jornal folêgo 25

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O esporte tem origem no sul da Inglaterra e foi inspirado em um simples jogo rural do século XII. Sendo adotado pela nobreza des- te período, inclusive pelo príncipe Eduardo, filho de Eduardo I. Em 1653, o “Lord Protector” Oliver Cromwell, proibiu o jogo, pois entrava em conflito com os ideais puritanos de entreteni- mento, permanecendo ilegal até 1748. No ano de 1750, um clube de criquete foi fundado em Hamble- don, Hampshire, sul da Inglaterra, e em 1788 outro clube, sendo ele o de Marylebone, planejou as primeiras regras do jogo para gover- nar os campeonatos disputados entre os municípios ingleses. Esse esporte sofreu mudanças com o passar do tempo e uma das mais recentes aconteceu em 1961, quando mudaram algu- mas regras no intuito de proporcionar um resultado dinâmico. O criquete é bastante admirado no Reino Unido, na Índia, no Paquistão e na Austrália. Em nosso País A prática do criquete no Brasil deveu-se aos ingleses da Ferrovia “British Railway”, que trabalhavam na construção de ferrovias em regiões do Brasil, introduzindo assim o jogo no país. Alguns afirmam que o criquete veio para o Brasil em 1872, ano em que foi fundado o Rio Cricket e a Associação Atlética. História FÔLEGO JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAIO/JUNHO DE 2011 ANO 7 N° 25 Cearenses jogam criquete na areia No Brasil e no mundo Raquel Cavalcante e Wolney Batista Um jogador arremessa a bola e tenta acertar bastões de madeira fincados no chão. Outro tenta re- bater e impedir a jogada. Parecido com o beisibol, o criquete, esporte inglês, ganha espaço no Ceará. Valter Mendonça, 24, desco- briu o jogo através da Internet, em 2004. Junto de David An- drade, 30, e alguns amigos, pas- saram a praticar o esporte onde podiam: na praia, no parque Rio Branco e nos campos do Cocó. Começaram a praticar a moda- lidade amadorísticamente na Uni- for. Essa ocorria nos fins de sema- na e dependia da disponibilidade dos jogadores. “Os treinos varia- vam. Quando a gente queria fazer uma coisa legal, chamava o amigo do amigo e dava umas 12 pessoas. Uns iam só pela molecagem, mas do time mesmo, só uns quatro ou cinco. No final, restamos só eu e o David”, revela Valter. O esporte, originário da In- glaterra, ainda está longe de ser popular no Brasil. Porém, apesar da distância geográfica e cultural, desperta o interesse dos cearenses O primeiro contato com a As- sociação Brasileira de Cricket (ABC), por meio do até então pre- sidente, John Milton, aconteceu ainda no mesmo ano, quando ele veio à Fortaleza cumprir compro- missos, e encontrou o grupo após trocas de e-mail. Depois da aproximação com a ABC, o grupo ganhou da enti- dade instrumentos usados para praticar o esporte. Mesmo com a ajuda, a vontade de difundir e o clima propício ao exercício do jogo, em nosso Estado, a falta de interessados na atividade ainda era um problema a ser superado. “A questão que atrapalhou foi o fato de sermos jovens, e precisá- vamos trabalhar. Além de abrir mão do fim de semana, o que é muito ruim”, manifesta Valter. Ele foi até Curitiba repre- sentar o Ceará no Campeonato Brasileiro de 20 Overs. Essa foi a única vez que competiu profis- sionalmente. “Concorreram São Paulo, Curitiba e Brasília. Eu joguei nos três times. Tive um grande ensinamento”. Da parceria dos dois cearenses surgiram um blog, mídias sociais e a Associação do Cricket Cearen- se (Acrice), que é afiliada da ABC. Nova geração Envolvido com o interesse dos ce- arenses, Matt Featherstone, atual diretor do Desenvolvimento Na- cional da ABC, veio ministrar um curso preparatório de ensino so- bre o criquete, formando-os em Nível 1 do esporte pela ABC. Jun- to com o diploma, David e Valter receberam materiais mais leves que são voltados para criança. Os dois procuraram escolas públicas e colônias de férias, mas a resposta sempre foi nega- tiva. As entidades declaravam que existe um plano de ensino anual e isso impedia a realiza- ção do projeto. Apesar das dificuldades, a implantação do esporte em Fortaleza ainda é um objetivo de David e Valter. “Nós para- mos de tentar formar um time e passamos a querer ensinar crianças. Mas, pra dar aula, tem que ter um educador físi- co”, afirma Valter. Como se joga Se o braço do bowler (arremessador) estiver flexionado no momento do arremesso da bola, o time perderá pontos. A missão do arremessador é derrubar os bails. Se isso acontecer, o time ganha um run (corrida em inglês), que é equivalente ao ponto. Se o batedor conseguir lançar a bola para fora do pitch ele faz 4 runs. Os arremessadores de cada equipe lançam seis bolas por vez, um over. Depois é a vez do arremessador adversário. No Brasil, a modalidade do Criquete mais praticada é a com 25 a 40 overs para cada time. Arremessador 1 Batedor 2 Batedor 1 Arremessador 2 Associação Brasileira de Cricket: www.brasilcricket.org Associação do Cricket Cearense: cricketfortaleza.blogspot.com Serviço Pitch Bails Wickets O litoral é um bom ambiente para realizar os treinos de criquete. Valter Mendonça (de vermelho) e David An- drade (de branco) praticavam o esporte, frequentemente, no aterro da Praia de Iracema. FOTOS: SARA GOES O tiro esportivo, atividade que envolve precisão e velocidade, é um dos primeiros a se organizarem no Estado. Conta com Clubes renomados, filia- dos à Federação e Confederação Brasileiras, que sustentam a ideia de que é preciso equilíbrio para praticá-lo. Nem sempre as armas são usadas para promover a violência . Cidadãos, formem seus batalhões! Página 6 Infográfico: Bruno Barbosa

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Jornal laboratorial de jornalismo da Universidade de Fortaleza

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Page 1: Jornal Folêgo 25

O esporte tem origem no sul da Inglaterra e foi inspirado em um simples jogo rural do século XII. Sendo adotado pela nobreza des-te período, inclusive pelo príncipe Eduardo, � lho de Eduardo I.

