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Contra o crime organizado Ser Natureza Projeto do MP-GO tem levado a municípios do Estado orientações sobre o sistema de saúde como mais um instrumento para estimular a participação mais efetiva da sociedade na fiscalização dos serviços públicos. u 3 Balanço do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado destaca o oferecimento, em 2015, de denúncias contra mais de 290 pessoas por crimes como corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. u 4 e 5 Projeto desenvolvido pelo MP que estimula soluções extrajudiciais para demandas ambientais chega a Minaçu, com a proposta de trabalhar a recuperação das nascentes de dois mananciais de abastecimento de água. u 8 Uma caravana a favor da saúde WWW.MPGO.MP.BR JORNAL Mala Direta Básica 9912336351-DR/GO MP-GO ANO 7 Nº 47 | GOIÂNIA, MAIO E JUNHO DE 2015

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Contra o crime organizado

Ser NaturezaProjeto do MP-GO tem levado a municípios do Estado orientações sobre o sistema de saúde como mais um instrumento para estimular a participação mais efetiva da sociedade na fiscalização dos serviços públicos. u 3

Balanço do Grupo de

Atuação Especial de

Combate ao Crime

Organizado destaca o

oferecimento, em 2015,

de denúncias contra

mais de 290 pessoas

por crimes como

corrupção, peculato e

lavagem de dinheiro.

u 4 e 5

Projeto desenvolvido

pelo MP que

estimula soluções

extrajudiciais para

demandas ambientais

chega a Minaçu,

com a proposta

de trabalhar a

recuperação das

nascentes de dois

mananciais de

abastecimento de

água. u 8

Uma caravana

a favor da saúde

W W W . M P G O . M P. B R

J O R N A L

Mala DiretaBásica

9912336351-DR/GOMP-GO

ANO 7 Nº 47 | GOIÂNIA, MAIO E juNhO DE 2015

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CONhECEr PArA APrIMOrArInformação – cada vez mais essa tem

sido uma das chaves para que as pessoas se apropriem devidamente do mundo que as cerca, o que se aplica, também e fundamentalmente, à esfera pública de convivência. Conhecer para exigir, conhe-cer para melhorar – se não é a fórmula mágica, é pelo menos um caminho para se lutar pelo aprimoramento dos direitos de cidadania assegurados constitucional-mente, como saúde, educação, segurança pública.

A deficiência de informação, de co-nhecimento é um dos fatores que contri-buem decisivamente para a precariedade dos serviços prestados à população. Sa-ber o que é de direito fortalece no cida-dão o sentimento de cobrança e controle que é mola propulsora para a mudança.

Ciente disso, o Ministério Público de Goi-ás, dentro da proposta institucional de fortalecimento do controle social da ges-tão pública, desenvolve desde o ano pas-sado o projeto Caravana da Saúde, vincu-lado ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e com assessoramento técnico da Coordenadoria de Apoio à Atuação Extra-judicial.

A ideia da iniciativa é levar às comarcas uma capacitação a respeito do sistema de saúde que possibilite a integrantes da co-munidade conhecer o seu funcionamento para cobrar adequações e efetivar a fisca-lização dos serviços. A reportagem da pá-gina 3 mostra a concepção do projeto e seus objetivos, detalhando ainda as ações já realizadas em alguns municípios.

Nesta página 2, a coluna O Promo-

tor responde traz uma entrevista com a coordenadora do Centro de Apoio Ope-racional do Meio Ambiente, promotora Suelena Carneiro Caetano jayme, na qual ela explica como funciona o sistema de li-cenciamento ambiental, uma das exigên-cias previstas em lei para viabilização de atividades econômicas.

já as páginas 4 e 5 trazem um balanço do trabalho realizado em 2014 e no início de 2015 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gae-co). O Projeto Saneando Qualidade, por sua vez, é o destaque da página 6. Con-cluindo a edição, a página 8 destaca a ação iniciada em Minaçu, dentro do Projeto Ser Natureza, com o objetivo de assegurar a preservação de mananciais hídricos do município.

InformatIvo ofIcIal do mInIstérIo PúblIco do Estado dE GoIásRua 23 esq. c/ Av. B, qd. A-6, lts. 15-24, Jardim Goiás, Goiânia-GO, CEP 74805-100Site: www.mpgo.mp.brE-mail: [email protected]: www.twitter.com/mpdegoias

Procurador-GEral dE JustIçaLauro Machado Nogueira

assEssor dE comunIcação socIal Ricardo SantanaDRT-GO 776 JP

assEssora dE ImPrEnsaAna Cristina ArrudaDRT-GO 894 JP

coordEnação Mac Editora e Jornalismo Ltda.

