mediante indicação médica.

Cachoeira dos Sonhos: A propriedade conta com quatro piscinas de nascen-te e queda d’água, trilha ecológica com escalada até o topo das cachoeiras. O local é agradável para passar o dia e saborear as variadas porções servidas na lanchonete instalada em uma grande varanda.

Cinema:

Localizado no Centro de Convenções Circuito das Águas, o Cine Company mantém uma programação atual de filmes para adultos e crianças, funcionando diariamente em diversos horários.

Conheça a seguir os principais pontos turísticos da cidade:

Mais Informações: www.portalserranegra.com.br

co impulsionou a criação de uma rede hoteleira de qualida-de, um comércio diferenciado, alta gastronomia e uma infra-estrutura completa. A vida no-turna também se destaca com bares, restaurantes atrativos, animadas casas noturnas, shows, boliches e muito mais.

O clima ameno, a altitude diferenciada e a tranquilidade que o visitante encontra em Serra Negra convidam-no à busca de opções gastronômi-cas saborosas. Para satisfazer os mais exigentes paladares, diversos estabelecimentos oferecem especialidades en-tre carnes vermelhas, peixes, fondue, pratos típicos, como o frango com polenta e a fei-joada, sopas e uma extensa variedade de saladas.

A característica turística principal de Serra Negra per-manece vinculada à ideia de saúde e bem estar, possibili-dade de contato com a nature-za, ótimo clima, ar puro e mo-mentos de tranquilidade, além do turismo tradicional, de com-pras, de eventos e rural.

O turismo rural oferece a possibilidade de visitação em propriedades que desenvol-vem desde o plantio de café e cultivo de produtos orgâni-cos à fabricação de queijos e vinhos. No comércio local en-contra-se grande variedade de produtos em lã, linha, couro, malharias, lindas porcelanas, artefatos de madeira, palha, bambu, e laticínios.

Cristo Redentor:

Localizado à 1080 metros de altura, o monumento possui 18 metros de altura, sendo 6 metros de pedestal e 12 me-tros de estátua. No local há um mirante e uma lanchone-te e o acesso pode ser feito de carro ou por teleférico.

Disneylândia dos Robôs:

Uma verdadeira cidade de robôs interativos montados com sucatas, brinquedos movidos à água, engenho-cas, curiosidades e outros inventos.

Fontes: Existem mais de 10 fontes radioativas de visitação públi-ca em Serra Negra, estão lo-calizadas em sua maioria no centro urbano. Ficam abertas das 7h às 22 horas.

Lago dos Macaquinhos:

Apresenta área para pique-niques, pesqueiro, aluguel de cavalos, pedalinhos, piscinas, playground, chalés e uma ilha no centro do lago com criação de macaquinhos originários do local.

Parque das Fontes:

Reúne as fontes São Car-los e dos Italianos em uma bonita área montanhosa com vegetação nativa e suas águas tem ação funcional. Você encontra também um mirante com vista da cidade.