Em 1653, o “Lord Protector” Oliver Cromwell, proibiu o jogo, pois entrava em con� ito com os ideais puritanos de entreteni-mento, permanecendo ilegal até 1748.

No ano de 1750, um clube de criquete foi fundado em Hamble-don, Hampshire, sul da Inglaterra, e em 1788 outro clube, sendo ele o de Marylebone, planejou as primeiras regras do jogo para gover-nar os campeonatos disputados entre os municípios ingleses.

Esse esporte sofreu mudanças com o passar do tempo e uma das mais recentes aconteceu em 1961, quando mudaram algu-mas regras no intuito de proporcionar um resultado dinâmico.

O criquete é bastante admirado no Reino Unido, na Índia, no Paquistão e na Austrália.

Em nosso País

A prática do criquete no Brasil deveu-se aos ingleses da Ferrovia “British Railway”, que trabalhavam na construção de ferrovias em regiões do Brasil, introduzindo assim o jogo no país.

Alguns a� rmam que o criquete veio para o Brasil em 1872, ano em que foi fundado o Rio Cricket e a Associação Atlética.

História

regiões do Brasil, introduzindo assim o jogo no país. Alguns a� rmam que o criquete veio para o Brasil em 1872,

ano em que foi fundado o Rio Cricket e a Associação Atlética.

FÔLEGOJORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAIO/JUNHO DE 2011 ANO 7 N° 25

Cearenses jogam criquete na areia

No Brasil e no mundoRaquel Cavalcante e Wolney Batista

Um jogador arremessa a bola e tenta acertar bastões de madeira fi ncados no chão. Outro tenta re-bater e impedir a jogada. Parecido com o beisibol, o criquete, esporte inglês, ganha espaço no Ceará.

Valter Mendonça, 24, desco-briu o jogo através da Internet, em 2004. Junto de David An-drade, 30, e alguns amigos, pas-saram a praticar o esporte onde podiam: na praia, no parque Rio Branco e nos campos do Cocó.

Começaram a praticar a moda-lidade amadorísticamente na Uni-for. Essa ocorria nos fi ns de sema-na e dependia da disponibilidade dos jogadores. “Os treinos varia-vam. Quando a gente queria fazer uma coisa legal, chamava o amigo do amigo e dava umas 12 pessoas. Uns iam só pela molecagem, mas do time mesmo, só uns quatro ou cinco. No fi nal, restamos só eu e o David”, revela Valter.

O esporte, originário da In-glaterra, ainda está longe de ser popular no Brasil. Porém, apesar da distância geográfi ca e cultural, desperta o interesse dos cearenses

O primeiro contato com a As-sociação Brasileira de Cricket (ABC), por meio do até então pre-sidente, John Milton, aconteceu ainda no mesmo ano, quando ele veio à Fortaleza cumprir compro-missos, e encontrou o grupo após trocas de e-mail.

Depois da aproximação com a ABC, o grupo ganhou da enti-dade instrumentos usados para praticar o esporte. Mesmo com a ajuda, a vontade de difundir e o clima propício ao exercício do jogo, em nosso Estado, a falta de interessados na atividade ainda era um problema a ser superado. “A questão que atrapalhou foi o fato de sermos jovens, e precisá-vamos trabalhar. Além de abrir mão do fi m de semana, o que é muito ruim”, manifesta Valter.

Ele foi até Curitiba repre-sentar o Ceará no Campeonato Brasileiro de 20 Overs. Essa foi a única vez que competiu profi s-sionalmente. “Concorreram São Paulo, Curitiba e Brasília. Eu joguei nos três times. Tive um grande ensinamento”.

Da parceria dos dois cearenses surgiram um blog, mídias sociais e a Associação do Cricket Cearen-se (Acrice), que é afi liada da ABC.

Nova geraçãoEnvolvido com o interesse dos ce-arenses, Matt Featherstone, atual diretor do Desenvolvimento Na-cional da ABC, veio ministrar um curso preparatório de ensino so-bre o criquete, formando-os em Nível 1 do esporte pela ABC. Jun-to com o diploma, David e Valter receberam materiais mais leves que são voltados para criança.

Os dois procuraram escolas públicas e colônias de férias, mas a resposta sempre foi nega-tiva. As entidades declaravam que existe um plano de ensino anual e isso impedia a realiza-ção do projeto.

Apesar das dificuldades, a implantação do esporte em Fortaleza ainda é um objetivo de David e Valter. “Nós para-mos de tentar formar um time e passamos a querer ensinar crianças. Mas, pra dar aula, tem que ter um educador físi-co”, afirma Valter.

Como se jogaSe o braço do bowler (arremessador) estiver fl exionado no momento do arremesso da bola, o time perderá pontos. A missão do arremessador é derrubar os bails. Se isso acontecer, o time ganha um run (corrida em inglês), que é equivalente ao ponto. Se o batedor conseguir lançar a bola para fora do pitch ele faz 4 runs. Os arremessadores de cada equipe lançam seis bolas por vez, um over. Depois é a vez do arremessador adversário. No Brasil, a modalidade do Criquete mais praticada é a com 25 a 40 overs para cada time.

