jornal do município - jornal do município · art. 16. o alinhamento fornecido terá validade de 1...

20
Jornal do Município - 30/12/2010 - página 1 Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar. Jornal do Município Ano 20 Número 274 Órgão Oficial do Município de Caxias do Sul 30/12/2010 PODER EXECUTIVO LEI COMPLEMENTAR Nº 375, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010. Consolida a legislação que dispõe sobre o Código de Obras do Município e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar. TÍTULO I CONCEITOS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS CAPÍTULO I OBJETIVOS Art. 1º Este Código disciplina as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, construção, uso e manutenção de edificações, sem prejuízo do disposto nas legislações federal e estadual pertinentes. Art. 2º O objetivo básico deste Código é garantir níveis mínimos de qualidade nas edificações, traduzido através de exigências de habitabilidade, compreendendo adequação do uso, higiene, conforto e segurança. Art. 3º As obras de edificação terão a seguinte classificação: I - construção: obra de edificação nova, autônoma, sem vínculo funcional com outras edificações existentes no lote; II - reforma: obra de substituição parcial dos elementos construtivos de uma edificação, não modificando sua área e forma externa, exceto cobertura; e III - reforma com modificação de área: obra de substituição parcial dos elementos construtivos de uma edificação, que altere sua área, forma ou altura, quer por acréscimo ou decréscimo. CAPÍTULO II DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Seção I Aprovação de Projeto Art. 4º A execução de qualquer edificação será precedida dos seguintes atos administrativos: I - aprovação do projeto; e II - licenciamento da construção. Parágrafo único. A aprovação e licenciamento de que tratam os incisos I e II poderão ser requeridos de uma só vez, devendo, neste caso, os projetos serem completos em todas as exigências constantes das Seções I e II. Art. 5º Devem integrar o processo de aprovação de projeto os seguintes elementos: I - Informações Urbanísticas (IU); II - requerimento solicitando aprovação de projeto, assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico, onde deverá constar número de lote, quadra e rua; III - cópia do registro imobiliário atualizado; IV - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao projeto arquitetônico da edificação; V - comprovação de inexistência de dívida ativa do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU); e VI - no mínimo um jogo completo do projeto arquitetônico, que compreende: a) planta de situação e localização, que indique a orientação e a localização do lote dentro do quarteirão com a distância à esquina mais próxima, bem como as cotas de níveis nos vértices do terreno em relação à via pública e a distância da edificação em relação às linhas limítrofes do lote, devendo constar também quadro dos Parâmetros da Edificação, de acordo com o Plano Diretor do Município, conforme Tabela I, e quadro de áreas computáveis e não computáveis para Índice de Aproveitamento (IA), nos casos em que for necessário; b) planta baixa dos pavimentos não repetidos, devidamente cotada, bem como da cobertura, sendo que cada planta deverá indicar a finalidade a que se destina cada compartimento, suas dimensões, área, cotas de níveis, vãos de iluminação e ventilação, bem como a numeração das economias; c) corte longitudinal e transversal cotando alturas e níveis de pavimentos, incluindo o perfil natural do terreno, em número suficiente para a perfeita compreensão do projeto, sendo que esses cortes, quando muito extensos em virtude de pavimentos repetidos, poderão ser simplificados, omitindo a representação de pavimentos iguais; d) fachadas vistas dos logradouros; e) memorial descritivo da construção; f) planilha de áreas conforme NBR 12721 e suas alterações, no caso de edifícios condominiais. A área a ser registrada no processo de aprovação será aquela referente à coluna 38 (Área de Construção Global) da planilha; e g) comprovante de pagamento de taxas relativas à aprovação. § 1º Quando houver construção existente, a mesma deverá estar legalizada (projeto aprovado ou licença para demolir). § 2º As peças do projeto arquitetônico podem também ser agrupadas em uma só folha. § 3º Todas as plantas componentes do projeto e memorial descritivo devem ser assinadas pelos respectivos proprietários e responsáveis técnicos. § 4º Para efeito de edificação residencial unifamiliar, uma economia por lote, até 2 (dois) pavimentos e não localizada em Zona das Águas (ZA), por opção do proprietário, devidamente assistido por profissional habilitado, poderá ser requerida aprovação simplificada, a qual deverá ser instruída no mínimo com os elementos correspondentes aos incisos I, II, III, IV, V e VI, alíneas “a” e “e”, constantes deste artigo, e ainda com o sistema de tratamento dos efluentes e corte esquemático longitudinal. § 5º As edificações enquadradas no § 4º com área de até 70 m2 (setenta metros quadrados) ficam isentas de qualquer tipo de taxa para os procedimentos administrativos relativos a alinhamento, aprovação de projeto, licença para construir e habite-se. § 6º Quando utilizado o procedimento disciplinado no § 5º, a disposição interna dos compartimentos, suas dimensões e funções são de total responsabilidade dos profissionais responsáveis técnicos envolvidos e do proprietário, observando-se, ainda, as disposições contidas na Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 | Código Civil Brasileiro. § 7º Para efeito de aprovação de projetos, estes poderão ser apresentados por meio de cópias ou meios eletrônicos. Art. 6º As escalas recomendadas na confecção de projetos são as seguintes: a) 1:50 para as plantas de pavimentos não repetidos, cortes e fachadas, quando a maior dimensão for inferior a 40 m (quarenta metros), e 1:100 quando a dimensão maior for superior a 40 m (quarenta metros); b) 1:250 para a planta de localização; 1:500 ou 1:1000 para a planta de situação; c) 1:50 ou 1:100 para as instalações complementares da edificação ou o que for determinado pelas normas ou regulamentos respectivos; e d) as plantas de detalhes de arquitetura serão apresentadas na escala mais conveniente, a juízo de seu autor. § 1º A escala não dispensará a indicação de cotas, as quais prevalecerão em caso de divergências. § 2º Fica a critério do responsável técnico a escolha das escalas a serem apresentadas, sendo que as mesmas deverão possibilitar a clara compreensão dos projetos. § 3º O órgão responsável pela aprovação poderá exigir a elaboração do projeto em outras escalas, caso não seja atendido o disposto no § 2º. Art. 7º Nas obras de reforma, reconstrução ou acréscimos, serão apresentadas, com indicações precisas e convencionais, as partes a acrescentar, demolir ou conservar, sendo utilizadas as cores amarelo para as partes a demolir, vermelho para as partes novas ou a renovar e preto para as partes a conservar. Art. 8º Não serão permitidas rasuras nem emendas nos projetos. Art. 9º Os processos relativos a construções e obras de qualquer natureza para as quais se torne necessário o cumprimento das exigências que forem estabelecidas por outras repartições ou instituições oficiais somente serão aprovados depois da análise ou visto dado para cada caso pela autoridade competente de ditas repartições ou instituições oficiais. Art. 10. As exigências decorrentes do exame na apreciação inicial serão indicadas na respectiva prancha e descritas na comunicação de correções, sendo que as mesmas deverão retornar, juntamente com as pranchas corrigidas, para dar continuidade à análise. § 1º Após a apreciação inicial, o responsável técnico terá o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para efetuar as correções necessárias, findo o qual, e não sendo efetuadas as mesmas, o processo será indeferido e arquivado. § 2º Esclarecimentos sobre as correções no projeto somente serão tratadas com a presença do responsável técnico. § 3º Caso haja a necessidade da ouvida de outros órgãos ou secretarias, o prazo estipulado no presente artigo será dilatado do tempo em que tramitar nos mesmos. Art. 11. O prazo para o despacho final dos projetos pela municipalidade será de no máximo 30 (trinta) dias úteis. Parágrafo único. Caso haja a necessidade da ouvida de outros órgãos ou secretarias, o prazo estipulado no presente artigo será dilatado do tempo em que tramitar nos mesmos. Art. 12. Uma via do projeto arquitetônico completo será arquivada na Prefeitura, sendo que a parte interessada poderá protocolar a solicitação de autenticação de novas vias do mesmo. Parágrafo único. Uma via do projeto aprovado deverá estar à disposição da fiscalização, juntamente com o alvará de licença, quando do início da obra. Seção II Licenciamento das Construções Art. 13. O licenciamento da construção será concedido mediante: I - requerimento solicitando licença para construção, assinado pelo proprietário e responsável técnico; II - apresentação do projeto aprovado; III - projeto hidrossanitário, contendo, no mínimo, lançamento e tratamento dos efluentes, alimentação até o hidrômetro e reservação inferior e superior, bem como reserva técnica de incêndio, nos casos em que for necessário; IV - ART dos projetos complementares e execução; V - pagamento das taxas relativas ao licenciamento da construção; e VI - alinhamento. § 1º O processo de alinhamento deverá ser acompanhado de: a) requerimento assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico; b) uma planta de situação e localização, conforme especificado no art. 5º, inciso VI, alínea “a”; e c) cópia do registro imobiliário atualizado. § 2º Será entregue ao requerente uma ficha de alinhamento contendo todos os dados necessários para a marcação do alinhamento predial. Art. 14. Na oportunidade da solicitação de licença para construção, o proprietário da obra e o responsável técnico poderão solicitar uma autorização provisória para iniciá-la, sob responsabilidade civil do proprietário e técnica do profissional habilitado. § 1º O proprietário da obra e o responsável técnico assinarão um termo de compromisso pelo qual assumem a responsabilidade de realizar a adequação de qualquer elemento ou parte da construção que estiver em desacordo com a legislação municipal vigente, ainda que para isso seja necessária a demolição total ou parcial do executado. § 2º Nos casos de opção pela autorização provisória, antes de ser liberada a licença para construção será realizada uma vistoria na obra, para comprovar sua adequação ao projeto aprovado. § 3º No caso de ser constatada alguma diferença com o projeto aprovado, o proprietário e o responsável técnico terão o prazo de 30 (trinta) dias para realizar a adequação da obra ao projeto, findo o qual, e não tendo sido atendido o solicitado na vistoria técnica, o proprietário será enquadrado no estabelecido no inciso I do art. 121 deste Código. Art. 15. Os prédios existentes atingidos por recuos de alinhamento não poderão sofrer obras conforme o art. 3º, inciso III, sem observância dos novos alinhamentos e recuos previstos pelo Plano Diretor do Município. Parágrafo único. Nos casos de que trata este artigo, somente serão permitidas obras ou reparos cuja execução independa de projeto conforme o art. 3º, inciso II. Seção III Validade, Revalidação e Prorrogação Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento do mesmo. Parágrafo único. Antes de findar o prazo previsto no caput, poderá ser solicitada a revalidação por 1 (um) ano, desde que inalterada a normatização respectiva à época da aprovação. Art. 17. O alvará de licença para início da construção será válido pelo prazo de 12 (doze) meses, findo o qual, e não tendo sido iniciada a construção, o mesmo perderá seu valor. Parágrafo único. Para os efeitos do presente Código, uma edificação será considerada como iniciada quando constatada a completa execução de sua fundação com base no projeto aprovado. Seção IV Modificações de Projeto Aprovado Art. 18. Serão admitidas, mediante mera substituição de plantas aprovadas, modificações, anteriormente ao habite-se: I - em projetos de residências unifamiliares, com uma economia por lote; e II - nos projetos aprovados para as demais atividades, desde que se limitem: a) a modificações internas que não descaracterizem a destinação dos compartimentos atingidos; b) ao remanejamento ou ampliação do número de boxes de estacionamento; c) a alterações em telhados e aberturas externas; d) a deslocamentos na locação da obra, respeitados os alinhamentos fornecidos; e e) ao reposicionamento de medidores, estações de força, bombas e outros equipamentos similares, destinados à utilização da unidade. Art. 19. Os demais casos submeter-se-ão à substituição total de projeto. Seção V Isenção de Projetos ou de Licenças Art. 20. Independem da aprovação de projeto e solicitação de licença os seguintes serviços de obras: I - estufas, viveiros e coberturas de tanques de uso doméstico; II - serviços de pintura; III - consertos e pavimentações de passeio; IV - rebaixamento de meios-fios para acesso veicular, de acordo com o que segue: a) será permitido um rebaixamento de meio-fio por testada de lote, sendo que, em casos especiais e com justificativa que acompanhe a solicitação, a Secretaria Municipal do Urbanismo poderá autorizar a existência de mais de um

Upload: others

Post on 19-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 1

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do MunicípioAno 20 Número 274 Órgão Oficial do Município de Caxias do Sul 30/12/2010

PODER EXECUTIVOLEI COMPLEMENTAR Nº 375, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010.Consolida a legislação que dispõe sobre o Código de Obras do Município e dá outras providências.O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL.Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar.TÍTULO ICONCEITOS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOSCAPÍTULO IOBJETIVOSArt. 1º Este Código disciplina as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, construção, uso e

manutenção de edificações, sem prejuízo do disposto nas legislações federal e estadual pertinentes.Art. 2º O objetivo básico deste Código é garantir níveis mínimos de qualidade nas edificações, traduzido

através de exigências de habitabilidade, compreendendo adequação do uso, higiene, conforto e segurança.Art. 3º As obras de edificação terão a seguinte classificação:I - construção: obra de edificação nova, autônoma, sem vínculo funcional com outras edificações existentes

no lote;II - reforma: obra de substituição parcial dos elementos construtivos de uma edificação, não modificando sua

área e forma externa, exceto cobertura; eIII - reforma com modificação de área: obra de substituição parcial dos elementos construtivos de uma

edificação, que altere sua área, forma ou altura, quer por acréscimo ou decréscimo.CAPÍTULO IIDO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOSeção IAprovação de ProjetoArt. 4º A execução de qualquer edificação será precedida dos seguintes atos administrativos:I - aprovação do projeto; eII - licenciamento da construção.Parágrafo único. A aprovação e licenciamento de que tratam os incisos I e II poderão ser requeridos de uma só

vez, devendo, neste caso, os projetos serem completos em todas as exigências constantes das Seções I e II.Art. 5º Devem integrar o processo de aprovação de projeto os seguintes elementos:I - Informações Urbanísticas (IU);II - requerimento solicitando aprovação de projeto, assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico, onde

deverá constar número de lote, quadra e rua;III - cópia do registro imobiliário atualizado;IV - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) referente ao projeto arquitetônico da edificação;V - comprovação de inexistência de dívida ativa do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana

(IPTU); eVI - no mínimo um jogo completo do projeto arquitetônico, que compreende:a) planta de situação e localização, que indique a orientação e a localização do lote dentro do quarteirão com a

distância à esquina mais próxima, bem como as cotas de níveis nos vértices do terreno em relação à via pública e a distância da edificação em relação às linhas limítrofes do lote, devendo constar também quadro dos Parâmetros da Edificação, de acordo com o Plano Diretor do Município, conforme Tabela I, e quadro de áreas computáveis e não computáveis para Índice de Aproveitamento (IA), nos casos em que for necessário;

b) planta baixa dos pavimentos não repetidos, devidamente cotada, bem como da cobertura, sendo que cada planta deverá indicar a finalidade a que se destina cada compartimento, suas dimensões, área, cotas de níveis, vãos de iluminação e ventilação, bem como a numeração das economias;

c) corte longitudinal e transversal cotando alturas e níveis de pavimentos, incluindo o perfil natural do terreno, em número suficiente para a perfeita compreensão do projeto, sendo que esses cortes, quando muito extensos em virtude de pavimentos repetidos, poderão ser simplificados, omitindo a representação de pavimentos iguais;

d) fachadas vistas dos logradouros;e) memorial descritivo da construção;f) planilha de áreas conforme NBR 12721 e suas alterações, no caso de edifícios condominiais. A área a ser

registrada no processo de aprovação será aquela referente à coluna 38 (Área de Construção Global) da planilha; eg) comprovante de pagamento de taxas relativas à aprovação.§ 1º Quando houver construção existente, a mesma deverá estar legalizada (projeto aprovado ou licença para

demolir).§ 2º As peças do projeto arquitetônico podem também ser agrupadas em uma só folha.§ 3º Todas as plantas componentes do projeto e memorial descritivo devem ser assinadas pelos respectivos

proprietários e responsáveis técnicos.§ 4º Para efeito de edificação residencial unifamiliar, uma economia por lote, até 2 (dois) pavimentos e não

localizada em Zona das Águas (ZA), por opção do proprietário, devidamente assistido por profissional habilitado, poderá ser requerida aprovação simplificada, a qual deverá ser instruída no mínimo com os elementos correspondentes aos incisos I, II, III, IV, V e VI, alíneas “a” e “e”, constantes deste artigo, e ainda com o sistema de tratamento dos efluentes e corte esquemático longitudinal.

§ 5º As edificações enquadradas no § 4º com área de até 70 m2 (setenta metros quadrados) ficam isentas de qualquer tipo de taxa para os procedimentos administrativos relativos a alinhamento, aprovação de projeto, licença para construir e habite-se.

§ 6º Quando utilizado o procedimento disciplinado no § 5º, a disposição interna dos compartimentos, suas dimensões e funções são de total responsabilidade dos profissionais responsáveis técnicos envolvidos e do proprietário, observando-se, ainda, as disposições contidas na Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 | Código Civil Brasileiro.

§ 7º Para efeito de aprovação de projetos, estes poderão ser apresentados por meio de cópias ou meios eletrônicos.Art. 6º As escalas recomendadas na confecção de projetos são as seguintes:a) 1:50 para as plantas de pavimentos não repetidos, cortes e fachadas, quando a maior dimensão for inferior a

40 m (quarenta metros), e 1:100 quando a dimensão maior for superior a 40 m (quarenta metros);b) 1:250 para a planta de localização; 1:500 ou 1:1000 para a planta de situação;c) 1:50 ou 1:100 para as instalações complementares da edificação ou o que for determinado pelas normas ou

regulamentos respectivos; ed) as plantas de detalhes de arquitetura serão apresentadas na escala mais conveniente, a juízo de seu autor.§ 1º A escala não dispensará a indicação de cotas, as quais prevalecerão em caso de divergências.§ 2º Fica a critério do responsável técnico a escolha das escalas a serem apresentadas, sendo que as mesmas

deverão possibilitar a clara compreensão dos projetos.§ 3º O órgão responsável pela aprovação poderá exigir a elaboração do projeto em outras escalas, caso não

seja atendido o disposto no § 2º.Art. 7º Nas obras de reforma, reconstrução ou acréscimos, serão apresentadas, com indicações precisas e

convencionais, as partes a acrescentar, demolir ou conservar, sendo utilizadas as cores amarelo para as partes a demolir, vermelho para as partes novas ou a renovar e preto para as partes a conservar.

Art. 8º Não serão permitidas rasuras nem emendas nos projetos.Art. 9º Os processos relativos a construções e obras de qualquer natureza para as quais se torne necessário o

cumprimento das exigências que forem estabelecidas por outras repartições ou instituições oficiais somente serão aprovados depois da análise ou visto dado para cada caso pela autoridade competente de ditas repartições ou instituições oficiais.

Art. 10. As exigências decorrentes do exame na apreciação inicial serão indicadas na respectiva prancha e descritas na comunicação de correções, sendo que as mesmas deverão retornar, juntamente com as pranchas corrigidas, para dar continuidade à análise.

§ 1º Após a apreciação inicial, o responsável técnico terá o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para efetuar as correções necessárias, findo o qual, e não sendo efetuadas as mesmas, o processo será indeferido e arquivado.

§ 2º Esclarecimentos sobre as correções no projeto somente serão tratadas com a presença do responsável técnico.§ 3º Caso haja a necessidade da ouvida de outros órgãos ou secretarias, o prazo estipulado no presente artigo

será dilatado do tempo em que tramitar nos mesmos.Art. 11. O prazo para o despacho final dos projetos pela municipalidade será de no máximo 30 (trinta) dias úteis.Parágrafo único. Caso haja a necessidade da ouvida de outros órgãos ou secretarias, o prazo estipulado no

presente artigo será dilatado do tempo em que tramitar nos mesmos.Art. 12. Uma via do projeto arquitetônico completo será arquivada na Prefeitura, sendo que a parte interessada

poderá protocolar a solicitação de autenticação de novas vias do mesmo.Parágrafo único. Uma via do projeto aprovado deverá estar à disposição da fiscalização, juntamente com o

alvará de licença, quando do início da obra.Seção IILicenciamento das ConstruçõesArt. 13. O licenciamento da construção será concedido mediante:I - requerimento solicitando licença para construção, assinado pelo proprietário e responsável técnico;II - apresentação do projeto aprovado;III - projeto hidrossanitário, contendo, no mínimo, lançamento e tratamento dos efluentes, alimentação até o

hidrômetro e reservação inferior e superior, bem como reserva técnica de incêndio, nos casos em que for necessário;IV - ART dos projetos complementares e execução;V - pagamento das taxas relativas ao licenciamento da construção; eVI - alinhamento.§ 1º O processo de alinhamento deverá ser acompanhado de:a) requerimento assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico;b) uma planta de situação e localização, conforme especificado no art. 5º, inciso VI, alínea “a”; ec) cópia do registro imobiliário atualizado.§ 2º Será entregue ao requerente uma ficha de alinhamento contendo todos os dados necessários para a

marcação do alinhamento predial.Art. 14. Na oportunidade da solicitação de licença para construção, o proprietário da obra e o responsável

técnico poderão solicitar uma autorização provisória para iniciá-la, sob responsabilidade civil do proprietário e técnica do profissional habilitado.

§ 1º O proprietário da obra e o responsável técnico assinarão um termo de compromisso pelo qual assumem a responsabilidade de realizar a adequação de qualquer elemento ou parte da construção que estiver em desacordo com a legislação municipal vigente, ainda que para isso seja necessária a demolição total ou parcial do executado.

§ 2º Nos casos de opção pela autorização provisória, antes de ser liberada a licença para construção será realizada uma vistoria na obra, para comprovar sua adequação ao projeto aprovado.

§ 3º No caso de ser constatada alguma diferença com o projeto aprovado, o proprietário e o responsável técnico terão o prazo de 30 (trinta) dias para realizar a adequação da obra ao projeto, findo o qual, e não tendo sido atendido o solicitado na vistoria técnica, o proprietário será enquadrado no estabelecido no inciso I do art. 121 deste Código.

Art. 15. Os prédios existentes atingidos por recuos de alinhamento não poderão sofrer obras conforme o art. 3º, inciso III, sem observância dos novos alinhamentos e recuos previstos pelo Plano Diretor do Município.

Parágrafo único. Nos casos de que trata este artigo, somente serão permitidas obras ou reparos cuja execução independa de projeto conforme o art. 3º, inciso II.

Seção IIIValidade, Revalidação e ProrrogaçãoArt. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir

da data do deferimento do mesmo.Parágrafo único. Antes de findar o prazo previsto no caput, poderá ser solicitada a revalidação por 1 (um) ano,

desde que inalterada a normatização respectiva à época da aprovação.Art. 17. O alvará de licença para início da construção será válido pelo prazo de 12 (doze) meses, findo o qual,

e não tendo sido iniciada a construção, o mesmo perderá seu valor.Parágrafo único. Para os efeitos do presente Código, uma edificação será considerada como iniciada quando

constatada a completa execução de sua fundação com base no projeto aprovado.Seção IVModificações de Projeto AprovadoArt. 18. Serão admitidas, mediante mera substituição de plantas aprovadas, modificações, anteriormente ao

habite-se:I - em projetos de residências unifamiliares, com uma economia por lote; eII - nos projetos aprovados para as demais atividades, desde que se limitem:a) a modificações internas que não descaracterizem a destinação dos compartimentos atingidos;b) ao remanejamento ou ampliação do número de boxes de estacionamento;c) a alterações em telhados e aberturas externas;d) a deslocamentos na locação da obra, respeitados os alinhamentos fornecidos; ee) ao reposicionamento de medidores, estações de força, bombas e outros equipamentos similares, destinados

à utilização da unidade.Art. 19. Os demais casos submeter-se-ão à substituição total de projeto.Seção VIsenção de Projetos ou de LicençasArt. 20. Independem da aprovação de projeto e solicitação de licença os seguintes serviços de obras:I - estufas, viveiros e coberturas de tanques de uso doméstico;II - serviços de pintura;III - consertos e pavimentações de passeio;IV - rebaixamento de meios-fios para acesso veicular, de acordo com o que segue:a) será permitido um rebaixamento de meio-fio por testada de lote, sendo que, em casos especiais e com

justificativa que acompanhe a solicitação, a Secretaria Municipal do Urbanismo poderá autorizar a existência de mais de um

Page 2: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 2 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 3

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

rebaixamento, sempre atendido o disposto nas alíneas “b” e “c” deste inciso;b) largura máxima do rebaixamento igual a 6 m (seis metros);c) para cada 8 m (oito metros) de testada deverá ser garantido espaço mínimo de 5 m (cinco metros) sem

rebaixamento;d) nos conjuntos horizontais (residenciais, comerciais, industriais), quando as unidades autônomas ocupam

parte da testada do lote no pavimento térreo, será admitido um rebaixamento de meio-fio para cada unidade, desde que garantida a extensão mínima de 5 m (cinco metros) sem rebaixamento para cada 8 m (oito metros) de testada; e

e) nos terrenos de esquina não será permitido rebaixamento em uma faixa de 5 m (cinco metros) contados a partir do cruzamento dos alinhamentos de meio-fio.

V - os postos de abastecimento de combustíveis deverão seguir as seguintes prescrições, referentes aos rebaixos de meio-fio:

a) terrenos com testadas menores de 30 m (trinta metros), com testada para uma ou mais vias, poderão dispor de, no máximo, 2 (dois) vãos de acesso para veículos, com rebaixos dos meios-fios de até 6 m (seis metros) de largura cada, observada uma distância mínima de 5 m (cinco metros) entre eles;

b) em terrenos com testadas de 30 m (trinta metros) ou mais, serão permitidos até 2 (dois) vãos de acesso por testada, com rebaixos dos meios-fios de até 6 m (seis metros) de largura cada, observada uma distância mínima de 5 m (cinco metros) entre eles;

c) nos locais que contam com serviços de abastecimento de óleo diesel, comprovadamente para veículos de grande porte, serão admitidos rebaixos de meios-fios com até 8 m (oito metros) de largura; e

d) no caso da necessidade de condições diferenciadas do descrito acima, poderá ser encaminhada solicitação à Secretaria Municipal do Urbanismo, que poderá deferir ou indeferir o pedido.

VI - construção de muros no alinhamento dos logradouros e divisas, desde que com altura inferior a 3 m (três metros), obedecidas as seguintes prescrições:

a) nos trechos das divisas que estão compreendidos dentro do afastamento frontal, será permitido muro contínuo com altura máxima de 1 m (um metro), podendo ser complementado superiormente com grades ou outros elementos que permitam a continuidade visual.

VII - reparos nos revestimentos das edificações, desde que observadas as condições de segurança; eVIII - reparos internos e substituição de aberturas em geral, estas quando não impliquem alteração da fachada.Seção VIRemoçõesArt. 21. Poderá ser concedida a remoção de um prédio quando a construção for em madeira ou outros materiais

leves que permitam a remoção por inteiro.Art. 22. A licença para a remoção será concedida mediante a apresentação da seguinte documentação:I - requerimento assinado pelo proprietário do prédio, onde deverá constar número do lote, quadra, nome ou

número da rua da posição anterior e posterior do prédio, quando dentro do perímetro urbano;II - alinhamento fornecido do terreno onde irá se situar o prédio a ser removido, quando dentro do perímetro

urbano;III - fotocópia do registro imobiliário atualizado; eIV - três vias da planta de situação e localização indicando posição atual e futura do prédio.Seção VIIHabite-seArt. 23. Uma obra será considerada concluída quando estiver em condições de ser habitada.Art. 24. Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que tenha sido procedida a vistoria pela Diretoria de

Fiscalização e expedida a carta de habitação.Art. 25. Após a conclusão das obras, deverá ser requerida a vistoria competente, num prazo máximo de 120

(cento e vinte) dias.§ 1º O requerimento de vistoria será sempre assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico.§ 2º O requerimento de vistoria deverá ser acompanhado de:I - projeto arquitetônico aprovado completo;II - carta de entrega dos elevadores, quando houver, fornecida pela firma instaladora;III - visto da liberação das instalações sanitárias fornecido pelo órgão competente, de acordo com

regulamentação específica; eIV - visto da liberação das instalações de prevenção de incêndio do órgão competente, para as edificações

enquadradas como de grande risco.Art. 26. Se, por ocasião da vistoria, for constatado que a edificação não foi construída, aumentada, reconstruída

ou reformada de acordo com o projeto aprovado, o proprietário será autuado de acordo com as disposições deste Código e intimado a legalizar as obras, caso as alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição ou as modificações necessárias para repor a obra de conformidade com o projeto aprovado.

Parágrafo único. As infrações a este artigo importarão em multa ao proprietário ou ao responsável técnico pela execução, de acordo com o Capítulo I do Título IV deste Código.

Art. 27. Solicitada a vistoria e verificado que a obra foi executada conforme projeto aprovado, a Prefeitura fornecerá a carta de habite-se em duas vias, num prazo máximo de 20 (vinte) dias a contar da data em que foi protocolado o requerimento.

Parágrafo único. Se o prédio se localizar com frente para uma via pavimentada, o passeio fronteiro deverá, também, estar pavimentado para a obtenção do habite-se, de acordo com as normas que regulam a matéria.

Art. 28. Será concedido habite-se parcial nos seguintes casos:I - quando se tratar de prédio composto de apartamentos e/ou lojas e/ou escritórios em que cada um puder ser

utilizado independentemente, desde que concluídas as áreas de uso comum que possibilitem o acesso à unidade, assim como as instalações de prevenção contra incêndio;

II - quando se tratar de mais de uma economia construída no mesmo lote; eIII - quando se tratar de fábricas ou depósitos, desde que possuam os sanitários e as instalações preventivas

contra incêndio que permitam seu funcionamento.TÍTULO IINORMAS GERAISCAPÍTULO ÚNICODAS NORMAS DE EDIFICAÇÃOSeção IDa VentilaçãoArt. 29. Todas as dependências terão renovação de ar garantida por aberturas dimensionadas segundo as

necessidades biológicas indicadas na Tabela 1.TABELA 1

Espaço disponívelPor pessoa (m²)

Ar fresco requerido por pessoa (m³/h)

Valores recomendáveisMínimo Sem fumaça Com fumaça

3 40,7 61,2 81,46 25,6 38,5 51,19 18,7 28,1 37,412 14,4 21,6 28,8

§ 1º O cálculo do volume a que se refere a Tabela 1 será efetuado de acordo com a fórmula a seguir:Va= Ae . N . Vonde:Va= Volume total de ar (m3 / h);Ae= Área da abertura de entrada do ar (m2);As= Área de saída do ar (m2);N = Valor que depende da relação As / Ae;V = Velocidade do ar (km/h).No Município de Caxias do Sul será utilizado o valor de V = 9,7 km/h (nove vírgula sete quilômetros por hora).Os valores de N são os constantes na Tabela 2.TABELA 2

As/Ae N As/Ae N0,25 210 2 7600,50 380 3 8050,75 510 4 825

1 600 5 835Obs.: 1 - Os valores da Tabela 2 estão divididos por 1000 (mil) para ajustar as unidades aplicadas na fórmula. 2 - Ver exemplo prático no Anexo II.§ 2º Para obter uma adequada ventilação, é recomendado que existam aberturas de entrada e saída em faces

opostas dos locais.§ 3º As portas são consideradas como aberturas para os efeitos deste artigo.Art. 30. Serão permitidas ventilações zenitais, desde que obedeçam ao disposto no art. 29 do presente Código.Art. 31. Poderão ser ventiladas naturalmente, através de chaminés de entrada e tiragem de ar, as dependências

de uso transitório, tais como sanitários, circulações, escadas, garagens, depósitos residenciais e despensas.Art. 32. A ventilação natural por dutos verticais será constituída de duto de entrada de ar e duto de tiragem,

devendo atender às seguintes condições:I - serem dimensionados pela fórmula:A = V / 1200 monde:A = área mínima da seção do duto (m2);V = somatório dos volumes dos compartimentos que ventilam pelo duto (m3);II - ter, o duto de entrada de ar:a) abertura inferior de captação na base do duto, com as mesmas dimensões deste;b) fechamento no alto da edificação; ec) abertura de ventilação localizada, no máximo, a 0,40 m (quarenta centímetros) do piso do compartimento,

dimensionada pela fórmula:A = V / 1200 monde:A = área mínima da abertura (m2);V = volume do compartimento (m3); eIII - ter, o duto de tiragem:a) altura mínima de 1 m (um metro) acima da cobertura;b) abertura de ventilação em pelo menos uma das faces acima da cobertura, com dimensões iguais ou maiores

que as da seção do duto; ec) abertura de ventilação junto ao forro do compartimento, dimensionada pela fórmula:A = V / 1200 monde:A = área mínima da abertura (m2);V = volume do compartimento (m3).Parágrafo único. A menor dimensão dos dutos de ventilação natural deverá ser de 0,10 m (dez centímetros).Art. 33. Os dutos horizontais para ventilação natural deverão atender às seguintes condições:I - ter a largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros);II - ter altura mínima livre de 0,20 m (vinte centímetros); eIII - ter comprimento máximo de 6 m (seis metros), exceto no caso de ser aberto nas duas extremidades, quando

não haverá limitação para seu comprimento.Art. 34. Será admitida a ventilação mecânica de ar em locais do tipo auditórios, ginásios de esportes, cinemas,

templos e nos casos previstos no art. 31 desta Lei, desde que exista profissional habilitado responsável pelo projeto e execução da mesma.

Seção IIDa IluminaçãoArt. 35. Todas as dependências, independentemente do uso, deverão ser iluminadas diretamente do espaço

externo da edificação, na relação de 1/7 (um sétimo) da área de piso respectivo.§ 1º Admite-se iluminação artificial para as áreas de uso transitório, tais como sanitários, circulações, escadas,

vestíbulos, garagens, adegas, despensas ou depósitos residenciais.§ 2º As cozinhas e lavabos poderão ser iluminados através da lavanderia ou área de serviço, desde que a

distância entre aberturas não ultrapasse 2 m (dois metros) e se situem em paredes confrontadas, sendo que, para estes casos, a área de iluminação, tanto da cozinha ou do lavabo, como da lavanderia ou da área de serviço, deverá ser calculada em 1/7 (um sétimo) da soma das áreas dos pisos.

