jornal do dia 21e22/10/2012

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NA I NTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110 Domingo e Segunda R$ 3,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 21 e 22 de Outubro de 2012 - Ano XXV Fundado em 04 de Fevereiro de 1987 Nova geração do modelo será atração no Salão de São Paulo. nD4 NOVO CLIO Imagens divulgadas CALMON Mudanças na Lei de Licitações Ministra defende mu- dança na lei para evi- tar fraudes. nA5 Confira nesta edição. A re- vista não pode ser vendida separadamente. NOSSA GENTE O que há de melhor para você Flamengo e São Paulo Paysandu e Salgueiro X X PRINCIPAIS JOGOS Em menos de um mês após a sua inauguração, o local no Muca já está depredado. As lixeiras estão destruídas, o lixo já está tomando conta do local e muitos brinquedos quebrados. nB2 A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) re- bateu as informações contidas no rela- tório do Conselho Regional de Medicina (CRM), apontando deficiências na rede estadual de saúde pública. nB3 CELIANE FREITAS Brinquedo fora do eixo e balancinho arrebentados: realidade VANDALISMO Um mês após ser inaugurada, praça já está depredada SAÚDE PÚBLICA Sesa rebate relatório do CRM LOJAS AMERICANAS NESTA EDIÇÃO ENCARTE DAS JORNAL DO DIA Procuradora Ivana Cei foi quem assinou a ADIN Ação Direta de Inconstitu - cionalidade foi movida pelo Ministério Público e tenta barrar aumento. n B3 DIVULGAÇÃO A denúncia foi ofertada em março deste ano ao MPF e dá conta da utilização indevida e o suposto desvio de verbas federais da Educação estadual. Segundo a acusa- ção, os recursos estariam sendo bloqueados e transferi- dos para pagamento de dívidas trabalhistas. nB2 MPF apura denúncia de desvios na Educação VERBA FEDERAL HIV/AIDS Crianças de 3 a 7 anos são as mais infectadas Por falta dos cuidados bá- sicos durante a gestação, mães com HIV acabam con - taminando o filho, o que po- deria ser evitado com proce- dimentos corretos. nB1 Ontem, agentes penitenciários cruzaram os braços em frente ao Iapen, sem data definida para retornar ao trabalho EM MACAPÁ Ação tenta barrar sete novos vereadores PROGRAMA TERRA LEGAL Audiências públicas abrem terreno para o título definitivo A primeira etapa do Programa Amapá Terra Legal, que corresponde audiências públicas, está percorrendo todos os municí- pios do Estado. O objetivo é informar a popu- lação sobre o funcionamento do programa. nB4 ASCOM/GEA Equipe de discussão do programa durante audiência realizada no interior do Estado Atlético Mineiro pega o lider Fluminense BRASILEIRÃO O Fluminense volta a campo neste domingo, às 16h, contra o Atlético-MG. A vantagem que atualmente é de nove pontos. X nA7

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jornal do dia 21e22/10/2012

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Page 1: jornal do dia 21e22/10/2012

NA INTERNET www.jdia.com.br - REDAÇÃO 3217.1117 - COMERCIAL [email protected] 3217.1100 - DISTRIBUIÇÃO 3217.1111 - ATENDIMENTO 3217.1110

• Domingo e Segunda R$ 3,50 • Terça a Sábado R$ 1,50 Macapá-AP, Domingo e Segunda, 21 e 22 de Outubro de 2012 - Ano XXV

Fundado em 04 de Fevereiro de 1987

Nova geração do modelo será atração no Salão de

São Paulo. nD4

NOVO CLIOImagens divulgadas

CALMONMudanças na Lei

de LicitaçõesMinistra defende mu-

dança na lei para evi-tar fraudes. nA5

Confira nesta edição. A re-vista não pode ser vendida separadamente.

NOSSA GENTEO que há de melhor para você

Flamengo e São Paulo

Paysandu e Salgueiro

X

X

PRINCIPAIS JOGOS

Em menos de um mês após a sua inauguração, o local no Muca já está depredado. As lixeiras estão destruídas, o lixo já está tomando conta do local e muitos brinquedos quebrados. nB2

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) re-bateu as informações contidas no rela-tório do Conselho Regional de Medicina (CRM), apontando deficiências na rede estadual de saúde pública. nB3

CELIANE FREITAS

Brinquedo fora do eixo e balancinho arrebentados: realidade

VANDALISMO

Um mês após ser inaugurada, praça já está depredada

SAÚDE PÚBLICASesa rebate relatório do CRM

LOJAS AMERICANAS

NESTA EDIÇÃO ENCARTE DAS

JORNAL DO DIA

Procuradora Ivana Cei foi quem assinou a ADIN

Ação Direta de Inconstitu-cionalidade foi movida pelo Ministério Público e tenta barrar aumento. nB3

DIVU

LGAÇ

ÃO

A denúncia foi ofertada em março deste ano ao MPF e dá conta da utilização indevida e o suposto desvio de verbas federais da Educação estadual. Segundo a acusa-ção, os recursos estariam sendo bloqueados e transferi-dos para pagamento de dívidas trabalhistas. nB2

MPF apura denúncia de desvios na Educação

VERBA FEDERAL

HIV/AIDSCrianças de 3 a 7 anossão as mais infectadas

Por falta dos cuidados bá-sicos durante a gestação, mães com HIV acabam con-taminando o filho, o que po-deria ser evitado com proce-dimentos corretos. nB1

Ontem, agentes penitenciários cruzaram os braços em frente ao Iapen, sem data definida para retornar ao trabalho

EM MACAPÁ

Ação tenta barrar sete novos vereadores

PROGRAMA TERRA LEGAL

Audiências públicas abrem terreno para o título definitivoA primeira etapa do Programa Amapá Terra Legal, que corresponde audiências públicas, está percorrendo todos os m u n i c í -pios do Estado. O objetivo é informar a popu- l a ç ã o sobre o funcionamento do programa. nB4

ASCOM/GEA

Equipe de discussão do programa durante audiência realizada no interior do Estado

Atlético Mineiro pega o lider Fluminense

BRASILEIRÃO

O Fluminense volta a campo neste domingo, às 16h, contra o Atlético-MG. A vantagem que atualmente é de nove pontos.

X

nA7

Page 2: jornal do dia 21e22/10/2012

A2JD OpiniãoEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Opinião - A2, A3Especial - A4, A5Geral - A6Sociedade - A8Dia Dia - B1, B3, B4Polícia - B2

Classidia - 14 Pag.

Esportes - C1, C2Atualidades - C3Diversão&Cultura - C4Carro e Moto - D1, D2, D3Social Click JD - D4Economia - E1, E2, E3, E4

Índice

Edição número8036

A uma semana do se-gundo turno de vo-tação das eleições

municipais de 2012 a de-cisão do candidato Rober-to Góes de não compare-cer ao debate organizado pela Band Macapá, pode lhe sair caro.Nem a coordenação de

campanha do candidato do PDT e o próprio candi-dato desconhecem o ta-manho da rejeição que o candidato enfrenta devi-do, principalmente, ser uma tentativa de reelei-ção e, por isso, arrasta to-das as responsabilidades pelo que não foi feito e o que foi mal feito durante o mandato que acaba no dia 31 de dezembro des-te ano.Por isso, pode-se consi-

derar que foi uma deci-são muito arriscada e que pode custar o mandato.Como está programado

mais um debate pela te-levisão antes do dia da votação – 28 de outubro -, o candidato Roberto

Góes tem a necessidade de sair-se muito bem na-quele programa, fazendo lá, de forma concentrada, o que os eleitores espera-vam que ele fizesse de duas vezes.Se não sair-se bem no

debate que promete ir, vão resultar muitas dúvi-das, pois o eleitor não perdoa e não gosta de dar oportunidade para quem não os convence.A despeito de todas as

alegações feitas antes, cer-tamente houve muito tempo gasto para decidir se ia ou não ao debate da Band. Não foi e, com isso, assu-

miu os riscos de ver au-mentado o índice de rejei-ção, que já é alto e que pode ser decisivo no pro-cesso de aceitação de sua candidatura pelo eleitor.O candidato Clécio Luiz

(PSOL), segundo as opini-ões dos eleitores, não sou-be tirar o máximo proveito da ausência do seu adver-sário. Apenas abriu-se à

aceitar aqueles que esta-vam indecisos, ficaram in-satisfeitos com o compor-tamento do candidato do PDT e decidiram-se pelo candidato do PSOL.Por si só, a falta a um de-

bate público, seja ou não em época de eleição, seja ou não entre candidatos a cargo público, é um com-portamento antipático, pois, mexe com a sensibili-dade do telespectador (no caso da televisão), do ou-vinte (no caso do rádio) e do leitor (no caso do jornal impresso).A eleição para escolha do

dirigente de um município tenha o tamanho que tiver ou a importância que tiver no contexto estadual, re-gional ou nacional, é o momento máximo do exercício da democracia e, por isso, o confronto de idéias, publicamente, é o melhor momento para que a população avalie não só a preparação, mas a forma como o preten-dente se comporta quan-do é contrariado.Mas o candidato pode

escolher, livremente, se vai ou não vai a um deter-

minado programa, local ou concentração. É claro que deve estar preparado para arcar com as conse-quências.Como já disse em mais de

uma oportunidade, os dois candidatos têm vantagens e desvantagens para ex-plorar. A sabedoria está em saber o momento adequa-do e na frente de quem.Se por um lado o candi-

dato Clécio entrou, para a disputa do segundo turno, com uma rejeição de 9% contra uma rejeição de 34% do candidato Rober-to - uma vantagem; sabe que tem a desvantagem de ter obtido 27,89% dos votos no primeiro turno, contra 40,18% do adversá-rio. Isso também pesa.As composições efetiva-

das logo depois do pri-meiro turno deram a im-pressão que o ponto de equilíbrio movimentou-se e ficou, na prática, eqüidis-tante entre os dois preten-dentes, o suficiente para que não seja dado chance aos erros, o que, aparente-mente aconteceu com a ausência no episódio do debate da Band Macapá.

O candidato arriscou demaisRODOLFO [email protected]

Gozação - A campanha de Clécio Luis (PSOL) cometeu uma gafe no horário eleito-ral, sexta-feira à noite, ao afirmar que os programas de Roberto Góes teriam sido suspensos pela Justiça Elei-toral na própria sexta-feira e também no sábado. Fato desmentido pela veiculação, na íntegra, da propaganda do pedetista. Ataque do PSOL acabou virando motivo de gozações.

Rapidez - A Justiça Eleitoral trabalha muito rápido du-rante as campanhas, em fun-ção dos curtíssimos prazos para tomada de decisões. Essa rapidez provocou a gafe do PSOL. Divulgaram uma decisão que já havia sido re-vista.Audiência – O sucesso de público da novela Avenida Brasil é inegável. Mas tam-bém é inegável que a TV Globo forçou bastante a bar-ra, especialmente na última semana, para incrementar o “fenômeno”. Todos os pro-gramas da emissora, até mesmo o Jornal Nacional, foram usados para alavancar a audiência e, por conse-guinte, o faturamento publi-citário da emissora.

Bom conselho – Em meio ao clima sempre tenso das eleições no Amapá, vale à pena ouvir um conselho do desembargador Raimundo Vales, presidente do TRE-AP: “Adversários hoje, os politi-cos serão parceiros amanhã. Não é inteligente contami-nar suas relações pessoais

por causa deles”.

Calvário – Um funcionário público federal apresentava problema de pedra na vesí-cula no mês de março. Foi até o Hospital das Clínicas Alberto Lima e marcou con-sulta com especialista, apra-zada para 90 dias depois. Por mais que insistisse em ante-cipar a consulta não conse-guiu. Esperou em vão a cha-mada que não aconteceu. Tarde demais - Em agosto, já sentindo dores insuportáveis no abdome, procurou o Hospital de Emergências e foi internado. Avaliado pelo cirurgião foi operado ime-diatamente, retirando a vesí-cula e o pâncreas, vindo a falecer de complicações 15 dias depois. O caso vai parar no CRM-AP e depois na jus-tiça comum.

OPTaram – Depois da ade-são do presidente Lula, que declarou apoio a Roberto Góes, petistas amapaenses entraram de cabeça na cam-panha do segundo turno, abandonando a posição de neutralidade manifestada pelo Diretório Municipal do partido. Muitos deles partici-param da caminhada de Ro-berto, realizada sábado, no centro da cidade, como a deputada Dalva Figueiredo, Errolflyn e Jaezer Dantas.

Confirmação - Ao final da caminhada, Dalva disse que estava ali em nome do pre-sidente Lula, para confirmar o apoio do PT ao prefeito Roberto.

Hora-Hora

Editorial

Ainda às voltas com o grave problema do desabastecimento

de combustíveis, que nes-ta segunda-feira completa duas semanas, os amapa-enses são agora coloca-dos diante da possibilida-de de virem novamente a enfrentar situação de ra-cionamento de energia elétrica no estado. Tudo por conta do fim do con-trato mantido entre a Ele-tronorte e a empresa So-ennergy, no próximo dia 2 de novembro. Através desse contrato, a CEA ga-rante 30% da energia que distribui. Sem ele, há pos-sibilidade evidente de rea-cionamento. Ou seja, mais um castigo imposto pode ser imposto à população.

O que surpreende nes-sas crises que frequente-mente atingem o Amapá é a descoberta, nessas si-tuações agudas, de pro-blemas crônicos que an-tes eram ignorados pela sociedade. No caso da distribuição de combustí-veis, de um dia para o ou-tro, sem qualquer motivo aparente, começou a fal-tar gasolina e álcool nos postos de abastecimento.

Só então, em meio ao colapso do abastecimen-to, os consumidores fica-ram sabendo dos enor-mes problemas de logística existentes no se-tor, baseado em um siste-ma local de armazenagem obsoleto, que está muito aquém das necessidades do mercado.

Curioso é que não ape-nas os cidadãos comuns foram surpreendidos, mas também as autorida-des das diferentes esferas do poder público. Ou seja, todos pareciam alheios ao assunto, como se ele não fosse respon-

sabilidade de ninguém.Agora, com a situação

da produção e distribui-ção de energia elétrica, a situação se repete. No momento em que repre-sentantes do Governo do Estado se preparavam para explicar, através dos meios de comunicação, os procedimentos adota-dos para dar sequência ao processo de federali-zação da CEA, surgiu a informação sobre o fim do contrato entre a Ele-tronorte e a empresa So-ennergy, e os problemas derivados dessa situação, como o possível raciona-mento de energia no Amapá, no final do ano.

A informação crítica foi transmitida pelo Sindica-to do Urbanitários, mas já era do conhecimento das autoridades do Governo do Estado, que, no en-tanto, mantiveram o as-sunto encoberto. Com a divulgação, essas autori-dades foram obrigados a vir a público prestar es-clarecimentos. Em seu socorro vieram os parla-mentares federais aliados ao Governo. Agora todos parecem gravemente empenhados na busca de soluções para o proble-ma, mas o que causa per-plexidade é a evidência de que a situação estava sendo mantida fora do conhecimento da popu-lação.

Não resta dúvida de que o povo amapaense tem sido muito paciente dian-te da debilidade da ação dos seus representantes públicos. Mas isso tem lhe causado tanto sofrimento, que um dia, mais cedo ou mais tarde, essa passivida-de chegará ao fim. A partir daí, então, as coisas co-meçaram a mudar.

Questão de respeito

EndereçosRedação, Administração, Publicidade e Oficinas: Rua Mato Grosso, 296, Pacoval, Macapá (AP) - CEP 68908-350 - Tel.: (96) 3217.1110

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Uma publicação do Jornal do Dia Publicidade Ltda. CNPJ 34.939.496/0001-85Fundado em 4 de fevereiro de 1987por Otaciano Bento Pereira(+1917-2006) e Irene Pereira(+1923-2011)Primeiro Presidente Júlio Maria Pinto Pereira(+1954-1994)

Diretor Executivo: Marcelo Ignacio da RozaDiretora Corporativa: Lúcia Thereza Pereira GhammachiAssessoria Jurídica e Tributária: Américo Diniz (OAB/AP 194)Eduardo Tavares (OAB/AP 27421)Editor-Chefe: Janderson Carlos Nogueira CantanhedeGerente Comercial: Andrew Gustavo Cavalcante dos Santos

CONSELHO EDITORIALPresidente: Aldenor Benjamim dos Santos

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Janderson Carlos Nogueira Cantanhede

Maria Inerine Pinto Pereira

A repercussão geral no STJ

Desde a aprovação da Emenda Constitucio-nal n.º 45, que intro-

duziu a reforma do Poder Judiciário, há seis anos, o Superior Tribunal de Justi-ça (STJ) é uma das cortes que mais se têm destaca-do na digitalização dos processos e na moderni-zação de seus procedi-mentos, para agilizar seus julgamentos. Por mês, são protocolados 27 mil novos recursos no STJ, que conta com 33 ministros. Atual-mente, há 262 mil ações aguardando uma decisão de uma das seis turmas da Corte - cada uma integra-da por cinco ministros - ou do plenário.A última iniciativa do STJ

para atenuar o problema da excessiva carga de tra-balho de seus ministros foi preparar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que autoriza a Corte a implantar um mecanis-mo processual nos mol-des do princípio da reper-cussão geral, que já é aplicado aos recursos en-viados ao Supremo Tribu-nal Federal. Segundo esse princípio, quando a mais alta Corte do País declara a existência da repercus-são geral num determina-do tema, os tribunais fe-derais e estaduais suspendem automatica-

mente o envio de recursos semelhantes, até que o plenário julgue o caso, di-minuindo assim o fluxo de processos.O princípio da repercus-

são geral atua, assim, como uma espécie de fil-tro processual. Depois do julgamento definitivo do caso, a decisão deve ser aplicada aos demais pro-cessos que tratam da mesma matéria, nas ins-tâncias inferiores.Graças ao princípio da

repercussão geral, o Su-premo deixa de julgar ca-sos repetitivos, o que per-mite aos ministros dedicar mais tempo na análise e julgamento dos recursos extraordinários, que discutem questões constitucionais e vão além das pretensões das partes, interessando a toda a sociedade. Desde que entrou em

vigor, há cinco anos, o fil-tro da repercussão geral reduziu drasticamente o número de recursos en-viados ao Supremo.Em 2007, foram distri-

buídos cerca de 160 mil recursos. Em 2012, foram 38 mil.Elaborada em março de

2012, a chamada “PEC da Relevância da Questão Federal” foi encaminhada pelo STJ ao Congresso no

primeiro semestre e foi patrocinada pelos depu-tados peemedebistas Luiz Pitiman (DF) e Rose de Freitas (ES).Recentemente, o novo

presidente da Corte, mi-nistro Felix Fischer, reuniu--se com dirigentes da Frente Parlamentar de Gestão Pública, com o re-lator do projeto na Comis-são de Constituição e Jus-tiça e com o vice-presidente do Conse-lho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, para agilizar a tramitação da proposta. Assim que a PEC receber

parecer favorável à admis-sibilidade, no plano for-mal, será criada uma co-missão especial para analisá-la no mérito, em até 40 sessões.Pela proposta do STJ,

que é a última instância da Justiça Federal, a Corte só analisará um recurso es-pecial se o recorrente de-monstrar a relevância para a sociedade das questões discutidas no caso.Quando a PEC foi apre-

sentada, algumas entida-des de advogados acusa-ram o STJ de valorizar mais os problemas opera-cionais do Judiciário do que a garantia constitu-cional do acesso à Justiça. O ministro Fischer refutou

a crítica, argumentando que a aplicação do princí-pio da repercussão geral, na interpretação de leis federais, não prejudica o direito de defesa das par-tes nem dificulta o acesso aos tribunais.“A PEC vai permitir ao

STJ que deixe de julgar matérias que normalmen-te não deveriam chegar a uma corte superior. Ela vai ajudar o STJ a

cumprir seu objetivo constitucional, que é uni-formizar a interpretação de leis federais. O que não tem sentido é padro-nizar a interpretação des-sas leis com base em cau-sas que não têm maior significado”, disse o pre-sidente da Corte.Um exemplo ilustrativo

dessas causas irrelevantes, que deveriam ser encerra-das na primeira instância da Justiça Federal, foi o jul-gamento, em agosto, de um processo sobre a mor-te de um papagaio causa-da por um rottweiler. O caso só chegou ao Su-

perior Tribunal de Justiça porque uma das partes - um procurador da Repú-blica - tinha direito a foro privilegiado. “É algo que não poderia chegar a um tribunal superior”, afirmou Fischer na ocasião. (O Estadão)

Page 3: jornal do dia 21e22/10/2012

A3JD GeralEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

“O poder da novela – No Brasil as coisas chegam a ser engraçadas. Enquanto os políticos estavam gas-tando sola de sapato e ar-rancam os cabelos da ca-beça, o povo seguia interessado em saber quem tinha matado o Max na Avenida Brasil.

Audiência – Segundo o Ibope, a emissora do plim--plim durante a exibição da novela, alcançou 64% de audiência. Isso em São Paulo. A Band atingiu ape-nas 1%.

Sem debate - Se esses va-lores fossem transferidos para Macapá, pelos cálcu-los, no máximo duas mil pessoas assistiram o deba-te que virou entrevista, já que Roberto (PDT) não compareceu.

Audiência - Sem um dos participantes, o evento fi-cou monótono e sem atra-tivos inerentes de um de-bate eleitoral. Assim, poucos telespectadores devem ter assistido.

Comércio paralelo – Com as dificuldades para se conseguir combustível, um comércio paralelo se for-mou nos postos. São os vendedores de churrasqui-nho, refrigerantes e água e

”até mesmo da loira gelada.

Contornando - Tem gen-te que vai sentir falta da gandaia, pois os postos es-tavam se transformando em verdadeiros points de diversão. É a maneira dos amapaenses contornarem a situação.

Táticas diferentes - Nos últimos dias de campanha, os candidatos Roberto e Clécio adotaram táticas de corpo a corpo diferentes. Ontem, Roberto ocupou de ponta a ponta a Cândi-do Mendes no Centro. Já Clécio preferiu andar pela periferia visitando os elei-tores.

Enquete – O site do Jornal Extra Amapá lançou uma enquete para saber como os internautas avaliam a atual gestão do governa-dor. Pasmem: Camilo tem 77,23 % de reprovação.

Reprovação – O índice de reprovação de Camilo se-gundo a enquete é um “pouco” acima da rejeição de Cristina Almeida (PSB) nas urnas que ficou em 57%. É um aumento de 20% na rejeição do primei-

[email protected]

JANDERSON CANTANHEDEJornalista

Entre Aspasro turno até agora.

Pressão – Tem uma certa Secretária que pode se en-crencar caso as suas ações junto aos seus subordina-dos vaze para a imprensa. A eleição para o sindicato da classe sofreu tanta pressão dela que uma das duas chapas concorrentes resolveu desistir diante das coações.

Na guilhotina - Duas cha-pas concorriam ao pleito que deveria ter sido reali-zado na última sexta-feira. Sob ameaça de cortes nas gratificações, os compo-nentes da chapa concor-rente desistiu da disputa horas antes. A dita cuja foi bem clara: “ou vocês reti-ram a chapa, ou cabeças vão rolar”.

Prorrogação - A pouco mais de dois meses do prazo final de validade da regra atual de distribuição do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), o Congres-so vai pedir ao Supremo Tribunal Federal que pror-rogue o prazo por mais um ano.

Saída - Na avaliação dos parlamentares, essa é a única saída para impedir que o repasse seja blo-queado.

Bom domingo...Siga: @cantanhede_APEmail: [email protected]

Político xamãDORIEDSON ALVESProfessor

Nada mais absurdo para um velho políti-co do que o sabor

amargo da derrocada em pleito eleitoral. O hábito adquirido de conquista – cultivado como bálsamo ao ego – quando negado, gera a crise (de existência) da sua condição xamã: os podres poderes do velho sábio são abalados. Embo-ra, sempre associado às maiores dádivas e/ou espí-ritos do homem público (virtude, honestidade, bon-dade), além das pompas da bajulação, resta somente o medo do fracasso eleitorei-ro, nesse momento atribuí-do a causas sobrenaturais adversas, escondidas dos olhos críticos da grande massa, a mesma que es-quecera o poder do grande bruxo; entretanto, conheci-das dos membros ordiná-rios de sua ideologia políti-ca: a imperícia administrativa de um prín-cipe maquiavelicamente fraco de espírito feiticeiro. Contudo, agora sem públi-co para apreciar suas peri-pécias mágico-religiosas, a frustração se torna algo concretamente doloroso e contraditório, pois a deson-ra do ostracismo ronda tal qual desespero personifi-cado, o que outrora era no-bre pensamento de glória: narciso se afogara em sua própria imagem atrofiada pelo insucesso. Como viver sem o calor do dom sobre-natural do carisma da gran-de multidão alienada? Ah! Mas até os cultos se rende-ram (e ainda se rendem) a sua magia financeira.