Arremessador 1

Batedor 2

Batedor 1

Arremessador 2

Associação Brasileira de Cricket: www.brasilcricket.org

Associação do Cricket Cearense: cricketfortaleza.blogspot.com

Serviço

Arremessador 1

Batedor 2

Batedor 1

Arremessador 2

Pitch

Bails

Wickets

O litoral é um bom ambiente para realizar os treinos de criquete. Valter Mendonça (de vermelho) e David An-drade (de branco) praticavam o esporte, frequentemente, no aterro da Praia de Iracema. Fotos: sara GoEs

O tiro esportivo, atividade que envolve precisão e velocidade, é um dos primeiros a se organizarem no Estado. Conta com Clubes renomados, fi lia-dos à Federação e Confederação Brasileiras, que sustentam a ideia de que é preciso equilíbrio para praticá-lo. Nem sempre as armas são usadas para promover a violência . Cidadãos, formem seus batalhões! Página 6

Infográfi co: Bruno Barbosa

Page 2: Jornal Folêgo 25

SOBPRESSÃOMAIO/JUNHO DE 20112 FÔLEGO

Sugestões, comentários e críticas: [email protected]

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Wagner Borges - Professor Orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto Gráfi co: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Bruno Barbosa e Aldeci Tomaz - Estagiário de Produção Gráfi ca: Bruno Barbosa e Camille Viana - Supervisão gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Edição: Érika Zaituni, Suiani Sales e Wolney Batista - Redação: Camila Silveira, Érika Zaituni, Kamyla Lima, Raquel Cavalcante, Ricardo Garcia, Vivianne Rodrigues e Wolney Batista.

A Cia de Dança da Universidade de For-taleza foi criada em 24 de março de 1998 (estreia Balé Azul no Hall da Biblioteca), com o objetivo de integrar o aluno em projetos culturais e artísticos através das atividades de extensão.

Ainda em 1998, apresenta o Balé Re-trato de Família em eventos como Thea-tro de Portas Abertas, Jubileu de Prata da Unifor, Semana de Saúde e V Encontro de Iniciação à Pesquisa da Unifor.

1998

O grupo se apresentou com o Balé Ouro e Prata em colações de grau da Unifor de 1998 à 2002. Neste mesmo ano, participa do Quinta com Dança no Centro Cultural Dragão do Mar.

Festival Nacional de Dança de For-taleza - Fendafor.

Projeto Arte no Campus - Unifor.Projeto Arte & Café - Unifor.

2002

Projeto Arte no Campus - Unifor.Projeto Arte com Carinho.

O Projeto Temporada 2008 apresenta Suíte Quebra-Nozes; Brasileirinho; Eu e o Tango; Chori-nho; Espanholas; Pas-de-Deux, de D. Quixote; Pas-de-Trois do Corsário; Solo Emoções; Blues e Mulheres.

2004 2008

VII Semana Interna de Prevenção de acidente de Trabalho - SIPAT.

Apresentou-se na Comemora-ção dos 94 anos do Theatro José de Alencar.

Homenagem a Martins Filho e aos 50 anos da UFC.

Festival Nacional de Dança de For-taleza - Fendafor.

Projeto Arte & Café - Unifor.

2010

Abriu a Semana de Saúde, o Encontro de Iniciação Científica, os 10 anos do Jovem Voluntário, Prêmio Destaque Unifor e o Projeto Educação e Saúde.

Projeto Arte no Campus - Unifor.

Érika Zaituni

Pretendendo se afinar com as motivações artísticas atuais, a Companhia de Dança Unifor integra, hoje, o estilo contem-porâneo em seu repertório e vive um momento de reorga-nização. Na dança tudo é au-toral: a dramaturgia, o movi-mento e os bailarinos, são os principais idealizadores na montagem e criação de apre-sentações cada vez mais mo-dernas. Embora inclua o neo -clássico, moderno, e sapate-ado em suas coreografias, a base mais utilizada pelo gru-po é a técnica clássica.

Em processo de produção de uma nova dança contem-porânea baseada no imaginá-rio popular, os bailarinos es-banjam criatividade e alguns arriscam apelidar a nova pro-dução de “Maracujá”. Além de

Além da exibição anual no Tea-tro Celina Queiroz, a Cia de Dança Unifor monta pequenas coreo-grafi as e pretende alcançar toda Fortaleza com suas apresentações

um repertório de Balé Clássi-co, já pensam também em uma criação que contemple o Jazz.

Dezesseis alunos dos cursos de Direito, Odontologia, Fisio-terapia, Psicologia, Arquite-tura e Educação Física fazem parte da Companhia, e variam entre seis meses e quatro anos de atuação. Atualmente, tra-balham com dois repertórios de dança contemporânea que misturam à coreografia técni-cas de balé clássico. No “Feito de Brinquedo”, o corpo se ex-pressa em movimentos lúdicos e “Leve Centelha” é mais denso e faiscante. Algumas coreogra-fias antigas ainda são manti-das por terem elenco. É o caso de Mulheres e Tango.

Assumindo a coordenação da Cia há sete meses, a profes-sora Isabel Botelho trabalha com pequenas coreografias que são apresentadas de ma-neira leve e monta um espe-táculo anual, que deverá ser estruturado e divulgado em se-tembro. Sobre sua nova expe-riência, garante: “É um grupo legal, com pessoas diferentes, com diferentes referências, ob-jetivos e cursos. Os alunos são

dedicados e aprendem muitas outras técnicas. É um grande desafio e meu interesse maior é fazer com que a Companhia cresça e mostre todo seu po-tencial, não só na Unifor, mas em toda a Cidade”.

A aluna de Direito Joana Isabel, que está na Cia há 7 meses, pensa ser importante sua participação para a difu-são da cultura e divulgação do estilo do grupo. “A dança contemporânea demonstra, através da arte e do movimento, os sen-timentos atuais, a correria do dia a dia, os te-mas introspectivos e músicas densas. Gosto da arte de uma maneira geral, mas a maneira com que me identifico é essa, por colocar o que sinto no pal-co, pela interação com o pú-blico e os aplausos do final”.

Saiba mais...