EdItoraMirian ToméDRT-GO 629 JPrEPortaGEmAna Flávia MarinhoDRT-GO 3300Cejane PupulinDRT-GO 2056fotoGrafIasJoão Sérgio AraújoGiselle AlvesAline Costa(estagiárias)dIaGramaçãoFernando RafaelfotolIto E ImPrEssãoOitoene GráficatIraGEm7000 unidades

falE conoscoPara falar com o mP em todo o Estado: 127telefone Geral (Goiânia)3243-8000ouvidoria 3243-8544

cEntros dE aPoIo oPEracIonall cao dos direitos Humanos e do cidadão3243-8200l cao da saúde 3243-8077l cao do meio ambiente3243-8026l cao da Educação3243-8073l cao de defesa do consumidor 3243-8038l cao do Patrimônio Público3243-8057l cao da Infância e Juventude3243-8030 l cao criminal e da segurança Pública3243-8050l centro de segurança Institucional e Inteligência3239-4800

Escola superior do ministério Público3243-8068assessoria de comunicação social3243-8525/ 8499/ 8307/8498denúncia de crime de corrupçãoPortal do MP - combateacorrupcao.mpgo.mp.br

expediente editorial

o promotor responde

Toda atividade ou empreendimento que utiliza recursos naturais ou que seja considerado efetiva ou po-

tencialmente poluidor deve ser licenciado pelo órgão ambiental competente, com a finalidade de garantir

instrumentos para controlar os impactos ambientais. Nesta entrevista, a coordenadora do Centro de Apoio

Operacional do Meio Ambiente (Caoma), promotora Suelena Carneiro Caetano Fernandes Jayme, explica

como funciona o procedimento para obtenção da licença ambiental.

O que é licenciamento ambiental?Licenciamento ambiental é um proce-

dimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localiza-ção, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar de-gradação ambiental, considerando as dispo-sições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso, conforme indi-cado no artigo 1º, I, da resolução Conama 237/97.

Quando e com qual periodicidade deve ser feito o licenciamento?

A emissão da licença desdobra-se em Licença Prévia (LP); Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Cada tipo de licença expedida possui um prazo de validade determinado. A LP tem prazo máximo de cinco anos, estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empre-endimento ou atividade. A LI tem como prazo o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou ativi-dade, no máximo de seis anos. A LO tem como prazo mínimo quatro anos e máxi-mo de 10 anos.

Quando se constata a significância dos impactos da atividade ou empreendimento que se pretende licenciar, como no caso de

empreendimentos hidrelétricos, atividades industriais, extração de produtos minerais, dentre outros, a emissão da licença deve ser precedida da apresentação do Estudo de Im-pacto Ambiental/relatório de Impacto Am-biental (EIA/rima).

Quem é responsável por emitir a licença?A competência de licenciar pertence

aos três níveis de governo (dependendo da abrangência dos impactos da atividade ou empreendimento), sendo federal, perante o Ibama; se for estadual, perante a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, que pela refor-ma administrativa do início do atual gover-no passou a ser a de Cidades, Infraestrutura, Meio Ambiente e recursos hídricos (Seci-ma), e nos casos dos municípios, perante as

secretarias ou agências municipais de meio ambiente.

É oportuno esclarecer que para o municí-pio expedir uma licença ambiental é neces-sário que tenha em pleno funcionamento a Secretaria (ou agência) de Meio Ambiente, com equipe técnica capacitada para ana-lisar os pedidos, bem como com conselho e fundo municipal de meio ambiente em funcionamento. Além da referida estrutura, é necessário que o município solicite o cre-denciamento perante o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cemam). Atualmente, no Estado de Goiás tem-se 53 municípios cre-denciados para emitir as licenças ambientais das atividades de impacto meramente local.

Todos os atos do licenciamento devem ter ampla publicidade e, mesmo dentro do prazo de validade, o licenciamento ambien-tal está sujeito à revisão.

Como é a atuação do MP-GO com rela-ção ao licenciamento ambiental?

A atuação do MP pode se dar previamen-te, no acompanhamento das atividades de licenciamento perante o órgão ambiental, no sentido de exigir todos os estudos técni-cos necessários à avaliação e mitigação dos impactos, e a qualquer momento em que houver notícia de alguma irregularidade no funcionamento de um empreendimento ou a prática de algum dano ambiental. Pode ser requisitada pelo MP a realização de fiscaliza-ção, com revisão do licenciamento.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Todos os atos

do licenciamento devem

ter ampla publicidade e, mesmo

dentro do prazo de validade,

o licenciamento ambiental está

sujeito à revisão.

