jornal mensal da igreja metodista número 2 sinal da...

16
Jornal mensal da Igreja Metodista Fevereiro de 2009 Ano 123 número 2 Palavra Episcopal Oficial Pela Seara Missões Reflexão Entrevista Sinal da graça Você sabe realmente o que a Igreja Metodista pensa a respeito do batismo? Páginas 8 e 9 Igrejas pela Educação Campo fértil É possível ter um ensino público de qualidade. Veja o que você pode fazer. Página 12 Conheça a atuação missionária da Igreja Metodista. Na foto, o trailer da Evangemed, projeto missionário da Primeira Região Eclesiás- tica. Páginas 10 e 11 Colégio Episcopal lança Carta Pastoral sobre Maçonaria. Página 4 Desafios O Metodismo sempre viveu de desafios. E hoje? Página 3 Unimep Rev. Clovis Pinto de Castro assumirá Rei- toria da Unimep. Página 5 Pastoral Carcerária A solidariedade fe- minina no atendi- mento aos(às) encar- cerados(as). Página 7 Adote um vereador Uma forma criativa de exercer a cidada- nia e melhorar seu município. Página 12 Épocas e ciclos Nós sabemos que “tudo tem o seu tempo”... sabemos mesmo? Página 13 Fala o Consad O novo Conselho Di- retor da Rede Meto- dista de Educação Página 14 Creative Commons arquivo Envangemed Ministério da Educação

Upload: hadieu

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Jornal mensal da Igreja Metodista • Fevereiro de 2009 • Ano 123 • número 2

Palavra Episcopal

Oficial

Pela Seara

Missões

Reflexão

Entrevista

Sinal da graçaVocê sabe realmente o que a Igreja Metodista pensa a respeito do batismo? Páginas 8 e 9

Igrejas pela Educação Campo fértil

É possível ter um ensino público dequalidade. Veja o que você pode fazer.

Página 12

Conheça a atuação missionária da IgrejaMetodista. Na foto, o trailer da Evangemed,projeto missionário da Primeira Região Eclesiás-tica. Páginas 10 e 11

Colégio Episcopallança Carta Pastoralsobre Maçonaria.

Página 4

Desafios

O Metodismo sempreviveu de desafios. Ehoje? Página 3

Unimep

Rev. Clovis Pinto deCastro assumirá Rei-toria da Unimep. Página 5

Pastoral Carcerária

A solidariedade fe-minina no atendi-mento aos(às) encar-cerados(as). Página 7

Adote um vereador

Uma forma criativade exercer a cidada-nia e melhorar seumunicípio.

Página 12

Épocas e ciclos

Nós sabemos que“tudo tem o seutempo”... sabemosmesmo?

Página 13

Fala o Consad

O novo Conselho Di-retor da Rede Meto-dista de Educação

Página 14

Creative C

omm

ons

arquivo Envangemed

Ministério da Educação

Fevereiro 20092 Palavra do leitor

Presidente do Colégio Episcopal: Bispo João Carlos LopesConselho Editorial: Magali Cunha, José Aparecido, Elias Colpini, Paulo Roberto SallesGarcia e Zacarias Gonçalves de Oliveira Júnior.Jornalista Responsável: Suzel Tunes (MTb 19311 SP)Estagiário de comunicação: José Geraldo Magalhães JúniorCorrespondência: Avenida Piassanguaba nº 3031 Planalto Paulista - São Paulo - SPCEP 04060-004 - Tel.: (11) 2813-8600 Fax: (11) 2813-8632home: www.metodista.org.br e-mail: [email protected]

A redação é responsável, de acordo com a lei, por toda matéria publicada e, sendoassim, reserva a si a escolha de colaborações para a publicação. As publicações assinadassão responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opiniãodo jornal. Propriedade da Associação da Igreja Metodista.

Órgão oficial da Igreja Metodista, editado mensalmente sob a responsabilidade do Colégio EpiscopalFundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário Rev. John James Ransom

A produção do Jornal Expositor Cristão é realizada em convênio com oInstituto Metodista de Ensino Superior, que cuida da diagramação edistribuição do periódico. O conteúdo editorial é definido pela Sede Nacionalda Igreja Metodista.Editoração eletrônica: Maria Zélia Firmino de SáProjeto Gráfico: Alexander Libonatto FernandezImpressão: Gráfica e Editora RudcolorAssinaturas e RenovaçõesFone: (11) 4366-5537e-mail: [email protected] do Sacramento n. 230 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo - SPCEP 09640-000 www.metodista.br/editora

Editorial

Tempos e fases se sucedemimplacavelmente, nos lembra opastor Daniel Rocha, na páginade Reflexão (pg.13). Pois é...para muita gente, fevereiro é omês em que a rotina volta aonormal. As férias acabaram,os(as) alunos(as) voltam às es-colas, convocam-se as primeirasreuniões de “pais e mestres”.Para os estudantes, começa umnovo tempo de desafios: na es-cola eles buscam a necessáriacapacitação para os rumos quetomarão na vida.

“Ensina a criança no cami-nho em que deve andar e, aindaquando for velho, não se des-viará dele”, diz o provérbio.Como cristãos e cristãs, temosum firme compromisso com aeducação. Nosso compromissocom as crianças começa já nobatismo. É o que nos diz a ma-téria de capa desta edição, pau-tada nos documentos oficiais daIgreja. Quando levamos umacriança ao sacramento do batis-mo estamos não apenas rece-bendo-a na comunidade de fé,mas assumindo, diante de Deuse dos irmãos e irmãs, nossaresponsabilidade em educá-lanos caminhos do Senhor.

Lembramos que nosso com-promisso cristão não se limita àeducação religiosa. A palavra“metodista” no Brasil é imedia-tamente identificada com insti-tuições de ensino. Para JohnWesley, para os primeiros missi-onários metodistas que chega-ram ao Brasil e para a IgrejaMetodista aqui constituída, oensino dito “secular” sempre foie é parte da missão. Por isso,matérias referentes à RedeMetodista de Educação ganhamdestaque nesta edição do Expo-sitor: a escolha do pastor ClovisPinto de Castro para a reitoriada Unimep, na página 5, e uma

As férias acabaramentrevista com o presidente ea vice do novo Conselho Dire-tor, na página 14. São notíciasque trazem a esperança de umfuturo promissor para as insti-tuições metodistas de ensino.

Como metodistas, tambémtemos um compromisso históri-co pela melhoria das institui-ções de ensino públicas. Porisso, logo em seguida da repor-tagem das páginas 10 e 11,que apresenta o trabalho missi-onário desenvolvido por nossaIgreja no Brasil e no exterior,na página 12 você encontra amatéria “Igrejas pela Educa-ção”. A proposta deste grandeprojeto de mobilização pelamelhoria do ensino público é deque cada igreja local seja umpólo de conscientização, capa-citação e liderança. A união depais, mães e professores(as)pode melhorar a qualidade doensino público em nosso país.E a Igreja pode ser peça chavenessa união de esforços.

Este é mais um desafioque se coloca diante detodos(as) nós, que tambémsomos alunos e alunas,discípulos(as) do Mestre Jesus.Desafios para os metodistashoje é o tema da Palavra Epis-copal deste mês (pg. 3). O Bis-po Roberto fala sobre os desa-fios da vocação, pregação,liderança e caráter. Note queestas palavras carregam, emsi, a idéia de ação: atuaçãocristã no mundo, para alémdas paredes dos nossos tem-plos. Se queremos transformaro mundo, e todo cristão(ã)carrega este sonho dentro desi, as salas de aula das nossasescolas podem ser bons luga-res para começar.

Suzel [email protected]

Transcrevemos abaixo e-mails querecebemos do Reverendo SérgioMarcus Pinto Lopes e Bispo NelsonLuiz Campos Leite. Eles compartilhamconosco a alegria de perceber quesementes lançadas com carinho podemgerminar onde menos imaginamos:

Caríssimo NelsonUm lindo dia para você. Hoje

tive uma agradável surpresa. Ao en-trar em uma padaria aqui emSorocaba, vi em cima do balcão umacaixa de madeira, recostada a umsuporte, com umas folhas xerocadascuja aparência me era muito famili-ar! Perguntei a um funcionário deonde ele havia copiado aquilo. Eleme disse que de uma revista muitoboa. Eles tiram várias cópias, em ta-manho ampliado, e deixam ali para osfregueses levarem. Eu disse a eleque conhecia a revista, o NoCenáculo, que era publicação daIgreja Metodista, que fui diretordela, que minha filha (Cristina Lopes)é a tradutora... Resolvi partilharisto com você. A gente nunca conse-gue imaginar até onde vai parar obem que se produz, não é? Espero

Palavras que brotamque o Cenáculo continue benefician-do assim a muita gente!

Grande abraço, Rev. Sérgio Marcus, de

Sorocaba, SP

Grato pelo seu e-mail enviado,que nos inspira e anima em nosso tra-balho. Essa notícia mostra como oque fazemos vai além do que pensa-mos. Esse é um testemunho de comoa graça divina, além e acima de nós,age a favor do ser humano visandoexpressar a Sua presença, Amor, Apoioe Consolo.

Rev. Nelson Luiz CamposLeite, de Itanhaém, SP

Prezados irmãos e irmãs.Graça e Paz!Acabo de receber a notícia do

falecimento do Rev. Estevão dos San-tos Canfield, ocorrido hoje, dia 27de janeiro de 2009, em Old Bridge,estado de New York.

Rev. Estevão é filho do BispoRichard e Prof. Benilda, esposo daProfa. Glaucia, e pai de dois filhos.

Ele nasceu na 2ª Região Eclesiás-tica, mas cresceu e entrou para opastorado na 6ª Região Eclesiástica.Formou-se na Faculdade de Teologia,em São Paulo.

Quando a Igreja Metodista Uni-da dos Estados Unidos e a IgrejaMetodista do Brasil estabeleceramuma parceria para criação de umMinistério com brasileiros no estadode New York, a igreja brasileira oselecionou e enviou para lá. Estabe-lecido este ministério, ele foi trans-ferido para a Igreja Metodista Uni-da, e outros missionários foramenviados para lá.

Representaram a Igreja do Brasilem seu funeral o Rev. Juarez Gonçal-ves e a Revda. Lourdes Magalhães.

Conversei com o Bispo Richard,que está em Curitiba, e não poderáir ao enterro. Nem ele, nem sua es-posa Benilda poderão ir. Ele disse-meque estiveram por 6 meses com oEstevão, tendo chegado de lá hápoucos dias. Sua palavra foi: “Eledescansou no Senhor, depois de terguardado a fé inabalável até o fim desua carreira aqui.”

Rev. Estevão faleceu por falên-cia múltipla de órgãos, em conseqü-ência do câncer que o acometeu.

O Pastor Ricardo, co-pastor daIgreja e seu filho mais velho, lideroutoda a despedida do pai e pastor.

Nos unimos à família, suplicandoque a mão consoladora do Senhoresteja sobre todos.

Fraternalmente, em Cristo,Bispo Stanley da Silva Moraes

por e-mail.

Descansou no Senhor:Rev. Estevão Canfield

Fevereiro 2009 3Palavra Episcopal

Arquivo: Sede Nacional

Em primeiro lugar, gostaria dedestacar a palavra DESAFIO e aomesmo tempo fazer uma breve refle-xão da mesma.