Em meados de 1900, uma jo-vem transgressora revolucio-nou o balé clássico. Isadora Duncan nasceu nos Estados Unidos, em 1877 e, aos qua-tro anos, já desenvolvia uma dança moderna, caracteriza-da por ser livre e expressiva. Ainda na juventude, começa a transmitir para outras bai-larinas a sua técnica. Ela abre mão de meias, espartilhos e das incômodas sapatilhas de ponta, e passa a construir suas coreografias com os pés des-calços. Em seu figurino, ape-nas tecidos de seda, com uma transparência que escandali-zou o público da época. O ce-nário era inspirado em rituais dionísiacos da antiga Grécia, utilizando somente cortinas leves, estética de palco que ti-nha a intenção de valorizar o bailarino sem apelar para en-feites artificiais e vazios. Dun-can dizia: “A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada no corpo que é seu símbolo”. O reper-tório musical era composto por peças de Beethoven, Niet-zsche e Wagner, compositores que, na época, não tinham

suas músicas aproveitadas para dança. Seus espetáculos eram improvisos inspirados na natureza: as ondas do mar, o ar, as tempestades, a terra, o fogo. Isadora dançava com a alma, seus movimentos eram espontâneos, e seus gestos corporais, embora com técni-cas, simbolizavam sua paixão pela vida. Declarou sobre os padrões da dança clássica: “Eu sou inimiga do balé, o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte”. Ao romper com comportamentos con-vencionais, apesar de ter sido discriminada por sua postura independente e revolucioná-ria, se tornou um ícone por criar um novo estilo, o balé moderno. Até hoje, é aplau-dida por poetas e artistas do mundo todo. Em 1927, aos 50 anos, Isadora Duncan morreu tragicamente. Um écharpe en-rolado em seu pescoço fazia giros no ar quando as franjas enroscaram-se em um dos pneus do carro que dirigia, jogando o seu pescoço para trás. Duncan foi fatalmente estrangulada. Em homena-gem à bailarina, foi fundado em Nova York a Isadora Dun-can Dance Foundation.

O surgimento do balé moderno

Cia de Dança inova repertório

Integrantes da Companhia reunidos após encenar o espetáculo “Feito de brinquedo”, no campus da Universidade Fotos: ÉriKa ZaitUni

sua participação para a difu-são da cultura e divulgação do estilo do grupo. “A dança contemporânea demonstra, através da arte e do movimento, os sen-timentos atuais, a correria do dia a dia, os te-mas introspectivos e músicas densas. Gosto da arte de uma maneira geral, mas a maneira com que me identifico é essa, por colocar o que sinto no pal-co, pela interação com o pú-blico e os aplausos do final”.

que, na época, não tinham gem à bailarina, foi fundado em Nova York a Isadora Dun-can Dance Foundation.

Universidade de FortalezaVice-Reitoria de Extensão eComunidade Universitária Divisão de Arte e CulturaPrédio da Pós Graduação –Sala B18Telefone: (85) 3477-3311

Serviço

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SOBPRESSÃO3MAIO/JUNHO DE 2011 FÔLEGO

SOBPRESSÃO3MAIO/JUNHO DE 2011 FÔLEGO

Equipe do Clube Cearense treina para conquistar mais vagas na Seleção Brasileira de nado sincronizado. Atualmente, duas nadadoras já fazem parte da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos Foto: FarlEy arGUiar

Para quem deseja iniciar o nado sincronizado, é necessá-rio já saber nadar e ter noção de dança. Os outros pré-requisitos são: fl exibilidade, dedicação e tempo livre. A nadadora Taís Dantas, 18, começou a praticar quando tinha 11 anos.

Antes de começar no nado sincronizado, já fazia aulas de natação e dança. Os treinos são divididos: duas horas na piscina e uma na musculação. Por ser uma atividade que exige muito treino, a atleta acaba passando mais tempo nas aulas do que em casa e as nadadoras acabam criando verdadeiros laços de amizade. “Fiz grandes amigas na piscina”, diz Taís Dantas.

Empenho é essencial no esporte A atleta já conquistou o 2º lu-gar no dueto júnior nível A, no Campeonato Brasileiro de Cate-gorias em 2010; e o 1º lugar no dueto júnior nível A, no Torneio Norte/Nordeste de Categorias, em 2008.

Atualmente, o maior desa-fi o é a resistência de manter o mesmo nível durante toda a competição. As atletas precisam passar segurança para os juí-zes e para o público. “Mostrar para o público que estamos fa-zendo algo simples e, acima de tudo, não demonstrar cansaço e esforço físico”, explica Taís. O tempo necessário para montar uma coreografi a gira em torno de dois meses.

Conhecido também como nado artístico, a atividade dentro de uma piscina consiste na execução de uma série de exercícios físicos acompanhados por músicas

Camila Silveira

É um dos poucos esportes prati-cado exclusivamente por mulhe-res. As atletas precisam executar uma série de movimentos, aten-dendo especifi cações técnicas e artísticas dentro da piscina, em sincronia com a música, para que os juízes possam avaliar e atribuir notas. Os três princi-pais requisitos na execução são: sincronia, difi culdade e criati-vidade. Quanto mais inovações, maior pontuação as nadadoras conquistam.

A beleza do esporte foi o que mais encantou a técnica de nado sincronizado Jamille Barros, ao trazer o esporte para o Ceará. Sua história com o esporte co-meçou quando treinava natação e sempre fi cava cansada de dar voltas e mais voltas na piscina. “Achava aquilo monótono. Se tivesse nado sincronizado em Fortaleza, com certeza eu faria, pois sempre achei interessante”, afi rma a técnica.

O esporte já existia no Estado

desde 1958, no antigo Clube dos Diários, mas só em cará-ter de apresentação, quando ainda era conhecido como balé aquático, durante as competições de natação. Isso durou cinco anos e, a partir de então, o esporte e as apre-sentações fi caram esquecidas. Em 2002, Jamille trouxe o nado de volta para o Estado, em sua forma competitiva.

Ela nunca participou de uma competição de nado sin-cronizado. “Por incrível que pareça, não consigo levantar uma perna. Quando estava meio maluca, sem saber se iria conseguir ensinar as téc-nicas para as atletas, descobri que a técnica russa Tatiana Pokrovoskai, campeã olímpi-ca e mundial, também nun-ca praticou o nado e pensei, ‘Se ela conseguiu, eu também consigo’”, conta.

Ela teve que se especializar até começar os seus primeiros treinos. Em 2000, Jamille fez um curso e se tornou árbitra de natação pela Federação Cearense de Desportos Aquá-ticos (FCDA). A Confedera-ção Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) queria im-plantar o nado sincronizado no Ceará e trouxe, em 2001, um campeonato brasileiro

para o Estado. Para a realiza-ção da competição, os árbitros tiveram que fazer um curso de nado para ter condições de tra-balhar na mesma. Jamille fez o curso e fi cou em primeiro lu-gar. A CBDA convidou-a para participar do 1º Encontro Na-cional de Técnicas no Rio de Janeiro. “Fui lá e me disseram que eu tinha que voltar e im-plantar o esporte no Ceará. Foi o que fi z”, afi rma.