A essência da pajelança do velhaco, em seus dis-cursos politiqueiros, reside, ingenuamente, na poten-cialidade de curar todos os males sociais com sua pa-naceia: as porções, encan-tamentos, ritualísticas, de-sembocando na inocência dos encantados pelo tran-se hipnótico de suas pala-vras mágicas, rodeadas de pobres mistérios. É na ma-nipulação da esperança, e seus desdobramentos, que

se assenta a sabedoria controladora que osten-tam entre os “mortais” de-siludidos. Na verdade, é mais um ídolo velho em pedestal quebrado, cuja hierofania se perdera a muito; porém, ele ainda não sabe disso. As mágo-as, as decepções, aliadas a falta de entendimento, lhe roubaram a sabedoria tão venerada por alguns, mes-mo pelos que não o adora-vam respeitosamente, como o grande deus das terras tucujus. Mas os tem-pos são difíceis, o povo já não acredita tão facilmen-te nos deuses, seus pode-res sobrenaturais ou no terror que podem impor arbitrariamente. Entretan-to, lá estão eles escondi-dos entre a realidade tan-gível e aquela descrita em termos fantasiosos, cunha-da para servir de instru-mento de engano, con-vencimento, mascarando os males provocados pelas suas práticas imorais, ao imperar a ética da indivi-dualidade egoísta.

É na feitiçaria do velho mestre, entre suas habili-dades místicas, que se es-conde a virilidade da po-testade oculta do seu verdadeiro eu-divino (Ele ainda acredita nisso!). Lá no insalubre entronca-mento dos sacrifícios às entidades, onde o vento reverbera magia, se refugia o poder de dominar, como fino instrumento deposita-do nas urnas da república do colarinho-branco, na opressão da coerção frau-dulenta, nutrida pela ven-da das indulgências cívicas, em seu árduo papel de exercício de cidadania. Contudo, a sacralidade da conduta política ufanou o espírito do velho xamã, pois a realidade lhe parece utópica: como pôde o ho-mem comum, sobretudo ele, não ver os traços da divindade em seu repre-sentante mais ilustre? De-sacreditado, e sem poder mágico, não poderá mais conduzir os seus pelos de-

leites dos palácios impe-riais, adornados com os brasões do Estado políti-co, despojando toda ri-queza dos reinos derrota-dos, espoliando seus súditos; a partir deste mo-mento, feitos vassalagem impura, desumana, opri-mida. Antes havia a glória da vitória. Agora, porém, há a incerteza da derrota. O que, aliás, nem fora pre-visto por ele em sua qui-romancia, tão aclamada como remédios contra as incertezas do devir.

A sacralização do pro-cesso eleitoral, tornado demagogicamente solu-ção possível para todas as vicissitudes da vida social, aliada ao oportunismo mentiroso de certos indi-víduos, tem gerado, em todos os recônditos deste país, uma corja de sujeitos politicalhões, cujo intento circunscrito pelas práticas da retórica eleitoreira, re-side, basicamente, em es-poliar os cofres públicos. Pouco importa o custo humano disso. O relevan-te, de fato e de direito imerecido, é o roubo, a olhos vistos, do que for possível “carregar”. Até mesmo a dignidade cívica se tem tornado escrava das intenções privadas. O que isso significa? A priva-tização extraoficial do pa-trimônio público-nacional, utilizado, somente, para a satisfação pessoal de al-guns iluminados. Ao resto cabe, todavia, a aceitação sem qualquer termo ne-gociável, das condições impostas à sua subservi-ência. É o ônus adminis-trado intravenosamente ao populacho miserável, enquanto em sua vida azeda sonha, estupida-mente, com dias melho-res, conduzidos a concre-tude pelos seus escolhidos. Não é possível, portanto, conceber a vida cidadã, em sua diversidade orgâ-nica, enquanto algo deri-vado de poderes sobrena-turais de “pobres miseráveis” empunhando a insígnia de visionários, predestinados à salvação do Estado Democrático de Direito em sua legitimida-de e legalidade.

DOM PEDRO JOSÉ CONTI

Rosivaldo (Dinho) da Silva Gomes (Professor)

Bispo de Macapá

[email protected]

O guru e o barbeiro

Na religião hinduís-ta, os gurus são uma espécie de

guias espirituais muito respeitados. Conta uma história que, certo dia, antes de visitar um famo-so santuário da sua reli-gião, um guru, bem ma-cilento, entrou numa barbearia. Imediatamen-te o barbeiro, que estava tirando a barba de um homem gordo e flórido, largou o cliente que es-tava atendendo e, com toda atenção e deferên-cia, fez um serviço com-pleto e caprichado para o guru. Depois disso, ain-da lhe deu algumas mo-edas pedindo que rezas-se por ele e sua família.

O guru, agradecido, decidiu em seu coração que recompensaria o barbeiro, tão atencioso, com as esmolas que ia recolher naquele dia. De-pois de algumas horas, um desconhecido apro-ximou-se do guru e lhe deu um saquinho cheio de moedas de ouro. O guru, conforme tinha prometido em seu cora-ção, correu com o bar-beiro e lhe ofereceu o pequeno tesouro. No entanto o barbeiro mos-trou-se ofendido e disse:

- O que é isso? O se-nhor, que deveria ser um santo, não se envergo-nha de querer me pagar um serviço que fiz por amor a Deus?

Um exemplo de gene-rosidade do barbeiro e de desprendimento por parte de ambos, visto que nenhum dos dois deu muito valor às moe-das de ouro. Com efeito, um trabalho, para ser serviço verdadeiro, deve andar junto com a gra-tuidade e a disponibili-dade. Se for pago, já se torna negócio; se for mal feito, revela má von-tade por parte de quem o oferece.

No entanto, no evan-

gelho deste domingo, Jesus nos ensina que o serviço generoso e gra-tuito deve estar também junto com o poder e a autoridade. Se os gran-des do mundo oprimem e tiranizam as nações, entre os discípulos de Je-sus não pode ser assim. As coisas devem ser mui-to diferentes. Quem quer ser o primeiro seja-o no serviço, tornando-se ser-vo de todos.

Em geral, ter poder é sinônimo de mandar e, para quem não o tem, significa submissão e obediência. Esta maneira de pensar está tão enrai-zada em nós que é muito difícil imaginar uma au-toridade que não possa mandar. Afinal, se ele não pode impor a sua vonta-de, que poderoso é?

Jesus sempre nos de-safia porque nos propõe algo de verdadeiramente novo, muito diferente da maneira de pensar e de agir dos grandes e pode-rosos do mundo, que se acham donos de tudo. O que está em questão não é a autoridade em si; sendo legítima e honesta ela deve existir e exercer a sua função. Jesus pro-põe que esta autoridade não se transforme em autoritarismo. Ele pede que seja um serviço para o bem de todos, de ma-neira especial para os pobres e os excluídos das benesses da socieda-de. Ocupar um cargo de responsabilidade não deve ser entendido como um poder incondi-cional e, portanto, opres-sor, resultado de ambi-ções e disputas onde vale tudo para conquis-tá-lo. Ao contrário do or-gulho humano, que visa ocupar os primeiros lu-gares para sentir-se im-portante, admirado e ba-julado, Jesus propõe o último lugar, o lugar da-quele que, antes de pen-

sar em si, serve a todos.Perguntamo-nos :

será possível ocupar fi-sicamente os primeiros lugares e agir, espiritu-almente, como alguém que não promove a si mesmo, mas coloca em primeiro lugar na sua vida o bem dos outros? É muito difícil, mas nada é impossível para Deus. Por isso, Jesus pede que o seu projeto de serviço comece, ao menos, entre os seus discípulos.

Não tem como não lembrar, neste momen-to, também as autorida-des na Igreja, começan-do pelos padres, passando pelos bispos, até o Papa, incluindo os superiores e superioras das famílias religiosas, leigos e leigas respon-sáveis de pastorais, mo-vimentos e comunida-des. Evidentemente sempre pode ter al-guém que planeje, tam-bém em nossos dias, uma possível carreira eclesiástica, que seja um pastor ganancioso, cen-tralizador e autoritário, alguém que busque a sua autopromoção. No entanto acredito que devemos reconhecer a generosidade e a dedi-cação da grande maio-ria das pessoas consa-gradas e comprometidas. Com efeito, não tem ouro que pague o amor e a dedicação de tantos ir-mãos e irmãs, integral-mente devotados às suas comunidades, à suas paróquias, às obras da caridade.

Como o barbeiro que não quis receber re-compensa por um servi-ço que havia feito por amor a Deus. O bem, feito por amor, é a pró-pria recompensa para quem se entrega ao ser-viço sem reservas. E no amor vivido está pre-sente o próprio Deus que, por sua vez, se doa sempre como prêmio incalculável.

Ao andar pelas ruas você já atentou para a tez das pessoas que

transitam pelas vias de sua cidade? Ou, se apercebeu, que de acordo com a loca-lização onde você se en-contra, a cor da pele das pessoas do centro para pe-riferia tende a mudar? O centro das cidades é habi-tado, em sua maioria, por pessoas brancas, e a peri-feria, por pardos ou ne-gros? Isto é explicável ou mera coincidência?

Isto não existe? É um mero discurso promoven-do o racismo? Maricato (2001) argumenta ser im-possível esperar numa so-ciedade, radicalmente desi-gual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, produzir ci-dades que não tenham es-sas características. É inegá-vel que as cidades brasileiras são construídas como espaços de segrega-ção social e racial.

Historicamente, negros são empurrados, no pro-cesso de embelezamento das cidades, para a perife-ria. Os centros urbanos são literalmente um espa-ço branco. Você poderia estar dizendo: ora, quem mora na periferia são pes-soas pobres! Daí, a célebre pergunta: quem constituí a classe baixa brasileira? Se-gundo o IBGE, negros.

Não estás convencido! Saibas que a ideia de de-senvolvimento vigente na sociedade desde o século XIX, afirmava que uma so-ciedade somente conse-guiria se desenvolver com o menor número de pes-

A cor do bairro: a segregação racial na

construção dos espaços

soas não brancas possíveis. Segundo Chiavenato (1980), no Brasil, houveram inúmeras tentativas de eli-minar o elemento negro da sociedade nacional, como a Guerra do Para-guai e a imigração italiana. Neste último, negros são retirados dos centros de convivência branco e fo-ram empurrados para a periferia das cidades (gue-tos, favelas e morros).

Isto também é feito em Macapá. O ladrão de ma-rabaixo “Aonde tu vais ra-paz” retrata a expulsão dos negros do centro para as entranhas do Laguinho. Constrói-se a Macapá mo-derna encabeçada por Ja-nary Nunes.

As ruas do Macapá / Es-tão ficando um primor / Tem hospitais, tem escolas / Pros fíos do trabalhado / Mas as casas que são fei-tas / É só prá morar os douto. O trecho em desta-que refere-se a ocupação das moradias no centro da cidade e a urbanização re-alizada. Mudanças infraes-truturais atendem a popu-lação em geral, mas isto é feito para receber a fina flor da sociedade de épo-ca. Qual era o padrão fe-nótipo dos moradores

destas casas neste perío-do? E hoje?

Sant’ Ana, investiga a se-gregação sócio-espacial da cidade de Brasília, con-clui que o processo de ur-banização da capital do país evidencia-se pela se-gregação estruturada por fatores raciais. Garcia che-ga a mesma conclusão fa-zendo sobre as antigas ca-pitais do Brasil, para tal utilizou o censo de 2000, afirma que o espaço urba-no brasileiro está susten-tado pelo princípio racial, excluindo dos centros ur-banos aqueles historica-mente tidos como indese-jáveis (os não brancos).

Pode parecer absurdo, contudo, se olharmos atentamente para o meio que nos circunda, perce-beremos, através dos sem-blantes das pessoas, que em nossa cidade, o centro da cidade é branco e a pe-riferia negra. As razões so-ciais estão na sedimenta-ção da ideia racista que constrói a modernidade, onde o modelo europeu, branco, se torna o ideal de mudo. Resistir a este pro-cesso é a única alternativa para aqueles que acredi-tam numa sociedade com equidade social.

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Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Apesar de Haddad e Serra terem ido para o segundo turno, a disputa foi liderada por Celso Russomanno, do nanico PRB, até a reta final

Para 50% dos eleitores pesquisados, Zenaldo será o campeão da disputa elei-toral, enquanto 42% apostam em Edmilson. Ficaram indecisos 8%

A dez dias do segun-do turno da disputa pela Prefeitura de

São Paulo, 19% dos elei-tores da cidade dizem não ter candidato. O índi-ce é o maior da história para o período.Pesquisa Datafolha di-

vulgada ontem mostra que 10% dos eleitores de-claram voto branco ou nulo, e indecisos são ou-tros 9%. Fernando Haddad (PT) tem 49% das inten-ções de voto e José Serra (PSDB) aparece com 32%.Na eleição anterior, fal-

tando oito dias para a dis-puta entre Gilberto Kassab (então no DEM) e Marta Suplicy (PT), os que decla-ravam votar branco, nulo ou diziam estar indecisos eram 10% no total.O índice mais próximo

do atual ocorreu em 2000, quando, a nove dias do segundo turno, 15% dos eleitores afirmavam que não votariam nem em Marta Suplicy (PT) nem em Paulo Maluf (PPB).Neste ano, a votação no

primeiro turno já deu si-nais do desgaste da pola-rização PT x PSDB com o eleitorado paulistano, o que ajuda a explicar os números de paulistanos sem candidato.Apesar de Haddad e Ser-

ra terem ido para o segun-do turno, a disputa foi li-derada por Celso Russomanno, do nanico PRB, até a reta final.Além disso, o tucano e o

petista receberam juntos os votos de 42% de todos os eleitores paulistanos, menor índice da história. O número de paulistanos que se absteve ou não vo-tou em nenhum dos can-didatos no 1º turno tam-bém foi recorde desde 96 28,9% do eleitorado.O descontentamento

coincide uma campanha dominada por ataques di-retos entre os candidatos,

que ocuparam boa parte dos programas de TV e dos debates.

CronômetroApesar de o primeiro de-

bate do segundo turno, realizado anteontem, não ter sido marcado por ata-ques pessoais, os dois candidatos dedicaram mais tempo a criticar reali-zações do adversário do que a fazer propostas para a próxima administração.Os dados são de levan-

tamento feito pelo pes-quisador Felipe Borba, da

Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a pedido da Folha.Segundo o estudo, os

dois candidatos investi-ram 52% do tempo do debate em críticas ao ad-versário, a suas propostas ou a suas realizações.O levantamento traz ain-

da outra divisão, que mos-tra o tempo dedicado a políticas públicas ou a construção da imagem do candidato sem referências diretas à administração menções a biografia ou aliados, por exemplo.De acordo com o levan-

tamento, prevaleceu o tempo dedicado às políti-cas públicas (79,8% do to-tal). Ainda assim, a maior parte dele foi consagrada à discussão do passado,

que ocupou 53,9% do tempo, e não a propostas para a próxima adminis-tração, tratadas em 31,1% do tempo, segundo o es-tudo. O primeiro bloco com perguntas diretas entre os dois foi exemplo disso: a primeira proposta para a futura gestão só apareceu na quarta e últi-ma pergunta do bloco, quando Haddad disse que traria o Minha Casa Minha Vida para São Pau-lo. Serra não fez nenhuma proposição. Entre os te-mas discutidos, educação e saúde foram os mais abordados: consumiram 65,2% do tempo dedica-do às propostas. Pelas re-gras, cada candidato fa-lou por 31 minutos e 30 segundos. (Folha.com)

Pesquisa Datafolha mostra que 10% dos eleitores declaram voto branco ou nulo, e indecisos são outros 9%. Fernando Haddad (PT) tem 49% das inten-ções de voto e José Serra (PSDB) aparece com 32%

Disputa a prefeitura de São Paulo tem recorde de eleitores sem candidato

Tucano lidera pesquisa para prefeitura de Belém

Relator vai destinar R$ 3,8 bilhões do Orçamento da União para Lei Kandir

A primeira pesquisa re-alizada pelo Instituto Vox Populi para o se-

gundo turno da eleição à prefeitura de Belém (PA) aponta o candidato Zenal-do Coutinho (PSDB) na li-derança das intenções de votos, com 57% dos votos válidos (que desconsidera os votos brancos e nulos), na frente de Edmilson Ro-drigues (Psol), que aparece com 43%. Na estimulada, o candidato tucano despon-ta com 48% e Edmilson surge com 36%. A margem de brancos e nulos está em 6% e o percentual dos que disseram que não sabem ou preferem não respon-der é de 9%. A pesquisa foi encomendada pela TV Li-beral e divulgada no jornal O Liberal.

Segundo o levantamen-to do Vox Populi, Zenaldo alcança 49% da preferên-cia dos entrevistados do sexo masculino e 48% dos do sexo feminino, en-quanto Edmilson tem 36% e 37%, respectivamente. Para 50% dos eleitores pesquisados, Zenaldo será o campeão da dispu-ta eleitoral, enquanto 42% apostam em Edmilson. Fi-caram indecisos 8%.A pesquisa foi realizada

entre os dias 14 e 15 de outubro, com 800 eleitores da capital paraense, e está registrada na Justiça Eleito-ral sob o número PA-00333/2012. A margem de erro é de 3,5 pontos per-centuais para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%. (terra)

O aumento nas previ-sões de receitas e despesas na propos-

ta de Orçamento da União para 2013, encaminhada pelo Executivo, reduziu a margem dos congressistas de mexerem nas reestima-tivas. O relator-geral do Or-çamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse on-tem (19) que a receita orça-mentária de R$ 1,03 trilhão, prevista pelo Executivo, deve ter um acréscimo de R$ 22 bilhões, no Congres-so Nacional. Porém, o montante é menor em comparação à reestimativa, feita pelos parlamentares, ao orçamento de 2012 - de R$ 32 bilhões.A revisão agora tem como

objetivo garantir recursos da Lei Kandir, criada para compensar os estados ex-portadores por causa de isenções fiscais. Somente com o ressarcimento pre-visto pela lei, Romero Jucá disse que destinará R$ 3,8 bilhões dos R$ 22 bilhões extras. Jucá disse que man-

terá o mesmo montante destinado às emendas par-lamentares no ano passa-do, o equivalente a R$ 15 milhões. “Não vou mexer em valor de emenda de parlamentar. O lógico, com essa previsão menor, seria até reduzir [o valor da emenda parlamentar], mas vou manter o mesmo de 2012.” O relator-geral acrescentou que pratica-mente não existe espaço para atender as reivindica-ções de reajuste salarial dos servidores do Judiciá-rio. De acordo com o sena-dor, qualquer aumento no percentual previsto na pro-posta, no caso 5%, terá que ser negociado diretamente com o governo federal.O senador acrescentou

que tem conversado com várias entidades de classe que representam os funcio-nários do Judiciário. De acordo com Jucá, não há como incluir o reajuste aci-ma de 5% com “uma expec-tativa de receita tão aperta-da.” (Agencia Brasil)

Senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a receita orçamentária de R$ 1,03 trilhão, prevista pelo Executivo, deve ter um acréscimo de R$ 22 bilhões

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Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, durante seminário na Câmara dos Deputados

Palavras de Lula sensibilizam o leigo, diz Marco Aurélio

Para ela, o excesso de normas legais, em vez de coibir a corrupção, acaba por facilitá-la e, por isso, ela defendeu a revisão da Lei de Licitações

Um dos principais en-traves no combate à corrupção no Brasil é

o excesso de burocracia na administração pública, disse a ex-corregedora do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ) e ministra do Superior Tribunal de Justi-ça (STJ), Eliana Calmon, durante seminário na Câ-mara dos Deputados. Para ela, o excesso de normas legais, em vez de coibir a corrupção, acaba por faci-litá-la e, por isso, ela de-fendeu a revisão da Lei de Licitações (Lei 8.666). “Uma das boas práticas é avaliar a necessidade de desburocratizarmos a ati-vidade pública”, disse. Segundo a ministra, o ex-

cesso de detalhamento da lei tem sido um dos fatores para a corrupção. ”Ela é muito detalhada, muito minuciosa e esse formalis-mo tem prejudicado a pró-pria execução da lei. Nes-ses últimos anos, temos verificado a proliferação dos contratos emergen-ciais, do continuísmo de contratos com preços su-perfaturados pela urgência e, dessa forma, as empre-sas se locupletam com es-ses pluses dados pelo go-verno que desfalcam os nossos serviços”, disse.Para Eliana Calmon, o país

precisa ser criativo em bus-car soluções de boas práti-cas. Durante o 1º Seminá-rio sobre Boas Práticas nas Contratações Públicas, na Câmara, ela defendeu apli-cação do Regime Diferen-ciado de Contratações (RDC), adotado pelo Exe-cutivo para obras da Copa do Mundo de 2014, para

Olimpíadas de 2016 e obras do Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC). A ex-corregedora do CNJ enfatizou que é ne-cessário abrir mão do for-malismo para facilitar a re-alização de licitações e evitar a assinatura de con-tratos emergenciais. “Te-mos observado que, mui-tas vezes, para termos contratos que parecem le-gais, começamos a descer a minúcias e elas terminam prejudicando o próprio contrato”, disse Calmon“Como juíza, tenho a ideia

de como muitas vezes é deletéria a colocação de detalhes nos editais de lici-tação que direcionam para determinadas empresas. Isso cria um obstáculo para a formação de um contrato mais liberal a ponto de ter-mos a inutilização de con-

tratos, o que acaba fortale-cendo os contratos emergenciais. E é nesses contratos que começa a corrupção. Eles vão sendo esticados em emergência com reavaliação no custo e leva a grande sangria do serviço público”, disse. Ou-tra maneira de evitar a cor-rupção, disse a ministra do STJ, é investir na educação e estimular na população o instinto de valorizar a coisa pública. “No momento em que não nos sentimos par-ticipantes de uma socieda-de ou governo, cruzamos os braços e olhamos so-mente para os nossos inte-resses, mas no instante em que somos educados para participar de uma socieda-de e fiscalizarmos aqueles que elegemos, natural-mente somos mais res-ponsáveis na hora de votar

e nos voltamos para os in-teresses da sociedade em geral. E isso só a educação nos dá”.A ministra disse que é

fundamental o debate so-bre boas práticas no servi-ço público como forma de conscientizar os próprios gestores sobre a impor-tância da lisura nos atos e também a sociedade como um todo. “No mo-mento em que se faz, den-tro do Poder Legislativo, um evento em que esta-mos preocupado em di-fundir as práticas de com-bate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e chamamos diversos repre-sentantes de órgãos de controle, estamos sinali-zando que somos uma so-ciedade diferente. Preocu-pada em fazer o combate à corrupção.”

O ministro Marco Au-rélio Mello, do Su-premo Tribunal Fe-

deral (STF), disse há pouco que as palavras do ex-pre-sidente Lula “sensibilizam muito o leigo” - o magis-trado se referiu às declara-ções que o petista fez re-centemente na Argentina sobre o processo do men-salão. Na ocasião, Lula dis-se que já foi julgado pelas urnas, em 2006, quando foi reeleito.“O presidente Lula não é

acusado no processo (do mensalão)”, disse Marco Aurélio, durante conferên-cia com a imprensa, na Universidade Guarulhos, onde, daqui a pouco, fará uma palestra sobre segu-rança jurídica no País.O ministro descartou a

possibilidade de a presi-dente Dilma Rousseff edi-tar ato de indulto para os condenados do mensalão. “É cedo para nós persar-

mos em qualquer medida que vise esvaziar o pro-nunciamento judicial. Mas o indulto de início é algo objetivo, e não subjetivo. O indulto não versa acusados específicos, identificáveis, mas sim acusados em ge-ral. Não acredito que a pre-sidente, presentes as pecu-liaridades do caso, parta para a formalização de um indulto, sob pena de nós esvaziarmos as nossas pe-nitenciárias”. Ele também considera improvável que os réus, por meio de seus defensores, levem o caso para uma corte internacio-nal. “O Brasil é um país so-berano”, disse Marco Auré-lio. Sobre a sucessão de empates nas votações rela-tivas aos capítulos do men-salão, o magistrado disse que essas igualdades po-dem ser resolvidas por meio de várias medidas, mas alertou que “não há consenso no tribunal.”