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3jornal mp goiás | goiânia - maio e junho de 2015www.mpgo.mp.br

Controle social na efetivação do direito à saúde

MObilizAçõesEm hidrolândia, os integrantes do grupo

de controle social do município, formado a partir de articulação do MP, receberam orien-tações do coordenador do CAO da Saúde, Érico de Pina Cabral, sobre assistência far-macêutica. A capacitação atendeu também gestores e membros do Conselho Municipal de Saúde.

Dentro da proposta de melhoria da assis-tência à população, três unidades de saúde básica e o hospital municipal passaram por auditorias cívicas, que detectaram algumas falhas. Os problemas identificados foram encaminhados para o Conselho e para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que, juntamente com o grupo de trabalho, já pro-curam soluções. Após a realização de sete reuniões do grupo de controle social, foi ela-borado o Plano Municipal de Saúde e minis-trada a capacitação dos profissionais da área.

A assistência farmacêutica foi outro im-portante ponto trabalhado no município. Os membros do Conselho e técnicos da SMS acompanharam como são realizadas as licitações e também como é feita a verifica-ção da entrega dos produtos licitados pelos membros do Conselho de Saúde Municipal.

Em Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, o foco foi o fortalecimento e capa-citação do grupo de trabalho que vai atuar no controle das ações em saúde. As pales-tras para os membros do GT foram feitas, em novembro do ano passado, por Érico de Pina Cabral e pelos técnicos da Secretaria Estadu-al de Saúde Marcela Morais e ricardo Naves. O coordenador executivo do Conselho Esta-dual de Saúde, Neusinho Faria, também fez uma exposição no curso, abordando a parti-cipação popular no controle da saúde.

já em Valparaíso, a capacitação da Cara-vana da Saúde, realizada em dezembro do ano passado, abrangeu orientações sobre o funcionamento dos serviços de atenção básica, o funcionamento do SuS e assistên-cia farmacêutica. As palestras, apresentadas por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), contaram ainda com a participação de vereadores, de servidores da área da saúde municipal e membros da comunidade. O trabalho também envolveu explicações so-bre a função dos conselheiros municipais de saúde, que são cogestores do sistema.

sOliCitAçãOEm Pires do rio, a ação da Caravana da

Saúde foi diferenciada. Segundo a Caej, o objetivo não foi a formação do grupo de trabalho, mas explicar como funciona o con-trole social e mostrar para os gestores e a população interessada como o cidadão co-mum pode fiscalizar a aplicação das verbas públicas.

Para solicitar o atendimento do projeto, os promotores devem encaminhar um ofício ao CAO Saúde solicitando inclusão no cro-nograma da iniciativa.

pulação podem esclarecer dúvidas e se ca-pacitar para entender melhor o sistema. um bom exemplo é em relação à saúde mental e o novo sistema atenção psicossocial, que também têm sido pontos discutidos pelos profissionais que integram o projeto. “Como funciona o sistema, os conceitos e até mes-mo quando é necessária a internação com-pulsória são alguns dos assuntos abordados”, detalha o coordenador do CAO Saúde.

de nos municípios”, salienta Érico de Pina.Entre as pautas tratadas pela caravana

está um tema que gera sempre dúvidas: o financiamento da saúde e as pactuações. Além disso, as palestras também focam orientações sobre a importância da atenção básica, que é de responsabilidade dos mu-nicípios, e questões relativas à assistência farmacêutica.

Com esse trabalho, os gestores e a po-

Projeto do MP-GO, Caravana da Saúde objetiva

orientar gestores e população sobre o sistema municipal

de saúde visando aprimorar a fiscalização dos serviços

Demanda constante de ações institu-cionais em todo o Estado, a questão da saúde pública levou o Ministé-

rio Público a conceber, no ano passado, um projeto especial, alinhado ao objetivo de fortalecimento do controle social da gestão pública, previsto entre as ações do Plano Geral de Atuação para o biênio 2014-2015. Denominada Caravana da Saúde, a iniciativa tem como finalidade capacitar integrantes da comunidade sobre a organização e o fun-cionamento do sistema municipal de saúde, de forma a aprimorar a fiscalização realizada pelos Conselhos Municipais de Saúde e pela sociedade em geral. Os membros desses órgãos são orientados sobre o controle so-cial a ser feito, identificando os pontos que precisam ser adequados a fim de melhorar a saúde nos municípios.