No começo da carreira como técnica, Jamille teve várias dificuldades. A principal era passar os ensinamentos para as atletas.

Dinheiro e patrocínio tam-bém foram problemas. Em 2007, as atletas estavam pre-cisando de um apoio para fi -nanciar uma competição e ti-veram a ideia de fazer vídeos para divulgar o esporte. Elas produziram e distribuíram en-tre as grandes empresas. Con-seguiram que suas roupas fos-sem fi nanciadas. Outra ajuda veio dos pais das atletas. Para conseguir o alto-falante, ou sub-aquático, necessário para acompanharem a música du-rante as apresentações, os pais se reuniram para comprar o equipamento no exterior. Até hoje as atletas de Jamille trei-nam com esse sub-aquático.

Alçada de troncoElevação rápida liderada pela ca-beça, com máxima porção do tron-co acima da superfície da água;

Cancã duploMovimento com as duas pernas estendidas perpendicularmen-te à superfície. O rosto � ca fora d’água;

FlamingoPosição na qual uma perna � ca perpendicular à superfície da água, enquanto a outra � ca en-costada ao peito;

GuindastePosição na qual o corpo � ca es-tendido na vertical com uma per-

na esticada, formando um ângulo de 90 graus;

Parafuso combinadoRealização de giros de 360 graus descendentes, seguidos por mesmo número de giros ascen-dentes ;

Pernada alteradaUma ação de rotação com as per-nas. Usada para dar sustentação e equilíbrio ao corpo, deixando as mãos livres;

VerticalFicam alinhados perpendicularmen-te à superfície da água os tornozelos, quadris, ombros e a cabeça.

(Fonte: http://pan.uol.com.br)

Saiba mais...

Alunas em dia de treino. Foto: thalyta Martins

Na edição de 2006, a equipe do Fôlego entrevistou as atle-tas Brena Ramos e Nina Gruska. Na época, as duas treinavam juntas. As atletas tomaram ru-mos completamente diferentes. Nina estava dividida entre os treinos com a Seleção Brasileira no Rio de Janeiro e aqui no Es-tado. Brenda teve que parar de competir por motivos pessoais e só voltou aos treinos esse ano, quando surgiu a oportunidade de fazer dupla com outra atleta. Por ser um esporte pouco divul-gado e com certa di� culdade de patrocínio, o nado sincronizado tem poucos adeptos, desabafa a técnica Jamille Barros.

“Estamos precisando de estagi-ários. É preciso estar cursando Educação Físisca e ter algum co-nhecimento sobre dança. Seria interessante que o aluno bus-casse informações sobre balé aquático antes de tentar a vaga. Apesar de não ser remunerado, o estágio garante certi� cado para o aluno”.

Horário:segunda a sexta, de 14:30 às 16:30

Telefone:(85) 4006-7200, falar com Jamille Barros

Mais informações: BNB Clube (Avenida Santos Dumont, nº 3646 - Aldeota)

Precisa-se de nadadoras

Balé aquático exige sincronia

Alguns passos acrobáticos

Serviço

Page 4: Jornal Folêgo 25

SOBPRESSÃOMAIO/JUNHO DE 20114 FÔLEGO

Fisioterapia emprega videogame em sessões

Ricardo Garcia

Os jogos de videogame sem-pre foram associados a um comportamento sedentário dos usuários, como se fos-sem um estímulo para a não prática de exercícios físicos e, muitas vezes, foram tidos como culpados pela obe-sidade em vários países. É comum, principalmente em jovens, o hábito de passar horas e horas em frente a um videogame, abdicando da prática de atividades físicas.

Mas essa associação ins-tintiva entre os jogos de vi-deogame e o sedentarismo pode estar começando a mu-dar. Já há alguns anos, a Fi-sioterapia vem se utilizando do videogame para ajudar na reabilitação de pacientes com algum tipo de deficiên-cia motora ou mental.

Através de jogos do con-sole Wii, desenvolvido pela empresa Nintendo, várias clínicas de fisioterapia pelo mundo vêm incorporando a sua técnica no tratamento de pessoas com AVC, paralisia cerebral, lesões musculares, problemas posturais, entre outros problemas.

O tratamento é novo. Foi utilizado pela primeira vez em 2005, nos Estados Uni-dos. Mas, para os especia-listas, apresenta ótimos re-sultados na cura das lesões, por exigir que os pacientes executem movimentos seme-lhantes aos praticados nas sessões de fisioterapia. Os jogos utilizados vão de bei-sebol a golfe, passando por boxe e boliche, por exemplo. Variam de acordo com as ne-cessidades de cada paciente tratado.

O jogo funciona com um controle sem fios, que obriga os jogadores a estarem em pé e simula, por meio da capta-ção dos movimentos do joga-dor em 3 dimensões, as ima-gens que aparecerão na tela.

Além dos jogos que simu-lam movimentos de modali-dades esportivas, denomina-dos de Wii Sports, também existe o Wii Fit, que funciona com uma plataforma, na qual o jogador tem que se manter em equilíbrio.

A fisioterapeuta Helga Monteiro explica em quais

A medicina está sempre em busca de inovações: encontrou no vídeogame uma forma de reabi-litar pacientes com defi ciências motoras ou mentais

casos são utilizados cada tipo de jogo. “Os jogos da coletâ-nea Wii Sports possibilitam principalmente o exercício dos membros superiores (ombro, cotovelo e punho). Ele é indicado para o trata-mento de lesões medulares e para pacientes que fizeram cirurgias ortopédicas nestes membros. Já o Wii Fit pode ser utilizado em programas de Fisioterapia que visam melhorar o equilíbrio e a co-ordenação motora, a ampli-tude do movimento articular, a resistência e a força mus-cular, a atividade cerebral e a capacidade de raciocínio e concentração dos pacientes”, explica a doutora. Nestes casos, o Wii Fit é mais reco-mendado em pacientes que sofreram AVC, Lesão Medu-lar Espinhal, Paralisia Cere-bral, Lesões Muscoesquelé-ticas, problemas posturais, de obesidade, Síndrome de Down, Distrofia Muscular, entre outras.