“Nós temos óticas diversi-ficadas e isso é muito bom, porque revela que a maté-ria está sendo amadureci-da e teremos uma solução segura sobre o caso.”O ministro se disse oti-

mista quando indagado sobre a conclusão do jul-gamento nas próximas sessões, antes da viagem do relator do processo, Jo-aquim Barbosa, par a Ale-manha, marcada para o final do mês. “O tribunal pleno se tornou nesses três meses tribunal de processo único.” Sobre a fatia que trata do crime de quadrilha, envolvendo o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, Marco Aurélio declarou ter vota-do “de forma diversificada anteriormente.” “Quanto a certa quadrilha em que tí-

nhamos no processo ape-nas dois acusados, votei pela absolvição. O Código Penal exige mais de três pessoas compondo a qua-drilha. Agora, surgiu essa corrente entendendo que não haveria quadrilha, mas simplesmente coau-toria na prática dos múlti-plos crimes.”O ministro revisor, Ricar-

do Lewandowski, votou pela absolvição do núcleo político, formado por Dir-ceu, José Genoino, ex--presidente do PT, e De-lúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Em seu voto, Lewando-wski disse que não é pos-sível enquadrar os petis-tas no crime de quadrilha. “O colegiado é sempre uma caixa de surpresas”, disse Marco Aurélio.

Eliana Calmon defende revisão da Lei de Licitações para diminuir fraudes ‘Sanguessuga’ vereador

Processado na Justiça Federal de São Paulo por en-volvimento na máfia das Ambulâncias, o famoso caso dos Sanguessugas, o ex-deputado federal pelo DEM Marcos Abramo foi eleito vereador em Betim, região metropolitana de BH. Agora pastor, ele peregrinou sem sucesso por alguns pleitos desde que deixou Bra-sília. Tentou vaga de estadual em São Paulo mas abandonou a disputa, alvo do TRE. Em 2008, candida-tou-se a vereador em Vitória (ES) como Marcos Abrão, com votação irrisória. Elegeu-se na cidade mineira pelo PRB com 2,3 mil votos, como Marcos Roberto.

Coluna

ESPLANADA POR LEANDRO MAZZINI JornalistaTwitter @leandromazzini

VaivémO processo contra

Marcos Abramo saiu de São Paulo e agora tra-mita na Justiça Federal de Brasília, onde tudo ocorreu. Mas o MP e a Justiça Eleitoral ainda estão de olho nele.

Pra valerApós especulações, Edu-

ardo Campos é candidato a presidente, em 2014 ou 18. Palavras dele em Brasí-lia: O PSB completou maio-ridade nestas eleições, e fará parte do jogo político do Brasil.

Xerife de fora A despeito da boataria em torno de seu

nome no Rio, o delegado licenciado da PF e xerifão do estado, José Mariano Beltrame, não será candidato ao governo nem a vice. Ele não quer. E nem o governador Sérgio Ca-bral, que nunca tocou no assunto com nin-guém. Um pemedebista explica que o nome é torcida de alguns setores. E que Beltrame continua onde está, e bem: na Segurança.

Previsões...Afinados que estão na

prefeitura do Rio, o PMDB e PT devem repetir a chapa para o governo do estado. Luiz Fernando Pezão é o nome de Cabral, e o vice poderá ser o petista Carlos Minc, secretário do Am-biente e ex-ministro de Lula. Com aval do PT nacional.

… e rascunhos Já o senador Lindbergh

Farias (PT-RJ), que garantiu à coluna que sairá candida-to ao governo pelo PT, des-conversa sobre isso. Nas hostes socialistas cariocas, porém, há a confirmação de que ele já fez acordo com o PSB estadual para lhe dar a candidatura, caso o PT o barre.

Usina de liminares A Norte Energia, consórcio

que constroi a usina Belo Monte, conseguiu na sexta liminar para desocupação dos 60 índios do canteiro Sítio Pimental, uma das três áreas principais das obras.

Paz no campoO Juiz Federal Marcelo

Honorato, de Altamira (PA), determinou a realização amanhã de uma audiência de conciliação, mas desde que haja desocupação pací-fica.

PrecauçõesAs empreiteiras estão mais

precavidas no controle de motins. Apelam ao Ministé-rio Público. Tudo para evitar o que ocorreu no canteiro da Anglo American em Goi-ás, há três anos. Os peões da Camargo Corrêa destruí-ram tudo num domingo depois que foi negada a um deles uma... cerveja.

Seu BolsoO colégio de líderes ra-

chou na Câmara dos Depu-tados semana passada so-bre o projeto de Edinho Araújo (PMDB-SP) que pro-íbe repasse de fundo parti-dário para novos partidos. Iria à pauta mas o PSD, PSOL, PR e PTB barraram.

Farra O projeto é defendido pe-

las grandes legendas, que perderam receita com a criação este ano do PSD, de Gilberto Kassab, e do nanico PEN (Partido Ecológico Na-cional). Já autorizados pelo TSE, ambos vão abocanhar fatia milionária e mensal do fundo.

O marqueteiro Acredite. Reeleito no Rio,

o prefeito Eduardo Paes (PMDB) não assistiu a um programa seu gravado para a TV, ou ouviu o de rádio. Quem assistia previamente era o governador Cabral, que aprovava ou mudava. Foi a equipe de marketing dele quem fez a campanha de Paes.

Afinidade, por oraO bom momento do Rio é

porque há respeito entre os aliados. Apesar de padri-nho, Cabral não se mete na gestão de Paes, e este se reporta ao aliado quando o assunto é articulação políti-ca.

País do CarnavalAliás, como disse a jorna-

lista Cristiana Lobo certo dia, no Brasil está tão fácil abrir partido como lançar bloco de Carnaval.

Ponto FinalNa semana da Criança,

lembre-se de dar carinho e educação aos filhos. Saiba que Sadam, Kadafi, seu sín-dico e seu prefeito já foram bebês.

www.colunaesplanada.com.br [email protected]

Pa$torPastor Marcos era da bancada evangélica da Câ-

mara. No caso dos Sanguessugas, foi denunciado por Luiz Vedoin por receber R$ 54 mil ao usar emen-das para comprar ambulâncias superfaturadas.

Charge de AliedoTele-ministro

Boa praça, o então ministro das Cidades no governo Lula, Marcio Fortes - o mais longevo no cargo na Esplanada na era PT - empol-gou-se numa entrevista a um jor-nal de grande circulação no Rio e permitiu a publicação de seu celu-lar, para que os cidadãos o telefo-nassem em questões de emergên-cia concernentes à sua pasta.

O jornal publicou o celular na capa, em manchete de alto de pági-na, com a chamada “Ligue para o ministro” e o número do aparelho. Dois dias depois, Fortes estava numa reunião no ministério em Bra-sília quando seu celular tocou identificando um número desconhe-cido. Ao atender, ouviu da anônima interlocutora:

- Doutor Marcio Fortes, pelo amor de Deus, eu estou passando mal, me ajuda, manda uma ambulância para mim aqui na rua.

Era uma moradora de Duque de Caxias (RJ). Fortes não titubeou e acionou o SAMU da cidade. A mulher foi socorrida. Mas depois des-sa, trocou o celular.

(Com Marcos Seabra e Vinícius Tavares)

Aurélio disse não acreditar em indulto dado por Dilma Rousseff aos condenados

Page 6: jornal do dia 21e22/10/2012

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Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Elcio Barbosa

PositivoAssociação dos Deficien-tes Físicos do Amapá (ADEFAP) promove a in-clusão social através do esporte. Dez modalida-des esportivas são prati-cadas pelos seus asso-ciados.

NegativoO tão laureado futebol brasileiro não é mais o mesmo. A título de exemplo, o tradicional clássico Botafogo 3x2 Vasco teve 104 passes errados e 86 faltas. Cadê

o futebol?

Coruja da Torre INesse mês de dezembro, termina o mandato do presidente negro-anil Edinho Duarte.

Coruja da Torre IIDeuzimar Oliveira pinta favorito ao cargo, já que o atual mandatário decli-na reeleição.

Copão Pará IMuaná e Afuá duelam este domingo em Ponta de Pedras e iniciam a de-

cisão do torneio.

Copão Pará IIDomingo vindouro jo-gam em Afuá e Germano Tiago comanda a ‘Vene-za Marajoara.

BrasileirãoEstádio Independência pega fogo este domingo na decisão entre Atléti-co-MG x Fluzão.

Estádio Zerão IBanheiros, vestiários e salas destinadas à admi-nistração estão em fase de acabamento.

Estádio Zerão IITambém já estão no canteiro de obras, os no-vos assentos, as telhas e o placar eletrônico.

Papão da Amazônia ITorcida do Paysandu caça ingressos para o jogo contra o Salgueiro--PE, deste domingo.

Papão da Amazônia IIBicolor tem contas a ajustar com o Salgueiro e o jogo pode classificar o time na Série C.

Ciclismo IGalera do pedal está em festa esse domingo e ce-lebra três importantes acontecimentos.

Ciclismo IIOcorre a 9ª Etapa do Campeonato Amapaen-se e rodada dos Jogos Escolares Sub-17.

Ciclismo IIIAinda será festejado o 31º aniversário da Fede-ração Amapaense de Ci-clismo. Parabéns!

Goleirão DidaPosicionamento, elastici-dade, boa forma, suces-so e belo exemplo aos 39 anos de idade.

Don SaboreEstádio virtual comanda-do por Mário Lopes atrai torcedores e fãs na bu-cólica Santana.

Futebol FemininoCampeonato inicia em 5 Nov e reúne 4 times. Campeão garante vaga na Copa do Brasil.

Fenômeno Azul

Indefinida a situação de Adriano, mas o goleiro tem interesse em perma-necer no Remo.

Copa Norte do BrasilPode não rolar, já que a CBF silencia quanto ao tema. E cabe a ela pro-mover o evento.

Futsal Sub-13SEST SENAST e Oratório Meta realizam a final do campeonato no Averti-não. Confira!

Você Sabia?O lateral Aldimar está in-ternado em um hospital de Belém com tumor no cérebro. O ex-atleta de Paysandu, Remo e Forta-leza será submetido a uma melindrosa cirurgia.

Toque de PrimeiraColunista ANTONIO LUIZ

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Paysandu deve mudar apenas nas laterais para enfrentar o Salgueiro

Leandrinho promete virar ‘bad boy’ nos Celtics e minimiza concorrência

O desportista nato, ge-rente esportivo, Regi-naldo Anselmo Nobre

de 68 anos de idade conce-deu entrevista com exclusivi-dade ao Jornal do Dia. Na ocasião, Reginaldo Nobre dentre e outras coisas, fez questão de mencionar que está deixando à disposição, o cargo de diretor técnico que ele ocupa hoje a presi-dência da Federação Ama-paense de Futebol (FAF).

O motivo alegado seria a ingratidão das pessoas e di-rigentes que desenvolvem atividades no futebol ama-paense, com o intuito de usar o esporte para se pro-moverem, matar o esporte, e ainda gerar brigas e discus-sões através da imprensa. O cargo que ele está hoje é considerado importante para a organização e o an-damento do futebol anual da FAF. O desportista disse ainda que coloca o cargo dele à disposição da direto-ria, devido também já está cansado de tanto trabalhar há 40 anos em prol do fute-bol amapaense, e de certo modo testemunhar pessoas que não estão nem aí pelo futebol amapaense, e ainda usam o esporte para fins po-líticos e social.

HistóriaAntes de assumir o cargo

de diretor técnico da FAF, Reginaldo Nobre desenvol-via as funções no departa-mento administrativo da Casa do Futebol, agente pelo qual foi chamado pela presidência para ocupar la-cunas no departamento téc-nico, deixado pelo ex-dire-tor, Rodolfo Juarez. Mas, a história de Reginaldo Nobre vem de muito longe. Ele ini-ciou trabalhando no futebol nas categorias de base do Santana Esporte Clube, na época da idade de ouro do antigo ‘Canário Milionário’ do município de Santana, e deveria ter aproximadamen-te 15 anos de idade.

Santana ClubeApós passar 16 anos, traba-

lhando em todos os setores do clube santanense, ingres-sou tempos depois, exercen-do funções importantes nos departamentos da casa do futebol amapaense, passou pelo quadro da Comissão Disciplinar de Arbitragem, pretexto de ter adquirido nos passar dos anos profun-da experiência como geren-te esportivo, hoje pouco re-conhecido.

ExplicaçãoBem à vontade, Reginaldo

Nobre explicou detalhada-mente como o próximo dire-tor que receber a pasta téc-nica da FAF deve trabalhar pelo futebol do Amapá? O experiente diretor ressaltou

Na última movimenta-ção importante antes do jogo que pode de-

cidir a classificação do Pay-sandu à próxima fase, o trei-nador Lecheva não fez mistério e manteve a base do time que vem atuando nos últimos jogos.

Treinando no estádio Man-gueirão, local da partida de domingo contra o Salgueiro, o time titular do Papão teve apenas duas alterações. O re-torno de Yago Pikachu na la-teral-direita , saindo Leandri-nho, e a entrada de Pablo, que vai substituir Rodrigo Fernandes, suspenso pelo terceiro amarelo.

Assim, o time que treinou foi João Ricardo; Yago Pika-chu, Marcus Vinicius, Fábio Sanches e Pablo; Vanderson, Ricardo Capanema, Alex Gai-bú e Harison; Kiros e Thiago Potiguar. No decorrer da mo-vimentação, o comandante bicolor fez três alterações. Le-andrinho entrou no lugar de Vanderson, Moisés na vaga de Alex Gaibú e Rafael Olivei-ra substituiu Kiros.

Na manhã desta sábado, na Curuzu, o elenco bicolor vai realizar o tradicional ‘rachão’, última movimentação antes da concentração para o jogo contra os pernambucanos.. (soupapao.com)

Reginaldo Nobre coloca cargo na presidência da FAF à disposição Motivo alegado seria a ingratidão das pessoas e dirigentes que desenvolvem ativi-dades no futebol amapaense, com o intuito de usar o esporte para se promoverem

DIVULGAÇÃO

Da Reportagem

O diretor de futebol da Federação Amapaense de Futebol alegou que já trabalha a 40 anos no desporto no estado do Ama-pá e jamais viria a FAF ser penalizada pela Confederação Brasileira de Futebol

Após três temporadas frustrantes, Leandri-nho espera construir

um novo caminho na NBA. Um dos reforços do Boston Celtics, o ala-armador bra-sileiro atuará em uma nova posição em quadra e diz que pretende trocar até mesmo seu jeito ‘boa pra-ça’ pelo estilo marrendo e ‘bad boy’ do elenco de sua nova franquia.

“Serei igualzinho a eles, estou no time deles agora. Agora estou do outro lado e tenho que fechar com os caras. Se tiver que fazer [provocar os adversários], vou fazer”, disse Leandri-nho, em entrevista exclusi-va ao UOL Esporte.

O jogador brasileiro se mostrou satisfeito em de-fender um dos times mais tradicionais da NBA e acre-dita que, ao lado de astros como Kevin Garnett, Paul Pierce e Rajon Rondo, tem sua melhor chance de con-quistar o título da liga pro-fissional dos EUA. Mas, apesar do entusiasmo, Le-andrinho admite que os Celtics não eram sua pri-meira opção para perma-

necer na liga norte-ameri-cana. Confira partes da entrevista:

Após atuar em três mer-cados menores, como está a expectativa de defender uma das equipes de maior tradição na NBA?

Leandrinho: Estou muito feliz. Sempre que saio na rua para fazer um exame as pes-soas vêm e me dão os para-béns, desejam boa sorte. Es-tou muito feliz com essa contratação, está sendo le-gal para ambas as partes.

Você chega nos Celtics quase no fim da pré-tem-porada. Isso pode te preju-dicar de alguma maneira? Como pretende fazer para recuperar esse tempo per-dido?

Acho que não perdi muita coisa. Eu pego rápido o sis-tema de jogadas, o estilo de jogo, a adaptação e tudo mais. Teremos mais uma semana de treinamentos antes do início da fase re-gular no dia 30. Não acre-dito que isso seja um obs-táculo. De pouquinho em pouquinho eu chego lá.

Yago Pikachu e Pablo devem ficar com as vagas de Leandrinho e Rodrigo Fernandes. No mais, equipe deve ser a mesma dos últimos jogos

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que o futuro diretor terá a consciência de ter muito tra-balho para cumprir, paciên-cia e competência. “Ele deve primeiramente amar o es-porte, antes de tudo, amar o futebol, a coisa que faz para depois desenvolver as ativi-dades conforme estabelece o calendário anual da insti-tuição. Ele tem que chegar por primeiro ao estádio onde vai ocorrer à partida do campeonato, acionar a ambulância, o policiamento, rever o que falta para iniciar a categoria de base se for ocaso, rever o vestiário do estádio, as arbitragens do jogo. É por isso, que eu digo que a pessoa que virá traba-lhar no departamento técni-co, deve pensar que ele não vai tirar proveito em seu be-nefício. Ele não terá retorno de posição. É muita coisa pela frente” disse.

Competições e desabafo A Federação Amapaense

de Futebol realizou apenas 8 competições em 2012. Nobre ressaltou que teve muito trabalho para admi-nistrar no momento que o Amapazão foi parar nas garras do Tribunal de Justi-ça Desportiva (TJD). “As coi-sas não deveriam chegar a esse ponto. Nós como par-ticipantes do esporte, gos-tamos e amamos o nosso futebol, não poderíamos ter um resultado assim, o me-lhor resultado é construído dentro de campo, aí ficou uma coisa horrível, o princi-pal campeonato do Amapá, o Amapazão, ser decidido no conhecido ‘tapetão’ é

uma atitude impensada tanto dos clubes envolvidos o Santos Futebol Clube, e o Oratório Recreativo Clube. Embora o nosso presidente da FAF tentou conciliar, mas, eles não chegaram a um acordo. Então, quando não se chega a uma conci-liação o resultado é ir pra barra da Justiça, errado está, por que não se deveria ter-minar uma competição no tapetão. O principal prejudi-cado é o torcedor, a federa-ção, e a gente não gosta de um resultado como este. Nós já estávamos fazendo um campeonato perrengue, e quando acontece isso, é difícil de resgatar a confian-ça do torcedor, já tem uma nota enviada pela CBF infor-mando que a federação está proibida de apontar o representante amapaense em competições em nível nacional em 2013, conside-ro isto como uma punição a FAF, e o setor jurídico da CBF informou que nós de-vemos esperar o julgamen-to para depois tomar uma atitude, o certo é que a FAF não pode indicar nem um clube para disputar compe-tição em nível nacional” de-sabafou Nobre.

Donos da verdadeO gerente esportivo refle-

tiu sobre o que vem aconte-cendo com o futebol ama-paense. “Os dirigentes do futebol amapaense tem que saber que eles não são os donos da verdade. A gente sabe que ninguém quer per-der, todos querem ganhar. Se sabe que quando alguém

participa de uma competi-ção, ele não gosta de perder. Como o caso do Oratório por represália a FAF, retirou o time do certame feminino que já estava inclusive inscri-to na competição, não sei, se isso vai ocasionar em penali-dade para o Oratório mais tarde, por que, vai depender do resultado, a presidência vai sentar e ver os prós, e os contras a essas atitudes de-les” ajuizou.

Certame feminino de 2012

A FAF vai realizar o certame estadual feminino de 2012 com data marcada para o dia 5 de novembro do cor-rente. O Campeonato Esta-dual feminino tem data para iniciar com a participação de apenas quatro equipes: So-ciedade Esportiva e Recreati-va São José, Associação Des-portiva Calçoene, e Santana Esporte Clube.

Reginaldo Nobre divulgou que a Federação já está sem data para a realização desta competição, e que ela faz parte do calendário anual da entidade. E o Amapá deve classificar o represen-tante para participar da Copa do Brasil feminino de 2013. “Nós já estamos fa-zendo o certame feminino meio que a pressas, devido já não termos mais tempo para fechar nosso calendá-rio, e nossa idéia é iniciar logo a competição feminina no mesmo dia onde será re-alizada a decisão do campe-onato de não profissional de 2012 que está ocorrendo” explicou Nobre.

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A7JD Esporte Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Com aproveitamento de 50% no Engenhão, Fla peca no dever de casa

Acostumado a se van-gloriar da força da maior torcida do Bra-

sil a seu favor, o Flamengo não tem aproveitado o trunfo no Rio de Janeiro. Jogar em casa no Brasilei-rão 2012 não tem sido ga-rantia de bons números para o Rubro-Negro. No estádio que precisa alugar do Botafogo, o time dispu-tou 14 jogos, com cinco vi-tórias, seis empates e três derrotas, com aproveita-mento de 50%.Com a promoção de in-

gressos e o ingrediente Ro-naldinho Gaúcho, a torcida se reaproximou do time na vitória sobre o Atlético-MG por 2 a 1, no dia 26 de se-tembro, o que rendeu três bons públicos acima da casa dos 20 mil torcedores. Na última partida no Rio, empate com o Cruzeiro por 1 a 1, porém, o número caiu. O sempre recorrente pedido de apoio ecoa no Flamengo. Para o jogo diante do São Paulo, neste domingo, às 16h (de Brasí-lia), no Engenhão, não é di-ferente. Dorival Júnior exal-tou a postura do torcedor,

mesmo que nem sempre o time faça o dever de casa.- Teremos cinco jogos

em casa, será importante a presença do jogador. O que a torcida tem feito di-ficilmente se vê, principal-mente pelo momento do time nas últimas dez ro-dadas. A torcida tem sen-tido que os jogadores procuram dar uma res-posta em campo, veem a luta e entrega deles – dis-se o treinador.No reencontro com Ro-

naldinho e diante da ne-cessidade de vitória, 34.060 torcedores pagaram in-gressos mais baratos e marcaram presença no En-genhão, maior público do Rubro-Negro. Nos jogos seguintes, os públicos fo-ram de 25.313 (no clássico com o Fluminense), depois 25.777 pagantes no empa-te em 0 a 0 com o Bahia (outra vez com preços pro-mocionais). Na última par-tida em casa, diante do Cruzeiro, o número de tor-cedores que pagaram in-gresso caiu para 15.922.Além do São Paulo, o Fla-

mengo pega Figueirense,

Eliminado no último mi-nuto da partida contra o Boca Juniors, na Li-

bertadores, o Fluminense tinha um bom motivo para ‘sentir o baque’ no Brasilei-rão. Ao contrário, porém, o time comandado por Abel Braga vem fazendo cam-panha histórica, perdeu apenas duas vezes até agora no nacional e ganha elogios por manter a tran-quilidade quando atacado. Sem um psicólogo na co-missão técniga, algo que já se tornou comum na maio-ria dos clubes da primeira divisão, é no tripe compos-to pela experiência dos jo-gadores, na liderança do treinador e no trabalho do diretor Rodrigo Caetano que o clube das Laranjeiras vem se mantendo com ‘nervos de aço’ para não perder a vantagem na ponta da competição.“Nosso time tem jogado-

res experientes, rodados, vencedores. Sabem lidar com qualquer tipo de situ-ação. É difícil um jogador que não chegou num títu-lo, fora o Abel, que sempre

conversa com a gente, co-locando sempre os pés no chão e mostrando como está a situação. Quando ti-vemos uma derrota ou momento complicado, a calma foi fundamental”, disse o volante Jean.Entre os jogadores, o ata-

cante Fred e o meia Deco são os dois principais líde-res. O primeiro já passou por uma situação de pres-são extrema no próprio Fluminense, quando con-seguiu manter o time na primeira divisão em 2009, após matemáticos aponta-rem 2% de chance do re-baixamento. Deco, por sua vez, conquistou títulos em todos os clubes que defen-deu e tem atenção especial aos jovens promovidos da base. Para o diretor execu-tivo Rodrigo Caetano, o Fluminense conseguiu mesclar elementos impor-tantes no mesmo grupo, formando um time madu-ro para assimilar derrotas inesperadas, como para o lanterna Atlético-GO.“Acho que por uma série

de fatores esse time atin-

Time comandado por Abel Braga vem fazendo campanha histórica, perdeu apenas duas vezes até agora no nacional

Técnico bom de papo e jogadores experientes superam falta de psicólogo no líder Fluminense

Abel Braga conversa com jogadores do Fluminense durante treino nas Laranjeiras

giu um nível de maturida-de, difícil apontar apenas um. Mas temos uma equi-pe que mescla jogadores experientes, de trajetórias vencedoras, com jovens que acabam recebendo este suporte. E a figura do Abel também é importante nesse processo”, apontou o dirigente do Fluminense.Abel Braga já tirou o time

das Laranjeiras da ‘fossa’ mais de uma vez desde que chegou para sua se-gunda passagem. Em 2011,

o técnico encontrou um time brigando na parte de baixo da tabela, com um ambiente interno compli-cado. O trabalho de campo e no vestiário fez com que o Fluminense arrancasse para a parte a terceira co-locação, garantindo uma vaga à Libertadores.Após a eliminação para o

Boca Juniors, na Libertado-res deste ano, mais uma vez Abel ‘não deixou a pe-teca cair’. Já com o auxilio de Rodrigo Caetano, que

havia chegado no começo da temporada. O dirigente e o treinador lembraram que o elenco não tinha muito tempo para lamen-tar, ou poderia ficar para trás na disputa pelo título.Para Rodrigo Caetano,

apesar do grupo experien-te e de ter um treinador que consegue motivar muito bem seus jogadores, o psicólogo é um profis-sional necessário atual-mente nas grandes equi-pes. “É um quadro

importante, mas a estrutu-ra já estava desta forma no começo da temporada e resolvemos seguir assim, mas com certeza é muito importante numa estrutura de trabalho”, completou o dirigente. O Fluminense volta a campo neste do-mingo, às 16h, contra o Atlético-MG. A vantagem que atualmente é de nove pontos para o vice-líder, pode aumentar para 12 em caso de vitória da equipe carioca. (Uol)

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Palmeiras e faz os clássi-cos com Vasco e Botafo-go nas duas últimas ro-dadas.