Art. 36. Serão permitidas iluminações zenitais, desde que obedeçam ao disposto no art. 35.Seção IIIDas Áreas de Iluminação e VentilaçãoArt. 37. Todas as dependências poderão ser iluminadas e ventiladas através de áreas abertas ou fechadas no seu

perímetro, obedecendo às exigências a seguir.Amin= 10,00 + HL = 1,50 + H / 5onde:Amin= área mínima do pátio (m2);L = lado menor medido perpendicularmente à divisa até o eixo de qualquer abertura, respeitado o estabelecido

no art. 1.301 do Código Civil Brasileiro;H = altura da edificação medida do forro do pavimento térreo ao forro do pavimento em questão.§ 1º A relação entre largura e profundidade não poderá ser menor do que 1 (um) em cada pavimento.§ 2º Não serão permitidos corpos avançados de pavimentos superiores sobre as áreas mínimas determinadas

para o pavimento inferior.§ 3º Nas dependências de uso transitório citadas no art. 35, § 1º, as exigências do caput deste artigo poderão ser

reduzidas em 40% (quarenta por cento), atendido o exigido pelo art. 1.301 do Código Civil Brasileiro.§ 4º Admite-se área mínima (Amin) de 10 m² (dez metros quadrados) e lado menor (L) de 1,50 m (um metro e

cinquenta centímetros) para unidades residenciais de até dois pavimentos.§ 5º Sempre que a área mínima do poço ultrapassar 25 m2 (vinte e cinco metros quadrados), poderá ser adotado

lado menor (L) de 5 m (cinco metros).Seção IVDos Elementos das ConstruçõesSubseção IParedesArt. 38. As paredes de divisa ou a menos de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) da divisa entre

unidades autônomas e de escadas enclausuradas deverão ter resistência mínima comprovada ao fogo de quatro horas.Art. 39. As paredes entre as unidades autônomas e as áreas de uso comum deverão ter resistência mínima

comprovada ao fogo de duas horas.Art. 40. As paredes externas executadas com materiais combustíveis deverão distar, no mínimo, 1,50 m (um

metro e cinquenta centímetros) das divisas do lote e 3 m (três metros) de qualquer prédio construído no mesmo.Art. 41. Em fachadas envidraçadas ou em aberturas contínuas que ocupem mais de 3/4 (três quartos) do pé-

direito será obrigatória a colocação de guarda-corpos ou a utilização de vidro laminado, em espessura compatível com o vão e capaz de resistir ao impacto de uma carga de 45 kg (quarenta e cinco quilos) que cai de uma altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Parágrafo único. Deverão ainda ser providas de dispositivo que impeça o efeito chaminé entre pavimentos.Art. 42. No caso de não existir forro de material incombustível, as paredes nas divisas dos lotes entre unidades

autônomas deverão ultrapassar a cobertura em pelo menos 1 m (um metro).Subseção IIPisos e EntrepisosArt. 43. Os entrepisos das edificações deverão ser incombustíveis, tolerando-se entrepisos de materiais

combustíveis em edificações de até dois pavimentos e que constituam uma única economia.Art. 44. Os entrepisos em edificações ocupadas por casas de diversões, sociedades, clubes e habitações

múltiplas deverão ser incombustíveis.Subseção III

Page 3: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 2 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 3

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

MezaninosArt. 45. A construção de mezaninos será permitida, desde que os espaços aproveitáveis fiquem com boas

condições de iluminação e ventilação.Art. 46. Os mezaninos deverão ser construídos de maneira a atender às seguintes condições:I - deixar uma altura livre de no mínimo 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) sobre e sob o mesmo;II - terem parapeito ou guarda-corpo; eIII - terem escada fixa de acesso.Subseção IVObras no AlinhamentoArt. 47. Quando forem previstas janelas no pavimento térreo de edificações de uso residencial, deverão as

mesmas ficar no mínimo a 2 m (dois metros) do nível do passeio.Art. 48. Nas fachadas construídas no alinhamento, as construções em balanço ou formando saliências só

poderão ser executadas acima do pavimento térreo e obedecerão às seguintes prescrições:a) o balanço máximo permitido, incluindo corpos avançados, será de 1/20 (um vigésimo) da largura do

logradouro, não podendo exceder ao limite máximo de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), mas podendo abranger toda a fachada;

b) ter altura mínima, em qualquer ponto, de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) em relação ao nível do passeio; e

c) as saliências no pavimento térreo só serão admitidas se tiverem no máximo 0,10 m (dez centímetros).Art. 49. Em logradouros com menos de 12 m (doze metros) não será permitida a construção de balanços sobre

o logradouro.Art. 50. Quando a edificação apresentar faces voltadas para mais de um logradouro, para os efeitos dos arts. 48

e 49, cada face será considerada isoladamente.Subseção VMarquises e ToldosArt. 51. Será permitida a construção de marquises na fachada das edificações construídas no alinhamento dos

logradouros, desde que:a) não excedam à largura do passeio, deduzida de 0,30 m (trinta centímetros), ficando sujeitas, em qualquer

caso, ao balanço máximo de 4 m (quatro metros) e mínimo de 1 m (um metro);b) não apresentem, quaisquer de seus elementos estruturais ou decorativos, cotas inferiores a 2,80 m (dois

metros e oitenta centímetros) e dimensão máxima de 0,80 m (oitenta centímetros) no sentido vertical;c) não prejudiquem a arborização e a iluminação pública e não ocultem placas de nomenclaturas e outras de

indicação oficial de logradouros;d) sejam construídas, na totalidade de seus elementos, de materiais incombustíveis e resistentes à ação do

tempo, de forma a proporcionar proteção e segurança aos transeuntes;e) sejam providas de dispositivos que impeçam a queda das águas sobre o passeio; ef) sejam providas de cobertura protetora, quando revestidas de vidro ou de qualquer outro material frágil.Parágrafo único. Será obrigatória a construção de marquise em toda a extensão da fachada para prédios de

finalidade comercial, desde que estejam no alinhamento.Art. 52. A colocação de toldos será permitida sobre o passeio e afastamento frontal, desde que obedecidas as

seguintes condições:a) serem engastados na edificação, não podendo haver colunas de apoio sobre o passeio;b) terem balanço máximo de 2 m (dois metros), ficando 0,50 m (cinquenta centímetros) aquém do meio-fio ou

1 m (um metro) quando houver posteação ou arborização;c) não possuírem elementos abaixo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) em relação ao nível do

passeio; ed) serem de estrutura leve, removível a qualquer tempo.Parágrafo único. Serão permitidas coberturas (toldos) na parte fronteira aos acessos principais de hotéis,

hospitais, clubes, cinemas, teatros e escolas, desde que atendidas as seguintes condições:a) terem apoio exclusivamente a 0,50 m (cinquenta centímetros) do meio-fio, no passeio defronte ao acesso; eb) terem largura máxima de 2 m (dois metros).Subseção VIEscadas e Rampas para PedestresArt. 53. Salvo maiores exigências da NBR 9077 e demais leis vigentes que dispõem sobre saídas de emergência

em edifícios, as escadas deverão observar:I - largura mínima livre de 1 m (um metro) e oferecer passagem com altura livre não inferior a 2,10 m (dois

metros e dez centímetros); eII - nos prédios de habitação multifamiliar, a largura mínima livre será de 1,20 m (um metro e vinte centímetros)

e, nos de caráter comercial, de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).Art. 54. A existência de elevadores ou escada rolante em uma edificação não dispensa a construção de escada.Art. 55. Nas escadas de uso nitidamente secundário e eventuais como para porões, adegas, sótãos ou similares,

será permitida a redução da largura para até 0,60 m (sessenta centímetros) livres.Art. 56. O dimensionamento dos degraus das escadas deverá observar a seguinte fórmula:62 cm ≤2a + b ≤64 cmonde:a = altura do espelho; eb = largura do piso.A largura mínima do piso deve ser de 0,25 m (vinte e cinco centímetros), sendo que a altura máxima do espelho

será de 0,19 m (dezenove centímetros).Art. 57. Nos prédios que se destinem a atividades residenciais com elevador, comerciais, industriais, de

prestação de serviços, de ensino, repartições públicas e demais atividades de caráter institucional, deverão, obrigatoriamente, ser executadas rampas para vencer desnível entre o logradouro público ou área externa e o piso correspondente à soleira de ingresso às edificações, e entre estes e o acesso aos elevadores.

Art. 58. No interior das edificações destinadas a centros comerciais, instituições financeiras, repartições públicas, atividades educacionais e outras atividades institucionais, será obrigatória a execução de rampas, as quais serão dispensadas se houver meios mecânicos especiais, destinados ao transporte de pessoas com deficiência.

Art. 59. As rampas a que se referem os arts. 57 e 58 deverão ter largura mínima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) e inclinação máxima de 10% (dez por cento) e ser providas de piso antiderrapante, guarda-corpos e corrimões.

Parágrafo único. Sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a vencer for superior a 3 m (três metros), será obrigatória a execução de patamar com largura e comprimento não inferior à largura da rampa.

Art. 60. A existência de rampa dispensa a execução de escada, desde que atenda à NBR 9077.Subseção VIIPortasArt. 61. O dimensionamento das portas deverá obedecer a uma altura mínima de 2,10 m (dois metros e dez

centímetros) e às seguintes larguras mínimas:I - porta de entrada principal: 0,90 m (noventa centímetros) para unidades autônomas; 1,10 m (um metro e dez

centímetros) para as habitações múltiplas, quando não for exigido elevador, e 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) nos demais casos;

II - portas principais de acesso às salas, gabinetes, dormitórios e cozinhas: 0,80 m (oitenta centímetros);III - portas de serviço: 0,70 m (setenta centímetros); eIV - portas internas secundárias e portas de banheiro: 0,60 m (sessenta centímetros).Parágrafo único. A largura mínima das portas será aumentada nos casos previstos na NBR 9077.Art. 62. Portas de entrada para prédios destinados a diversões públicas, ou onde houver aglomeração de

pessoas, deverão sempre abrir para o exterior.Subseção VIIIChaminésArt. 63. As chaminés de qualquer espécie serão dispostas de maneira que o fumo, fuligem, odores ou resíduos que

possam expelir não incomodem os vizinhos, ou então serem dotadas de aparelhamento eficiente que evite tais inconvenientes.Parágrafo único. Os órgãos competentes poderão, quando julgarem conveniente, determinar a modificação das

chaminés existentes ou o emprego de dispositivos fumívoros, qualquer que seja a altura das mesmas, a fim de cumprir o que dispõe o presente artigo.

Subseção IXCirculações

Art. 64. Os corredores de uso coletivo devem obedecer ao disposto na NBR 9077 e suas alterações, não podendo ter largura inferior a 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Subseção XÁrea de Espera de ElevadoresArt. 65. Nos prédios com elevador, a distância mínima para a construção de qualquer obstáculo em frente às

portas de elevadores, medida perpendicularmente à face das mesmas, será igual à largura da porta mais duas unidades de passagem para todos os pavimentos, em atividades residenciais, e a largura da porta mais 3 (três) unidades de passagem para todos os pavimentos nas demais atividades, sendo que a área mínima de espera no pavimento térreo deve ser de 3 (três) vezes a área do(s) poço(s) do(s) elevador(es), para atividade residencial, e 4 (quatro) vezes a área do(s) poço(s) para as demais atividades; nos demais pavimentos, a área mínima será de 1,5 vezes (uma vez e meia) a área do(s) poço(s), para todas as atividades.

§ 1º A largura da porta a que se refere o caput será aquela indicada pelo fabricante para o tipo de elevador adotado, não sendo admitida largura menor que 80 cm (oitenta centímetros).

§ 2º As áreas de espera de todos os elevadores devem ter ligação que possibilite o acesso direto à escada.Seção VDas InstalaçõesSubseção IInstalações Hidrossanitárias, Elétricas, de Gás e TelefônicasArt. 66. Todas as instalações hidrossanitárias, elétricas, de gás e telefônicas devem obedecer às orientações dos

órgãos responsáveis pela prestação do serviço.Art. 67. As instalações hidrossanitárias devem obedecer aos seguintes dispositivos específicos, além das

disposições previstas em normas específicas:I - toda edificação deverá dispor de instalações sanitárias que atendam ao número de usuários e à função a que

se destinam;II - é obrigatória a ligação da rede domiciliar à rede geral de água quando esta existir na via pública onde se

situa a edificação;III - todas as edificações localizadas em áreas onde houver sistema de esgotamento sanitário com rede coletora

e sem tratamento final, ou rede pluvial, deverão ter seus esgotos conduzidos a sistemas individuais ou coletivos, para somente depois serem conduzidos à rede de esgotamento sanitário existente;

IV - todas as edificações localizadas nas áreas onde houver sistema de esgotamento sanitário com rede coletora e com tratamento final deverão ter seus esgotos conduzidos diretamente à rede de esgotamento sanitário existente;

a) a ligação do esgoto deve ser feita através de uma caixa de inspeção/conexão na rede pública de esgotamento sanitário. A canalização da rede proveniente do prédio a ser atendido não pode avançar mais de 5 (cinco) centímetros no interior da caixa de conexão ou tubo;

b) o projeto hidrossanitário de construção do prédio seguirá as exigências definidas pelo Poder Executivo, que definirá o tamanho da caixa de conexão e os critérios técnicos para execução das ligações de acordo com a rede pública disponível; e

c) as despesas de material e mão-de-obra decorrentes da exigência acima correm por conta do proprietário do imóvel a ter a ligação conectada à rede.

V - é proibida a construção de fossas em logradouro público, exceto quando se tratar de projetos especiais de saneamento, desenvolvidos ou aprovados pelo Município, em áreas especiais de urbanização, conforme legislação específica;

VI - toda edificação deverá dispor de reservatório elevado de água potável com tampa e boia, em local de fácil acesso que permita visita;

VII - os novos empreendimentos residenciais que abriguem mais de 8 (oito) unidades condominiais ou famílias e os comerciais com mais de 500 m² (quinhentos metros quadrados) de área construída devem dispor de reservatório de armazenamento e distribuição de água da chuva, separado do recipiente de água potável, para uso secundário;

VIII - nas edificações destinadas a centros comerciais, cinemas, teatros, instituições financeiras, repartições públicas, atividades educacionais e outras atividades institucionais, deverão ser instalados vasos sanitários e lavatórios destinados ao público em proporção satisfatória ao número de usuários da edificação, não inferior a um conjunto para cada 500 (quinhentas) pessoas, e, no mínimo, um conjunto adequado às pessoas com deficiência;

IX - nas edificações com previsão de uso por crianças, deverão ser instalados vasos sanitários e lavatórios adequados a essa clientela em proporção satisfatória ao número de usuários da edificação;

X - as unidades residenciais deverão ser dotadas de instalação sanitária contendo no mínimo um vaso sanitário, um ponto para chuveiro, um lavatório, um ponto para pia de cozinha e um ponto para tanque ou máquina de lavar roupa; e

XI - em todas as demais atividades, as unidades autônomas deverão possuir, no mínimo, um conjunto sanitário (vaso e lavatório).

Subseção IIInstalações EspeciaisArt. 68. São consideradas especiais as instalações de pára-raios, preventivas contra incêndio, iluminação

de emergência e espaços destinados a instalações que venham a atender às especificidades do projeto da edificação em questão.

Parágrafo único. Todas as instalações especiais devem obedecer às orientações dos órgãos competentes, quando couber, e às leis municipais que regulamentam a matéria.

Subseção IIIInstalações PluviaisArt. 69. As instalações de drenagem de águas pluviais devem garantir níveis aceitáveis de funcionalidade,

segurança, higiene, conforto, durabilidade e economia.Art. 70. Em observância ao art. 1.288 do Código Civil Brasileiro e ao art. 5º da Lei Federal nº 6.766, de 19

de dezembro de 1979, deve haver reserva de espaço no terreno para passagem de canalização de águas pluviais e esgotos provenientes de lotes situados a montante.

§ 1º Os terrenos em declive somente poderão extravasar as águas pluviais para os terrenos a jusante quando não for possível seu encaminhamento para as ruas em que estão situados.

§ 2º Nos casos previstos neste artigo, as obras de canalização das águas ficarão a cargo do interessado, devendo o proprietário do terreno a jusante permitir a sua execução.

§ 3º Em observância ao art. 1.300 do Código Civil e ao art. 105 do Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934 | Código das Águas, as edificações construídas sobre linhas divisórias ou no alinhamento do lote devem ter os equipamentos necessários para não lançarem água sobre o terreno adjacente ou sobre o logradouro público.

§ 4º O escoamento das águas pluviais do terreno para as sarjetas dos logradouros públicos deve ser feito através de condutores sob os passeios ou canaletas com grade de proteção.

§ 5º Em caso de obra, o proprietário do terreno fica responsável pelo controle global das águas superficiais, efeitos de erosão ou infiltrações, respondendo pelos danos aos vizinhos, aos logradouros públicos e à comunidade, pelo assoreamento e poluição de bueiros e de galerias.

§ 6º É terminantemente proibida a ligação de coletores de águas pluviais à rede de esgoto sanitário.Subseção IVInstalação de ElevadoresArt. 71. Em todos os casos em que for obrigatória a instalação de elevadores, serão obedecidas as Normas

Brasileiras e as disposições deste Código que lhe forem aplicáveis.Art. 72. Serão obrigatoriamente servidas por elevadores as edificações em geral, de mais de 2 (dois)

pavimentos, que apresentarem entre o piso do pavimento de menor cota e o piso do pavimento de maior cota distância vertical superior a 11,50 m (onze metros e cinquenta centímetros).

Parágrafo único. No caso de associação de atividades, o cálculo da distância referida no caput deste artigo será realizada independentemente para cada uma das atividades.

Art. 73. As botoeiras, dispositivos de alarme e outros equipamentos deverão ser posicionados e ter suas características de forma a atender às pessoas com deficiências físicas na locomoção.

Art. 74. Não serão computados na consideração da distância vertical citada no art. 72:a) o último pavimento, quando for de uso exclusivo do penúltimo (dúplex), caracterizado por acesso privativo,

ou destinado a dependências de uso comum do prédio; eb) os pavimentos de subsolo, quando servirem como depósitos de uso comum ou dependências do zelador.Art. 75. A exigência de instalação de elevadores é extensiva às edificações que tiverem acrescido o número de

pavimentos, observados os limites estabelecidos anteriormente.Art. 76. Sempre que uma edificação for servida por elevadores de acordo com o art. 72, os mesmos deverão

dar acesso a todos os pavimentos habitáveis, incluindo os subsolos, excluído o disposto nas alíneas “a” e “b” do art. 74.Art. 77. Edifícios destinados a uso misto devem ter elevadores exclusivos para cada um dos usos, observado

Page 4: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 4 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 5

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

o disposto no art. 72.Art. 78. O número mínimo de elevadores de uma edificação deverá ser comprovado através de cálculo de tráfego.Seção VIDos Dispositivos de Segurança Durante a ConstruçãoSubseção ITapumesArt. 79. Em toda obra em construção, reforma ou demolição, estando recuada ou não, deverá ser edificado

tapume provisório, sem frestas e com altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros), excetuando as obras em terrenos de grandes dimensões onde as edificações estejam afastadas do alinhamento, que poderão executar o fechamento com tela.

§ 1º Quando a obra estiver sendo executada no alinhamento predial, o tapume provisório poderá ocupar no máximo 30% (trinta por cento) da largura do passeio público.

§ 2º Quando a obra for recuada, o tapume deverá obedecer ao alinhamento predial.§ 3º Quando for tecnicamente indispensável para a execução da obra a ocupação de maior área do passeio, deve

o responsável técnico requerer justificadamente à Prefeitura a devida autorização, que poderá ser concedida até a ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento) do passeio, garantindo uma faixa livre para o trânsito de pedestres com a largura mínima de 1,10 m (um metro e dez centímetros) duas unidades de passagem.

§ 4º Quando no passeio público houver poste, árvores ou placas oficiais próximos ao meio-fio, deverá ser observada a largura mínima de 1,10 m (um metro e dez centímetros), medindo-se da face interna do poste, árvore ou placa em relação ao tapume.

§ 5º Quando a obra atingir o início do terceiro pavimento acima do passeio e for provida de marquise, o tapume térreo será recuado para 1/3 (um terço) da largura do passeio; caso não haja marquise, deverá ser feita uma cobertura em forma de galeria com pé-direito livre de no mínimo 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros).

§ 6º Os pontaletes de sustentação dos tapumes, quando formarem galerias, deverão ser colocados a prumo, afastados no mínimo 0,30 m (trinta centímetros) do meio-fio, mantendo-se o passeio em boas condições, com pavimentação provisória e garantindo-se a faixa livre para o trânsito de pedestres.

§ 7º A exigência de tapume prende-se tão-somente às fachadas com frente para a via pública.§ 8º Não será permitido qualquer tipo de atividade comercial nas áreas de avanço no passeio público cercadas

por tapumes durante a realização da obra.Subseção IIProteção VerticalArt. 80. Em toda obra executada no alinhamento predial com mais de 6 m (seis metros) de altura, deverá ser

colocado um sistema de proteção na vertical, com tela de malha fina de náilon ou plástico resistente, distando no máximo 2 m (dois metros) da fachada, podendo iniciar a partir da face superior da marquise.

§ 1º Se o prédio se encontrar recuado do alinhamento, deverá ser executado na proporção de 1:3 entre recuo e altura para início da tela de proteção, acompanhando a obra na vertical, até sua conclusão.

§ 2º A proteção vertical nunca poderá estar a mais de 3 m (três metros) abaixo do nível atingido pela obra.§ 3º A proteção vertical somente poderá ser removida após concluídas as estruturas de alvenaria e platibanda.§ 4º A exigência da proteção vertical prende-se tão-somente às fachadas com frente para a via pública.Subseção IIIBandejasArt. 81. Toda obra edificada com frente para a via pública, no alinhamento, a partir do segundo pavimento,

contado acima do nível da rua, deverá, ao iniciar-se o terceiro pavimento, ou à altura máxima de 6,50 m (seis metros e cinquenta centímetros), obrigatoriamente, construir uma bandeja, independentemente da existência de galeria.

§ 1º Nas construções levantadas em divisa do terreno, sempre que houver construções lindeiras, a partir da mesma altura indicada no caput, o proprietário da construção fica obrigado a executar uma bandeja de proteção.

§ 2º As bandejas citadas no caput e no ˜ 1º deste artigo deverão ter a largura de 2 m (dois metros), ser dotadas de uma borda, no estilo de platibanda, com a altura mínima de 0,90 m (noventa centímetros), e sucessivamente, a cada 9 m (nove metros) de altura, a contar da primeira bandeja, deverá ser construída uma nova bandeja, semelhante à primeira, acompanhando o andamento da obra, e só poderão ser removidas após a execução da estrutura e das paredes externas, nos três pavimentos acima.

§ 3º Se o prédio se encontrar afastado da divisa lindeira, deverá ser obedecida a proporção de 1:3 entre afastamento e altura para construção da bandeja de proteção.

Art. 82. Aplica-se às demolições de prédios situados em divisa do terreno o previsto no artigo 81, adaptadas as exigências estabelecidas às construções.

Subseção IVAndaimesArt. 83. Os andaimes deverão apresentar condições de segurança em seus diversos elementos e poderão ocupar,

no máximo, a largura do passeio menos 0,30 m (trinta centímetros).Art. 84. Quando os andaimes formarem galerias, aplicar-se-ão aos mesmos as prescrições dos §§ 5º e 6º do

art. 79.Art. 85. Os andaimes armados com cavaletes ou escadas, além das condições estabelecidas no artigo 83, devem

atender mais as seguintes:a) serem utilizados somente para pequenos serviços e até a altura de 5 m (cinco metros); eb) não impedirem, por meio de travessas que os limitem, o trânsito público sob as peças que os constituem.Art. 86. O emprego de andaimes suspensos por cabos (jaú) será permitido nas seguintes condições:a) terem largura máxima de 2 m (dois metros) e mínima de 1 m (um metro); eb) ser o passadiço dotado de proteção por tela de malha fina em todas as faces livres, com altura não inferior

a 1,20 m (um metro e vinte centímetros), para impedir a queda de materiais, com assoalho de madeira e sem apresentar frestas.

Subseção VDisposições ComunsArt. 87. Os tapumes, bandejas e andaimes devem prover efetiva proteção das árvores, dos aparelhos de

iluminação pública, dos postes e de qualquer outro dispositivo existente, sem prejuízo do funcionamento dos mesmos.Art. 88. Os tapumes no térreo ou em forma de galeria, com altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta

centímetros) e 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) de pé-direito, respectivamente, somente poderão ser removidos na fase de acabamento final das obras, isto é, por ocasião da pintura ou revestimento final que se equivalha.

Art. 89. No caso de se verificar a paralisação de uma construção por mais de 180 (cento e oitenta) dias, deverá ser feito o fechamento do terreno, no alinhamento do logradouro, por meio de um muro dotado de portão de entrada, observadas as exigências deste Código para o fechamento dos terrenos.

§ 1º Tratando-se de construções no alinhamento, um dos vãos abertos sobre o logradouro deverá ser dotado de porta, devendo todos os outros vãos para o logradouro serem fechados de maneira segura e conveniente.

§ 2º No caso de continuar paralisada a construção, depois de decorridos 180 (cento e oitenta) dias, será o local examinado pela comissão definida no art. 138, a fim de constatar se a construção oferece perigo à segurança pública e promover as providências que se fizerem necessárias.

Art. 90. Os tapumes, bandejas e andaimes de uma construção paralisada por mais de 180 (cento e oitenta) dias deverão ser removidos até o alinhamento, desimpedindo o passeio e deixando-o em perfeitas condições de uso.

Art. 91. A plataforma do elevador de carga, quando localizada no alinhamento ou junto às divisas lindeiras, deverá ser provida, nas suas laterais, de tela metálica de segurança, com bitola nº 16 e malha não superior a 3 cm x 3 cm, e sua altura mínima será de 1 m (um metro).

Art. 92. A retirada de entulho de todo prédio em construção, reforma ou demolição deverá ser efetuada por meio de condutor fechado até o receptor, e, uma vez localizado no passeio, deverá obedecer a uma altura máxima que não obstrua a passagem dos transeuntes, colocando ainda, para evitar a propagação de poeiras, coifas plásticas ou equivalentes entre o terminal do condutor e o receptor.

Art. 93. Quando comprovada a necessidade do uso de ácidos para limpeza predial, deverá ser encaminhado pedido de licença, acompanhado de laudo técnico elaborado por engenheiro químico, e as providências a serem adotadas para evitar danos às propriedades lindeiras, transeuntes e automóveis.

Parágrafo único. No pedido deverá constar o tempo e o horário para execução de tais trabalhos.Art. 94. A não observância das obrigações previstas na presente Seção sujeita o infrator à aplicação de multa

prevista no inciso III do art. 128 desta Lei.Seção VIIDas Disposições GeraisArt. 95. Prédios de apartamentos, quando associados a conjuntos de escritórios ou consultórios, e conjuntos

destinados a comércio, deverão possuir o acesso ao logradouro público e à circulação independentes.

JORNAL DO MUNICÍPIOPublicado em cumprimento ao que dispõe o art. 12 do ADT da Lei Orgânica do Município, em consonância com a Lei Municipal nº 3.810, de 10 de abril de 1992, regulamentada pelo Decreto nº 7.395, de 05 de maio de 1992. Rua Alfredo Chaves, 1333, Caxias do Sul/RS. Telefone 3218.6015 - Fax: 3218.6022.Editado pela Assessoria de Comunicação/Jornalismo da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul.Jornalistas Responsáveis:PODER EXECUTIVO: Antônio Roque Feldmann - MTB 8613 PODER LEGISLATIVO: Eloa NespoloImpressão: Empresa Jornalística Pioneiro S/A

Art. 96. Os condomínios verticais com mais de duas unidades autônomas, independentemente da associação de atividades, deverão ter, no pavimento térreo, caixa receptora de correspondência e quadro indicador das unidades.

Art. 97. As edificações destinadas a centros comerciais, instituições financeiras, repartições públicas, atividades educacionais e outras atividades institucionais deverão prever no mínimo uma vaga de estacionamento para pessoas com deficiência.

§ 1º Nas edificações citadas no caput deste artigo, a proporção mínima de vagas deverá ser de uma para cada 100 (cem) vagas exigidas.

§ 2º As vagas referidas no presente artigo deverão ter dimensões mínimas de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) de largura por 5 m (cinco metros) de profundidade, e deverão conter placa e símbolo de identificação de espaço reservado a pessoas com deficiência.

TÍTULO IIINORMAS ESPECÍFICASCAPÍTULO ÚNICOATIVIDADES E USOSSeção IHabitaçõesArt. 98. Entende-se por habitação, casa ou apartamento a economia residencial destinada exclusivamente à

moradia, constituída de, no mínimo, dormitório, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.§ 1º Os locais relacionados no caput podem ser integrados, a critério do projetista, salvo as dependências

sanitárias, que nunca poderão ter acesso direto à cozinha.§ 2º Nos banheiros, área de serviço e cozinha, na região da pia e do fogão, os pisos e paredes até 1,50 m (um

metro e cinquenta centímetros) de altura deverão ser de material incombustível e impermeável.§ 3º Poderá ser dispensada a área de serviço quando houver lavanderia coletiva.Seção IIHotéis, Pensões e CongêneresArt. 99. Os hotéis, pensões e congêneres devem atender às seguintes disposições, além das demais previstas

pelo presente Código:I - ter, além dos compartimentos destinados à habitação (apartamentos ou quartos), as seguintes dependências:a) vestíbulo para instalação de portaria;b) sala de estar geral; ec) entrada de serviço.II - ter vestiários e instalações sanitárias privativas para o pessoal de serviço; eIII - no caso de não existirem sanitários privativos, deverão ter instalações sanitárias separadas por sexo, na

proporção de um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório para cada grupo de seis hóspedes.Seção IIIPrédios Destinados a Atividades Comerciais e Prestadoras de ServiçoArt. 100. Além do estabelecido nos artigos subsequentes e nas normas gerais do presente Código, todas as

edificações destinadas a atividades comerciais e prestadoras de serviço deverão atender às Normas Regulamentadoras das Leis do Trabalho e legislação complementar, assim como às disposições do Código de Posturas do Município.

Subseção IGalerias ComerciaisArt. 101. As galerias comerciais atenderão, além das disposições do presente Código e da NBR 9077 que lhe

forem aplicáveis, às seguintes disposições:I - pé-direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros);II - manutenção, limpeza e conservação por conta dos proprietários; eIII - não poderão possuir acesso veicular.Subseção IIAuditórios, Cinemas e TeatrosArt. 102. As edificações destinadas a auditórios, cinemas e teatros, além das disposições deste Código que lhe

forem aplicáveis, devem ainda satisfazer as seguintes condições:I - ter sala de estar contígua e de fácil acesso à sala de espetáculos, com uma área mínima de 0,20 m² (vinte

centímetros quadrados) por pessoa, considerada a capacidade total;II - em especial este tipo de edificações deverá atender às normas e legislações pertinentes a circulações e saídas

de emergência;III - devem ser previstas vagas para pessoas com deficiência na plateia, na proporção de uma para cada 200

(duzentos) lugares;IV - será exigida uma renovação de ar de 50,0 m3/H por pessoa; eV - devem ser dotadas de dispositivos que evitem a transmissão de ruídos, conforme prescrito no Código de

Posturas do Município.Subseção IIIGinásios, Clubes e Quadras de EsportesArt. 103. Ginásios, clubes e quadras para a prática de esportes com finalidade comercial, além das disposições

deste Código que lhe forem aplicáveis, deverão:I - ter no mínimo dois vestiários, com área mínima útil de 6 m² (seis metros quadrados) cada, e tendo anexos

aos mesmos sanitários com no mínimo um vaso, um lavatório e dois chuveiros; eII - na existência de piscinas, deverão atender às exigências do Decreto Estadual nº 23.430, de 24 de outubro

de 1974.Subseção IVEscolas de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, Creches e SimilaresArt. 104. As edificações destinadas a escolas, creches e similares, além das disposições deste Código e da

Norma Técnica 26, da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, devem ter salas de aula que atendam às seguintes exigências:

I - escolas de ensino fundamental e de ensino médio:a) salas de aula com área calculada à razão de 1,20 m² (um metro e vinte centímetros quadrados) por aluno, não

podendo ter área inferior a 15 m2 (quinze metros quadrados);b) ter local de recreação descoberto com área mínima igual a 1,5 vezes (uma vez e meia) a soma das áreas das

salas de aula;c) ter local de recreação coberto com área mínima igual a 1/3 (um terço) da soma das áreas das salas de aula; ed) possuir no mínimo um bebedouro para cada 150 (cento e cinquenta) alunos.II - creches, escolas maternais, pré-escolas:a) ter no máximo 2 (dois) andares para uso dos alunos, admitindo-se andares a meia altura quando a declividade

do terreno o permitir, e desde que os alunos não vençam desníveis superiores a 4,50 m (quatro metros e cinquenta centímetros); e

b) serão admitidos outros andares desde que para uso exclusivo da administração.Subseção VGaragens Particulares IndividuaisArt. 105. As edificações destinadas a garagens particulares individuais, além das disposições do presente

Código que lhes forem aplicáveis, deverão:I - ter pé-direito mínimo livre de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);II - ter largura útil mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros); eIII - ter profundidade mínima de 5,00 m (cinco metros).

Page 5: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 4 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 5

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

separados das propriedades lindeiras, laterais e nos fundos pelas distâncias de 7 m (sete metros) e 12 m (doze metros), respectivamente, devendo o terreno livre ser ajardinado. Quando os aparelhos estiverem, com exceção das bombas, em recinto fechado, poderão ser instalados junto aos alinhamentos laterais e de fundos;

II - terem reservatórios subterrâneos metálicos, jaquetados e hermeticamente fechados, com capacidade a ser definida pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e que se comuniquem com outros aparelhos apenas pela tubagem imprescindível ao seu funcionamento;

III- terem, obrigatoriamente, ainda os seguintes aparelhos:a) balança de ar e água;b) compressor de ar; ec) elevador hidráulico ou rampa;IV - terem instalação preventiva contra incêndio;V - terem instalações sanitárias, com lavatório, mictório e vaso, franqueadas ao público;VI - manter bem sinalizadas e definidas as entradas e saídas de veículos, através de placas e faixas sobre o

piso;VII - os terrenos para instalação de postos de abastecimento de veículos deverão ter no mínimo 48 m (quarenta

e oito metros) de frente para a rua por no mínimo 30 m (trinta metros) de fundos; eVIII - todo posto de abastecimento de veículos a ser construído deverá observar as seguintes orientações:a) no Anel Central: afastamento mínimo de 1000 m (mil metros) de raio de qualquer outro posto existente ou

licenciado;b) entre o Anel Central e o 2º Anel Perimetral: afastamento mínimo de 700 m (setecentos metros) de raio de

qualquer outro posto existente ou licenciado; ec) entre o 2º Anel Perimetral e o 3º Anel Perimetral: afastamento mínimo de 500 m (quinhentos metros) de raio

de qualquer outro posto existente ou licenciado.Art. 117. Para que o posto de abastecimento possa realizar também serviços de lavagem, lubrificação e troca

de óleo, deverá apresentar previamente, para posterior execução, projeto específico de tratamento dos efluentes, aprovado pelo órgão competente, mediante adequada instalação de caixas coletoras, filtros ou outros dispositivos para a retenção de graxas, óleos e demais resíduos sólidos ou líquidos em geral.

§ 1º Os estabelecimentos que se dediquem à guarda, estacionamento e conserto de veículos automotores e quaisquer outros que pratiquem os serviços descritos no caput deste artigo ficam obrigados a instalar os referidos equipamentos de tratamento de efluentes.

§ 2º Somente poderão efetuar venda e troca de óleos lubrificantes os estabelecimentos que possuírem local apropriado para troca e armazenamento do óleo utilizado ou que estiverem conveniados a outro estabelecimento que atenda essa condição, devendo ser observada a legislação ambiental específica sobre o tema.

Art. 118. Os depósitos de revenda de gás liquefeito de petróleo, embora vinculados a outra atividade comercial, dependerão de alvará de funcionamento próprio, no qual constará a capacidade máxima de armazenamento autorizada.

Seção IVPrédios Destinados a Atividades InstitucionaisArt. 119. Todas as edificações destinadas ao desenvolvimento de atividades institucionais devem atender às

mesmas exigências elencadas para atividades comerciais e prestadoras de serviços constantes no presente Código.Parágrafo único. A diferença de caracterização entre atividades comerciais/prestação de serviços e atividades

institucionais está determinada pelo estatuto das mesmas, não existindo nenhuma diferenciação em termos de exigências referentes à higiene, segurança e conforto.

Art. 120. Todas as edificações destinadas à saúde, tanto institucionais como de prestação de serviços, devem atender, além das disposições gerais deste Código, ao estabelecido pela Resolução ANVISA/DC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 (Ministério da Saúde), em relação aos projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, em todo o território nacional, tanto em edificações novas como em reformas de estabelecimentos já existentes.

Seção VPrédios Destinados a Atividades IndustriaisArt. 121. Todas as edificações destinadas ao desenvolvimento de atividades industriais devem observar, além

das disposições constantes das normas gerais do presente Código, o que dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e legislações complementares.

Parágrafo único. Algumas Normas Regulamentadoras da Consolidação das Leis do Trabalho estão relacionadas no Anexo 3.

TÍTULO IVPENALIDADESCAPÍTULO IMULTASArt. 122. As multas, independentemente de outras penalidades previstas pela legislação em geral e as do

presente Código, serão aplicadas quando:I - o projeto estiver em evidente desacordo com o local ou forem falseadas cotas e indicações do projeto ou

qualquer elemento do processo;II - as obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado e licenciado ou com a licença fornecida;III - a obra for iniciada sem projeto aprovado e licenciado ou sem licença;IV - decorridos 120 (cento e vinte) dias da conclusão da obra, não foi solicitada a vistoria para o habite-se;V - não for obedecido o embargo/notificação imposto pela autoridade competente;VI - não forem sanadas as irregularidades apontadas em auto de infração lavrado por autoridade competente;VII - não forem obedecidas as determinações do Plano Diretor do Município;VIII - houver obstrução dos serviços de fiscalização;IX - o prédio ou obra estiver sendo edificado sem responsável técnico pela execução;X - não tiverem sido adotadas as medidas necessárias de segurança; ouXI - não for obedecido o preceituado nos §§ 1º a 3º do art. 192 da Lei Orgânica do Município.Art. 123. A multa será aplicada pela Diretoria de Fiscalização, à vista do auto de infração/embargo e de acordo

com os valores previstos no art. 128 da presente Lei.Art. 124. O auto de infração será lavrado em 3 (três) vias, assinadas pelo autuado, proprietário e/ou responsável

técnico, sendo a segunda e terceira vias retidas pelo autuante e a primeira via entregue ao autuado.Parágrafo único. Quando o autuado não se encontrar no local da infração ou se recusar a assinar o auto de

infração respectivo, o autuante certificará esse fato no verso da notificação.Art. 125. O auto de infração deve conter:I - designação do dia e lugar em que se deu a infração, ou em que foi constatada pelo autuante;II - fato ou ato que constitui a infração;III - nome e assinatura do infrator, ou denominação que o identifique, residência ou sede; eIV - nome e assinatura do autuante e sua categoria funcional.Art. 126. Lavrado o auto de infração, o infrator terá até 15 (quinze) dias úteis para sanar os motivos da infração

ou apresentar defesa, por escrito, à Gerência de Construção. Findo o prazo e não tendo sido eliminada a causa motivante, o infrator será multado de acordo com o art. 128 do presente Código.

Art. 127. Desacolhida a defesa, a Gerência de Construção imporá a multa, do que será dado conhecimento ao infrator, mediante a entrega da primeira via.

§ 1º Da data da imposição da multa terá o infrator o prazo de 15 (quinze) dias úteis para efetuar o pagamento.§ 2º Decorrido o prazo, a multa não paga se tornará efetiva e será cobrada por via executiva.Art. 128. As multas serão estabelecidas em função da gravidade da infração e terão os seguintes valores:I - multa de 15 (quinze) VRMs nas infrações ao art. 122, inciso IV;II - multa de 30 (trinta) VRMs nas infrações ao art. 122, incisos II, III e IX, e para as quais não haja indicação

expressa de penalidade;III - multa de 74 (setenta e quatro) VRMs nas infrações ao art. 122, incisos VI, VIII e X;IV - multa de 147 (cento e quarenta e sete) VRMs nas infrações ao art. 122, incisos I, V e VII; eV - multa de 20 (vinte) VRMs por metro quadrado demolido, nas infrações previstas no inciso XI do art. 122.Art. 129. As multas previstas no art. 128 poderão ser aumentadas, persistindo o autor da infração no ilícito

administrativo, em até 200% (duzentos por cento), tendo em vista a gravidade da infração.Art. 130. As multas não poderão ser impostas simplesmente em razão de uma requisição ou informação de

terceiros.CAPÍTULO IIEMBARGOSArt. 131. Obras em andamento, sejam elas de reparos, reconstrução, construção, demolição ou reforma, serão

embargadas, sem prejuízo de multas, quando:

Subseção VIGaragens Particulares ColetivasArt. 106. São consideradas garagens particulares coletivas as que forem construídas no lote, em subsolo, ou em

um ou mais pavimentos de edifícios de habitação multifamiliar, de uso comercial e de prestação de serviços.Art. 107. As edificações destinadas a garagens particulares coletivas, além das disposições do presente Código

que lhes forem aplicáveis, deverão satisfazer ainda às seguintes condições:I - ter paredes de material incombustível;II - ter pé-direito mínimo livre de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);III - ter piso com material resistente, lavável e impermeável;IV - ter vão de entrada e circulação de passagem com largura livre mínima de 3 m (três metros) e no mínimo

dois vãos quando comportarem mais de 50 (cinquenta) carros;V - os locais de estacionamento (boxes) para cada carro deverão ter largura mínima de 2,40 m (dois metros e

quarenta centímetros) e comprimento mínimo de 5 m (cinco metros), podendo essas distâncias serem consideradas entre eixos de pilares;

VI - as rampas, quando houver, deverão ter largura mínima livre de 3 m (três metros) e declividade máxima de 20% (vinte por cento), estar totalmente situadas no interior do lote e ter piso antiderrapante; e

VII - ter vãos de ventilação permanente com área no mínimo igual a 1/20 (um vigésimo) da superfície do piso, podendo ser tolerada a ventilação através do poço de ventilação.