DESAFIAR significa chamar a de-safio, provocar, afrontar, estimular,despertar, entrar em desafio [do ita-liano disfidare]. Neste sentido que-ro desafiar, provocar, estimular, des-pertar todo METODISTA a pensar,refletir comigo sobre OS DESAFIOSDE DEUS PARA OS METODISTAS HOJE.

Quando olhamos para a nossahistória, observamos que o movimen-to do povo chamado metodista foirepleto de DESAFIOS. Desafio de re-formar uma igreja cujos líderes dagrande cúpula estavam envolvidosem práticas de injustiça, corrupçãoe exploração. Desafio de reformar anação inglesa que vivia o caos deuma sociedade que enfrentava asconseqüências da Revolução Indus-trial como acúmulo de bens e má dis-tribuição de rendas e a passagem docapitalismo comercial para o capita-lismo industrial que gerava váriosproblemas na época.

Como podemos observar histori-camente falando, o Metodismo sempreviveu de desafios. Seria diferente noBrasil de hoje? Que DESAFIOS Deustêm para os Metodistas hoje?

Dentre vários desafios que po-deríamos enumerar, gostaria de des-tacar apenas:

1. Desafio da Vocação

“não foram chamados muitossábios..., nem muitos poderosos,nem muitos de nobre nascimento;”[I Coríntios 1:26b]

Mas o texto afirma: “Deus esco-lheu as coisas loucas do mundo”;escolheu as coisas fracas do mundo,escolheu as coisas humildes, aquelasque não são. Creio que estes deta-lhes da vocação nos desafiam comoMETODISTAS hoje: a loucura, a fra-queza, a humildade, o não ser.

Quem é o(a) “louco(a)”? Aque-le(a) que perdeu o uso da razão, de-mente, temerário(a), insensato(a),apaixonado(a). Quantas vezes osMetodistas foram chamados de lou-cos por acreditarem na justiça deDeus, na libertação dos escravos, nalibertação dos vícios, na educaçãopara os pobres, na restauração dadignidade e moralidade? E hoje, aindasomos loucos?

Quem é o(a) “fraco(a)”? Éaquele(a) que está sem forças,debilitado(a), frágil. Será que JohnWesley não se sentiu assim quandoiniciou seu ministério pastoral, sen-do proibido de pregar nos púlpitos

Desafios para os metodistas hoje1 Coríntios 1: 26-29

Roberto Alves de Souza,Bispo na 4ª Região Eclesiástica

da Igreja Anglicana? “Porque, quan-do sou fraco, então, é que souforte.”[II Coríntios 12:10b]. Nossafraqueza nos ensina a sermos total-mente dependentes de Deus.

Quem é o(a) humilde? É simples,modesto(a), submisso(a). Foi assimque o movimento Metodista começouna Inglaterra. Um movimento simplesde pessoas simples, modesto de pes-soas modestas, submisso de pessoassubmissas. “Bem-aventurados os hu-mildes de espírito, porque deles é oreino dos céus.” [Mateus 5:3]. Por úl-timo, “aqueles que não são”: “Então,eram eles em pequeno número,pouquíssimos e forasteiros nela (...)”[Salmo 105:12]. Assim era Israel pe-rante os olhos humanos. Quantostentaram e tentam dizimar Israel,mas não conseguem, pois Israel estádebaixo de uma promessa de Deus:“Farei de ti uma grande nação”.

Temos parte desta promessa deDeus, pois somos parte do Novo Is-rael de Deus. Cremos ser oMETODISMO um movimento que al-cança os pobres, humildes e margi-nalizados; esses são maioria, entãoseremos maioria. Mas, “como ouvi-rão, se não há quem pregue?” [Roma-nos 10:14c].

2.Desafio da Pregação

A pregação das “boas novas”sempre foi um desafio para JohnWesley e os metodistas da sua épo-ca. Quantas perseguições, lutas eimpedimentos! John Wesley foi proibi-do de pregar o evangelho nos púlpi-tos anglicanos, mas declarou: “Omundo é a minha paróquia”. Exemplo:O surgimento do Metodismo em Antahá 110 anos. Através de um pregadormetodista que quase sofreu umapedrejamento surgiu o metodismona pequena Vila de Anta. Um fazen-deiro não deixou apedrejar o prega-dor metodista, pois estava falandoapenas coisas boas, mensagens deDeus. Era o fazendeiro muito temidoe respeitado no local, então todosrecuaram. O fazendeiro levou o pre-gador para pousar em sua fazenda equando o jantar foi servido à mesa opregador metodista solicitou ao fa-zendeiro se poderia fazer uma ora-ção de gratidão. O fazendeiro pron-tamente atendeu ao pedido econverteu seu coração a Jesus, poisjá havia recebido vários padres emsua mesa e nenhum nunca se lembra-ra de agradecer a Deus pela dádivado pão. Através daquele pregadormetodista, indiretamente, eu estouaqui hoje. Olha o quanto a pregaçãoé importante!

John Wesley disse que achavapreferível a separação da IgrejaAnglicana com o movimento metodistado que renunciar a quatro pontosbásicos do programa metodista: pre-gadores leigos, pregação ao ar livre,pregação de improviso e organizaçãode sociedades [A Visão Wesleyana deDiscipulado Hoje].

Se quisermos o crescimento doMetodismo no Brasil, somosdesafiados(as) a pregar o Evangelhode nosso Senhor Jesus Cristo em ter-ras brasileiras, aleluia!

3.Desafio de Liderança

Rick Warren diz que: “Tudo seedifica ou se derruba segundo é a li-derança”. Ele declara que “nadaacontece sem que alguém proporcioneliderança”. É necessário liderançapara gerar expectativas e atingir oabsurdo para muitos. O Bispo PauloLockmann declara em relação ao seuobjetivo de alcançar 1.000.000 [ummilhão] de metodistas no Estado doRio de Janeiro o seguinte: “um irmãome perguntou há algum tempo: Bispo,o senhor não tem medo de cair noridículo, e não conseguir alcançaressa meta? Eu não respondi, maspensei: o meu maior temor é do ridí-culo, do fracasso, de desistir do queconsidero ordem e plano de Deus. As-sim, prefiro o ridículo de não alcan-çar ao ridículo de desistir.”

Rick ainda declara: Liderança éinfluência. Essa influência pode serpara o bem ou para o mal, positivaou negativa, mas uma coisa é certa:estará sempre influenciando, de umamaneira ou de outra.

O mundo precisa de líderes quenão se vendam por preço algum, depalavras, que ponham a honra acimado dinheiro, honestos(as) nas pe-quenas coisas como nas grandes,que sacrifiquem seus interesses pes-soais pela comunidade. De líderesque sigam a Cristo sem duvidar esem desfalecer.

Esse deve ser o retrato da lide-rança metodista: pastores e pasto-ras, leigos e leigas. Mas, para isto,surge outro desafio, o do CARÁTER.

4. Desafio de Caráter

Rick Warren ainda afirma: “ofundamento da liderança é o carátere não o carisma”. Esta afirmação éprofunda e verdadeira, pois quantasvezes verificamos lideranças comgrandes carismas, mas sem nenhumcaráter. Liderança não se formaapenas com academicismos, mas équestão de caráter.

John Wesley descreve o caráterde um metodista dentro das seguin-tes afirmações e reflexões:

a. ... tem o amor de Deus derra-mado em seu coração pelo EspíritoSanto que lhe foi dado [Romanos 5:5];

b. ... ama ao Senhor seu Deuscom todo o coração e alma, comtoda a mente e as suas forças [Mar-cos 12:30];

c. ... confia integralmente noSenhor e recebe todas as coisas comalegria no coração; seja dificuldade,alegria, enfermidade, seja saúde,vida, seja morte, ele sempre dá gra-ças ao bom Deus, desde o mais pro-fundo do seu coração, sabendo queassim como toda boa dádiva vem doalto, apenas aquilo que é bom poderávir do Pai das Luzes [Tiago 1:17]. Eem virtude dessa confiança, ele(a)não vive ansioso(a) e intranqüilo(a),porque lança sobre Deus toda sua an-siedade e descansa Nele.

d. ... ora sem cessar, o que nãosignifica estar sempre na igreja, esim não perder nenhuma ocasião delá estar. Não significa viver de joe-

lhos ou com o rosto dirigido ao Se-nhor, mas com o coração sempre, emtodo o tempo e lugar, voltado aDeus. Esteja só ou acompanhado(a),descansando, ocupado(a) ou conver-sando, deitado(a) ou em pé, Deusesta sempre presente em seus pensa-mentos.

e. ... ama o próximo como a simesmo. Seu coração está cheio deamor pela humanidade, pelosinimigos(as) e por aqueles(as) o(a)perseguem.

f. ... purifica-se de todo senti-mento de vingança, inveja, malícia,raiva, ira ou de toda e qualquer in-clinação maldosa.

g. ... tem como propósito funda-mental fazer a vontade de Deus. Suaúnica intenção, em todo momento eem todas as coisas, não é fazer aprópria vontade, mas agradar e fazera vontade daquele que lhe salvou.

h. ... ama ao Senhor e guarda osseus mandamentos, não alguns delesou a maioria, mas todos, do menorao maior. Procura evitar tudo o queDeus proíbe, realiza tudo o queDeus ordena, seja fácil, seja difícil,alegre ou doloroso.

i. ... coloca-se a serviço deDeus, pronto(a) a obedecê-lo em to-das as circunstâncias. Apresentacontinuamente seu corpo e sua almaem sacrifício vivo, santo e agradá-vel a Deus, completamente e sem re-servas, entregando tudo o que pos-sui para a glória do Pai.

j. ... faz o bem a todos, de to-dos os modos possíveis. Alimenta ofaminto, cobre o desnudo, visita osdoentes e presos. Além dessas obrasde misericórdia, trabalha tambémem favor de suas almas, despertan-do os que dormem, animando oscansados e estimulando a todospara que sejam sempre abundantesna obra do Senhor.

Esses são alguns dos muitos de-safios para os(as) metodistas hoje.Vamos refletir, analisar e aceitar osDESAFIOS DE DEUS PARA OS(AS)METODISTAS HOJE. “No momento emque desejamos aprender, desejamosser líderes”. [Rick Warren]. Que Deusesteja levantando uma liderança decarisma, mas sobretudo de caráterno meio do povo chamado metodista.

Bibliografia

1. Almeida, João Ferreira. Bíblia Sa-grada, Sociedade Bíblica do Brasil.2ª edição, Barueri, SP, 1993.2. Warren, Rick, Liderazgo con Pro-pósito, Editorial Vida, volume 1, Es-tados Unidos, 2005.3. Barbosa, José Carlos, Adoro a Sa-bedoria de Deus – Itinerário de JohnWesley, o Cavaleiro do Senhor, Edi-tora Unimep, Piracicaba, SP, 2002.4. Dicionário Brasileiro Globo, Fran-cisco Fernandes/Celso Pedro Luft/F.Marques Guimarães, Editora Globo,56ª edição, São Paulo, SP.5. Lockmann, Paulo Tarso de Olivei-ra, Circular do Gabinete Episcopal –Por que sigo sonhando?, Rio de Janei-ro, RJ, 25.08.2006.

Fevereiro 20094 Oficial

Considerando a natureza da instituiçãomaçônica, fica evidente a dificuldade em ela-borar um documento a partir de literaturaconhecida. Há uma grande variedade de afir-mações sobre a Maçonaria. Há radicalismosem todas as direções, seja a favor dessa ins-tituição ou contra ela. Servimo-nos, assim, dasinformações advindas de maçons de reconhe-cida fidelidade e dedicação à causa metodistae de alguns valiosos documentos ao alcance.