Instabilidade emocio-nal com falta de vitóriaO Rubro-Negro já

soma cinco jogos sem vitória, sendo duas der-rotas e três empates. Seja dentro ou fora de casa, a instabilidade nos resultados tem reflexo no aspecto psicológico dos jogadores. Essa é a constatação de Dorival, que soma apenas cinco vitórias, sete empates e oito derrotas no coman-do do time.- O lado emocional

acaba tendo peso muito grande quando os resul-tados não acontecem. Para os jogadores, fica difícil a assimilação. É natural que jogador se

cobre cada vez mais, isso tira a tranquilidade natural. O equilíbrio passa pelo resultado. Está na hora de a equipe não só jogar uma boa partida, mas de o resul-tado acontecer. Mas ainda assim vejo uma equipe posicionada, que sabe o que quer, tem feito boa marcação, tira os espaços dos adversá-rios – analisou o técnico.Depois da partida com

o São Paulo, o Flamen-go só voltará a campo no dia 31, para enfren-tar o Atlético-MG, em Belo Horizonte.- O jogo de domingo

vai nos dar uma condi-ção real de análise se foi bom ou não (o intervalo até o próximo jogo). Podemos lamentar ou comemorar – comple-tou Dorival. (Espn.br)Dorival crê que o lado emocional influencia no desempenho

Page 8: jornal do dia 21e22/10/2012

Aline LimaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Sociedade [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Xadrez Vicky na modaO xadrez vem dominando o cenário mundial em estampas, mas uma bela forma tem vol-tado mais lindo do que nunca é o xadrez vicky, ele fica bem tanto para homens como para mulheres, esta estampa é bem simples de ser reconhecida é um tipo de xadrez que é for-mado por quadrados bicolo-res sempre contrastanto entre eles, mas existem inúmeras variações de cores e tamanhos deixando as peças de roupa muito lindas e com um visual super moderno e atual.

Mensagem do Dia

Greice Torres

Outubro é o mês da maior manifestação de fé da Igreja Católica, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Mas é considerado também o mês das crianças. Para proporcionar alguns momentos diferenciados aos menores que moram na Casa Lar Abrigo Ciã Katuá, a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas – VEPMA, que possui entre suas demandas a destinação social de valores oriundos das penas pecuniárias a instituições parceiras, realizou uma tarde de brincadeiras e comemoração para a garotada.

Todo Charme de Mateus

Casais Brenda e Deca, Luciana Gurgel e Deputado Federal Vinicius Gurgel

Neide Cordeiro

Equipe de Assessoria e cerimônial Detalhes Eventos

A bela Kelly Freitas comemorou seu aniversario no último dia (19) com amigos e família Dantas

Rodrigo Kzan

Thaylane Brito

“Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar--se.” (Gabriel Garcia Marquez)

Page 9: jornal do dia 21e22/10/2012

CadernoBEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

DiaDiaMacapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Crianças na faixa etária de 3 a 7 anos são as maiores vítimas do HIV no AmapáDado repassado pelo SAE mostra que a transmissão se dá, principalmente, através das mães das crianças

Mais de 50 crianças participaram na última sexta-feira

(19), da festa em home-nagem ao Dia das Crian-ças, realizada pelo Servi-ço de Assistência Especializada (SAE) e pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Durante a programa-ção, foram distribuídos brinquedos e lanches para todas as crianças presentes. Na oportuni-dade houve brincadeiras e apresentação de gru-pos teatrais.

O grupo “Plantão da Alegria”, formado por co-laboradores da Unimed Macapá, esteve alegran-do as crianças presentes no evento.

Hoje, o SAE/CTA atende dezenas de crianças que são filhos de pais porta-dores de HIV/Aids. O ser-viço de acolhimento en-volve assistência médica, psicológica e social, e se estende também a pa-cientes adultos diagnosti-cados com HIV/Aids.

NúmerosEssa é a realidade de

aproximadamente 34 crianças portadoras do vírus da Aids que são atendidas pelo Serviço. Segundo a coordenação, o número de crianças ex-postas ao vírus é ainda maior. “As expostas são filhos de mães com HIV e que ainda estão em pro-cesso de diagnóstico. Es-sas são muitas e não sei nem dizer o número exa-to porque este ano foram muitas cadastradas”, co-mentou uma das coorde-nadoras.

A faixa etária da popu-lação infantil mais conta-

minada com o HIV no Amapá vai de 3 a 7 anos. Geralmente, essa conta-minação se dá vertical-mente, ou seja, de mãe para filho.

Segundo as últimas pesquisas publicadas no país, a cada dia surgem 1000 novas infecções pelo HIV em crianças no mundo. E pior ainda: o tratamento disponível é adequado somente a adultos. Com isso se tem baixos resultados efeti-vos e muito sofrimento para as crianças que ne-cessitam do tratamento.

TransmissãoEsse índice de crianças

infectadas pode encon-trar explicação na falta de cuidado das mães para não transmitir o vírus para o filho.

Ao longo do pré-natal, além da gestante poder esclarecer todas as dúvi-das que tiver sobre a gra-videz, o parto e a ama-mentação, recebe orientações sobre cuida-dos com a alimentação, medicamentos que pode ou não tomar, exames importantes que deve fa-zer e a época ideal para fazê-los. Um desses exa-mes é o Teste de AIDS , o anti-HIV.

Atualmente, a maioria das crianças com AIDS pegam o vírus da mãe. Por isso, é um direito da gestante e do bebê exigir que seja feito o Teste de AIDS durante o pré-natal.

ContagioA mãe pode passar o

HIV/AIDS para o filho em três momentos: durante a gravidez, durante o parto e na amamentação. Essa transmissão dificulta o crescimento do bebê e aumenta as chances dele

adoecer, podendo, inclu-sive, levá-lo à morte.

Porém, o fato da mãe ter HIV não significa que a criança vá nascer com o vírus. Alguns cuidados podem ser tomados para evitar a transmissão.

Primeiramente, a mu-lher deve tomar todos os cuidados de prevenção para não pegar o vírus da AIDS e, mesmo na gravi-dez, usar a camisinha.

Assim que tiver certeza de que está grávida, a mãe deve procurar uma unidade de saúde e fazer, gratuitamente, o Teste anti-HIV . Caso o resulta-do seja positivo, quanto mais cedo começar o tra-tamento, maiores são as chances de a criança nas-cer sadia.

MedicaçãoO tratamento é feito

com um anti-retroviral chamado AZT (zidovudi-na) e deve começar a partir da 14ª semana de gestação, perdurar até o final dela e durante o parto. Esse remédio está disponível na rede públi-ca de saúde e é gratuito.

A criança também terá de tomar o AZT até com-pletar um mês e meio de vida e não poderá ser amamentada. O leite materno transmite o ví-rus da AIDS.

Se a gestante portadora do HIV/AIDS fizer o trata-mento corretamente, a criança terá grande chan-ce de nascer sem o vírus.

É importante ressaltar que a AIDS não é a única Doença Sexualmente Transmissível que uma gestante pode transmitir ao seu bebê durante a gravidez. A SÍFILIS é outra DST grave que pode pas-sar de mãe para filho por transmissão vertical.

Faltando menos de uma semana, militância saá as ruas em busca dos votos dos indecisos, pleito acontece no próximo domingo, disputa em segundo turno na capital amapaense.

Grupo teatral da Unimed Macapá animou a festa com muita alegria e ireverência, levantando o astral das crianças

DIVULGAÇÃO

Caminhada azul toma conta do centro comercialUma das principais

ruas do centro co-mercial de Maca-

pá, a Cândido Mendes, ficou tomada ontem pela militância do candi-dato Roberto Góes (PDT). A manifestação denominada “onda azul” ocupou a rua desde a praça Veiga Cabral até o Mercado Central.

O último dia de cam-panha será a próxima quinta-feira. Até lá, os candidatos têm cinco dias para fazer caminha-das, comícios e as visitas corpo a corpo com os eleitores. (Da redação)

Segundo as últimas pesquisas, a cada dia surgem 1000 novas infecções pelo HIV em crianças no mundo

REPORTAGEMDa Redação

FOTOS: CELIANE FREITAS

Deputados federais do PPS apoiam campanha de Clécio em Macapá

Estiveram em Macapá na última quinta-feira, par-ticipando de várias ati-

vidades políticas-eleitorais, o deputado federal Rubens Bueno, líder da bancada do PPS na Câmara Federal, e o deputado Arnaldo Jordi, do PPS do Pará. Ambos vieram declarar apoio público ao candidato aprefeito Clécio Luis do Psol e ao candidato à vice Allan Sales do PPS.

Os dois deputados parti-ciparam de uma reunião com os vereadores eleitos pelo PPS em 2012 e a mili-tância do partido, além de confirmarem com senador

Randolfe Rodrigues suas exposições políticas das quais o objetivo hoje é ga-nhar a eleição na Capital.

Os deputados se disse-ram decepcionados com a ausência da outra candida-tura no debate da Band, marcado para a última quinta-feira.“Um candidato que nem aparece para um debate como poderá de-bater os desafios da cidade de Macapá?”, indagaram.

Os deputados se mos-traram impressionados com o crescimento de Allan Sales e Clécio Luis na disputa pela Prefeitura,

comprometendo-se ainda em ajudar no projeto que se chama “Macapá dando a volta por cima”.

Ambos estarão se deslo-cando também para Ma-naus, onde o PPS também tem a vice no 2º Turno, jun-tamente com o PSDB do ex--senador Arthur Virgilio.

Logo após Manaus, esta-rão indo para Vitória do Espírito Santo, onde o PPS tem dois candidatos apre-feitos com chances de ga-nhar a Eleição, um na capi-tal, o vereador Luciano, e o outro no município de Ca-riacica. (Ascom)

Deputado federal Rubens Bueno, o deputado Arnaldo Jordi, do PPS do Pará. Declaração de apoio público ao Psol

Page 10: jornal do dia 21e22/10/2012

B2JD GeralEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

O caso envolve recur-sos destinados ao Programa Mais Edu-

cação executado na Escola Estadual Almirante Barroso no município de Santana. A denúncia foi ofertada em março deste ano ao Minis-tério Público Federal (MPF/AP) e dá conta da utilização indevida e o suposto des-vio de verbas referentes ao programa federal. Segun-do a acusação, os recursos estariam sendo bloquea-dos e transferidos para pa-gamento de dívidas traba-lhistas. O fato é que as verbas destinadas ao Pro-grama não podem ser utili-zadas para outros fins. No município de Santana,

o Programa Mais Educa-ção do Governo Federal atende 18 instituições es-colares da rede estadual. Destas, pelo menos três enfrentam dificuldades quanto à execução do projeto, entre elas, a Esco-la Estadual Almirante Bar-roso no bairro Comercial, citada na denúncia. É que as contas sofrem blo-queios judiciais desde fe-vereiro deste ano e podem comprometer o desenvol-vimento das atividades.

ExtratosA reportagem teve aces-

so a cópias de extratos das contas referentes ao repas-se dos recursos para exe-cução do Programa na ins-tituição. De acordo com o histórico relativo ao mês de fevereiro, o valor dos bloqueios judiciais já ultra-passa R$ 60 mil, da soma de R$ 32.110,22, R$ 20.577,73 e R$ 11.532,49 mil e estaria ocorrendo para efetuar pagamento de dívidas trabalhistas de funcionários do Caixa Es-colar da instituição. Na Secretaria de Estado

da Educação (SEED), a co-ordenadora estadual do Programa Mais Educação, Patrícia Gonçalves, decla-rou que as dificuldades são

REPORTAGEMDa Redação

REPORTAGEMDa Redação

detectadas quando há o acompanhamento das ati-vidades nas instituições, em face dos bloqueios de recursos nas contas, o pro-grama fica comprometido em algumas escolas, mais que a situação não é exclu-sividade do Programa Mais Educação e que envolve outros programas custea-dos pelo Governo Federal. A coordenadora não es-

clareceu sobre a utilização dos recursos para paga-mentos de dívidas traba-lhistas, mas explicou que orientações estão sendo repassadas aos diretores das instituições, cujas con-tas têm recursos bloquea-dos pela Justiça, para que busquem atendimento na Unidade Descentralizada de Execução (UDE) da Se-cretaria Estadual de Educa-ção, que oferece suporte jurídico para auxiliar na re-solução dos casos. Sobre a administração e

o movimento da conta es-colar, a diretora da Escola Estadual Almirante Barro-so, Danúbia Luz, declarou que não se trata de desvio de dinheiro, e classificou como sequestro, o blo-queio dos recursos, já que com os ganhos de causa por parte dos funcionários do Caixa Escolar, a Justiça obriga automaticamente o pagamento. Segundo a diretora, a coordenação escolar deve encaminhar processo para rever a situ-ação dos bloqueios, que também envolvem recur-sos do Plano de Desenvol-vimento da Escola. Outros problemas como

a utilização dos recursos do Programa Mais Educa-ção também para o cus-teio de alimentação esco-lar também foram denunciados. O Governo do Estado não estaria re-passando o dinheiro des-tinado a merenda escolar da Escola Almirante Barro-so desde o ano passado. Situação que a diretora da instituição negou, alegan-do que os repasses ocor-rem, porém, de forma

atrasada. Este ano somen-te os recursos referentes até o mês de maio foram efetuados, já os meses de junho, julho, agosto e se-tembro ainda não foram depositados. Em contato com funcio-

nários da instituição, que preferiram não se identifi-car, tivemos a informação de que o caso está sendo investigado pela Polícia Fe-deral e que servidores já teriam sido intimados a prestar esclarecimentos sobre a denúncia, já que envolve a utilização de re-cursos federais. Esta semana, um técnico

do Ministério da Educação (MEC) esteve na capital. Segundo a coordenadora

do Programa Mais Educa-ção, Patrícia Gonçalves, a visita tinha como finalida-de, o acompanhamento da execução do Programa nas escolas, mas em face dos problemas, o técnico esteve em algumas insti-tuições, incluindo a Escola Almirante Barroso para to-mar conhecimento do caso denunciado.

Ensino IntegralO Programa Mais Educa-

ção é uma iniciativa do Governo Federal coorde-nadapela Secretaria de Educação Continuada, Al-fabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Edu-cação Básica (SEB/MEC) e

com as Secretarias Esta-duais e Municipais de Educação. Os recursos são repassados por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fun-do Nacional de Desenvol-vimento da Educação (FNDE). Na Escola Almirante Bar-

roso em Santana, o pro-grama atende cerca de 300 estudantes, entre crianças e adolescentes de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental com ativida-desofertadas nos contra turnos. A iniciativa visa promover

atividades para melhorar o ambiente escolar, aumen-tando a oferta educativa nas escolas públicas. Neste

caso, com aulas de karate, matemática, canto, bas-quete e música. Para o desenvolvimento

de cada atividade, o go-verno federal repassa re-cursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias tam-bém recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, com refe-rência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.Atualmente, 33 mil esco-las da educação básica em todos os estados são atendidas pelo Programa.

Ministério Público Federal apura denúncia de desvio de recursos federais da EducaçãoDinheiro estaria sendo desviado para pagamento de dívidas trabalhistas do Caixa Escolar, o que é proibido por lei

O Programa Mais Educação é uma iniciativa do Governo Federal coordenadapela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

DIVULGAÇÃO

Em menos de um mês após inauguração, Praça do bairro do Muca já está depredada

O Governo do Ama-pá inaugurou no dia 28 de setem-

bro a Praça Francisco Jor-ge Pantoja, no bairro do Muca. Em menos de um mês após a sua inaugu-ração, o local já está de-predado.

As lixeiras estão destru-ídas, o lixo já está toman-do conta do local e mui-tos brinquedos quebrados fazem parte do cenário. “Muitos jo-vens que não deviam brincar no parque aca-bam destruindo os brin-quedos. Deveria ter al-guém para fiscalizar a Praça, só assim ela fica-ria mais conservada”, fa-lou Dinaeli Silva.

Sem apoio policialDe acordo com mora-

dores apenas nos pri-meiros dias após a inau-guração havia policiais fazendo ronda no local e agora dificilmente eles são visto. “A gente se sente inseguro de trazer nossa família porque po-dem ter pessoas mal in-tencionadas. Já presen-ciamos assaltos no local”, declarou Joana do Carmo, que mora nos ar-readores e caminhada na Praça.

ReforçoJoana diz ainda que os

moradores gostariam que além da Polícia Militar, os guardas municipais esti-vessem nas lugar para coibir ação de vândalos. “Os vândalos estão que-brando tudo e fazem uma verdadeira algazarra prin-cipalmente durante os fins de semana. É preciso urgentemente que a Polí-cia Militar e também a Guarda Municipal come-ce a atuar constantemen-te na Praça”, pediu a mo-radora.

PesadeloDinaeli diz que o lugar

era uma antiga reivindica-ção dos moradores, mas que agora está virando um pesadelo. “Se nenhu-ma providência for toma-da daqui a poucos meses a Praça estará totalmente destruída. Um local tão bonito, feito para o lazer dos moradores está ser-vindo apenas para a atua-ção de vândalos. Então é como se o Governo esti-vesse jogando dinheiro fora”, lamentou.

InvestimentosDe acordo com o titular

da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), Joel Banha, o projeto do logradouro foi aprovado e licitado em 2010, mas

iniciou somente em abril de 2011, por decisão do governador Camilo Capi-beribe. Ao todo, o investi-mento na obra foi de R$ 3.034.117,58.

O espaço foi entregue com arena oficial, quadra poliesportiva, quatro quiosques, centro comuni-tário, academia pública de esporte, área para contem-plação, parque infantil, playground, campo de fu-tebol de areia, urbaniza-ção, paisagismo, espaço para caminhada, arena ball com quadra polivalente, cabine de locução, arqui-bancadas em concreto ar-mado, estacionamento e caramanchão.

A praça possui arbori-zação e iluminação que se completam em tons branco e verde; são 300 metros de banco; doze equipamentos de acade-mia de praça; tabuleiros de dama no piso para ser jogada movimentando corpo e mente; banheiros com acessibilidade, e su-bestação própria de ener-gia para não sobrecarre-gar a rede pública.

O nome da praça é uma homenagem à Francisco Jorge Pantoja Cardoso, conhecido no bairro como Cururu. Ele faleceu em 2003, vítima de as-sassinado durante um assalto.

Praça recêm inaugura já encontra-se depedrada , além de muito lixo e brinquedos quebrados

FOTOS : CELIANE FREITAS

Page 11: jornal do dia 21e22/10/2012

B3JD GeralEditor: Túlio Pantoja- [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Ação de Inconstitucionalidade tenta barrar sete novos vereadores em Macapá

Sesa rebate relatório do CRM e diz que Saúde vem tendo investimentos

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) rebateu as informações conti-

das no relatório do Conse-lho Regional de Medicina (CRM), apontando defici-ências na rede estadual de saúde pública.

O assunto ganhou reper-cussão e marcou o 18 de Outubro, Dia do Médico, data que foi lembrada pelo Conselho como oportuni-dade de reflexão quanto a situação enfrentada pela saúde pública. Os dados estão contidos em um rela-tório que foi elaborado após visitas a várias unida-des de saúde do Estado.

Porém, para o governo do Estado, a situação não é tão caótica. A Sesa disse que em um ano e dez me-ses de gestão, fez uma série de investimentos no setor de Saúde com o objetivo de assegurar um atendi-mento de saúde mais dig-no e eficiente aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações envolvem investimentos em obras fí-sicas de hospitais do Esta-do, capacitação de pessoal, realização de concurso pú-blico, ampliação de leitos, além de climatização, rea-dequação de espaços ad-ministrativos, que foram transformados em enfer-marias, reajuste de plan-tões médicos, entre outros.

No aspecto físico, foram retomadas obras impor-tantes que estavam parali-sadas desde a gestão pas-sada e que vinham prejudicando diretamente as ações de saúde, volta-das a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, entre eles: A construção e am-pliação dos Hospitais Esta-duais de Santana e de Oia-poque, que deverão ser entregues no início de 2013. Investimento seme-lhante será feito pelo Esta-do no Hospital Estadual de Laranjal do Jari. A obra de ampliação, reforma e

adaptação já foi licitada e está orçada em R$ 18,5 milhões e prevê a constru-ção de ala para obstetrícia, internação, pediatria e ser-viços em geral.

Neste período, a Sesa fez investimentos em obra de ampliação da Unidade Ne-onatal do Hospital da Mu-lher, disponibilizando 35 novos leitos. O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HCA) foi ou-tra unidade, que em junho deste ano, recebeu investi-mento de R$ 306 mil na instalação de sete enfer-marias com 31 novos lei-tos, todas climatizadas, ampliando para 29 enfer-marias e 131 leitos.

Na parte de assistência médica, a Sesa priorizou serviços que ao longo dos anos ficaram esquecidos pela rede pública estadual de saúde, a começar pelo mutirão de cirurgias repa-radoras que realizou 83 procedimentos cirúrgicos em pessoas vítimas de es-calpelamento por embar-

Antes do primeiro tur-no das eleições mu-nicipais, o Ministério

Público Estadual entrou com uma ação judicial ten-tando manter em 16 o nú-mero de cadeiras na Câ-mara Municipal de Macapá. Como as urnas já estavam todas preparadas para 23 cadeiras, uma vez que a própria Justiça deu o aval para oaumento, os cálculos de coeficiente eleitoral foram feitos base-ados no aumento de va-gas, coeficiente que ficou em torno de 8,8 mil votos.Porém, se depois de toda

essa contabilidade e das festas de comemorações feitas pelos candidatos, a procuradora geral de Justi-ça, Ivana Cei, pode jogar água nessa alegria. A ação ainda não foi jul-

gada e se o parquet tiver ganho de causa, um novo calculo deverá ser feito e com certeza muitos dos que estão eleitos poderão ficar de fora.Com a diminuição no nú-

mero de cadeiras, aumen-ta o coeficiente eleitoral, que é inversamente pro-porcional ao número de vagas na Câmara, aumen-tando para 12,7 mil votos.

AçãoEm setembro deste ano,

o Ministério Público enca-minhou ao Tribunal de Justiça do Amapá, Ação Direta de Inconstituciona-

REPORTAGEMDa Redação

lidade (ADIN), com pedi-do liminar, para que a Câ-mara Municipal de Macapá diminua o núme-ro de vereadores.A Câmara Municipal, por

meio da Emenda nº 04/2012 à Lei Orgânica do Município de Macapá au-mentou o número de ve-readores, que passou de 16 para 23, depois da vo-tação realizada pelos pró-prios vereadores, em ju-nho deste ano. “A decisão de aumentar

o número de vereadores já é válida para o pleito deste ano, o que causará a dilapidação do erário municipal, uma vez que os empossados estarão usufruindo direitos que não lhes cabem auferir. A decisão da Câmara é uma afronta à população ma-capaense”, enfatizou Iva-na Cei.Ivana ainda completa que

“houve vício formal con-cretizado pela apressada votação efetivada pela Câ-mara Municipal de Maca-pá, para o aumento de ve-readores, a qual, inclusive, deixou de acolher o pare-cer da Comissão de Cons-tituição, Redação e Justiça, e isso ensejará danos irre-paráveis ou de difícil repa-ração à Administração Municipal”, finaliza a PGJ. O aumento no número de vagas foi aprovado pelo pleno do Tribunal Regio-nal Eleitoral (TRE/AP). Apesar dos protestos, os

membros da Justiça Elei-

toral decidiram por una-nimidade pelo aumento do numero de vagas tan-to em Macapá, quanto em Mazagão.A Câmara Municipal de

Macapá passa de 16 para 23 vereadores e a Câmara Municipal de Mazagão 9

para 11 vagas.Segundo o desembarga-

dor Raimundo Vales, pre-sidente TRE/AP, não cabe a Justiça Eleitoral fazer juí-zo de valor sobre essa questão. “Essa manifesta-ção realizada aqui deveria ser feita na sessão dos ve-

readores que votaram pelo aumento daquelas casas legislativas. Nós só devemos ver se o proces-so está legal e se está dentro do limite estabele-cido na Constituição. Isso não significa somos

a favor ou contra o au-

mento do número de ve-readores”, ressaltou.Enquanto a decisão não é

dada, resta a apreensão daqueles que foram elei-tos com a certeza de que na próxima legislatura o número de vagas será bem maior que a atual.

