jornal financiare tpv

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Editorial Mídia e o comportamento consumista F I N A N C I A R E de cada um, todos colabora- ram de maneira participativa. Agradecemos em especial aos empreendedores Hanna Karinne, da Padaria Ideal, e Ricardo Franco, da Extra Veí- culos, que se disponibiliza- ram a receber nossos alunos e conceder as entrevistas que vocês lerão logo a seguir. Com certeza esse é o primei- ro de muitos trabalhos que virão, porque essa turma ain- da tem muito potencial . Que venha 2012. Ufa!! Enfim, saiu! Durante esse semestre fomos desafia- dos a desenvolver um projeto de pesquisa com dois objeti- vos principais: desenvolver as competências de leitura e escrita dos educandos e pro- mover a pesquisa e o interes- se pela área de atuação do curso no qual o aluno irá se habilitar. Focados nisso desenvolve- mos o projeto “Trabalhando os gêneros textuais em Finan- ças” , fizemos um passeio pelos mais diversos gêneros textuais. A turma se empenhou em conhecer e produzir os mais diversos textos, utilizando as mais variadas facetas do tema Finanças. Visitamos sites e blogs que tratam do assunto e visitamos empreendimentos do nosso município no intuito de co- nhecer experiências reais de sucesso no mundo dos negó- cios. O resultado exitoso dessa experiência está em vossas mãos, há aqui um pouquinho vulgação de marcas e produ- tos. No Brasil e em todo o resto do mundo, a televisão e os de- mais meios de comunicação, através do discurso publicitá- rio direto e indireto, exercem grande pressão para que consumamos. A necessidade de adquirir mercadorias e serviços é atualmente produ- zida com grande força, atra- vés da relação existente entre as mídias e a sociedade. Enfim, sabemos que o consu- mismo não é benéfico nem a nós nem ao meio ambiente. Seja consciente e consuma aquilo que é, de fato, neces- sário e importante. Consumismo é o ato de com- prar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciên- cia. É compulsivo, descontro- lado e que se deixa influenci- ar pelo marketing das empre- sas que comercializam tais produtos e serviços. É tam- bém uma característica do capitalismo e da sociedade moderna, rotulada como “a sociedade de consumo”. Como podemos ver o consu- mismo já é considerado uma característica da sociedade moderna, uma vez que este ato já está presente em toda sociedade capitalista. Para a mesma o consumismo gera uma série de lucros, pois quanto maior for o consumo, maior será a venda e comer- cialização de determinado produto. Porém, este fenôme- no também produz impactos preocupantes sobre o ambi- ente natural e construído, acarretando problemas gra- ves ao meio ambiente, tais como a retirada exagerada de matéria- prima. A mídia influencia grande- mente o comportamento con- sumista, uma vez que é agen- te direto do exagerado grau de utilização de produtos. Seu objetivo é anunciar algo e fazer com que o consumidor se sinta atraído pelo que é anunciado. Sendo assim, fo- lhetos, cartazes e slogans são sempre auxiliares para a di- Nesta edição: Mídia e comportamento con- sumista 1 Emprego: Por amor ou por salário? 2 Impostos: cobrança justa? 2 Passatempos 3 O cidadão e a fiscalização do dinheiro público 4 Entrevista: Hanna Karinne 4 Salário mínimo: dá pra viver? 5 Futebol e dinheiro 5 Uma geração de empreen- dedores: Ricardo Franco 5 Equipe: Professora: Aline Virginia de Sousa Chagas Alunos: Claudiana Moreira Saraiva David Harley de Oliveira Saraiva Domingos Vicente da Silva Neto Fernanda Freire de Sousa Francisca Mayara da Silva Isabhelly Riande Nobre Lima Ismênia da Silva Nobre Ivilla Nayely de Oliveira Cruz Jessica Maria Lima Pinto João Augusto Rodrigues Beserra Filho João Igor Carneiro de Souza José Nery de Lima Filho Kathen de Araújo Maia Lara Bezerra Rodrigues Larissa Vieira Soares Maria Angélica Gomes Carneiro Maria Raiane Cavalcante Mateus de Oliveira Souza Matheus Nobre e Silva Lima Paulo Victor Nascimento Viana Philippe Albert Diógenes Raulino EEEP Osmira Eduardo de Castro Dezembro de 2011 Professora Aline e alunos da disciplina de Temáticas, Práti- cas e Vivências do Curso de Finanças Curso de Finanças - Turma 01

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Alunos do curso Técnico em Finanças da EEEP Osmira Eduardo de Castro publicam textos produzidos durante as aulas de Temáticas, Práticas e Vivência, sob a orientação da profª Aline Virginia.