Com essa capacitação, a intenção é es-timular uma maior participação popular na resolução das questões que afetam a rede de saúde. O projeto já atendeu os municí-pios de hidrolândia, Águas Lindas de Goiás e Valparaíso de Goiás. “E temos vários pedidos para 2015”, explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde, Érico de Pina Cabral. O último município a ser con-templado foi Pires do rio.

A capacitação da Caravana da Saúde é feita por meio de palestras, que levam as informações essenciais sobre o sistema de saúde para gestores, servidores da área e também para a população. “Nosso objeti-vo é dar suporte, nesta área, ao trabalho de assessoramento que a Coordenadoria de Apoio à Atuação Extrajudicial (Caej) do MP vem dando às ações de fortalecimento do controle social na saúde pública, por meio de orientação e cursos que atendam às Pro-motorias de justiça que atuam na área, os gestores municipais e os próprios conse-lheiros de saúde e que possibilitem a me-lhoria da atenção primária e básica de Saú-

Em Pires do Rio, auditório ficou lotado durante a palestra do coordenador do CAO da Saúde, Érico de Pina Cabral

Encontro em Águas Lindas contou com a presença de equipe da Secretaria Estadual da Saúde

Cidadania

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4 www.mpgo.mp.brjornal mp goiás | goiânia - maio e junho de 2015

Combate ao Crime organizado

Um total de seis operações especiais deflagradas contra organizações cri-minosas que atuam em Goiás, com

um quantitativo de 40 mandados de prisão cumpridos, 29 de conduções coercitivas, 22 buscas e apreensões e 1 sequestro de bens. Este é o saldo de 2014 do trabalho realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Além das opera-ções, no ano passado, a atuação do grupo re-sultou no oferecimento de 8 denúncias con-tra 69 acusados.

já em 2015, foram oferecidas até agora 34 denúncias, uma delas como resultado da Operação Poltergeist, contra 39 denuncia-dos, e 33 outras peças acusatórias contra 259 pessoas, provenientes das apurações ocorri-das na chamada Operação Contramão, que investigou fraudes na obtenção de Carteiras Nacionais de habilitação (CNhs) em Goiás - essa ação foi deflagrada em fevereiro de 2014.

Além das ações penais resultantes das operações especiais, outras 6 denúncias con-tra 32 pessoas foram oferecidas em 2014, por fatos apurados em procedimentos de investi-gação criminal (PICs) que identificaram, prin-cipalmente, crimes contra a administração pública.

Balanço do Gaeco em 2014

contabiliza seis operações

especiais realizadas no Estado.

Somente neste ano, já foram

oferecidas 33 denúncias contra

259 pessoas, todas dentro da

Operação Contramão

Mais de 290 são denunciados em ações contra organizações criminosas

l rElEmbrE as oPEraçõEs E as dEnúncIas do GaEco Em 2014:

OPerAçãO AvAlANChe – realizada em auxílio do Gaeco à Promotoria de Campos Belos e deflagrada em 18 de fevereiro de 2014. uma organização criminosa com ramificação em Formosa foi desmontada naquele município. Ela atuava sob ordens vindas de presídios, incluindo o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão. As denúncias foram oferecidas em 21 de fevereiro de 2014, em desfavor de sete pessoas.

OPerAçãO CONtrAMãO – deflagrada em 25 de fevereiro de 2014, com denúncias oferecidas em 2015, desarticulou quadrilha que comercializava carteiras de habilitação. havia fraude no procedimento de avaliação prática dos candidatos, já que alguns reprovados nas provas práticas pagavam até r$ 4 mil por documentos expedidos sem a realização do exame. Foram denunciados um funcionário do Detran, três do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), um da Circunscrição regional de Trânsito (Ciretran) de Abadia de Goiás, além de proprietários, instrutores e despachantes de Centros de Formação de Condutores (CFCs) e dos candidatos beneficiados pelo esquema. Na época da operação, foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária. Este ano já registra 33 denúncias oferecidas em desfavor de 259 pessoas.

n Denúncia oferecida no PIC nº 10/2013 em 14 de março de 2014, em desfavor de três pessoas

n Denúncia oferecida no PIC nº 4/2013 em 10 de setembro de 2014, em desfavor de duas pessoas

n Denúncia oferecida no PIC nº 51/2011 em 25 de setembro de 2014, em desfavor de uma pessoa

n Denúncia oferecida no PIC nº 013/2014 (procedimento originado da Operação Carta Marcada – arma de fogo) em 22 de outubro de 2014, em desfavor de uma pessoa

n Denúncia oferecida no PIC nº 12/2013 (procedimento oriundo da Operação Tarja Preta – município de Aragarças) em 14 de novembro de 2014, em desfavor de 23 pessoas

n Denúncia oferecida no PIC nº 5/2013 em 23 de dezembro de 2014, em desfavor de duas pessoas

n Denúncia oferecida no PIC nº 1/2014 em 11 de maio de 2015, em desfavor de 39 pessoas (Operação Poltergeist)

n 32 denúncias oferecidas no PIC nº 31/2013 em 18 de fevereiro de 2015, em desfavor de 259 pessoas

l dEnúncIas:

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5www.mpgo.mp.br jornal mp goiás | goiânia - maio e junho de 2015

OPerAçãO CAçA AO PeDófilO – ação do Gaeco e do CSI deflagrada em 17 de dezembro de 2014, investigou uma rede de pedofilia por meio de aplicativos digitais. Foram apreendidos materiais de pornografia de um suspeito que mantinha contato com mais de 300 crianças com as quais trocava fotos e vídeos de pornografia infantil. houve apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar e também da Assessoria Militar do MP. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão a partir de denúncia oferecida em 18 de dezembro de 2014 contra uma pessoa.

OPerAçãO ArGONAUtAs – realizada em parceria com o MP-Pr, foi deflagrada em 28 de novembro de 2014 e apurou a prática de lavagem de dinheiro por parte de envolvidos em desvio de verbas públicas da Assembleia Legislativa do Paraná. Além de Goiás e Paraná, o trabalho foi realizado em conjunto com os Gaecos do Distrito Federal, rio Grande do Sul, Amapá e São Paulo. A operação teve o apoio do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) de Goiás e da Polícia Militar. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.

OPerAçãO POlterGeist – deflagrada em 1º de abril de 2014, desmontou um esquema de contratação de servidores fantasmas em gabinetes do Legislativo estadual e da Câmara Municipal de Goiânia, prática que desviava recursos públicos. Foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária, 29 mandados de condução coercitiva

e 9 mandados de busca e apreensão. A primeira denúncia foi oferecida em 9 de abril de 2014 em desfavor de 36 pessoas. Em maio de 2015, a

segunda denúncia foi protocolada na justiça contra 39 acusados – 4 deles figuraram no primeiro caso e 35 são novos réus.

OPerAçãO DUblê – realizada em conjunto com os MPs de Mato Grosso do Sul e São Paulo, foi deflagrada em 27 de novembro de 2014. A investigação apurou crimes de tráfico de drogas praticados por organização criminosa nos municípios de

Dourados e Coronel Sapucaia (MS), de onde as drogas eram encaminhadas em veículos

de origem ilícita para outros Estados, com destaque para Goiás e São Paulo. O nome da operação refere-se aos veículos de transporte utilizados, oriundos de roubo, furto e estelionato e que tinham seus sinais de identificação – como placas, chassis e marcação de vidros – adulterados. Em Goiás, a operação contou com o apoio da Polícia Militar e do Grupo de Operações Penitenciárias de Goiás (Gope). No Estado, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e um de sequestro de bens.

OPerAçãO flex fOOD – foi deflagrada em dezembro de 2014, em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda e a Polícia Militar, com o objetivo de apurar possível fraude fiscal em uma rede de fast food de abrangência nacional. A ação conjunta foi realizada simultaneamente em outros cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, rio Grande do Sul e Santa Catarina) e no Distrito Federal. Em Goiás, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, em unidades da rede localizadas em Goiânia, Anápolis e rio Verde.

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6 jornal mp goiás | goiânia - maio e junho de 2015 www.mpgo.mp.br

Uma das primeiras reuniões do projeto teve como objetivo discutir a formação do grupo de trabalho e teve a participação, além do MP, de representantes de vários órgãos públicos

Com o objetivo de auxiliar os muni-cípios na elaboração, fiscalização e implantação de seus planos de

saneamento básico, o Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CAO Con-sumidor) do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) lançou em março, com apoio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, o Projeto Saneando Qualidade. A ideia é que esses planos sejam concluídos no final de 2015. Até o início de junho, já foram instaurados 39 procedimentos administrativos com essa finalidade.

A proposta foi idealizada pela coorde-nadora do CAO Consumidor, Alessandra de Melo Silva, e o promotor de justiça ramiro Carpenedo Martins Neto, que in-tegra o Núcleo de Apoio Técnico do Cen-tro de Apoio. Foi montado um plano de trabalho no qual estão programadas as ações a serem desenvolvidas tanto pelo CAO Consumidor como pelos promoto-res de justiça com atuação na defesa do consumidor em cada comarca.

