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Missão Vale a Pena Missionárias Seculares Combonianas – Ano 2013 H á muito tempo que conhecemos as Irmãs Clarissas. Nós, missionárias, estamos em contacto com muitos mosteiros porque estamos conscientes que a oração está interligada com a Fé e a Missão. Dizia uma irmã de clausura: “Tenho a missão de morar junto de Deus e junto dos homens, sentir que estou no coração de Deus e, ao mesmo tempo, responsabilizar-me por cada homem. Rezar e interceder é uma forma de amar, de tomar conta dos outros, de dizer que os outros são importantes; é participar da compaixão de Deus desejando unicamente o bem do outro”. Também nós, missionárias, estamos conscientes de que Deus nos pede para rezar, para que possamos viver a missão que nos confia. Rezar para pedir ajuda para uma tarefa realmente muito grande: dar a nossa vida para que todos tenham vida! Podemos “ver” de verdade muita gente sofredora, desanimada, exausta, se formos ao encontro delas, se cruzarmos de qualquer modo a sua existência. Deus revela-nos o amor que habita o seu Coração de modo a que o nosso coração se abra para poder “ver” a miséria que ofende a vida e, por consequência, cuidar dos nossos irmãos. Viver a consagração secular, significa acolher os valores apresentados por Jesus, vivê-los na primeira pessoa com uma presença nos ambientes laborais, sociais, políticos,... igual à de qualquer cidadão, com a diferença de que consagramos a nossa vida num sim a Jesus, para encarnar as realidades do nosso tempo, como ele fez no seu tempo, e mostrar que viver hoje os desafios que Ele nos deixou, pode ser um remar contra a corrente, mas não só é possível como é a única forma capaz de sairmos todos juntos de situações de sofrimento, angústia e falta de esperança. A nossa vocação secular consagrada implica não só este compromisso e inserção nas realidades sociais, mas também a consciência de que é Jesus que orienta e está presente na nossa vida. Criar, portanto, momentos nos quais estamos a sós com Ele, é essencial. Mas transformar o mundo e torná-lo mais parecido a como Jesus o quer, não é tarefa só de uma forma de viver em Igreja, mas é tarefa de todos. O estarmos “dentro” deste mundo complexo e cheio de desafios, faz-nos tomar consciência da urgência de repor Deus, “dentro” daquilo que é Seu, por si criado e dado ao homem como dom. Faz-nos também tomar consciência que nesta tarefa grandiosa todos temos o nosso lugar, que para levar o mundo a Deus e Deus ao mundo é preciso estar de joelhos e ao mesmo tempo sujar-se as mãos, envolvermo-nos. Neste momento alegramo-nos ao saber que as Irmãs Clarissas se estão abrindo a Timor, para aí ser uma presença orante e quisemos solidarizar-nos com elas, assegurando o nosso apoio.DAR A DEUS O QUE É DE DEUS • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Os últimos, os mais pequenos, continuam a pedir... podemos escolher mergulhar na indiferença, ou abrir as janelas da nossa casa para pousar o nosso olhar nos que nos rodeiam, no estrangeiro, no débil, no último, para depois descobrir a nossa missão e reparar que, dando-nos, algo floresce para sempre.

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Page 1: Jornal Missão Vale a Pena - Missionarie Secolari Comboniane · 2013-06-24 · da natureza que enobrece o homem; mas o impor-se a si mesmo um caminho de harmonia interior que o torne

MissãoVale a Pena

Missionárias Seculares Combonianas – Ano 2013

H á muito tempo que conhecemos as Irmãs Clarissas. Nós, missionárias, estamos em contacto com muitos mosteiros porque estamos conscientes

que a oração está interligada com a Fé e a Missão. Dizia uma irmã de clausura: “Tenho a missão de morar junto de Deus e junto dos homens, sentir que estou no coração de Deus e, ao mesmo tempo, responsabilizar-me por cada homem. Rezar e interceder é uma forma de amar, de tomar conta dos outros, de dizer que os outros são importantes; é participar da compaixão de Deus desejando unicamente o bem do outro”. Também nós, missionárias, estamos conscientes de que Deus nos pede para rezar, para que possamos viver a missão