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Page 1: Jornal Financiare TPV

Editorial

Mídia e o comportamento consumista

F I N A N C I A R E

de cada um, todos colabora-

ram de maneira participativa.

Agradecemos em especial

aos empreendedores Hanna

Karinne, da Padaria Ideal, e

Ricardo Franco, da Extra Veí-

culos, que se disponibiliza-

ram a receber nossos alunos

e conceder as entrevistas

que vocês lerão logo a seguir.

Com certeza esse é o primei-

ro de muitos trabalhos que

virão, porque essa turma ain-

da tem muito potencial . Que

venha 2012.

Ufa!! Enfim, saiu! Durante

esse semestre fomos desafia-

dos a desenvolver um projeto

de pesquisa com dois objeti-

vos principais: desenvolver

as competências de leitura e

escrita dos educandos e pro-

mover a pesquisa e o interes-

se pela área de atuação do

curso no qual o aluno irá se

habilitar.

Focados nisso desenvolve-

mos o projeto “Trabalhando

os gêneros textuais em Finan-

ças” , fizemos um passeio

pelos mais diversos gêneros

textuais.

A turma se empenhou em

conhecer e produzir os mais

diversos textos, utilizando as

mais variadas facetas do tema

Finanças.

Visitamos sites e blogs que

tratam do assunto e visitamos

empreendimentos do nosso

município no intuito de co-

nhecer experiências reais de

sucesso no mundo dos negó-

cios.

O resultado exitoso dessa

experiência está em vossas

mãos, há aqui um pouquinho

vulgação de marcas e produ-

tos.

No Brasil e em todo o resto do

mundo, a televisão e os de-

mais meios de comunicação,

através do discurso publicitá-

rio direto e indireto, exercem

grande pressão para que

consumamos. A necessidade

de adquirir mercadorias e

serviços é atualmente produ-

zida com grande força, atra-

vés da relação existente entre

as mídias e a sociedade.

Enfim, sabemos que o consu-

mismo não é benéfico nem a

nós nem ao meio ambiente.

Seja consciente e consuma

aquilo que é, de fato, neces-

sário e importante.

Consumismo é o ato de com-

prar produtos e/ou serviços

sem necessidade e consciên-

cia. É compulsivo, descontro-

lado e que se deixa influenci-

ar pelo marketing das empre-

sas que comercializam tais

produtos e serviços. É tam-

bém uma característica do

capitalismo e da sociedade

moderna, rotulada como “a

sociedade de consumo”.

Como podemos ver o consu-

mismo já é considerado uma

característica da sociedade

moderna, uma vez que este

ato já está presente em toda

sociedade capitalista. Para a

mesma o consumismo gera

uma série de lucros, pois

quanto maior for o consumo,

maior será a venda e comer-

cialização de determinado

produto. Porém, este fenôme-

no também produz impactos

preocupantes sobre o ambi-

ente natural e construído,

acarretando problemas gra-

ves ao meio ambiente, tais

como a retirada exagerada

de matéria- prima.

A mídia influencia grande-

mente o comportamento con-

sumista, uma vez que é agen-

te direto do exagerado grau

de utilização de produtos. Seu

objetivo é anunciar algo e

fazer com que o consumidor

se sinta atraído pelo que é

anunciado. Sendo assim, fo-

lhetos, cartazes e slogans são

sempre auxiliares para a di-

Nesta edição:

Mídia e comportamento con-

sumista

1

Emprego: Por amor ou por

salário?

2

Impostos: cobrança justa? 2

Passatempos 3

O cidadão e a fiscalização do

dinheiro público

4

Entrevista: Hanna Karinne 4

Salário mínimo: dá pra viver? 5

Futebol e dinheiro 5

Uma geração de empreen-

dedores: Ricardo Franco

5

Equipe:

Professora: Aline Virginia de Sousa Chagas Alunos: Claudiana Moreira Saraiva David Harley de Oliveira Saraiva Domingos Vicente da Silva Neto Fernanda Freire de Sousa Francisca Mayara da Silva Isabhelly Riande Nobre Lima Ismênia da Silva Nobre Ivilla Nayely de Oliveira Cruz Jessica Maria Lima Pinto João Augusto Rodrigues Beserra Filho João Igor Carneiro de Souza José Nery de Lima Filho Kathen de Araújo Maia Lara Bezerra Rodrigues Larissa Vieira Soares Maria Angélica Gomes Carneiro Maria Raiane Cavalcante Mateus de Oliveira Souza Matheus Nobre e Silva Lima Paulo Victor Nascimento Viana Philippe Albert Diógenes Raulino