Depois de toda contabilidade e das festas de comemorações feitas pelos candidatos, a procuradora geral de Justiça, Ivana Cei, pode jogar água nessa alegria.

DIVULGAÇÃO

Ação Direta de Inconstitucionalidade foi movida pelo MP contra o aumento no número de vagas

cação e o mutirão de orto-pedia, que tirou da fila de espera 32 pacientes.

A valorização do profis-sional de saúde também tem sido uma meta, se-gundo a Sesa, que realizou concurso público com a oferta de aproximadamen-te 1,6 mil vagas em diver-sas categorias.

Para melhorar ainda mais a relação médico/pa-ciente objetivando um atendimento de saúde mais completo e humani-zado, o Estado reajustou o pagamento dos plantões médicos. Com excessão do salário normal pago a cada médico pelo Governo do Estado, a Sesa paga hoje R$ 1 mil para cada médico plantonista por doze horas de plantão presencial e R$ 1 mil por seis horas de plantão para médicos que atendem porta de entrada nos serviços de emergên-cia, além de R$ 500,00 por plantão de sobreaviso. (Com informações da As-com Sesa)

Investimentos na saúde continuam acontecendo , é o que diz o GEA

Juventude Católica realiza o Círio dos Jovens

A juventude católica amapaense realiza o Círio dos Jovens

neste sábado, 20. A cele-bração iniciou na Catedral São José, às 16h30, com a santa missa presidida pelo bispo Dom Pedro José Conti. Após a missa, com louvor, reflexões e homenagens à Nossa Se-nhora de Nazaré, a pro-cissão seguiu para a qua-dra da Igreja Jesus de Nazaré, na Leopoldo Ma-chado, onde foi realizada a Noite Cultural e o Jantar das Famílias.

O tema do Círio dos Jo-vens este ano é “Eu Creio! Nós Cremos!” e o lema: Com o sim de Maria aprendemos qual vida vale a pena ser vivida.

Na ocasião foi celebra-do o Envio Missionário da Assessora da Pastoral da Juventude, Irmã Clara Pi-res, que em 2013 terá como terra de missão Hong Kong, na China.

Para Kássio Vilhena, co-ordenador da Pastoral da juventude da Diocese de Macapá, o Círio dos jo-vens tem o objetivo de

evangelizar outros jovens. “ Despertar no jovem a missão de servir a Deus, assim como fez Maria, a Mãe de Jesus,” disse.

Tradição e féO Círio de Nazaré é uma

das maiores festa religio-sa do mundo. No Pará, chega a levar mais de 2 milhões de romeiros às ruas de Belém. Em Maca-pá, cerca de 200 mil fiéis caminham com a Rainha da Amazônia, Nossa Se-nhora de Nazaré, com fé e devoção. (Mônica Costa)

Ophir lamenta morte de Cícero Bordalo, decano dos advogados do AP

O presidente nacional da Ordem dos Ad-vogados do Brasil,

Ophir Cavalcante, lamen-tou a morte em Belém (PA), no domingo (14), do advo-gado Cícero Borges Borda-lo, ex-conselheiro federal da OAB pelo Estado do Amapá, de 82 anos. Ele foi conselheiro federal da OAB durante as gestões dos presidentes Rubens Appro-bato Machado (2001-2004) e Cezar Britto (2007-2010). Nascido em 1930 no Pará, era o decano dos advoga-dos do Amapá, onde fez sua carreira de 57 anos de profissão. Ophir decretou luto oficial de três dias em

homenagem ao advogado.O membro honorário vita-lício da entidade, Cezar Britto, também expressou pesar pela morte do advo-gado. “Foi uma grande perda para a advocacia

brasileira e amapaense”, disse ele, lembrando que Cícero Bordalo contribuiu para o debate dos grandes temas nacionais durante sua representação no Con-selho Federal da OAB.

Page 12: jornal do dia 21e22/10/2012

B4JD DiaDiaEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Uma das questões mais polêmicas é a área de abrangência da Floresta Estadual

Audiências públicas debatem concessão de títulos definitivos

Prova do concurso da Uepa ocorrerá em janeiro

Amapá recebe o transatlântico AmadeaO Amapá receberá nes-

ta terça-feira, 23, a vi-sita do transatlântico

Navio Amadea, com cerca de 800 passageiros da Ale-manha e Caribe. A vinda ao Estado faz parte do projeto Turismo Integrado Náutico na Amazônia, onde os pas-sageiros têm a oportunida-de de conhecer a região Amazônica de forma natural, podendo adquirir artesanato local, fortalecendo assim a economia. Para que tudo seja realizado com perfeição, a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), em parceria com a iniciativa privada, tra-balha no bem-estar e segu-rança dos turistas, garantin-do uma maior arrecadação econômica principalmente para o artesanato local, pro-duto mais procurado e que se fortalece a cada visita.

Após desembarcar no porto de Santana, os passe-antes visitam os principais pontos turísticos do Estado, como a Fortaleza de São José de Macapá, o Monu-mento Marco Zero do Equa-dor e a Casa do Artesão, lo-cal mais prestigiado pelos turistas que aproveitam a oportunidade para conhecer e comprar os artesanatos confeccionados pelos arte-sãos amapaenses.

O secretário interino de Es-tado do Turismo, Sandro Belo, explica que o navio vai percorrer toda a Amazônia e que estão previstas a passa-gem de mais transatlânticos até julho de 2013, por Maca-pá, rota turística internacional que atravessa a Amazônia.

“É importante lembrar que o governo vem criando con-dições para que os empresá-

Foi transferida para janei-ro de 2013 a realização da primeira prova do

concurso público promovi-do pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) para preenchimento de 99 vagas ao cargo de professor de carreira da instituição, na capital e no interior do Esta-do. Os candidatos que se inscreveram para as vagas previstas na capital (Editais 89/2012, 91/2012 e 93/2012), farão a primeira etapa do certame no dia 13 de janeiro de 2013, com previsão de divulgação do resultado para o dia 16 do mesmo mês. Já os candida-tos que pleiteiam vagas no interior (Editais 90/2012, 92/2012 e 94/2012) deve-rão fazer a primeira prova

no dia 20 de janeiro de 2013, com previsão de di-vulgação de resultado para esta etapa para o dia 22 do mesmo mês. A Universida-de Estadual ainda não di-vulgou as datas das demais etapas. Esta semana a Uepa prorrogou até o dia 15 de novembro as inscrições do concurso público. A organi-zação do certame esclarece que a mudança foi ocasio-nada para que o calendário de provas não coincidisse com o segundo turno das eleições, em Belém, previs-to para o dia 28 de outubro.

A oferta das vagas abran-ge docentes de diversas dis-ciplinas para os Centros de Ciências Sociais e Educação (CCSE), de Biológicas e Saú-de (CCBS) e o de Ciências

Naturais e Tecnologia (CCNT). As oportunidades estão, sobretudo, nos campi do interior, que respondem por 71 das 99 vagas oferta-das no concurso público, restando 28 na capital. Os cargos para a carreira de Magistério Superior são para as classes de Professor Auxiliar, Assistente e Adjun-to, cuja remuneração inicial pode variar ente R$1.244 e R$ 9.876,04, dependendo do grau de titulação e do regime de trabalho pleitea-do. A contratação será feita pelo regime estatutário, ga-rantindo a estabilidade no cargo. As inscrições estão sendo realizadas exclusiva-mente via internet, no en-dereço eletrônico http://paginas.uepa.br/concursos

até às 23h59 do dia 15 de novembro, com prazo até o dia seguinte para paga-mento da taxa de inscrição, que é de R$100 para pro-fessor auxiliar, R$150 para assistente e R$180 para os adjuntos, e pode ser paga em qualquer banco.

O concurso público será realizado em quatro etapas. A primeira será uma prova escrita, com questões de natureza dissertativa, cujos temas serão sorteados na hora da realização do exa-me de caráter eliminatório e classificatório. Os aprova-dos nessa primeira avalia-ção serão convocados para a prova didática, relativa à segunda fase. As demais etapas são referentes a uma análise. (Diário do Pará)

A primeira etapa do Programa Amapá Terra Legal, que cor-

responde audiências pú-blicas, está percorrendo todos os municípios do Es-tado. O objetivo desta fase é informar a população sobre o funcionamento do programa, as etapas pelas quais ele será executado e, principalmente, para escu-tar a comunidade, para que ela possa questionar e tirar as dúvidas quanto ao pro-cesso de busca de titulação definitiva de terras.Na sexta-feira, 19, a equi-

pe de governo do progra-ma esteve em Tartarugal-zinho, distante 260 km de Macapá. Os representantes dos diversos órgãos que compõem o Amapá Terra Legal realizaram audiência pública no Ginásio Polies-portivo do município.Segundo o diretor-

-presidente do Instituto do Meio Ambiente e Or-denamento Territorial do Amapá (Imap), Mauricio de Souza, com a regula-rização fundiária o ocu-pante poderá ter linhas de crédito – cujo acesso é condicionado ao título definitivo pela instituição bancária – e acabar com os conflitos por conta de demarcações não oficiais.Os municípios também

serão beneficiados. Atu-almente, 80% das cida-des amapaenses não têm suas áreas delimitadas de forma regulamentada. Ou seja, o poder público mu-nicipal fica impossibilitado de emitir títulos para pro-jetos habitacionais, por exemplo.O Amapá Terra Legal é

uma parceria entre os go-vernos Estadual e Federal. As audiências já ocorreram em Calçoene, Pracuúba, Amapá e Tartarugalzinho.

ReportagemDa Redação

RegularizaçãoO procedimento será sim-

plificado. Para dá início ao processo, o ocupante pre-cisará levar ao Imap docu-mentação pessoal, docu-mento de posse ou, caso não exista nenhum docu-mento, dar a localização da propriedade. Contudo, esse procedimento de cadastro é na segunda etapa do pro-grama Amapá Terra Legal, que está previsto para ini-ciar em janeiro de 2013.A terceira fase consiste no

georreferenciamento, na qual os técnicos do gover-no farão as demarcações topográficas, vistorias e, fi-nalmente, a expedição dos títulos definitivos.“O governo estadual está

oportunizando regulariza-ção das ocupações legíti-mas de terra priorizando o pequeno produtor e as comunidades locais com a implantação de proje-tos sustentáveis. Nesse contexto, o Rurap é res-ponsável pela assistência técnica de projetos com

modelo de produção sus-tentável”, ponderou Mau-ricio de Souza.

FlotaUma das questões mais

polêmicas no processo de regularização fundiária é a área de abrangência da Floresta Estadual do Ama-pá (Flota). Durante a audi-ência de Tartarugalzinho, diversos agricultores de-monstraram-se preocupa-dos com a delimitação da Floresta Estadual.A diretora-presidente do

Instituto Estadual de Flo-restas (IEF), Ana Euler, ex-plicou que a Flota é uma área de uso sustentável, ou seja, para desenvolver ativi-dades econômicas, e tran-quilizou os moradores que atualmente produzem e moram dentro do espaço.“Estamos mapeado as co-

munidades que estão den-tro e no entorno da Flota para reconhecer os direitos dessas populações e de-marcar seus terrenos por meio de um documento de

concessão real de uso. Para isso, estamos realizando um diagnóstico socioeco-nômico. Nós reconhece-mos os direitos dessas pes-soas que residem ali há vá-rios anos, antes mesmo da Floresta Estadual ter sido criada”, declarou Euler du-rante a audiência pública.“Queremos esclarecer à

população sobre inverda-des que estão sendo disse-minadas. Quem estar den-tro da área da Flota não será expulso”, reforçou o diretor do Imap.Ontem (20), o IEF e a

Federação dos Trabalha-dores e Trabalhadoras Agropecuários do Amapá (FETTAGRAP), com o apoio da Organização de Con-servação Internacional, realizarão um evento para diminuir dúvidas e apre-sentar como a Flota será conduzida. É o seminário “Diálogo sobre a Floresta Estadual do Amapá”, que ocorrerá na Escola Estadu-al Reizalina Ferreira Tomaz, em Tartarugalzinho.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Uma grande recepção está sendo programada para recepcionar os turistas

Na sexta-feira, 19, a equipe de governo do programa esteve em Tartarugalzinho, distante 260 km de Macapá.

14% dos usuários usam redes sociais com foco profissional, diz pesquisa

Ferramentas cada vez mais utilizadas na hora de classificar ou des-

classificar um candidato em um processo seletivo, as redes sociais como Face-book, Orkut e Twitter já não são tratadas somente como páginas pessoais.

Cada vez mais usuários se conscientizam de que seus posts e comentários podem determinar sua vida profissional se não fo-rem bem administrados. Com o aumento de usuá-rios no Brasil, a Adecco - que atua em soluções de Gestão de Recursos Huma-nos - realizou uma pesqui-sa com cerca de 500 profis-sionais para traçar o perfil comportamental do brasi-leiro nas redes sociais.

Seguindo a normativa da maioria das grandes em-presas, 73% dos profissio-nais não postam comentá-rios sobre questões relacionadas ao seu traba-lho; 42% dos profissionais não utilizam as redes so-ciais para se comunicar profissionalmente; 33% dos entrevistados não têm acesso às redes sócias em seus postos de trabalho; 27% das empresas não faz nenhum tipo de restrição ao uso das redes sociais; apenas 14% dos profissio-nais utiliza as redes sociais como ferramenta de traba-lho. “O candidato deve fi-car atento, pois seu perfil nas redes sociais é o espe-lho da sua personalidade”, afirma Fabiane Cardoso, coordenadora de Recursos Humanos da Adecco Brasil. Ela aponta que o setor de Segurança é o que mais acompanha a vida de fun-cionários e candidatos na internet.

Em seguida, estão os se-tores Financeiro e alguns setores da Indústria.

“Em um processo seleti-vo, certos posts podem ser determinantes para con-quistar um novo emprego. Claro que este tipo de “consulta na internet” varia de empresa para empresa. Por isso, o mais recomen-dável é o bom senso sem-pre. Afinal, a rede social é a imagem que você vende sobre a sua vida particular”, explica Fabiane.

Etiqueta Independente da área de

atuação, o mais recomen-dado é nunca falar sobre seu trabalho nas redes par-ticulares. Apesar da maioria dos entrevistados já segui-rem essa regra, 10% revela que menciona diariamente fatos que ocorrem no am-biente profissional, sendo que 2% já recebeu algum tipo de advertência da em-presa por comentários ina-dequados em seu perfil particular.

Para os especialistas, são inúmeras as maneiras de avaliar um candidato por meio do seu perfil na inter-net. Nas fotos, por exem-plo, o que está sendo ava-liado é o ambiente que o profissional frequenta.

“Uma imagem pode re-velar muito. Aqui na Adec-co, por exemplo, utilizamos esta ferramenta em alguns processos de seleção. Mui-tas fotos em festas, onde se nota a presença de bebida alcoólica ou outros vícios, costuma levar à desclassifi-cação do candidato”, revela a coordenadora.

Quanto ao conteúdos dos posts, o que as empre-sas observam são os valo-res éticos das mensagens. “Se existe algum teor racis-ta ou de discriminação, com certeza isso será leva-do em conta”, afirma Fa-biana. (Canal Executivo)

Classe média emergente traz desafios às empresas, aponta estudo de mercado

As empresas precisa-rão mudar sua dire-ção estratégica para

capitalizar novas deman-das de uma classe média global que cresce rapida-mente, principalmente nos mercados emergentes. Isso irá envolver a criação de produtos e serviços to-talmente novos para aten-der uma faixa populacio-nal que será engrossada por mais 3 bilhões de pes-soas até 2030. Essas são as principais conclusões de um novo estudo da Ernst & Young, Innovating for the next three billion: The rise of the global middle class, baseado em uma pesquisa com 547 executi-vos de todo o mundo – 13% deles do Brasil – e en-trevistas com alguns dos principais empreendedo-res do mundo.

“O estudo mostra que os mercados de crescimento rápido, entre eles o Brasil, começarão a não mais di-rigir suas economias para uma dependência em ex-portações, mas para um modelo de crescente con-sumo interno”, afirma An-dré Viola Ferreira, sócio-lí-der da Ernst & Young Terco para Mercados Es-tratégicos.

“Apesar de não ser rica pelos padrões dos países desenvolvidos, a classe média nesses mercados já está poupando menos e gastando mais, criando grandes oportunidades para companhias que po-dem servi-la com produ-tos e serviços relevantes para suas necessidades.”

A pesquisa destaca que a maioria das empresas de economias desenvolvidas atualmente dirige suas

energias e atividades prin-cipalmente para produtos finais premium em seus mercados de alto cresci-mento. Mesmo entre com-panhias de alta perfor-mance nesses mercados, essa proporção é alta: 40%. O relatório argumen-ta que esse foco em bens de luxo terá que mudar. O aumento no número de consumidores de renda média previsto até 2030 representará um aumento de demanda de US$ 21 tri-lhões para US$ 56 trilhões. “Trata-se de um enorme potencial em economias de rápido crescimento, e essa pesquisa demonstra a escala de oportunidade para companhias que de-senvolvem produtos ino-vadores”, diz Ferreira.

“As empresas precisam pensar sobre mudanças fundamentais no modo como trabalham para tirar vantagem dessas mudan-ças demográficas”, com-pleta.

Inovação frugalO estudo demonstra que

as empresas estão ao me-nos começando a inovar nesses mercados. Mais de três quartos dos entrevis-tados disseram acreditam que adotar a “inovação frugal” – ou o uso econô-mico de recursos para for-necer produtos acessíveis pela baixa renda – é uma grande oportunidade.

As companhias pesqui-sadas com crescimento acima da média de EBITDA (lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortiza-ção) estão mais propensas a reconhecer o tamanho dessa oportunidade.

(Canal Executivo)

rios amapaenses possam in-vestir com segurança.

Hoje, nós temos empresas atuando no Estado com ca-pital estrangeiro, que desco-briram o nosso potencial por meio de uma visita em um dos transatlânticos vindos

ao Amapá”, diz Sandro.Ele relata também que ao

aportar no Amapá o transa-tlântico gera tributos a Do-cas de Santana, um aumento considerado na economia nos setores de alimentação, estadia e turismo.

Page 13: jornal do dia 21e22/10/2012

Editor: Pablo Oliveira - [email protected]

CadernoC AtualidadesMacapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

COTIDIANOEvento

Semana de Ciência e Tecnologia mostra aplicações da nanotecnologia no cotidiano

Imagine um tecido que não molha, uma roupa que pode aquecer ou esfriar de acordo com a variação do tempo ou que também é repelente de insetos.

Parece ficção científica, mas esses produtos fazem parte do cotidiano. Eles são apenas alguns dos exem-plos do uso da nanotecnologia apresentados aos participantes da Semana Nacional de Ciência e Tec-nologia (SNCT). O evento, que será encerrado hoje, ocorre simultaneamente em várias cidades do país. Nanociência e a nanotecnologia são termos recentes no mundo da ciência. Eles se referem ao estudo e à manipulação de estruturas minúsculas como molécu-las e átomos, ou seja, em escala nanométrica. “Imagi-ne um fio de cabelo. Agora, imagine este fio dividido mil vezes. É a escala de trabalho da nanotecnologia”, explica o físico e pós-doutor em nanotecnologia, Nasser Hasan. (Agência Brasil)

Pesquisas

Agropecuária busca o conhecimento tecnológico e se desloca para o Centro-Oeste e o Norte

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou no último dia 19 o Atlas do Espa-ço Rural Brasileiro, resultado do Censo Agrope-

cuário 2006. Há informações sobre as relações rural--urbano, a partir das pesquisas populacionais, sociais, econômicas e ambientais. O atlas revela que, dos seis biomas encontrados em território nacional, o que mais sofre pressão da agropecuária é o Pampa (71% ocupado com estabelecimentos agropecuários). Em seguida estão os biomas Pantanal (69%), Mata Atlân-tica (66%) e o Cerrado (59%). (Agência Brasil)

Novidade

YouTube vai lançar modelo de canais pagos até o fim do ano

O YouTube, site de vídeos do Google, vai lançar um modelo de canais pagos ainda neste ano. No Bra-sil, o serviço estará disponível no começo do ano

que vem. Semelhante ao modelo de venda de aplicati-vos usados em tablets e smartphones, os canais por as-sinatura do YouTube devem estar disponíveis nos EUA até dezembro. No resto do mundo, Brasil inclusive, a estreia do serviço está prevista para o primeiro trimestre no ano que vem. modelo permitirá aos produtores de conteúdo cobrar por vídeos individuais ou pela assina-tura de canais. “O sistema de cobrança poderá ser ado-tado por qualquer produtor de conteúdo”, disse o dire-tor do YouTube Brasil, Álvaro Paes de Barros. O executivo participou na última sexta-feira, 19, do semi-nário da INMA, associação internacional de marketing de empresas jornalísticas, em São Paulo. (Gazeta do Povo)

O supremo tribunal da Itália manteve uma decisão que afirma

haver uma ligação entre o tumor no cérebro de um executivo e o uso excessivo do telefone celular, abrindo a porta para mais reivindi-cações legais. A decisão do tribunal vem de encontro com boa parte da opinião científica, que geralmente argumenta que não há provas suficientes para es-tabelecer uma ligação en-tre o uso de telefone celu-lar e doenças como o câncer, e alguns especialis-tas disseram que a decisão italiana não deve ser usada para tirar conclusões mais amplas sobre o assunto.“Todo cuidado é pouco

antes de tirar conclusões precipitadas sobre telefo-nes celulares e tumores ce-rebrais”, afirmou Malcolm Sperrin, diretor de física médica e engenharia clíni-ca no Royal Berkshire Hos-pital da Grã-Bretanha.O caso italiano envolvia o

diretor empresarial Inno-cenzo Marcolini, que de-senvolveu um tumor no lado esquerdo de sua ca-beça depois de usar seu telefone celular por 5 a 6 horas por dia durante 12 anos. Ele normalmente se-gurava o telefone com a mão esquerda, enquanto fazia anotações com a mão direita.Marcolini desenvolveu o

chamado neurinoma, afe-

Posicionamento de tribunal vem de encontro com boa parte da opinião científica

Justiça italiana mantém decisão que relaciona tumor ao uso de celular

Ministério da Saúde lança diretrizes para atendimento a pessoas com Down

tando um nervo craniano, que aparentemente não era canceroso, mesmo as-sim exigia uma cirurgia, que afetou sua qualidade de vida. Inicialmente, ele buscou uma indenização financeira da Autoridade de Indenização dos Traba-lhadores Italianos (Inail), que rejeitou o pedido, ale-gando não haver prova de que sua doença tinha sido causada pelo trabalho.Mas um tribunal de Bres-

cia posteriormente deter-minou que havia uma liga-

ção de causalidade entre o uso de telefones celulares e sem fio e tumores.O supremo tribunal da

Itália rejeitou um recurso da Inail contra essa decisão em 12 de outubro, embora só tenha divulgado sua de-cisão nesta sexta-feira (19/10).Segundo o tribunal, a de-

cisão da corte inferior era justificada e a evidência científica apresentada em apoio à reivindicação, con-fiável. A situação de Mar-colini tinha sido “diferente

do uso normal e não pro-fissional de um telefone ce-lular”, disse.A prova foi baseada em

estudos realizados entre 2005 e 2009 por um grupo liderado por Lennart Har-dell, especialista em câncer do Hospital Universitário de Orebro, na Suécia. O tri-bunal disse que a pesquisa era independente e “ao contrário de alguns outros, não foi cofinanciado pelas mesmas empresas que produzem telefones celula-res”. (Gazeta do Povo)

Realmente hoje em dia está se tornando cada vez mais comum as pessoas usarem aparelho de celular por muitas horas

O Ministério da Saúde lançou na última quarta-feira, 26, as

Diretrizes de Atenção a Pessoa com Síndrome de Down. Segundo o minis-tro da Saúde, Alexandre Padilha, que apresentou o documento no Rio de Ja-neiro, o objetivo é ampliar o conhecimento dos pro-fissionais de saúde acerca da doença, a fim de me-lhorar o atendimento mé-dico a pacientes que te-nham a síndrome.“É como se fosse um pro-

tocolo, um manual para que os profissionais de saúde saibam como diag-nosticar, lidar e acompa-nhar pessoas que têm sín-drome de Down. Eles passam a ter uma orienta-ção clara do Ministério da Saúde. É muito importante que os profissionais de saúde saibam, por exem-plo, que às vezes [os por-tadores da síndrome] são pessoas que têm tendên-cia à obesidade, que são pessoas que têm mais pro-pensão a ter problemas do coração”, disse Padilha.As diretrizes, cujo docu-

mento pode ser baixado do site do ministério, con-têm informações sobre os efeitos da síndrome desde a infância até a idade adulta, os cuidados neces-sários em cada fase da vida da pessoa, o histórico da doença e até a melhor forma de lidar com os pais e os pacientes.Mãe de Beatriz, uma me-

nina de 2 anos que tem síndrome de Down, Maria Antônia Goulart começou um projeto chamado Mo-vimento Down depois de perceber que faltavam in-formações sobre a doença. “Muitas vezes, a gente não

sabe o que fazer nem a hora que tem que fazer e acabam ficando muito na auto-ajuda, sem orienta-ções claras de como pro-ceder”, disse.Segundo ela, ainda há

muito a ser feito no país, principalmente na estru-turação da rede de aten-dimento a pessoas com deficiência. “A gente tem uma carência na rede de serviços que precisa ser resolvida, precisamos dis-cutir com o ministério e acompanhar o Plano Vi-ver sem Limites [do go-verno federal, voltado para pessoas com defici-ência], porque, de fato, o custo é muito alto (para a família). Desde o nasci-mento até a idade adulta,

são muitas as terapias e os exames que precisam ser garantidos. É algo em que a gente precisa avan-çar”, disse.