que nos confia. Rezar para pedir ajuda para uma tarefa realmente muito grande: dar a nossa vida para que todos tenham vida! Podemos “ver” de verdade muita gente sofredora, desanimada, exausta, se formos ao encontro delas, se cruzarmos de qualquer modo a sua existência. Deus revela-nos o amor que habita o seu Coração de modo a que o nosso coração se abra para poder “ver” a miséria que ofende a vida e, por consequência, cuidar dos nossos irmãos. Viver a consagração secular, significa acolher os valores apresentados por Jesus, vivê-los na primeira pessoa com uma presença nos ambientes laborais, sociais, políticos,... igual à de qualquer cidadão, com a diferença de que consagramos a nossa vida num sim a Jesus, para encarnar as realidades do nosso tempo, como ele fez no seu tempo, e mostrar que viver hoje os desafios que Ele nos deixou, pode ser um remar contra a corrente, mas não só é possível como é a única forma capaz de sairmos todos juntos de situações de sofrimento, angústia e falta de esperança. A nossa vocação secular consagrada implica não só este compromisso e inserção nas realidades sociais, mas também a consciência de que é Jesus que orienta e está presente na nossa vida. Criar, portanto, momentos nos quais estamos a sós com Ele, é essencial. Mas transformar o mundo e torná-lo mais parecido a como Jesus o quer, não é tarefa só de uma forma de viver em Igreja, mas é tarefa de todos. O estarmos “dentro” deste mundo complexo e cheio de desafios, faz-nos tomar consciência da urgência de repor Deus, “dentro” daquilo que é Seu, por si criado e dado ao homem como dom. Faz-nos também tomar consciência que nesta tarefa grandiosa todos temos o nosso lugar, que para levar o mundo a Deus e Deus ao mundo é preciso estar de joelhos e ao mesmo tempo sujar-se as mãos, envolvermo-nos. Neste momento alegramo-nos ao saber que as Irmãs Clarissas se estão abrindo a Timor, para aí ser uma presença orante e quisemos solidarizar-nos com elas, assegurando o nosso apoio.□

DAR A DEUS O QUE É DE DEUS• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Os últimos, os mais pequenos, continuam a pedir... podemos escolher mergulhar na indiferença, ou abrir as janelas da nossa casa para pousar o nosso olhar nos que nos rodeiam, no estrangeiro, no débil, no último, para depois descobrir a nossa missão e reparar que, dando-nos, algo floresce para sempre.

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V ive-se num mundo agitado que corre contra o tempo em busca de sentido para a vida. Há tanta coisa para ver, gozar e admirar, mas nada

satisfaz. Tudo cansa e o que agora é novidade, daqui a uns segundos já é monótono, ultrapassado e cansativo. Vive-se a era do vazio e do sem sentido. O descontenta-mento alarga-se, as manifestações proliferam e o desen-canto leva à revolta e ao barulho, sinais que, apesar de contrários, trazem em si o desejo de um mundo novo que há-de vir, mas de difícil gestação e doloroso parto. O homem quer muito e esbarra com o vazio dentro de si mesmo: tremenda realidade! Mas caminho seguro para a maturidade psicológica e afectiva. Não é a desordem dos afectos, não é o satisfazer dos apetites desordenados da natureza que enobrece o homem; mas o impor-se a si mesmo um caminho de harmonia interior que o torne senhor e mestre e não escravo de si mesmo, neste deserto de fé. Todos temos de redescobrir os jardins floridos do amor sem fronteiras, que se volta para o próximo e não se perde em consumismos e futilidades. Isto para falar dum sonho de Deus na obra que está a nascer em Timor-Leste. Como sempre, é Deus que dá o primeiro passo. Também aqui não houve excepção. Deus chamou, e a comunidade das Irmãs Clarissas de Monte Real quis corresponder ao chamamento amoroso de

Deus, mesmo consciente das tremendas dificuldades e desafios na fé. Abandonando-se nos braços do Deus forte, este grupo de quatro Irmãs, depois de longa e reflectida ponderação, começaram a dar rosto a este sonho feito de amor e misericórdia. O nosso projecto é construir um Mosteiro de vida con-templativa, na Diocese de Maliana, mais precisamente em Tunubibi, muito perto da fronteira com Timor Oriental. Queremos também, juntamente com o Mosteiro, manter uma pequena actividade social, no que se refere ao apoio

FAZER FLORIR O DESERTO em terras do sol nascente• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •Todos os anos nós, as Missionárias Seculares Combonianas, apoiamos um projeto missionário com a ajuda imprescindível dos jovens durante o campo de trabalho missionário.Este ano escolhemos ajudar as irmãs Clarissas que foram recentemente para Timor-Leste, para uma localidade chamada Maliana. Um dos seus objetivos futuros será dar apoio à infância da região. Chegadas lá, precisam de tudo. Para começar, de uma casa, onde possam viver em constante oração contemplativa e desenvolver algumas atividades.Elas mesmas nos apresentam em seguida o projeto a apoiar:

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das crianças, dado que mais de 50% da população tem menos de quinze anos e vive muito na rua, sem outros apoios, nem sequer das famílias, em muitos casos.