De acordo com a Lei 11.445/2007, conhecida como Lei do Saneamento, o saneamento compreende o fornecimen-to de água potável, o tratamento e a dis-posição final adequada dos esgotos sa-nitários, a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, bem como a drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. “Por meio desse projeto, que tem enfoque no consumidor, busca-se a melhoria da qua-lidade dos serviços de fornecimento de água, garantindo-se a universalidade, ou seja, que todos os moradores de uma ci-dade tenham acesso a esse serviço e que ele seja de qualidade, assim como a uni-versalidade no serviço de tratamento do esgoto”, explica Alessandra Melo.

O foco do projeto é o planejamen-to, por meio da implantação dos planos municipais de saneamento. Os demais aspectos do saneamento – como limpe-za urbana e manejo dos resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas – são abordados pelo CAO do Meio Ambiente. “É certo que o planeja-mento tem reflexos muito positivos para o meio ambiente, já que esse plano deve-rá dialogar com os demais planos muni-cipais, especialmente aquele relacionado ao Comitê de Bacias hidrográficas, onde se insere a captação da água para o mu-nicípio”, complementa a coordenadora da área do consumidor.

Projeto institucional visa dar apoio a municípios na elaboração de planos de saneamento, na busca pela melhoria dos serviços

Saneamento básico no foco do MPConsumidor

etAPAsConforme disposto no plano de trabalho

elaborado, as Promotorias de justiça que aderi-rem deverão fomentar e auxiliar os municípios a elaborarem seus Planos de Saneamento Básico, bem como, posteriormente, acompanhar e fis-calizar, mediante relatórios, a sua implantação.

Inicialmente, deve ser feito um levan-tamento nas promotorias sobre eventuais inquéritos civis, termos de ajustamento de conduta ou ações civis públicas que já trata-ram ou tratam da matéria prestação de ser-viço de água ou esgotamento sanitário local. Em seguida, será instaurado Procedimento

Administrativo (PA) para acompanhamento de política pública – o ideal é que esse acom-panhamento ocorra por quatro anos, período em que necessariamente o plano deverá ser implementado e até a sua primeira revisão, que deverá se dar após esse período. O PA poderá ser prorrogado por este período.

O município deverá fornecer informações sobre como se dá a prestação de serviço de água e esgotamento sanitário na cidade, bem como outros detalhes sobre o serviço. Em se-guida, o MP deve trabalhar no sentido de agi-lizar a execução das tarefas, levando em conta o cronograma traçado.

AçõesPelo planejamento feito, os CAOs

vão trabalhar pela criação de um Grupo de Trabalho, que terá como membros o Ministério Público, Fundação Nacio-nal de Saúde (Funasa), Saneamento de Goiás (Saneago), Agência Goiana de regulação e Fiscalização dos Servi-ços Públicos (AGr), Secretaria Estadual de Meio Ambiente, recursos hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Me-tropolitanos (Secima), Fórum Goiano de Bacias hidrográficas, Associação Brasi-leira de Engenharia Sanitária e Ambien-tal (Abes), Federação Goiana de Muni-cípios (FGM) e Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae).

Com o apoio da AGM e da FGM, o MP vai atuar na sensibilização dos ad-ministradores públicos locais para a priorização de investimentos e capta-ção de recursos financeiros destinados à gestão do saneamento básico; capa-citação dos técnicos para a formulação das políticas e planos de saneamento e assessoramento dos municípios no tocante à implementação de planos de saneamento regionais, caso seja de-monstrada a necessidade.

junto ao Tribunal de Contas dos Municípios, será articulada a edição de uma resolução sobre a possibilidade de emissão de parecer desfavorável à aprovação das contas, ou julgamento pela sua irregularidade, ante a ausência de Plano de Saneamento Básico, com fundamento na Lei 11.445/2007.

O projeto estabelece também a mo-bilização, junto ao governo estadual, para auxiliar na elaboração e implanta-ção do Plano Estadual de Saneamento Básico; na regulamentação do Fundo Estadual de Saneamento; na implemen-tação e participação do MP no Conse-lho Estadual de Saneamento.

Outra ação delineada inclui a assina-tura de Termo de Cooperação Técnica com a Saneago, Funasa, Secima, AGr, FGM e AGM, de forma a aprimorar a implementação dos Planos Municipais de Saneamento. Estão previstas ainda a criação e disponibilização de curso so-bre saneamento e elaboração do Plano Municipal de Saneamento, na moda-lidade de educação a distância (EaD), para os membros, servidores e técnicos municipais.