Documentos oficiais declaram que a Ma-çonaria não é religião, nem prega credo re-ligioso algum. Segundo esses documentos,trata-se de uma instituição eminentementefilantrópica, filosófica e social, tendo comosua divisa a liberdade, a igualdade e afraternidade para o bem do indivíduo, dafamília, da sociedade, da pátria e da humani-dade em geral.

Há documentos históricos afirmando queos maçons constituíram a força principal paraa proclamação da Independência e tambémda República. Promoveram a separação entrea Igreja e o Estado; a extinção da escravidão;a instituição do registro civil de nascimento,casamento e óbito; a criação de escolas gra-tuitas de ensino fundamental para crianças eadultos; a instituição do direito dos não-cató-licos sepultarem seus mortos nos cemitérios eoutros direitos civis. Organizaram-se de formaeficaz e romperam assim com os poderes au-toritários religiosos e seculares, garantindo aliberdade para todas as pessoas. Ainda hojecontinuam atuando no campo da ação comu-nitária, cultural e educativa, de maneira dis-creta e dentro de sua filosofia humanitária.

No entanto, em que pesem as afirmaçõesdos documentos maçons, observa-se que aMaçonaria desenvolve ritos religiosos e ce-rimônias de cunho religioso, caracterizando-se como um grupo que professa celebra-ções eminentemente religiosas, tais comorito de iniciação, votos religiosos e outrasatividades litúrgicas como, por exemplo, ofí-cios fúnebres, adoção de crianças (lowton),confirmação de casamento, doutrinação dejovens. Além disto, as Lojas Maçônicas usam“templos” com altar e outros utensílios es-pecíficos para a realização de cerimônias re-ligiosas com estilo arquitetônico profunda-mente inspirado no templo de Salomão,templos assírios, egípcios e cristãos da Ida-de Média. Nessa direção, encontramos lite-ratura produzida por autores maçons queidentificam a Maçonaria como religião ecomo tal exigem profissão de fé e “conver-são” para ser maçom, com exigência de si-lêncio e fidelidade absoluta a seus princípios(LANDMARKS) na escala de graus.

A Igreja e a Maçonaria

A Igreja Metodista sempre manteve rela-ções cordiais e respeitosas e nunca negouos serviços prestados pela maçonaria ao povoem geral. Nossos membros maçons, em suamaioria, souberam manter as boas relações,dando e recebendo colaboração. Não háhostilidade. Em certas épocas da história,parte do clero romano foi quem viu razõespara se manifestar contra e perseguir osmaçons, os judeus e os protestantes. O de-sejável é continuar com serenidade a tarefacristã, segundo a recomendação do apóstolo:“cada um veja como edifica” (1 Co 3.10-13),pois prestará conta de seus atos. O/a crentemetodista deve ser produtivo/a em todo otempo e fiel até o fim a sua profissão de fé,ciente de que cabe a Deus a avaliação dasnossas realizações.

Carta Pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista

Maçonaria

O/a metodista, entretanto, deve cuidarpara que seus relacionamentos, quaisquer quesejam, não venham impedir o desempenho doministério, conforme os dons que recebeu, enegar sua experiência cristã e fé, através dedeclarações ou ações. A Igreja é divina ehumana, e precisa ser uma comunhão de san-tos que se respeitem mutuamente e coope-rem para o crescimento do Reino, namultiforme graça (1 Pd 4.10) e na diversidadede formas de atuação (Rm 12.4-8; 1 Co 12.4).Em todos os locais, articulados com outrosgrupos ou não, os metodistas são chamados asomar, a ajudar, a dar o sabor, a exalar o per-fume de Cristo (2 Co 2.15). Não somos domundo, mas estamos no mundo (]o 17.15s).

Há uma polêmica em relação à Maçonariapontuada em dois aspectos, pelo menos: 1) oritualismo religioso que a identifica comouma seita religiosa; e 2) votos secretos eseus códigos que não podem ser reveladosem hipótese alguma. Para nós, esses doisaspectos ferem a tradição bíblica, teológicae doutrinária da Igreja Evangélica. Na Pasto-ral sobre o Ecumenismo (outubro de 1999),afirmamos o seguinte: “Não é aceitável paranós celebrações com grupos religiosos que nãosejam reconhecidamente da tradição cristã”e “nossa vocação ecumênica nos leva a teruma atitude de respeito e amor para comoutras tradições religiosas. Esse respeito - quenecessariamente também se estende aosmembros da nossa própria comunidade - temque ser ainda mais evidente quando nos reu-nimos para louvar a Deus e celebrar a nossaunidade em Jesus Cristo. Outrossim, reafir-mamos a nossa disposição em dialogar comoutras expressões de fé, principalmente noque diz respeito aos grandes desafios da lutapela justiça, paz e integridade de criação”.

Estas orientações da Pastoral sobre oEcumenismo servem para o relacionamentocom a Maçonaria. Os membros da IgrejaMetodista que ainda permanecem maçonsdevem discernir sobre os possíveis ritos reli-giosos que venham a ser praticados no con-texto da Maçonaria e ir em busca de orien-tação pastoral a fim de verificar seencontram fundamentação nas nossas tradi-ções bíblicas e cristãs.

As informações que circulam a favor econtra a Maçonaria são suficientes para secriar por esta carta o pastoreio dosmetodistas, principalmente em face do Art. 8,§ 2º da Seção I dos Cânones de 20071, queestabelece uma legislação sobre o assunto. Érecomendado um exame pessoal e crítico dosritos e compromissos assumidos pela filiação aessa sociedade secreta e outras, evitandoque, em qualquer situação, sejam negados osvotos assumidos com o Reino de Deus e coma Igreja, Corpo Vivo de Cristo. O apóstoloPaulo orienta aos tessalonicenses que julguemtodas as coisas e retenham o que é bom (1 Ts5.21) e recomenda que a igreja se abstenhadas aparências do mal (1 Ts 5.22). Esta reco-mendação é válida para ser aplicada em rela-ção aos demais grupos e associações existen-tes no país ou que venham a ser criados.

Há outras sociedades chamadas “secre-tas” no Brasil e no mundo. Não há comonomear todas elas, pois se pode incorrer noerro de identificar associações que não secaracterizam como sociedades secretas edeixar fora outras que têm esta característi-ca. O importante é a análise crítica das ins-tituições antes de assumir compromissos dequalquer ordem.

Portanto, nesta Carta Pastoral, enfatizamoso equilíbrio para viver o cotidiano e a atitudede compreensão em todos os relacionamen-

tos. Assim recomendaram os apóstolos. Elesmesmos deram o bom exemplo. Não gastaramtempo em discussões sobre questões menores,que devem ser resolvidas pelo cristão diligentee conhecedor das Sagradas Escrituras. Orien-tações neste sentido estão presentes nascartas pastorais (1 Tm 6.20; Tt 1.14). Os após-tolos foram combativos, isto sim, na proclama-ção, no ensino e no testemunho em todos oslugares possíveis. E zelaram por esclarecerpontos doutrinários em que pessoas com idéi-as contrárias à doutrina dos apóstolos tenta-vam interferir com suas opiniões, causandoconfusão nas igrejas.

Orientações ao povo metodista sobre orelacionamento com a Maçonaria e outrassociedades secretas

1. O Colégio Episcopal não recomenda quemembros da Igreja Metodista participem de So-ciedades Secretas e de Associações Religiosasque não professem os princípios de fé aceitospelo Metodismo Universal, tampouco recomen-da que os membros da Igreja Metodista façamvotos nessas sociedades secretas que venhama ser uma negação da sua experiência e dou-trinas básicas da fé cristã.

2. Membros da Igreja Metodista que se-jam convidados/as a participar da Maçonariaou outra sociedade chamada secreta devemobservar os compromissos a serem assumidose verificar sua fundamentação bíblica, teoló-gica e doutrinária. Os pastores e as pastorasdevem estar à disposição para ajudar nessediscernimento.

3. Membros da Igreja Metodista que de-sejam afastar-se da Maçonaria deverão ter oapoio e a compreensão da Igreja, sem queoutros maçons sejam ridicularizados ou dis-criminados.

4. Orientações e aconselhamentos sobreo assunto devem ser feitos, preferencialmen-te, no ambiente reservado e sigiloso do gabi-nete pastoral.

5. Não deve haver cerceamento da liber-dade aos membros filiados à Maçonaria paraa participação na Igreja e seus órgãos, noentanto, estes não devem exercer qualqueração discipuladora sobre metodistas nãomaçons. A tolerância deve marcar nossos re-lacionamentos.

6. O Colégio Episcopal incentiva a parti-cipação dos/as metodistas em instituiçõesque promovam a fé, a paz e a justiça social,sem ferir seus votos como membros da Igre-ja e sem negar os princípios do Evangelhode Jesus Cristo.

7. O Colégio Episcopal reafirma que oReino de Deus é prioridade para todos osmetodistas. Por causa deste Reino renuncia-mos, santificamos nossas vidas, perdoamos,amamos e cultivamos a unidade e a tolerância.

Nossa esperança e oração é que não so-mente os metodistas, mas todos os evangéli-cos aprofundem cada vez mais sua sensibili-dade, tendo sempre presente na mente e nocoração o desafio da Palavra de Deus:“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reinoe a sua justiça, e todas estas cousas vos serãoacrescentadas” (Mt 6.33).

São Paulo, 22 de agosto de 2008.Bispo João Carlos Lopes

Presidente do Colégio EpiscopalBispo Adonias Pereira do Lago

Secretário do Colégio Episcopal

1 “Pessoas vinculadas à Maçonaria e a sociedadessecretas devem renunciar a esse vínculo antes de profes-sarem sua fé e serem batizadas para filiarem-se à IgrejaMetodista.” (Art. 8, § 2º da Seção I dos Cânones de 2007)

Bispos metodistas orientam membresia sobre participação em sociedades secretas. Odocumento na íntegra está publicado no site da Igreja Metodista (www.metodista. org.br).

Fevereiro 2009 5Oficial

No dia 12 de janeiro aconteceu o “Ato deAcolhimento” do Rev. Clovis Pinto de Castro comonovo Diretor Geral do IEP e Reitor da UniversidadeMetodista de Piracicaba. O ato foi presidido peloVice-Reitor e Vice-Diretor Geral, prof. SergioMarcus Nogueira Tavares.

Foi um momento marcado pela espiritua-lidade: o bispo Josué Adam Lazier dirigiu o mo-mento devocional de abertura com uma reflexãobíblica, seguido do bispo João Carlos Lopes,Presidente do Colégio Episcopal e Assembléia Ge-ral do IEP, que abençoou o reitor eleito para oexercício deste ministério.

Várias lideranças da Igreja, ex-reitores dainstituição, representantes de professores e fun-cionários estiveram presentes. O bispo AdoniasPereira do Lago, bispo da instituição, falou daexpectativa da Igreja especialmente no que dizrespeito à confessionalidade da instituição. O Rev.Prof. Luis de Souza Cardoso, Diretor Geral do Cogeime, acolheu oDr. Clovis em nome da Rede Metodista de Educação, e falou da

Clovis Pinto de Castro é acolhido na Unimep

Este apelo à paz feito pela liderança da Aliança EvangélicaMundial é em nome de todos aqueles que estão sendo afetadospelo conflito, residentes da faixa de Gaza, quer sejam Israelitas ouPalestinos. Que o Deus que dá paz a todos quantos lha pedirem,conceda este desejo às populações que vivem em Israel e na faixade Gaza. A Aliança Evangélica Mundial, que representa os cristãosem Israel bem como na faixa de Gaza, tem seguido com profundapreocupação os acontecimentos que têm se desenrolado em Israele na faixa de Gaza. A destruição em Israele em Gaza no que diz respeito a vidas hu-manas e bens materiais tem sidoavassaladora; oramos para que a paz deDeus reine na Terra Santa.