EEEP Osmira Eduardo de Castro

Dezembro de 2011

Professora Aline e alunos da disciplina de Temáticas, Práti-

cas e Vivências do Curso de Finanças

Curso de Finanças - Turma 01

Page 2: Jornal Financiare TPV

Impostos: cobrança justa? solidado por mais de 80 tributos que,

absurdamente, estão “organizados” em

milhares de Leis, Decretos e Portarias

Federais, Estaduais e Municipais. Trata-

se da maior e a mais onerosa forma anár-

quica de governar e arrecadar tributos.

Essa cobrança excessiva tem um caráter

que se preocupa mais em criminalizar a

atividade produtiva do que incentivar o

crescimento econômico e a geração de

empregos.

Afinal o Estado existe para servir o contri-

buinte e não para escravizá-lo por meio

de práticas políticas e legais totalmente

irracionais, quando não simplesmente

inconstitucionais, como acontece em rela-

ção a diversos artigos.

Fonte de Pesquisa: http://infelicidadetributaria.blogspot.com/2011/02/

inconsistencia-da-politica-fiscal.html

Os tributos são todos

os impostos pagos pela

população ao Estado

em troca de benefí-

cios. Algumas das re-

compensas que a po-

pulação recebe ao

pagar impostos são:

educação, saúde, la-

zer, segurança, etc.

Infelizmente quem

utiliza esses impostos não são justos nes-

sa distribuição! Em vez de dividir o di-

nheiro em benefícios públicos, usam boa

parte desses impostos em benefício pró-

prio. Os responsáveis por essas cobrança

devem ser justos pois como todos os ou-

tros eles são cidadãos e irão prejudicar-

se, mesmo sem perceber.

Existem impostos municipais, estaduais e

federais, todos esses tem sua própria

importância para o desenvolvimento de

uma região. Temos como exemplos de

impostos municipais o IPTU (Imposto

Predial e Territorial Urbano) e o ISS

(Imposto Sobre Serviços); estaduais:

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mer-

cadorias e Serviços)e IPVA ( Imposto

sobre Propriedades de Veículos Automó-

veis) e por último os federais, II (Imposto

sobre Importação de produtos estrangei-

ros), IE (Imposto sobre a Exportação de

Produtos nacionais ou nacionalizados), IR

(Imposto sobre a Renda e proventos de

qualquer natureza) e o IPI (Imposto sobre

Produtos Industrializados); isso para citar

apenas os mais conhecidos.

Fala-se muito atualmente em uma refor-

ma tributária que se propõe a simplificar

um sistema tributário ultrapassado, con-

Emprego: por amor ou por dinheiro?

Página 2 F I N A N C I A R E

gosta daquilo que faz, seu emprego será

um tédio.

Na vida somos livre para escolher. E por-

que você vai perder tempo em uma coisa

que você não gosta? Porque escolher um

emprego apenas por seu salário? Então,

antes de tudo, pense se isso vai deixar

você feliz.

No mundo de hoje, está sendo bastante

questionada a relação do trabalho como

uma forma de garantir a sobrevivência na

vida ou uma forma de garantir a realiza-

ção pessoal, mas aí vem o dilema das

pessoas em decidir se devem trabalhar

por amor ou para ter um salário ao final

do mês.

No dias atuais, está sendo bem complica-

do de se arranjar um emprego, principal-

mente para aqueles que logo estarão

enfrentando o seu primeiro emprego,

muitas dificuldades vão surgindo, dúvi-

das e falta de autoestima para trabalhar.

Quando formos estagiar, ou seja, quando

formos no primeiro dia de trabalho deve-

remos estar conscientes de que o traba-

lho não significa desperdiçar o tempo de

nossa vida em troca de dinheiro no fim do

mês, mas sim uma forma de garantirmos

nosso crescimento na vida profissional e

pessoal, deve ser uma realização indivi-

dual.

O trabalho é uma das formas de encon-

trarmos propósitos na nossa vida, naquilo

que somos bons em realizar, mas ele não

deve ser a única finalidade como muitos

pensam e fazem.