A Dra. Helga também ex-plica que a atividade não é recomendada para mulheres

grávidas nos 3 primeiros me-ses de gestação, cardiopatas graves, pessoas com proble-mas mentais ou com tendi-nite. As sessões são sempre aplicadas com a presença de um fisioterapeuta, ocorrendo geralmente 3 vezes por sema-na com uma duração de 30 minutos. E faz um alerta: “É bom ressaltar que a aplicação do Wii não substitui a fisiote-rapia comum. É complemen-tar às outras técnicas e deve fazer parte de um programa de reabilitação prescrito por um fisioterapeuta”.

Jogos ajudam pessoas com paralisia cerebralEm outra vertente do uso do videogame para fi ns terapêuti-cos, o ex-aluno de Comunica-ção Social da Unifor, Fabrício Fava, trabalhou na área de pes-quisas, inclusive tendo parti-cipado do desenvolvimento de jogos que utilizavam o sopro no auxílio à pessoas com para-lisia cerebral. Fabrício explica em que consistia o jogo. “Para contemplar esse segmento de jogadores, criamos o jogo Só Soprando, que é conduzido com uma baixa necessidade de movimentos corpóreos por parte do usuário, uma vez que a interação se dá por meio do sopro, possibilitada pela uti-lização de um microfone”, ex-plica. E complemeta: “Não há botões em nenhuma tela. Para jogá-lo, o usuário deve ter um microfone conectado no com-putador. Este é o dispositivo de interação exigido pelo jogo”.

Fabrício conta que o jogo foi desenvolvido por uma equipe

de três pessoas, formada por um game designer, um ilustra-dor e um programador, utili-zando o software Adobe Flash.

Ele acredita que o jogo pode funcionar não somente de for-ma a trazer um benefício so-cial, no sentido de melhorar a autoestima do jogador, mas também pode proporcionar benefícios terapêuticos para o público ao qual é destinado. “Algumas paralisias motoras geralmente são acompanhadas de complicações respiratórias, proporcionadas, por exemplo, por más formações ósseas ou simplesmente porque as pes-soas que possuem esse tipo de defi ciência diminuem consi-deravelmente – quando não cessam – a realização de exer-cícios físicos. Assim, utilizar o sopro como meio de interação pode estimular esses indivídu-os a exercitarem o sistema res-piratório de uma forma lúdica”, garante Fabrício.

Quem disse que videogame é só para os jovens? Além de auxiliar no aumento da concentração, esti-mular a criatividade e desenvolver o raciocínio lógico, o video-game pode ter sua função potencializa-da se jogado com os pais.

Um estudo realizado pela Es-cola de Vida Familiar da Universi-dade de Brigham Young (EUA), e publicado nesse ano, apresentou benefícios consideráveis nas famílias em que os pais jogavam vide-game junto a seus fi lhos. A maioria das meninas entre 11 a 16 anos das 287 famílias partici-pantes demonstraram diminui-ção da agressividade, melhoria no comportamento, saúde mental superior, como também o fortalecimento e edifi cação das relações familiares.

Para convencer seus pais, argumente que o brinquedo eletrônico contribui na visão e cérebro (percepção de vários elementos ao mesmo tempo), equilíbrio, boa forma e coorde-nação motora.

Saiba mais...

Chame os seus pais para jogar

Interatividade: jogador alia diversão com exercício e utiliza o wii sport como complemento da atividade física Foto: thalyta Martins

Helga Monteiro

É bom ressaltar que a aplicação do wii não substitui a fi sioterapia comum, ela é complemetar às outras técnicas e deve ser prescrito por um fi sioterapeuta.

Professora de Fisioterapia

nação motora. nação motora.

Page 5: Jornal Folêgo 25

SOBPRESSÃO5MAIO/JUNHO DE 2011 FÔLEGO

Malhando dentro d’água

Kamyla Lima

Essa atividade está presente em quase todas as academias ou centros de tratamento e rea-bilitação, por ter sido registra-do um aumento signifi cativo na procura pela modalidade.

Os benefícios para o corpo e a mente são muitos. Segun-do o livro Manual Básico de Hidroginástica, de Vicente Bonachela, o exercício auxilia, entre outros, no fortalecimen-to da resistência muscular, no condicionamento físico geral e na diminuição do estresse, pois causa um efeito relaxan-te, proporcionando alívio das tensões do dia a dia.

Para pessoas da 3ª idade os resultados também são satisfatórios, pois o indiví-duo adquire uma frequência cardíaca mais baixa, auxi-liando o coração a bombear o sangue com menor esforço, e os pulmões absorvem maior quantidade de oxigênio, re-

sultando em mais energia e disposição.

Haldeíza Rodrigues, de 67 anos, frequenta as aulas há mais de 10 anos e conta como a atividade é importan-te para a sua vida. “Se eu não fizer meus exercícios, eu fico estressada, como se algo es-tivesse faltando no meu dia. Com a hidroginástica eu me sinto mais disposta, saudável e até mais jovem. É um traba-lho com o meu corpo e com a minha mente”, garante.

Algumas pessoas acre-ditam que a atividade é a mais adequada para idosos. Porém, esse exercício é bas-tante diversificado e carre-ga em suas variações desde uma simples aula aeróbica até tratamentos específicos para quem quer emagrecer, tratar de lesões e manter o condicionamento físico du-rante a gestação. Francisco Gondim, de 52 anos, explica o porquê de ter procurado as aulas. “Tenho problema de hérnia de disco e meu mé-dico indicou fazer exercícios na água. Antes, eu fazia ape-nas caminhada na rua, mas não estava resolvendo meu problema. Agora estou ten-tando um novo método para

obter melhor resultado e es-tou gostando muito”, explica. Esse é um exemplo de como os programas de aulas aquá-ticas são diferenciadas de acordo com as necessidades do indivíduo.