Estamos preocupados com as comuni-dades cristãs evangélicas que vivem nomeio deste conflito, de ambos os lados.Oramos por aqueles que perderam entesqueridos e por aqueles que provocaram amorte de outros. Sabemos que o mesmoDeus que cura e perdoa anseia restauraros quebrantados de coração. As nossasorações estão com todos eles.

Apelamos a todos os órgãos de sobera-nia que façam tudo o que estiver ao seu al-cance no sentido do término das hostilidadese violência subseqüente. Apelamos a todasas facções para ficarem diante de Deus, odoador da vida e de sabedoria, que liberal-mente dá sabedoria a todos quantos lha pe-direm. Apelamos a todos quantos tomamdecisões que ouçam a voz da razão dentrodos seus próprios comandos e que façam omáximo ao seu alcance para asseguraremque estes acontecimentos não se repitam.

Apelamos também à comunidade inter-nacional que responda cuidadosa mas reso-lutamente a esta crise. Os sentimentos es-tão extremamente à flor da pele; não étempo de atribuir culpas, mas de responder com preocupação atodos quantos estão passando por este drama. Apelamos à comu-

Conflito em GazaAliança Evangélica Mundial faz pedido por paz no Oriente Médio

nidade internacional que trabalhe com dedicação no sentido detrazer um fim à crise decorrente e que faça todos os esforços aoseu alcance para remover todas as causas do conflito.

É difícil imaginar que o conflito Israel-Palestina alguma vez seresolva. Entendemos que é extremamente complexo e que precisade muito trabalho para que a confiança seja edificada e para quehaja vontade política de ambos os lados. No entanto, atrevemo-nos a sonhar juntos com um Médio Oriente onde Árabes e Judeus

sejam capazes de desfrutar uma vida pa-cífica em conjunto.

O Deus que está perto quer abençoar opovo Judeu mas não às custas do povoÁrabe e Ele quer abençoar o povo Árabemas não às custas do povo Judeu. Todoschamamos a Abraão, amigo de Deus, etambém pai da nossa fé. Por ele e pelonosso Deus que este conflito nos eleve aum lugar onde Deus derrame o Seu amorpor todas as pessoas nos nossos corações.Que isto inspire aqueles que podem tomardecisões políticas bem como as famíliasatingidas, e especialmente aqueles queperderam entes queridos. Que as suasmortes não tenham sido em vão, mas como propósito de criar um mundo melhor,para a glória de Deus.

Apelamos a todos quantos estão empe-nhados em orar e jejuar pela paz no Orien-te Médio. Especialmente pedimos aos quefazem parte da família da Aliança Evangé-lica Mundial que orem por esta causa. Pedi-mos ainda que as Igrejas e que cada cris-tão responda generosamente ao desastrehumanitário criado por este conflito.

Dr. Geoff Tunnicliffe, Diretor Interna-cional

da Aliança Evangélica MundialReverendo Harry Tees, Embaixador na

Terra Santa da Aliança Evangélica Mundial

expectativa de que o novo Diretor Geral ajudena superação da grave crise atual.

Em seu discurso, o Rev.Dr. Clovis Pinto deCastro fez um resgate histórico de seu compro-misso com a educação confessional metodista eapresentou alguns fundamentos da ação quepretende desenvolver. Diálogo será uma palavrachave de sua gestão: é por meio do diálogo, “àexaustão, se necessário”, que o professor pre-tende transformar as crises do passado num fu-turo melhor para a instituição, contando com aparticipação de todos(as). “Se me perguntas-sem se estou pronto para assumir este compro-misso, eu diria que não. Estou preparado paraesta função, o que é diferente. Aquele que seconsidera “pronto”, acabado, fecha-se para onovo, acredita não ter mais nada a aprender.Precisamos estar abertos ao novo”. Neste mes-mo dia, o Dr. Clovis Pinto de Castro assumiu

na forma legal a Direção Geral do IEP. E no dia 9 de fevereiroocorrerá o Ato Público de Posse do novo Reitor.

Ahron de Leeuw (C

reative Com

mons)

Fábio M

en

de

s

Fevereiro 20096 Pela Seara

Homenagem cidadãO Reverendo Getro da Silva Camargo, superintendente

distrital do distrito de Mato Grosso do Sul, 5ª RE, recebeu o títulode Cidadão Sul-Mato-Grossense no dia 9 de dezembro de 2008,em cerimônia realizada no plenário do Palácio Guaicurus, CampoGrande/MS - Parque dos Poderes. O evento contou com a presençado Bispo Adonias Pereira do Lago. Na foto você o Reverendo Getro,tendo a seu lado a deputada estadual Dione Hashioka, que propôsa homenagem. Sentada, a outra homenageada do dia: Maria Joséde Amaral Camargo, “Dona Dedé”, de 94 anos, primeira professorade Batayporã.

Pra. Lady Gloria Magalhães Furtado Nunes Secretária do Concílio Distrital do Mato Grosso do Sul

Paciência recompensada

A localização da Igreja Metodista Nova Betel revela uma virtudepresente nesta comunidade: o município de Paciência, no Rio deJaneiro. Durante dezessete anos a Igreja acalentou o sonho depintar o templo, mas as paredes muito altas exigiam um investi-mento grande demais. Mas a Igreja não desanimou. Muitas vezes,a palavra “paciência” é sinônimo de “fé”. E, com o incentivo dopastor José Ubirajara, eles conseguiram pintar as altas paredes dotemplo de verde, a chamada “cor da esperança” que os irmãos eirmãs da Igreja em Nova Betel gostariam que os(as) leitores(as) doExpositor pudessem ver. A seção “Pela Seara” ainda é editada notradicional “preto e branco”, mas os(as) irmãos(ãs) poderão veruma foto do templo imponente e, junto com a Igreja em Nova Betel,agradecer a Deus pela conquista.

Informou: Ministério da Comunicação

Ministério da Com

unicação – Igreja Metodista N

ova Betel

Divulgação deputada D

ione Hashioka

Fevereiro 2009 7Pela Seara

A bênção daunião conjugal

A Igreja Metodista em Vila Maria foi o local ideal das bênçãos deDeus na vida do casal: rev Azor Alves Felippe e Mariana RodriguesFelippe que no dia 27/12, realizaram a cerimônia de Bodas de Ouro,nesta mesma Igreja fizeram membros, casaram-se, fizeram os ba-tismos dos seus 5 filhos e realizaram também as bodas de Prata.O rev Nadir e o rev Osvaldo Contieri foram os oficiantes. Que Deuscontinue abençoado esta linda família, como sinal do milagre de Deusna união conjugal e familiar.

Rev. Nadir Carvalho

Comemoração culturalIgreja de Aporá comemora 43 anos

Nos dias 28, 29 e 30 de novembro, a Igreja Metodista deAporá/BA, pastoreada pela Prª Lucília Fernandes, comemorou 43anos de vida e missão naquela localidade. Nos três dias festivos,os ministérios estiveram atuantes, tendo como destaque o grupoteatral formado pelos irmãos Suzane, Renata, Zé Roberto,Geórgea, Robson, Gisele, Jeane e Eugênia. Eles encenaram umapeça que alertava aos convidados e presentes sobre os perigos quepassamos quando saímos da presença de Deus e, ao mesmo tem-

po, o cuidadoque Ele tem pornós. A comuni-dade como umtodo foi desafia-da a encarar osproblemas es o l u c i o n á - l o scom a ajuda doSenhor.

Texto efoto: Pr. Luciliae irmão Wilson

A Sociedade de Mulheres tem sido uma grande parceira noministério exercido pela Pastoral Carcerária da região, emexternar o amor de Cristo aos homens e mulheres encarceradosem nosso Estado. Pelo empenho das senhoras em cada Igrejalocal, uma grande quantidade de kits contendo sabonete, absor-vente, pasta de dente, escova dental, desodorante e literaturadevocional No Cenáculo foram reunidos e doados para distribuiçãopela Pastoral Carcerária às mulheres e homens que se encontramencarcerados e esquecidos pela maioria da sociedade, mas nãopela Igreja fiel de nosso Senhor Jesus Cristo.

Chama a atenção não só pela quantidade (quase mil kits), mastambém pelo esmero e carinho em sua feitura. Cada um contémum cartão escrito a mão com palavras de estímulo e conforto.Citamos um:

“... Uma pasta e uma escova de dente, um pacote de absor-vente e um sabonete... É tão pouco o que eu posso fazer porvocê, mas o Deus pode fazer por você, pela sua vida é infinita-mente maior. Creia nisso, creia em Deus.”

De forma simples isto demonstra que uma parte da soluçãopara as mazelas sociais com as quais somos obrigados a convi-ver em nossa sociedade está nestes gestos de solidariedade quedevem ser exercidos por todos, mas principalmente por aquelesque foram atingidos pela maravilhosa Graça de Cristo Jesus. Sãoas “obras de misericórdia” nas palavras de John Wesley funda-dor do Metodismo.

Estes fatos demonstram também a força deste e dos demaisgrupos societários de nossa Igreja, que ao lado dos pequenosgrupos, (vigoroso meio para crescimento e exercício do dis-cipulado) devem ser valorizados, estimulados e defendidos portodos os metodistas e os que verdadeiramente amam a missão quedeve ser vivida pela Igreja.

Nosso muito obrigado às Sociedades de Mulheres em nossa re-gião, digo isto em nome de cada um que se encontra encarcera-do, não só pelas doações mas pelo exemplo que dão a todos nósde fidelidade ao evangelho.

A solidariedade das mulheres metodistas se dá também emapoio ao “Projeto Es-perança”, que consis-te em cursos de quali-ficação profissionalpara as mulheres en-carceradas que estãosendo implantado pelaPastoral Carcerária daIgreja Metodista na 1ºRegião Eclesiástica.

Pastor EdvandroMachado Cavalcante

Coordenador daPastoral Carcerária

na Região

Solidariedade femininaPastoral Carcerária do Rio conta com acolaboração das Sociedades de Mulheres

Uma nova congregaçãoAconteceu no dia 21 de novembro o culto de inauguração da

Congregação da Igreja Metodista do Catete, no Bairro de Fátima,Rio de Janeiro. Além dos quatro pastores da Igreja local, estiveramlá os pastores Ronan Boechat e Paulo Welt. O culto foi muito lindoe o local onde a congregação se reunirá é muito adequado e comboa infra-estrutura. Parabéns aos pastores da Igreja do Catete,Marco Antônio de Oliveira, Felipe Mesquita, Ricardo LisboaLundgren de Araújo e ao pastor da congregação, Sérgio OvidioWermelinger Goulart. A congregação está localizada na Rua NossaSenhora de Fátima nº 93. Parabéns à CLAM e a toda liderançaleiga da Igreja por este importante projeto missionário.