§ 1º Nos locais de estacionamento (boxes), a distribuição dos pilares na estrutura e a circulação prevista deverão permitir a entrada e saída independente para cada unidade.

§ 2º O corredor de circulação deverá ter largura livre de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros), 4 m (quatro metros) ou 5 m (cinco metros), quando os locais de estacionamento formarem, em relação aos mesmos, ângulos de até 30º (trinta graus), 45º (quarenta e cinco graus) e entre 60º (sessenta graus) e 90º (noventa graus), respectivamente.

§ 3º Não serão permitidas quaisquer instalações de abastecimento, lubrificação ou reparos em garagens particulares coletivas.

Subseção VIIGaragens ComerciaisArt. 108. São consideradas garagens comerciais aquelas destinadas à locação de espaços para estacionamento

e guarda de veículos, podendo ainda nelas haver serviço de reparos, lavagens, lubrificação e abastecimento.Art. 109. As edificações destinadas a garagens comerciais, além das disposições do presente Código que lhes

forem aplicáveis, deverão ainda satisfazer às seguintes condições:I - ser construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível

nas esquadrias e estruturas das coberturas;II - ter local de acumulação com acesso direto do logradouro que permita o estacionamento eventual de um

número de veículos não inferior a 5% (cinco por cento) da capacidade total da garagem, não podendo ser numerados nem sendo computado nessas áreas o espaço necessário à circulação de veículos;

III - ter pé-direito livre mínimo de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) no local de estacionamento e mínimo de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) na parte das oficinas, devendo as demais dependências obedecerem às disposições do presente Código;

IV - ter piso com material resistente, lavável e impermeável;V - ter as paredes dos locais de lavagem e lubrificação revestidas com material resistente, liso, lavável e

impermeável;VI - ter caixa separadora de óleo e lama quando houver local para lavagem e/ou lubrificação;VII - ter vãos de ventilação permanente com área no mínimo igual a 1/20 (um vigésimo) da superfície do piso,

podendo ser tolerada a ventilação através do poço de ventilação;VIII - ter vãos de entrada com largura livre mínima de 3 m (três metros) e no mínimo dois vãos quando

comportarem mais de 50 (cinquenta) carros;IX - ter o local de estacionamento situado de maneira a não sofrer interferência com os demais serviços;X - os locais de estacionamento (boxes) para cada carro deverão ter largura mínima de 2,40 m (dois metros e

quarenta centímetros) e comprimento mínimo de 5 m (cinco metros); eXI - o corredor de circulação deverá ter largura mínima de 3 m (três metros), 3,50 m (três metros e cinquenta

centímetros), 4 m (quatro metros) ou 5 m (cinco metros) quando os locais de estacionamento formarem, em relação ao mesmo, ângulo de 30º (trinta graus) até 45º (quarenta e cinco graus), de 45º (quarenta e cinco graus) até 60º (sessenta graus) e de 60º (sessenta graus) até 90º (noventa graus), respectivamente.

§ 1º Os locais de estacionamento (boxes) para cada carro, a distribuição dos pilares na estrutura e a circulação prevista devem permitir a entrada e saída independente para cada veículo.

§ 2º Nas garagens comerciais destinadas a supermercados, centros comerciais e similares dotados de rampas para veículos, deve ser garantido o trânsito simultâneo nos dois sentidos, com largura mínima de 3 m (três metros) para cada sentido.

§ 3º As rampas em curva para veículos devem observar raio interno mínimo de 5 m (cinco metros).Art. 110. Quando as garagens se constituírem em um segundo prédio, de fundos, deverão possuir no mínimo

dois acessos, contíguos ou não, com largura mínima de 3 m (três metros) cada um, com pavimentação adequada e livre de obstáculos.

Art. 111. As garagens comerciais com mais de um pavimento (edifícios-garagens) e com circulação por meio de rampas, além das exigências da presente Seção que lhes foram aplicáveis, deverão:

I - ter pé-direito mínimo livre de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) no local de estacionamento; eII - ter circulação vertical independente para os pedestres, com largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte

centímetros).Art. 112. As garagens comerciais com mais de um pavimento (edifícios-garagens) e com circulação vertical

para veículos por processo mecânico, além das demais exigências da presente Seção que lhes forem aplicáveis, deverão ter instalação de emergência para fornecimento de força.

Parágrafo único. Em todas as garagens com circulação vertical por processo mecânico será exigida área de acumulação.

Subseção VIIIAbastecimento de VeículosArt. 113. O abastecimento de combustíveis e lubrificantes de veículos automotores só será permitido:I - nos postos de serviços;II - nas empresas de transportes e de obras civis; eIII - nas entidades de serviços públicos.Parágrafo único. A Prefeitura Municipal, através dos profissionais habilitados do seu Setor de Planejamento,

poderá negar licença para a instalação de dispositivos para abastecimento de combustível toda vez que a julgar prejudicial à circulação de veículos na via pública.

Art. 114. São considerados postos de abastecimento de veículos as edificações construídas para atender ao abastecimento de veículos automotores, prestar serviços de limpeza e conservação de veículos, suprimento de ar e água e reparos rápidos, podendo ainda manter, dentro de horário legalmente preestabelecido, comércio e prestação de serviços de utilidade pública.

Parágrafo único. A instalação de tanque de armazenamento de combustível aéreo dependerá de prévio licenciamento ambiental pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, cumprindo todas as exigências técnicas ambientais aplicáveis aos postos de abastecimento de veículos, sendo destinado apenas a consumo próprio.

Art. 115. As edificações destinadas a postos de serviços, além das disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, deverão:

I - ser construídas de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível nas esquadrias e estruturas de coberturas;

II - ter instalações sanitárias masculinas e femininas franqueadas ao público;III - ter no mínimo um chuveiro para uso dos funcionários;IV - ter muros de divisa com altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros); eV - ter afastamento mínimo de 200 m (duzentos metros) de escolas infantis (creches), técnicas e de ensino

regular (ensino fundamental, ensino médio e ensino superior) que possuam mais de 50 (cinquenta) alunos, de unidades básicas de saúde (UBSs) e hospitais, sendo essa distância medida entre o ponto de instalação do reservatório de combustível e o ponto mais próximo ao terreno do estabelecimento.

Art. 116. Os projetos deverão apresentar desenhos da localização dos equipamentos e instalações destinadas ao abastecimento com notas explicativas referentes às condições de segurança e funcionamento, satisfazendo ainda às seguintes condições:

I - serem, inclusive os aparelhos, recuados 6 m (seis metros) do alinhamento da via ou das vias públicas e

Page 6: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 6 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 7

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

I - estiverem sendo executadas sem o alvará de licenciamento, nos casos em que ele for necessário;II - estiverem em desacordo com o respectivo projeto aprovado;III - não forem observadas as indicações de alinhamento ou nivelamento fornecidos pelo órgão competente;IV - estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional matriculado na Prefeitura;V - o profissional responsável sofrer suspensão ou cassação de carteira pelo Conselho Regional de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia; ouVI - estiver em risco sua estabilidade, com perigo para o público ou para o pessoal que as execute.Art. 132. O agente fiscal lavrará, na hipótese de ocorrência citada no artigo 131, o auto de embargo da obra,

dando ciência ao proprietário ou responsável técnico das providências exigíveis para prosseguimento da obra.Art. 133. O embargo só será levantado após o cumprimento de todas as exigências consignadas no respectivo

auto.CAPÍTULO IIIINTERDIÇÃO DE PRÉDIOS OU DEPENDÊNCIASArt. 134. Um prédio, ou qualquer de suas dependências, poderá ser interditado em qualquer tempo, com

impedimento de sua ocupação, quando oferecer iminente perigo de caráter público.Art. 135. A interdição prevista no art. 134 será imposta por escrito, pelo órgão competente, após vistoria

efetuada conforme o art. 138 desta Lei.Parágrafo único. Não atendida a interdição e não interposto recurso, ou indeferido este, tomará o Município

as providências cabíveis.CAPÍTULO IVDEMOLIÇÕES E VISTORIAS TÉCNICASArt. 136. A demolição total ou parcial de prédio ou dependência será imposta nos seguintes casos:I - quando a obra for irregular, entendendo-se como tal a que for executada sem alvará de licença, aprovação

do projeto ou licenciamento da construção;II - quando a obra for executada sem observância de alinhamento ou nivelamento fornecidos, ou com

desrespeito ao projeto aprovado;III - quando a obra for julgada com risco iminente de caráter público e o proprietário não quiser tomar as

providências que o Município determinar para a sua segurança; ouIV - quando for verificada, por vistoria técnica, a impossibilidade de sanar as irregularidades.Art. 137. A demolição não será imposta, nos casos dos incisos I e II do art. 136, se o proprietário provar que a

obra preenche os requisitos regulamentares ou pode sofrer modificações que permitam satisfazer as exigências aplicáveis, dispondo-se a fazer tais modificações.

Parágrafo único. Tratando-se de obra julgada em risco, aplicar-se-á ao caso o disposto no Código de Processo Civil.

Art. 138. As vistorias serão sempre executadas por uma comissão formada por 3 (três) profissionais legalmente habilitados, nomeados pelo Prefeito para os devidos fins.

§ 1º Um profissional da Secretaria Municipal do Urbanismo, representante do Município, deverá fazer parte de todas as comissões técnicas de vistoria.

§ 2º A comissão de que trata o presente artigo designará dia e hora para efetuar a vistoria, fazendo intimar o proprietário ou seu representante para assisti-la. A juízo da comissão, a vistoria poderá ser adiada em caso justificado.

§ 3º A comissão fará a vistoria apresentando laudo circunstanciado das conclusões a que chegou e indicando as providências que o proprietário deverá tomar para evitar a demolição, bem como o prazo julgado conveniente, que, salvo os casos de urgência, assim determinado pela comissão, não poderá ser inferior a 3 (três) nem superior a 60 (sessenta) dias.

§ 4º Do laudo será entregue cópia ao proprietário e aos moradores, se for o caso, acompanhado aquele da intimação para o cumprimento da decisão ou decisões nele contidas.

§ 5º A cópia e a intimação ao proprietário serão entregues contra recibo e, se o mesmo não for encontrado ou se recusar a recebê-las, serão publicadas por edital.

§ 6º Em caso de ruína iminente, a vistoria será feita com a máxima urgência, dispensando-se a presença do proprietário e promovendo, se possível, a notificação por edital, caso o mesmo não seja encontrado imediatamente, levando-se ao conhecimento do Prefeito as conclusões do laudo para que dê ordens das medidas cabíveis.

Art. 139. Intimado o proprietário do resultado da vistoria, seguir-se-á o processo administrativo, passando-se à ação demolitória caso não sejam cumpridas as decisões do laudo no prazo determinado.

Art. 140. O proprietário poderá nomear um profissional legalmente habilitado para acompanhar a comissão durante a vistoria.

Art. 141. Aplicam-se, para quaisquer outros casos que requeiram vistorias, as disposições do art. 138, em seus §§ 1º e 2º, e do art. 144.

CAPÍTULO VDOS RECURSOSArt. 142. As intimações para o cumprimento do que preceitua este Código serão sempre feitas por escrito e

delas poderão os interessados reclamar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas.Art. 143. Tratando-se de penalidades, poderá o interessado, através de processo administrativo, recorrer ao

Secretário Municipal do Urbanismo, expondo por escrito as razões em que se fundamenta.§ 1º O recurso será interposto dentro de 5 (cinco) dias úteis, contados da data da aplicação da penalidade.§ 2º Decorrido o prazo de que trata este artigo, julgar-se-á procedente e definitiva a penalidade imposta.Art. 144. As notificações ou intimações de que trata este Título poderão ser feitas igualmente pela via postal

com Aviso de Recebimento (AR) ou por edital na imprensa local.TÍTULO VDEFINIÇÕESArt. 145. Para os efeitos do presente Código, devem ser admitidas as seguintes definições:1) ACESSO SEM OBSTÁCULOS: caminho destinado ao uso por enfermos ou pessoas com deficiência física,

inclusive usuários de cadeiras de rodas, ao longo do qual existam rampas, elevadores ou outros dispositivos onde houver diferenças de nível entre pavimentos.

2) ACESSO COBERTO: tipo de toldo de material leve, facilmente removível, dotado de apoio no solo, destinado a proteger a(s) entrada(s) de uma edificação.

3) ACRÉSCIMO OU AUMENTO: ampliação de área(s) construída(s) de uma edificação existente.4) AFASTAMENTO: distância mínima que a construção deve observar relativamente ao alinhamento da via

pública e/ou às divisas do lote.5) ALINHAMENTO: linha legal, informada pelo Município, que serve de limite entre o lote e o logradouro

público, existente ou projetado.6) ALTURA DE UMA FACHADA: segmento vertical medido do nível médio do meio-fio e uma linha

horizontal passando pelo forro do último pavimento, quando se tratar de edificações no alinhamento do logradouro.Tratando-se de construção afastada do alinhamento, a altura é medida entre a mesma linha horizontal e o nível

médio do terreno junto à edificação.7) ALVARÁ: documento expedido pelas autoridades competentes autorizando a execução de obras sujeitas à

fiscalização.8) ANDAIMES: estruturas provisórias necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, destinadas a

suster os materiais e operários durante a execução ou reforma de uma obra e que atendam aos requisitos de segurança ao público e trabalhadores.

9) APARTAMENTO: unidade residencial, hoteleira ou assemelhada, autônoma ou não, servida por espaços de uso comum em edificações de ocupação residencial, de serviços de hospedagem ou de serviços de saúde e institucionais.

10) APROVAÇÃO DE PROJETO: ato administrativo oriundo do exame do projeto e sua concordância com leis vigentes que precede o licenciamento da construção.

11) ÁREA: medida de uma superfície, dada em metros quadrados.12) ÁREA CONDOMINIAL: soma de todas as áreas de uso comum, incluindo circulações horizontais e verticais.13) ÁREA CONSTRUÍDA: soma das áreas cobertas de todos os pavimentos de uma edificação, incluindo sacadas.14) ÁREA PRINCIPAL: área através da qual se efetua a iluminação e ventilação de compartimentos de

permanência prolongada.15) ÁREA SECUNDÁRIA: área através da qual se efetua a iluminação e ventilação de compartimentos de

permanência transitória.16) ÁREA ÚTIL: superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes.17) BALANÇO: avanço, a partir de certa altura, da edificação ou parte dela sobre os alinhamentos ou recuos

previstos ou sobre pavimentos inferiores.18) BANDEJA: andaime em balanço, com o fim de evitar a queda de materiais nas adjacências do prédio.19) CAIXA DE CONEXÃO: caixa de concreto, tijolo ou outro material adequado, instalada na rede de

esgotamento sanitário e onde deve ser conectada a rede de esgoto do prédio.20) COMPARTIMENTO: cada uma das divisões internas de uma edificação.21) CORREDOR OU CIRCULAÇÃO: parte da edificação que liga diversas dependências entre si.22) COTA: indicação ou registro numérico de dimensões.23) DECORAÇÃO: obra em interiores, com finalidade exclusivamente estética, que não implique a criação de

novos espaços internos, a modificação de funções dos mesmos ou a alteração dos elementos essenciais.24) DEMOLIÇÃO: destruição, arrasamento, desmonte de uma edificação.25) DEGRAU: cada um dos pisos onde se assenta o pé ao subir ou descer uma escada.26) DIVISA: linha que separa um lote do outro.27) ECONOMIA: unidade autônoma de uma edificação.28) EMBARGO: ato administrativo que determina a paralisação de uma obra.29) ESCADA: elemento de composição arquitetônica cuja função é propiciar a possibilidade de circulação

vertical entre dois ou mais pavimentos de diferentes níveis, constituindo uma sucessão de, no mínimo, três degraus.30) ESGOTO: condutor destinado a coletar águas servidas e levá-las para lugar adequado.31) FACHADA: elevação das paredes externas de uma edificação.32) FUNDAÇÕES: conjunto dos elementos da construção que transmitem ao solo as cargas das edificações.33) FORRO: nome que se dá ao material de acabamento dos tetos dos compartimentos.34) FOSSA SÉPTICA: tanque de concreto ou alvenaria revestido em que se depositam as águas do esgoto e

onde as matérias sólidas em suspensão sofrem processo de mineralização.35) GALERIA COMERCIAL: conjunto de lojas individuadas ou não, num mesmo edifício, servido por uma

circulação horizontal com ventilação permanente e dimensionada de forma a permitir o acesso e a ventilação de lojas e serviços a ela dependentes.

36) GALERIA PÚBLICA: passeio coberto por uma edificação, de uso público.37) GARAGEM: ocupação ou uso de edificação onde são estacionados ou guardados veículos.38) GUARDA-CORPO: barreira protetora vertical delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas,

patamares, terraços, mezaninos e similares, servindo como proteção de um nível para outro.39) HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR: edificação usada para moradia em unidades residenciais autônomas/

apartamentos.40) HALL: vestíbulo, saguão, entrada.41) LARGURA DE UMA RUA OU LOGRADOURO: distância ou medida tomada entre os alinhamentos da

mesma.42) LICENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO: ato administrativo, com validade determinada, que autoriza o

início de uma obra ou o prosseguimento da mesma.43) LANCE DE ESCADA: parte da escada constituída por degraus que se limita por patamar.44) LOJA: tipo de edificação destinado basicamente à ocupação comercial varejista e à prestação de serviços.45) LOTE: porção de terreno que faz frente ou testada para um ou mais logradouros, descrita e legalmente

assegurada por título de propriedade.46) MARQUISE: balanço constituindo cobertura, sem utilização superior.47) MEMORIAL DESCRITIVO: descrição completa dos serviços a serem executados em uma obra, com

discriminação dos materiais empregados, a qual acompanha os projetos.48) MEZANINO: pavimento intermediário entre o piso e o forro de um compartimento, de uso exclusivo deste

e que ocupa até 50% (cinquenta por cento) da área do piso.49) PASSEIO: parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestres.50) PAVIMENTO: plano utilizável de uma edificação e que a divide no sentido da altura.51) PAVIMENTO TÉRREO: pavimento situado ao rés-do-chão ou ao nível do terreno.52) PÉ-DIREITO: altura do compartimento, medida pela distância vertical entre o piso acabado e a parte

inferior do teto de um compartimento, ou do forro falso, se houver.53) PLATIBANDA: coroamento superior das edificações para ocultar a vista do telhado ou constituir guarda

de terraço.54) PILOTIS: espaço edificado de uso comum totalmente aberto em seu perímetro.55) POÇO DE LUZ E VENTILAÇÃO: área de pequenas dimensões destinada a ventilar compartimento de uso

especial e de curta permanência.56) PORÃO: parte não utilizável de uma edificação abaixo do pavimento térreo.57) PRÉDIO: construção, edifício, edificação, habitação, casa.58) REFORMA: alteração da edificação em suas partes essenciais, visando melhorar suas condições de uso.59) REPAROS: serviços executados em uma edificação com a finalidade de melhorar aspectos e duração, sem

modificar sua forma interna ou externa ou seus elementos essenciais.60) SACADA: elemento da construção que se projeta para fora do corpo do prédio.61) SOBRELOJA: pavimento acima da loja, de uso exclusivo da mesma e com ela ligado internamente.62) SÓTÃO: espaço situado entre o forro e a cobertura, no desvão do telhado.63) SUBSOLO: pavimento de uma edificação com pelo menos metade de seu pé-direito situado abaixo do nível

do passeio na testada média do lote.64) TAPUME: vedação provisória usada durante a construção.65) TERRAÇO: local descoberto sobre uma edificação ou ao nível de um de seus pavimentos acima do

primeiro, constituindo piso acessível e utilizável.66) TESTADA: distância ou medida, tomada sobre o alinhamento, entre duas divisas laterais do lote.67) VAGA DE ESTACIONAMENTO: local descoberto destinado a estacionamento de veículo no lote.68) VISTORIA: diligência efetuada pelo Poder Público tendo por fim verificar as condições técnicas de uma

edificação e/ou a observância do projeto aprovado.TÍTULO VIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAISArt. 146. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação deste Código serão resolvidos pelos setores

competentes da Prefeitura Municipal.Art. 147. Os processos administrativos de licenciamento de construção em curso nos órgãos técnicos

municipais serão examinados de acordo com a legislação vigente à época em que houver sido protocolado o requerimento de licenciamento.

Art. 148. Para todos os efeitos, constituirão parte integrante do presente Código as disposições, resoluções, recomendações e demais atos da ABNT que não conflitarem com as disposições deste Código.

Art. 149. A classificação das atividades e os padrões edilícios previstos neste Código poderão ser alterados com vistas à sua atualização e adequação a novas tecnologias.

Art. 150. Na reciclagem de uso das edificações, os prédios que forem utilizados para abrigar atividades potencialmente incômodas, tais como consultórios e clínicas veterinárias, locais de diversão, academias de ginástica, escolas de dança, artes marciais e similares, excetuada a exigência de pé-direito mínimo, deverão atender integralmente às prescrições deste Código e à legislação de impacto ambiental.

Art. 151. São formalmente revogadas, por consolidação e sem modificação do alcance nem interrupção de sua força normativa, as seguintes Leis Complementares:

I - nº 144, de 29 de junho de 2001;II - nº 200, de 7 de maio de 2003;III - nº 222, de 1º de setembro de 2004;IV - nº 271, de 26 de dezembro de 2006;V - nº 306, de 26 de agosto de 2008;VI - nº 312, de 1º de dezembro de 2008; eVII - nº 362, de 23 de setembro de 2010.Art. 152. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.Caxias do Sul, 22 de dezembro de 2010; 135º da Colonização e 120º da Emancipação Política.

José Ivo Sartori,PREFEITO MUNICIPAL.

ANEXO ITABELA DE PARÂMETROS DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIOBAIRRO:LOTE:QUADRA:ÁREA DO TERRENO:

Page 7: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 6 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 7

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

ÁREA EDIFICADA EXISTENTE:ÁREA A EDIFICAR:ÁREA EDIFICADA TOTAL:

ZONA: ATIVIDADE IA TO TP AF H AL APL

PERMITIDO

EFETIVO

OBSERVAÇÕES

Obs.: 1) IA, TO e TP deverão ser expressos na forma de índice e área (m²).2) No item “área a edificar” deverá constar a área por pavimento.

3) No caso de edifícios condominiais residenciais e/ou comerciais/prestação de serviços, deverá constar quadro de áreas computáveis e não computáveis para o IA.

ANEXO IIEXEMPLO DE CÁLCULO DE VENTILAÇÃO DE DEPENDÊNCIASDEPENDÊNCIA: LOCAL PARA REUNIÕESDIMENSÕESLargura = 6,00 m.Comprimento = 20,00 m.Altura = 4,00 m.Ae = 3,00 m² As = 3,00 m² (nesta hipótese imaginamos seis janelas com 0,50 m² em cada um dos lados maiores do local),

ou seja: 6 * 0,50 m² = 3,00 m².N = 600 (pois a relação As/Ae = 1)V = 9,7 km/hVa = Ae * N * V = 3 * 600 * 9,7 = 17.460 m³/h (renovação de ar efetiva do local)Supondo que o espaço disponível por pessoa em m² seja igual a 3Então, (6,00 m * 20,00 m) / 3,00 m² / pessoa = 40 pessoas ocupando o localSe há a presença de fumaça, serão necessários 81,4 m³/h, para esse espaço disponível e por pessoa.40 * 81,4 m³/h = 3.256 m³/h (renovação de ar recomendada para o local)O valor efetivo obtido com a abertura total das janelas (17.460 m³/h) resulta em uma ventilação 5,36 vezes

maior que o valor recomendado (3.256 m³/h), portanto, para este caso, a condição de ventilação do local está satisfeita com folga.

ANEXO IIINR 1. Disposições geraisDispõe sobre a obrigatoriedade de observância das Normas Regulamentadoras (NRs) pelas empresas privadas

e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Define as competências da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho e da Delegacia Regional do Trabalho, bem como os deveres e obrigações do empregado e do empregador.

NR 8. EdificaçõesEstabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e

conforto aos que nelas trabalham.NR 9. Riscos ambientaisDispõe sobre os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho e capazes de causar

danos à saúde do trabalhador.NR 12. Máquinas e equipamentosDispõe sobre as condições das instalações e áreas de trabalho para utilização de máquinas e equipamentos.NR 14. FornosDefine parâmetros para construção e instalação de fornos.NR 15. Atividades e operações insalubresDefine atividades e operações insalubres; apresenta os limites de tolerância para ruídos, exposição ao calor,

radiações ionizantes; determina condições para os trabalhos sob ar comprimido, submersos, com exposição a radiações não ionizantes, vibrações, frio, umidade, agentes químicos e biológicos.

NR 16. Atividades e operações perigosasDefine atividades e operações perigosas e determina condições para o trabalho com explosivos e inflamáveis.NR 17. ErgonomiaEstabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características

psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança e desempenho eficiente.NR 19. ExplosivosDefine explosivos e determina condições para depósito, manuseio e armazenagem.NR 20. Combustíveis líquidos e inflamáveisDefine combustíveis líquidos e inflamáveis e determina condições para depósito, manuseio e armazenagem.NR 24. Condições sanitárias dos locais de trabalhoDetermina as condições sanitárias e de conforto para instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas e

alojamentos.

LEI COMPLEMENTAR Nº 376, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010.Consolida a legislação relativa à Política Municipal do Meio Ambiente e dá outras providências.O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL.Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar.TÍTULO IDA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULCAPÍTULO IDOS PRINCÍPIOS GERAISArt. 1º A Política do Meio Ambiente objetiva a responsabilidade comum do Poder Público Municipal e do

cidadão em proteger o ambiente, assegurar o direito da sociedade a uma vida saudável e garantir que a exploração dos recursos ambientais não comprometa as necessidades das presentes e futuras gerações, atendendo aos seguintes princípios fundamentais:

I - compatibilização com as políticas ambientais federal e estadual;II - ação governamental na manutenção da estabilidade dos ecossistemas, considerando o ambiente como

um patrimônio público a ser necessariamente protegido, tendo em vista o uso coletivo e a melhoria da qualidade de vida;III - planejamento e fiscalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar, visando à racionalização dos seus usos;IV - proteção, preservação e recuperação dos ecossistemas;V - recuperação de áreas degradadas;VI - responsabilização do causador do dano ambiental, na reparação do prejuízo ocasionado, independentemente

de outras sanções civis e penais cabíveis;VII - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; eVIII - educação ambiental.CAPÍTULO IIDAS COMPETÊNCIASArt. 2º Compete ao Poder Executivo Municipal, por intermédio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e,

complementarmente, às demais unidades político-administrativas do Município, no âmbito de suas competências legais:I - promover medidas e estabelecer diretrizes de preservação, controle e recuperação do meio ambiente,

considerando-o como um patrimônio público, tendo em vista o uso coletivo e a melhoria da qualidade de vida;II - executar a política ambiental do Município;III - promover medidas de preservação e proteção da flora e da fauna, exercendo o poder de polícia no controle;

IV - exigir e acompanhar o estudo de impacto ambiental, análise de risco e licenciamento, para instalações e ampliações de obras ou atividades que possam degradar efetiva ou potencialmente o ambiente, conforme legislação vigente;

V - fiscalizar e disciplinar a produção, o transporte, a comercialização, a manipulação e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco efetivo ou potencial à saúde pública, à qualidade de vida e ao ambiente;

VI - prevenir e combater as diversas formas de poluição;VII - proteger o patrimônio natural, histórico, estético, arqueológico, paleontológico, espeleológico e

paisagístico do Município;VIII - promover a educação ambiental formal, em conjunto com a Secretaria Municipal da Educação, a não

formal e a informal;IX - promover a utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos e minerais destinados

para fins urbanos e rurais, através de uma criteriosa definição de uso e ocupação, especificações de normas e projetos, acompanhando a implantação e construção com técnicas ecológicas de manejo; especificações de normas e projetos, com conservação, recuperação e preservação, bem como o tratamento e disposição final de resíduos de qualquer natureza;

X - elaborar e implantar o Plano Diretor de Proteção Ambiental; eXI - propor e executar programas de proteção do meio ambiente, contribuindo para a melhoria e a recuperação

de suas condições.CAPÍTULO IIIDOS INSTRUMENTOSArt. 3º São instrumentos da política ambiental do Município:I - a legislação ambiental municipal;II - o licenciamento ambiental municipal sob as diferentes formas, a interdição e a suspensão de atividades;III - o Fundo Municipal do Meio Ambiente;IV - central de cadastro, registro, informações geográficas e ambientais de todas as áreas de interesse público;V - avaliação do estudo de impacto ambiental e análise de risco;VI - a prevenção, o controle, a fiscalização e o monitoramento;VII - o zoneamento ambiental das diversas atividades;VIII - a educação ambiental;IX - as sanções disciplinares e compensatórias ao descumprimento das providências necessárias à preservação

ou recuperação do dano ambiental;X - o diagnóstico da qualidade ambiental do Município;XI - o Plano Diretor de Proteção Ambiental;XII - o estabelecimento de incentivos fiscais com vistas à produção e instalação de equipamentos e à criação ou

absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;XIII - os acordos, convênios, consórcios e outros mecanismos associados de gerenciamento de recursos

ambientais;XIV - a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE);XV - o Sistema Municipal de Informações Ambientais;XVI - o Cadastro Técnico de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;XVII - os estímulos e incentivos com o objetivo de proteger, manter, melhorar e recuperar a qualidade

ambiental;XVIII - a gestão ambiental por bacias e microbacias hidrográficas;XIX - as auditorias ambientais;XX - o turismo ecológico;XXI a ecologia social; XXII - a Certificação Ambiental, como forma de reconhecimento aos métodos, técnicas e tecnologias de

produção limpas e sustentáveis; e XXIII - os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), conforme o disposto no art. 15 da Resolução nº 006/99,

de 8 de outubro de 1999, do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), e no art. 27 desta Lei Complementar.TÍTULO IIDO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADOCAPÍTULO IDA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTEArt. 4º O meio ambiente ecologicamente equilibrado é patrimônio comum da coletividade, bem de uso comum

do povo e essencial à adequada qualidade de vida, sendo sua proteção dever do Município e de todas as pessoas e entidades, que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de produção e no exercício de atividades, devem respeitar as limitações administrativas e demais determinações estabelecidas pelo Poder Público, com vistas a garantir um ambiente sadio, seguro, agradável e ecologicamente equilibrado, para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Considera-se meio ambiente o conjunto do espaço físico e os elementos naturais nele contidos, passíveis de serem alterados pela atividade humana.

§ 2º Considera-se equilíbrio ecológico a capacidade de um ecossistema de compensar as variações devidas a fatores exteriores e de conservar suas propriedades e funções naturais, permitindo a existência, a evolução e o desenvolvimento do homem e dos outros seres vivos.

Art. 5º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática das infrações previstas nesta Lei incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro do conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo de conduta indevida de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Art. 6º São consideradas áreas de preservação permanente:I - os banhados naturais;II - as nascentes dos rios;III - as que abriguem exemplares raros da fauna e da flora;IV - as que sirvam de local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;V - as paisagens notáveis;VI - as que apresentem indícios ou vestígios de sítios paleontológicos, arqueológicos e espeleológicos;VII - a cobertura vegetal que contribua para a resistência das encostas à erosão e a deslizamentos;VIII - as encostas, ou parte destas, com declividade superior a 45º (quarenta e cinco graus), equivalente a 100%

(cem por cento) na linha de maior declive;IX - o entorno dos lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais, das nascentes, ainda que intermitentes,

e dos chamados olhos-d’água, qualquer que seja a sua situação topográfica;X - os topos de morros, montes, montanhas e serras; eXI - as florestas e demais formas de vegetação, de acordo com o previsto na Lei Federal nº 4.771, de 15 de

setembro de 1965, art. 2º, alínea “a”, itens 1, 2, 3, 4 e 5, e na redação da Lei Federal nº 7.803, de 18 de julho de 1989, no que couber dentro da realidade do Município de Caxias do Sul.

Parágrafo único. Nas áreas de preservação permanente não serão permitidas atividades que, de qualquer forma, contribuam para descaracterizar ou prejudicar seus atributos e funções essenciais.

Art. 7º É vedado no Município:I - lançar condutos de águas servidas ou efluentes cloacais, ou resíduos de qualquer natureza, nos lagos,

represas, açudes, arroios ou em qualquer via pública;II - produzir, distribuir e vender aerossóis que contenham clorofluorcarbono;III - fabricar, comercializar, transportar, armazenar e utilizar armas químicas ou biológicas;IV - instalar fábricas e depósitos de explosivos para uso civil a menos de 2 km (dois quilômetros) da área

urbana;V - lançar no ambiente substâncias carcinogênicas, mutagênicas ou teratogênicas;VI - produzir, comercializar, armazenar e utilizar substâncias alteradas biologicamente sem o estudo e a

aprovação de órgãos técnicos devidamente habilitados;VII - utilizar práticas que possam causar prejuízos à preservação da fauna e da flora;VIII - lançar quaisquer substâncias, em estado sólido, líquido ou gasoso, provenientes de qualquer processo de

extração, produção e beneficiamento, que possam resultar na contaminação do ambiente;IX - implantar e ampliar atividade efetiva ou potencialmente poluidora, cujas emissões estejam em desacordo

com os padrões de qualidade ambiental em vigor, sem as devidas licenças, sem implantação de sistemas de tratamento dos resíduos gerados ou sem a promoção das medidas necessárias para prevenir ou corrigir os inconvenientes e danos decorrentes da poluição;

X - produzir, transportar, comercializar e utilizar medicamentos, biocidas, agrotóxicos ou produtos químicos ou biológicos cujo emprego se tenha comprovado nocivo em qualquer parte do território nacional ou em outros países por razões toxicológicas, farmacológicas ou de degradação ambiental;

Page 8: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 8 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 9

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

XI - instalar usinas nucleares e armazenar os seus resíduos;XII - autorizar o parcelamento do solo urbano fora dos termos do art. 3º, parágrafo único, da Lei Federal nº

6.766, de 19 de dezembro de 1979, e do art. 14 da Lei Municipal nº 6.810, de 20 de dezembro de 2007; eXIII - realizar qualquer intervenção física em córregos, arroios e riachos naturais, canalizados ou não, sem

autorização das Secretarias Municipais do Meio Ambiente e de Obras e Serviços Públicos, obtida através de processo administrativo, contrária às disposições desta Lei, seus regulamentos, decretos municipais e resoluções do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e todas as demais que se destinem à proteção, preservação e recuperação do meio ambiente.

CAPÍTULO IIDAS INFRAÇÕES E PENALIDADESArt. 8º Constitui infração administrativa ambiental toda ação ou omissão contrária às disposições desta Lei,

seus regulamentos, decretos municipais e resoluções do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e todas as demais que se destinem à proteção, preservação e recuperação do meio ambiente.

Art. 9º As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que cometerem infração ambiental serão responsáveis pelos danos que causarem ao meio ambiente e à coletividade em razão de suas atividades poluentes, independentemente de culpa.

Parágrafo único. Considera-se causa a ação ou omissão do agente sem a qual o dano não teria ocorrido.Art. 10. As infrações administrativas ambientais serão punidas com as seguintes sanções, independentemente

da obrigação de reparar o dano e de outras penalidades civis ou penais aplicadas pela União ou pelo Estado, no âmbito de sua competência:

I - advertência por escrito;II - multa simples;III - multa diária;IV - apreensão de animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou

veículos de qualquer natureza, utilizados na infração;V - apreensão, destruição ou inutilização de produto;VI - suspensão de venda e fabricação de produto;VII - embargo de obra ou atividade;VIII - demolição de obra;IX - suspensão total ou parcial de atividades;X - interdição parcial ou total do estabelecimento ou atividade;XI - cassação de alvará de licenciamento do estabelecimento;XII - restritiva de direitos; eXIII - revogação do licenciamento ambiental concedido anteriormente pelo órgão ambiental municipal.§ 1º Caso o infrator cometa, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas cumulativamente

as sanções a elas cominadas.§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação ambiental em

vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado pela

Secretaria Municipal do Meio Ambiente;II - opuser embaraço à fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente; ouIII - for autuado em flagrante.§ 4º A multa simples poderá ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação do meio

ambiente.§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo, até a sua

efetiva cessação ou regularização da situação mediante a celebração, pelo infrator, de termo de compromisso ambiental que contemple a reparação de dano.

§ 6º O embargo ou a interdição consistem no impedimento de continuar qualquer obra ou atividade que prejudique ou possa prejudicar o meio ambiente, ou de praticar qualquer ato que seja vedado por esta Lei ou pela legislação em vigor.

§ 7º As sanções restritivas de direito são:I - suspensão de registro, licença ou autorização;II - cancelamento de registro, licença ou autorização;III - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; eV - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até 3 (três) anos.Art. 11. Para a aplicação das penas de multa referidas nos incisos II e III do art. 10, as infrações classificam-se em:I - leves;a) aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias atenuantes; eb) as de natureza eventual, que possam causar prejuízos ao meio ambiente ou ao bem-estar e sossego da

população, mas não provoquem efeitos significativos ou que importem em inobservância de quaisquer disposições desta Lei e seus regulamentos ou da legislação ambiental em vigor.