Segundo o professor de hi-droginástica do NAMI (Nú-cleo de Atenção Médica Inte-grada), Marcelo Augusto da Silva, cada aluno recebe uma atenção especial. “Quando a pessoa se lesiona, o traba-lho é voltado para o lugar da lesão e para o fortalecimen-to do músculo. No caso do processo de emagrecimento, a aula pode ser feita como um circuito para trabalho de força, numa intensidade de sequências elevadas”. Já no trabalho com gestantes, va-ria de mulher para mulher. Segundo Marcelo, vai depen-der do histórico de atividade física praticada anteriormen-te à gravidez.

A hidroginástica é um exercício aeróbico realizado dentro d’água que pode ser praticado por pes-soas de diferentes faixas etárias e níveis de condicionamento físico

Exercícios localizados usam como instrumento as pranchas em E.V.A, que facilitam o aprendizado dos alunos Foto: thalyta Martins

A atividade se destacou em 1980, quando especialistas nor-teamericanos, diante do eleva-do número de lesões provoca-das pela ginástica convencional, decidiram estudar os exercícios aquáticos com o objetivo de ali-viar o impacto causado pela for-ça da gravidade.

A duração da aula varia entre 40 a 60 minutos, quando são re-alizadas atividades aeróbicas e anaeróbicas, incentivando a re-petição progressiva de movimen-tos em séries. A temperatura da água varia entre 29º C e 32º C, nos exercícios gerais, podendo

ser modifi cada de acordo com o tratamento a ser feito. A fre-quência geralmente é de duas vezes por semana e é preciso considerar o nível em que o alu-no está situado, pois alguns mo-vimentos podem ser mais inten-sos que outros. Dessa forma, o professor repassa as sequências com a intensidade que vai de acordo com a capacidade física de cada um.

As principais partes do cor-po a serem trabalhadas são glú-teos, pernas, braços, ombros, abdômen e costas. Além disso, como já foi dito antes, existe o

trabalho com o psicológico das pessoas. Alguns dos programas adotados pelos professores são o Hidro cardio, Hidro power, Hidro ataque, Aqua circuit e Hidro sports. Todos têm o ob-jetivo de promover maior fl exi-bilidade ao corpo e bem-estar físico e mental. Para que o alu-no tenha o melhor rendimento, é preciso concentração na hora da aula para estimular o corpo na respiração e nos movimen-tos. Os resultados são garanti-dos e satisfatórios, desde que haja dedicação e prazer na prá-tica do exercício.

Raio-x da hidroginástica

Universidade de FortalezaNúcleo de Atenção MédicaIntegrada - NamiRua Desembargador Floriano Bene-vides, 221- Bairro Edson Queiroz (ao lado do Fórum Clóvis Beviláqua)(85) 3477.3611

Serviço

Campeonato Brasileiro de FutebolO Brasileirão série A deste ano teve início no dia 21 de maio e segue até o dia 04 de de-zembro. São 20 times brigan-do pela disputa, sendo que os quatro primeiros lugares terão vaga garantida para a Libertadores 2012 e os quatro últimos serão rebaixados para a série B. O regulamento conti-nua com o sistema de pontos corridos.

Em sua 56ª edição, o Campeonato será disputado pelos ti-mes em dois turnos, no total de 38 rodadas. Até agora, Flamen-go, Atlético Mineiro e Vasco seguem na frente pela disputa do título que o Fluminense, atual campeão brasileiro, levou ano passado.

Copa do Mundo de Futebol FemininoO evento mais importante do futebol feminino acontecerá na Alemanha entre os dias 26 de junho e 17 de julho. Serão 16 países participantes, embora a Fede-ração Internacional de Futebol Associado (FIFA) tivesse prometido aumentar esse número para 24. As jogadoras brasileiras lutarão pelo título inédito, enquanto o país anfi trião segue em busca do tricampeonato.

Copa América Argentina 2011Entre os dias 1º de julho e 24 de julho será realizada a 43ª Copa América. Neste ano, a Argenti-na sediará a competição, que contará com 12 seleções sul-americanas, além das seleções mexicana e japonesa, convida-das para essa edição.

Para a primeira etapa eliminatória, o Brasil se encontra no Gru-po B junto ao Paraguai, Equador e Venezuela - sua primeira rival no dia 03 de julho, às 16 horas, no Estádio Ciudad de La Plata.

Rally dos SertõesNo dia 10 de junho será dada a largada para o Rally Internacio-nal dos Sertões. A prova, que é realizada todo ano no Brasil, acontecerá até o dia 21. Saindo de Goiânia com chegada em Fortaleza, os 235 corredores competirão com caminhões, carros, motos e quadris, enfrentando grandes desafi os para atravessar com sucesso os cinco estados que farão parte do percurso de cinco mil quilômetros: Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará. Além de brasileiros, a corrida contará com pessoas de onze paí-ses diferentes. Nomes de peso nas competições mundiais de rally (como Dakar), Marc Coma e David Casteau marcarão presença.

(Fonte: http://www.sertoes.com/index.html)

Expo Sport De 3 a 5 de novembro aconte-cerá em nosso Estado a Expo Sport, feira dedicada aos negó-cios relacionados com o espor-te. O evento, que reunirá cons-trutoras, fornecedoras de materiais esportivos, clubes, autoridades públicas e profi ssionais de diferentes modalidades esportivas, apre-sentará as últimas novidades para o setor em todo o Nordeste.

A Expo Sport contará com pavilhões: o Expo Copa será reserva-do para negócios que dizem respeito à Copa, que vai de hotelaria a construção civil; o pavilhão Expo Sport terá apresentações de ginástica artística, olímpica, skate e esportes radicais; e, no Espaço Cidade dos Atletas, os visitantes terão a oportunidade de vivenciar esportes pouco praticados como boxe, arco e fl echa, e esgrima.