Se não estamos felizes com a profissão e

o trabalho porque não começarmos do

zero, não se deve permanecer só porque

necessita do dinheiro. As famílias, nas

quais os pais trabalham demais, quando

os seus filhos perguntam porque eles

passam tanto tempo trabalhando eles não

sabem como responder. Daí podemos

questionar se eles fazem isso pelo bem

da família ou apenas trabalham para ter o

dinheiro em sua conta no final do mês.

O prazer está em se entregar totalmente,

de maneira que você e o seu trabalho

sejam uma coisa única. O prazer de ser

bom no que faz é a maior recompensa

que um verdadeiro profissional pode

receber. Portanto, não se desvie de seu

caminho apenas para receber alguns

aplausos. Se nos doarmos por inteiro,

teremos resultados por inteiro.

As pessoas que trabalham apenas por

dinheiro, não são felizes, pois se você não

Page 3: Jornal Financiare TPV

Página 3 F I N A N C I A R E

Passatempos: caça palavras.

PALAVRAS

MACROECONOMIA

MICROECONOMIA

BENS

LIVRES

MATERIAIS

MERCANTILISMO

PIB

POLÍTICA

FISCAL

MOEDA

INFLAÇÃO

MONOPÓLIO

Palavras cruzadas.

Encontre palavras

relacionadas ao tema

FINANÇAS.

Tirinha

Piadas

O CÚMULO DO INTERESSE

Um casal estava discutindo sobre as finanças.

O marido explodiu e falou:

- Se não fosse pelo meu dinheiro, essa casa não

estaria aqui.

A mulher respondeu:

- Querido, se não fosse pelo seu dinheiro, EU

não estaria aqui!

Negócios

O sujeito chega no consultório do psiquiatra e

desabafa:

- Doutor, preciso da sua ajuda! Acho que estou

ficando louco! Já faz três noites que não consi-

go dormir de tanta preocupação!

- E qual o motivo de sua preocupação?

- Dinheiro, doutor!

- Ah! Mas é muito fácil. É só o senhor parar de

pensar no assunto. Outro dia esteve aqui um

camarada que também não conseguia dormir

por causa das dívidas que tinha contraído com

o tio. Falei pra ele que o tio é que deveria ficar

preocupado, já que tinha dinheiro pra rece-

ber. Daí em diante, ele passou a dormir tran-

quilo!

- Pois é, doutor, era o meu sobrinho!

SUPORTE DE PRODUÇÃO: www.maquinadequadrinhos.com.br

Page 4: Jornal Financiare TPV

Os alunos de Finanças foram fazer uma

visita a Padaria Ideal, um dos mais anti-

gos empreendimentos da nossa cidade,

e entrevistaram Hanna Karinne, proprie-

tária e atual administradora, para que ela

falasse um pouco da sua experiência no

mundo dos negócios. Terapeuta ocupa-

cional por formação, Hanna teve de fazer

uma difícil escolha entre seguir sua pro-

fissão ou assumir o negócio que já per-

tencia à família a quatro gerações. Ela

falou um pouco sobre suas dificuldades e

as parcerias que fez para tornar a Padaria

Ideal um empreendimento de sucesso.

FINANÇAS - Quais as maiores dificul-

dades enfrentadas por você no início

do seu negócio?

HANNA - No início foi muito difícil, pois

eu trabalhava em uma área na qual fui

instruída na faculdade, então, quando eu

saí de um ramo que eu tinha total conhe-

cimento, para outro no qual não tinha

conhecimento algum foi difícil. Difícil

nesse aspecto, mas por outro lado me

senti desafiada, pois no meu outro em-

prego eu já assumia esse papel de lide-

rar, e isso me ajudou muito na administra-

ção da Padaria. A minha chegada aqui na

Padaria é marcada por uma crise finan-

ceira muito grande. Eu vim para cá justa-

mente por isso. O diagnóstico dado na-

quela época era de uma empresa cami-

nhando á falência, pois não tinha uma

administração certa, a empresa se encon-

trava nas mãos dos funcionários.

FINANÇAS - Você recebeu alguma aju-

da externa (advogados, contadores,

etc.) que te orientasse para conduzir

seu negócio?

HANNA - Sim, mas você sabendo lidar

com o estresse, se torna até um fator que

pode motivar você, você só não pode

deixar aquele estresse se tornar patológi-

co, e chegar ao ponto de tornar doença,

pois todas as atividades que você vai

realizar têm certa carga de estresse.

FINANÇAS - O que você visualizou na

cidade quando decidiu dar uma nova

roupagem ao seu comércio?

Eu quis fazer um bom diferencial, criar

um ambiente que pudesse agradar mais

ainda o cliente podendo oferecer outros

serviços, além do pão, pois assim eu po-

deria me distanciar dos concorrentes.