Deus salvou o mundo e continua a ter muitas formas de o salvar. Continua a dizer: deixa a tua terra e vai para a terra que Eu te indicar. Depois duma longa espera, percorridos os caminhos de muita burocracia, já podemos ver vegetar os alicerces dos muros que hão-de cercar os dois hectares de terreno, destinados à futura construção do Mosteiro. Tudo isto envolve muitos custos e, por isso, necessitamos do apoio e generosidade de todos para podermos dar resposta ao projecto de Deus, que não deixa ninguém de fora e a todos convoca para a missão. Necessitamos de tudo aquilo que os pobres mais pobres necessitam. Como Cristãos, somos chamados a responder de uma forma ou doutra, numa colaboração estreita e generosa para a construção de uma Igreja mais viva e dinâmica. As Irmãs enviadas são como a pequena semente lançada à terra. Para germinar, crescer e multiplicar, todos temos de nos deixar envolver e regar, cuidar e guardar essa “semente” a fim de

que cresça e suba às Alturas, tornando-se candelabro a iluminar e voz profética a bradar bem alto que Deus está vivo e ressuscitado entre os homens. Que todos sintamos o chamamento imperioso e não fiquemos de fora, na inércia, no deixar que os outros façam, sem nos deixarmos envolver nesta comunhão eclesial. Deixemos que o Espírito Santo aja e nos leve a ser instrumentos colaborantes numa obra que só a Deus pertence.□

Irmãs Clarissas em Timor-Leste

Oração do Século XXI

Senhor, faz de mimum meio da Tua comunicação!

Onde tantos jogam bombas de destruição…que eu leve a palavra da união!

Onde tantos procuram ser servidos…que eu leve a alegria de servir!

Onde tantos fecham as mãos para bater…que eu abra o coração para acolher!

Onde tantos adoram a máquina que eu saiba venerar o homem!

Onde tantos endeusam a técnica... que eu saiba humanizar a pessoa!

Onde a vida perdeu o sentido... que eu leve o sentido de viver!

Onde tantos me pedem um peixe... que eu saiba ensinar a pescar!

Onde tantos me pedem o pão... que eu saiba ensinar a plantar!

Onde tantos estão sempre distantes... que eu seja alguém sempre presente!

Onde tantos sofrem a solidão na multidão... que eu leve o encontro com alguém!

Onde tantos só vivem a matéria que passa... que eu viva o espírito que fica!

Onde tantos só olham para a terra... que eu saiba olhar para o céu...

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- As Missionárias Seculares Combonianas são um Instituto de direito pontifício e vivem a espiritualidade de S. Daniel Comboni.- O seu fim específico é a cooperação missionária na animação da Igreja Local e no serviço à missão.- Estão presentes na Europa, América Latina e África.- Sede em Portugal: Rua de Belém, 362 – 4350-067 Porto ( 225 026 153 [email protected]

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MissãoVale a PenaSorteio Missionário

Elementos pessoais

Nome:

Morada:

CP: (

Colaborou com a quantia de

Apoio ao projeto

Construir um Mosteiro em Timor

S e te atreves a olhar à tua volta, descobrirás que o teu olhar pode

ir muito mais além da área geográfica que os teus olhos físicos podem alcançar: Podes ver o mundo inteiro, uma multidão de irmãos e irmãs que Deus põe no teu caminho para viver a experiência da reciprocidade: os outros ali-viam o teu cansaço e tu podes aliviar o de outros… A experiência que te pro-

pomos ajudar-te-á a fazer esta fantástica descoberta. O Campo de trabalho missionário levar--te-á ao encontro de um grupo de idosos no centro social de Valbom, mas na realidade vai fazer-te encontrar também com outros jovens e, maravilha-te!; vai pôr-te em con-tacto com gente de muito longe que tu não conheces, mas poderás ajudar apoiando o projeto “um mosteiro em Timor” Tudo isto podes experimentar-lo! Participa connosco no Campo de trabalho Missionário.

Quando se realiza? De 19 a 28 de Julho

Se tens mais de 17 anos podes inscrever-te e participar nesta aventura!

Missionárias Seculares CombonianasRua de Belém, 3624350-067 PortoTelf.: 22 502 61 53 – 96 168 41 [email protected]

1.º Prémio: Toalha bordada (com guardanapos)

2.º Prémio: Conjunto para Torta

3.º Prémio: Imagens decorativas africanas

4.º Prémio: Jogo de café

5.º Prémio: Conjunto 5 peças em vidro, multiusos

6.º Prémio: Moinho para frutas

7.º Prémio: Taça decorativa

8.º Prémio: Conjunto Africano colar, pulseira e brincos

9.º Prémio: Prato decorativo (Sagrada Família)

10.º Prémio: Relógio decorativo

A sortear no dia 28 de Julho

Instituto Secular Missionárias CombonianasRua de Belém, 362

4350-067 PortoTelef.: 22 502 61 53

[email protected] Espírito Santo:

NIB: 0007 0407 000 18580001 12