(Da esquerda para a direita) Pastor Edvandro Machado Cavalcante – Co-ordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Metodista na 1º Região Ecle-siástica; Sra. Fátima Regina da Silva dos Santos – SD da Sociedade de Se-nhoras no Distrito de Duque de Caxias; Sra. Denise Ornelas Pereira –Presidente da Federação de Senhoras na 1º Região Eclesiástica; Sr. NilsonOliveira – Membro da Igreja Metodista em Gramacho e apoiador destaobra missionária.

fotos: Edvandro Machado

Kits doados pela Sociedade de Senhoras da Região. No aniversário da Igreja de Aporá, uma mensagem cênica.

Arquivo pessoal

Fevereiro 20098 Capa

batismo é um sacramento, ou seja, um meio de graçainstituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, sinal visívelda graça invisível. Assim nos ensinam os Cânones, osprincípios que fundamentam a missão e organização daIgreja Metodista. O batismo é uma cerimônia simples,

mas de grande valor para a Igreja, desde os primeiros tempos docristianismo. Pelo batismo, os(as) cristãos(ãs) testificam o novonascimento e sua participação no Corpo de Cristo, a Igreja. O li-vro de Efésios 4.4-6 diz: (...) “há somente um corpo e um Espí-rito, como também fostes chamados numa só esperança da vossavocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um sóDeus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todose está em todos”. O batismo único a que se refere este texto éo que está relatado no livro de Mateus 28.19: “Ide, portanto,fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,e do Filho, e do Espírito Santo”. Aí está o que é central no batis-mo. Infelizmente, porém, questões secundárias envolvendo o ba-tismo têm dividido as igrejas cristãs e mesmo membros de umamesma denominação. Aqui, buscamos esclarecer as dúvidas maisfreqüentes, utilizando como fontes de informação os Cânones, oRitual da Igreja Metodista, a Pastoral do Colégio Episcopal sobreBatismo e a consultoria do Bispo Nelson Luiz Campos Leite.

Tenho visto muitas igrejas metodistas fazendo batismos porimersão. O correto não seria por aspersão?

Existem três formas tradicionais de batismo: com aspersão(aplicação de água com a mão sobre a cabeça do batizando),derramamento (com ambas as mãos, derrama-se água sobre acabeça do batizando, estando este, geralmente, com parte docorpo dentro da água) e imersão (o batizando é submergido naágua). Segundo os Cânones, a Igreja Metodista praticacomumente a aspersão, mas reconhece como igualmente válidoo batismo por derramamento ou imersão. A celebração de ba-tismo por derramamento ou imersão realiza-se por pedido ex-presso do(a) batizando(a), desde que fique claro para a pessoaou pessoas que serão batizadas o reconhecimento da validadeplena do batismo por aspersão. Cabe ao pastor ou pastora fa-zer essa orientação.

Eu acho que o batismo correto tem quer ser por imersão.Ele simboliza que morri para o mundo e nasci para Cristo.

Todas as três formas de batismo são “corretas”, porque o queimporta não é a forma, mas o profundo significado deste sacramen-to. É o que explica o Bispo Nelson Luiz Campos Leite: “Nos dias de

Sinal da graçaVocê sabe realmente o que a Igreja Metodista pensa a respeito do batismo?

hoje dá-se muita importância à forma em que o batismo é realiza-do”, diz ele. Essa centralidade na forma de batismo é uma “idola-tria moderna”, tirando a pessoa de Jesus do centro do ato, alertao bispo. “Mas não há mérito na forma de batismo. A forma é umsinal de algo interior: a graça divina, que ocorre no interior dapessoa e é expressa no acolhimento de Cristo na vida. Morrer eressurgir com Cristo ocorre em qualquer forma de batismo”.

Converti-me recen-temente, mas fui bati-zado na Igreja Católi-ca quando criança.Para ser recebidocomo metodista devome batizar novamente?

Não, a menos quevocê queira. O batis-mo de adultos seráaplicado a pessoasque, não tendo sidobatizadas na infância,desejam filiar-se àIgreja Metodista, apósprofessarem publica-mente sua fé em JesusCristo como seu Senhore Salvador pessoal.Mas o pastor ou pasto-ra não pode negar obatismo às pessoasque, tendo sidobatizadas na Igreja Católica desejam, por questão de consciênciae mesmo após orientação pastoral e doutrinária em contrário,submeter-se ao novo ato de batismo. É importante ter clarezaque ninguém se batiza em nome de uma denominação, seja elaqual for. Os Cânones trazem um esclarecimento simples e precisoa respeito deste assunto: “O Batismo é com água, em nome doPai, do Filho e do Espírito Santo”.

Sou metodista desde criança, mas era frio na fé. Agora, tiveum encontro com Deus e sinto que o batismo que fiz na infân-cia “não valeu”. Posso me batizar novamente?

Se você quer renovar os votos do batismo, reafirmando seuscompromissos de membro da Igreja e confirmando sua aliança comCristo e a missão, a Igreja Metodista recomenda que você façaum ato litúrgico de “reafirmação dos votos”. Tem havido muitorebatismo no meio evangélico, lamenta o Bispo Nelson Luiz Cam-pos Leite. “Há pessoas que se batizam duas, três, quatro vezesou passam a vida inteira se ´rebatizando´. Na verdade essapessoa não tem a segurança na graça de Cristo, sua Pessoa eobra e busca compensar com atos humanos a imaturidade de suafé”, afirma o Bispo.

Minha filha tem apenas dois anos. Não preciso esperar queela tenha compreensão da fé para levá-la ao batismo? Diz aBíblia: “Quem crer e for batizado será salvo; mas o que nãocrer será condenado” (Mc 16.16).

Se você considerar o contexto dessa passagem bíblica, veráque Jesus está se referindo a adultos que ouvem, entendem erejeitam o Evangelho. Segundo a Pastoral do Batismo, esse textonão deve ser aplicado à compreensão da prática do batismo infan-til, mas à incredulidade e dureza do coração de adultos que ouvi-ram os discípulos mas não creram. O livro de Marcos 10.13-16 dizo seguinte: “Então lhe trouxeram algumas crianças para que astocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendoisto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos,

Batismo da Igreja Metodista de Vila Joaquim Inácio, Campinas, São Paulo. Nodia 21 de dezembro de 2008, 300 pessoas se reuniram para celebrar o batis-mo, pelo pastor Marcio Aurélio de Souza Silva. A Igreja Metodista aceita aforma por imersão, desde que por pedido expresso da pessoa que for batiza-da. O Bispo Nelson Luiz Campos Leite alerta que não é a forma que realmenteimporta no batismo, mas seu profundo significado.

Aqui, uma das formas de batismo por derra-mamento. A maneira mais tradicional destetipo de batismo seria com a criança semi-submersa na água; algumas igrejas mantêmpias batismais onde são colocados os bebês,para que o sacerdote lhes derrame um poucode água sobre a cabeça. Acredita-se que estatenha sido a forma do batismo de Jesus. Comos pés na beira do rio Jordão, numa parterasa, João Batista teria colhido um pouco deágua com as mãos e derramado sobre a cabe-ça do Mestre.

Creative C

omm

ons

Igreja Metodista de Vila Joaquim

Inácio

Fevereiro 2009 9Capa

não os embaraceis, porque dos tais é o Reino deDeus. Em verdade vos digo: Quem não receber oReino de Deus como criança, de maneira nenhumaentrará nele. Então, tomando-as nos braços eimpondo-lhes as mãos, as abençoava”. Nestetexto Jesus afirma que as crianças são membrosdo Reino de Deus e, além disto, padrão para in-gresso no Reino de Deus. Por isso, cabe aqui per-gunta semelhante a que Pedro fez aos seus com-panheiros na casa de Cornélio: “Porventura podealguém recusar a água para que sejam batizadosestes que, assim como nós, receberam o EspíritoSanto? (Atos 10.47). Ou seja, como negar o sím-bolo que é o batismo com água, àqueles a quemDeus já deu a essência que era o próprio Batismocom Espírito Santo? Da mesma maneira, não hácomo negar o Batismo às crianças quando Jesus,o Senhor da Igreja, declara que delas é o Reino.Afinal, não é o Batismo um ritual simbólico deiniciação na comunidade do Reino de Deus, aIgreja? Sendo assim, que direito nós, os adultos,temos de impedir o acesso de uma criança ao Batismo, quando Je-sus a declara como membro natural do Reino de Deus? Uma pes-soa que tenha sido batizada quando criança na Igreja Metodistapoderá, a partir de oito anos de idade, fazer o ritual de “profis-são de fé”, por meio do qual ela confirma o pacto batismal feitoem criança e torna-se membro da Igreja Metodista.

O Bispo Nelson alerta que interpretar o batismo infantil à luz dosignificado do batismo do adulto “é um grave erro bíblico e teoló-gico”. Enquanto o batismo de adultos é sinal de regeneração, ou denovo nascimento, o sentido do batismo de crianças é a consagraçãoda criança a Deus, e sua inserção na comunidade de fé.

Gostaria muito de chamar uma amiga para madrinha domeu filho, mas ela é solteira. O padrinho pode ser um outroamigo, que não tenha relação de parentesco com a madrinha?

Sim, não é necessário que as testemunhas sejam um casal.Não é necessário nem que sejam apenas duas pessoas. OsCânones da Igreja Metodista não determinam a quantidade, sexoou estado civil das testemunhas. O que é importante é que haja“a garantia de que entre pais e testemunhas haja quem possaassumir todas as responsabilidades exigidas pelo cerimonial. (p.63 da edição de 2007). O pastor ou pastora metodista, antes decelebrar o batismo de crianças, orientará os pais (ou responsá-veis) e as testemunhas quanto às responsabilidades exigidas naministração do sacramento, destacando os seguintes pontos, des-critos no Ritual:

• O ato de apresentação da criança, quando de sua primeiraida à igreja, não substitui o ato do batismo.

• O sentido cristão da responsabilidade na educação de crianças.

• O sentido bíblico do batismo de crianças comoconsagração da criança a Deus, e sua inserção nacomunidade de fé.

• As implicações da responsabilidade dos pais etestemunhas, assumida no ato do batismo.

• A importância do ato da confirmação do pactobatismal, como profissão de fé em Jesus Cristo,daqueles que foram batizados na infância.

• O lugar da Igreja e da família na educação cris-tã da criança.

Nunca consegui fazer com que minha filha emeu genro freqüentassem a Igreja, mas minhanetinha vai comigo à Escola Dominical todos osdomingos. Apesar de não serem crentes, os paisnão se opõem. Minha neta pode ser batizada naIgreja Metodista, mesmo que os pais não sejamconvertidos?

Sim. O batismo de crianças é realizado quandopelo menos um dos pais ou responsáveis for mem-bro da Igreja Metodista. Se os pais não forem

metodistas, pelo menos uma das testemunhas deve ser membroda Igreja e, consequentemente, assumir a responsabilidade decontinuidade da educação cristã da criança.

Assisti a um batismo infantil muito diferente. Além da água,também se usava mel e óleo como símbolos. Mudou o ritual?

Não, o ritual continua o mesmo. Mais uma vez recorremos aosCânones: “O Batismo é com água, em nome do Pai, do Filho e doEspírito Santo, por aspersão, derramamento ou imersão” (p.64,da edição de 2007). É um ato simples, mas de profundo signifi-cado, descrito no Ritual da Igreja Metodista. Não há proibição douso de outros elementos simbólicos na cerimônia, desde que aágua seja o elemento central.