II - graves:a) aquelas em que for verificada uma circunstância agravante; eb) as de natureza eventual ou permanente que provoquem efeitos significativos, embora reversíveis, sobre o

meio ambiente ou a população, podendo vir a causar danos temporários à integridade física ou psíquica.III - gravíssimas:a) aquelas em que seja verificada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes; eb) as de natureza eventual ou permanente que provoquem efeitos significativos e irreversíveis ao meio ambiente

ou à população.§ 1º São considerados efeitos significativos aqueles que:I - conflitem com planos de preservação ambiental da área onde está localizada a atividade;II - gerem dano efetivo ou potencial à saúde pública ou ponham em risco a segurança da população;III - contribuam para a violação de padrões de emissão e da qualidade ambiental em vigor;IV - degradem os recursos de águas subterrâneas;V - interfiram substancialmente na manutenção dos recursos hídricos ou na qualidade das águas superficiais e

subterrâneas;VI - prejudiquem os sistemas de saneamento;VII - causem ou intensifiquem a erosão dos solos;VIII - exponham pessoas ou estruturas aos perigos de eventos geológicos;IX - ocasionem distúrbios por ruídos;X - afetem substancialmente espécies da fauna e flora nativas ou em vias de extinção, ou degradem seus

habitats naturais;XI - interfiram substancialmente no deslocamento de quaisquer espécies migratórias; eXII - induzam a um crescimento ou concentração anormal da população animal ou vegetal.§ 2º São considerados efeitos significativos reversíveis aqueles que, após a aplicação de tratamento convencional

de recuperação e com o decurso do tempo, demarcado para cada caso, conseguem retornar ao estado anterior.§ 3º São considerados efeitos significativos irreversíveis aqueles que, mesmo após a aplicação de tratamento

convencional de recuperação e com o decurso do tempo, demarcado para cada caso, não conseguem retornar ao estado anterior.Art. 12. O valor da multa de que trata esta Lei será corrigido periodicamente, com base nos índices

estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de 4 (quatro) Valores de Referência Municipal (VRMs) e o máximo de 4.000.000 (quatro milhões) de VRMs, a serem definidos conforme a classificação da penalidade e da condição econômica do infrator.

§ 1º Para a imposição da pena e a graduação da pena de multa, a autoridade ambiental deverá levar em conta a existência ou não de situações atenuantes ou agravantes.

§ 2º São situações atenuantes:I - baixo grau de compreensão ou escolaridade do infrator;II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da

degradação ambiental causada;III - comunicação prévia, pelo infrator, do perigo iminente de degradação ambiental;IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental; eV - ser o infrator primário, e a falta cometida, de natureza leve.§ 3º São consideradas situações agravantes:

I - ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada; eII - ter o agente cometido a infração:a) para obter vantagem pecuniária;b) coagindo outrem para a execução material da infração;c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;d) concorrendo para ocasionar danos à propriedade alheia;e) atingindo área de unidade de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime especial de uso;f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;g) em período de defesa à fauna;h) em domingos e feriados;i) à noite;j) em épocas de seca ou de inundações;k) com o emprego de métodos cruéis para o abate ou a captura de animais;l) mediante fraude ou abuso de confiança;m) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;n) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, através de verbas públicas, ou beneficiada

por incentivos fiscais;o) atingindo espécies ameaçadas de extinção, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;p) facilitada por funcionário público no exercício regular de suas funções; ouq) em área de preservação permanente ou especialmente protegida.§ 4º Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental, cometida pelo mesmo agente, no período de

3 (três) anos, classificada como:I - específica: o cometimento de infração da mesma natureza; ouII - genérica: o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.§ 5º No caso de reincidência específica ou genérica, a multa a ser imposta pela prática da nova infração terá

seu valor aumentado ao triplo e ao dobro, respectivamente.§ 6º No caso de infração continuada, caracterizada pela repetição da ação ou omissão inicialmente punida, a

penalidade poderá ser aplicada diariamente, até cessar a infração.CAPÍTULO IIIDA FISCALIZAÇÃO E DO PROCEDIMENTOArt. 13. No exercício da ação de fiscalização, ficam asseguradas aos fiscais e autoridades ambientais do

Município a entrada, a qualquer dia ou hora, e a permanência, pelo tempo que se tornar necessário, em locais públicos ou privados, não se lhes podendo negar informações e vistas a projetos, instalações, dependências e demais unidades do estabelecimento sob inspeção.

Parágrafo único. Quando obstados no exercício de suas funções, os fiscais e/ou autoridades ambientais poderão requisitar força policial.

Art. 14. A entidade fiscalizada deverá colocar à disposição dos fiscais ambientais as informações necessárias e solicitadas.

Art. 15. A fiscalização do cumprimento das disposições constantes nesta Lei e nas demais normas de proteção ambiental, no âmbito do território do Município de Caxias do Sul, será exercida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Art. 16. Aos fiscais lotados na Secretaria Municipal do Meio Ambiente compete, no exercício de suas funções:I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;II - efetuar medições e coletas de amostras com equipamentos e treinamento adequados para análises técnicas

e de controle;III - efetuar inspeções e visitas de rotina;IV - lavrar notificações e autos de infração e emitir relatórios de inspeção e de vistoria;V - verificar a ocorrência de infrações e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos da legislação vigente;VI - lacrar equipamentos, unidades produtivas ou instalações, nos termos da legislação em vigor; eVII - praticar os atos necessários ao eficiente e eficaz desempenho da vigilância ambiental.Art. 17. As infrações à legislação ambiental serão apuradas em processo administrativo próprio, iniciado com

a lavratura do auto de infração, observados o rito e os prazos estabelecidos nesta Lei.Art. 18. Notificação é o documento através do qual se dá conhecimento à parte de providências ou medidas que

a ela incumbe realizar, podendo assumir caráter de advertência.Art. 19. Auto de infração é o documento padronizado que descreve a irregularidade cometida, determina o seu

enquadramento legal e abre prazo de 20 (vinte) dias para o oferecimento de defesa por parte do infrator, contados a partir da data de ciência da autuação.

§ 1º O auto de infração será expedido pelo agente fiscalizador que houver constatado o cometimento de infração, em 3 (três) vias, devendo conter ainda os seguintes elementos:

I - a identificação do infrator e sua qualificação completa;II - o local, a hora e a data da infração;III - a descrição da infração e a menção do dispositivo legal infringido;IV - a descrição da penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua

imposição;V - notificação, e ciência pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo administrativo;VI - o prazo para o oferecimento de defesa e para a interposição de recurso;VII - a identificação e a assinatura do agente fiscal; eVIII - a assinatura do infrator ou, na sua ausência ou recusa, de duas testemunhas presentes.§ 2º Apresentada ou não a defesa ou impugnação contra o auto de infração, este será julgado no prazo

máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência da autuação, pela autoridade superior ao servidor autuante do órgão competente.

Art. 20. O infrator será notificado para tomar ciência da infração:I - pessoalmente;II - pelo correio ou via postal; ouIII - por edital, se estiver em lugar incerto ou não sabido.Parágrafo único. O edital referido no inciso III deste artigo será publicado, uma única vez, na imprensa oficial

do Município de Caxias do Sul ou do Estado do Rio Grande do Sul, considerando-se efetuada a autuação 5 (cinco) dias após a publicação.

Art. 21. O não oferecimento da defesa dentro do prazo legal, ou o não acolhimento das razões de recurso, implica a aplicação da penalidade cabível pela autoridade determinada por esta Lei.

Art. 22. Das decisões condenatórias, ou seja, da aplicação das penalidades previstas no art. 10, poderá o infrator recorrer ao dirigente do órgão ambiental, no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados da data em que tiver tomado ciência da decisão.

Art. 23. Da decisão final, no prazo de 20 (vinte) dias contados da ciência da mesma, caberá recurso ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA).

§ 1º Recebido o recurso pela Secretaria Executiva do COMDEMA, a Presidência se manifestará pela admissão ou não do mesmo, através de decisão fundamentada, a ser proferida no prazo de 20 (vinte) dias.

§ 2º Admitido o recurso:I - será julgado na primeira reunião ordinária do COMDEMA, desde que existindo tempo hábil para o seu

encaminhamento;II - será remetido para a reunião ordinária imediatamente posterior àquela referida no inciso I; ouIII - em casos excepcionais e existindo motivação fundamentada, desde que assim entendida e acolhida pela

autoridade ambiental municipal, a Presidência poderá convocar reunião extraordinária do COMDEMA, que deverá ser agendada até, no máximo, 3 (três) semanas após a entrada do recurso, desde que não exista previsão de reunião ordinária do Conselho no período de 60 (sessenta) dias subsequentes.

Art. 24. As impugnações, as defesas e os recursos interpostos das decisões não definitivas terão efeito suspensivo relativamente ao pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a imediata exigibilidade do cumprimento das obrigações subsistentes.

Art. 25. Quando aplicada a pena de multa, esgotados os recursos administrativos, o infrator será notificado pela Secretaria da Receita Municipal para efetuar o pagamento, recolhendo o respectivo valor ao Fundo Municipal do Meio Ambiente, criado pela Lei Municipal nº 5.359, de 10 de abril de 2000.

§ 1º A decisão que impuser a aplicação de penalidade deverá ser fundamentada, indicando as razões da sanção e o dispositivo legal embasador da infração, sob pena de nulidade.

§ 2º Os recursos interpostos das decisões não definitivas terão efeito suspensivo com relação ao pagamento da

Page 9: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 8 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 9

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

penalidade pecuniária, não impedindo a imediata exigibilidade do cumprimento da obrigação subsistente.Art. 26. As infrações às disposições legais e regulamentares de ordem ambiental prescrevem em 5 (cinco)

anos.§ 1º A prescrição interrompe-se pela notificação ou outro ato emanado da autoridade competente que objetivar

a sua apuração e consequente imposição de pena.§ 2º Enquanto o recurso administrativo estiver em tramitação, o prazo prescricional será suspenso.Art. 27. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é instrumento da Política Municipal do Meio Ambiente

de Caxias do Sul, conforme previsto no art. 3º, inciso XXIII, desta Lei.Art. 28. Por meio do Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente

e pelo infrator ou seu representante legal, serão ajustadas condições e obrigações a serem cumpridas pelos responsáveis pelos atos e pelas fontes de degradação ambiental, assim como os prazos assinalados.

§ 1º Do Termo de Ajustamento de Conduta deverá constar, obrigatoriamente, a penalidade a ser aplicada ao infrator em caso de descumprimento da obrigação assumida.

§ 2º Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, com a eficácia e a eficiência devidamente comprovadas, a penalidade de multa aplicada poderá ser reduzida, a critério da autoridade ambiental competente.

§ 3º Em caso de reincidência, comprovada a ocorrência de dolo ou omissão, a multa correspondente, observados os trâmites pertinentes, será cobrada integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data de ciência ao infrator.

Art. 29. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente fica autorizada a determinar medidas de emergência a fim de evitar episódios críticos de degradação ambiental ou impedir sua continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos econômicos.

§ 1º Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo, poderão, durante o período crítico, ser realizadas ou impedidas atividades nas áreas atingidas pela ocorrência.

§ 2º Avaliado o quadro de ocorrência do episódio crítico de degradação ambiental, acidental ou não, o empreendimento, ou atividade causadora, poderá ser interditado pelo tempo necessário à tomada de providências para a volta ao seu funcionamento normal.

§ 3º A retomada das atividades em seu ritmo normal e pleno estará na dependência da solução da causa do problema gerador da necessidade de execução das medidas de emergência.

Art. 30. Os processos destinados a apurar responsabilidades ambientais instaurados em data anterior à vigência da Lei Complementar nº 233, de 24 de dezembro de 2004, continuarão a atender às normas aplicáveis quando da lavratura do auto de infração.

CAPÍTULO IVDO USO DO SOLOArt. 31. A propriedade deverá cumprir sua função social, atendendo às disposições estabelecidas na Lei nº

6.810, de 2007, que disciplina o parcelamento do solo para fins urbanos, a regularização fundiária sustentável e dá outras providências, e na Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007, que institui o Plano Diretor do Município de Caxias do Sul e dá outras providências.

Art. 32. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente deverá manifestar-se na análise de projetos de uso, ocupação e parcelamento do solo que impliquem a descaracterização da área em qualquer dos seus aspectos ambientais.

Art. 33. Toda e qualquer atividade, pública ou privada, de movimentação e de uso de recursos naturais ou de interesse público no Município de Caxias do Sul, bem como as de uso, ocupação e parcelamento do solo, devem adotar técnicas, processos e métodos que visem à sua conservação, melhoria e recuperação, observadas as características geomorfológicas, físicas, químicas, biológicas, ambientais e suas funções socioeconômicas e as normas de proteção ambiental em vigor.

Parágrafo único. No caso de utilização de recursos naturais ou de interesse público, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente fornecerá licenciamento a partir da análise do projeto de exploração e de recuperação da área explorada, com cronogramas de implantação.

CAPÍTULO VDO CONTROLE DA POLUIÇÃOArt. 34. É vedado o lançamento no meio ambiente de qualquer forma de matéria ou energia resultante de

atividade humana que seja ou possa vir a ser prejudicial ao ar, ao solo, ao subsolo, às águas, à fauna e à flora, ou que possa torná-lo:

I - impróprio, nocivo, ofensivo, inconveniente ou incômodo à saúde, à segurança e ao bem-estar da população;II - danoso aos materiais, prejudicial ao uso, gozo e segurança da propriedade, bem como ao funcionamento

normal das atividades da coletividade; ouIII - danoso à flora, à fauna, a outros recursos naturais e à paisagem urbana.§ 1º Considera-se poluente toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, provoque

poluição ambiental nos termos do caput deste artigo, em intensidade, quantidade, concentração ou com características em desacordo com as estabelecidas na legislação em vigor.

§ 2º Consideram-se recursos ambientais a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o solo, o subsolo e os elementos nele contidos, a flora e a fauna.

§ 3º Considera-se fonte poluidora, efetiva ou potencial, toda atividade, processo, operação, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, que possa causar a emissão ou lançamento de poluentes.

Seção IDa Poluição do ArArt. 35. Para toda e qualquer atividade ou equipamento que produza fumaça, poeira ou vapores químicos ou

que desprenda odores desagradáveis, incômodos ou prejudiciais à saúde, deverão ser instalados dispositivos para eliminar ou reduzir ao mínimo os fatores da poluição, de acordo com a legislação em vigor.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 50 (cinquenta) a 1.000.000 (um milhão) de VRMs.

Seção IIDa Poluição do SoloArt. 36. Não é permitido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no solo resíduos de

qualquer natureza que alterem as condições físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente.Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 50

(cinquenta) a 1.000.000 (um milhão) de VRMs.Art. 37. Quando a disposição final exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas

adequadas para a proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo a normas expedidas pelo órgão competente.Art. 38. A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final de resíduos de qualquer

natureza, de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora, independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades.

§ 1º A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 50 (cinquenta) a 1.000.000 (um milhão) de VRMs.

§ 2º Para as atividades mencionadas no caput deste artigo, deverão ser definidos projetos específicos, licenciados pelo Município.

Seção IIIDa Poluição das ÁguasArt. 39. Para impedir a poluição das águas, é proibido:I - às indústrias, ao comércio e aos prestadores de serviços, depositarem ou encaminharem, a qualquer corpo

hídrico, os resíduos provenientes de suas atividades, em desobediência aos regulamentos vigentes;II - lançar condutos de águas servidas ou efluentes cloacais, ou resíduos de qualquer natureza nos corpos

hídricos; eIII - localizar estábulos, pocilgas, abatedouros, aviários e estabelecimentos semelhantes nas proximidades de

cursos d’água, fontes, represas e lagos, de forma a propiciar a poluição das águas.Parágrafo único. A infração ao disposto nos incisos deste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no

valor de 10 (dez) a 4.000.000 (quatro milhões) de VRMs.Art. 40. Os usuários de águas captadas do subsolo, via poços artesianos, para fins de processo produtivo

asséptico ou para consumo final devem dispor de certificado de potabilidade e manter responsável técnico pela qualidade da água, devidamente habilitado no órgão profissional competente.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 10 (dez) a 4.000.000 (quatro milhões) de VRMs.

Seção IVDa Poluição SonoraArt. 41. Poluição sonora é toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde,

à segurança e ao bem-estar da coletividade, ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei.Parágrafo único. A emissão de sons, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais,

recreativas ou outras que envolvam a amplificação ou produção de sons intensos, deverá obedecer, no interesse da saúde e do sossego público, aos padrões, critérios, diretrizes e normas estabelecidas pelos órgãos municipais competentes.

Art. 42. A realização de eventos que causem impactos de poluição sonora em Unidades de Conservação (UCs) e entorno dependerá de prévia autorização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 100 (cem) a 1.000 (um mil) VRMs.

Art. 43. É vedado perturbar o sossego e o bem-estar público ou de vizinhanças com ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por quaisquer formas, acima dos limites legais permitidos.

Parágrafo único. O não cumprimento do previsto no caput acarreta multa de 30 (trinta) a 300 (trezentos) VRMs. Art. 44. É vedada a utilização ou funcionamento de qualquer instrumento ou equipamento que produza,

reproduza ou amplifique o som, em qualquer período, de modo que crie distúrbio sonoro através do limite real da propriedade ou dentro de uma zona sensível a ruídos.

§ 1º Distúrbio sonoro significa qualquer som que:I - coloque em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;II - cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada; ouIII - possa ser considerado incômodo, ou que ultrapasse os níveis máximos fixados na legislação em vigor.§ 2º A infração ao disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) VRMs.Art. 45. Para impedir ou reduzir a poluição proveniente de sons ou ruídos excessivos, incumbe ao Município:I - disciplinar a localização, em zonas residenciais, de estabelecimentos industriais, fábricas e oficinas que

produzam ruídos ou sons excessivos ou incômodos;II - disciplinar o uso de qualquer aparelho, dispositivo ou motor de explosão que produza ruídos incômodos ou

sons além dos limites permitidos;III - sinalizar convenientemente as áreas próximas a hospitais, casas de saúde e maternidades;IV - disciplinar o horário de funcionamento noturno das construções; eV - disciplinar a localização, em local de silêncio ou nas zonas residenciais, de casas de divertimentos públicos

que, pela natureza de suas atividades, produzam sons excessivos ou ruídos incômodos.Art. 46. Fica proibido:I - queimar ou permitir a queima de foguetes, morteiros, bombas ou outros fogos de artifício, explosivos ou

ruidosos, nos estádios de futebol ou em qualquer praça de esportes;II utilizar buzinas, trompas, apitos, tímpanos, sinos, campainhas e sirenes, ou quaisquer outros aparelhos

semelhantes;III - utilizar matracas, cornetas ou outros sinais exagerados e contínuos, usados como anúncios por ambulantes

para venderem seus produtos; eIV - utilizar alto-falantes, rádios e outros aparelhos sonoros usados como meio de propaganda, mesmo em casas

de negócio, ou para outros fins, desde que se façam ouvir fora do recinto onde funcionam;V - veicular propaganda sonora da mídia alternativa através de veículo de som, seja automotor, elétrico, de

propulsão humana ou de tração animal, no quadrilátero formado pelas ruas Tronca, Teixeira Mendes, Ernesto Alves e Angelina Michielon.

§ 1º Nas demais regiões do Município somente será permitida a veiculação da propaganda de que trata o inciso V deste artigo mediante prévia autorização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

§ 2º A infração ao disposto em qualquer dos incisos deste artigo acarreta multa de 10 (dez) a 500 (quinhentos) VRMs.

Art. 47. Não se compreendem nas proibições do art. 46 os sons produzidos por:I - vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral, de acordo com a legislação própria;II - bandas de música, desde que em procissões, cortejos ou desfiles públicos;III - sirenes ou aparelhos de sinalização sonora de ambulâncias, carros de bombeiros ou assemelhados;IV - apitos, buzinas ou outros aparelhos de advertência de veículos em movimento, dentro do período

compreendido entre as 7 (sete) e as 20 (vinte) horas;V - explosivos empregados no arrebentamento de pedreiras, rochas, ou nas demolições, desde que detonados

em horário previamente definido pelo setor competente do Município e com a devida autorização de órgão federal competente;

VI - manifestações em recintos destinados à prática de esportes, em horários previamente licenciados, cuja localização e funcionamento tenham sido autorizados pelo Município;

VII - apitos tradicionais das fábricas, desde que notificado o horário de suas atividades; ouVIII - os que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou para anunciar a realização de atos ou cultos

religiosos.Art. 48. Durante os festejos carnavalescos, festas juninas, de ano-novo e tradicionais do Município, são

toleradas, excepcionalmente, as manifestações normalmente proibidas por esta Lei.Art. 49. Casas de comércio ou locais de diversões públicas, como parques, bares, cafés, restaurantes, cantinas,

boates e danceterias, nos quais haja execução ou reprodução de números musicais por orquestras, bandas, instrumentos isolados ou aparelhos de som deverão adotar instalações adequadas a reduzir sensivelmente a intensidade das execuções ou reproduções, de modo a não perturbar o sossego da vizinhança.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo acarreta pena de multa de 10 (dez) a 1.000 (um mil) VRMs.Art. 50. Os níveis máximos de intensidade de som ou ruído permitidos são os seguintes:a) em zona residencial: 60 dB (sessenta decibéis) no período diurno, medidos na curva “A” ou “C”, e 55 dB

(cinquenta e cinco decibéis) no período noturno, medidos na curva “A” ou “C”;b) em zona industrial: 70 dB (setenta decibéis) no período diurno, medidos na curva “A” ou “C”, e 60 dB

(sessenta decibéis) no período noturno, medidos na curva “A” ou “C”; ec) em outras zonas não elencadas neste artigo, seguem-se as definições da NBR 10151:2000.§ 1º A infração ao disposto neste artigo e alíneas acarreta a pena de multa de 90 (noventa) a 3.000 (três mil)

VRMs.§ 2º Para os efeitos desta Lei, ficam definidos os seguintes horários:diurno: compreendido entre as 7 (sete) e as 19 (dezenove) horas;noturno: compreendido entre as 19 (dezenove) e as 7 (sete) horas.Nos domingos e feriados, considera-se:noturno: horário compreendido entre as 20 (vinte) e as 8 (oito) horas.§ 3º Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o método utilizado para

medição e avaliação, obedecerão às recomendações das NBRs 10151:2000 e 10152:1987, ou as que vierem a sucedê-las.Art. 51. Toda empresa que possuir alarmes deverá responsabilizar-se em desligá-los imediatamente caso

acionem acidentalmente, especialmente à noite e em finais de semana.Parágrafo único. A não observância do disposto neste artigo acarreta a pena de multa de 30 (trinta) a 500

(quinhentos) VRMs.Art. 52. As lojas de conveniência instaladas, inclusive em postos de gasolina e assemelhados, que utilizarem

ou permitirem, no espaço físico em que atuam, a utilização de alto-falantes, rádios, buzinas, ruídos provenientes de veículos automotores, aparelhos sonoros e qualquer outro tipo de ruído que supere os índices de medição de ruídos definidos no art. 50 serão responsabilizadas por tais atos.

§ 1º As lojas de conveniência a que se refere o caput não poderão funcionar das 24 (vinte e quatro) às 6 (seis) horas.

§ 2º A infração ao disposto neste artigo acarreta multa de 300 (trezentos) a 3.000 (três mil) VRMs. Art. 53. É vedada a utilização de aparelhos de telefone celular ou de emissão sonora pessoal no interior de casas

de espetáculos e de eventos culturais, como cinemas e teatros.§ 1º É obrigatória a divulgação da proibição contida neste artigo, através da fixação de cartazes nos locais a

que se refere.§ 2º A infração ao disposto neste artigo acarreta a aplicação da penalidade de multa de 5 (cinco) a 10 (dez) VRMs.Seção VDa Poluição VisualArt. 54. A exploração ou utilização dos veículos de divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis dos

logradouros públicos poderá ser promovida por pessoas físicas ou jurídicas que explorem essa atividade econômica, desde que devidamente autorizadas pelo Município.

§ 1º Esta Lei se aplica a todo veículo localizado em logradouro público, ou dele visualizado, construído ou instalado em imóveis edificados, não edificados ou em construção.

§ 2º Todas as atividades que industrializem, fabriquem e comercializem veículos de divulgação e seus espaços

Page 10: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 10 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 11

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

devem ser cadastradas no Município.§ 3º Os equipamentos do mobiliário urbano somente poderão ser utilizados para veiculação de anúncios

mediante aprovação prévia do Município e através de concessão decorrente de licitação. § 4º Os contratos de concessão de veiculação de anúncios serão efetuados com duração de até 48 (quarenta e

oito) meses.Art. 55. São anúncios de propaganda as indicações, por meio de inscrições, letreiros, tabuletas, dísticos,

legendas, cartazes, painéis, placas, faixas, visíveis da via pública, em locais frequentados pelo público ou, por qualquer forma, expostos ao público, e referentes a estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, empresas ou produtos de qualquer espécie ou reclamo de qualquer pessoa ou coisa.

Parágrafo único. Excetua-se das disposições deste artigo a propaganda efetuada em vitrinas de estabelecimentos comerciais.

Art. 56. Consideram-se, para efeitos desta Lei, as seguintes definições:I - paisagem urbana: é a configuração resultante da contínua e dinâmica interação entre os elementos naturais,

os elementos edificados ou criados e o próprio homem, numa constante relação da escala, função e movimento;II - veículo de divulgação ou veículo: é qualquer elemento de divulgação visual utilizado para transmitir

anúncio público;III anúncio: é qualquer indicação executada sobre veículo de divulgação cuja finalidade seja promover,

orientar, indicar ou transmitir mensagem relativa a estabelecimentos, empresas, produtos de qualquer espécie, ideias, pessoas ou coisas;

IV - mobiliário urbano: é o conjunto de elementos de escala microarquitetônica de utilidade pública, de interesse urbanístico, implantados nos logradouros públicos e integrantes do espaço visual urbano;

V - áreas de interesse visual: são sítios significativos, espaços públicos ou privados e demais bens de relevante interesse paisagístico, inclusive os de valor sociocultural, turístico, arquitetônico e ambiental, legalmente definidos ou de consagração popular; e

VI - pintura mural: é a pintura executada sobre muros, fachadas e empenas cegas de’ edificações, com área máxima de 30 m² (trinta metros quadrados).

Art. 57. O Poder Executivo Municipal poderá usar elementos do mobiliário urbano para a veiculação de anúncios de caráter institucional ou educativo.

Art. 58. A exploração comercial de fachada e empena cega de edifícios e muros de qualquer tipo só será permitida com o seu tratamento sob forma de mural artístico, com o máximo de 20% (vinte por cento) de espaço destinado à publicidade, excetuando-se o direito de identificação específica da atividade existente no local.

§ 1º Todo mural executado deverá ser previamente autorizado pelo Poder Executivo.§ 2º Os condôminos da edificação que receber tratamento através da pintura mural deverão ser previamente

consultados, e a aprovação deverá constar em ata de reunião.Art. 59. Veículos de divulgação transferidos para local diverso daquele a que se refere a autorização serão

sempre considerados como novos, para efeito desta Lei.§ 1º A infração ao disposto no caput deste artigo acarreta a pena de multa de 10 (dez) VRMs.§ 2º Anúncios de qualquer espécie, luminosos ou não, com pinturas decorativas ou simplesmente letreiros,

terão de submeter-se à aprovação de desenhos e dizeres em escala adequada, devidamente cotados, em duas vias, contendo:a) as cores que serão usadas;b) a disposição do anúncio ou onde será colocado;c) as dimensões e a altura da sua colocação em relação ao passeio;d) a natureza do material de que será feito;e) a apresentação de responsável técnico, quando julgado necessário;f) o sistema de iluminação a ser adotado; eg) a identificação do sistema de colocação e segurança a ser adotado.§ 3º O Município, através de seus órgãos técnicos, regulamentará a matéria, visando à defesa do panorama

urbano.§ 4º Os veículos de divulgação e anúncios serão previamente aprovados pelo Município, mediante pedido

formulado em requerimento padronizado, obrigatoriamente instruído com os seguintes elementos:I - desenhos apresentados em duas vias, devidamente cotados, obedecendo aos padrões da Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT);II - disposição do veículo de divulgação em relação à situação e localização no terreno e/ou prédio, vista frontal

e lateral, quando for o caso;III - dimensões e altura de sua cotação em relação ao passeio e à largura da rua ou avenida; eIV - descrição pormenorizada dos materiais que o compõem, suas formas de sustentação e fixação, sistema de

iluminação, cores a serem empregadas e demais elementos pertinentes.Art. 60. Para o fornecimento da autorização, poderão ainda ser solicitados os seguintes documentos:I - termo de responsabilidade assinado pela empresa responsável ou Anotação de Responsabilidade Técnica

(ART), emitida pelo CREA;II - prova de direito de uso do local, ressalvado o caso de colocação de faixas, anúncios orientadores e

institucionais;III - apresentação de Seguro de Responsabilidade Civil, sempre que o veículo apresente estrutura que, por

qualquer forma, possa apresentar risco à segurança pública; eIV - alvará de localização.Art. 61. As placas e anúncios de propaganda acima de 3 m² (três metros quadrados) conterão obrigatoriamente

frases educativas.Art. 62. Os veículos de divulgação devem ser compatíveis ou compatibilizados com os usos de solo adjacentes

e com o visual ambiental do espaço físico onde se situam, de modo a não criar condições adversas que decorram em prejuízo de ordem ambiental e/ou econômica à comunidade como um todo.

Parágrafo único. O Município deve identificar e propor normas específicas para as áreas de interesse visual, em face da inserção de elementos construídos ou a construir.

Art. 63. A toda e qualquer entidade que fizer uso de faixas e painéis afixados em locais públicos cumpre a obrigação de remover tais objetos até 72 (setenta e duas) horas após o encerramento dos atos a que aludirem.

Parágrafo único. O descumprimento do caput deste artigo acarreta pena de multa de 5 (cinco) a 10 (dez) VRMs.

Art. 64. Será facultada às casas de diversões, teatros, cinemas e outros a colocação de programas e de cartazes artísticos na sua parte externa, desde que colocados em lugar próprio e que se refiram exclusivamente às diversões neles exploradas.

Art. 65. É vedada a colocação de anúncios:I - que obstruam ou reduzam o vão de portas, janelas e bandeirolas;II - que, pela quantidade, proporção ou disposição, prejudiquem o aspecto das fachadas;III - que desfigurem, de qualquer forma, as linhas arquitetônicas dos edifícios;IV - que, de qualquer modo, prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas, monumentos,

edifícios públicos, igrejas ou templos;V - que, pela natureza, provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;VI - que sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças ou instituições;VII - que contenham incorreções de linguagem; eVIII - que não atendam ao disposto no § 4º do art. 59 desta Lei.Parágrafo único. O descumprimento do previsto neste artigo acarreta pena de multa de 5 (cinco) a 50

(cinquenta) VRMs.Art. 66. São também proibidos os anúncios:I - inscritos ou afixados nas folhas das portas ou janelas;II - pregados, colocados ou dependurados em árvores das vias públicas ou outros logradouros e nos postes

telefônicos ou de iluminação, bem assim a propaganda panfletária por qualquer meio, inclusive cartazes ou folhetins distribuídos na via pública diretamente aos transeuntes;

III - confeccionados em material não resistente às intempéries, exceto os que forem para uso no interior dos estabelecimentos, para distribuição a domicílio ou em avulsos;

IV - aderentes, colocados nas fachadas dos prédios, paredes, muros ou tapumes, salvo licença especial do Município; e

V - em faixas que atravessem a via pública, salvo licença especial do Município.Parágrafo único. O descumprimento do previsto neste artigo acarreta pena de multa de 5 (cinco) a 30 (trinta) VRMs.Art. 67. Fica vedada a colocação e/ou fixação de veículos de divulgação, inclusive propaganda política

eleitoral, através de cartazes, faixas, estandartes, placas, cavaletes, adesivos e similares:

I - nos logradouros e passeio públicos, viadutos, túneis, pontes, elevadas, monumentos, praças, canteiros, rótulas e pistas de rolamento de tráfego, bem como em muros, fachadas e empenas cegas públicas, com exceção daqueles veiculados pelo Município e que possuam caráter institucional ou educativo;

II - que utilizem dispositivos luminosos que produzam ofuscamento ou causem insegurança ao trânsito de veículos ou pedestres;

III - que prejudiquem a visualização das sinalizações viárias e outras destinadas à orientação do público;IV - que desviem a atenção dos motoristas ou obstruam sua visão ao entrar e sair de estabelecimentos,

caminhos privados, ruas e estradas;V - que apresentem conjunto de forma e cores que possam causar mimetismo com as sinalizações de trânsito

e/ou de segurança;VI - em veículos automotores sem condições de operacionalidade;VII - que constituam perigo à segurança e à saúde da população ou que, de qualquer forma, prejudiquem a

fluidez dos seus deslocamentos nos logradouros públicos;VIII - que atravessem a via pública, ou fixados em árvores;IX - que prejudiquem, de alguma maneira, as edificações vizinhas ou direitos de terceiros;X que, por qualquer forma, prejudiquem a insolação ou a aeração da edificação em que estiverem instalados;XI - no mobiliário urbano, se utilizados como mero suporte de anúncio, desvirtuados de suas funções próprias;XII - em obras públicas de arte, tais como pontes, viadutos, monumentos e assemelhados, ou que prejudiquem

a identificação e preservação dos marcos referenciais urbanos;XIII - quando um ou mais veículos de divulgação se constituírem em bloqueio de visuais significativos de

edificação, conjuntos arquitetônicos e elementos naturais de expressão na paisagem urbana ou rural;XIV - em cemitérios, salvo com a finalidade orientadora;XV - que veiculem mensagem fora do prazo autorizado ou de estabelecimentos desativados;XVI - em mau estado de conservação no aspecto visual, como também estrutural;XVII - mediante emprego de balões inflamáveis;XVIII - veiculados mediante uso de animais;XIX - fora das dimensões e especificações elaboradas na regulamentação desta Lei; XX quando se referirem desairosamente a pessoas, instituições ou crenças, ou quando utilizarem

incorretamente o vernáculo;XXI - quando favorecerem ou estimularem qualquer espécie de ofensas ou discriminação racial, social ou

religiosa; eXXII - quando veicularem elementos que possam induzir à atividade criminosa ou ilegal, à violência, ou que

possam favorecer, enaltecer ou estimular tais atividades.Parágrafo único. As infrações ao disposto neste artigo acarretam pena de multa de 5 (cinco) a 100 (cem) VRMs.Art. 68. Os proprietários de veículos de divulgação são responsáveis, perante o Município, pela segurança,

conservação e manutenção.Parágrafo único. Respondem solidariamente com o proprietário do veículo o construtor, o anunciante, bem

como o proprietário e/ou locatário do imóvel.Art. 69. Aplicam-se, ainda, as disposições desta Lei:I - a placas ou letreiros de escritórios, consultórios, estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais e

outros; eII - a todo e qualquer anúncio colocado em local estranho à atividade ali realizada.Parágrafo único. Fazem exceção ao inciso I deste artigo as placas ou letreiros que, nas suas medidas, não

excedam 0,30 m x 0,50 m (trinta centímetros por cinquenta centímetros) e que contenham apenas a indicação da atividade exercida pelo interessado, nome, profissão e horário de trabalho.

Art. 70. São responsáveis pelo pagamento das taxas e multas regulamentares:I - os proprietários de estabelecimentos franqueados ao público ou de imóveis que permitam a inscrição ou

colocação de anúncios no interior dos mesmos, inclusive de seu estabelecimento;II - os proprietários de veículos automotores, pelos anúncios colocados nos mesmos; eIII - as companhias, empresas ou particulares que se encarregarem da afixação de anúncio em qualquer parte

e em quaisquer condições.Art. 71. Os anúncios de veículos de divulgação que forem encontrados sem a necessária autorização ou em

desacordo com as disposições deste Capítulo deverão ser retirados e apreendidos, sem prejuízo da aplicação de penalidade ao responsável.

Parágrafo único. Qualquer veículo de divulgação cuja autorização esteja com prazo de validade vencido deverá solicitar nova autorização, ou ser retirado em prazo não superior a 72 (setenta e duas) horas, sob pena de apreensão e multa.

Art. 72. Será permitida a fixação de veículos de divulgação com finalidade educativa, bem como os de propaganda política de Partidos regularmente inscritos no Tribunal Regional Eleitoral, na forma, períodos e locais indicados pelo Poder Executivo.

Parágrafo único. Em se tratando de propaganda política, o Partido é responsável pelo candidato infrator, caso este não assuma a responsabilidade.

CAPÍTULO VIDA FAUNA E DA FLORASeção IDa Fauna Art. 73. As espécies animais silvestres autóctones, bem como as migratórias, em qualquer fase de seu

desenvolvimento, seus ninhos, abrigos, criadouros naturais, habitats e ecossistemas necessários à sua sobrevivência são bens públicos de uso restrito, sendo sua utilização, a qualquer título, estabelecida pela presente Lei.

Art. 74. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:I - animais autóctones: aqueles representativos da fauna primitiva de uma ou mais regiões ou limites

biogeográficos;II - animais silvestres: todas as espécies, terrestres ou aquáticas, representantes da fauna autóctone e migratória

da Região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul;III - espécies silvestres não autóctones: todas aquelas cujo âmbito de distribuição natural não se inclui nos

limites geográficos da Região da Encosta Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul;IV - minizoológicos e zoológicos: as instituições especializadas na manutenção e exposição de animais

silvestres em cativeiro ou semicativeiro, que preencham os requisitos definidos na forma da lei.Art. 75. A política sobre a fauna silvestre do Município tem por finalidade seu uso adequado e racional, com

base nos conhecimentos taxonômicos, biológicos e ecológicos, visando à melhoria da qualidade de vida da sociedade e à compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a preservação do ambiente e do equilíbrio ecológico.

Art. 76. É proibida a utilização, perseguição, destruição, caça, pesca, apanha, captura, coleta, extermínio, depauperação, mutilação e manutenção em cativeiro e em semicativeiro de exemplares da fauna silvestre, por meios diretos ou indiretos, bem como o seu comércio e de seus produtos e subprodutos, sem a devida licença ou autorização do órgão competente, ou em desacordo com a obtida.

Art. 77. É proibida a introdução, transporte, posse e utilização de espécies de animais silvestres não autóctones no Município, salvo as autorizadas pelo órgão ambiental do Município, com rigorosa observância à integridade física, biológica e sanitária dos ecossistemas, pessoas, culturas e animais do território municipal.