HANNA - Quando cheguei aqui, recebi

uma visita do SEBRAE que me apresenta-

ram um projeto (Projeto de Desenvolvi-

mento para Panificação do Vale do Jagua-

ribe). Era um projeto muito bem elabora-

do e entendi que o que padaria precisava

era justamente o que aquele projeto esta-

va se dispondo a fazer por algumas em-

presas. Entendi aquele projeto, como a

fórmula do sucesso para eu poder levan-

tar a padaria novamente.

FINANÇAS - As suas metas mudaram?

Você as realizou?

HANNA - Todos os anos eu faço um pla-

nejamento estratégico para a Padaria,ou

seja, eu planejo aquilo que eu penso que

seria interessante para a Padaria naquele

ano que vai começar e, graças a Deus, a

gente tem acabado o ano no sentido mais

positivo da palavra, não só na parte finan-

ceira, mas também na parte administrati-

va e organizacional.

FINANÇAS - Algumas pessoas dizem

que existe muito stress na vida de um

empreendedor. Qual é a sua experiên-

cia?

O cidadão e a fiscalização do dinheiro público

Entrevista: Hanna Karinne - Administradora da Padaria Ideal

“Tem que ter um espírito de persistência,

não desanimar nas primeiras dificuldades,

manter o foco naquilo que é importante, e

trabalhar, que é o mais importante.”

(Hanna Karinne)

Página 4 F I N A N C I A R E

O objetivo da fiscalização é saber real-

mente se o dinheiro público está sendo

corretamente aplicado.

A população tem que estar consciente de

que, os governantes devem mostrar o

que eles estão fazendo com o dinheiro

arrecadado através dos nossos impostos.

Um bom exemplo da falta de conscienti-

zação da população é o modo como as

pessoas reagem quando alguém faz al-

gum comentário contra a gestão daquele

governante que elas gostem. Geralmente

elas se recusam a buscar informações e

exercer seu verdadeiro papel de cida-

dão consciente.

É dever do governo manter a sociedade

informada a cerca dos gastos e aplica-

ções do dinheiro público. E, é direito e

dever do cidadão fiscalizar e acompanhar

as prestações de contas apresentadas.

A maioria da população não sabe como

fazer isso, não conhece nem o site para

pesquisar sobre o assunto. Outros afir-

mam que não tem tempo para isso.

O dinheiro que é cobrado pelos impostos

deve ser aplicado de forma a beneficiar a

sociedade com serviços públicos de qua-

lidade, coisa que não está acontecendo e

que pode mudar se o cidadão agir de

maneira correta e começar a fiscalizar.

Uma das maneiras de saber como está

sendo aplicado o dinheiro público é a-

cessar o Portal da Transparência, um site

que divulga o que está sendo feito com o

dinheiro público.

Antiga fachada da Padaria Ideal.

Cartum de Glauco.

Antigo balcão de atendimento da

Padaria Ideal.

Page 5: Jornal Financiare TPV

RICARDO - A partir do momento que

você passa a lidar com pessoas já é um

stress muito grande, e nós, que trabalha-

mos diretamente com elas conhecemos

todo tipo de gente, que vem para fazer o

bem ou simplesmente para fazer o mal, e

isso é muito estressante.

FINANÇAS - Qual conselho você daria

a um aspirante de empreendedor? Vo-

cê poderia relatar as três lições mais

importantes que aprendeu?

RICARDO - A primeira dica que eu po-

deria dar seria muita cautela em tudo que

for fazer, confiança o empreendedor tem

que ter dobrado, pois aqui na cidade é

muito difícil e a terceira só auto estima,

colocar na cabeça “eu vou fazer” e se

concentrar naquilo e correr atrás até con-

seguir.

Uma equipe da turma de Finanças visitou

e entrevistou Ricardo Franco, empreen-

dedor local, ex-proprietário da loja Ri-

cardo Celulares e atual dono da conces-

sionária Extra Veículos. Ele nos conta

entre outras coisas que sempre se inte-

ressou por carros, as dificuldades que

enfrentou e como conseguiu superar.

FINANÇAS - Como você escolheu esse

ramo de negócio?

RICARDO- Primeiro, por que sempre

gostei muito de carro, e achei o ramo

interessante, e outro por que sentia ca-

rência desse negócio na nossa cidade,

pois antes só possuía uma loja voltada

para esse ramo.

FINANÇAS - Os seus pais, parentes ou

amigos próximos eram empreendedo-

res?

