jornal tribuno - ed 098 - pag 04

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  • 7/28/2019 Jornal Tribuno - Ed 098 - Pag 04

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    Edio: 098 - De 01 de Junho de 2013 21 de Junho de 2013 -Tribuno do P04 - e-mail: [email protected]

    Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte pblico nas grandescidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedira reduo dos preos e maior qualidade dos servios pblicos prestados populao. Estes atos ganharam corpo e expresso nacional, dilatando-segradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milharesde pessoas s ruas com uma agenda de reivindicaes ampla e com umsignifcado ainda no plenamente compreendido.A mobilizao comeou em Porto Alegre, quando, entre maro e abril,milhares de manifestantes agruparam-se em frente Prefeitura paraprotestar contra o recente aumento do preo das passagens de nibus;a mobilizao surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado.Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em So Paulo, ondesucessivas mobilizaes atraram milhares s ruas; o maior episdio ocorreuno dia 13 de junho, quando um imenso ato pblico acabou em violentosconfrontos com a polcia.A grandeza do protesto e a violncia dos confrontos expandiu a pauta paratodo o Pas. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi vistocomo uma das maiores jornadas populares dos ltimos 20 anos. Motivadoscontra os aumentos do preo dos transportes, mas tambm j inamadospor diversas outras bandeiras, tais como a realizao da Copa do Mundode 2014, a nao viveu uma noite de mobilizao e confrontos em SoPaulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Braslia.A onda de protestos mobiliza o debate do Pas e levanta um amlgamade questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e signifcados de ummovimento popular singular na histria brasileira desde a restaurao do regime democrtico em 1985. A revogao dos aumentos das passagens j um dos resultados obtidosPaulo e outras cidades, mas o movimento no deve parar por a. Essas vozes precisam ser ouvidas, disse a presidente Dilma Rousseff, ela prpria e seu governo alvos de cEm resposta onda de protestos populares, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), anunciou nesta quarta-feira a revogao do reajuste da tarifa do nibus naAssim, a passagem, que havia sido elevada a R$ 2,95 no incio de junho, retornou ao patamar de R$ 2,75.

    Protestos contra tarifas mobilizam populao e desaam governos de todo o Pa

    E O BRASIL

    MOSTRA SUA CARA

    Em divulgao conjunta,o governo do Estado tambmanunciou que as tarifas dos demaismeios de transporte pblico (trens,barcas e metr) tambm seroreduzidas. O governador SrgioCabral ainda no se pronunciousobre as redues. A assessoriade imprensa do peemedebistaapenas confirmou em nota asinformaes.

    Os trens da Supervia,que no incio de fevereiro tiveramreajustes nas tarifas para R$ 3,10,retornam ao valor de R$ 2,90. Omesmo ocorre com o metr, cujapassagem vol tar a custar R$3,20 - o preo havia sido elevadono incio de abril para R$ 3,50.As barcas tero uma distinoespecfca: com o uso do Bilhete

    nico estadual, passar de R$3,30 para R$ 3,10. Sem o cartoque d direito a uso conjunto dosmeios de transportes, o valor serreduzido de R$ 4,80 para R$ 4,50.

    Aps protestos, Paes e Cabral reduzem tarifas do transpor

    A reduo das tarifas denibus ser implementada j nestaquinta-feira, quando a deciso serpublicada no Dirio Oficial domunicpio do Rio de Janeiro.

    Os novos valores paraos demais transportes tambmser publicados amanh no D.Odo Estado, mas passam a valer apartir da prxima sexta-feira (21).

    O prefeito EduardoPaes reiterou, em entrevistacoletiva para os jornalistas nasede da Prefeitura, que o reajustedo valor dos nibus se baseava noaumento dos custos de insumos dotransporte pblico, como pneus,leo diesel, e mo de obra, e jhavia sido adiado a pedido dogoverno federal, que temia umimpacto no clculo da inao no

    Pas.A reduo da tarifa do

    nibus unifcada - o preo de R$

    2,75 vale tambm para os nibusurbanos com ar-condicionado.O aumento concedido 18 meses

    depois do ltimo aumento frutode um contrato de uma planilhapblica e concedido levandoem conta o aumento dos custos.O reajuste no algo concedidoaleatoriamente, argumentouPaes.

    At o ano de 2010, osistema de transporte do Rio eraregido por uma permisso de usoa ttulo precrio, uma relaoquase que informal entre poderconcedente e concessionrias.Em 2010, fzemos um processo

    licitatrio, disse Paes. E,assim como todos os preos, oreajuste acontece na cidade doRio de Janeiro fruto de dissdiocoletivo que aconteceu em janeiro,fevereiro deste ano, quando acategoria teve um aumento de12%, afrmou. Para que se tenha

    uma ideia, quase que 45% do custoda planilha diz respeito a folhasde salrios, custo de motoristas ecobradores, completou o prefeito.

    Paes ressaltou que a

    manuteno da tarifa no valorantigo ter um impacto de R$ 200milhes por ano no oramentoda prefeitura, podendo chegara at R$ 500 milhes se o valorpermanecer congelado por muitotempo. Na prtica, segundo opre feit o, o custo implicar nadiminuio de investimentos emoutras reas.

    Essa suspenso doaumento da tarifa representa paraambos os municpios (Rio e SoPaulo) um impacto anualizado, selevar em considerao esses 20centavos, em algo em torno de R$200 milhes. Provavelmente, temque ser arcado pelo poder pblico.Arcar com esses recursos, comas responsabilidade e limitaesoramentrias, signifca, sim, a

    escolha de prioridades. Sero R$200 milhes a menos investidosem outras reas. Para se ter umaideia, todas as clnicas de famlia, ocusteio delas, a manuteno delas,

    custa em torno de R$ 400 emilhes por ano. Esse movessa medida, no so feique isso signifique umUm aumento no foi connosso bel-prazer. Fruto ddo sistema, argumentou

    O prefeito no esquais reas podem ser com o impacto nas fdo municpio, e afirmoobjetivo agora pressgoverno federal para gnovas formas de dividir ocom os servios de moburbana. A partir de agorpressi on ar. Esse de balanado. Tivemos sensibcom a populao, mas iconsequncias. Vamos pro governo federal para qcusto de prestar serviopopula o poss a ser reentre os entes subnacionprprio governo federalPaes.

    nibus, trens, metr e barcas voltaro a ter o custo, respectivamente, de R$ 2,75, R$ 2,90, R$ 3,20 e R$ 4,50. Prefeito resque diminuio, no caso dos nibus, ter impacto anual de R$ 200 milhes nas fnanas do municpio