Art. 78. A existência de animais domésticos, no território do Município, sem finalidade comercial somente será permitida se não for imprópria, nociva ou ofensiva à saúde, à segurança e ao bem-estar da população.

Parágrafo único. O comércio de animais domésticos deverá obedecer às normas e regulamentos existentes.Seção IIDa FloraArt. 79. A flora nativa do território municipal e as demais formas de vegetação de utilidade reconhecida,

de domínio público ou privado, elementos necessários do meio ambiente e dos ecossistemas, são considerados bens de interesse comum a todos e ficam sob a proteção do Município, sendo seu uso, manejo e proteção regulados por esta Lei e pela legislação em vigor.

Art. 80. Não é permitido o uso de áreas de preservação permanente para atividades degradadoras do ambiente, sendo permitidas somente atividades compatíveis com a sua preservação, tais como a pesquisa e a educação ambiental, dentro dos limites constantes em projetos aprovados por órgãos municipais competentes.

Art. 81. Para proteção do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cada imóvel rural, com área igual ou superior ao respectivo módulo rural regional estabelecido na forma da legislação agrária, deverá ter reservada a área de, no mínimo, 10% (dez por cento) da propriedade ou posse, a critério da autoridade ambiental competente, destinada à manutenção ou implantação de reserva legal, atendendo ao disposto no art. 16, § 2º, da Lei Federal nº 4.771, de 1965, e

Page 11: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 10 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 11

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

§ 1º As áreas atingidas pelo serviço de coleta de lixo automatizada, de carga lateral, por sistema de contêineres, que serão delimitadas por meio de decreto, não estão sujeitas à obrigação do caput deste artigo.

§ 2º A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 4 (quatro) a 20 (vinte) VRMs.

Art. 96. Os proprietários de imóveis devem mantê-los em perfeito estado de limpeza e drenados, bem como o passeio público fronteiriço aos mesmos, não permitindo que sejam, de qualquer forma, usados como depósito de resíduos, além de atender outras disposições previstas em lei.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 4 (quatro) a 30 (trinta) VRMs.

Art. 97. Os condomínios residenciais e comerciais, os prédios com mais de 4 (quatro) residências ou acima de 3 (três) pavimentos, bem como as indústrias localizadas no perímetro urbano do Município, ficam obrigados a instalar e manter em condições adequadas, no passeio público, lixeiras para lixo orgânico e lixo seletivo.

§ 1º As áreas atingidas pelo serviço de coleta de lixo automatizada, de carga lateral, por sistema de contêineres, que serão delimitadas por meio de Decreto, não estão sujeitas à obrigação do caput deste artigo.

§ 2º A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 5 (cinco) a 30 (trinta) VRMs.

Art. 98. O lixo séptico de hospitais, ambulatórios, casas de saúde, clínicas e consultórios médicos e veterinários, bem como os restos de alimentos daqueles estabelecimentos que servirem refeições, deverão ter destinação adequada, conforme determinado em lei.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 10 (dez) a 100 (cem) VRMs.

TÍTULO IIIDAS OUTRAS INFRAÇÕES AMBIENTAISArt. 99. Executar pesquisa, lavra ou extração de resíduos minerais sem a competente autorização, permissão,

concessão ou licença do órgão ambiental competente, ou, ainda, em desacordo com a licença obtida:Pena: multa de 120 (cento e vinte) VRMs por hectare ou fração.Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem deixar de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos

termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão ambiental competente.Art. 100. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar,

guardar, ter em depósito ou usar produtos ou substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em lei ou regulamento:

Pena: multa de 40 (quarenta) a 150.000 (cento e cinquenta mil) VRMs.§ 1º Incorre nas mesmas penas quem abandona os produtos ou substâncias referidas no caput deste artigo, ou

os utiliza em desacordo com as normas de segurança.§ 2º Se os produtos ou substâncias forem nucleares ou radioativos, a multa aplicada será aumentada ao

quíntuplo.Art. 101. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território do Município,

estabelecimento, obras, atividades ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes:

Pena: multa de 40 (quarenta) a 800.000 (oitocentos mil) VRMs.Art. 102. Disseminar doenças, pragas ou espécies que possam causar danos à agricultura, pecuária, fauna, flora

ou aos ecossistemas:Pena: multa de 350 (trezentos e cinquenta) a 150.000 (cento e cinquenta mil) VRMs.Art. 103. Destruir ou alterar o aspecto de área de preservação permanente, definida em lei, sem autorização da

autoridade ambiental competente, ou em desacordo com a licença concedida:Pena: multa de 800 (oitocentos) a 20.000 (vinte mil) VRMs.Art. 104. Alterar o aspecto ou a estrutura de edificações ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo

ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena: multa de 50 (cinquenta) a 5.000 (cinco mil) VRMs.Art. 105. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu

valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a licença concedida:

Pena: multa de 50 (cinquenta) a 10.000 (dez mil) VRMs.Art. 106. Possuir, invadir ou usar, de qualquer forma, áreas públicas municipais sem autorização do Poder

Público Municipal:Pena: multa de 10 (dez) a 1.000 (um mil) VRMs. TÍTULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIASArt. 107. A Procuradoria-Geral do Município manterá Divisão Especializada em Tutela Ambiental, Defesa dos

Interesses Difusos e do Patrimônio Natural, Histórico, Cultural, Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico, como forma de apoio técnico-jurídico à implantação dos objetivos desta Lei e demais normas ambientais vigentes.

Art. 108. Aos fiscais lotados e atualmente em exercício na Secretaria Municipal do Meio Ambiente, no exercício de sua função, compete:

I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;II - efetuar medições e coletas de amostras com equipamento e treinamento adequados para análises técnicas

e de controle;III - proceder a inspeções e visitas de rotina;IV - lavrar notificações, autos de infração, relatórios de inspeção e de vistoria;V - verificar a ocorrência de infrações e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos da legislação vigente;VI - lacrar equipamentos, unidades produtivas ou instalações, nos termos da legislação em vigor; eVII - praticar os atos necessários ao eficiente e eficaz desempenho da vigilância ambiental no Município de

Caxias do Sul.Art. 109. Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergência a fim de evitar episódios

críticos de poluição ambiental ou impedir a sua continuidade em caso de grave ou iminente risco para vidas humanas ou recursos ambientais.

Art. 110. Fica a Secretaria Municipal do Meio Ambiente autorizada a expedir normas técnicas, padrões e critérios, após aprovados pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, destinados a complementar esta Lei e regulamentos.

Art. 111. São formalmente revogadas, por consolidação e sem modificação do alcance nem interrupção de sua força normativa, as seguintes Leis Complementares:

I - nº 233, de 24 de dezembro de 2004;II - nº 242, de 11 de julho de 2005;III - nº 249, de 19 de dezembro de 2005;IV - nº 280, de 29 de junho de 2007;V - nº 302, de 20 de junho de 2008; eVI - nº 352, de 14 de junho de 2010.Art. 112. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Caxias do Sul, em 22 de dezembro de 2010; 135º da Colonização e 120º da Emancipação Política.

José Ivo Sartori,PREFEITO MUNICIPAL.

LEI COMPLEMENTAR Nº 377, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010.Consolida a legislação relativa ao Código de Posturas do Município.O PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS DO SUL.Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar.TÍTULO ICAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARESArt. 1º Esta Lei contém medidas de polícia administrativa a cargo do Município, estatuindo as necessárias

relações entre este e a população.Art. 2º São logradouros públicos, para efeito desta Lei, os bens públicos de uso comum, tal como os define a

legislação federal, que pertençam ao Município de Caxias do Sul.Art. 3º Todos podem utilizar livremente os logradouros públicos, desde que respeitem a sua integridade e

no art. 51 da Lei Estadual nº 9.519, de 21 de janeiro de 1992.§ 1º A exploração ou a supressão da vegetação nativa, primitiva ou sucessora, dependerá de prévia licença e da

demarcação e declaração da área de reserva legal.§ 2º Nas propriedades onde não exista vegetação nativa em quantidade suficiente para compor o mínimo da

reserva legal, o proprietário deverá efetuar o reflorestamento com vegetação nativa, progressivamente, no período máximo de 10 (dez) anos.

§ 3º Para o cômputo da reserva legal, poderão estar inseridas áreas de preservação permanente.§ 4º A flora nativa de propriedade particular contígua às áreas de preservação permanente, de reserva legal,

unidades de conservação e outras sujeitas a regime especial fica subordinada às disposições que vigorarem para estas, enquanto não demarcadas.

Art. 82. Qualquer exemplar ou pequenos conjuntos da flora poderão ser declarados imunes ao corte ou supressão, mediante ato da autoridade competente, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-semente.

Art. 83. É proibido o uso ou o emprego de fogo nas florestas e demais formas de vegetação, para atividades agrossilvopastoris, para simples limpeza de terrenos ou para qualquer outra finalidade.

Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 10 (dez) a 150 (cento e cinquenta) VRMs por hectare ou fração.

Art. 84. Fica vedado, no âmbito do Município, o uso de produtos químicos para fins de limpeza de áreas públicas ou privadas.

§ 1º Será permitido o uso de agrotóxico da classe dos herbicidas, desde que acompanhado de receituário agronômico, fora do perímetro urbano, para fins de cultivo agrícola.

§ 2º O não cumprimento do disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa de 5 (cinco) a 100 (cem) VRMs.

Art. 85. As áreas de preservação permanente, assim definidas em lei, deverão ter cobertura de vegetação nativa.Parágrafo único. A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 10

(dez) a 1.000 (um mil) VRMs.Art. 86. É proibido:I - destruir ou danificar vegetação em área considerada de preservação permanente, mesmo que em formação,

ou utilizá-la com infringência das normas de proteção;Pena: multa de 100 (cem) a 4.000 (quatro mil) VRMs por hectare ou fração.II - cortar árvore em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade

competente;Pena: multa de 100 (cem) a 400 (quatrocentos) VRMs por hectare ou fração, ou 50 (cinquenta) VRMs por

metro cúbico.III - fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas

de vegetação em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento urbano;Pena: multa de 70 (setenta) a 700 (setecentos) VRMs por unidade.IV - cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada em ato do Poder Público, para fins

industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais;Pena: multa de 40 (quarenta) VRMs por metro cúbico.V - destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de logradouros públicos ou em

área privada, particular ou alheia, em desacordo com as determinações legais;Pena: multa de 4 (quatro) a 200 (duzentos) VRMs por planta.VI - comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou

registro da autoridade ambiental competente;Pena: multa de 40 (quarenta) VRMs por unidade comercializada ou utilizada.VII - explorar área de reserva legal, florestas e formações sucessoras de origem nativa, tanto de domínio

público quanto de domínio privado, sem prévia aprovação do órgão ambiental competente e sem a adoção de medidas técnicas de condução, exploração, manejo e reposição florestal;

Pena: multa de 10 (dez) a 50 (cinquenta) VRMs por hectare ou fração, ou por unidade, estéreo, quilo ou metro cúbico.

VIII - desmatar, a corte raso, área de reserva legal;Pena: multa de 100 (cem) VRMs por hectare ou fração; eIX - promover o descapoeiramento, sem licença do órgão ambiental competente ou em desacordo com o

mesmo;Pena: multa de 4 (quatro) a 400 (quatrocentos) VRMs por hectare ou fração. CAPÍTULO VIIDO SANEAMENTO BÁSICO E DA HIGIENE E LIMPEZASeção IDo Saneamento BásicoArt. 87. A execução de medidas de saneamento básico domiciliar, residencial, comercial e industrial, essenciais

à proteção do meio ambiente, constitui obrigação do Poder Público, da coletividade e do indivíduo, que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de produção e no exercício de atividade, ficam adstritos ao cumprimento das determinações legais, regulamentares, recomendações, vedações e interdições ditadas pelas autoridades ambientais, sanitárias e outras competentes.

Art. 88. Os serviços de saneamento básico, como os de abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição final de esgotos, operados por órgãos e entidades de qualquer natureza, estão sujeitos à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo daquela exercida por outros órgãos competentes.

§ 1º Os projetos e a construção, reconstrução, reforma, ampliação e operação de sistemas de saneamento básico dependem de prévia avaliação pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

§ 2º Os órgãos e entidades referidos no caput deste artigo estão obrigados a adotar as medidas técnicas corretivas destinadas a sanar as possíveis falhas que impliquem a inobservância das normas e padrões vigentes.

Art. 89. Os órgãos e entidades responsáveis pela operação do sistema de abastecimento público de água deverão adotar as normas e o padrão de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pelo Estado, complementados pelos órgãos municipais competentes.

Art. 90. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente manterá público o registro permanente de informações sobre a qualidade dos sistemas de saneamento.

Art. 91. O loteador e o proprietário do imóvel ficam obrigados a adequar-se às normas, padrões e procedimentos definidos pela Política Municipal de Saneamento.

Art. 92. Quando não existir rede coletora de esgotos, as medidas adequadas ficam sujeitas à avaliação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, sem prejuízo das de outros órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção, sendo vedado o lançamento de águas servidas a céu aberto ou na rede de águas pluviais.

Art. 93. A coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos de qualquer espécie ou natureza processar-se-á em condições que não tragam malefícios ou inconvenientes à saúde, ao bem-estar público ou ao meio ambiente.

§ 1º Ficam expressamente proibidos:I - a deposição de resíduos sólidos em locais inapropriados, em área urbana ou rural;II - a queima e a disposição final de resíduos de qualquer natureza ou espécie a céu aberto, em locais fechados

ou em caldeiras sem sistema de tratamento de particulados;III - a utilização de resíduos sólidos in natura para alimentação de animais e adubação orgânica;IV - o lançamento de resíduos de qualquer natureza ou espécie em sistemas de drenagem de águas pluviais;V - o lançamento de águas servidas ou efluente cloacal em logradouros públicos; eVI - o banho em animais ou a lavagem de veículos nas zonas de balneários, represas, fontes, arroios, piscinas

ou espelhos-d’água.§ 2º É obrigatória a adequada coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos de serviços de saúde

e de resíduos perigosos, de acordo com a legislação em vigor.§ 3º A infração ao disposto neste artigo implica a aplicação da penalidade de multa no valor de 4 (quatro) a 80

(oitenta) VRMs.Seção IIDa Higiene e LimpezaArt. 94. A limpeza das vias públicas e outros logradouros, bem como a retirada do lixo domiciliar, são serviços

privativos da Municipalidade, podendo ser delegados, observando-se as disposições legais.Art. 95. O lixo será coletado no passeio público fronteiriço ao imóvel, acondicionado em recipiente adequado,

devendo ser colocado meia hora antes da passagem do veículo coletor.

Page 12: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 12 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 13

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

conservação, a tranquilidade e a higiene, nos termos da legislação vigente.Art. 4º É permitido o livre acesso aos bens de uso especial, nas horas de expediente ou de visitação pública,

respeitada a regulamentação própria.CAPÍTULO IIDO PROCEDIMENTOArt. 5º No exercício da fiscalização, fica assegurada aos fiscais a entrada em qualquer dia e hora e a permanência

pelo tempo que se fizer necessário em qualquer local, público ou privado, exceto no interior de residências, observados os termos do art. 5 ‹, inciso XI, da Constituição Federal.

Art. 6º A entidade fiscalizada deve colocar à disposição dos fiscais as informações necessárias e solicitadas.Art. 7º Na eventualidade de ser obstaculizado o acesso às atividades, áreas ou instalações a serem fiscalizadas,

os fiscais poderão requisitar força policial para o exercício de suas atribuições, em qualquer parte do território municipal.Art. 8º Aos fiscais das unidades administrativas, no exercício de suas funções, compete:I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;II - proceder a inspeções e visitas de rotina;III - lavrar notificação, autos de infração, relatórios de inspeção e de vistoria;IV - verificar a ocorrência de infrações e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos da legislação vigente; eV - praticar os atos necessários ao eficiente e eficaz desempenho de suas atividades.Art. 9º Notificação é o processo administrativo formulado por escrito através do qual se dá conhecimento à

parte de providência ou medida que a ela incumbe realizar.Art. 10. Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições desta Lei ou de outras leis, decretos

ou regulamentos baixados pelo Poder Executivo Municipal no uso de suas atribuições.Art. 11. Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, constranger ou auxiliar alguém a praticar

infração e os encarregados da execução das leis que, tendo conhecimento da infração, deixarem de autuar o infrator, assim como os prepostos ou quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que, em diligência procedida pela fiscalização, ficar comprovado se tratarem de substitutos, denotando uma clara situação de não serem os legítimos exploradores da atividade licenciada.

Art. 12. O infrator terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis para sanar os motivos da infração ou apresentar defesa, por escrito, contra a ação do agente fiscal, à chefia da Divisão de Fiscalização, contados a partir da data de recebimento do auto de infração.

Parágrafo único. O auto de infração/embargo obedecerá a modelos padronizados pelo Município e será expedido em 3 (três) vias, devendo conter ainda os seguintes elementos:

I - o local, a hora e a data da expedição;II - a identificação do infrator e sua qualificação completa;III - a assinatura do infrator ou, na sua ausência ou recusa, de duas testemunhas presentes, ou a sua remessa via

correios e/ou averbação pela autoridade que o lavrou;IV - a descrição da infração e da disposição legal infringida; V - a indicação da pena cabível;VI - o prazo para interposição de recurso; eVII - a identificação e assinatura do agente fiscal.Art. 13. O não oferecimento de defesa dentro do prazo legal ou o não acolhimento das razões de recurso

implica a aplicação da penalidade cabível pelo titular do órgão competente, sem prejuízo das demais penas.§ 1º Nas persistências, as multas serão cominadas progressivamente em dobro, tendo por base o valor da multa

anteriormente imposta.§ 2º Decorrido o prazo, a multa não paga se tornará efetiva e será cobrada por via executiva.§ 3º O não recolhimento da multa no prazo fixado implicará a inscrição do devedor em dívida ativa, na forma

da legislação pertinente. § 4º A inscrição em dívida ativa dar-se-á no prazo máximo de 150 (cento e cinquenta) dias após o vencimento

original da multa imposta.Art. 14. As infrações resultantes do descumprimento das disposições desta Lei e de seu regulamento serão

punidas com:I - advertência, a ser aplicada:a) verbalmente, pelo agente do órgão competente, quando, em face das circunstâncias, entender involuntária e

sem gravidade a infração punível com multa; eb) por escrito, quando, sendo primário o infrator, decidir o órgão competente transformar em advertência a

multa prevista para a infração.Parágrafo único. A advertência verbal será obrigatoriamente comunicada ao órgão competente, pelo seu agente,

por escrito.II - multa, que será graduada segundo a gravidade da infração, dentro dos limites e critérios assim estabelecidos:a) a multa inicial será sempre aplicada em seu grau mínimo;b) em caso de persistência da infração, a multa será cobrada em dobro;c) havendo uma terceira incidência da infração dentro do prazo de um ano, será aplicada a pena de suspensão

da atividade, por prazo não superior a 30 (trinta) dias; d) verificando-se uma quarta incidência da infração dentro do prazo de um ano, esta determinará a cassação

da licença; ee) para os efeitos das alíneas “b”, “c” e “d” deste inciso, considerar-se-á a repetição da mesma infração pela

mesma pessoa física, se praticada após a lavratura do auto de infração anterior e punida por decisão definitiva.III - apreensão;IV - embargo/interdição;V - suspensão da atividade; eVI - cassação de licença.Art. 15. Ao licenciado punido com cassação de licença é facultado encaminhar pedido de reconsideração à

autoridade que o puniu, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da decisão que impôs a penalidade.§ 1º A autoridade referida neste artigo apreciará o pedido de reconsideração dentro do prazo de 10 (dez) dias,

a contar da data de seu encaminhamento.§ 2º O pedido de reconsideração referido neste artigo não terá efeito suspensivo.§ 3º Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas cumulativamente

as penalidades a elas cominadas.Art. 16. Quando couber, será aplicada, a critério do órgão competente, concomitantemente com a multa, a pena

de apreensão, que consistirá na tomada dos objetos que constituem a infração, sendo o seu recolhimento feito mediante recibo descritivo.

§ 1º A devolução da coisa apreendida só se fará depois de pagas as multas que tiverem sido aplicadas e de indenizada a Prefeitura das despesas que tiverem sido feitas com a apreensão, o transporte e o depósito.

§ 2º Os produtos alimentares perecíveis serão destinados a instituições de caridade ou afins, sendo seu recolhimento feito mediante recibo descritivo, cancelando-se a multa aplicada.

Art. 17. No caso de não ser reclamado e retirado dentro de 30 (trinta) dias, o material não perecível apreendido será vendido em leilão pela Prefeitura, sendo a importância apurada aplicada na indenização das multas e despesas de que trata o art. 16 e entregue qualquer saldo, se houver, ao proprietário, mediante requerimento devidamente instruído e processado, cujo prazo de carência será de um ano.

Art. 18. Nas infrações à presente Lei para as quais não haja disposição expressa, a multa poderá ser arbitrada por agente com delegação de competência, tendo como parâmetro a menor e a maior multa especificadas no presente Código.

Art. 19. As penalidades a que se refere esta Lei não isentam o infrator da obrigação de reparar o dano resultante da infração, na forma do art. 186 da Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 | Código Civil.

TÍTULO IICAPÍTULO ÚNICOLOGRADOUROS PÚBLICOSArt. 20. A denominação dos bens e logradouros públicos e a numeração das casas serão fornecidas pelo

Município. § 1º Quanto à denominação dos bens e logradouros públicos, deverá ser obedecida a legislação pertinente.§ 2º A numeração será efetuada pelo Município, correndo, porém, por conta do proprietário as despesas de

aquisição e colocação do número, obedecendo às normas ditadas pelo Município.Art. 21. É de competência do Município, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, a

colocação das placas indicativas dos bens e logradouros públicos.Art. 22. O Poder Público Municipal afixará, nas vias de entrada da cidade, placas informativas indicando a

forma de acesso ao centro da cidade, aos principais bairros, aos pontos turísticos, aos órgãos públicos e aos hospitais e prontos-socorros.

Art. 23. É facultada à iniciativa privada a instalação de painéis com mapa da cidade informando a localização de quem examina o painel, bem como a direção a seguir para chegar aos principais pontos turísticos, de prestação de serviços e repartições públicas.

Art. 24. Os painéis citados no art. 23 podem ser instalados nos acessos à cidade, praças, parques e pontos turísticos.

§ 1º Em cada acesso à cidade, praça, parque ou ponto turístico, é permitida a instalação de um painel. § 2º A empresa interessada em instalar o painel deve encaminhar o pedido à Secretaria Municipal de Obras e

Serviços Públicos, que autorizará a instalação por ordem de registro no protocolo. § 3º Na estrutura do painel pode constar publicidade da empresa e de seus produtos. Art. 25. Nas ruas que dão acesso aos bairros da cidade é obrigatória a afixação de placas contendo o nome do

bairro e a forma de acesso ao mesmo.Art. 26. Nas estradas municipais devem ser afixadas placas indicativas da forma de acesso aos distritos e vilas.Art. 27. As placas referidas deverão ser confeccionadas em chapa de ferro, com pintura preta e letreiros em

amarelo, a fim de manter a padronização com as atuais placas indicativas de ruas, e ser afixadas em local visível.Art. 28. A denominação de bens e logradouros públicos poderá ser sugerida mediante petição individual,

coletiva ou por parte de entidades legalmente constituídas, através da Câmara Municipal de Caxias do Sul.Art. 29. As novas placas de identificação de ruas e demais logradouros do Município conterão o número do

Código de Endereçamento Postal (CEP) e, quando contemplarem nomes de pessoas, a respectiva profissão.Art. 30. É proibido, nos logradouros públicos:I - efetuar escavações, remover ou alterar a pavimentação e levantar ou rebaixar pavimentos, passeios ou meio-

fio sem prévia licença do Município;II - fazer ou lançar condutos ou passagens de qualquer natureza, de superfície, subterrânea ou elevada,

ocupando ou utilizando vias ou logradouros públicos, sem autorização expressa do Município;III - obstruir ou concorrer, direta ou indiretamente, para a obstrução de valos, calhas, bueiros ou bocas-de-lobo,

ou impedir, por qualquer forma, o escoamento das águas;IV - depositar materiais de qualquer natureza ou efetuar o preparo de argamassa sobre passeios ou pistas de

rolamento;V - transportar argamassa, areia, aterro, lixo, entulho, serragem, cascas de cereais, ossos e outros detritos em

veículos que não apresentem as condições necessárias para esse transporte e que venham prejudicar a limpeza pública;VI - efetuar reparos em veículos, excetuando-se os casos de emergência;VII - embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou de veículos;VIII - utilizar escadas, balaústres de escadas, balcões ou janelas com frente para a via pública para secagem de

roupas ou para colocação de vasos, floreiras ou quaisquer outros objetos que prejudiquem a estética e apresentem perigo para os transeuntes;

IX - fazer varredura do interior dos prédios, terrenos e veículos para as vias públicas; X - colocar mesas, cadeiras, bancas ou quaisquer outros objetos ou mercadorias sobre o passeio público,

qualquer que seja a finalidade, excetuando-se os casos regulados por legislação específica, desde que previamente autorizados pelo Município;

XI - colocar marquises ou toldos sobre passeios, qualquer que seja o material empregado, sem prévia autorização do Município;

XII - vender mercadorias sem prévia licença do Município; XIII - soltar balões com mecha acesa, em toda a extensão do Município;XIV - queimar bombas, foguetes, busca-pés, morteiros e outros fogos explosivos, perigosos ou ruidosos;XV - causar dano a bens do patrimônio público municipal, responsabilidade extensiva a prepostos, substitutos,

mandatários, assim como a outras pessoas físicas ou jurídicas que, tendo tomado conhecimento do causador do dano, deixarem de informar à autoridade competente; e

XVI - sacudir tapetes ou capachos das aberturas dos prédios para a via pública, ou, pelas mesmas, jogar objetos, cascas de frutas, etc.

§ 1º A infração do disposto nos incisos IV, VI, VII, IX, X, XI, XII, XIII, XV e XVI deste artigo acarreta multa de 1 (um) a 5 (cinco) Valores de Referência Municipal (VRMs).

§ 2º A infração do disposto nos incisos III, V e VIII deste artigo acarreta multa de 2 (dois) a 10 (dez) VRMs.§ 3º A infração do disposto nos incisos I, II e XIV acarreta multa de 5 (cinco) a 15 (quinze) VRMs.Art. 31. O comerciante ou prestador de serviço de qualquer natureza que explorar atividades cujos

frequentadores ou clientes promoverem ou deixarem sujeira, detritos, restos de comida, materiais de embalagens usadas e recipientes vazios na via pública são obrigados a proceder à limpeza e ao recolhimento, inclusive à limpeza da calçada e da via pública, sob pena de reembolsar o Município pelos gastos efetuados com a realização dessa tarefa.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) a 5 (cinco) VRMs.Art. 32. Ficam obrigados os proprietários de aparelhos de ar condicionado a instalar coletores para recolher a

água proveniente da condensação resultante do uso desse aparelho.§ 1º Esses coletores devem impedir que a água proveniente da condensação seja despejada em vias públicas

ou em construções vizinhas.§ 2º O líquido proveniente da condensação deve ser destinado à rede de esgotos existente no local de instalação

do aparelho de ar condicionado.§ 3º O proprietário que infringir o disposto neste artigo sofrerá multa diária de meio a 1 (um) VRM até a data

da regularização da infração.Art. 33. Durante o período de execução de obras ou serviços em passeios, leitos das vias e logradouros públicos,

deverão ser mantidas, em local visível, placas de identificação onde constem o órgão ou entidade responsável, a firma empreiteira, o responsável técnico, a data de início dos trabalhos e a data prevista para sua conclusão.

Parágrafo único. O descumprimento do disposto neste artigo acarreta multa de 4 (quatro) a 15 (quinze) VRMs.Art. 34. Nos logradouros públicos são permitidas concentrações para realização de comícios políticos e

festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, com ou sem armação de coretos ou palanques, observadas as seguintes condições:

I - serem aprovados pelo Município quanto à localização;II - não perturbarem o trânsito público;III - não prejudicarem o calçamento, o ajardinamento nem o escoamento das águas pluviais, correndo por conta

dos responsáveis pelas festividades os estragos por acaso verificados; eIV - serem removidos no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do encerramento dos festejos.Parágrafo único. Findo o prazo estabelecido no inciso IV, o Município, através da Secretaria Municipal de

Obras e Serviços Públicos, promoverá a remoção do coreto ou palanque, cobrando do responsável as despesas de remoção e dando ao material o destino que entender.

Art. 35. As empresas concessionárias do serviço público de energia elétrica e de telecomunicações que tenham postes sob sua responsabilidade localizados em vias ou passeios públicos no Município de Caxias do Sul ficam obrigadas a removê-los num prazo máximo de 15 (quinze) dias após notificadas pelo Município.

§ 1º As despesas advindas da remoção dos postes ficam a cargo das empresas concessionárias. § 2º As empresas concessionárias que infringirem o prazo previsto no caput estão sujeitas às seguintes

penalidades: I - na primeira autuação, multa equivalente a 100 (cem) VRMs; II - na segunda autuação, pena de 200 (duzentos) VRMs e 30 (trinta) dias de suspensão do Alvará de

Localização e Funcionamento; e III - pena de cassação definitiva do Alvará de Localização e Funcionamento no caso de persistência, após a

aplicação da segunda multa.Art. 36. As empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e de telecomunicações que

efetuarem reparos ou substituição de postes localizados nas vias ou passeios públicos do Município de Caxias do Sul ficam obrigadas a remover imediatamente e dar destinação final aos entulhos provenientes da execução do serviço.

§ 1º As despesas decorrentes da remoção e da destinação final dos entulhos ficam a cargo das empresas concessionárias.

§ 2º As empresas concessionárias que infringirem o disposto no caput serão notificadas para que procedam ao recolhimento num prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.

§ 3º Caso não cumpram o prazo estipulado no § 2º, estarão sujeitas às seguintes penalidades: I - na primeira infração, multa no valor de 500 (quinhentos) VRMs; eII - na reincidência, multa em dobro e suspensão por 60 (sessenta) dias do Alvará de Localização e de

Page 13: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 12 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 13

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Funcionamento.Art. 37. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a

integral execução do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO IIICAPÍTULO IDAS CASAS E LOCAIS DE ESPETÁCULOS E DE DIVERSÃO NOTURNAArt. 38. Entende-se como estabelecimento de diversão noturna:I - boate: o que apresenta serviço de bar ou restaurante, música para dançar e espetáculos artísticos, em palco

ou pista, não mantendo dançarinas profissionais;II - dancing e cabaré: o que tem serviço de bar e música para dançar, mantendo dançarinas profissionais,

podendo apresentar também atrações artísticas, desde que existam condições para tanto;III - taxi-girl: o que apresenta serviço de bar, música para dançar e dançarinas profissionais contratadas para

dançar com o público mediante pagamento;IV - music-hall: com serviço de bar e restaurante, espetáculos artísticos de variedades em palco e música para

dançar;V - grill-room: instalado em dependência de hotel, com serviço de bar e restaurante e música para dançar, não

contando com dançarinas profissionais, podendo também apresentar atrações artísticas;VI - baile público: com música para dançar, mediante ingresso pago, não mantendo dançarinas profissionais;VII - drive-in: local de estacionamento de veículos, com ou sem entrada paga, com música, cinema ou show,

podendo ter serviço de bar;VIII - bar musical: com serviço de bar e música mecânica ou ao vivo, sem danças, podendo apresentar atrações

artísticas;IX - restaurante dançante: estabelecimento com características próprias de restaurante comum, sem confundir-

se com estabelecimento de gênero diferente, oferecendo música para dançar e, facultativamente, atrações artísticas, não mantendo dançarinas profissionais; e

X - restaurante musical: o mesmo estabelecimento descrito no inciso IX, com música mecânica ou ao vivo, sem danças, podendo também apresentar atrações artísticas.

Art. 39. Em todas as casas e locais de diversões públicas, serão obrigatoriamente observadas as seguintes disposições:

I - as instalações de aparelhos de renovação de ar e de ar condicionado deverão ser conservadas e mantidas em perfeito funcionamento;

II - serão tomadas todas as precauções para evitar incêndios, obrigatória a adoção de extintores de fogo, em perfeito estado de funcionamento, em locais visíveis e de fácil acesso, devendo os corredores de descarga ser convenientemente sinalizados, com indicação clara do sentido da saída e desobstruídos;

III - fixar junto às portas de acesso e em local visível ao público o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), de que trata a Lei Estadual nº 10.987, de 11 de agosto de 1997;

IV - manter limpas as salas de entrada, como as de espetáculo;V - manter as instalações sanitárias limpas, para uso de seus frequentadores;VI - manter o mobiliário em perfeita conservação;VII - manter as saídas de emergência convenientemente sinalizadas e desimpedidas;VIII - vender ingressos em número condizente com a capacidade do estabelecimento; eIX - a proibição de fumar ou manter acesos, nas salas de espetáculos, cigarros ou assemelhados.Parágrafo único. O descumprimento do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) a 10 (dez) VRMs.Art. 40. A vistoria, obrigatória, para licenciamento de funcionamento de bares noturnos, boates, dancings

e congêneres será procedida pelo Poder Executivo Municipal mediante requerimento de viabilidade dos interessados, para observação do cumprimento das exigências ditadas pelo Município, sendo deferido desde que atendida a legislação pertinente, após terem os interessados apresentado laudo igualmente favorável, com data não superior a 30 (trinta) dias, do 5º Comando Regional de Bombeiros (CRB), das autoridades da Saúde e da Secretaria Municipal da Segurança Pública e Proteção Social, estando em dia com os tributos e obrigações.

§ 1º Os estabelecimentos a que se refere o caput somente serão licenciados se dispuserem de estacionamento próprio e/ou contíguo, em espaço suficiente para atender os seus frequentadores.

§ 2º Para deferimento do pedido, serão levados em conta os fatores que envolvem o sossego público, diretamente relacionado com as vizinhanças, a perspectiva de que tais atividades possam trazer transtornos e, em especial, a aglomeração de pessoas nas vias públicas e as dificuldades relativas ao trânsito.

§ 3º Os estabelecimentos referidos no caput se sujeitarão a uma vistoria a cada 6 (seis) meses, devendo os proprietários efetuarem o pagamento das custas relativas à vistoria, no valor a ser fixado pelo Poder Público em vista do porte do estabelecimento, o qual será de, no mínimo, 10 (dez) VRMs e, no máximo, 50 (cinquenta) VRMs.

Art. 41. Não será permitida a realização de jogos e diversões ruidosas em locais compreendidos em área formada por um raio de 80 m (oitenta metros) dos hospitais, casas de saúde, templos, colégios, bibliotecas e entidades congêneres, respeitadas as demais disposições legais regradoras da matéria.

§1º Excetuam-se das disposições deste artigo os ginásios e as canchas de esporte anexos aos estabelecimentos de ensino.

§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) a 4 (quatro) VRMs.Art. 42. A localização e licenciamento de estabelecimentos de diversão noturna dependerão do atendimento

das disposições constantes no Plano Diretor Municipal, no Código de Obras, na Lei de Prevenção de Incêndio e mais das seguintes:

I - localizar-se a mais de 200 m (duzentos metros) de estabelecimentos de ensino, hospitais, bibliotecas, templos, quartéis e entidades congêneres;

II - oferecer condições capazes de evitar a propagação de ruídos para o exterior; III - possuir iluminação adequada, possibilitando a identificação dos presentes;IV - evitar que o seu interior seja visível da via pública ou dos prédios próximos;V - sendo music-hall, possuir pelo menos dois camarins destinados aos artistas, observado o disposto nos arts.

24 e 28, §§ 1º e 2º, do Decreto Estadual n ‹ 20.637, de 31 de outubro de 1970;VI - sendo taxi-girl, possuir dependências reservadas, com instalações sanitárias condignas, destinadas ao

repouso das bailarinas;VII - não manter divisões, biombos ou mais portas com o fim de criar dependências reservadas ou isoladas,

salvo as que se prestem a fins decorativos ou à separação de áreas de serviço; eVIII - não possuir cômodos em seu interior.Parágrafo único. No licenciamento de bares noturnos, dancings, boates e demais estabelecimentos de diversão

noturna, a Secretaria afim terá sempre em vista a localização, a possibilidade de aglomeração de frequentadores e as condições de segurança, de modo a não perturbar o sossego público e garantir a segurança dos cidadãos.

Art. 43. Aos dancings, boates e congêneres é proibida a manutenção de quartos para aluguel, a algazarra ou barulho, bem como a realização de atividades externas aos estabelecimentos que provoquem, por qualquer meio, a perturbação da ordem e do sossego público.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo e incisos acarreta as seguintes penalidades:I - multa de 104 (cento e quatro) a 156 (cento e cinquenta e seis) VRMs, vigentes à data do pagamento;II - em caso de persistência, a multa será aplicada em dobro; eIII - cassação do alvará do estabelecimento se, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da segunda multa,

persistir a infração.Art. 44. As casas noturnas, locais de espetáculo, bingos e estabelecimentos similares que possuam mais de

50 (cinquenta) mesas à disposição dos frequentadores ficam obrigados a instalar equipamento sensor de metais fixo ou móvel.

§ 1º O equipamento de que trata o caput obedecerá às especificações técnicas estabelecidas em decreto regulamentador deste artigo.

§ 2º O estabelecimento infrator fica sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 300 (trezentos) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias para regularização;II - caso persista a infração, após 30 (trinta) dias da notificação da multa será procedida a suspensão do Alvará

de Localização; eIII - decorridos 60 (sessenta) dias da aplicação da multa, o Município procederá à cassação do Alvará de

Localização do estabelecimento.Art. 45. Terão seus Alvarás de Funcionamento suspensos ou cassados pelo Município as casas noturnas,

hotéis, motéis, pensões ou estabelecimentos congêneres que forem frequentados ou hospedarem crianças ou adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis, salvo se autorizados pelos mesmos.