RICARDO - Não, meu pai, toda vida foi

autônomo, empreendedor mesmo na

família só tem eu e meu irmão mais novo.

FINANÇAS - Quais eram as suas me-

tas?

RICARDO - A única meta que tinha era

conseguir erguer meu negócio, pois toda

vida meu intuito era de comércio e, por

isso, eu me sinto até realizado, pois acha-

va que nunca ia chegar a esse ponto,

onde graças a Deus eu cheguei.

FINANÇAS - Conte-me a respeito das

crises e pressões sofridas durante os

primeiros períodos de sobrevivência.

RICARDO - Foram muitas pressões, po-

rém pelo fato de eu já ter trabalhado em

outro ramo, eu já estava bem centraliza-

do, e quando decidi mudar de negócio,

automaticamente começa tudo de novo. É

uma coisa nova, que você nunca mexeu ai

você sofre aquele impacto. No começo foi

muito difícil para mim, pois eu conhecia

sim do ramo, mas não tinha bagagem

suficiente para competir com meus con-

correntes.

FINANÇAS - Se você tivesse que fazer

tudo de novo, faria da mesma forma?

RICARDO - Com certeza. Do mesmo

jeito. Tem alguns detalhes que, lógico, no

decorrer da vida, a gente pensa que faz

certo e só depois percebe que poderia

ter feito de outro jeito. É ai onde você

ganha experiência. Mas eu mudaria pou-

ca coisa.

FINANÇAS - Algumas pessoas dizem

que existe muito stress na vida de um

empreendedor. Qual é a sua experiên-

cia?

Geração de empreendedores: Entrevista com Ricardo Franco

Atualmente cerca da metade da população brasileira vive dependente do

salário mínimo. Isso faz com que as pessoas comecem a adotar certo

“planejamento de vida”, ou seja, tendem a fazer um determinado esforço

para que se consiga “driblar o aperto”.

E isso não é nada fácil, o lazer e a esperança de uma vida melhor ficam

para segundo plano. O salário só dar para pagar as contas, “não sobra

nada”. O que preocupa constantemente as pessoas. Em busca de uma

solução para as dívidas, muitos fazem empréstimos financiados em vários

meses, o que prejudica ainda mais a situação.

O governo numa busca de tentar ajudar essas pessoas lança programas

beneficentes como o bolsa família, mas mesmo assim não se dar para ter

uma vida melhor.

A realidade de quem ganha um salário mínimo por mês é sempre a mes-

ma: o aperto. A dificuldade de fazer com que o rendimento dure os trinta

dias do mês e seja suficiente para arcar com as despesas é mesmo um

grande desafio.

Não adquirir mais do que o necessário, comprar no preço mínimo e sem-

pre estar atento para as promoções é o lema de quem ganha um salário

mínimo.

Quando se tem a boa notícia de que o salário vai aumentar, tem-se tam-

bém a notícia de que as coisas vão subir ainda mais. É uma situação muito

difícil de se conviver. E preciso saber como administrar esse dinheiro, ou

então a situação vai de mal a pior.

Na verdade é que se desse para ter uma vida digna ganhando esse di-

nheiro, então o nome não seria salário mínimo.

Seja amigo do dinheiro...

Venha para os financeiros!

Finanças

FUTEBOL E DINHEIROFUTEBOL E DINHEIRO O dinheiro está dominando os campos de futebol, ou melhor, a

cabeça dos jogadores, pois hoje eles pensam no que vão ganhar não tem amor pela camisa a qual vestem. Os investimentos por parte das grandes empresas são altos, apos-

tam nisso como meio de publicidade e ter retorno, pois os torcedo-res começam a consumir usar aquilo que os clubes propagam.

Basicamente, a idéia de salários milionários no futebol é a seguinte:

times existem para ganhar partidas; times com jogadores mais

talentosos ganham mais partidas; existem muito mais demanda do

que oferta de jogadores talentosos; jogadores talentosos tendem a

escolher o clube por conta da proposta financeira; quanto mais

dinheiro um clube tem, mais chance de contratar jogadores talento-

sos ele possui e, portanto, ele terá mais chances de obter vitórias.

JP JP Artigos sobre Esporte

Salário mínimo: dá pra viver?

Página 5

“As três coisas necessárias a um novo

empreendedor seria muita cautela, confiança

e auto estima, colocar na cabeça “eu vou

fazer” e se concentrar naquilo e correr atrás

até conseguir. “

(Ricardo Franco)

F I N A N C I A R E