Tenho um sobrinho que está gravemente doente. Temo queele faleça sem receber o batismo. O pastor pode realizar o ba-tismo na casa dele?

Sim, ele pode, mas é preciso que fique bem claro para ospais (ou responsáveis) e as testemunhas o significado bíblico dobatismo como sacramento: o batismo não salva, mas anuncia asalvação da qual a criança participa, batizada ou não, conformeo ensino bíblico. Nós cremos que toda criança nasce salva, édelas o Reino. Ainda que ela faleça sem o batismo, ela será aco-lhida com todo o amor pelos braços do Pai.

Você tem mais alguma dúvida sobre batismo ou sobre outraquestão doutrinária? Escreva para Expositor Cristão(Avenida Piassanguaba, nº 3031, Planalto Paulista,

São Paulo, SP, CEP: 04060-004) ou mande ume-mail para [email protected].

O batismo de crianças é algo que mobiliza toda a família e comunidade. É um compromisso assumido coletivamente diante de Deus. Aqui, o batismo da pequenaEllen Sayuri, na Igreja Metodista do Jardim Colorado, São Paulo, celebrado pelo pastor Oswaldo Oliveira Santos Jr.

fotos: Adilson Escobar Inácio

Cartaz elaborado pela SextaRegião Eclesiástica da IgrejaMetodista, reforçando umaorientação canônica: “O batis-mo de crianças deve ser con-servado na Igreja”.

Site da Sexta Região Eclesiástica

Fevereiro 200910 Missões

Essas ordens dadas por Jesus aos discípulos em Mateus 28 sãochamadas de a Grande Comissão. Uma das preocupações da IgrejaMetodista é fazer cumprir essa Missão, mas como e onde? Podeser no país, no exterior, na igreja local, vizinhança... Em qual-quer lugar se pode fazer missão!

O ministério de Evangelização ou Expansão Missionária daigreja local deve ter seu Plano de Ação definido no início doano, ou seja, quais as estratégias evangelísticas para o ano vi-gente? Culto ao ar livre? Visitas? Evangelismo pessoal? Série deconferências missionárias? Existem várias alternativas para odesenvolvimento desse ministério: cadastro de visitantes noscultos e um contato posterior agradecendo a presença, visitasem hospitais, asilos, presídios... até a abertura de um Ponto Mis-sionário ou Congregação.

Embora a abertura de um ponto missionário ou congregaçãoseja uma decisão da Igreja Local, é preciso estar atento paraalgumas questões. É preciso ter o parecer do SuperintendenteDistrital (SD) e ser regulamentado pelo Concílio Regional, que irácredenciar o seu funcionamento. Para que a igreja receba estecredenciamento, de acordo com os Cânones (Art. 122), precisaobedecer a alguns critérios como, por exemplo, apresentar capa-cidade de exercer os atos de piedade e misericórdia; contar comatuantes ministérios de Administração, Ação Social e Trabalho comCrianças e dispor de pessoas disponíveis e recursos financeirospara o seu funcionamento, incluindo remuneração pastoral e quo-tas orçamentárias.

Os chamados “Campos Missionários Regionais”, ou seja, “todotrabalho que a Igreja Metodista realiza, por iniciativa da adminis-tração Distrital, Regional ou Geral” (Art.106 § 1º), são criadospelos Concílios Regionais ou por ele recebidos pelo Concílio Geral.Estes campos estão sob a responsabilidade das respectivas re-giões. Portanto, cada região eclesiástica desenvolve um projetomissionário específico que visa cumprir a Missão designada porJesus. Vejamos alguns projetos de algumas regiões:

Uma das formas que Região Missionária da Amazônia (REMA)encontrou para fazer a missão foi o Projeto Missionário 3 DiasPra Jesus que, realizou sua sétima edição no ano passado. Seuobjetivo principal é anunciar as Boas Novas do Evangelho, colabo-rar na construção de templos, contribuir com a cidadania pormeio dos cursos de capacitação, divulgar as atividades e presençametodista na comunidade em torno da Igreja Local, fortalecer aIgreja Local em sua Ação Missionária entre outras atividades naárea da saúde. Outro projeto administrado pela REMA é o BarcoHospital que realiza viagens missionárias ao longo do ano com oapoio de voluntários nacionais e internacionais que prestam aten-dimento comunitário na região dos Rios Madeira e Canumã, ondea Igreja mantém projetos comunitários através de convênio daAMAS - Manaus e a organização Visão Mundial.

Ide, batizai, fazei discípulos e ensinai!Conheça um pouco sobre a atuação missionária da Igreja Metodista

A REMNE também desenvolve vários projetos missionários,dentre eles, o Voluntários em Missão (VEM). O objetivo do VEMé que as pessoas possam compartilhar seus talentos e dons ematividades missionárias, como, por exemplo: construção e refor-mas de igrejas, espaços pedagógicos e educação cristã, atividadesna área da saúde, educação cristã para adultos e crianças, entreoutras atividades. Se você sente esse chamado de Deus emvoluntariar-se com a Missão na Remne entre em contato peloseguinte e-mail: [email protected] ou acesse:WWW.remne.metodista.org.br para saber mais o dia-a-dia do VEM.

Um dos projetos missionários desenvolvidos na Primeira RegiãoEclesiástica é o Evangemed que é baseado no Instituto Central doPovo (ICP) em convênio com o Concilio Mundial Metodista. Esteprojeto é equipado com dois traillers especiais com equipamentomédico e dentário para servirem de apoio às comunidades do Riode Janeiro, além de outras clínicas fixas e parcerias de saúde. Oobjetivo do projeto é agir como uma agência facilitadora na áreade saúde integral de acordo com os padrões estabelecidos pelaOrganização Mundial de Saúde (OMS) e Igreja Metodista. Para sabermais acesse o site http://expansaomissionaria.org.br/.

Na Segunda Região, o Projeto Missionário Regional já está emsua quinta edição. Ele acontece sempre no último final de semanade julho para coincidir com as férias. Este projeto que teve iníciona cidade de Rio Grande (Campo Missionário Regional) com cercade quarenta pessoas e, a cada ano, o número de participantes cres-ce. Na última edição em Itaqui foram contabilizadas 105 pessoasde fora da cidade apoiando a missão. A próxima beneficiada seráa cidade de Pelotas. O Projeto é desenvolvido como uma programa-ção do MAE (Ministério de Apoio Episcopal) e realizado com oapoio dos Ministérios e Federações da 2ª Região. Segundo o Secre-tário Executivo da AIM - 2ªRE, Rev. Marcelo Montanha Haygertt, oprojeto está caminhando para se tornar semelhante ao Uma Sema-Projeto Três Dias para Jesus, da Rema: proclamação, louvor e ação social

reunidos num único evento.

Arquivo: Sede Nacional

Evangemed e o projeto “Momento de Deus”, prática de evangelização integralorganizada por Jovens da I Região.

Evangemed

Barco Hospital: atendimento médico e evangelização às populações ribeiri-nhas da Amazônia.

Arquivo: Sede Nacional

Fevereiro 2009 11Missões

Ousadia missionáriaGente que serve a Deus longe de casa

na Para Jesus: “Temos procurado durante os projetos, unir açõescomunitárias com trabalho evangelístico. Nas edições anteriorestivemos algumas atividades sociais durante o dia, enquanto equipesde evangelização realizavam seu trabalho. Este projeto sempre éorientado e supervisionado pelos SDs da Região (...) estamos nabusca de uma fórmula que possa unir estes dois conceitos tão fun-damentais para nós metodistas”.

A Quarta Região desenvolve, entre outras atividades, o ProjetoMissionário Passa à Macedônia, como o apoio das Sociedades deMulheres e Homens, que em 2008 esteve no Campo Missionário deMedina. Foram mais de 400 pessoas reunidas com o intuito de levaràs Boas Novas ao povo mineiro Medinense. Este não é somente umprojeto missionário, mas de revitalização e consolidação de camposmissionários regionais rumo ao seuauto-sustento, autogoverno eautoproclamação. Sua próxima ediçãoacontecerá em Varginha, Campo Mis-sionário do Sul de Minas.

Na Quinta Região O Projeto Se-mana Pra Jesus, o pioneiro das “se-manas” que acontecem em outrasregiões, tornou-se instrumento deexpansão missionária. Este projetotambém é uma ótima oportunidadeque os membros e clérigos encontrampara fazer a missão através dos donsconcedidos por Deus. As atividadesvariam desde cortes de cabelos, aten-dimento na área da saúde a constru-ção de templos.

Atualmente existem 78 famílias na REMNE e REMA e 17missionários nos Estados Unidos, Europa, América do Sul,África e, quatro do exterior trabalhando em terras brasileiras.Abaixo você tem os relatos de dois missionários leigos queatuam em Moçambique: o médico Eduardo Maia e a biólogaCláudia Maia (esposa de Eduardo).

Notícias do Eduardo

Após quase 8 meses em terrasmoçambicanas, já pude enfrentar diversosdesafios e situações que nunca imaginaria pas-sar. Graças a Deus, que tem me suprido comtoda sorte de bênçãos, estou superando cadauma dessas dificuldades. Infelizmente aindaexistem muitos problemas que necessitam sersanados. Primeiramente, o Hospital Rural deChicuque, tem passado por uma grande crisefinanceira. Mesmo com o apoio do Estado, ovolume de doentes que procuram a nossa ins-tituição é cada dia maior. (...)

O atendimento a saúde é caro, mesmo onível mais básico. As doações muitas vezes sãoos únicos recursos disponíveis, por isso são de grande impor-tância. É certo que os governos estão dificultando as doaçõescada vez mais, contudo, não oferecem recursos em troca. Masnão podemos desistir, pois Cristo nunca desiste nós (...).

Oremos a Deus para que Sua graça recaia sobre essaterra. Como a chuva rega o solo e traz vida, roguemos paraque Deus faça uma chuva de transformações em nossasmentes e faça com que sua missão seja próspera para suaglória e honra.

Notícias da Cláudia

No dia 23 de outubro fui nomeada o Ponto-Focal de HIV/AIDSdo Hospital Rural de Chicuque, Moçambique, de modo que agorasou responsável pela elaboração e aprimoramento dos projetos

nesta área. Devido a esta nova função tive oprivilégio de começar a trabalhar com o grupode ativistas do SAAJ (Serviços Amigos De Ado-lescentes e Jovens). Neste local, jovens acon-selham outros jovens a respeito de assuntos di-versos como HIV/ SIDA, planejamento familiar,sexualidade e etc. Há também uma enfermeiraque realiza consultas pré-natais, tratamento deDTS (Doenças de Transmissão Sexual),testagem do HIV, atendendo as idades de 10 a24 anos. Juntamente com estes ativistas rea-lizei palestras sobre saúde pública na rádio dohospital, teatro educativo nas ruas, passeatas,palestras e etc (...).

Aqui, há necessidades em diversas áreas,mas penso que há uma grande carência na áreaeducacional, sobretudo, no que tange a educa-ção para a sáude. Por isso agradeço a Deus

pela oportunidade em trabalhar um pouco nesta área. Tem sidouma experiência animadora e que me leva a aprender muito.

Entre em contato com os missionários Cláudia:[email protected] e Eduardo: [email protected] contribua através do site www.gbgm-umc.org Vá no linkHow to give e depois missionary support, donate online ecoloque os números: Advance # 3019573 (para Eduardo)Advance # 3019574 (para Cláudia) ou 09734A (para fazer doa-ções ao Hospital de Chicuque).