CartilhaAlém das diretrizes, ain-

da foi lançada uma carti-lha voltada às próprias pessoas com síndrome de Down, também disponível no site do Ministério da Saúde. Em linguagem simples, a cartilha apre-senta a síndrome e mostra os efeitos que ela tem na vida de cada um.“Antigamente, tratavam

a gente como mongoloi-de. A gente não quer isso. A gente quer se igual a to-dos. Ter um cromossomo a mais não nos impede de

sermos iguais aos outros”, afirma o ator Breno Viola, de 31 anos, que tem sín-drome de Down e atuou em Colegas, escolhido melhor filme do Festival de Gramado deste ano, que trata, justamente, da síndrome.O ministro Alexandre Pa-

dilha informou que o mi-nistério divulgará também diretrizes para outros tipos de deficiência, como para-lisia cerebral, autismo e deficiências físicas decor-rentes de traumas. Segun-do ele, há um esforço do governo, através do Plano Viver sem Limites, de me-lhorar as redes de saúde e assistência social para atender a essas pessoas. (Gazeta do Povo)

Além das diretrizes, ainda foi lançada uma cartilha voltada às próprias pessoas com síndrome de Down

Page 14: jornal do dia 21e22/10/2012

C2JD MundoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Malala Yousufzai, a jovem paquistane-sa baleada na ca-

beça pelos talibãs, conse-guiu ficar de pé com a ajuda da equipe médica pela primeira vez desde o atentado, informaram na última sexta-feira, 19, os médicos responsáveis por seu tratamento em um hospital britânico.Ela também está se co-

municando com algumas notas por escrito, explicou o doutor Dave Rosser, dire-tor-médico do Hospital Queen Elizabeth, em Bir-mingham, no centro da In-glaterra, para onde a ado-lescente foi transferida na segunda-feira. O médico disse que ainda acredita que nada impede a menina de falar, o que deve acon-tecer quando for retirado o tubo da traqueostomia.Malala foi baleada em

um ônibus escolar no anti-go reduto talibã do Vale do Swat na semana passa-da como punição por de-fender os direitos das mu-lheres à educação, em um ataque que revoltou o mundo. “O estado de Ma-lala Yousufzai nesta ma-nhã é confortável e está-vel”, informou o hospital em um comunicado. “A família de Malala perma-nece no Paquistão neste momento”, acrescentou.A rede de televisão ITV

informou que o hospital está tentando fazer com que ela ouça a voz de seu pai pelo telefone, embora ainda não consiga falar. “Sabemos que houve al-gum dano em seu cérebro,

Ela também está se comunicando com algumas notas escritas em papel

Jovem paquistanesa ferida pelos talibãs dá sinais de recuperação

JD MundoReabilitação

Chávez decreta emergência em infraestrutura de prisões venezuelanas

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, decre-tou na última sexta-feira, 19, estado de “emer-gência em infraestruturas” nas prisões do país

para implementar um plano de reabilitação do setor, afetado por superlotação, insalubridade e violência prisional. “É urgente e inadiável tomar medidas exigi-das para realizar as transformações no sistema carce-rário para enfrentar a crise carcerária no que diz res-peito a estruturas, construção, reabilitação e dotação de infraestrutura física”, diz o documento publicado na última sexta-feira e que terá vigência por três me-ses prorrogáveis. O decreto, assinado na última quin-ta-feira pelo presidente - reeleito em 7 de outubro passado a um mandato até 2019 -, aponta a construir “centros de (reclusão para) processados judicialmen-te” com o objetivo de separá-los dos presos já conde-nados. (Gazeta do Povo)

Milhares de pessoas protestam contra domínio islamita no Egito

Malala Yousufzai se recupera bem no hospital onde está internada em Birmingham

certamente não físico, não houve déficit em termos de função”, disse citando um porta-voz.Rosser, no entanto, enfa-

tizou que ainda não está claro que Malala se encon-tra fora de perigo. Segun-do ele, a bala entrou no crânio da menina logo aci-ma do olho esquerdo, to-cou o cérebro e danificou o lado de sua mandíbula an-tes de se alojar no ombro.“No entanto, ela está re-

agindo muito bem. O es-tado de Malala Yousafzai é estável e ela não está so-frendo”, informou ainda. Na quinta-feira, ativistas britânicos realizaram uma vigília por Malala. Os par-ticipantes exibiam carta-zes com a frase “Eu sou

Malala”, acenderam velas brancas e colocaram dois buquês de flores brancas e rosas no chão.Uma integrante do Ami-

na Women’s Group afir-mou à imprensa: “A cora-josa Malala disse o que muitas de nós gostaría-mos de dizer, mas temos muito medo para isso”.Birmingham tem uma co-

munidade paquistanesa grande, com cerca de 100.000 membros - um décimo da população da cidade. O jornal Birmin-gham Mail afirmou que muitas pessoas na segun-da maior cidade da Grã--Bretanha ofereceram suas casas para a família de Ma-lala enquanto ela está sen-do tratada.

Mensagens de apoio fo-ram deixadas no site do hospital, a maioria delas elogiando sua campanha e rezando por sua recupera-ção. Doações para seu tra-tamento, que está sendo financiado pelo governo do Paquistão, estão sendo repassadas ao Hospital Queen Elizabeth.Por fim, uma porta-voz do

hospital informou à AFP que Malala tinha 15 anos, e não 14, como foi informado anteriormente. Malala é co-nhecida no exterior por seu blog, hospedado no site da BBC, no qual denuncia os atos de violência cometidos pelos talibãs no Vale de Swat, onde chegaram a to-mar o poder entre 2007 a 2009. (Gazeta do Povo)

Milhares de pessoas protestaram na úl-tima sexta-feira na

praça Tahrir do Cairo con-tra o domínio islamita na política egípcia e os cho-ques que eclodiram na se-mana passada entre parti-dários e opositores do presidente egípcio, Mo-hammed Mursi. Convoca-da por 30 grupos revolu-cionários e liberais, a concentração teve como lema “O Egito não é esta-do privado de ninguém, é para todos os egípcios”, e correu de forma pacífica.Condenamos o que hou-

ve na semana passada por culpa da Irmandade Mu-çulmana, que deve se des-culpar”, disse à Agência

Efe a jovem Zeinab Al--Masri, em referência aos confrontos de sexta-feira passada que causaram mais de 100 feridos.Os distúrbios surgiram

entre manifestantes laicos que criticavam a gestão de Mursi e simpatizantes da Irmandade que rejeitavam a sentença de absolvição emitida nesta semana contra altos cargos do an-tigo regime de Hosni Mu-barak acusados da morte de manifestantes durante a revolução.O grupo islamita conde-

nou posteriormente os fa-tos e disse que arruaceiros se infiltraram entre os ma-nifestantes em Tahrir. “A Irmandade Muçulmana

não entende que exista uma oposição política no Egito”, acrescentou Al--Masri.Na passeata de hoje esti-

veram seguidores de par-tidos e movimentos con-trários a que os partidos islamitas monopolizem a elaboração da próxima Constituição, cujo refe-rendo está previsto para novembro.Um membro do Partido

Socialista egípcio, Yasser Toher, manifestou à Efe sua rejeição à minuta da Constituição e pediu que seja redigida uma nova “que represente todo o país, não só os islamitas”, e que garanta a liberdade de religião, expressão e

greve, entre outros direi-tos. As bandeiras do Movi-mento Juvenil 6 de abril e outras formações tremula-ram na praça central, onde se ouviram palavras de or-dem exigindo a queda do islamita Mursi, que assu-miu em junho a presidên-cia do país, e o castigo aos responsáveis pela morte dos manifestantes desde o início da revolução.Os presentes, que chega-

ram em marchas de dife-rentes pontos da cidade, mostraram cartazes com dizeres como “Não à cons-tituição só para islamitas”, enquanto dos palcos pre-parados soavam canções revolucionárias. (Gazeta do Povo)

Convocada por 30 grupos revolucionários e liberais, a concentração teve como lema “O Egito não é estado privado de ninguém, é para todos os egípcios”

Juan Manuel Santos

Presidente colombiano despreza críticas de Farc em abertura de mesa de paz

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, diminuiu na última sexta-feira, 19, a importân-cia das críticas feitas pelos negociadores das

Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) às políticas de seu governo na abertura do processo de paz e opinou que tiveram “intenções políticas”. Santos falou na última sexta-feira, 19, pela primeira vez em público sobre o discurso do chefe dos nego-ciadores guerrilheiros em Oslo, Luciano Marín Aran-go, conhecido como “Ivan Márquez”, que deixou a impressão de que o processo de paz com as Farc vai ser mais difícil do que se imaginava. “Não dei muita importância para essas manifestações com intenções políticas”, disse em seu programa da Rádio Nacional “En línea con el presidente” (Na linha com o presiden-te). (Gazeta do Povo)

Investigação

Polícia holandesa divulga vídeo do roubo de obras em museu de Roterdã

A polícia holandesa divulgou na última sexta-feira, 19, um vídeo com imagens do roubo realizado na terça-feira no museu Kunsthal de Roterdã, no qual

foram roubadas obras de artistas como Picasso, Matisse, Monet e Gauguin. Na gravação, feita por uma câmera de segurança, podem ser vistas duas pessoas que en-tram e saem no museu levando grandes bolsas. As ima-gens foram divulgadas pela polícia para saber se alguém viu essas bolsas especiais antes do roubo e descobrir onde podem ser compradas, na tentativa de encontrar os ladrões. Nas imagens é impossível reconhecer os res-ponsáveis pelo roubo, um dos maiores registrados nos últimos anos, em que os ladrões levaram a tela “Cabeça de Arlequim”, de Pablo Picasso, e seis obras, entre elas “A Leitora em Branco e Amarelo” (1919) de Henri Matis-se. As telas, roubadas segundo a polícia em uma “ope-ração bem planejada”, faziam parte de uma exposição de 150 obras exibida por ocasião da celebração do 20º aniversário do Kunsthal, em que também podem ser vistas obras de Piet Mondrian, Vincent Van Gogh e Salvador Dalí. (Gazeta do Povo)

Page 15: jornal do dia 21e22/10/2012

C3JD Informe Publicitário Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Page 16: jornal do dia 21e22/10/2012

C4JD Diversão&CulturaEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

“Ela é o maior sucesso da minha trajetória”, diz a atriz da Rede Globo

Adriana Esteves afirma: “Carminha é mérito meu”

LunaMãezona, Uma Thurman revela nome e apelido de sua filha

Segundo algu-mas agências de notícias, a

garota se chama Rosalind Arusha Arkadina Altalune Florence Thur-m a n - B u s s o n . Nome difícil de tão longo, não é? Por isso mesmo, a atriz também contou que todos da família cha-mam sua menina pelo apelido de Luna. Ufa! Assim fica mais fácil. (Pop.com.br)

RevelaçãoNada a ver! Assessor de Neymar nega namoro do craque com Bruna Marquezine

Para alegria das fãs, não foi dessa vez que Ney-mar deixou o time dos

solteiros. O jogador do Santos causou frisson em toda a imprensa ao publi-car uma foto em que rece-be um beijinho no rosto da atriz Bruna Marquezine, dizendo que estava namo-rando com a moça. Só que de acordo com o assessor de imprensa do atleta, Eduardo Musa, tudo não passou de uma brincadei-ra do craque nas redes so-ciais. (Pop.com.br)

TraiçãoFergie desabafa sobre crise no casamento com Josh Duhamel

Assim como q u a l q u e r casal, Fergie

e Josh Duhamel também preci-saram enfrentar dias difíceis ao longo do casa-mento. Juntos há nove anos, eles passaram por cima de todos os problemas que encontraram, in-clusive um rumor sobre uma possível traição do ator com uma stripper, que tirou o sono da cantora. (Pop.com.br)

Celebridades

Resumo das NovelasGuerra dos sexos Lado a Lado

Gabriela Salve Jorge

Fábio implora para que Juliana não o abandone. Roberta tenta se controlar na frente de Nando.

Kiko sai apressado de casa, quando vê Analú. Otávio tenta obri-gar Vânia a trair Charlô. Roberta fica perturbada ao ficar sozinha com Nando. Ciça ouve Manoela afirmar que ela não irá mais ver seu pai. Fábio e Juliana se beijam. Roberta fala para Nando que tem uma proposta para fazer a ele. Otávio reclama com Lucilene do atraso de seu motorista. Vânia pede Felipe em casamento. Analú tenta se desculpar com Kiko. Juliana deixa a casa de Fábio. Felipe não aceita se casar com Vânia.

Edgar e Guerra são presos. Isabel, Diva e Laura conversam sobre o bebê. Margarida exige que

Bonifácio liberte Edgar. Laura visita o marido na cadeia. Bonifácio ameaça transferir Praxedes. Mário repreende Neusinha por não pedir ajuda a ele. Edgar pede perdão a Bonifácio. Jurema aconse-lha Zé Maria a se despedir de Isabel antes de partir. Albertinho encontra Isabel na rua e fica abalado. Berenice ouve a conversa de Afonso e Jurema. Praxedes avisa a Teresa que será transferido e Eulália ouve. Celinha ouve Constância falar com Carlota sobre a carta de Edgar

Morena foge com Junior. Moradores e comercian-tes procuram abrigo. Um bandido entra na casa de

Delzuite. Marcia aconselha Érica a não se apaixonar por Theo. Érica confessa que está apaixonada por Theo. Theo fala para Áurea que só pensa em vencer no hipismo. Neco fala para Morena que o pai de seu filho, Beto, está morto. O exército entra no Complexo do Alemão. Pe-peu atropela um homem e Morena pede ajuda a Theo. Drica avisa a Stenio que seu noivo atropelou um homem. Barros manda Jô verificar a placa do carro que atropelou o homem na comunidade.

Nacib resiste aos encantos de Gabriela. Juve-nal apoia a decisão de Amâncio de ir para a

fazenda. Pirangi decide ficar no Bataclan para cuidar das me-ninas quando Machadão for embora. Juvenal e Lindinalva partem para Salvador. Maurício avisa a Jesuíno que haverá um julgamento e o coronel fica indignado. Ramiro pede que o juiz arquive o processo de Jesuíno. Mundinho oferece di-nheiro para a madre, mas ela recusa e avisa que segue or-dens de Ramiro. Nacib observa Gabriela tomando banho.

Adriana Esteves se revelou uma das maiores vilãs das novelas brasileiras

21/03 a 19/04ÁRIESSeu poder pesso-al está maior e

você pode conseguir rea-lizar muitas coisas hoje, ariana. No amor, está se sentindo mais segura, com a capacidade de fa-zer acontecer!

20/04 a 20/05TOUROSeja realista, mas não pessimista.

Até porque, você não tem tantos motivos pra isso! No amor, o mo-mento é bom para pa-querar, sair, trocar ideias com os garotos.

21/05 a 21/06GÊMEOS Organize seu dia para que ele ren-

da mais. No amor, o mo-mento é de muita sensu-alidade, você está poderosa, aproveite. Nas amizades, mantenha o clima leve

.22/06 a 22/07CÂNCER Tire o dia para se divertir, hoje é

sábado e você merece ser feliz! No amor, não é hora para timidez, se es-tiver sozinha, saia, se aproxime dos garotos, jogue charme!

23/07 a 22/08LEÃOSua família pode pegar no seu pé

exigindo disciplina e or-ganização. Antecipe-se, dê o que eles querem e fique numa boa com todo mundo! No amor, cuidado para não ficar muito crítica.

23/08 a 22/09VIRGEMHoje você acor-dou a fim de se

divertir e fazer seu dia render, por isso, vai con-seguir fazer muuuitas coisas em pouco tempo! No amor, o papo vai rolar solto.

23/09 a 22/10LIBRAPara garantir a paz do seu final

de semana, mantenha a paz em família! No amor, o momento não é muito bom para relacionamen-tos sérios ou duradouros.

23/10 a 21/11ESCORPIÃOSuas palavras es-tão mais podero-

sas do que nunca, por-tanto, use-as com sabedoria. Hoje, tudo o que você disser terá força redobrada! No amor, seu carisma será uma forte arma de conquista.

22/11 a 21/12SAGITÁRIOO momento é Não torre toda a

sua grana de uma vez, pois podem ocorrer im-previstos. Não custa eco-nomizar um pouquinho.No amor, deixe sua intui-ção guiá-la, ela está su-per forte hoje.

22/12 a 19/01CAPRICÓRNIOTire o dia para fi-car perto dos

amigos e das pessoas queridas e momentos bons estarão garantidos! No amor, os amigos se-rão o melhor canal.

20/01 a 18/02AQUÁRIOSua intuição está mega forte, mas

você pode se tornar meio cética, recusando-se a ouvi-la. Saia dessa, dê mais atenção ao seu sex-to sentido.

19/02 a 20/03PEIXESO momento pede uma aten-

ção especial à sua grana. Planeje-se melhor e não entre na onda da galera na hora de gastar. No amor, deixe as novidades chegarem, é hora de am-pliar os horizontes.

HoróscopoBianca Bin diz: “Todo mundo disse que foi um casamento secreto, mas não foi”

O sucesso de “Avenida Brasil” se deve, prin-cipalmente, à bri-

lhante atuação de Adriana Esteves, que se revelou uma das maiores vilãs das novelas brasileiras com seus surtos, gritos, choros e excesso de maldade. Sa-bendo da importância de seu papel, a atriz se esfor-çou ao máximo e agora co-memora a boa repercus-são fora das telinhas.

Em entrevista ao “Diário de S. Paulo”, a global se mostrou emocionada com o resultado final. “Sou muito trabalhadora, só eu sei o quanto luto. Já estava querendo uma megavilã e Carminha me

proporcionou isso. Não vou negar que é mérito meu, meu esforço, minha luta, mas é também uma sorte grande ter ganhado esse papel. Ela é o maior sucesso da minha trajetó-ria.” Ao lado de Adriana, Marcello Novaes também brilhou na pele do parceiro cafajeste Max. Contente, ele elogiou o personagem e se mostrou agradecido pelo papel importante que recebeu. “Há muito tempo eu já estava querendo en-trar num universo comple-xo como o desse persona-gem. Sem querer ser clichê, mas Max é um divisor de águas na minha carreira.” (Pop.com.br)

Após um ano de namoro com o ator Pedro Brandão, Bianca Bin surpre-endeu os amigos e a imprensa com notícia de que havia se casado em maio deste ano.

Page 17: jornal do dia 21e22/10/2012

CadernoDEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Carro&MotoMacapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Salão do Automóvel: vejas as atrações, preços, dicas e manual de sobrevivência Neste ano serão 42 montadoras, sendo 22 importadoras, ainda sem fábrica no Brasil, durante o evento em SP

O Salão do Automóvel é o maior evendo da capital paulista. Es-

pera 750 mil visitantes até 4 de novembro. E movi-mentou R$ 360 milhões em sua última edição, se-gundo dados da SPTuris. O evento acontece a cada dois anos e é realizado pela Reed Exhibitions Al-cântara Machado, uma joint venture entre a pro-motora de vendas interna-cional Reed Exhibitions e a Alcantara Machado Feira

de Negócios, que criou o Salão do Automóvel.Até a campanha de di-

vulgação é grandiosa: fo-ram investidos R$ 5 mi-lhões para divulgar o Salão. O sLogan deste ano é “O Salão vai mexer com você” e mostra um moto-rista jurando ao seu carro que será fiel a ele mesmo após ter ido ao Salão.Se não está entre os

maiores do mundo, tam-pouco pode ser conside-rado desprezível em nível

global. Em se tratando de América Latina e Merco-sul, certamente é o maior e geralmente recebe visi-tantes dos países vizinhos. E neste ano, os presiden-tes mundiais da GM e da VW comparecerão pela primeira vez ao Anhembi, fato inédito na História do Salão de SP.

DatasO Salão do Automóvel

de São Paulo deste ano acontece entre os dias 24

de outubro e 4 de no-vembro. Os ingressos já estão à venda em 70 pon-tos de venda pelo Brasil ou pela internet nos se-guintes endereços eletrô-nicos oficiais:As pessoas que compra-

rem o ingresso pela inter-net receberão em casa um kit com informações so-bre o evento, recomenda-ções de transporte até o local, mapa e serviços ofe-recidos no Anhembi. (no-tíciasautomotivas)

ATRAÇÕES PRINCIPAIS- Aston Martin- Audi (novo A3)- BMW (640i Gran Coupe)- Buggi Wake- Chinesas (Changan, Chery, CN Auto, Haima, JAC, Great Wall e Rely)- Chevrolet (Tracker, Onix, TrailBlazer e Malibu)- Citroen (DS4. DS5 e conceito Survolt)- Editoras, Empresas e Entidades (Ex. Ed.Abril, Loja do Salão, Rádio Transamérica, Fenabrave, Abeiva, Pioneer, Colonial Pneus, Autoshine etc)- FIAT (500 CABRIO, Ferrari e Maserati)- Ford (Novo Fusion, Focus Nova Geração, New Fiesta BR reestilizado e (suspiros): Mustang Boss)- Honda (Fit aventureiro)- Hyundai (HB20, Novo i30, Novo Santa fe)- Jaguar (F-Type Roadster)- Land Rover (Novo Range Rover Vogue)- Jeep, Crysler, Dodge e RAM- Kia (Novo Cerato)- Lexus- Mahindra (XUV500, com porte do EcoSport)- Mercedes-Benz (Novos Classe A, B e SL e linha AMG)- Mini, Mitsubishi, Suzuki e Subaru (não adianta-ram novidades até então)- Nissan (Leaf e um conceito-surpresa)- Renault (Twizy, Clio Reestilizado e Fluence GT Turbo)- S. Auto (apresenta o Noble Nano, subcompacto brasileiro tipo Smart)- Seat- Smart- Peugeot (208, SUV-conceito 2008)- Porsche (Novos Boxster e 911 )- Ssangyong (nova picape Actyon Sports)- Toyota (Prius e Etios)- Troller (exibirá novos conceitos)- Volkswagen (Fusca-Beetle, CC, Up, SUV-Com-pacto a la EcoSport e quem sabe seu “Cobalt” que se chamaria Santana)- Volvo (hatchback V40)

Chegada do novo Fiat 500C durante o Salão do Automóvel de São Paulo pode ser um marco na história recente do mercado nacional

i30: espaçoso, confortável e bem equipado para todos os gostos

A versão mais indicada para quem quer ter mais liquidez na revenda é a automática

Uma das poucas unani-

midades do mercado na-cional, o i30 que você co-nhece está de saída, mas nem por isso deixa de ser uma boa opção. Po-tente, espa-çoso, con-fortável e bem equipa-do, enquan-to a marca tiver o modelo em estoque, haverá quem o queira. No entanto, a versão mais indicada para quem quer ter mais liquidez na revenda é a automática, e não a equipada com câmbio manual, que desvaloriza mais e tem procura menor. Mas se você não faz questão desse conforto extra, saiba que os 5 anos de garantia e as revisões com preço razoável, farão você sentir orgulho da compra que fez. (CarroOnline)

ATRATIVOS+ Versão básica vem com ar, direção, trio elétrico, MP3 e rodas de aro 16”.+ Até os 20.000 km tem mão de obra grátis e há 5 anos de garantia.

Page 18: jornal do dia 21e22/10/2012

D2JD Carro&MotoEditor: Pablo Oliveira - [email protected]

Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Crise de estratégiaHoje vou modificar o estilo da coluna por motivos mais que rele-vantes: a irritante crise que se abate sobre o Meio do Mundo, com a falta de combustíveis como álcool hidratado (etanol) e gasolina (com 25% de álcool anidro).Enquanto os candidatos à próxima eleição para a prefeitura da Grande Macapá discutem via TV, quem é o mais boni-to ou o mais feio, quem é a favor ou contra o uso da maconha - cujo uso infelicita milhares de lares amapaenses - e, quem é muito ou pouco corrupto e quem faz ou deixa de fazer isso e aquilo os proble-mas estruturais deste torrão vão de avolu-mando, estes, vão sen-do deixados irresponsa-velmente de lado.