§ 1º Verificada a ocorrência da prática vedada pelo caput, ficam os estabelecimentos sujeitos às seguintes penalidades:

I - multa de 32 (trinta e dois) a 64 (sessenta e quatro) VRMs e suspensão do Alvará de Funcionamento pelo prazo de 30 (trinta) dias, por ocasião da primeira autuação;

II - multa de 64 (sessenta e quatro) a 104 (cento e quatro) VRMs e cassação do Alvará de Localização e Funcionamento do estabelecimento, em caso de persistência e se for constatada, por ocasião da primeira autuação, a prática de violência ou exploração contra criança ou adolescente; e

III - no caso de estabelecimento sem autorização de funcionamento, dar-se-á a interdição imediata em caráter permanente.

§ 2º A aplicação das penalidades previstas neste artigo não prejudica sanções penais cabíveis.§ 3º A autuação processar-se-á por agente fiscalizador do órgão competente do Município, através de denúncia

formalizada por escrito no Protocolo Geral.§ 4º A denúncia poderá ser feita pessoalmente ao Município, através da apresentação de registro de ocorrência

policial, ou ao Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente.§ 5º Recebida a denúncia, o órgão municipal competente intimará o autuado a apresentar a sua defesa no prazo

de 5 (cinco) dias, a contar da data da intimação, sob pena de revelia.§ 6º Na apuração da responsabilidade administrativa de que trata este ato, poderá ser considerada, a juízo do

órgão competente do Município, como atenuante às faltas administrativas imputadas a colaboração do estabelecimento autuado, por seus prepostos, na instrução criminal dos delitos praticados pelos envolvidos contra as crianças e adolescentes.

§ 7º A fiscalização do cumprimento do disposto neste artigo será exercida pela Secretaria Municipal do Urbanismo, com o acompanhamento de representante de outro órgão ou entidade ligada à defesa dos direitos da criança e do adolescente.

§ 8º Os estabelecimentos citados no caput deverão afixar os termos do presente dispositivo em local visível, junto à portaria do estabelecimento e nas suas dependências, cabendo-lhes arcar com os custos de divulgação interna.

Art. 46. Os estabelecimentos destinados à realização e promoção de eventos artísticos e/ou musicais noturnos em dancings, boates, casas de shows e similares, bem como em hotéis, motéis, pensões e congêneres, localizados no Município de Caxias do Sul, ficam obrigados a expor, de forma permanente e em local de fácil visualização, cartaz com os seguintes dizeres: “Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime. Denuncie! Disque 100”.

§ 1º A infração do disposto no caput acarreta multa de 50 (cinquenta) VRMs. Persistindo a infração, será aplicada multa de 100 (cem) VRMs.

§ 2º Sempre que o Governo Federal alterar o número do telefone do disque-denúncia, os cartazes de que trata o caput deverão ser alterados automaticamente, sem que haja necessidade de alteração da presente Lei.

Art. 47. Fica proibida a distribuição promocional gratuita de cigarros, por seus fabricantes, aos frequentadores de bares, restaurantes, bingos, clubes, casas noturnas e estabelecimentos similares no Município de Caxias do Sul.

§ 1º Ao estabelecimento que infringir o disposto no caput serão aplicadas as seguintes penalidades:I - em caráter temporário, suspensão do Alvará de Funcionamento por 30 (trinta) dias, por ocasião da primeira

autuação do estabelecimento, além da multa de 200 (duzentos) VRMs, revertendo o valor arrecadado em benefício do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; e

II - em caráter definitivo, cassação do Alvará de Funcionamento, no caso de persistência.§ 2º A autuação processar-se-á por agente fiscalizador do Município, através da ação de rotina e,

obrigatoriamente, por denúncia.§ 3º Fica assegurado o direito de ampla defesa ao comerciante denunciado, nos prazos previstos nesta Lei.§ 4º O Município dará ampla divulgação dos termos deste artigo ao comércio em geral.Art. 48. As boates, dancings e congêneres, no período em que estiverem abertos ao público, deverão zelar pela

ordem e segurança na via pública da quadra em que estão instalados.§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se ordem o funcionamento regular, a disciplina, a disposição

conveniente, e segurança, a condição de estar seguro, a confiança e a garantia.§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta as seguintes penalidades:I - multa no valor de 520 (quinhentos e vinte) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias úteis para sua regularização; eII - interdição do estabelecimento, caso persista a infração após 30 (trinta) dias úteis do recebimento da multa. Art. 49. Os teatros, cinemas, bibliotecas, ginásios esportivos, casas noturnas e restaurantes do Município ficam

obrigados a manter em suas dependências poltronas ou cadeiras especiais destinadas ao uso por pessoas obesas.§ 1º A quantidade de cadeiras ou poltronas especiais de que trata o caput deve corresponder a 3% (três por

cento) da lotação dos respectivos estabelecimentos.§ 2º Os estabelecimentos que passarem por reformas ficam obrigados a adaptar-se aos termos deste artigo, e

aos estabelecimentos já existentes fica facultado o seu cumprimento.§ 3º As licenças para funcionamento de novos estabelecimentos serão concedidas pelo órgão competente do

Poder Executivo desde que satisfaçam o disposto neste artigo.§ 4º Os estabelecimentos que infringirem o disposto neste artigo ficam sujeitos ao pagamento de multa

equivalente a 60 (sessenta) VRMs. Persistindo a infração, decorridos 30 (trinta) dias da aplicação da multa, o Município procederá à cassação do Alvará de Funcionamento.

Art. 50. É obrigatória, nos cinemas e teatros do Município que comercializem bilhetes de ingresso, a manutenção de toda a lotação com lugares numerados.

§ 1º Nos bilhetes de ingresso dos estabelecimentos deverá constar obrigatoriamente o número do lugar a ser ocupado pelo adquirente.

§ 2º O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo fica sujeito ao pagamento de multa equivalente a 100 (cem) VRMs. Persistindo a infração, será aplicada nova multa, no valor de 200 (duzentos) VRMs.

Art. 51. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.CAPÍTULO IIDOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOSArt. 52. Divertimentos públicos são os que se realizam em logradouros públicos ou em locais de diversões,

quando permitido acesso ao povo em geral.Parágrafo único. Os divertimentos de que trata este artigo somente poderão ser realizados mediante prévia

autorização do Município.Art. 53. A armação de circos, de parques de diversões, de brinquedos infláveis e de cama elástica dependerá

de prévia autorização do Município. § 1º Os circos, os parques de diversões, os brinquedos infláveis e as camas elásticas, embora autorizados, só

poderão ser franqueados ao público depois de vistoriados em todas as suas instalações pela fiscalização do Município e mediante apresentação de laudo técnico emitido pelo 5 ‹ CRB, após vistoria realizada nos equipamentos e dependências, de modo a preservar a segurança da população.

§ 2º A seu juízo, poderá o Município não renovar a autorização de um circo, de um parque de diversões, de brinquedo inflável e de cama elástica, ou obrigá-los a novas restrições ao conceder-lhes a nova pedida.

§ 3º Ao conceder a autorização, poderá a Prefeitura estabelecer as restrições que julgar convenientes, no sentido de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos e o sossego da vizinhança.

Art. 54. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.CAPÍTULO III DOS ESTABELECIMENTOS DE FESTAS E RECREAÇÃO INFANTILArt. 55. São considerados estabelecimentos de festas e/ou recreação infantil aqueles que oferecerem, ao ar livre

ou em local fechado, espaços, aparelhos e utilidades para a recreação e realização de eventos e festas infantis. Parágrafo único. Excluem-se desta classificação parques, praças e afins mantidos pelo Poder Público.Art. 56. Os estabelecimentos de festas e/ou recreação infantil devem observar os incisos I, II, V, VI, VII e VIII

do art. 39 desta Lei e atender o que segue: I - possuir Alvará de Prevenção contra Incêndio e Pânico, expedido pelo 5º CRB, conforme legislação

vigente; II - possuir vedação e proteção da fiação e das tomadas de energia elétrica ou quaisquer outras saídas de energia

que fiquem ao alcance de crianças; III - possuir sistema de identificação fotoluminiscente em desníveis, cuja construção não poderá exceder a 19

cm (dezenove centímetros) de altura em relação ao solo ou ao nível anterior; IV - manter pisos antiderrapantes, sinalização e iluminação convencional e de emergência nas escadarias, além

Page 14: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 14 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 15

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

de guarda-corpo e corrimões adequados para adultos e crianças; V - manter sanitários adequados para a utilização por crianças, conforme legislação vigente; VI - possuir amplos espaços para circulação entre mesas e cadeiras, respeitando a área limite mínima de 1,2 m²

(um vírgula dois metro quadrado) por criança, conforme parecer do Conselho Estadual de Educação; eVII - manter em local adequado e longe do alcance das crianças produtos tóxicos e materiais pontiagudos,

perfurocortantes e cortocontundentes.§ 1º É vedada, nos estabelecimentos abrangidos por este Capítulo, a utilização de espoletas, bombinhas,

sinalizadores ou quaisquer outros materiais pirofóricos. § 2º Os aparelhos e brinquedos disponíveis para utilização e recreação das crianças devem obedecer às

recomendações técnicas por faixa etária, com certificação do INMETRO e/ou ABNT, ou ainda possuir Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e execução, bem como laudo conclusivo atestando a segurança do equipamento e seus acessórios.

Art. 57. Serão permitidas construções em desnível maiores do que o permitido no inciso III do art. 56 desde que protegidas por guarda-corpo com gradil de espaçamento inferior a 15 cm (quinze centímetros).

Art. 58. Os estabelecimentos abrangidos por este Capítulo deverão manter à disposição dos seus usuários um responsável da área médica e/ou convênio de emergências médicas, para a realização de atendimento de emergência.

Art. 59. O não cumprimento do disposto neste Capítulo importará nas seguintes sanções: I - auto de infração e prazo de 30 (trinta) dias para adequações; II - multa de 50 (cinquenta) VRMs caso não sejam feitas as devidas adequações e multa em dobro no caso de

reincidência; e III - cassação do Alvará de Funcionamento.TÍTULO IVCAPÍTULO IDOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E PROFISSIONAISArt. 60. Nenhum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviço ou de entidade associativa

poderá funcionar sem prévia licença do Município.§ 1º O Alvará de Licença será exigido mesmo que o estabelecimento esteja localizado no recinto de outro já

munido de alvará, devendo estar afixado em local próprio e visível.§ 2º Sempre que for alterado o uso do imóvel, deverá ser requerido novo Alvará de Licença, para fins de

verificação de obediência às leis vigentes.§ 3º O Alvará de Licença será expedido mediante requerimento endereçado ao Prefeito e terá validade enquanto

o requerente explorar as atividades nele previstas, desde que não causem qualquer perturbação à ordem e ao sossego público e não se constituam em fator de perturbação do trânsito.

§ 4º O estabelecimento que alterar a atividade inicialmente licenciada deverá requerer outro alvará com as novas características essenciais, conforme o disposto no Código Tributário do Município.

§ 5º Excetuam-se das exigências deste artigo os estabelecimentos da União, do Estado, do Município ou das entidades paraestatais e os templos, igrejas, sedes de partidos políticos, sindicatos, federações ou confederações, reconhecidos na forma da lei.

§ 6º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) a 10 (dez) VRMs.Art. 61. Todos os estabelecimentos comerciais, de serviços e outros tipos de atividade abrangidos pelo Código

de Defesa do Consumidor ficam obrigados a fixar, em local de fácil visualização, cartaz padronizado contendo o endereço e o telefone do órgão de defesa do consumidor do Município de Caxias do Sul.

Parágrafo único. O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo está sujeito a multa no valor de 15 (quinze) VRMs.

Art. 62. A licença para funcionamento de açougues, padarias, confeitarias, cafés, bares, restaurantes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres será sempre precedida de exame do local e de aprovação da autoridade sanitária competente.

§ 1º A licença deverá ser cassada pela municipalidade:I - quando o estabelecimento licenciado desenvolver atividades diferentes das constantes no alvará ou

transformar o local em ponto de encontros ou aglomeração de pessoas ou veículos que causem perturbação ao sossego público e ao trânsito;

II - como medida preventiva, a bem do sossego público, da moral, da higiene e do trânsito;III - quando o licenciado se opuser à ação da fiscalização municipal;IV - por solicitação da autoridade competente, provados os motivos que fundamentarem a solicitação; eV - quando constatado que seu fornecimento contrariou as disposições legais do Município.§ 2º Cancelada a licença, o estabelecimento será imediatamente fechado.Art. 63. Os estabelecimentos comerciais, bares, casas noturnas, boates e similares que efetuarem comércio

ilícito ou forem alvo de apreensão de drogas ou substâncias entorpecentes por parte dos órgãos ou instituições competentes, não excluindo eventuais punições de natureza criminal, terão seus Alvarás de Localização e Funcionamento cassados.

§ 1º Servirá de base para a imposição da medida punitiva a que se refere o caput qualquer informação que chegar ao conhecimento das autoridades públicas encarregadas da expedição dos respectivos alvarás, sendo que:

I - entende-se por qualquer informação aquela que advier de autoridade judicial, membros do Ministério Público ou autoridades policiais, bem como aquelas veiculadas pela imprensa que sejam suficientes para identificar o estabelecimento; e

II - as informações servirão de suporte para a instalação de processo administrativo pertinente ao caso. § 2º Do ato de cassação, cabe recurso ao Município, com efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis

da data de autuação. § 3º Somente após 2 (dois) anos da cassação do Alvará de Localização e Funcionamento os proprietários dos

estabelecimentos poderão solicitar novo alvará. Art. 64. Restaurantes, pizzarias, bares e similares ficam obrigados a manter em seus estabelecimentos

cardápios com sistema de escrita em relevo | braile à disposição de clientes com deficiência visual.Parágrafo único. O não cumprimento da determinação constante no caput acarreta multa no valor de 5 (cinco)

VRMs.Art. 65. É expressamente proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, ou de qualquer outro

produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, seja público ou privado, no Município de Caxias do Sul.

§ 1º Entende-se por recinto coletivo fechado todo recinto destinado à utilização simultânea por várias pessoas, compreendendo, dentre outros: os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte e de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de feiras e exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, bem como viaturas oficiais de qualquer espécie.

§ 2º O não cumprimento do disposto neste artigo acarreta a aplicação de multa de 30 (trinta) VRMs ao indivíduo que estiver fazendo uso dos produtos fumígenos nos locais estabelecidos no caput.

§ 3º Os proprietários dos estabelecimentos referidos no caput responderão solidariamente no caso de não fazer cumprir as proibições previstas neste artigo.

§ 4º Excluem-se da proibição determinada no ˜ 1º os ambientes ao ar livre, como calçadas, escadas, rampas, pátios, varandas, terraços e similares, bem como aqueles fisicamente delimitados em recintos coletivos particulares, na forma do art. 68.

§ 5º A multa fixada neste artigo fica reduzida em 50% (cinquenta por cento) se a conduta vedada no caput for praticada em local impróprio naqueles estabelecimentos que possuam área específica para fumantes, na forma do art. 68.

Art. 66. Nos recintos discriminados no ˜ 1º do art. 65 é obrigatória a afixação, em locais de ampla visibilidade, de avisos indicativos da proibição e das sanções aplicáveis.

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no caput acarreta a aplicação de multa de 30 (trinta) VRMs ao estabelecimento infrator.

Art. 67. O proprietário ou responsável pelo estabelecimento ou prédio deverá zelar pelo cumprimento do disposto nesta Lei, recomendando sua observância sempre que for burlado o que nela está disposto.

Art. 68. Em recintos coletivos particulares fica facultada a criação de áreas próprias para fumantes, devendo ser fisicamente delimitadas e equipadas com soluções técnicas que garantam, plenamente, a exaustão do ar para o ambiente externo.

Parágrafo único. É facultado ao estabelecimento o comércio de seus produtos e serviços nas áreas restritas a fumantes.

Art. 69. Fica proibida a comercialização de alimentos altamente cariogênicos nos bares localizados no interior das escolas públicas integrantes da Rede Municipal de Ensino.

§ 1º Alimentos altamente cariogênicos são todos aqueles que contêm açúcar e amido, com os quais as bactérias formam ácidos prejudiciais aos tecidos dos dentes.

§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 15 (quinze) VRMs.Art. 70. Os estabelecimentos de saúde, públicos e privados, ficam obrigados a afixar, em local visível ao

público, aviso esclarecendo que a indenização de seguro obrigatório de danos causados por veículos automotores pode ser requerida pela própria vítima ou seus beneficiários.

Parágrafo único. Os avisos devem conter o seguinte texto: “QUEM PODE USARQualquer vítima de acidente envolvendo um veículo automotor de via terrestre, ou beneficiário, pode requerer

a indenização do seguro.CUIDE DE SEUS INTERESSES VOCÊ MESMOPedir a indenização do seguro é simples. Você não precisa recorrer à ajuda de terceiros.BENEFICIÁRIOS EM CASO DE INVALIDEZ PERMANENTEA própria vítima.ACIDENTES COM MAIS DE UMA VÍTIMANão importa quantas vítimas o acidente provoque. O seguro DPVAT indeniza todas, uma a uma,

individualmente. Não há limite de vítimas nem de valores de indenização para um mesmo acidente.ACIDENTES COM VEÍCULOS INFRATORESA cobertura do seguro DPVAT não está vinculada às regras de trânsito. As indenizações são pagas

independentemente de apuração de culpa, desde que haja vítimas, transportadas ou não pelo veículo automotor.O atendimento às vítimas e aos beneficiários do seguro é feito por extensa rede distribuidora em todo o

território nacional.Para maiores informações entre em contato com a Central de Atendimento DPVAT (0800 0221204) ou pelo

endereço eletrônico www.dpvatseguro.com.br”.Art. 71. Ficam obrigados os supermercados de grande porte de Caxias do Sul à colocação de assentos

reservados para pessoas idosas.§ 1º O local designado para a colocação desses assentos não deve expor o estabelecimento nem os clientes a

riscos de qualquer gênero.§ 2º Consideram-se grandes supermercados, para efeito deste artigo, aqueles cuja área comercial seja igual ou

superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados).§ 3º A infração do disposto neste artigo acarreta multa no valor de 104 (cento e quatro) VRMs, com prazo de 30

(trinta) dias úteis para sua regularização. Persistindo a infração, caberá ao Município interditar o estabelecimento.Art. 72. Os supermercados, hipermercados e estabelecimentos comerciais similares localizados no Município

devem dispensar atendimento prioritário e diferenciado aos cadeirantes. § 1º O atendimento prioritário compreende atendimento imediato com destinação de caixa adaptado à

passagem do cadeirante. § 2º Entende-se por tratamento diferenciado o serviço de atendimento prestado por uma pessoa designada pelo

estabelecimento comercial a auxiliar o cliente cadeirante, quando for solicitado. § 3º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 150 (cento e cinquenta) VRMs, sendo aplicada em

dobro em caso de persistência. Art. 73. As administrações do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani e da Estação Rodoviária de Caxias do

Sul devem disponibilizar, no mínimo, duas cadeiras de rodas para uso por pessoas com deficiência ou circunstancialmente necessitadas desse equipamento.

Art. 74. Fica proibida a comercialização de esteroides anabolizantes e de produtos afins em academias de ginástica e musculação e em centros de condicionamento físico.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta as seguintes penalidades:I - multa no valor de 210 (duzentos e dez) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias úteis para sua regularização; eII - cassação: caberá ao Município cassar o Alvará de Funcionamento do estabelecimento, caso persista a

infração, após 30 (trinta) dias úteis do recebimento da multa.Art. 75. Fica proibida a comercialização de água mineral com teor de flúor acima de 0,9 mg/l (zero vírgula

nove miligrama por litro) no Município de Caxias do Sul.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta as seguintes penalidades:I - multa de 500 (quinhentos) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias para sua regularização; eII - persistindo a infração, depois de 60 (sessenta) dias da aplicação da multa, será proibida a venda do produto

no estabelecimento comercial. A cassação do Alvará de Localização e Funcionamento será estabelecida pela municipalidade, quando persistir a infração, após 120 (cento e vinte) dias da imposição da multa.

Art. 76. Os estabelecimentos que comercializam, armazenam ou realizam o transporte de água mineral natural devem manter afixada ou apresentar, quando solicitado, cópia de laudo que ateste a qualidade físico-química e microbiológica da água, elaborado por laboratório credenciado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ficando proibida:

I - a comercialização de água mineral em: a) postos de combustíveis; b) depósitos de distribuição de gás; c) borracharias; e d) oficinas mecânicas. II - a armazenagem de galões, retornáveis ou não, cheios ou vazios, ou de outra embalagem, principalmente:a) em áreas que permitam a passagem de umidade ou poeira; b) junto a produtos tóxicos e de materiais de limpeza; c) em pisos rústicos ou em chão batido; ou d) expostos à luz solar direta. III - o transporte de água mineral em veículos de carroceria aberta, sem lona e forração impermeável ou com

evidência de insetos, roedores, pássaros, vazamentos, umidade, materiais estranhos e odores intensos, ou ainda juntamente com:

a) animais; b) plantas; c) materiais de limpeza; d) cargas tóxicas; ou e) gás de cozinha. Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta as seguintes penalidades: I - multa no valor de 500 (quinhentos) VRMs; eII - persistindo a infração, depois de 60 (sessenta) dias da aplicação da multa, será proibida a venda do produto

no estabelecimento comercial. Art. 77. É livre em todo o Município o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais de qualquer

natureza, inclusive de prestadores de serviço na área específica de postos de lavagem de automóveis e assemelhados, postos de gasolina e borracharias.

Parágrafo único. O funcionamento dos estabelecimentos será dividido em turnos, observada a jornada de trabalho prevista na legislação federal.

Art. 78. Todo estabelecimento comercial varejista que comercializa produtos embalados, na indústria ou no próprio estabelecimento, com peso especificado na embalagem fica obrigado a manter à disposição dos consumidores balanças de precisão que permitam a aferição e conferência.

§ 1º Os estabelecimentos comerciais com até 5 (cinco) caixas registradoras ficam obrigados a manter à disposição dos consumidores, no mínimo, uma balança e, quando exceder a 5 (cinco), mais uma balança para cada grupo de 3 (três) caixas registradoras, até o limite de mais 3 (três) balanças.

§ 2º Ficam excluídos do disposto neste artigo os estabelecimentos com área inferior a 60 m2 (sessenta metros quadrados), desde que mantenham à disposição do público a balança normalmente utilizada no estabelecimento.

§ 3º As balanças localizar-se-ão em espaços exclusivos, de fácil visualização e acesso aos consumidores.§ 4º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) a 18 (dezoito) VRMs, relativos ao mês em

que foi autuado o infrator, devendo ser atualizada até a data do efetivo pagamento. Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Art. 79. As casas noturnas, bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais em geral que venderem, fornecerem, ministrarem e entregarem, de qualquer forma, mesmo que gratuitamente, cigarros e/ou bebidas alcoólicas, independentemente de sua concentração, a crianças e adolescentes, infringindo os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente, especialmente o art. 243 da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990, não excluindo eventuais punições no âmbito criminal, serão multados e terão seus Alvarás de Localização e Funcionamento suspensos ou cassados.

Page 15: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 14 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 15

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

§ 1º O estabelecimento que infringir as disposições do caput está sujeito às seguintes penalidades:I - na primeira autuação, multa equivalente a 300 (trezentos) VRMs;II - na segunda autuação, pena de 600 (seiscentos) VRMs e 90 (noventa) dias de suspensão do Alvará de

Localização e Funcionamento; e III - pena de cassação definitiva do Alvará de Localização e Funcionamento no caso de persistência, após a

aplicação da segunda multa.§ 2º Os valores arrecadados revertem em favor do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.§ 3º Das sanções impostas, cabe recurso ao Município, com efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis

da data da autuação.§ 4º O Município tem o prazo máximo de 30 (trinta) dias para julgar o recurso referido no § 3º deste artigo.§ 5º O processamento do recurso referido no § 4º será delineado na regulamentação a ser expedida pelo Poder

Executivo Municipal.§ 6º Somente após dois anos da cassação definitiva do Alvará de Localização e Funcionamento o proprietário

do estabelecimento penalizado pode solicitar novo alvará para estabelecimento comercial que venda bebida alcoólica e cigarro.

§ 7º No caso de uma segunda cassação definitiva, o proprietário do estabelecimento penalizado fica inabilitado definitivamente de requerer Alvará de Licença e Funcionamento.

§ 8º A autuação processar-se-á por agente fiscalizador do Município, através da ação de rotina e, obrigatoriamente, por denúncia.

§ 9º Qualquer cidadão ou entidade pode denunciar, verbalmente ou por escrito, o descumprimento do disposto neste artigo ao Poder Executivo Municipal.

§ 10. Quando a denúncia for verbal ou por telefone, deve ficar garantido o anonimato do denunciante, de modo a evitar represálias de parte do(s) comerciante(s) autuado(s).

§ 11. As denúncias comprovadas pelo Município devem ser encaminhadas ao representante do Ministério Público, através de cópia da íntegra do respectivo processo administrativo, até 5 (cinco) dias da conclusão definitiva deste, para as providências judiciais cabíveis.

§ 12. Fica ressalvado o princípio do contraditório, assegurando o direito de ampla defesa ao comerciante autuado, nos prazos previstos em Lei.

§ 13. Toda denúncia formal deve ser objeto de fiscalização no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas.§ 14. Nos alvarás das casas noturnas, bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais regularmente

cadastrados, deverá constar a redação do presente artigo.§ 15. Todas as casas noturnas, bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais regularmente cadastrados

têm o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicação desta Lei, para solicitar novo alvará e afixá-lo em local visível.

Art. 80. Os bares e restaurantes que vendem bebidas alcoólicas ficam obrigados a expor, em local visível ao público frequentador, aviso sobre o limite de consumo de bebidas alcoólicas, previsto no art. 165 da Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 Código de Trânsito Brasileiro.

§ 1º O aviso deve conter os seguintes dizeres: “Se for dirigir, não beba ou beba moderadamente”. Alertamos que o limite de consumo permitido no Código de Trânsito Brasileiro para os condutores de veículos é de 6 dg (seis decigramas) de álcool por litro de sangue, o que corresponde a:

I - um copo e meio de bebida fermentada (cerveja, vinho, etc.); eII - uma dose de bebida destilada (whisky, cachaça, vodka, etc.).§ 2º A infração do disposto no caput acarreta multa de 10 (dez) VRMs. Persistindo a infração, será aplicada

multa de 12 (doze) VRMs.Art. 81. Fica proibida a colocação e/ou fixação de cartazes de divulgação ou qualquer outro meio de

publicidade que estimule a utilização de cigarro e bebida alcoólica nos estabelecimentos comerciais que ocupem área pública e/ou qualquer prédio público do Município.

§ 1º A licença para funcionamento de novos estabelecimentos deve ser concedida pelo órgão competente do Poder Executivo, desde que atendido o disposto no caput.

§ 2º O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo está sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 100 (cem) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias para sua regularização; eII - suspensão: caso persista a infração, depois de decorridos 30 (trinta) dias da aplicação da multa, será

procedida a suspensão do Alvará de Localização.Art. 82. Ficam obrigados os estabelecimentos comerciais que ocupem áreas do Município a comercializar

fichas e cartões magnéticos para uso em telefones públicos.§ 1º Deverá constar em cartaz informativo que o estabelecimento presta o referido serviço.§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 5 (cinco) VRMs, sendo aplicada em dobro em caso

de persistência.Art. 83. É obrigatório, no Município de Caxias do Sul, que estabelecimentos comerciais do tipo shopping com

mais de 30 (trinta) lojas coloquem à disposição dos clientes serviços de pronto-socorro médico.§ 1º Os shoppings destinarão área física suficiente para a montagem de um ambulatório médico com

equipamentos e materiais de primeiros socorros.§ 2º O ambulatório funcionará durante o horário de atendimento ao público, sob a responsabilidade de, no

mínimo, um médico clínico geral, que permaneça de plantão no local.§ 3º Os shoppings manterão de plantão, no local, durante o horário comercial, uma ambulância que possa dar

atendimento nos casos em que haja necessidade de locomoção do paciente.§ 4º Os shoppings manterão, junto ao ambulatório médico, no mínimo duas cadeiras de rodas para utilização,

no interior do estabelecimento, por pessoas com deficiência.§ 5º O atendimento de primeiros socorros aos clientes dos shoppings que se enquadrarem no caput deste artigo

será prestado gratuitamente.§ 6º Casos graves, que exijam tratamento continuado do paciente, serão de responsabilidade deste, eximindo-se

os shoppings de qualquer responsabilidade.§ 7º A infração do disposto neste artigo e parágrafos acarreta multa no valor de 52 (cinquenta e dois) VRMs.

Persistindo a infração, será aplicada multa de 104 (cento e quatro) VRMs, e, na terceira autuação, de 156 (cento e cinquenta e seis) VRMs.

§ 8º A obrigatoriedade de que trata este artigo não se aplica aos estabelecimentos comerciais do tipo shopping que se encontrem próximo a hospitais e ambulatórios, a uma distância de até 2.000 m (dois mil metros).

Art. 84. Os centros comerciais e shopping centers localizados no Município de Caxias do Sul ficam obrigados a disponibilizar banheiros públicos infantis junto aos espaços destinados aos fraldários.

§ 1º Os banheiros infantis deverão oportunizar os seguintes serviços: I - acesso conjunto da criança e de uma pessoa adulta que a acompanhe; II - toaletes e pias com proporções reduzidas, visando facilitar seu uso pelas crianças; e III - aviso de acesso restrito à criança e seu acompanhante. § 2º A fiscalização será realizada pelo órgão competente da municipalidade, no que tange à observância das

normas previstas neste artigo. Art. 85. Os bares, lancherias, restaurantes e congêneres com capacidade igual ou superior a 150 (cento e

cinquenta) lugares, shopping centers, hipermercados, hospitais, terminais aéreos e rodoviários, bem como as casas de espetáculos e cinemas com capacidade acima de 500 (quinhentos) lugares devem oferecer banheiros equipados para o uso por pessoas com deficiência.

§ 1º Excluem-se dessa obrigação os estabelecimentos localizados no interior de shopping centers. § 2º As instalações desses banheiros devem seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT). § 3º O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo está sujeito às seguintes penalidades: I - multa no valor de 52 (cinquenta e dois) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias para sua regularização;II - suspensão: caso persista a infração, após 30 (trinta) dias da notificação da multa será procedida a suspensão

do Alvará de Localização; eIII - cassação: se persistir a infração, decorridos 60 (sessenta) dias da aplicação da multa o Município procederá

à cassação do Alvará de Localização do estabelecimento.Art. 86. Como condição para sua realização, as exposições, feiras, eventos e similares promovidos no

Município de Caxias do Sul devem disponibilizar o acesso para pessoas com deficiência, sua livre circulação e a ampla possibilidade de visitação aos estandes às variadas formas de deficiência.

§ 1º Os promotores do evento devem disponibilizar às pessoas com deficiência, no mínimo, um sanitário feminino e um masculino, adequados às normas da ABNT, podendo ser fixos ou móveis.

§ 2º Para atendimento do disposto neste artigo, os interessados devem buscar assessoramento de entidades

especializadas na matéria, garantindo a participação do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência.

§ 3º A infração do disposto no caput acarreta multa de 15 (quinze) VRMs. Persistindo a infração, será aplicada multa de 20 (vinte) VRMs.

Art. 87. Os estabelecimentos comerciais, clínicas, hospitais, terminais aéreos e rodoviários, entidades com acesso público e casas de espetáculos e de diversão noturna devem disponibilizar sanitários para sua clientela, observadas as regras de limpeza e higiene.

§ 1º Os locais mencionados no caput devem dispor em seus sanitários, além de papel higiênico, papel toalha e sabonete.

§ 2º A Secretaria Municipal da Saúde, através da Vigilância Sanitária, fiscalizará a conservação das instalações, sua higiene e regular funcionamento.

§ 3º A infração do disposto neste artigo sujeita o infrator a multa de 50 (cinquenta) VRMs, com prazo de até 30 (trinta) dias para regularização, findo o qual, não atendidas as exigências, será procedida a interdição do estabelecimento.

Art. 88. Os estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços cujos proprietários ou responsáveis estiverem, comprovadamente, envolvidos com a comercialização de produtos de origem ilícita terão seus Alvarás de Localização e Funcionamento cassados.

§ 1º Verificada a ocorrência da prática descrita no caput, ficam os estabelecimentos sujeitos às seguintes penalidades:

I - multa de 50 (cinquenta) VRMs e suspensão do Alvará de Funcionamento pelo prazo de até 30 (trinta) dias; e II - em caso de persistência e se for constatada, por ocasião da primeira autuação, a comercialização ilícita a que

se refere o caput, será aplicada multa de 100 (cem) VRMs e a cassação definitiva do Alvará de Localização e Funcionamento do estabelecimento.

§ 2º A aplicação das penalidades previstas neste artigo não prejudica as sanções penais cabíveis. § 3º A autuação processar-se-á por agente fiscalizador do órgão competente do Município, através de denúncia

formalizada por escrito no Protocolo Geral. § 4º A denúncia poderá ser feita pessoalmente ao Município através da apresentação de registro de ocorrência

policial. Recebida a denúncia, o órgão municipal competente intimará o autuado a apresentar a sua defesa no prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data da intimação, sob pena de revelia.

§ 5º As denúncias comprovadas pelo Município devem ser encaminhadas ao representante do Ministério Público, através de cópia da íntegra do respectivo processo administrativo, até 5 (cinco) dias da conclusão definitiva deste, para as providências judiciais cabíveis.

§ 6º Somente após 2 (dois) anos da cassação definitiva do Alvará de Localização e Funcionamento o proprietário do estabelecimento penalizado pode solicitar novo alvará.

Art. 89. Os motéis e similares ficam obrigados a fornecer aos seus frequentadores, gratuitamente, no mínimo 3 (três) preservativos masculinos e femininos, aprovados pelo Ministério da Saúde, como também folhetos informativos sobre doenças sexualmente transmissíveis elaborados pelos órgãos de Saúde Pública.

§ 1º Os preservativos e os folhetos informativos devem ficar em local visível, de fácil acesso, com a indicação expressa de que são gratuitos.

§ 2º Em caso de infração ao disposto no caput, o estabelecimento fica sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 30 (trinta) VRMs, com prazo de 30 (trinta) dias para sua regularização. Após, será aplicada

uma segunda multa, no valor de 60 (sessenta) VRMs; eII - cassação: persistindo a infração, decorridos 60 (sessenta) dias da aplicação da segunda multa, o Município

procederá à cassação do Alvará de Localização do estabelecimento.Art. 90. Os estabelecimentos comerciais e as edificações de acesso público que possuam portas com detector

de metais, dispositivos antifurto ou outros equipamentos que possam provocar interferência no funcionamento de aparelhos marcapasso ficam obrigados a exibir, em local visível e de fácil leitura, avisos sobre os riscos e prejuízos de tais equipamentos à saúde dos portadores desses aparelhos.

§ 1º Em caso de presença de portador de aparelho marcapasso à porta dos estabelecimentos, deve ser procedido o desligamento do equipamento detector de metais, para a devida passagem do usuário.

§ 2º Fica facultado ao estabelecimento o oferecimento de passagem alternativa aos portadores de aparelhos marcapasso.

§ 3º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) VRMs, sendo aplicada em dobro em caso de persistência.

Art. 91. Ficam obrigados os hotéis e motéis estabelecidos no Município de Caxias do Sul a adaptar suas instalações a fim de garantir o acesso de pessoas com deficiência, reservando 2% (dois por cento) de seus quartos e apartamentos, com o mínimo de um.

§ 1º As adequações de que trata o caput deverão obedecer à NBR 9050:94, da ABNT, ou a que vier substituí-la.§ 2º Os estabelecimentos localizados em prédios que não consigam atender às exigências previstas nesta Lei

devem apresentar alternativas para análise junto ao órgão competente. § 3º Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a regulamentação desta Lei pelo Poder

Executivo Municipal para a devida adequação dos estabelecimentos citados no caput. § 4º Transcorrido o prazo previsto no § 3º, o estabelecimento que descumprir esta Lei estará sujeito às seguintes

penalidades: a) advertência; b) multa de 500 (quinhentos) VRMs; persistindo a infração, até 30 (trinta) dias úteis após a aplicação da

penalidade, será aplicada multa no valor de 1.000 (um mil) VRMs; e c) se após 30 (trinta) dias úteis da aplicação da segunda multa persistir a infração, o Município procederá à

interdição do estabelecimento. Art. 92. Ficam obrigados os estabelecimentos comerciais atingidos por leis do Município a afixar em local

visível ao público cópias dessas leis.Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput acarreta multa de 10 (dez) VRMs. Persistindo a

infração, será aplicada multa de 20 (vinte) VRMs.Art. 93. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a

integral execução do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.CAPÍTULO IIDAS FARMÁCIASArt. 94. As farmácias e drogarias estabelecidas no Município de Caxias do Sul ficam obrigadas a afixar, em

local visível, placas informando ao usuário o nome e o número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Farmacêutico Responsável pelo funcionamento do estabelecimento.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta as seguintes penalidades:I - multa no valor de 3 (três) VRMs;II - persistindo a infração, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da primeira multa, será aplicada nova

multa, no valor de 5 (cinco) VRMs; eIII - se, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da segunda multa, persistir a infração, o Município

procederá à cassação do alvará do estabelecimento.Art. 95. É obrigatória, nas farmácias e drogarias que prestam atendimento 24 horas, a instalação de toldo,

cobertura ou marquise, na parte fronteiriça ou onde se dá o atendimento, para proteção do usuário.Parágrafo único. Os projetos de construção ou instalação da cobertura, toldo ou marquise de que trata o caput

devem obedecer ao estabelecido no Código de Obras do Município e no art. 30, inciso XI, da presente Lei. Art. 96. Fica o Poder Executivo Municipal, no âmbito de sua competência, obrigado a cassar o Alvará

de Funcionamento dos estabelecimentos farmacêuticos ou de quaisquer outros estabelecimentos que comercializem medicamentos falsos ou adulterados, sem o devido registro no Ministério da Saúde.

Parágrafo único. A sanção referida no caput deste artigo não pressupõe qualquer tipo de notificação ou advertência, sendo aplicada quando da denúncia ao órgão responsável pela vigilância sanitária por um munícipe ou entidade da sociedade civil legalmente constituída, devidamente acompanhada de provas práticas.