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giro mp

Crianças em situação de risco de Itapirapuã e Matrinchã terão Casa de Acolhida

As prefeituras de Itapirapuã e Ma-trinchã e seus Conselhos Tutelares assi-naram termo de ajuste de conduta com o Ministério Público de Goiás para a im-plantação de uma casa de acolhimento institucional de crianças e adolescentes em situação de risco. Ambos os muni-cípios não têm local para abrigar esses menores.

Pelo acordo, firmado com o promo-tor Lucas Braga, a unidade deverá fun-cionar como uma casa-lar no município de Itapirapuã e terá o apoio dos órgãos envolvidos. No prazo de 60 dias, os pre-feitos comprometeram-se a formalizar um convênio para que seja feito o cofi-nanciamento visando à estruturação e à manutenção da casa de acolhimento.

Cada município deverá fazer o repasse mensal de r$ 4 mil para a manutenção da unidade.

A casa deverá ser localizada em área residencial e ter as mesmas característi-cas das casas da vizinhança, sem qual-quer identificação ou nomenclatura que estigmatize as crianças e adolescentes que serão ali abrigados.

Servidores de municípios do Entorno do DF recebem orientação sobre LAI e Portal da Transparência

Servidores de prefeituras e Câmaras de Vereadores de 12 municípios do Entorno do Distrito Federal participaram de curso de capacitação sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI) e Portal da Transparên-cia no auditório do Ministério Público em maio. A iniciativa do evento foi do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Pú-blico. A iniciativa integrou o planejamen-to das ações que vêm sendo articuladas desde o ano passado pelo MP visando à implementação adequada dos Portais da Transparência pelas prefeituras e Câmaras Municipais. As orientações sobre a ade-quação dos portais às normas legais fo-ram dadas por técnicos da Controladoria--Geral da união, que esclareceram sobre o programa Brasil Transparente.

Atendendo parcialmente a re-curso do Ministério Público Estadu-al, o desembargador Walter Carlos Lemes determinou que o Municí-pio de Goiânia publique todo mês relatórios contendo o resultado das fiscalizações em bares, restau-rantes, boates e congêneres, sob pena de multa diária de r$ 10 mil. A decisão reformou, em parte, sen-tença da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de registros Públicos de Goiânia, que havia determinado que o Município fizesse as publica-ções trimestrais. Segundo a deci-são do Tj, as publicações deverão indicar de forma precisa quais es-tabelecimentos encontram-se em situação irregular e mencionar a in-fração detectada e se ele foi ou não interditado, o nome de fantasia, a razão social e o endereço.

O desembargador observou que a prefeitura não comprovou sua “eficaz atuação fiscalizatória”, frisando que uma das atribuições da administração pública é a ma-nutenção da transparência de seus atos. A ação inicial e o recurso fo-ram elaborados pela promotora Ali-ce de Almeida Freire.

Tj determina que Município de Goiânia publique mensalmente relatórios de fiscalização de bares

Ação exige que município de Itumbiara promova adaptações de acessibilidade no Estádio jK

O Ministério Público, por meio do promotor Marcelo de Freitas, propôs ação civil públi-ca contra o município de Itum-biara para que sejam promo-vidas, em caráter de urgência, adequações de acessibilidade no Estádio Municipal juscelino Kubitschek. Na demanda, o MP requer que a justiça determine ao município a apresentação

do projeto de adaptação no prazo de 120 dias.

A reivindicação é antiga, vem desde 2010. Mesmo com diversos laudos apontando os obstáculos para as pessoas com deficiência, nada foi feito. Entre as irregularidades apon-tadas estão a falta de guichês de bilheteria para atendimen-to preferencial e com possibi-

lidades físicas de atendimento adequado às pessoas com deficiência; banheiros (mas-culino/feminino) gerais e ex-clusivos, sem acessibilidade; rampas que não atendem aos requisitos normativos, além da falta de acessibilidade na área da arquibancada coberta, das tribunas de honra e dos bares.

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8 jornal mp goiás | goiânia - maio e junho de 2015 www.mpgo.mp.br

O município de Minaçu, no Norte goiano, é mais um dos participantes do Projeto Ser Natureza, desenvolvi-

do pelo Ministério Público de Goiás na busca pela resolução extrajudicial de questões am-bientais. Com a adesão à iniciativa, ocorrida em maio, as nascentes dos rios Bonito e Água Boa, que abastecem a cidade, serão beneficia-das com o trabalho em parceria entre comu-nidade e gestores públicos, com o apoio do MP, por meio do Centro de Apoio Operacio-nal do Meio Ambiente e da Coordenadoria de Apoio à Atuação Extrajudicial (Caej).