Na Área Geral da Igreja Metodista as campanhas nacionais deOferta Missionária e de Evangelização são realizadas anualmente eorganizadas pela Coordenação Nacional de Expansão Missionária(CNEM). Ambas desenvolvem um papel extremamente importantepara o desenvolvimento missionário nas igrejas. Dentre outras ati-vidades a CNEM também é responsável em oferecer suporte aos mis-sionários que são selecionados das Regiões para projetos missioná-rios no país e exterior; buscar parcerias com Igrejas no Brasil e foradele para expansão missionária da Igreja Metodista.

Aqui você viu apenas alguns exemplos do imenso campo mis-sionário que se estende no Brasil e exterior. E a sua igreja, quecampos missionários ela está enxergando neste ano de 2009?

José Geraldo Magalhães Jr.

Bispo Stanley Moraes e o missionário Cizi Manduca, na Aldeia Maruway, em Roraima. O missionário indígena CizeManduca é quem lidera a comunidade, onde vivem cerca de 150 índios da etnia macuxi. A Igreja Metodista temum trabalho de evangelização entre os macuxis há mais de 15 anos e tem procurado apoiá-los também em suasnecessidades materiais: perfurou um poço artesiano de 132 metros de profundidade e construiu uma caixa d´águacom 10 mil litros de capacidade que, através de um gerador, leva água encanada para todas as casas da aldeia.AIgreja Metodista também mantém os projetos indígenas Tapeporã e Eirunepé, entre outros. Estes projetos re-cebem apoio da Expansão Missionária da Área Geral, e são desenvolvidos por suas respectivas regiões.

fotos: Arquivo Sede Nacional

Eduardo e Cláudia Maia: atuaçãona área de saúde

Gail Coulson

Fevereiro 200912 Missões

Testemunho

preocupação com a educação vem desde os tempos bí-blicos. “Ensina a criança no caminho em que deve an-dar e ainda quando for velho, não se desviará dele”, dizProvérbios 22.6. O povo de Israel ficou conhecido comoo “povo do Livro” porque transmitia sua fé, seus co-

nhecimentos e sua cultura pela palavra escrita, aprendida desdecedo. No Brasil do século 21, esta tradição judaico-cristã precisaser resgatada. As escolas, sobretudo as públicas, apresentamsérias deficiências; ensinam mal, desmotivam. Mas essa situaçãopode mudar. É possível ter ensino público de qualidade se houverpais e mães dispostos a garantir este direito a seus filhos. E aIgreja de Cristo, que sempre valorizou o ensino, pode ter umpapel chave nesta mudança.

O Ministério da Educação, MEC, está convidando as igrejascristãs brasileiras a participarem de uma grande mobilização peloensino público, que envolve também a Unesco (Organização dasNações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e o movi-mento Todos pela Educação. “O objetivo é mobilizar famílias ecomunidade, no âmbito de atuação de cada igreja, pelo direito detodos os brasileiros a uma educação de qualidade”, explica AndréaPaes Leme consultora do MEC e Unesco. Pela valorização que con-ferem ao ensino e pela inserção que têm junto às comunidades, osorganizadores desta mobilização nacional acreditam que as igrejaspossam ter um importante papel para o sucesso desta mobilização.

Cabe às igrejas, em primeiro lugar, conscientizar a comunida-de de que a educação é um direito e um dever.

Nosso direito: Todas as famílias e responsáveis pelas criançase jovens têm o direito de reivindicar que a escola dê uma educa-ção de qualidade para todos os alunos e alunas. Podem cobrarprovidências, medidas e ações para que isto ocorra. O plano demobilização vai orientar a comunidade como fazer isso.

Nosso dever: Todas as famílias e responsáveis pelas criançase jovens têm o dever de ajudar a escola em casa, criando disci-plina e rotina de estudos. A cartilha “Acompanhem a vida escolarde seus filhos” dá boas dicas de como proceder.

O que eu posso fazer? Se você, pastor(a) ou professor(a) deEscola Dominical quiser colaborar com esta mobilização pela educa-ção do país, entre em contato com Andréa Paes Leme, do MEC, peloe-mail: (61) 2104.9924 ou pelo e-mail [email protected] o blog http://familiaeducadora.blogspot.com. Lá você en-contra o Plano de Mobilização das Igrejas Cristãs pela Educação, oManual do Mobilizador, a cartilha “Acompanhem a vida escolar deseus filhos” e muitas outras informações.

Igrejas pela EducaçãoÉ possível ter um ensino público de boa qualidade. Veja o que você pode fazer.

Você sabia?• Alunos(as) de escolas públicas têm o direito de receber

merenda de boa qualidade todos os dias.• A escola pública recebe livros do governo federal para

distribuir aos(as) alunos(as)• Crianças com deficiência têm o direito de serem matri-

culadas em classes comuns, para conviver e estudar comcrianças que não tem deficiência.

• O IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica,é uma nota (de zero a dez) que mostra se os alunos estãoaprendendo o que têm que aprender na idade certa. Todaescola tem uma nota no IDEB e você pode saber qual é.

Saiba mais acessando o blog:http://familiaeducadora.blogspot.com

Adote um vereadorA emissora de rádio CBN lançou a

campanha e ela está se espalhando pelopaís. A idéia é escolher um nome dentreos(as) vereadores(as) que iniciam seumandato agora no mês de fevereiro eacompanhar atentamente as suas ações naCâmara Municipal. Se possível, entre emcontato direto com o(a) vereador(a), porcarta ou e-mail, apresentando-se comomunícipe e, gentilmente, pedindo que eleou ela envie a você informações regularesa respeito de sua agenda de trabalho,projetos e propostas. Você também tem odireito de lhe mandar sugestões, críticase elogios, a fim de contribuir com a

melhoria de vida em sua cidade. Casoo(a) vereador(a) não responda à sua soli-citação, ainda é possível acompanhar aperformance dele(a) pelos meios de comu-nicação ou pelo site da prefeitura. Contu-do, políticos que ignoram a populaçãocorrem o sério risco de não serem re-elei-tos, e eles devem saber disso...

O ideal é organizar um grupo, de talforma que cada pessoa acompanhe o traba-lho de um vereador ou vereadora de sua ci-dade e depois possa compartilhar as infor-mações com o restante do grupo. Que talfazer este importante trabalho de cidadaniacom o pessoal de sua Igreja?

Ministério da Educação

Fevereiro 2009 13Reflexão

ão adianta! A vida é cíclica, e os tempos e fases se su-cedem implacavelmente. Alguns ciclos, como os astro-nômicos, podem ser previstos com exatidão e por isso,sem falhar, ano após ano a natureza concebe os seus

períodos, calma e mansamente, passando da explosão de corese cheiros da primavera ao aquietar-se dos campos e florestasno inverno.

As fases da vida também têm o seu tempo de começar e ter-minar, e ao contrário do que passa pelo imaginário popular, seutérmino nem sempre coincide com o último dia do ano e nemexperimentam um recomeçar no ano novo.

Temos dificuldades em reconhecer os tempos, em dar porencerrada uma fase para iniciar outro momento na vida. Sabedo-ria é saber discernir as épocas e passar por elas sem desesperarda esperança.

Dar um período por encerrado é salutar, benfazejo e liberta aalma para iniciar algo novo. Não saber encerrar écomo o pintor que retoca in-definidamente uma obra ruimimaginando que podemelhorá-la. É preciso fechar a“gestalt”, ou seja, dar umbasta àquilo que está aberto eincomodando.... e despedir-se. Se Abraão ficasse olhandonostalgicamente a cidade na-tal que o Eterno ordenara dei-xar, nunca teria chegado àterra da promessa. Não hámapas, não há certezas, sócaminhos.

Por mais triste e dolorosoque tenha sido um período, ésempre rejuvenescedor enca-rar uma nova fase. Deus é oAbençoador dos que têm acoragem de deixar “Lázaro”morrer. Não adianta mantê-lomoribundo ligado por apare-lhos. Jesus não prolongou suaagonia, mas “atrasou-se”,permitindo que ele expiras-se. Só aquilo que morre podeser ressuscitado.

Por natureza temosmedo de encerrar as coisas – até mesmo as ruins: um cursomal escolhido, um namoro arrastado e conflituoso, um empregoasfixiante, uma igreja que neurotiza seus membros....

Parece que estamos adentrando um tempo de grande aflição:as utopias humanas sucumbiram, o comunismo falhou como pro-posta exeqüível, e o capitalismo mostra sua verdadeira face. Nãohá mais certezas, tudo que era sólido está se desmanchando noar.... e o homem sem Deus não tem mais onde se apoiar. Tudoestá mal? Nem tudo – tempos de decepções pode ser uma ricaoportunidade de rever conceitos.

Épocas e ciclos“Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Porque eis que passou

o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegouo tempo de cantarem as aves...” (Cantares, 2.10-12)

Deus pôs a eternidade no coração do homem (Ec 3.11), maseste preferiu se perder no efêmero e transitório. Ao cristão é dadaa capacidade de discernir entre o valor daquilo que é temporal eaquilo que é eterno. Sofremos quando confundimos as coisas.

Por toda a Bíblia é falado do tempo da angústia, tempo dacalamidade, tempo de aflição. A Bíblia fala do choro que podedurar uma noite... Quando o povo hebreu foi para o cativeirona Babilônia uma grande tristeza se abateu sobre ele, as har-pas foram penduradas nos salgueiros e seus lábios emudecerampara as canções. Porém o propósito divino era para que esteperíodo não fosse infrutífero, depressivo ou estéril para o seupovo, ao contrário: “Edifiquem casas e habitem nelas, plantempomares e comam de seu fruto, tomem esposas, gerem filhos,casem suas filhas.... Logo que se cumprirem para a Babilôniasetenta anos, atentarei para vós...” (Jr 29.10).

Ora, Deus ouviu as preces de seu povo, viu sua aflição, mashaveria um ciclo a ser cumprido, um propósito a ser realizado

naquela terra. Na verdade, este é o drama de todos nós. Osalmista não poucas vezes clama: “Apressa-te Senhor”,

ou “Até quando, Senhor?”. Entretanto Deus fala deum “tempo aceitável” para nos atender. Endos-

so as palavras do poeta: há um tempo quea dor é inevitável, mas às vezes o nos-

so sofrimento é opcional.Há tempo de falar, clamar e con-

solar, e há tempo de fazer silên-cio. Seria de grande proveito

se os tagarelas da fé, que vo-ciferam inclementes nas rá-

dios e TVs fórmulas e so-luções para tudo, se

calassem como os ami-gos de Jó que senta-ram solidariamente aseu lado e nada fala-ram por sete dias,respeitando sua dor.

L e m b r o - m e ,quando criança, aopassar um fune-ral, as portasbaixavam, aspessoas inter-r o m p i a msuas atividades

e solenemente juntavam-se à dor dos que choravam. O verda-deiro irmão não é aquele que festeja ao nosso lado, mas quecompreende nosso momento e permanece junto, travando um di-álogo silencioso conosco.

Acho que compreendo Pessoa quando ele diz que “o valor dascoisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade comque acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisasinexplicáveis e pessoas incomparáveis”.