(Fonte: http://www.exposport.com.br)

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SOBPRESSÃOMAIO/JUNHO DE 20116 FÔLEGO

Tiro esportivo, lazer que requer responsabilidade

Desde a invenção da pólvora e das armas de fogo, a prática do tiro tornou-se um sucesso e virou modalidade esportiva. Hoje, o tiro é voltado para jogos olímpicos

Erika Zaituni e Vivianne Rodrigues

Não tardou para que o tiro esportivo entrasse no pro-grama dos primeiros Jogos Olímpicos modernos, ocorri-do em Atenas, em 1896. Um ano depois, ganhou seu pró-prio Campeonato Mundial. No Brasil, essa atividade tam-bém tem avançado. A primei-ra medalha de ouro brasileira nesse esporte foi conseguida nos Jogos Olímpicos de 1920. A competição prestou uma homenagem ao sofrimento do povo belga durante a Segun-da Guerra Mundial, na cida-de de Antuérpia. Guilherme Paraense, na época tenente do exército brasileiro, levou a medalha na modalidade tiro rápido.

Atualmente são disputadas 15 provas de tiro, resultando em um total de 45 medalhas (ouro, prata e bronze). Nesses jogos, são utilizadas armas de calibri 4,5 milimetros (chum-binho), calibri 22 e calibri 12.

Na Copa do Mundo da Co-réia, em abril de 2011, os atle-tas brasileiros de tiro, Rocco Rosito e Júlio Almeida, foram destaque por pontuações aci-ma do índice.

Para quem pretende pra-ticar o tiro esportivo, preci-são, velocidade no manejo de uma arma de fogo (ou de ar comprimido) e responsabili-dade são requisitos básicos. Para isso, é necessário mui-ta disciplina e treinamento. Qualquer cidadão pode pra-ticar o tiro esportivo, desde que faça um curso e decida se filiar a um clube, à Federação e à Confederação Brasileira de Tiro. Após a sua filiação, o atleta obtém o certificado de registro no Exército e, com o devido cadastramento, re-cebe uma guia de transporte de armas desmuniciadas - as armas indicadas para quem está iniciando são as de ar comprimido (chumbinho) e armas de pressão.

A partir dos 12 anos é pos-sível praticar, usando a arma de um responsável ou instru-tor. Somente atingindo os 25 anos, pode-se adquirir uma arma de fogo. No entanto nos Jogos Olímpicos de Bei-jing, um atleta de 17 anos foi autorizado a competir.

Segundo o Coronel Evaldo

Carvalho, juiz internacional de tiro, coordenador geral dos Jogos Panamericanos do Rio em 2007, coordenador da Copa do Mundo de Tiro no Rio em 2008 e presidente da Gun House Clube de Tiro em Fortaleza, é importante fazer o esporte atento às caracterís-ticas especiais que ele exige, pois deve ser praticado com segurança no manuseio, nos procedimentos de condução de armas e munição para trei-namentos de competição nos diversos stands de tiro. Ele informa que o curso básico tem duração de 5 horas. E ga-rante: “você já sai atirando e acertando”. O coronel afirma ainda que “o tiro é um esporte

que requer grande poder de concentração e disciplina. As pessoas tendem a pensar que é uma prática agressiva ou radical, mas a verdade é que se trata de um esporte como qualquer outro, que é acima de tudo, relaxante. É preci-so muita tranquilidade para praticá-lo”.

Já a atleta de tiro Daniela Guedes Carvalho, 30 anos, pratica o esporte desde os 13 anos. Faz parte da Sele-ção Brasileira desde 1999, foi campeã sulamericana, várias vezes campeã cearense e foi também campeã brasileira. Ela define o tiro esportivo como um esporte de extrema concentração e faz uma ob-

Evaldo Carvalho

As pessoas tendem a acreditar que o tiro é uma prática agressiva ou radical, mas a verdade é que se trata de um esporte como qualquer outro, que é, acima de tudo, relaxante. É preciso muita tranquilidade para praticá-lo. Presidente da Gun House Clube de Tiro

Atiradora cearense Daniele Carvalho maneja pistola de ar comprimido em um dos stands de tiro da Gun House. Foto: thalyta Martins

Federação Cearense de Tiro EsportivoRua Barão de Aracati, 644, Sala 26 Bloco A, Meireles, (85) 3252-2168 http://www.fcte.org.br/

Confederação Brasileira de Tiro Esportivohttp://www.cbte.org.br/

Serviço

servação importante. “Nós, atletas profissionais, que le-vamos esse esporte a sério e com respeito à sociedade, nos sentimos prejudicados ao sermos associados com psicopatas e assassinos que conseguem armas ilicita-mente e atiram contra pes-soas inocentes. A imprensa, muitas vezes, se refere a esse tipo de pessoa como atira-dor. Isso é um equívoco, pois essa atitude não é a filosofia de nós, atletas”, conta.

Diferente do que muitas pessoas pensam, o tiro é sim um esporte seguro. Suas nor-mas de segurança em clubes de tiro e em competições são extremamente rigorosas. O uso de equipamentos de pro-teção individual como ócu-los e protetor auricular, por exemplo, é indispensável. No entanto, o mais importante é lembrar que uma arma não faz nada sozinha. Por isso, atenção, cuidado e espírito esportivo devem ser cultiva-dos e valorizados para que todos se divirtam.

Aos interessados de plan-tão: procurem um clube de tiro na sua cidade. Em For-taleza, existem alguns clubes que tem por objetivos a prá-tica de atividades esportivas, recreativas, sociais, o tiro es-portivo e o tiro prático.

Os cursos se diferenciam pela carga horária, pelo pre-ço a ser investido e pelo en-foque específico que cada um apresenta. Dentre eles, des-tacam-se: Curso de Tiro com Pistola e Revólver, focando a segurança, legislação, no-menclatura, balística inter-na, externa e técnica de tiro para arma curta; Curso de Tiro com Pistola, Revólver, Carabina e Espingarda, tam-bém enfocando os mesmo as-pectos, mas com o acréscimo da técnica de tiro para arma longa; Curso de Tiro para Au-todefesa, para cidadãos habi-litados a terem legalmente armas de fogo para uso em defesa; e Curso de Instru-tor para Armamento e Tiro, para quem tiver interesse em se habilitar como Instrutor junto ao Departamento de Polícia Federal.