Art. 97. Compete à Secretaria Municipal da Saúde fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.CAPÍTULO IIIDOS CABELEIREIROS, BARBEIROS E AFINSArt. 98. Os cabeleireiros, barbeiros e afins farão afixar, nas fachadas externas de seus estabelecimentos, tabelas

de preços completas de seus serviços.§ 1º As tabelas deverão ser facilmente identificáveis, usando-se, na escrita de letras e números, pelo menos o

corpo 18 (dezoito), de fonte legível.

Page 16: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 16 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 17

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 5 (cinco) a 10 (dez) VRMs.Art. 99. É expressamente vedada a utilização, em salões de beleza, salões de cabeleireiro e estabelecimentos

congêneres, do instrumental e utensílios destinados aos serviços de manicuro e pedicuro sem a devida esterilização e em desacordo com as instruções da autoridade sanitária.

Parágrafo único. O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo está sujeito a multa no valor de 15 (quinze) VRMs.

Art. 100. É obrigatória a utilização, para cada cliente, de lâmina nova e descartável, em barbearias, salões de beleza, salões de cabeleireiro e estabelecimentos congêneres.

Parágrafo único. O estabelecimento que infringir o disposto neste artigo está sujeito a multa no valor de 10 (dez) VRMs.

CAPÍTULO IVDOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOSArt. 101. Fica o Poder Executivo Municipal, no âmbito de sua competência, obrigado a aplicar sanções

administrativas quando de abusos ou infrações cometidas pelos estabelecimentos de prestação de serviços bancários contra o consumidor no que se refere ao tempo de espera para atendimento.

§ 1º Caracterizam abuso ou infração de parte dos estabelecimentos bancários, para efeito deste artigo, aqueles casos em que, comprovadamente, o usuário seja constrangido a um tempo de espera para atendimento superior a:

I - 15 (quinze) minutos, em dias normais; eII - 30 (trinta) minutos, no dia anterior ao início e no primeiro dia útil após os feriados prolongados.§ 2º Para comprovação do tempo de espera, os usuários devem apresentar o bilhete da senha de atendimento,

onde constará, impresso mecanicamente, o horário de recebimento da senha e o horário de atendimento.§ 3º Os estabelecimentos bancários que ainda não fazem uso do sistema de atendimento com senhas ficam

obrigados a fazê-lo no prazo definido na regulamentação desta Lei.§ 4º Os estabelecimentos bancários não cobrarão qualquer importância pelo fornecimento obrigatório de

senhas de atendimento.§ 5º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 500 (quinhentos) VRMs, com prazo de até 30 (trinta)

dias úteis para sua regularização. Persistindo a infração, será aplicada uma segunda multa, no valor de 1.000 (um mil) VRMs.

Art. 102. Ficam as agências bancárias no âmbito do Município obrigadas a fixar, nas áreas interna e externa do estabelecimento, em local visível e de fácil leitura, tabela de preços dos serviços oferecidos.

§ 1º As tabelas devem ter a dimensão de 60 cm (sessenta centímetros) de altura e 50 cm (cinquenta centímetros) de largura.

§ 2º A não afixação da tabela sujeita o infrator às seguintes penalidades:I - multa no valor de 42 (quarenta e dois) VRMs, com prazo de 20 (vinte) dias úteis para sua regularização; eII - suspensão: caso persista a infração, após 30 (trinta) dias úteis do recebimento da multa será procedida a

suspensão do Alvará de Localização do estabelecimento.§ 3º Qualquer alteração na tabela de preços dos serviços bancários deverá ser comunicada aos clientes, por

escrito, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias e também afixada em local visível e de fácil acesso dentro das agências bancárias.

Art. 103. Os estabelecimentos bancários devem colocar assentos à disposição dos usuários que aguardam atendimento.

§ 1º O número de assentos a serem instalados fica a critério de cada agência bancária, de acordo com o seu espaço físico, em local de fácil acesso ao atendimento.

§ 2º Em caso de infração, a instituição fica sujeita às seguintes penalidades:I - multa no valor de 52 (cinquenta e dois) VRMs. Persistindo a infração, após 30 (trinta) dias da aplicação da

multa, a penalidade é a suspensão do Alvará de Funcionamento por 6 (seis) meses; eII - cassação: se, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da suspensão do Alvará de Funcionamento,

persistir a infração, o Município procederá à cassação do Alvará da instituição.§ 3º Os procedimentos administrativos de que trata o presente artigo serão aplicados quando da denúncia ao

Conselho Municipal de Defesa do Consumidor (COMDECON) por um munícipe ou entidade da sociedade civil legalmente constituída, devidamente acompanhada de provas práticas.

§ 4º O COMDECON determinará as providências devidas, com a apuração dos fatos, e, após, encaminhará à Procuradoria-Geral do Município para indicação imediata das sanções.

Art. 104. É obrigatória, nos estabelecimentos financeiros, a instalação de sistema de monitoração e gravação eletrônica de imagens através de circuito fechado de televisão.

Parágrafo único. Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem: bancos oficiais ou privados, Caixa Econômica, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, subagências, seções, postos 24 horas e caixas eletrônicos.

Art. 105. O sistema de monitoração e gravação eletrônica de imagens através de circuito fechado de televisão, a que se refere o art. 104, deve, dentre outras, atender as seguintes características técnicas mínimas:

I - utilizar câmera com sensores capazes de captar imagens em cores, com resolução mínima de 450 (quatrocentas e cinquenta) linhas horizontais, de forma a permitir a clara identificação de assaltantes e criminosos;

II - possuir equipamento que permita a gravação simultânea e ininterrupta das imagens geradas por todas as câmeras do estabelecimento durante o horário de funcionamento externo e quando houver movimentação de numerário no interior do estabelecimento;

III - permitir a gravação simultânea, permanente e ininterrupta das imagens de todas as câmeras nos postos 24 horas e caixas eletrônicos, de forma a ter sempre armazenadas no equipamento de gravação as imagens das últimas 24 horas;

IV - prover o equipamento de gravação com caixa de proteção, instalado em local que não permita a sua violação ou remoção pelo uso de armas de fogo, ferramentas ou instrumentos manuais; e

V - prover o sistema com alimentação de emergência capaz de mantê-lo operante por, no mínimo, duas horas nos estabelecimentos de atendimento convencional e por 6 (seis) horas no caso de postos 24 horas e caixas eletrônicos.

Art. 106. A instalação das câmeras deve possibilitar a monitoração e gravação das atividades desenvolvidas pelos estabelecimentos financeiros, no mínimo, nos seguintes locais:

I - nos acessos destinados ao público;II - nos locais de acesso aos caixas, no caso de estabelecimentos financeiros de atendimento convencional;III - nos terminais de saque por auto-atendimento, para os postos 24 horas e caixas eletrônicos; eIV - nas áreas onde houver guarda e movimentação de numerário, no interior do estabelecimento.Art. 107. As instituições financeiras ficam obrigadas a manter o sistema de monitoração e gravação eletrônica

de imagens através de circuito fechado de televisão em condições técnicas e operacionais que permitam o seu perfeito funcionamento e atendimento ao objetivo de inibir atividades criminosas ou contribuir para a rápida identificação de responsáveis por tais atos em estabelecimentos financeiros.

§ 1º As instituições de que trata este artigo devem ser vistoriadas periodicamente, a intervalos não superiores a 6 (seis) meses, por empresas de escolha da própria instituição financeira.

§ 2º O estabelecimento financeiro que infringir o disposto neste artigo fica sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 1.040 (um mil e quarenta) VRMs, com prazo de até 30 (trinta) dias úteis para sua

regularização. Caso não cumprida, será aplicada uma segunda multa, no valor de 2.080 (dois mil e oitenta) VRMs; eII - interdição: caberá ao Município interditar o estabelecimento financeiro, caso persista a infração, após 30

(trinta) dias úteis do recebimento da segunda multa.§ 3º Os sindicatos de empregados dos estabelecimentos financeiros do Município de Caxias do Sul poderão

representar junto ao Município contra o(s) infrator(es) deste artigo.Art. 108. É obrigatória, nas agências e postos de serviços bancários, a instalação de porta eletrônica de

segurança individualizada em todos os acessos destinados ao público.§ 1º A porta a que se refere este artigo deverá, entre outras, obedecer às seguintes características técnicas:a) estar equipada com detector de metais;b) ter travamento e retorno automático;c) ter abertura ou janela para entrega ao vigilante do metal detectado; ed) ter vidros laminados e resistentes ao impacto de projéteis oriundos de armas de fogo até calibre 45 (quarenta

e cinco).§ 2º Poderá ser dispensada a exigência contida neste artigo, para uma ou mais agências ou postos de serviço,

pela autoridade competente, com base em parecer técnico.§ 3º O estabelecimento bancário que infringir o disposto neste artigo fica sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 10.000 (dez mil) VRMs. Se, até 30 (trinta) dias úteis após a aplicação da multa, não houver

a regularização da situação, será aplicada uma segunda multa, no valor de 20.000 (vinte mil) VRMs; e

II - cassação: se, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da segunda multa, persistir a infração, o Município procederá à cassação do alvará do estabelecimento bancário.

Art. 109. As agências, postos de serviços e caixas eletrônicos bancários localizados no Município ficam obrigados a instalar rampas de acesso para pessoas com deficiência sempre que houver desnível entre esses e o passeio público.

§ 1º A rampa a que se refere este artigo deverá obedecer ao disposto no art. 59 da Lei Complementar que consolida a legislação que dispõe sobre o Código de Obras do Município, e, entre outras, às normas técnicas da ABNT.

§ 2º Poderá ser dispensada a exigência contida neste artigo, pela autoridade competente, com base em parecer técnico.

§ 3º Os caixas eletrônicos devem, no seu interior, possuir espaço suficiente para permanência e movimentação de pessoas com deficiência em cadeira de rodas.

§ 4º O estabelecimento bancário que infringir o disposto neste artigo fica sujeito às seguintes penalidades:I - multa no valor de 1.040 (um mil e quarenta) VRMs; eII - cassação: se, decorridos 60 (sessenta) dias úteis da aplicação da multa, persistir a infração, o Município

procederá à cassação do Alvará de Localização do estabelecimento bancário.Art. 110. Fica obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de pessoas com deficiência, idosos e

gestantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendimento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores.

§ 1º Os estabelecimentos bancários que infringirem o disposto neste artigo ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência e notificação para se adequarem ao disposto nesta Lei no prazo de 10 (dez) dias úteis; II - multa de 1.000 (um mil) VRMs e, no caso de reincidência, o dobro; e III - após a incidência dos itens anteriores, cassação do alvará e interdição do estabelecimento. § 2º As pessoas com deficiência, idosos e gestantes poderão representar, junto ao Município, contra o infrator

desta Lei Complementar, por intermédio de suas entidades representativas. Art. 111. Ficam obrigadas as agências bancárias localizadas no Município a disponibilizar aos seus clientes

bebedouros e sanitários gratuitos, em área de atendimento ao público e em plenas condições de uso. § 1º Os sanitários a que se refere este artigo deverão ser divididos em feminino e masculino e devem dispor de

uma unidade específica para acesso individual a pessoas com deficiência de ambos os sexos. § 2º Os sanitários destinados a pessoas com deficiência deverão obedecer integralmente à norma técnica NBR

9050:2004, da ABNT. § 3º Deverão ser afixados cartazes, de forma clara e visível, no interior das agências bancárias, indicando a

localização dos bebedouros e sanitários mencionados no caput. § 4º A agência bancária que infringir o disposto neste artigo fica sujeita às seguintes penalidades: I - na primeira infração, advertência e multa no valor de 1.000 (um mil) VRMs; II - persistindo a infração, a multa será aplicada em dobro; e III se, decorridos 30 (trinta) dias úteis da aplicação da segunda multa, persistir a infração, será cassado o Alvará

de Localização e Funcionamento. § 5º As novas agências bancárias que se estabelecerem no Município deverão adaptar-se ao disposto neste artigo. Art. 112. Ficam os estabelecimentos bancários dotados de porta com detector de metais obrigados a manter

unidades de guarda-volumes à disposição dos usuários. § 1º Para efeitos do caput, a instalação do guarda-volumes deve atender as seguintes condições: I - estar posicionado junto ao local de acesso, anteriormente à porta com detector de metais; II - corresponder ao número compatível com o fluxo de pessoas previsto para o estabelecimento; e III - haver a disponibilização de utilização do guarda-volumes enquanto os usuários permanecerem no

estabelecimento. § 2º Os estabelecimentos bancários devem afixar aviso informativo sobre a oferta e forma de utilização do

serviço. § 3º Os estabelecimentos bancários que infringirem o disposto neste artigo ficam sujeitos às penalidades

impostas pelo Poder Executivo. Art. 113. Ficam obrigadas as agências bancárias no âmbito do Município de Caxias do Sul a implementar box

e/ou dispositivo nos caixas eletrônicos bloqueando a visão das transações pelos demais clientes, no interior da agência, que não sejam os próprios funcionários.

Art. 114. As instituições bancárias de Caxias do Sul ficam obrigadas a instalar em suas agências pelo menos um terminal de autoatendimento adaptado para utilização por pessoas com deficiência auditiva, visual e cadeirantes.

§ 1º Na adaptação a que se refere o caput, deverá constar a instalação de equipamentos de telecomunicações para pessoas com deficiência auditiva, de teclados em sistema braile para as pessoas com deficiência visual e de tela e teclado em altura reduzida, compatível para utilização por usuários de cadeiras de rodas.

§ 2º A infração do disposto neste artigo sujeita a instituição bancária infratora a multa de 500 (quinhentos) VRMs. Art. 115. Compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.CAPÍTULO V DOS ESTACIONAMENTOS PARTICULARES Art. 116. Os estacionamentos particulares ficam obrigados a adotar o sistema de cobrança por tempo

fracionado, durante o período de permanência dos veículos. Parágrafo único. Por estabelecimento particular, para efeitos desta Lei, entende-se o estabelecimento comercial

destinado à permanência temporária de veículos motorizados, mediante pagamento de valor equivalente ao período de permanência, ainda que exercendo atividade subsidiária a outro estabelecimento comercial.

Art. 117. O sistema de cobrança fracionada terá como base parcelas de 10 (dez) minutos, partindo do tempo mínimo inicial de 30 (trinta) minutos, sendo o valor de cada parcela estipulado pela divisão do valor cobrado pelo período de uma hora por 6 (seis), e a parcela do tempo inicial a soma de 3 (três) parcelas.

§ 1º O cálculo do valor a ser cobrado dos motoristas será feito multiplicando-se o número de parcelas de 10 (dez) minutos de permanência pelo valor encontrado conforme o caput.

§ 2º No caso de o período de permanência compreender parcela que não inteire 10 (dez) minutos, a cobrança será feita segundo a fórmula de arredondamento aritmético, excetuando-se o período mínimo inicial, da seguinte forma:

I - a parcela de tempo inferior ou igual a 4min59s (quatro minutos e cinquenta e nove segundos) será desconsiderada para o cômputo do valor a ser cobrado pela permanência dos veículos; e

II - a parcela de tempo superior ou igual a 5 (cinco) minutos será considerada como uma parcela de 10 (dez) minutos para o cômputo do valor a ser cobrado pela permanência dos veículos.

Art. 118. Os estabelecimentos particulares em funcionamento no Município deverão apresentar, junto ao aviso do valor a ser cobrado pelo período de permanência equivalente a uma hora e do período mínimo inicial, o valor a ser cobrado pelo período de permanência equivalente a 10 (dez) minutos.

Parágrafo único. A forma de veiculação da informação do valor a ser cobrado pelo período equivalente a 10 (dez) minutos deverá ter as mesmas dimensões, formato e tamanho de fonte que integram o aviso a que se refere o caput, tornando possível sua fácil e ampla visualização pelo público.

Art. 119. Além da indicação do valor a ser cobrado pelos períodos de permanência de uma hora, período mínimo inicial e o de 10 (dez) minutos, a tabela de preços, afixada no interior dos estabelecimentos, deve conter a forma de arredondamento aritmético das parcelas de tempo inferior a 10 (dez) minutos, descrita no ˜ 2º e incisos I e II do art. 117.

Art. 120. Os estabelecimentos que não atenderem ao disposto neste Capítulo ficam sujeitos às seguintes penalidades:

I - multa equivalente a 200 (duzentos) VRMs, duplicada em caso de reincidência; e II - cassação do Alvará de Funcionamento, em caso de nova reincidência. Art. 121. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a

integral execução do disposto neste Capítulo. Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária. CAPÍTULO VI DOS SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS Art. 122. O tempo máximo de permanência nas filas nos caixas dos supermercados e hipermercados será de

10 (dez) minutos. CAPÍTULO VII DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA Art. 123. As medições e as leituras do consumo de energia elétrica na Zona Rural de Caxias do Sul devem ser

mensais. § 1º Fica proibida a medição e a leitura trimestral, bem como a cobrança do consumo pela média.

Page 17: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 16 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 17

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

§ 2º As prestadoras que infringirem o disposto neste artigo ficam sujeitas às seguintes penalidades: I - multa no valor de 1.000 (um mil) VRMs, aplicada em dobro em caso de reincidência.TÍTULO VCAPÍTULO IDO COMÉRCIO AMBULANTEArt. 124. A exploração do Comércio Ambulante na área do Município passa a obedecer às normas estabelecidas

neste Capítulo.§ 1º Considera-se Comércio Ambulante toda e qualquer forma de atividade lucrativa, de caráter eventual ou

transitório, exercida de maneira itinerante nas vias ou logradouros públicos.§ 2º Nas condições mencionadas no parágrafo anterior, incluem-se os detentores de veículos automotores

licenciados para essa atividade em Caxias do Sul que atendam às seguintes especificações técnicas:I - não terem sido fabricados há mais de 10 (dez) anos; II - o tanque de combustível ficar situado em local distante da fonte de calor;III - o equipamento de preparação dos alimentos deve obedecer às normas da ABNT e da Secretaria Municipal

da Saúde;IV - o local de estacionamento do veículo deve obedecer às normas vigentes do Código de Trânsito Brasileiro e

ser autorizado pela Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade e pela Secretaria Municipal do Urbanismo, desde que não cause prejuízo e transtorno ao trânsito;

V - é obrigatória a utilização de equipamento de sinalização de acordo com as especificações técnicas da Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade;

VI - não podem ser acrescidos ao veículo equipamentos que impliquem o aumento de suas proporções; eVII - a quantidade de unidades móveis de alimentação a serem licenciadas será estabelecida pela Secretaria

Municipal do Urbanismo, com a participação das entidades da categoria, se houver, e essas unidades serão identificadas por numeração exposta em lugar visível.

Art. 125. O exercício do Comércio Ambulante dependerá sempre de prévio licenciamento da autoridade competente, sujeitando-se o vendedor ambulante ao pagamento do tributo correspondente, estabelecido na legislação tributária do Município.

§ 1º O licenciamento somente será fornecido mediante prova de residência no Município há, no mínimo, um ano e de não estar exercendo atividade formal (verificação via apresentação da Carteira de Trabalho e Previdência Social) ou autônoma qualificada, ou não ser proprietário ou sócio de empresa ou estabelecimento já licenciado.

§ 2º A localização, autorizada pelo Poder Público, das atividades atinentes ao presente Capítulo, previamente planejadas urbanisticamente, são sujeitas a mudanças sem prévio aviso em datas especiais, tais como desfiles, programações oficiais e licenças especiais de utilização do espaço público.

Art. 126. A licença à pessoa física, concedida a título precário, é pessoal e intransferível, devendo ser requerida ao Prefeito Municipal, em formulário próprio, e servindo exclusivamente para os fins declarados.

§ 1º Na licença especial devem constar os seguintes elementos essenciais:I - número de inscrição;II - nome do vendedor ambulante sob cuja responsabilidade é exercida a atividade licenciada;III - endereço do licenciado;IV - ramo de atividade;V - fotografia do licenciado;VI - número e data do expediente que deu origem ao licenciamento; eVII - carteira de identidade e/ou CPF do licenciado.§ 2º A licença especial tem validade somente para um exercício e deve ser sempre conduzida pelo seu titular,

sob pena de multa ou apreensão da mercadoria e do equipamento encontrado em seu poder.§ 3º A atividade licenciada deverá ser, obrigatoriamente, exercida pelo licenciado, permitindo-se auxiliares

somente quando o equipamento funcionar por mais de 6 (seis) horas ininterruptas ou 8 (oito) horas divididas em até dois turnos de trabalho.

Art. 127. A licença para o exercício do Comércio Ambulante deverá ser renovada anualmente, com o recolhimento das respectivas taxas.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, o interessado deverá requerer a renovação da licença anual dentro dos prazos estabelecidos na legislação tributária do Município, e seu indeferimento não dará direito a indenização.

§ 2º Todo e qualquer indeferimento à solicitação de renovação de licença deverá ser expresso por escrito e será sempre baseado em razões de interesse público.

Art. 128. O vendedor ambulante não licenciado ou que estiver exercendo a sua atividade sem ter renovado a licença para o exercício corrente está sujeito a multa e apreensão da mercadoria e do equipamento encontrados em seu poder, até o pagamento da multa imposta.

§ 1º Em caso de apreensão, será, obrigatoriamente, lavrado termo, em formulários apropriados, expedidos em duas vias, onde serão discriminadas as mercadorias e demais apetrechos e equipamentos apreendidos, fornecendo-se cópia ao infrator.

§ 2º Paga a multa, a coisa apreendida será imediatamente devolvida ao seu dono.§ 3º As mercadorias perecíveis, quando não reclamadas dentro de 24 (vinte e quatro) horas, serão doadas a

estabelecimentos de assistência social, mediante recibo comprobatório à disposição do interessado, cancelando-se a multa aplicada.

§ 4º Aplicada a multa, continua o infrator obrigado à exigência que a determinou.Art. 129. O Comércio Ambulante obedecerá à seguinte classificação:I - pelo ramo de atividade, relacionado com as mercadorias ou artigos de venda permitida; II - pelo equipamento utilizado, distinguindo-se os apetrechos de transporte manual e o tipo de veículo

utilizado;III - pela forma como será exercido, se itinerante ou estacionado;IV - pelo prazo de licenciamento, em anual, mensal ou diário, tendo em vista o período de validade da licença

concedida; eV - pelo local ou zona licenciada. Parágrafo único. O valor das taxas de licença anual, mensal ou diária poderá ser ainda diferenciado em face da

classificação prevista neste artigo, conforme estabelece o Código Tributário do Município.Art. 130. É proibido ao vendedor ambulante:I - estacionar nas vias e logradouros públicos, salvo o tempo estritamente necessário para efetuar as vendas;II - impedir ou dificultar o trânsito nas vias e logradouros públicos;III - apregoar mercadoria em altas vozes ou molestar transeuntes com o oferecimento dos artigos postos à

venda;IV - vender, transferir, ceder, emprestar ou alugar o local em que executa a sua atividade licenciada de

Comércio Ambulante; V - vender mercadorias que não pertençam ao ramo autorizado;VI - transitar pelos passeios conduzindo cestos ou outros volumes de grande porte;VII - trabalhar fora dos horários estabelecidos para a atividade licenciada;VIII - provisionar os veículos ou equipamentos licenciados fora dos horários fixados pelo Município

especificamente para essa finalidade;IX - exercer a atividade licenciada sem uso do uniforme de modelo padrão e cor aprovados pelo Município;X - utilizar veículos ou equipamentos que não estejam de acordo com os modelos aprovados ou padronizados

pelo Município, sendo vedado alterá-los;XI - operar com veículos ou equipamentos sem a devida aprovação e vistoria do órgão competente; eXII - ingressar nos veículos de transporte coletivo para efetuar a venda de seus produtos.Art. 131. O estacionamento de vendedor ambulante nas vias e logradouros públicos, bem como a instalação de

equipamento de venda dependerão, sempre, de licenciamento especial.§ 1º A licença especial para estacionamento faculta o uso dos bens públicos de uso comum do Município,

atendidas as prescrições da legislação tributária do Município e o que preceitua este Capítulo.§ 2º Além dos tributos implicitamente referidos no § 1º, serão cobrados preços fixados pela ocupação da área,

na forma e condições especificadas na legislação tributária do Município.Art. 132. Aos vendedores ambulantes já licenciados poderá ser concedida autorização para estacionamento

eventual e nos locais onde se realizem solenidades, espetáculos e promoções públicas ou privadas, mediante o pagamento dos tributos e preços pela ocupação da área, na forma do § 2º do art. 131.

§ 1º Aos vendedores não licenciados será ainda cobrada a taxa de licença.§ 2º As autorizações previstas neste artigo não poderão ser concedidas por prazo superior a 60 (sessenta) dias.

Art. 133. A licença para venda de frutas e outros produtos agrícolas típicos do Estado, em promoções especiais, poderá ser concedida mediante autorização.

Art. 134. Não será concedida licença para o exercício do Comércio Ambulante, em vias e logradouros públicos, das seguintes atividades:

I - preparo de alimentos, salvo pipoca, açúcar centrifugado, churros, crepe suíço, cachorro-quente, sanduíche natural, doces, sorvete, espetinho de carne e aqueles permitidos pelo órgão sanitário do Município e pela Secretaria Municipal do Urbanismo;

II - preparo de bebidas ou mistura de xaropes exceto de caldo de cana, essências e outros corantes ou aromáticos, para obtenção de líquidos ditos refrigerantes, salvo quando permitidos pelo órgão sanitário do Município;

III - venda, fracionada ou em copos, de refrescos e bebidas, salvo de caldo de cana, refrigerante em lata e sucos embalados industrialmente;

IV - venda de bebidas alcoólicas; eV - venda de cigarros, calçados, bijuterias, brinquedos, confecções e outros artigos manufaturados e correlatos.§ 1º No caso do preparo de sanduíches naturais, a que se refere o inciso I deste artigo, somente será concedida

licença para sua comercialização se mantidos continuamente em temperatura inferior a 7ºC (sete graus centígrados), bem como trazerem impresso no invólucro a declaração “Conservar sob refrigeração” e a data de fabricação.

§ 2º Não se aplicam as disposições deste artigo às atividades de artesão e camelô, que poderão ser exercidas mediante autorização da Secretaria Municipal do Urbanismo, nos locais por ela determinados, respeitada a legislação existente atinente à matéria.

Art. 135. O licenciamento especial para estacionamento na zona central da cidade somente poderá ser concedido para as seguintes atividades:

I - venda de alimentos, tais como: cachorro-quente, pipoca, churros, crepe suíço, açúcar centrifugado, caldo de cana, sorvete, espetinho de carne, sanduíche natural, doces e aqueles permitidos pelo órgão sanitário do Município e pela Secretaria Municipal do Urbanismo;

II - venda de flores e frutas, em locais definidos pela Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

III - venda de plantas, chás e ervas medicinais;IV - prestação de serviço por engraxates e fotógrafos, proibido o estacionamento nas vias públicas; eV - mesas e cadeiras de bares, lancherias, sorveterias e pontos de café, com ocupação máxima de 50% (cinquenta

por cento) da largura do passeio público, podendo ocupar somente a área fronteiriça ao estabelecimento, conforme o disposto na Lei Municipal nº 4.528, de 4 de setembro de 1996.

§ 1º A licença especial para estacionamento de que trata este artigo não poderá ser concedida nos seguintes logradouros e vias públicas:

a) Praça Dante Alighieri;b) Praça Dante Marcucci;c) Parque Getúlio Vargas;d) Parque Cinquentenário;e) Avenida Júlio de Castilhos;f) Rua Sinimbu, trecho entre as Ruas Alfredo Chaves e Moreira César;g) Rua Marquês do Herval, trecho entre a Rua Sinimbu e a Avenida Júlio de Castilhos; eh) Rua Doutor Montaury, trecho entre a Rua Sinimbu e a Avenida Júlio de Castilhos.§ 2º As disposições do parágrafo anterior não se aplicam às bancas de venda de jornais e revistas, que devem

obedecer à legislação específica à espécie.§ 3º A exceção prevista no parágrafo anterior não impede o reexame e alteração dos locais de estacionamento, desde

que motivados por razões de interesse público.§ 4º Nos passeios com largura inferior a 1,80 m (um metro e oitenta centímetros), contado o cordão da calçada, não

serão abertas exceções em hipótese alguma.§ 5º O licenciamento de que trata o presente artigo será concedido sempre a título precário, razão por que, a critério

da autoridade competente, poderão ser reexaminados e alterados os locais de estacionamento.§ 6º O remanejamento para local de estacionamento diverso não pode ser contestado, nem dá direito a indenização.Art. 136. Nos locais definidos no § 1º do art. 135, o licenciamento ordinário para vendedores ambulantes somente

pode ser concedido para o exercício das seguintes atividades:I - venda de bilhetes; eII - venda de alimentos, tais como: sorvete, pipoca, crepe suíço, caldo de cana, espetinho de carne, sanduíche natural,

doces e aqueles autorizados pelo órgão sanitário do Município e pela Secretaria Municipal do Urbanismo. Art. 137. A ninguém será concedida mais do que uma autorização para o exercício de qualquer atividade permitida

neste Capítulo.§ 1º Quando o comércio for desenvolvido em veículo automotor, será concedido um licenciamento ao proprietário,

na modalidade “percorrendo bairro”, para o exercício da atividade em, no máximo, dois pontos para o mesmo bairro, onde deverá ficar estacionado o veículo, respeitada a distância mínima de 100 m (cem metros) entre um veículo licenciado e outro, bem como de estabelecimentos fixos e ambulantes, devidamente licenciados, que vendam artigos similares.

§ 2º A distância prevista no § 1º poderá ser desconsiderada, a critério do Poder Executivo, na área central da cidade e nos locais onde se realizam eventos de qualquer natureza.

§ 3º O exercício da atividade não poderá sofrer solução de continuidade, sendo que a ausência por mais de 10 (dez) dias sem comunicação e autorização prévia do Município será considerada como abandono de local.

Art. 138. À medida que forem se extinguindo, por qualquer causa, as permissões e Alvarás de Localização anteriores a 30 de dezembro de 1998 dentro dos logradouros e vias públicas de que trata o § 1º do art. 135 deste Capítulo, não serão concedidos novos licenciamentos nem admitidas transferências a qualquer título, salvo por incapacidade física definitiva ou falecimento do licenciado, assegurado o direito aos herdeiros.

Art. 139. Os vendedores ambulantes de frutas, comestíveis e verduras portadores de licença especial para estacionamento são obrigados a conduzir recipientes para coletar lixo proveniente de sua atividade.

Art. 140. Os vendedores ambulantes que atuam nas atividades em que seja definida pelo Município como de uso obrigatório devem portar Carteira de Saúde fornecida pelo órgão sanitário competente e ostentar o número fornecido pela repartição da Prefeitura Municipal, com o respectivo nome.

Art. 141. O vendedor ambulante denunciado por não cumprir as disposições do presente Capítulo e de seu Regulamento terá o prazo de 5 (cinco) dias, a contar da data da notificação, para apresentar defesa, antes da decisão sobre a penalidade a ser aplicada, quando se tratar de multa, suspensão de atividade ou cassação da licença/autorização.

Art. 142. Ao licenciado punido com cassação de licença é facultado encaminhar pedido de reconsideração à autoridade que o puniu, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da decisão que impôs a penalidade.

§ 1º A autoridade referida neste artigo apreciará o pedido de reconsideração dentro do prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de seu encaminhamento.

§ 2º O pedido de reconsideração referido neste artigo não terá efeito suspensivo.Art. 143. Nas infrações ao presente Capítulo para as quais não haja disposição expressa, a multa poderá ser arbitrada

pelo Prefeito Municipal ou por agente com delegação de competência, dentro dos limites de 10 (dez) a 31 (trinta e um) VRMs, excetuando-se os casos de persistência e ao infrator que incorrer, simultaneamente, em mais de uma infração constante dos diferentes dispositivos legais, aplicando-se, nesse caso, a pena maior aumentada de 2/3 (dois terços).

Art. 144. Excetuados os casos previstos nesta Lei, compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução deste Capítulo e de seu Regulamento.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária, nos termos da Lei.Art. 145. Aplicam-se ao Comércio Ambulante, no que couberem, as disposições concernentes ao comércio

localizado.CAPÍTULO IIDOS ARTESÃOSArt. 146. Fica autorizado, em caráter excepcional e precário, o exercício das atividades de artesão, nas condições e

local prescrito neste Capítulo.Parágrafo único. Para efeitos desta Lei, artesão é aquele que produz mercadorias em pequena escala valendo-se,

predominantemente, de suas próprias aptidões.Art. 147. O Calçadão do Artesanato, destinado ao exercício da atividade de artesão, será localizado na Praça Dante

Marcucci, nas proximidades da Rua Os Dezoito do Forte. Art. 148. O local para os artesãos será dividido em 13 (treze) espaços de 7,50 m2 (sete metros e cinquenta

centímetros quadrados) cada um, de 3,00 m x 2,50 m (três metros por dois metros e cinquenta centímetros), sobre os quais serão construídos abrigos padronizados, conforme projeto existente no Poder Executivo, vedada a ampliação.

Parágrafo único. Cada artesão selecionado ocupará apenas um espaço.

Page 18: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 18 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 19

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Art. 149. A autorização para ocupação de espaço tem caráter precário, sendo pessoal e intransferível.Art. 150. A taxa de ocupação do espaço autorizado é de 12 (doze) VRMs anualmente, por espaço.Art. 151. A identificação do autorizado é obrigatória no local e far-se-á através da autorização fornecida pelo

Poder Público Municipal.Art. 152. O horário de funcionamento é o mesmo praticado pelo comércio local.Art. 153. O objeto do comércio deve ser lícito, sendo vedada a comercialização de qualquer tipo de gênero

alimentício.Art. 154. O autorizado deve manter o espaço ocupado e suas imediações sempre limpas e dentro das normas

estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores da higiene e saúde.Art. 155. As tratativas dos artesãos junto ao Poder Público Municipal serão encaminhadas através da entidade

que os representa.Art. 156. A ausência superior a 15 (quinze) dias ao local autorizado deve ser justificada à Secretaria Municipal

do Urbanismo, órgão fiscalizador municipal, sob pena de cassação da autorização concedida.Art. 157. O Poder Público Municipal, através da Secretaria Municipal do Urbanismo, fiscalizará o local,

exigindo a observância das disposições da presente e demais legislação aplicável à espécie, podendo, em caso de descumprimento, aplicar as respectivas penalidades, dentre as quais a cassação da autorização.

CAPÍTULO IIIDOS CAMELÔSArt. 158. Fica autorizado, em caráter excepcional e precário, o exercício das atividades de camelô, nas

condições e locais prescritos neste Capítulo.Parágrafo único. Para efeitos desta Lei, camelô é aquele que comercializa mercadorias de pequeno valor e em

pequena escala, em local público e aberto.Art. 159. A atividade de camelô é autorizada somente no trecho da Rua Moreira César compreendido entre as

Ruas Sinimbu e Os Dezoito do Forte.Art. 160. O local para os camelôs será dividido em espaços definidos pelo Poder Executivo Municipal, sobre

os quais serão construídos abrigos padronizados, vedada a ampliação.Parágrafo único. Cada camelô poderá ocupar apenas um espaço.Art. 161. A autorização para ocupação de espaço terá caráter precário e seu fornecimento ficará condicionado à

prévia inscrição junto ao órgão municipal competente, mediante relação fornecida pela entidade representativa da classe.§ 1º Ao conceder a autorização, o Poder Público Municipal comunicará à entidade representativa dos camelôs.§ 2º A autorização será pessoal e intransferível, ficando vedada a concessão para mais de um membro de cada

família.Art. 162. Para efeito de cobrança da taxa de ocupação do espaço autorizado, aplicar-se-á o disposto no Código

Tributário. Art. 163. A identificação do autorizado será obrigatória no local e far-se-á através de uso de crachá com

fotografia, fornecido pelo Poder Público Municipal.Art. 164. O horário de funcionamento será o mesmo praticado pelo comércio em geral.Art. 165. O objeto do comércio deverá ser lícito, vedada a comercialização de qualquer tipo de gênero

alimentício. Art. 166. O autorizado deverá manter o espaço ocupado e suas imediações sempre limpas, dentro das normas

estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores da higiene e saúde.Art. 167. As tratativas dos camelôs junto ao Poder Público Municipal serão encaminhadas através de comissão

ou da entidade que os represente.Art. 168. A ausência superior a 15 (quinze) dias ao local autorizado deverá ser justificada ao órgão fiscalizador

municipal, sob pena de cassação da autorização concedida.Art. 169. A Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizará o local, exigindo a observância das disposições da

presente e demais legislação aplicável à espécie, podendo, em caso de descumprimento, aplicar as respectivas penalidades, dentre as quais a cassação da autorização.

Art. 170. Para habilitar-se à concessão de um espaço, o camelô deverá, além dos requisitos anteriores, preencher mais os seguintes:

a) residir no Município há mais de 2 (dois) anos; b) exercer a atividade há mais de um ano, atestado pela entidade representativa da classe;c) não exercer outra atividade remunerada;d) ser o único membro da família a postular a concessão do espaço; ee) portar carteira de identidade e CPF.Parágrafo único. Os itens acima deverão ser comprovados junto ao órgão público competente, no ato da

inscrição.TÍTULO VICAPÍTULO ÚNICODO COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS E PRODUTOS DERIVADOS DE PETRÓLEOArt. 171. Toda firma ou sociedade comercial legalmente constituída poderá comercializar o gás liquefeito

de petróleo (GLP), desde que previamente licenciada pelo Poder Executivo Municipal, observadas, subsidiariamente, as prescrições pertinentes, nas resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e o disposto na presente Lei.

Parágrafo único. A licença poderá ser concedida aos interessados através de requerimento instruído com cópia de planta do depósito, sujeita à aprovação pelo Município.

Art. 172. As empresas fornecedoras de GLP devem ter, em seus estabelecimentos e nos veículos que procedam à distribuição de GLP, balanças que permitam avaliar a quantidade de gás residual nos botijões e nos cilindros a serem devolvidos ou adquiridos por ocasião da compra e venda de nova carga.