AlertaA coluna vem alertando há meses sobre situa-ções como o aumento da circulação de veícu-los automotores em torno de mil unidades/mês. A falta de planeja-mento estratégico na política de trânsito em relação ao fluxo de veí-culos e criação de re-gras claras para estacio-namentos na cidade são apenas dois só para citar. DemandaMesmo com a crise econômica que des-pencou sobre o Amapá, alimentado pela vultosa fornalha das vaidades políticas, quer queira ou não, a Terra Tucuju vem crescendo, tanto pela teimosia da iniciativa privada como pela pro-va de amor por esta ter-ra do contribuinte/con-sumidor. Apesar do aumento – que se pen-sava exagerado – na abertura de postos de combustíveis, a estoca-gem na base de Santa-na não deve ter acom-panhado a demanda assim como a logística.

DesconfiançaOs donos de postos não confiam na política alternativa do álcool hi-dratado, muito mal conduzida pelo Gover-no Federal e muitos de-les, sequer mandam enterra tanques – em desobediência para com a concessão – em seus negócios. Na falta da gasolina, o combus-tível verde mesmo caro, resolveria a situação.

NúmerosAté o próximo dezem-bro deverão ser mais de 12 mil veículos auto-motores circulando a mais no Amapá e em cinco anos, 60 mil. En-quanto isso, a nossa população no mesmo período deverá alcan-çar 1 milhão de habi-tantes e a nossa frota podendo atingir 200 mil unidades.

AbandonoSe na Grande Macapá – incluindo Santana – são emplacados 96% dos veículos no Estado e apenas 6% nos outros 15 municípios, neles, a situação do abasteci-mento de combustível é mais do que calami-dade pública, faltando coragem aos políticos decretarem ou oficiali-zarem a calamidade pública. Em Oiapoque, a gasolina está vinda da francesa Saint Georges por três euros o litro (R$ 7,50) e revendida no câmbio negro por até R$10 reais. E os outros? Abandonados a própria sorte com os crônicos problemas de saúde, educação, transporte, energia, segurança, abastecimento. E ago-ra? É o jeito voltar ao século passado usando carros de bois ou bur-ros mesmo, em home-nagens a quem deveria zelar pelo povo já que são pagos religiosa-mente pelos impostos arrancados de suas en-tranhas sem nenhum pudor.

Pensem nisso!Como sabemos que os prefeitos eleitos nos 16 municípios do Estado vão continuar com pi-res, cuias e alguidás nas mãos, junto aos gover-nos federal e estadual e que deverão por moti-vações políticas ajudar aliados e prejudicar ad-versários ou mesmo seus inimigos, a situa-ção é remetida para a casa do “sem jeito”. En-tão, a discussão deve começar imediatamen-te visando comprome-ter os próximos “litigan-tes” ao Setentrião. Será que esta crise de estra-tégia reinante hoje por aqui não deverá des-pertar novas lideran-ças? Não seria a hora de começarmos a pensar em administradores com tinos empresariais para o Setentrião/As-sembleia Legislativa e esquecer os políticos de carreira? Pensem nisso!

A Ford comemora a respeitável marca de 850 mil unidades produzidas do Ka no Brasil. Os veículos fabricados no país abastecem o mercado nacional

e os vizinhos sul-americanos. A marca atribui o alto nú-mero de vendas e, principalmente, o posicionamento de mercado, com base na boa relação custo-benefício, como responsáveis pelo volume atingido – com preço inicial de R$ 21.240, o “Kazinho” é o carro mais barato do Brasil na atualidade.O hatch de entrada da Ford é oferecido hoje na versão 1.0 Rocam, com 73/68 cv (etanol/gasolina), alerta de manutenção programada por tempo ou quilometra-gem, conta-giros, relógio digital, desligamento automá-tico dos faróis e lanternas, apoios de cabeça dianteiros e traseiros com regulagem de altura, banco traseiro com encosto rebatível, tomada de força 12 V, antena no teto e vidros verdes escurecidos de série.

Ford Ka atinge 850 mil unidades produzidas

Pista livreJOSÉ ARCANGELOColunista

Conheça o Golf que virá em 2013Com suas linhas clássicas e com muita tecnologia embarcada, sétima geração do hatch médio foi o grande lançamento da Volkswagen no Salão de Paris

Depois de seis gera-ções e 38 anos de história, o Golf volta

a brilhar ao aparecer em sua sétima geração nesta edição do Salão de Paris. Mantendo suas linhas clássicas, mas com muito mais tecnologia, o carro da Volkswagen deverá es-tar rodando em nossas ruas em 2013, não como modelo nacional, mas sim importado e provavel-mente do México.Apresentado em Paris,

nas versões GTI e BlueMo-tion, o hatch médio está maior, mais leve, com si-lhueta de linhas fortes e tem porta-malas de 380 litros, 30 a mais que o mo-delo antigo. Além disso, consome até 23% menos combustível. A versão BlueMotion traz ainda um propulsor de 1.6 litro com turbocompressor e inje-ção direta de diesel, o que torna o carro ainda mais econômico.Com essas alterações, a

Volks espera que o Golf permaneça como um grande sucesso de vendas na Europa. O novo Golf tem um design, que presta singela homenagem aos modelos clássicos das ge-rações 2 e 4. No entanto, as mudanças visuais são pra-ticamente imperceptíveis e a identidade do modelo foi mantida. A parte dianteira ganhou faróis um pouco mais altos e com traços mais incisivos. Na traseira, mais robustez e a mesma ousadia dos faróis diantei-ros. Uma nuance do Golf 7 em relação ao seu anteces-sor é que, neste modelo, o capô não é mais enquadra-do pelas asas, o que au-menta ainda mais a sensa-ção de robustez.Ademais, o novo Golf

conta com direção mais intuitiva e o motorista terá mais facilidade para guiar o seu veículo. O painel dispõe de comandos pre-cisos e é de grande auxílio para o motorista. O inte-rior do hatch da Volkswa-gen está maior e os passa-geiros que estiverem no banco traseiro terão mais conforto e espaço.O motor 1.4 turbo com

140 cavalos e desligamen-to de cilindros tem bom torque, é potente e, acima de tudo, extremamente

Hatch médio, maior, mais leve, com silhueta de linhas fortes e tem porta-malas de 380 litros

FICHA TÉCNICAConfira detalhes mecânicos do carro:

Motor: Dianteiro, de quatro cilindros, 1.6 16V a diesel com tecnologia TDI CR BlueMotion e potênciais variando de 77cv a 110cv; 1.2 e 1.4 16V a gasolina com potências de 85cv a 140cv.

Transmissão: Câmbio manual de cinco e seis velocidades/câmbio automatizado com seis e sete velocidades. Controle de tração e estabilidade.

Direção: Hidráulica com novo sistema de direção progressiva.

Freios: Discos ventilados na dianteira e rígidos na traseira. Sistema ABS com EBD e assistência de partida em aclives. Freios de multicolisão e sistema que evita batidas.

econômico. De acordo com a Volkswagen, o mo-tor 1.6 a diesel (105cv TDI) consome apenas 3,8 litros para cada 100 qui-

lômetros rodados. Já o 140cv TSI, que funciona a gasolina, necessita de 4,8 litros do combustível para cada 100 quilômetros ro-

dados. A versão BlueMo-tion promete ainda mais economia, com um con-sumo de 31,25km/l. (Gazeta do Povo)

Colocar água com o carro quente estraga o radiador?

Verdade – O correto é completar a água apenas quan-do o motor estiver frio, pois existe a possibilidade de um choque térmico, que pode causar sérios problemas ao motor. Não é aconselhável abrir o reservatório de expan-são – aquele onde completamos a água – quando o mo-tor estiver quente, pois esse reservatório funciona com pressão e pode causar sérias queimaduras.

MITO OU VERDADE

Mito – O motor usa o tipo de óleo determinado pelo fabri-cante e expresso no manual do proprietário, do início ao fim da sua vida útil. Não existe qualquer menção no manual que a partir de determinada quilometragem deve-se usar um outro tipo de óleo mais espesso ou com qualquer outra ca-racterística. Quando o motor apresentar qualquer problema ou sinal de desgaste, deve-se reparar o motor e não trocar o tipo de óleo.

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Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Em detalhes

Eternizado no cinema pelo vampiro Edward Cullen, da Saga Crepúsculo, e primeiro modelo a romper com o design ‘careta’ da fabricante sueca, o Volvo C30 chega-

rá ao fim da linha em dezembro deste ano, sem deixar um sucessor. A confirmação foi feita pela marca esta semana. Presente no mercado brasileiro desde abril de 2007, mes-mo ano de seu lançamento na Europa, o Volvo C30 – im-pulsado por seu design arrojado, preço competitivo (R$ 90 mil), raros competidores (BMW série 1) e pela imagem as-sociada ao vampiro mais desejado de todos os tempos, Edward Cullen – comemorou bons números de venda. Ou-sado tanto nas linhas quanto nas cores, o Volvo C30 (con-fira ofertas a partir de R$ 39,9 mil) é oferecido com motor 2.0 a gasolina de 145 cv e câmbio manual; e com motor 2.5 turbo, potência de 230 cv e transmissão automática de cin-co marchas. (Webmotors)

Marca sueca deixará de fabricar o hatch médio em dezembro

Mercado

A Rolls-Royce inicia de forma oficial na última quinta--feira, 18, suas atividades no Brasil com a inaugura-ção de sua primeira revenda no País. O showroom da

marca britânica, famosa pela produção de veículos de luxo, está situado na Av. Cidade Jardim, região nobre da cidade de São Paulo. A representação comercial da montadora por aqui fica a cargo da Via Itália, que já realiza as importa-ções de Ferrari, Maserati e Lamborghini. O primeiro mode-lo da Rolls-Royce disponível no Brasil é o sedã Ghost, com preços que partem dos R$ 2,3 milhões. O limite do valor do carro está atrelado à imaginação de seu comprador. Isso porque a marca oferece um programa de personalização do veículo chamado Bespoke, que possibilita 40 mil com-binações de cores e opcionais. (Webmotors)

Rolls-Royce inaugura primeira revenda no Brasil

Nova geração do Mercedes-Benz C55 AMG

Com a data de lançamento da nova geração do Classe C se aproximando (previsão para o fim de 2013), a Mercedes-Benz já começa a testar e preparar o C55

AMG, versão esportiva do sedã. As primeiras imagens do protótipo rodando sob camuflagem pesada revelam algu-mas das mudanças que o carro receberá em seu design. As modificações incluem para-choques mais largos e para--lamas e entradas de ar maiores. Além disso, o modelo passará a contar com um novo set de rodas providos pela AMG. O novo C55 não mais fará uso do bloco V8 de 6,3L e dará lugar a um V8 biturbo de 5,5L, até mesmo para coin-cidir com seu nome. Este motor pode ter até quatro tipos diferentes de ajustes. Dessa forma, é possível que sua po-tência gire em torno dos 525 cv. (Webmotors)

Versão esportiva será baseada no futuro Classe C, que será lançado em 2013

Fim da linha para o Volvo C30Conversível ficou ainda melhorFiat 500C será o conversível mais barato à venda no mercado brasileiro

É mais fácil imaginar o que um brasileiro pen-sa da vida dos cangu-

rus australianos do que de um carro conversível. À ex-ceção dos tempos em que Ford Escort XR3 e Chevro-let Kadett GSi fustigavam os consumidores com suas capotas removíveis nos anos 1980 e 1990, sempre foi caro demais ter um modelo assim. O Smart Cabrio, por exemplo, é o mais barato do Brasil hoje e sai por R$ 72.500.Em virtude disso, a che-

gada do novo Fiat 500C durante o Salão do Auto-móvel de São Paulo pode ser um marco na história recente do mercado na-cional. Com preço estima-do entre R$ 57.000 e R$ 60.000 (com opcionais), ele deve se posicionar como o conversível mais barato do Brasil. Importa-do do México, o 500C che-ga com o mesmo pacote de equipamentos e acaba-mento da versão Lounge

Acústica do veículo é invejável, mesmo com o teto de tecido

Air, com motor 1.4 Mul-tiAir, de 105 cv.O mecanismo do 500C,

na verdade, não elimina a coluna superior. Apenas substitui o teto rígido e o vidro traseiro fixo por uma capota de lona (preta ou vermelha) e um vidro tra-seiro menor. O sistema é elétrico e se recolhe em dois estágios. No primeiro, abre-se até a parte trasei-ra, depois você clica de novo no botão e ele se re-colhe até acima da tampa traseira. A operação dura em torno de 25s. Para abrir a tampa do portamalas basta tocar o botão sob a barra cromada: a capota se

recolhe leve-mente e dá acesso ao ba-gageiro.As sensações

ao volante são bem seme-lhantes às que você tem no 500 Lounge de capota rígida, com o qual di-vide também o câmbio auto-mático de 6 marchas. Até a acústica inter-na é parecida: mesmo com a capota de lona, há pouca inter-ferência exter-na. Uma barra transversal na parte de baixo do monobloco dá mais rigidez ao conjunto, que ganhou apenas 30 kg com as modifi-cações. (Carro-Online)

Capota pode ser recolhida em 25s e com três estágios de abertura

Uma pequena tela na parte interna evita que o carro sofra com turbulências

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Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Em duas rodasResultados

A BMW Motorrad Brasil, divisão de Motos do BMW Group no país, já pode comemorar os excelentes re-sultados de vendas do ano em pleno mês de setem-

bro. Parte deste sucesso deve-se especialmente à monta-gem do modelo G 650 GS em regime de CKD em Manaus, o qual acaba de produzir a unidade de número 1.000 do modelo mencionado. A primeira motocicleta montada fora da Europa é um produto com todas as garantias de qualidade premium, inerentes aos produtos BMW e com preço adequado à realidade nacional. Como conseqüência da enorme aceitação do produto no mercado brasileiro, a BMW Motorrad superou, pela primeira vez na história da marca no país, a barreira das 2.000 unidades vendidas du-rante o ano, incluindo o mês de agosto. (Autopista)

BMW Motorrad Brasil celebra a milésima motocicleta produzida em Manaus

Líder

Líder na categoria Family com 69% de participação

no mercado, a Hon-da Biz 125 chega em sua versão 2009 com algumas novidades. Uma delas é a mo-derna injeção eletrô-nica PGM-FI (Pro-grammed Fuel Injection), uma tecnologia que reduz a emissão de gases poluentes e contribui com a eficiência do motor e a econo-mia de combustível. O modelo, que foi o primeiro do mun-do a oferecer porta-capacete, ficou ainda mais versátil e prá-tico. A carenagem apresenta um novo gancho que permite o transporte de sacolas e bolsas. Com layout mais moderno, o painel de instrumentos agora conta com luz de advertên-cia da injeção eletrônica. A chave shutter-key (dispositivo de bloqueio da ignição) agora está integrada à chave de igni-ção, resultando em maior praticidade. (Autopista)

Nova Honda Biz 125 chega custando a partir de R$ 5.147,00

Sandero e Logan ganham novo motor 1.6 de oito válvulas

“Um propulsor mais efi-ciente, com curva de torque mais linear e

mais econômico”. Assim a Renault define seu novo motor Hi-Power 1.6 8V, desenvolvido no Brasil para satisfazer o gosto dos motoristas brasileiros, que não abrem mão de bom desempenho e, principal-mente, de torque em bai-xas rotações.Segundo Gustavo Volci,

chefe de Projeto de De-senvolvimento de Moto-res do RTA (Renault Tec-nologia Américas), cerca de 85% do torque (força) do propulsor Hi-Power já estão disponíveis em 1.500 giros, o que signifi-ca para o consumidor uma redução de consu-

Renault divulga imagens novas do compacto ClioNova geração do modelo será uma das atrações em São Paulo

A Renault divulgou nesta semana ima-gens da versão atu-

alizada de seu compacto Clio. O modelo será uma das principais atrações da marca no Salão do Auto-móvel de São Paulo, que abre suas portas para o público no dia 24.Baseado no Clio II, o

modelo apresenta mu-danças mais significativas na dianteira, incluindo novos faróis, grade, en-tradas de ar e para-cho-ques. Nas imagens di-vulgadas, o compacto ainda conta com faixas adesivas aplicadas so-bre a pintura, dando um toque mais esporti-vo ao modelo. A traseira não contou com mui-tas mudanças e traz novo desenho para as

lanternas. Não foram di-vulgadas imagens do in-terior, mantendo a ex-pectativa para a mostra paulistana.Não há informações ofi-

ciais sobre a motoriza-ção do modelo,

que será fabricado na Argentina. Con-tudo, é esperado que

o bloco 1,0L 16V Hi-Flex de 77 cv seja mantido.

(Yahoo)

mo de combustível de 10% na cidade e 5% no trânsito rodoviário, além de arrancadas e retoma-das mais ágeis.Mas para chegar a este

resultado não foi nada fá-cil. No total foram 36 me-ses de trabalho intenso e

51 alterações, entre elas: aumento da taxa de com-pressão (passando de 9,5:1 para 12:1), nova cen-tral eletrônica, adoção de bielas forjadas, nova junta do cabeçote, inclusão de um quinto bico injetor (de seis furos) no corpo da

borboleta e novos pistões.Os engenheiros da RTA

também trabalharam no desenvolvimento de um novo motor de partida para o propulsor 1.6 16V Hi-Power. A nova peça possui uma maior veloci-dade de rotação, resultan-do numa partida mais rá-pida, sem falhas.Comparado ao antigo Hi-

-Torque 1.6 8V, o novo propulsor Hi-Power 1.6 8V é mais potente (106 cv contra 95 cv) e mais forte (15,5 kgfm contra 14,1 kgfm), quando abastecido com etanol. Já com gasoli-na, o torque foi mantido (14,5 kgfm) e a potência teve um ganho menor, mas ainda muito bom: de 92 cv para 98 cv.

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CadernoEEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Economia&NegóciosMacapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

O empreendedorismo vive um momento muito bom no Brasil, mas estudantes precisam sair da inércia e agir

Universitário quer virar patrão, mas não se mexe

Empreendedorismo é apontado como op-ção de carreira por

60% dos estudantes uni-versitários. É o que revela a pesquisa “Empreende-dorismo em Universida-des Brasileiras”, realizada pela Endeavor, organiza-ção internacional sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo. O le-vantamento foi divulgado durante a Rodada de Edu-cação Empreendedora, evento occorido em Santa Catarina, e ouviu 6.215 es-tudantes de todas as regi-ões do país.

Eles que responderam perguntas referentes à sua exposição ao empre-endedorismo, suas aspi-rações, confiança em suas capacidades e resul-tados que esperam ao abrir uma empresa.

De acordo com o estu-do os homens tendem a ser mais empreendedo-res do que as mulheres: 67,5% manifestaram este desejo contra 51,7% do sexo oposto. Mas para concretizar este desejo, é preciso se dedicar mais. Entre os potenciais em-preendedores, apenas 38,1% afirmaram que de-dicam algum tempo es-

tudando como iniciar um novo projeto e somente 24,4% economizam di-nheiro para esse fim.

Ter emprego remunera-do em empresas recém--criadas ou em estágio inicial também pode con-tribuir para o desempe-nho do futuro empreen-dedor. 70% dos entrevistados que já tive-ram experiências como essas relataram estar mais confiantes. O empreen-dedorismo vive um mo-mento muito bom no Brasil, e não só entre os estudantes. “Os universi-tários são atores essen-ciais nesse movimento.

Essa tendência é inte-ressantíssima, e nossa pesquisa mostra que não só os universitários e as universidades veem o empreendedorismo com bons olhos, mas também seus pais”, afirma Amisha Miller, gerente de Pes-quisa e Políticas Públicas.

A pesquisa também aponta que 62,8% dos pais dos universitários que já empreendem possui um negócio próprio, além dis-so, para 60,2% dos univer-sitários, a opinião dos pais é considerada “importan-te” ou “extremamente im-

portante”.Mas o jovem precisa

ter consciência de que abrir uma empresa não é algo simples ou rápido. “Para ter sucesso na car-reira é preciso estudar, ler bastante, ter contato

com diversos empreen-dedores, buscar infor-mação sobre como ini-ciar um negócio, participar de organiza-ções estudantis, além de estagiar em start-ups”, destaca Amisha.

Entre as conclusões da pesquisa está o fato de que os universitários brasileiros são “extremamente con-fiantes” em relação às suas capacidades pessoais, mas se sentem inseguros so-bre os conhecimentos

técnicos necessários para abrir uma empresa. “É preciso acreditar em si próprio, mas também é essencial se preparar para empreender”, comple-menta a gerente de pes-quisa. (Canal Executivo)

A pesquisa também aponta que 62,8% dos pais dos universitários que já empreendem possui um negócio próprio

Raio X das universidades

Professores de 46 uni-versidades brasileiras responderam a um

questionário que apontou que o empreendedorismo está em evidência nas ins-tituições de ensino supe-rior: 76,1% das universida-des analisadas oferecem alguma disciplina de em-preendedorismo na gra-duação - porcentagem bem maior que a média mundial, que é de 24,8%.

No entanto, esses cursos são de iniciação ao empre-endedorismo: 69,6% das universidades analisadas disseram oferecer cursos de “Introdução ao empreen-dedorismo” e 63,0% de “Criação de empresas”.

Para atrair um número cada vez maior de alunos, as instituições estão pro-porcionando atividades mais práticas aos alunos, 89,1% recebem palestran-tes convidados a falar sobre empreendedorismo – a média mundial é de 71,4% - e 43,5% das Universidades promovem visitas e/ou ex-cursões focadas em empre-endedorismo e pequenos negócios.

Para Amisha Miller, é pre-ciso aprofundar e dissemi-nar o ensino do empreen-dedorismo no Brasil. “Os cursos de educação empre-endedora ainda são muito superficiais e concentrados nos cursos mais próximos ao tema, como administra-ção”, destaca.

Ainda que a educação empreendedora nas uni-versidades esteja avançan-do, apenas 39,7% dos es-tudantes afirmaram que já cursaram uma disciplina li-gada a empreendedoris-mo. A confiança do aluno em empreender está liga-da diretamente à participa-ção de cursos de empreen-dedorismo durante o período da graduação.

Diferente do resto do mundo (71,1%), as Univer-sidades do Brasil ainda não tem tradição de rece-ber recursos externos, onde apenas 34,8% apre-senta tal fonte de receita. Somente 4,3%, recebem investimento para contra-tação de professores dou-tores e pesquisadores, quando, no mundo, esse número é de 15,8%.

Sobre a pesquisa:O estudo foi desenvolvi-

do pela Endeavor e entre-vistou professores de 46 universidades brasileiras e 6215 estudantes universitá-rios. Os professores res-ponderam a um questioná-rio e as respostas referentes às universidades foram comparadas com os resul-tados preliminares do The Entrepreneurship Educa-tion Project.

Estudantes universitários brasileiros, de todas as regi-ões do país, responderam perguntas referentes à sua exposição ao empreende-dorismo, suas aspirações, confiança em suas capaci-dades e resultados que es-peram ao abrir uma empre-sa. Os dados fazem parte do The Entrepreneurship Education Project: Enhan-cing entrepreneurial self--efficacy and identity in the classroom , cujos responsá-veis e diretores são o Pro-fessor Doan Winkel, Illinois State University, e o Profes-sor Jeff Vanevenhoven, University of Winsconsin. Mais de 80 universidades espalhadas por 40 países participam do projeto.

HistóricoCom sede em Nova Ior-

que, a Endeavor Initiative Inc. foi criada em 1997 por um grupo de ex-alunos da Universidade de Harvard que, tendo trabalhado em mercados emergentes, identificou a inexistência de uma cultura de incentivo ao desenvolvimento de novos negócios e de programas que efetivamente apoias-sem empreendedores.

O instituto baseia-se na crença de que a mentali-dade empreendedora que tanto beneficiou países desenvolvidos deve ser re-plicada com sucesso em países em desenvolvimen-to. Por isso, seus fundado-res deram início à opera-ção na Argentina e Chile no mesmo ano de sua fundação, em outubro de 1997. Atualmente, a Ende-avor opera por meio de parcerias em 17 países e cada unidade possui ad-ministração independen-te, sendo mantida por em-presários e parceiros locais. (Canal Executivo)

A covardia nossa de cada dia!VANESSA FREITASPalestrante, consultora de empresas, escritora, pro-fessora universitária, executive coach, apresentado-ra do programa “Espaço da Mulher” e diretora da melhoRH consultoria. Escreve aos domingos no JD.