Rev. Daniel Rocha, Igreja Metodista em Itaberaba, São Paulo

Fevereiro 200914 Entrevista

ealizou-se no dia 10 de janeiro de2009 a posse do novoConsad, Conselho Superior deAdministração. Composto por dezmembros titulares e dois suplentes

e eleitos para um período de até quatroanos, os integrantes do Consad sãometodistas voluntários, que oferecem seustalentos e competências para tarefas degrande responsabilidade. Entre outras impor-tantes atribuições, o Consad delibera sobrea organização e o funcionamento doCogeime e das unidades da Rede nointerregno das reuniões da Assembléia Geralou por delegação desta; indica à AssembléiaGeral, em lista tríplice, nomes para a esco-lha do Diretor-Superintendente e sua nome-ação; encaminha o orçamento anual integra-do da Rede Metodista de Educação, com oseu parecer, para homologação pela Assem-bléia Geral; estabelece programas de desen-volvimento e expansão da Rede. Nesta edi-ção, conversamos com o presidente eleito,Wilson Zuccherato e com a vice-presidente,Rosilene Gomes da Silva Rodrigues.

Como é sua vida profissional e familiar?Como vai ser conciliar as suas atividaderegulares com uma função de grande res-ponsabilidade, mas voluntário?

Wilson: Tenho uma vida muito ocupadacomo Consultor de Empresas, mas a vida émais do que o sustento e todos nós precisa-mos, cada um ao seu modo, fazer a dife-rença no mundo. Isto é muito importante eé uma questão de prioridade. Sou casadohá 28 anos, com Darcy – a quem amo maisa cada dia - e pai de Aimine e Thiago,dois jovens adultos que têm sido uma bên-ção nas nossas vidas como casal e de quemtemos imenso orgulho. A família é um ele-mento fundamental da estrutura social eeste também será o desafio para mim – ode conciliar a demanda de tempo num car-go de tão grande responsabilidade.

Rosilene: Sou casada com Gerson LúcioRodrigues, tenho duas filhas: Marina (19) eMariana (9). Procuro conciliar as demandasdo Conselho Diretor paralelamente às rotinasdas minhas atividades profissionais;isso implica em destinar alguns finaisde semanas também. Procuro interagircom os demais conselheiros, usando aferramenta da Internet. Tenho cons-ciência do papel do Conselho na mis-são educacional da igreja, por isso en-caro este desafio como um privilégiona minha caminhada cristã.

Quais as suas expectativas em rela-ção à atuação do Consad? O que vocêgostaria de concretizar ao longo desua gestão?

Wilson: A mudança da estrutura daorganização foi uma decisão que bene-ficiará todas as instituições. Os mem-bros do Consad foram escolhidos porduas características básicas – sua ex-periência profissional e na área, bem

Conselho Superior de Administraçãoda Rede Metodista de Educação

como pelo perfil pessoal. Estou seguro deque temos um time muito competente quepoderá contribuir para a evolução do mode-lo Metodista de Ensino e é um privilégiopara mim poder servi-los na condição dePresidente. Meu objetivo é o de realizaraquilo que as instâncias superiores da Igre-ja definiram na decisão estratégica para aárea da educação de estabelecer a Rede econtribuir para a melhoria contínua do re-lacionamento entre todas as Instituições.

Rosilene: Minha expectativa é queeste Conselho de Administração realmentedesempenhe suas funções, tomando asdecisões necessárias nos momentos opor-

tunos. Nosso objetivo é aprimorar o plane-jamento estratégico da Rede Metodista deEducação, promover o equilíbrio financeiroe o crescimento sustentável.

Qual a importância do estabelecimentodesta Rede de Educação para as institui-ções de ensino metodistas?

Wilson: Como num modelo empresa-rial, é preciso ter um tamanho crítico paraser competitivo. Nós temos desafios im-portantes de melhorar a performance indi-vidual de cada unidade e aproveitarmos asvárias sinergias que serão produzidas coma implantação da Rede. Hoje, já temosexemplos de excelência, em diferentesáreas, em cada instituição. Juntas elasserão fortalecidas em todos os sentidos,podendo beneficiar-se do que os outros jásabem fazer melhor.

Rosilene: O estabelecimento da RedeMetodista visa o fortalecimento da Educa-ção Metodista. É o somatório de forças,potenciais e necessidades. Os serviços degestão serão consolidados, aumentando aeficácia e a produtividade. Será um traba-lho árduo, mas firmado no propósito deDeus e com muita perseverança, alcançare-mos o sucesso.

Em sua opinião, que caminho as escolasmetodistas devem seguir para conciliaros seus valores e a sua proposta confes-sional com um mercado altamente com-petitivo que sacrifica a qualidade emfunção do mercado?

Wilson: Eu creio que transparência ecompetência são essenciais. Todos nós so-mos capazes de perceber o valor que ascoisas têm. Para os pais, a escolha da es-cola onde seu filho estudará é uma decisãoda maior importância. Junto com a impor-tância do ensino acadêmico, a proposta deuma Escola Confessional enfatiza a percep-ção do ser humano na sua totalidade –bio-psico-espiritual e social. Empresas têmse voltado para a importância daespiritualidade como forma de melhorar avida das pessoas e sua disponibilidade para

o trabalho. Nossa confessionalidadenão pode ser um obstáculo para nos-sa competitividade.

Rosilene: A educação foi conside-rada por John Wesley como parte daobra da salvação e redenção do serhumano para a liberdade e a vida ple-na. É de suma importância dar conti-nuidade ao ministério educacional queé parte da obra mais plena. A compe-titividade mercadológica na áreaeducacional tende a nos levar por ca-minhos tortuosos, mas a confessiona-lidade metodista e os nossos valoresnos fazem refletir no nosso diferencialque está acima dos resultadoseconômicos, o ser humano. Nessa vi-são, procuramos agir com responsabi-lidade e profissionalismo buscando acontinuidade e sustentabilidade dasnossas instituições.

Wilson R. Zuccherato é psicólogo, com aperfei-çoamento em áreas de Recursos Humanos, Pla-nejamento Estratégico, Administração e Manu-fatura. Possui MBA pela Fundação GetúlioVargas (FGV), com programa de intercâmbio noInstitut Superieur des Affaires (ISA/HEC), naFrança. Atualmente dirige a Z4 – Consultoria,voltado para empresas e escolas, com objetivode melhoria do desempenho organizacional e fi-nanceiro. É membro da Igreja Metodista Centralde Campinas, SP (5ª RE) e Coordenador Regionaldo Ministério da Administração da 5ª RE.Rosilene Gomes da Silva Rodrigues é gradu-ada em Administração de Empresas, com pós-graduação em Finanças de Empresas pelo Ins-tituto Metodista Isabela Hendrixe Contabilidade Pública e Responsabilidade Fis-cal. Trabalha atualmente na Secretaria Esta-dual da Fazenda de Minas Gerais. Seuenvolvimento cm a área educacional começouno ano de 2006, no Conselho Diretor do Insti-tuto Metodista de Ensino Superior. Atua comoprofessora suplente na Classe de Adultos daEscola Dominical (igreja local).

Suzel Tunes

Na foto acima, todos os integrantes do Consad. Da esquerdapara a direita, Saulo de Tarso Cerqueira Baptista, Henrique deMesquita Barbosa Corrêa, Eric de Oliveira Santos, Nelly AzevedoMatolla, Paulo Roberto Lima Bruhn, Nelson Fer, Rosilene Gomesda Silva Rodrigues (vice-presidente), Wilson Roberto Zuccherato(presidente), Maria Flávia Kovalski, Augusto Campos deRezende, Rui Sergio Santos Simões (secretário) e Clóvis de Oli-veira Paradela.

Cogeim

e

Fevereiro 2009 15Cultura

Agenda

A Bíblia das DescobertasA Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) está lançando a Bíblia das

Descobertas, uma obra superdivertida, interativa e profunda.Direcionada ao público infanto-ju-venil, a publicação apresenta aPalavra de Deus de uma maneirasurpreendente. O leitor descobrirá,por exemplo, que preparar um sim-ples sanduíche pode ter tudo a vercom hospitalidade. São 102 experi-ências – de fazer um lanche atéelaborar um experimento científico– que oferecem a oportunidade dedescobrir a mensagem secreta queestá por trás de cada uma delas.Outra atração é o elenco de heróis,já que a Bíblia Sagrada tem perso-nagens que são verdadeiros super-heróis e que existiram de fato.Mais do que descobrir, o leitor vaisentir, ouvir, fazer, experimentar epraticar a Palavra de Deus.

As ilustrações são adequadas eatraentes para crianças e pré-ado-

lescentes, assim como o texto bíblico na Nova Tradução na Lingua-gem de Hoje (NTLH), de fácil compreensão.A obra se destaca, ain-da, por trabalhar os valores bíblicos de forma diferenciada,convidando o leitor à reflexão e estimulando a prática e vivênciados ensinamentos sagrados. A Bíblia das Descobertas custa R$37,90 Informações pelo 0800-727-8888.

Luciana Garbelini (Assessora de Imprensa: Oficina da Palavra)

Pranto em dançaRepleto de experiências vivi-

das pelo autor e por aqueles queaconselhava, Transforma MeuPranto em Dança traz conforto ebem-estar em uma linguagemsimples e acessível. Embora sejabastante prático em sua aborda-gem, Henri Nowen evita respos-tas prontas, simplistas ou sim-plórias. Para ele, a bondade é ocaminho para um modelo de vidaenraizado na esperança eterna.Henri Nouwen acredita que asprovações que todos enfrenta-mos exigem mais do que pala-vras. Frases eloqüentes seriamincapazes de amenizar nossas

dores mais profundas. No entanto, existe algo que pode nos ori-entar e nos guiar através do sofrimento: a própria presença deDeus em nossas vidas. E é dele que vem o convite para redes-cobrirmos a felicidade. Preço: R$ 19,90

Fonte: Site da Editora Thomas Nelson Brasil (www.thomasnelson.com.br/ )

A Páscoa está chegando!Você já preparoua programação?

Como é que uma criança contaria a história da vida, mortee ressurreição de Jesus? Foi a partir desta pergunta que surgiua Cantata Cristo em Mim, com a pureza e suavidade que só ascrianças poderiam inspirar.

Esta cantata, projeto que contou com a colaboração das cri-anças do Grupo Vocal Cantarte, da Igreja Metodista de RudgeRamos, traz, também, a deliciosa narração de Déa Kerr Affini –a Tia Déa, nossa querida contadora de histórias.

O caderno vem com partitura e texto e o CD com vozes eplayback. Preço R$ 10,00 (Despesas de Correio à parte).

Informações na Sede Nacional da Igreja Metodista, telefone(11) 2813-8600.

Dia 9 de fevereiro é o Dia da Educação Metodista na AméricaLatina. Educação é missão! A Igreja Metodista, desde os temposde John Wesley, tem a educação como uma de suas prioridades.Sua Igreja já está participando da mobilização nacional pelamelhoria do ensino no país? Veja na página 12 mais informações.O início da Quaresma é dia 25 de fevereiro. O que sua Igrejaestá programando para a Páscoa?Dia 6 de março é Dia Mundial de Oração. Um dia para filhos efilhas de Deus, em todo o mundo, orarem juntos, unidos pela fé.

Dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Dia de gratidão,comemoração, reflexão!Atenção, mulheres metodistas! Dia 12 de março é Dia da Confe-deração de Mulheres.

E dia 15 de março é Dia da Mocidade Metodista. Vamos celebrar!

Fonte: Agenda 2009 da Sexta Região Eclesiástica da IgrejaMetodista. Nossos agradecimentos!

Fevereiro 200916 Página da Criança