O grupo de trabalho, ainda em formação, aguarda a adesão de parceiros como a Sane-ago e a Agência Goiana de Assistência Técni-ca, Extensão rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e de integrantes da comunidade. O segundo encontro do projeto na cidade foi realizado em 26 de junho, com uma visita à bacia do rio Bonito, incluindo a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e estações ele-vatórias. O rio abastece a vila residencial da empresa de mineração Sama.

ADesãOA adesão de Minaçu ao Ser Natureza foi

fruto do interesse manifestado pelo promo-tor de justiça Daniel Lima Pessoa. “É de gran-

Minaçu é mais um município

que adere a projeto do MP

que estimula a parceria com a

sociedade visando à recuperação

de mananciais de abastecimento

Pessoa pondera que o objetivo do Ministério Público é fortalecer todas essas iniciativas e utilizá-las em favor do projeto de recuperação dos ma-nanciais, potencializando os esforços de todos os parceiros envolvidos.

A primeira reunião do Ser Natureza na cidade, no fim de maio, contou com a participação da secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Lúcia Ferrei-ra; do subcomandante do Corpo de Bombeiros, Álvaro Divino Dias Filho; do presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Waldir Pinheiro de Moura; da analista ambiental da com-panhia de energia Tractebel, Simone rodrigues Gonçalves; além da coor-denadora de Projetos Sociais da Sama, Cilene Bastos de Paula; da assistente de Gestão Social do Projeto Organiza-ção do Território Serra da Mesa, Môni-ca de Castro Pinto, e de estudantes do Instituto Federal de Goiás (IFG).

O PrOjetOCom o objetivo de buscar maior

efetividade na atuação do MP na área ambiental, o Projeto Ser Natureza tem como propósito estimular o envol-vimento das comunidades locais na resolução não judicial das demandas em relação ao meio ambiente, sempre buscando parcerias e ações integradas, que priorizem o trabalho preventivo. A iniciativa também tem como finalidade aumentar a conscientização ambiental nos municípios, com o desenvolvimen-to e a implantação dos trabalhos de educação ambiental na rede formal e não formal. Atualmente, 40 municípios participam do projeto em todo o Es-tado. A definição do tema ambiental a ser trabalhado em cada comarca é feita pelo grupo de trabalho formado com a comunidade, que recebe, então, o apoio e assessoramento do MP, por meio das promotorias locais, do CAO do Meio Ambiente e da Caej.

Esforço coletivo na proteção ambiental

ser natureza

de importância a preservação do meio am-biente e a adoção de ações preventivas com o envolvimento da comunidade”, salienta ele, ao justificar a opção pela metodologia de incentivo à solução extrajudicial dos pro-blemas ambientais adotada pelo MP.

Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Ana Lúcia Ferreira, o município e parceiros já tinham começado a desenvolver projetos que visam à preservação da natu-reza da região, como o Projeto recuperação do rio Corrente e a Organização do Território Cana Brava. Para a gestora, Minaçu tem uma realidade peculiar, gerando problemas e tam-bém possibilidades específicas, pois conta com duas usinas hidrelétricas - Serra da Mesa e Cana Brava –, além de uma mineradora – a S.A. Minerações Associadas (Sama) -, diversos as-sentamentos e terras indígenas. “Todo projeto ou iniciativa é bem- vindo pela Secretaria Mu-nicipal do Meio Ambiente (Semma)”, destaca.

PrOjetOs eM ANDAMeNtOO Projeto Organização do Território

Serra da Mesa, da Organização do Territó-rio Cana Brava, já trabalha com a recupera-ção das nascentes dos rios, abrangendo 14 municípios, além de se preocupar com o fortalecimento da agricultura familiar.

Outra ação de proteção é o projeto “Cui-dando do rio Bonito”, da Sama, que foi instala-do em 2014. Ele faz um trabalho preventivo na conscientização com relação às queimadas, visitando cada proprietário rural, o que tem resultado em queda significativa nas ocorrên-cias. A empresa já disponibilizou a doação de arame para o cercamento das nascentes.

um pouco mais antigo, de 2013, o projeto recuperação do rio Corrente, da Tractebel, atua também na recuperação de nascentes e envolve o desenvolvimento de campanhas de conscientização nas escolas da região.

Diante do cenário, o promotor Daniel

Estrutura e metodologia do Ser Natureza foram explicadas na reunião no município

Encontro realizado em maio teve como finalidade apresentar a proposta de trabalho do projeto e estimular a formação do grupo que vai atuar na mobilização pela recuperação das nascentes

Fotos: Caej