§ 1º O gás residual encontrado através dessa medição deve ser deduzido do preço final do botijão ou do cilindro a ser adquirido pelo consumidor.

§ 2º Os botijões ou cilindros adquiridos devem, a pedido do cliente, ter seu peso aferido para garantir a quantidade do produto a ser pago.

§ 3º O procedimento referido neste artigo dar-se-á na presença do consumidor. § 4º As empresas fornecedoras de GLP que ainda não tenham implantado a sistemática estabelecida neste artigo

obrigam-se a conceder desconto de 20% (vinte por cento) sobre o preço final de cada botijão ou cilindro comercializado, sem prejuízo das demais sanções aplicáveis nos termos da Lei Federal n ‹ 8.078, de 11 de setembro de 1990.

§ 5º As empresas fornecedoras de GLP devem dar publicidade aos termos deste artigo através de cartazes, para conhecimento da clientela, junto aos estabelecimentos e veículos de distribuição.

§ 6º O não cumprimento do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) VRMs. § 7º Havendo reincidência, poderá ocorrer, além da multa, a cassação do Alvará de Localização do

estabelecimento infrator. Art. 173. Os estabelecimentos comerciais e industriais e os prédios residenciais do Município de Caxias do Sul

que utilizem gás butano canalizado ficam obrigados a utilizar aparelho sensor de vazamento de gás.Art. 174. Os postos de comercialização fixa de GLP não podem manter estoque superior ao equivalente a 40

(quarenta) botijões de 13 kg (treze quilos), ou seja, 520 kg (quinhentos e vinte quilos) de GLP.§ 1º Os recipientes devem ficar em local de boa ventilação, de preferência ao ar livre, e previamente vistoriado

pelo Município.§ 2º O local deve dispor de um extintor de pó químico com capacidade de 4 kg (quatro quilos) para cada 10

(dez) botijões de 13 kg (treze quilos) de GLP, devendo ao menos uma das paredes do local ser fechada apenas por grades, para permitir perfeita ventilação.

§ 3º Não cumpridas as determinações e exigências deste artigo, a Prefeitura determinará o fechamento dos postos fixos de revenda de GLP, sem que caiba indenização de espécie alguma.

§ 4º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de dois (2) a 15 (quinze) VRMs.Art. 175. Será cassado o Alvará de Licença e Funcionamento dos estabelecimentos instalados no Município

que, comprovadamente, adquirirem, distribuírem, transportarem, estocarem ou revenderem derivados de petróleo, gás natural e suas frações recuperadas, álcool etílico hidratado carburante e demais combustíveis líquidos carburantes em desconformidade com as especificações estabelecidas pelo órgão regulador competente.

§ 1º A desconformidade referida no caput deve ser comprovada por meio de laudo elaborado pela ANP ou entidade por ela credenciada ou com ela conveniada.

§ 2º O Poder Executivo poderá, a qualquer momento, instaurar processo administrativo para a apuração de adulteração na qualidade do combustível oferecido aos consumidores, permitindo ampla defesa ao acusado.

Art. 176. Aplicar-se-ão, subsidiariamente, no que couber, as normas da ANP.

Parágrafo único. O comércio de derivados de petróleo, gasolina, querosene e óleos regula-se por lei especial.Art. 177. Compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste

Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO VIICAPÍTULO ÚNICODOS MUROS, CERCAS E PASSEIOSArt. 178. Os proprietários de terrenos, edificados ou não, são obrigados a murá-los ou cercá-los dentro dos

prazos estabelecidos pelo Município, bem como a mantê-los em perfeito estado de limpeza e drenados.§ 1º É proibido o uso de arame farpado para cercar terrenos, salvo nas áreas localizadas fora do perímetro

urbano.§ 2º Os terrenos onde funcionem depósitos de madeira, lenha e sucatas em geral deverão ser murados, na altura

mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros).§ 3º Os terrenos não edificados não poderão ter vegetação natural com altura superior a um metro. § 4º A infração do disposto neste artigo acarreta multa no valor de 75 (setenta e cinco) VRMs, com prazo de

até 30 (trinta) dias para regularização, findo o qual, não atendidas as exigências, será aplicada uma segunda multa, no valor de 150 (cento e cinquenta) VRMs.

Art. 179. Os proprietários de terrenos, edificados ou não, localizados em logradouros que possuam meio-fio são obrigados a executar a pavimentação do passeio fronteiro aos seus imóveis e a mantê-los em bom estado de conservação e limpeza.

§1º A declividade do passeio público não pode ser superior a 3% (três por cento), no sentido do alinhamento predial meio-fio, e deverão ser reservadas áreas para plantio de árvores, respeitando o disposto no art. 5 ‹ do Decreto Municipal nº 9.361, de 26 de agosto de 1998, e os elementos preexistentes, como postes de iluminação, telefones e semáforos.

§ 2º O proprietário de imóvel localizado em área de Zona de Habitação, conforme Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007, ao pavimentar o passeio público, poderá reservar 1/3 (um terço) da largura da calçada como área permeável verde e 2/3 (dois terços) da área com pavimentação antiderrapante.

§ 3º É proibido o uso de ofendículos nos passeios públicos.§ 4º Ao executar o calçamento de que trata o caput, os proprietários de terrenos de esquina deverão fazer

rampas de acesso para pessoas com deficiência, em ambos os lados da rua, conforme normas técnicas da ABNT.§ 5º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) a 20 (vinte) VRMs.Art. 180. Compete aos proprietários e/ou inquilinos a limpeza, reparo e manutenção do passeio fronteiriço ao

imóvel possuído.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) a 20 (vinte) VRMs.Art. 181. Compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste

Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO VIIICAPÍTULO ÚNICODA PICHAÇÃOArt. 182. É proibida a pichação de muros e paredes, monumentos ou prédios e de bens públicos, ou qualquer

bem, que venha a afetar a estética urbana, sujeitando-se o infrator ou seu responsável às penalidades da lei, sem prejuízo da responsabilidade penal e civil que do ato possa advir.

Parágrafo único. Aplicar-se-á em dobro a multa administrativa, se o bem atingido for tombado. Art. 183. Entende-se por pichação, para efeito desta Lei Complementar, o ato de aplicar piche ou outro material

similar que venha a figurar conduta atentatória à estética urbana, sujando, maculando, enodoando o bem. Art. 184. Com a finalidade de receber denúncias de pichações, poderá ser instituído no Município o disque-

pichação, sob a coordenação conjunta das Secretarias Municipais da Cultura e da Segurança Pública e Proteção Social. Parágrafo único. O serviço estabelecido no caput deverá facultar ao denunciante o direito de sigilo absoluto

sobre seu nome e endereço. Art. 185. A infração do disposto neste Capítulo acarreta multa de 10 (dez) VRMs. Persistindo a infração, será

aplicada nova multa, de 20 (vinte) VRMs. TÍTULO IXCAPÍTULO ÚNICODOS ELEVADORESArt. 186. Os elevadores, escadas rolantes e monta-cargas são aparelhos de uso público e seu funcionamento

depende de licença e fiscalização do Município, a partir do habite-se.Art. 187. Fica o funcionamento desses aparelhos condicionado à vistoria mensal nos prédios comerciais e

semestral nos prédios residenciais, devendo o pedido ser instruído com certificado expedido pela empresa instaladora, em que se declare estarem em perfeitas condições de funcionamento, terem sido testados e obedecerem às normas das disposições legais vigentes.

§ 1º Sempre que houver substituição da empresa conservadora, esta e o proprietário ou responsável pelo prédio ou instalação deverão dar ciência dessa alteração à municipalidade, no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

§ 2º Quando houver transferência de propriedade, deverá ser comunicada, por escrito, à fiscalização no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 188. Nenhum elevador, escada rolante ou monta-cargas poderá funcionar sem a assistência e responsabilidade técnica da empresa cadastrada e com Alvará de Funcionamento do Município, bem como registrada no CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 4 (quatro) VRMs.Art. 189. Junto aos aparelhos e à vista do público, colocará o Município uma ficha de inspeção, que deverá

ser rubricada ao menos mensalmente nos prédios comerciais e semestralmente nos prédios residenciais, após a revisão pela empresa responsável pela conservação desses aparelhos.

§ 1º Em edifícios residenciais e comerciais que possuem portaria ou recepção, é facultada a guarda da ficha de inspeção junto a estas.

§ 2º A ficha conterá, no mínimo, a denominação do edifício, o número do elevador, sua capacidade, firma ou denominação da empresa conservadora com endereço e telefone, data de inspeção, resultados e assinatura do responsável pela inspeção.

§ 3º O proprietário ou responsável pelo prédio deve comunicar à Fiscalização Municipal, anualmente, até o dia 30 de março, o nome da empresa encarregada da conservação dos aparelhos, que também assinará a comunicação.

§ 4º No caso de vistoria para habite-se, a comunicação de que trata o parágrafo anterior deverá ser feita dentro de 30 (trinta) dias a contar da expedição do certificado de funcionamento.

§ 5º As comunicações poderão ser enviadas pela empresa conservadora, quando, para tanto, for autorizada pelo proprietário ou responsável pelo edifício.

§ 6º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 4 (quatro) VRMs.Art. 190. Os proprietários ou responsáveis pelos edifícios e as empresas conservadoras responderão perante o

Município pela conservação, bom funcionamento e segurança da instalação.§ 1º A empresa conservadora deverá comunicar à fiscalização, por escrito, a recusa do proprietário ou

responsável em mandar efetuar reparos para a correção das irregularidades e defeitos na instalação que prejudiquem seu funcionamento ou comprometam sua segurança.

§ 2º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) VRM.Art. 191. A transferência de propriedade e a desativação de aparelhos deverá ser comunicada à fiscalização,

por escrito, dentro de 30 (trinta) dias.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) VRM.Art. 192. Os elevadores deverão funcionar com permanente assistência de ascensorista habilitado nas seguintes

situações:I - quando o comando for a manivela; eII - nas horas de expediente, quando tiverem capacidade superior a 6 (seis) pessoas e estiverem instalados em

hotéis, edifícios de escritórios ou mistos.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) VRMs.Art. 193. Do ascensorista é exigido:I - ter pleno conhecimento das manobras de condução;II - exercer rigorosa vigilância sobre as portas da caixa e do carro do elevador, de modo que se mantenham

totalmente fechadas;III - só abandonar o elevador em condições de não poder funcionar, a menos que o entregue a outro ascensorista

Page 19: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 18 Jornal do Município - 30/12/2010 - página 19

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

habilitado; eIV - não transportar passageiros em número superior à lotação.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 4 (quatro) VRMs.Art. 194. É proibido fumar ou conduzir, acesos, cigarros ou assemelhados no elevador.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) VRM.Art. 195. As instalações são sujeitas à fiscalização, de rotina ou extraordinária, a qualquer dia e hora.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) VRMs.Art. 196. É obrigatório colocar no interior do elevador, à vista do público, lanterna de quatro pilhas, em perfeito

estado de funcionamento, e sistema de alarme a pilha ou mecânico.§ 1º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 2 (dois) VRMs.§ 2º Além de aplicada a multa, serão interditados os aparelhos em precárias condições de segurança ou que não

atendam ao que preceituam os arts. 189 a 196. § 3º A interdição será precedida pela amarração com arame ou selo de chumbo, de maneira a impedir o

funcionamento.§ 4º O desrespeito à interdição será punido com multa em dobro e outras medidas aplicáveis.§ 5º A interdição poderá ser levantada para fins de conserto ou reparos, mediante pedido escrito da empresa

instaladora ou conservadora, sob cuja responsabilidade passarão a funcionar os aparelhos, fornecendo, após, novo certificado de funcionamento.

Art. 197. Todos os elevadores instalados em prédios comerciais devem ter placa de botoeira da cabine e de pavimento (externa) com sistema de escrita em relevo braile, para utilização por pessoas com deficiência visual.

Parágrafo único. Ocorrendo infração ao disposto no caput, o proprietário ou responsável fica sujeito a multa de 10 (dez) VRMs.

Art. 198. Somente será permitido o uso de elevador de passageiros para o transporte de cargas, uniformemente distribuídas e compatíveis com a capacidade do mesmo, antes das 8 (oito) horas e após as 19 (dezenove) horas, ressalvados os casos de urgência, a critério da administração do edifício.

Art. 199. Compete à Secretaria Municipal do Urbanismo fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO XCAPÍTULO ÚNICODOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVO OU DE CARGAArt. 200. Os veículos de transporte coletivo ou de carga postos a serviço da comunidade devem ser mantidos

em perfeitas condições de segurança e higiene.Parágrafo único. Compete à fiscalização da Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade fazer

observar as condições de segurança e higiene, mediante vistorias promovidas em acordo com outros órgãos.Art. 201. Constitui infração:I - fumar em veículos de transporte coletivo;II - conversar ou, de qualquer forma, perturbar o motorista nos veículos de transporte coletivo, quando estes

estiverem em movimento;III - o motorista ou cobrador do veículo impedirem que o passageiro embarque gratuitamente quando não

houver troco, respeitado o disposto na Lei n ‹ 4.371, de 8 de dezembro de 1995;IV - o motorista ou cobrador do veículo de transporte coletivo tratarem o usuário com falta de urbanidade;V - recusarem-se, o motorista ou cobrador, em veículo de transporte coletivo, a embarcar passageiros sem

motivo justificado;VI - encontrarem-se em serviço, motorista ou cobrador, sem estar devidamente asseados e adequadamente

trajados; VII - permitir, em veículos coletivos, o transporte de animais e de bagagem de grande porte ou em más

condições de odor ou segurança, de modo a causar incômodo ou perigo aos passageiros;VIII - trafegar com veículo coletivo transportando passageiros fora do itinerário determinado, salvo em

situações de emergência;IX - transportar passageiros além do número licenciado; X - trafegar com pingentes;XI - abastecer veículos de transporte coletivo portando passageiros;XII - nos veículos do transporte coletivo, o embarque ou desembarque realizado em desconformidade com a

orientação expressa no veículo;XIII - o motorista interromper a viagem sem causa justificada;XIV - estacionar fora dos pontos determinados para embarque ou desembarque de passageiros ou afastado do

meio-fio, impedindo ou dificultando a passagem de outros veículos;XV - abandonar na via pública veículo de transporte coletivo com o motor funcionando; XVI - trafegar o veículo de transporte coletivo sem a indicação, isolada e em destaque central, do número da

linha, ou com a luz do letreiro ou do número da linha apagada;XVII - trafegar com as portas abertas;XVIII - colocar em tráfego veículo de transporte coletivo em mau estado de conservação ou higiene;XIX - dirigir veículo de transporte coletivo com excesso de velocidade, impedindo a passagem de outro ou, de

qualquer forma, dificultando a marcha de outro;XX - trafegar sem o selo de vistoria ou com o selo vencido, rasurado ou recolhido;XXI - não constar, no interior do veículo de transporte coletivo, a fixação da lotação e da tarifa, bem como seu

itinerário, em local visível;XXII - a falta de cumprimento de horário determinado nas linhas de transporte coletivo;XXIII - trafegar em ruas do perímetro central com veículos de carga com peso superior ao permitido pela

sinalização da área;XXIV - carregar ou descarregar materiais destinados a estabelecimentos situados na zona central e nas radiais

fora do horário previsto; XXV transportar, no mesmo veículo, explosivo e inflamável;XXVI - conduzir outras pessoas, além do motorista e dos ajudantes, em veículos de transporte de explosivos

ou inflamáveis;XXVII - recusar-se a exibir documentos à fiscalização, quando exigidos;XXVIII - não atender às normas, determinações ou orientação da fiscalização; eXXIX - movimentar veículo de transporte coletivo sem assegurar-se de que os passageiros estejam acomodados

no veículo ou desembarcados.§ 1º A infração do disposto nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, XI, XII, XIII, XV, XIX, XXI e XXVI

acarreta multa de 5 (cinco) a 10 (dez) VRMs.§ 2º A infração do disposto no inciso XXVII acarreta multa de 5 (cinco) a 20 (vinte) VRMs.§ 3º A infração do disposto nos incisos XIV, XVI, XVII, XXII e XXVIII acarreta multa de 10 (dez) a 30 (trinta)

VRMs.§ 4º A infração do disposto nos incisos XVIII e XXIV acarreta multa de 20 (vinte) a 50 (cinquenta) VRMs.§ 5º A infração do disposto nos incisos IX e XXIX acarreta multa de 20 (vinte) a 60 (sessenta) VRMs.§ 6º A infração do disposto nos incisos X, XX e XXIII acarreta multa de 30 (trinta) a 100 (cem) VRMs.§ 7º A infração do disposto no inciso XXV acarreta multa de 40 (quarenta) a 150 (cento e cinquenta) VRMs.Art. 202. É obrigatória, para todos os veículos de transporte coletivo em operação, a vistoria periódica, a ser

procedida a cada 180 (cento e oitenta) dias, a fim de verificar as condições mecânicas, elétricas, de chapeação e pintura, estofamento, bem como requisitos básicos de higiene, segurança, conforto e estética.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 40 (quarenta) a 150 (cento e cinquenta) VRMs.

Art. 203. É obrigatória, em todos os veículos do transporte coletivo urbano, a instalação de recipientes para coleta de objetos e/ou substâncias.

§ 1º Fica a critério da Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade e da empresa concessionária o local da colocação e o tipo de recipiente.

§ 2º A infração do disposto neste artigo sujeita a empresa a multa no valor de 5 (cinco) VRMs por veículo. Se, decorridos 60 (sessenta) dias úteis da aplicação da multa, persistir a infração, o Município procederá à suspensão do tráfego do veículo.

Art. 204. Os veículos do transporte coletivo urbano devem apresentar, de maneira clara e legível, nas laterais junto às portas, as indicações de embarque e desembarque de passageiros, bem como das linhas que operam.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 30 (trinta) a 100 (cem) VRMs.

Art. 205. É obrigatória a colocação de lona ou outra forma de proteção nas carrocerias dos veículos que transportam cargas do tipo areia, terra, basalto, entulhos e assemelhados, a fim de evitar a perda acidental desses materiais na via pública durante o transporte.

§ 1º Os veículos que não se adequarem ao disposto no caput serão proibidos de circular, e o proprietário ou empresa proprietária sofrerá multa no valor de 50 (cinquenta) a 100 (cem) VRMs.

§ 2º A fiscalização das atividades previstas neste artigo será de responsabilidade da Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, no que a cada uma couber.

Art. 206. Compete à Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO XICAPÍTULO ÚNICODOS ANIMAISArt. 207. É vedada a criação e a manutenção de animais com finalidade comercial nas áreas urbanas e de

expansão urbana do Município.§ 1º Só serão permitidas criações de cães, gatos, caprinos e aves domésticas, ornamentais, culturais e para

subsistência, licenciadas pelo Poder Público Municipal.§ 2º Excetuam-se da proibição do caput deste artigo os estabelecimentos licenciados para alojamento,

treinamento, competição e venda de animais domésticos e outros.§ 3º A comercialização de todas as raças de cães, principalmente pit bull, rottweiller, akita, bullmastiff,

dobermann, dogue alemão, fila brasileiro, mastiff, mastim napolitano, pastor alemão, pastor belga, schnauzer gigante, bulbóxer ou dogue brasileiro e bull terrier, somente poderá ser efetuada com acompanhamento e fiscalização por entidade juridicamente constituída e reconhecida pelo Poder Público, bem como filiada à entidade nacional da mesma categoria, em face de sua máxima periculosidade apresentada ao homem.

§ 4º São proibidas as feiras para comercialização de animais no Município de Caxias do Sul sem a prévia autorização do Poder Executivo e o devido controle da Vigilância Sanitária, atendidas ainda as seguintes exigências:

I - apresentar laudo, para cada animal exposto na feira, com período de validade não inferior a 90 (noventa) dias, firmado por médico veterinário lotado no Município de Caxias do Sul e registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária; e

II - no ambiente da feira deve estar afixado cartaz de fácil visualização com o nome, registro, endereço e telefone do médico veterinário responsável pela sanidade dos animais expostos, bem como o número do telefone da Vigilância Sanitária e do PROCON.

§ 5º As criações de subsistência poderão ser permitidas, desde que autorizadas pelo Poder Público Municipal e de acordo com norma técnica específica.

§ 6º A criação de caprinos para subsistência é permitida e não poderá ultrapassar, no total, o número de 5 (cinco) exemplares por hectare de área urbana contígua, desde que haja licenciamento, de acordo com o § 1º do presente artigo.

§ 7º As propriedades situadas na Zona Urbana do Município que foram anexadas ao perímetro urbano pela Lei Complementar nº 290, de 24 de setembro de 2007, conforme constante em seu Anexo 6, caracterizadas como ampliação urbana e cujas atividades sejam de produção primária e agroindustrial poderão exercê-las, desde que previamente licenciadas, até que as Zonas a que pertençam adquiram características eminentemente de área urbana, ou a critério do expresso interesse público, conforme requisitos a serem fixados em Decreto.

Art. 208. A criação de aves domésticas, ornamentais, culturais e para subsistência, não poderá ultrapassar, no total, o número de 25 (vinte e cinco) exemplares, desde que haja liberação de alvarás, emitidos pela Secretaria Municipal da Saúde e pela Secretaria Municipal do Urbanismo, e licenciamento ambiental emitido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, conforme legislação em vigor.

Art. 209. É proibida, salvo em situações excepcionais, a juízo do órgão responsável, a criação, manutenção e alojamento de animais selvagens da fauna exótica.

Art. 210. Será permitida, em caráter precário, renovável a cada 12 (doze) meses, a criação de equinos no perímetro urbano, no caso de proprietários que tenham como atividade esportiva e para o sustento familiar o serviço de frete, devendo atender às seguintes exigências:

I - cadastrar os animais junto ao serviço de registro do Centro de Controle de Zoonoses, apresentando atestado de sanidade animal (ausência de anemia infecciosa equina e atestado de saúde, emitido por médico veterinário) atualizado, acompanhado de ficha resenha do animal; e

II - manter instalações adequadas e higiênicas, com lavagem diária do local, bem como tratamento e destino adequado de dejetos.

Art. 211. Os restos de alimentos destinados à alimentação de criações de animais domésticos com fins comerciais e de subsistência deverão ser sanitariamente tratados.

Art. 212. É proibida a permanência de animais em recintos e locais públicos ou privados de uso coletivo, tais como cinemas, teatros, clubes esportivos e recreativos, estabelecimentos comerciais, industriais e de saúde, escolas, piscinas, feiras, parques, praças e playgrounds.

Parágrafo único. Excetuam-se da proibição referida no caput os locais, recintos e estabelecimentos, legal e adequadamente instalados, destinados à criação, pesquisa, venda, treinamento, competição, alojamento, tratamento, exposição, exibição e abate de animais.

Art. 213. É permitido à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia ingressar e permanecer em qualquer local público, meios de transporte, estabelecimentos comerciais e de serviços, desde que:

I - seu condutor, sempre que solicitado, apresente documento comprobatório de registro expedido pela Escola de Cães-Guia; e

II - possua atestado de sanidade do animal, pelo órgão competente ou médico veterinário. Art. 214. A pessoa com deficiência visual poderá manter e transitar com um cão-guia nas áreas e dependências

comuns do respectivo condomínio, independentemente de restrições à presença de animais determinadas na convenção ou regimento interno do condomínio.

Art. 215. Nos locais em que cães são mantidos, deverão ser afixadas placas sinalizando a existência e ferocidade dos mesmos.

Art. 216. É proibida a permanência de animais soltos ou amarrados nas vias, logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público.

§ 1º Todo e qualquer animal encontrado solto ou amarrado será apreendido e recolhido ao depósito municipal, com exceção dos cães, que serão encaminhados à entidade habilitada para tal.

§ 2º Para reaver o animal apreendido, seu dono deve pagar, além da multa, o valor do transporte e a alimentação do animal.

Art. 217. É proibido o passeio de cães nas vias e logradouros públicos, exceto com uso adequado de coleira e guia, conduzidos por pessoas com idade e força suficientes para controlar os movimentos do animal.

Parágrafo único. Os cães mordedores e bravios somente poderão sair às ruas usando focinheiras.Art. 218. É obrigatório o recolhimento dos resíduos fecais de animais em espaços públicos, por aquele que

estiver conduzindo o animal.Parágrafo único. A inobservância a esta norma é considerada infração de natureza leve e acarreta multa no

valor equivalente.Art. 219. Será de responsabilidade dos proprietários a manutenção dos animais em perfeitas condições de

alojamento, alimentação, saúde e bem-estar. § 1º Os animais não mais desejados por seus proprietários serão encaminhados ao órgão sanitário responsável.§ 2º Em caso de falecimento do animal, caberá ao proprietário a disposição adequada do cadáver ou seu

encaminhamento ao serviço municipal competente.§ 3º A remoção de animais mortos poderá ser realizada, em propriedades privadas, mediante solicitação do

proprietário do animal e pagamento das despesas decorrentes da execução do serviço.Art. 220. Todo munícipe residente na área urbana que seja proprietário de animal caprino, equino, bovino e

canino deve colocar coleira nesse animal com dizeres que possibilitem a identificação e/ou localização do proprietário ou responsável.

Art. 221. Ficam proibidos os espetáculos com feras e a exibição de qualquer animal perigoso em via pública ou não.

§ 1º Classificam-se como animais perigosos todos os animais selvagens, não-domésticos. § 2º Exclui-se dessa proibição o animal mantido em cativeiro localizado em jardim zoológico devidamente

licenciado. Art. 222. Os danos causados por animais serão de responsabilidade de seus proprietários, respondendo

solidariamente aqueles a quem foi conferida a guarda, em conformidade com o art. 936 da Lei Federal nº 10.406, de 10 de

Page 20: Jornal do Município - Jornal do Município · Art. 16. O alinhamento fornecido terá validade de 1 (um) ano, e a aprovação do projeto, de 2 (dois) anos a partir da data do deferimento

Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime, denuncie ao Conselho Tutelar.

Jornal do Município - 30/12/2010 - página 20

janeiro de 2002 Código Civil Brasileiro.Art. 223. A destinação dos animais não resgatados por seus proprietários no prazo máximo de 15 (quinze) dias

deve obedecer às seguintes prioridades:I - adoção por particulares ou entidades protetoras de animais devidamente organizadas e com instalações

adequadas ao que estabelece este Capítulo; eII - doação para entidades de ensino e pesquisa, desde que seja obedecida a legislação municipal, estadual e

federal vigente.Art. 224. Os depósitos de cereais, grãos, rações ou forragens serão construídos e mantidos de forma a evitar

condições de proliferação de roedores ou outros animais.Art. 225. Os estabelecimentos que estoquem ou comercializem pneumáticos são obrigados a mantê-los

permanentemente isentos de condições de proliferação de roedores ou outros animais.Art. 226. É proibida a aplicação de raticidas, produtos químicos para desinsetização ou atividade congênere,

agrotóxicos e demais substâncias prejudiciais à saúde, em estabelecimentos de prestação de serviços de interesse para a saúde, em estabelecimentos industriais e comerciais e demais locais de trabalho, galerias, porões, sótãos ou locais de possível comunicação com residências ou outros frequentados por pessoas ou animais, sem os procedimentos necessários para evitar intoxicações ou outros danos à saúde.

Art. 227. Os estabelecimentos que fazem desinfecção, desinsetização e desratização só poderão usar produtos licenciados pelos órgãos competentes e devem fornecer um certificado do trabalho realizado, constando o nome e as características dos produtos ou misturas que utilizarem.

§ 1º No caso de mistura, devem ser fornecidas as proporções dos componentes.§ 2º Os estabelecimentos devem informar ao usuário as medidas de segurança e os riscos inerentes à aplicação

do produto.§ 3º Os estabelecimentos devem dar um destino final adequado às embalagens e outros materiais utilizados nos

serviços de desinsetização e desratização.Art. 228. As empresas de desratização e desinsetização deverão ser licenciadas pela autoridade municipal

competente e apresentar responsável técnico legalmente habilitado.Art. 229. As infrações ao disposto neste Capítulo acarretam as seguintes penalidades, a serem aplicadas pela

Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde:I - advertência;II - apreensão do animal;III - multa;IV - interdição parcial ou total, temporária ou permanente, de locais ou estabelecimentos; eV - cassação de Alvará Sanitário.Art. 230. As infrações relativas ao comércio de animais domésticos em desalinho às disposições deste

Capítulo acarretam penalidades aplicáveis às pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela comercialização ilegal e também às pessoas físicas ou jurídicas proprietárias de imóveis que venham a ceder, emprestar, locar, sublocar ou, de qualquer forma, permitir a utilização onerosa ou gratuita dos mesmos para a comercialização referida, conforme segue:

I - na primeira infração, advertência;II - na persistência, multa equivalente a 100 (cem) VRMs; eIII - em persistindo a infração:a) no caso de feiras, a multa deverá ser deflagrada já na primeira infração ao responsável pela feira ou ao

proprietário possuidor do imóvel onde a mesma se realiza, e a feira fechada provisoriamente, por, no máximo, 24 horas, para que os problemas existentes sejam sanados; caso isso não ocorra, os animais serão todos apreendidos e o cancelamento da feira será definitivo; e

b) no caso de estabelecimentos, sem prejuízo da multa, suspensão das atividades pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias e, não cessando a atividade, cassação do Alvará Sanitário e do Alvará de Localização.

Art. 231. As infrações sanitárias classificam-se em:I - leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias atenuantes;II - graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante; eIII - gravíssimas: aquelas em que seja verificada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes.Art. 232. A pena de multa varia de acordo com a gravidade da infração, conforme segue:I - para infrações de natureza leve, até 10 (dez) VRMs;II - para infrações de natureza grave, até 15 (quinze) VRMs; eIII - para infrações de natureza gravíssima, até 20 (vinte) VRMs.§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o Poder Executivo caracterizará as infrações de acordo com sua

gravidade.§ 2º Na persistência, a multa será aplicada em dobro.§ 3º A pena de multa não excluirá, conforme a natureza e a gravidade da infração, a aplicação de qualquer outra

penalidade prevista no art. 229, bem como a definitiva apreensão do animal, quando reiterada a infração de mesma natureza ou de maior gravidade.

Art. 233. São circunstâncias atenuantes:I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a consecução do evento;II - a errada compreensão da norma sanitária, admitida como escusável quando patente a incapacidade do

agente para entender o caráter ilícito do fato;III - o infrator, por espontânea vontade, imediatamente procurar reparar ou minorar as consequências do ato

lesivo à saúde pública que lhe foi imputado;IV - ter o infrator sofrido coação para a prática do ato; eV - ser o infrator primário e a falta cometida, de natureza leve.Art. 234. São circunstâncias graves:I - ser o infrator reincidente;II - o infrator coagir outrem para a execução material da infração;III - ter a infração consequências calamitosas à saúde pública;IV - se, tendo conhecimento de ato lesivo à saúde pública, o infrator deixar de tomar as providências de sua

alçada, tendentes a evitá-lo; eV - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou má-fé.Parágrafo único. A reincidência específica torna o infrator passível de enquadramento na penalidade máxima

e a caracterização da infração como gravíssima.TÍTULO XIICAPÍTULO ÚNICODA SAÚDE PÚBLICAArt. 235. Os hospitais da rede pública e privada devem disponibilizar o equivalente a 10% (dez por cento)

de seus leitos normais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e/ou Centro de Terapia Intensiva (CTI) com as seguintes dimensões:

a) comprimento: 2,10 m (dois metros e dez centímetros); e b) largura: 1 m (um metro).Parágrafo único. O descumprimento das disposições deste artigo sujeita o infrator a multa de 104 (cento e

quatro) VRMs.Art. 236. Os estabelecimentos de saúde e a rede hospitalar do Município de Caxias do Sul devem,

obrigatoriamente, afixar em lugar visível, na recepção dos prontos-socorros e ambulatórios, públicos ou particulares, cartaz contendo na íntegra o texto do art. 196 da Constituição Federal.

Parágrafo único. O cartaz a que se refere o caput deverá medir 45 cm x 30 cm (quarenta e cinco centímetros por trinta centímetros), com letras em negrito medindo 1,5 cm (um vírgula cinco centímetro), para melhor visibilidade.

Art. 237. É obrigatória a afixação de cartaz visível ao público, nas portarias de hospitais e clínicas particulares, com a informação contida no art. 5º, inciso VII, da Constituição Federal.

§ 1º Os cartazes trarão a seguinte advertência: “A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso VII, garante que ‘é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”.

§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo ensejará aos hospitais e às clínicas a aplicação das seguintes penalidades:

I - advertência escrita, na primeira ocorrência, e prazo de 30 (trinta) dias para se adequar à Lei; II - multa no valor de 500 (quinhentos) VRMs; e III - multa equivalente ao dobro do valor do inciso anterior, nas ocorrências subsequentes. Art. 238. Compete à Secretaria Municipal da Saúde fiscalizar a integral execução do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO XIII

CAPÍTULO ÚNICODO TRÂNSITO URBANOArt. 239. O trânsito, de acordo com as leis vigentes, é livre, e sua regulamentação no âmbito municipal é

condicionada ao objetivo de manter a segurança, a ordem e o bem-estar da população em geral.Art. 240. É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nas

ruas, praças, passeios, estradas e caminhos públicos, exceto para efeitos de obras públicas ou quando exigências policiais o determinarem.

Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 10 (dez) a 20 (vinte) VRMs.Art. 241. Pedestres e veículos, no que lhes couber, são obrigados a respeitar a sinalização existente nas vias

públicas e outros logradouros.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 3 (três) a 6 (seis) VRMs.Art. 242. Fica instituído o uso de tinta fosforescente nas placas e faixas de sinalização urbana do Município

de Caxias do Sul.Art. 243. Compete à Secretaria Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade fiscalizar a integral execução

do disposto neste Capítulo.Parágrafo único. A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária. TÍTULO XIVCAPÍTULO ÚNICODAS MEDIDAS DE SEGURANÇA EM GERALArt. 244. À Prefeitura compete disciplinar, da forma mais conveniente, as medidas de segurança em geral

visando à proteção e resguardo da população.Parágrafo único. Além das medidas já estabelecidas nesta Lei, os munícipes ficam subordinados ao

cumprimento das normas estabelecidas neste Título.Art. 245. Fica proibida, de forma visível ao público, a execução das seguintes atividades:a) serviço de solda;b) esmerilho;c) pintura de veículos;d) jato de areia; e e) outras que prejudiquem ou contribuam para a falta de segurança da população.Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) a 3 (três) VRMs, ficando a cargo

da Secretaria Municipal do Urbanismo a fiscalização.Art. 246. É obrigatória a instalação de semáforo de advertência nas entradas e saídas dos seguintes

estabelecimentos:a) garagens coletivas;b) postos de atendimento a veículos, seja a que título for; c) estabelecimentos comerciais e industriais, desde que haja movimento habitual de veículos; e d) outros locais onde, a juízo do Município, sejam necessários.§ 1º A infração do disposto neste artigo acarreta multa de 1 (um) a 3 (três) VRMs, ficando a cargo da Secretaria

Municipal do Trânsito, Transportes e Mobilidade a fiscalização.§ 2º A Secretaria da Receita Municipal exercerá a fiscalização tributária.TÍTULO XVDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 247. As exigências contidas nesta Lei não dispensam a população em geral de cumprir os dispositivos

legais estabelecidos por Leis Federais e Estaduais.Art. 248. São formalmente revogadas, por consolidação e sem modificação do alcance nem interrupção de sua

força normativa, as seguintes Leis Complementares:I - nº 205, de 12 de agosto de 2003;II - nº 210, de 25 de novembro de 2003;III - nº 218, de 6 de janeiro de 2004;IV - nº 219, de 15 de março de 2004;V - nº 220, de 16 de abril de 2004;VI - nº 221, de 29 de julho de 2004;VII - nº 223, de 13 de outubro de 2004;VIII - nº 225, de 18 de novembro de 2004;IX - nº 234, de 3 de janeiro de 2005;X - nº 235, de 6 de janeiro de 2005;XI - nº 238, de 27 de abril de 2005;XII - nº 240, de 16 de junho de 2005;XIII - nº 256, de 26 de abril de 2006; XIV - nº 260, de 31 de julho de 2006;XV - nº 261, de 21 de agosto de 2006;XVI - nº 266, de 27 de novembro de 2006;XVII - nº 267, de 27 de novembro de 2006;XVIII - nº 268, de 29 de novembro de 2006;XIX - nº 274, de 26 de fevereiro de 2007;XX - nº 275, de 5 de março de 2007;XXI - nº 278, de 11 de maio de 2007;XXII - nº 281, de 3 de julho de 2007;XXIII - nº 291, de 9 de outubro de 2007;XXIV - nº 292, de 9 de outubro de 2007;XXV - nº 297, de 18 de dezembro de 2007;XXVI - nº 300, de 3 de junho de 2008;XXVII - nº 305, de 14 de julho de 2008;XXVIII - nº 307, de 26 de agosto de 2008;XXIX - nº 309, de 18 de novembro de 2008;XXX - nº 313, de 12 de dezembro de 2008;XXXI - nº 319, de 15 de dezembro de 2008;XXXII - nº 322, de 29 de dezembro de 2008;XXXIII - nº 330, de 4 de novembro de 2009;XXXIV - nº 332, de 25 de novembro de 2009;XXXV - nº 341, de 17 de dezembro de 2009;XXXVI - nº 343, de 12 de fevereiro de 2010;XXXVII - nº 344, de 19 de fevereiro de 2010;XXXVIII - nº 345, de 9 de abril de 2010;XXXIX - nº 347, de 4 de maio de 2010;XL - nº 348, de 12 de maio de 2010;XLI - nº 353, de 28 de junho de 2010;XLII - nº 354, de 4 de agosto de 2010; XLIII - nº 358, de 23 de agosto de 2010; XLIV - nº 363, de 14 de outubro de 2010;XLV - nº 367, de 3 de dezembro de 2010; XLVI - nº 368, de 3 de dezembro de 2010; eXLVII - nº 372, de 14 de dezembro de 2010.Art. 249. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.Caxias do Sul, 22 de dezembro de 2010; 135º da Colonização e 120º da Emancipação Política.

José Ivo Sartori,PREFEITO MUNICIPAL