Graças a Deus tenho o leitor para alimentar a minha sede de mani-

festar as minhas verdades.Estava no aeroporto

quando percebi que um ca-sal falava um pouco mais alto enquanto a mulher di-zia ao seu par:- Até quando eu vou

aguentar viver com você?E eu calada respondia:- Viverá até o dia em que

tiver coragem para voar com as asas abertas!Não há nenhum ser neste

planeta, injustiçado pelo que não vive, pois somos a resposta da nossa covardia.Covardia que nos impul-

siona a viver tolhidos pelo direito à mobilidade.Descobrir a nossa falta de

clareza, significado, propó-sito e verdade, tudo isso é desafiador. Maior que este desafio é

decidir!Ah! Este maldito medo

que nos espia diariamente e nos amedronta a vida, com previsões negativistas sobre o que nos espera. Tudo covardia.A covardia social, política,

econômica, afetiva de deci-dir pela nossa paz!Somos covardes quando

não abandonamos o em-prego infeliz que nos an-gustia, o chefe tirano que temos repúdio, o imbecil que dorme ao nosso lado que nos adoece, abando-nar o conforto de um espa-ço físico, a segurança de uma relação infeliz, aban-donar a certeza do hoje pela indecisão do amanhã.O nosso inferno possui as

nossas assinaturas, cada uma de suas dores foram assinadas por você.Amargura, revolta, angús-

tia; personagens da covar-dia nossa de cada dia.A prova disso; eu darei!Pergunte-se: - Que decisão você preci-

sa tomar para viver melhor?- O que você necessita

abandonar para ser mais feliz?Você sabe a resposta!Mas isso não significa que

terá coragem para decidir. Afinal, conhecer o perigo não elimina o medo, co-nhecer o inimigo não nos protege dos seus golpes,

mas decidir pode diminuir o volume das nossas cica-trizes.Quando não decidimos,

também deixamos de me-recer a melhor solução, a melhor resposta.Quando não decidimos

deixamos de sermos mere-cedores de pessoas melho-res, de dias mais felizes, de empregos mais saudáveis.É a terrível indecisão entre

o que queremos e o que te-mos. Entre quem somos e de quem queremos ser.Na Europa renascentista,

criar imagens e lemas com o paradoxo entre a juven-tude e a velhice era habitu-al. O progresso da igreja naquela época tinha um lema popular: “Apresse-se devagar”. Isto comprova que fomos habituados a agir com medo, medo das consequências que são criadas exclusivamente na sua cabeça.Se existe um território

destituído de razão, repleto de mitos e fantasias, este território chama-se medo! Apenas quem consegue vencê-lo é de fato merece-

dor de usufruir o melhor da vida.Portanto, se não tens co-

ragem de decidir, não re-clame! Não estamos em condições de lamentar de nada, se não temos cora-gem para escolher a vida que existe além do nosso olhar temeroso, inseguro e cruel, que nos aprisiona os sonhos, que endurece e embrutece o cotidiano.Da próxima vez que recla-

mar de algo, pergunte-se:- O que eu estou fazendo

para mudar esta situação?Da próxima vez que esti-

ver enterrando o amor, os seus sonhos, a sua vocação, desnivelando sua vida entre a razão e a loucura, aceite.Quem não decide não

possui direitos. Quem não decide, perde

o direito de ser feliz.Quem não paga não leva,

assim diz a lei!Eu tenho o privilégio de

poder escrever para não enlouquecer, eu também tenho muitas decisões que não tenho coragem para tomá-las.Excelente domingo!

Contratar para o Norte e Nordeste custa mais caro

Estudo da Michael Page, empresa de recrutamento executivo, re-vela que aproximadamente 15%

do volume de contratações de exe-cutivos realizadas no primeiro se-mestre foram para posições fora do eixo Rio - SP. São cerca de 300 va-gas de emprego para o norte e nor-deste do país, regiões que apresen-tam forte crescimento econômico e vivem momento de expansão.

O levantamento revelou que os salários para essas vagas variam bastante em relação às posições do eixo Rio-SP. De acordo com o hea-

dhunter Marcelo Cuellar, que coor-denou o estudo, isso ocorre por que muitas vezes não há mão de obra local especializada na quantidade suficiente para atender a demanda das empresas. No caso dos profis-sionais mais técnicos, as empresas chegam a pagar 25% mais caro para enviá-los às regiões distantes dos centros de decisão do país. Já no caso das posições mais generalistas, voltadas à gestão, os salários che-gam a até 40% mais caro.

As áreas de Recursos Humanos das empresas com operação em lu-gares distantes do eixo Rio-SP com-preenderam que para atrair bons profissionais, além de remuneração, precisam oferecer condições e es-trutura para que o profissional se sinta confortável.

“Muitas empresas possuem plan-tas em locais longínquos que con-tam com todo apoio para os funcio-nários, algumas chegam a se parecer com uma cidade de verdade, com boas escolas, cursos de idiomas e

até lazer para a família do executi-vo”, explica. Todos esses atrativos são importantes, ainda de acordo com Cuellar. “Sem eles seria pratica-mente impossível convencer bons profissionais a se mudar”, conclui. O headhunter explica que para os car-gos técnicos a resistência em se mu-dar é menor.

“Profissionais ligados às áreas de engenharia, por exemplo, têm como premissas em suas carreiras muda-rem-se de cidades, estados e even-tualmente países”, diz.

DesistênciaDas vagas para gestão em aberto,

50% dos candidatos em processo acabam desistindo. No caso das po-sições mais técnicas, o índice de de-sistência é bem menor, ou seja, ape-nas 20% dos candidatos chega a desistir. “É que no geral, os enge-nheiros estão mais habituados a mudar de cidade, faz parte da pró-pria dinâmica da carreira”, diz Cuellar. (Canal Executivo)

Page 22: jornal do dia 21e22/10/2012

E2JDEditor: Túlio Pantoja - [email protected]

Economia&Negócios Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

A queda de 6% foi maior do que a observada entre os que completaram ape-nas o ensino médio do que os que detêm o curso superior completo

Média salarial de quem tem ensino superior caiu 6% em 10 anos

Muitos analistas tem enfatizado a exis-tência de um apa-

gão de mão de obra quali-ficada no Brasil. Entretanto, o salário médio mensal das pessoas com nível superior no Brasil diminuiu na últi-ma década, passando de R$ 4.317 para R$ 4.060 en-tre 2000 e 2010, segundo o estudo “Talentos - As pro-fissões e o mercado de tra-balho brasileiro entre 2000 e 2010”, realizado pela Bra-sil Investimentos & Negó-cios (BRAiN). A queda de 6% foi maior do que a ob-servada entre os que com-pletaram apenas o ensino médio, 4,4% (de R$ 1378 para R$ 1317). O diferen-cial de salários entre os trabalhadores com ensino superior e aqueles com ensino médio declinou de 213% para 208%.

Para André Sacconato, diretor de Pesquisas da BRAiN, seria difícil compa-tibilizar essa queda de salá-rio em termos absolutos e relativos com um hipotéti-co “apagão” de mão de obra qualificada, já que, “se a demanda estivesse cres-cendo a uma taxa superior à da oferta por ensino su-perior, os diferenciais de salários nesse nível deve-riam aumentar”.

A resposta para esse apa-rente paradoxo é a queda do salário médio em algu-mas formações específicas, que tiveram grande au-mento na proporção de formados, entre elas enfer-magem, administração de empresas, turismo, farmá-cia, marketing e terapia e reabilitação. Por outro lado, algumas profissões tiveram aumentos significativos nos salários, mas queda na participação entre os for-mados, principalmente em medicina, arquitetura, en-genharias, economia e ci-ências sociais. “Nessas profissões, a demanda está aumentando mais ra-pidamente que a oferta, ou seja, a sociedade preci-sa de mais profissionais nessas áreas”, completa Sacconato.

Para se ter uma ideia, na área de engenharia civil ha-via, em 2000, 141,8 mil pro-fissionais formados ante 146,7 mil em 2010; situação semelhante à de medicina, que registrou um avanço de 207 mil para 225 mil for-

mados na comparação 2000/2010. Por outro lado, em administração, houve espantoso aumento de 594 mil profissionais em 2000 para 1,5 milhão em 2010.

O estudo detecta tam-bém que, enquanto a por-centagem de matrículas no ensino médio cresceu aproximadamente 44%, a porcentagem matriculada nos cursos de graduação aumentou mais de 80%. Se for observado o estoque de graduados na popula-ção, o ensino superior con-tinua crescendo mais do que o médio. O total de pessoas com ensino mé-dio completo cresceu 85%, passando de 14,8 milhões, em 2000, para 27,4 mi-lhões em 2010. Já o total de pessoas com ensino su-perior, incluindo pós-gra-duados, cresceu quase 97%, passando de 5,4 mi-lhões para 10,6 milhões no mesmo período.

Da mesma maneira, ao considerar a porcentagem de pessoas qualificadas na população com idade acima de 24 anos, o total com ensi-no médio cresceu 43%, en-quanto a parcela com ensi-no superior cresceu 52%.

Brasil e outros paísesNo Brasil, apenas cerca

de 10% dos adultos têm ní-vel superior, enquanto na Itália e no México essa par-cela atinge 15% e no Chile é de quase 25%. Na França, a parcela de pessoas com educação superior é próxi-ma à média da OCDE (30%), enquanto na Coreia e nos EUA encontra-se ao redor de 40%. “Ainda te-mos longo caminho a per-correr nesse quesito”, res-salta o diretor de Pesquisas da BRAiN.

Em uma comparação in-terna, houve relativa des-concentração da oferta de pessoas com ensino supe-rior no Brasil, sendo que região sudeste houve re-cuo de seis pontos percen-tuais em favor das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte – cada uma com um crescimento de dois pon-tos percentuais. A região Sul representou 16% do total da oferta, em ambos os anos.

Comparação por gênero e rendimentosQuanto à distribuição

dos trabalhadores por gê-nero no período considera-do, houve um aumento da participação das mulheres. Enquanto em 2000 elas eram pouco mais de 56% da força de trabalho com

ensino superior, em 2010, chegaram a quase 60% dessa força de trabalho. Não obstante, a participa-ção das mulheres cresceu na grande maioria das áre-as, sendo que os únicos cursos em que elas não eram maioria e essa partici-pação não cresceu foram computação, física e esta-tística. Em filosofia, área em que as mulheres eram maioria em 2000, com 58% do total de formados, hou-ve uma queda para 45% do total em 2010.

As formações com maior porcentagem de trabalha-dores em áreas típicas são as ligadas à área da saúde – odontologia, medicina e farmácia. No entanto, a não ser entre os médicos, a porcentagem de trabalha-dores em profissões típicas nessas áreas declinou, o que dá indícios de desa-quecimento da demanda. Os setores com maiores crescimentos da participa-ção de trabalhadores em ocupações típicas foram os de pedagogia, terapia e re-abilitação, medicina, ciên-cias humanas e letras. Além desses, a maioria dos cur-sos de exatas também apresentou crescimento no período analisado. (Canal Executivo

Natal começa a influenciar otimismo dos empresáriosA aproximação do Na-

tal está deixando os empresários do co-

mércio paulistano mais confiantes. É o que revela o Índice de Confiança do Em-presário do Comércio (ICEC), apurado pela Fede-ração do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Esta-do de São Paulo (Fecomer-cioSP), que, em setembro, registrou alta de 2,8% ao passar de 113,4 pontos, re-gistrados em agosto, para 116,6 pontos. O ICEC é me-dido em uma escala que varia de 0 a 200 pontos e denota otimismo quando acima dos 100 pontos.

Em setembro, segundo mês consecutivo de alta no índice, todos os itens que compõem o ICEC apresen-taram crescimento. O Índi-ce das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), quesito que vem apresentando, por sete me-ses seguidos, o pior resulta-do do indicador, registrou alta de 7% na comparação com agosto.

Apesar do aumento, o índice permaneceu na área

de pessimismo, com 88 pontos. Já o Índice de Ex-pectativa do Empresário do Comércio (IEEC) apon-tou alta de 1,5% no mes-mo período, atingindo 153,3 pontos, enquanto o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) apresentou elevação de 1,4%, passando de 107 para 108,6 pontos.

Analisando os itens que compõem o ICAEC, 55,85% dos empresários estão oti-mistas quanto as condições atuais da própria empresa, 38,1% acreditam que as condições da economia es-tão melhores e 42,96% ava-liam que as condições atu-ais também são favoráveis para o setor em que atuam.

O IEEC aponta que 86,79% dos empresários acreditam que o setor vá crescer nos próximos me-ses. A expectativa para a economia brasileira tam-bém é positiva, sendo que 82,95% dos empresários acreditam em melhora. Além disso, 90,28% dos empresários afirmam que a própria empresa irá crescer

nos próximos meses. Refor-çando essa percepção, 77,95% dos empresários pretendem aumentar o quadro de funcionários (alta de 4,6% em relação a agosto) e 56,98% preten-dem ampliar o nível de in-vestimentos da empresa.

Assessoria Técnica da Fe-comercioSP afirma que as seguidas ações pontuais do governo para expandir a atividade econômica têm resultado em um avanço do otimismo dos empresá-rios do comércio.

Além disso, o ICEC reve-la que, apesar de os em-presários não estarem ple-namente satisfeitos com as condições atuais, a ex-pectativa de crescimento é bastante positiva, princi-palmente no que tange ao ímpeto de contratação de funcionários. Destaca, ain-da, que os empresários acreditam em um cresci-mento no volume de ven-das no varejo, sentimento que é alavancado pela aproximação das festas de fim de ano. (Canal Execu-tivo)

Pequenas empresas perdem chances para conquistar clientes

As pequenas empre-sas estão dependen-do, principalmente,

dos tradicionais canais de comunicação de mercado para atingir clientes e prospects, não controlan-do resultados e perdendo oportunidades de incor-porar uma comunicação multi-canal para aumentar as taxas de resposta e con-seguir novos clientes. Es-sas são as conclusões do estudo Small Business Ma-rketing Survey realizado recentemente pela Pitney Bowes Inc.

A pesquisa com mais de 750 clientes de pequeno porte da Pitney Bowes foi realizada com o objetivo de descobrir mais sobre os canais de comunicação preferidos dos clientes, quais são as ferramentas de marketing utilizadas por pequenas empresas e para levantar se estas ferramen-tas são realmente usadas.

“Um número surpreen-dente de empresas não estão monitorando os re-sultados das comunica-ções que enviam para os clientes e prospects, parti-cularmente por meio de mala direta e e-mail”, disse Ronaldo Oliveira, diretor da Pitney Bowes Software Brasil. “Esta é uma grande oportunidade perdida pe-las empresas que pode-riam ajudar no seu cresci-mento usando qualquer uma, de uma série de fer-ramentas acessíveis e fá-ceis de utilizar para entre-gar e medir seus programas de marketing.”

Oportunidades perdidasO relatório descobriu vá-

rias oportunidades para as pequenas empresas usa-rem novas ou já existentes estratégias de marketing para aumentar seus negó-cios.

• Medição: a maioria das pequenas empresas não mede o sucesso de suas campanhas de marketing. Elas não estão usando mé-tricas já disponíveis para compreender a eficácia do canal. Surpreendentemen-te 73% dos entrevistados falham ao usar métricas de e-mail marketing, enquan-to 80% não conseguem utilizar as métricas de me-dição para malas direta ou para correspondências tradicionais.

• Canais digitais e mídias sociais: As pequenas em-presas dependem forte-

mente dos canais tradicio-nais de comunicação com o cliente e podem perder grandes oportunidades de usar táticas mais novas, como as mídias sociais e QR codes. O e-mail é o ca-nal mais utilizado, com 46% dos inquiridos usan-do como seu principal ca-nal para comunicações de negócios, seguido por te-lefone (22%) e mala direta (11%).

• Abordagem multi-ca-nal: as empresas demoram em tirar aproveito do po-der do marketing integra-do e dos novos canais. As maiores empresas pesqui-sadas (50-100 funcioná-rios), não listaram as mídias sociais como canal primá-rio. Aquelas que listaram a mídia social como seu prin-cipal canal tendiam a ser empresas com 10 funcio-nários ou menos. Mais no-tavelmente, dessas peque-nas empresas, as maiores proporções foram as de menos de 10 anos de ida-de. Ao incorporar uma abordagem multi-canal de comunicação, as empresas podem ver as taxas de res-postas aumentaram.

• E-mail: Enquanto as empresas usam o e-mail como canal de comunica-ção mais importante, o nú-mero de empresas que aproveitam este canal para fins de marketing ainda é bastante baixo. Enquanto o e-mail é o canal de co-municação top para as pe-quenas empresas, muitas ainda não estão tirando proveito disso para fins de marketing. A principal ra-zão apontada pelos entre-vistados para usar e-mail, foi para a correspondência básica relacionada com negócios em andamento (59%), no entanto, o nú-mero usando e-mail para vendas e marketing ainda é bastante baixo.

• Correspondência tradi-cional: As empresas já es-tão se comunicando com seus clientes utilizando a correspondência física, tais como faturas e extratos, no entanto, apenas uma pe-quena percentagem das empresas utilizam a corres-pondência tradicional para vendas e marketing. Ape-nas 18% dos entrevistados estão usando para desen-volvimento de novos ne-gócios e marketing e 20% estão incluindo informa-ções sobre produtos e atu-alizações. (Canal Executivo)

Todos os estabelecimentos, independente do ramo em que atuam, são obrigados a contratar e matricular os apren-dizes nos cursos de aprendizagem, no percentual mínimo de 5% e máximo de 15% das funções que exigem formação

Da mesma maneira, ao considerar a porcentagem de pessoas qualificadas na população com idade acima de 24 anos, o total com ensino médio cresceu 43%, enquanto a parcela com ensino superior cresceu 52%

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Educação Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Melhores escolas públicas do Enem são federais, militares ou de ensino técnico

Todas as escolas públi-cas que compõem a lista das 100 melhores

no Exame Nacional do En-sino Médio (Enem) de 2010 têm modelo de or-ganização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte desse grupo os colégios milita-res, os institutos federais de Educação Profissional e as escolas técnicas estadu-ais. Nenhuma delas é uma unidade da rede estadual com oferta regular.

Os chamados colégios de Aplicação, ligados às faculdades de Educação de universidades públicas, sempre ocupam posição de destaque nos rankings do Enem. O da Universida-de Federal de Viçosa (UFV) é o oitavo com o melhor resultado em todo o país em 2010. A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta as notas das provas objetivas e a reda-ção - enquanto a nacional é inferior a 600 pontos.

Para Mozart Neves Ra-mos, membro do Conse-lho Nacional de Educação (CNE), o bom resultado dessas escolas se deve, em grande parte, ao mo-

delo diferenciado de or-ganização, à qualidade dos professores e à infra-estrutura . “Em primeiro lugar, as escolas de aplica-ção não têm a mesma es-trutura de carreira para seus profissionais do que uma escola pública co-mum. Em geral, os profes-sores têm mestrado, dou-torado e são ligados às universidades. São escolas quase de tempo integral, o aluno fica o dia inteiro em laboratórios que fun-cionam”, explica Ramos.

Outra diferença é que, em muitos casos, os colé-gios de aplicação selecio-nam seus alunos por meio de uma prova, já que a procura é maior do que a oferta de vagas. Nesse caso, o próprio corpo discente já tem um nível mais alto do que em uma escola comum, que não escolhe os alunos que serão matriculados.

Também aparecem com destaque na lista das me-lhores escolas públicas os colégios militares e os ins-titutos federais que ofere-cem o ensino médio inte-grado à educação profissional. Em Brasília, a escola pública com nota mais alta no Enem é o Co-

légio Militar. A nota média da escola foi 637 pontos, com taxa de participação de 55% dos alunos. Para o vice-diretor do colégio, coronel Samuel Pureza, o bom resultado é fruto da proposta pedagógica.

“Procuramos incutir nos nossos alunos valores e a busca de ideais. Aqui não é um cursinho que oferece técnicas para passar no vestibular. É todo um con-texto que busca formar para a cidadania. Além dis-so, temos um quadro de professores competentes que ajudam os alunos a al-cançar seus objetivos”, diz.

Aluna do 3° ano do colé-gio, Allana Ribeiro, de 17 anos, vai participar do Enem pela primeira vez neste ano. Ela pretende utilizar o resultado da pro-va para tentar uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Já estudei em escolas pú-blicas e particulares e pos-so dizer que o nível aqui é excelente. Além disso, as mensalidades nas escolas particulares de Brasília são absurdas. Aqui temos uma preparação completa, a escola valoriza tanto a for-mação intelectual quanto a física”, acredita.

Conhecido por sua disci-plina rigorosa, o colégio também estimula a partici-pação dos alunos em di-versas competições esco-lares como olimpíadas de química, física e matemáti-

ca. Segundo Pureza, não há nenhum tipo de prepa-ração específica para o Enem. A maior parte das vagas é para filhos de mili-tares e algumas são ofere-cidas à comunidade por

meio de seleção. Em 2010, 323 estudan-

tes se inscreveram para tentar uma das cinco va-gas para o 1° ano do ensi-no médio que estavam disponíveis. (UOL)

O bom resultado dessas escolas se deve, em grande parte, ao modelo diferenciado de organização, à qualidade dos professores e à infraestrutura

A renda familiar, a es-colaridade dos pais e outros fatores so-

cioeconômicos explicam 80% da média das escolas com mais de 10 alunos prestando o Enem (Exame Nacional do Ensino Mé-dio). Os outros 20% po-dem ser creditados ao mérito da própria escola.

Esses resultados foram obtidos pelo pesquisador Rodrigo Travitzki, douto-rando da Faculdade de Educação da USP (Univer-sidade de São Paulo) ao analisar dados do Enem dos anos 2009 e 2010 para sua pesquisa de doutorado. O objetivo do estudo era saber até que ponto o ranking de esco-las do Enem tem validade como indicador de quali-dade escolar.

“O ranking atual serve mais para as elites do que para o governo e a socie-dade, pois as escolas me-lhor colocadas são aque-las cujos alunos tiveram as melhores notas. Mas se a escola recebe no en-sino médio um aluno bom cuja nota da prova também foi boa, significa que ela manteve a quali-dade do aluno ao longo do período”, diz.

“Entretanto, quando a escola recebe um aluno péssimo, mas que na prova do Enem consegue um resultado mediano, significa que ela conse-guiu melhorar o aluno ao longo dos anos, fato que

atualmente não é consi-derado no ranking”, com-pleta o pesquisador, que leciona Biologia para o ensino médio.

Para Travitzki, o ranking de escolas atual fornecido pelo Enem pode empo-brecer a educação brasi-leira por dois motivos. “As escolas começam a se preocupar mais com os bons resultados em testes e podem começar a es-quecer de outros elemen-tos importantes para o aprendizado, como a in-teligência emocional e a capacidade de trabalhar em grupo, por exemplo.

O segundo ponto é que o ranking tende a au-mentar as desigualdades, pois favorece as escolas que tiveram as melhores notas e prejudica as que tiveram notas ruins.”

A pesquisa está sendo realizada para o doutora-do-sanduíche de Travit-zki pela Faculdade de Educação da USP (Uni-versidade de São Paulo) e pela Universidade de Barcelona, na Espanha. De abril a agosto de 2012, o pesquisador es-teve na universidade es-panhola onde trabalhou com os microdados do Enem coletados por meio do site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Os dados obtidos após o processo de filtragem são de cerca de 1 milhão de alunos

para cada ano.Travitzki analisou espe-

cificamente o questioná-rio que os alunos respon-dem com informações sobre a situação sociocul-tural e econômica da fa-mília, como renda familiar e escolaridade dos pais, e que permite identificar o perfil dos participantes. Com base nesta análise, Travitzki está propondo um outro ranking de es-colas para o Enem.

“A ideia é ranquear as escolas com base na nota do Enem de formas mais justas, equitativas, e infor-mativas. O que eu propo-nho é um modo novo de olhar para o ranking”, destaca o professor. A di-vulgação do novo ranking deverá ocorrer em março de 2013, quando está prevista a defesa da tese.

Dentro da ótica do novo ranking, uma escola de periferia, que ocupa um lugar desfavorável no ran-queamento atual, pode ser muito melhor concei-tuada na análise realizada por Travitzki caso tenha alunos com uma boa pontuação no Enem.

EnemO Exame Nacional do

Ensino Médio foi criado em 1998, durante o go-verno do ex-presidente Fernando Henrique Car-doso com o objetivo de fornecer uma avaliação do ensino médio brasilei-ro. Na gestão do ex-pre-

sidente Lula (e que se es-tende aos dias atuais, na gestão da presidenta Dil-ma Rousseff), a nota do Enem passou a ser utiliza-da para a conquista de vagas em universidades privadas – via Prouni

(Programa Universidade para Todos) por meio da concessão de bolsas de estudo em cursos de gra-duação -, e também na conquista de vagas em universidades federais brasileiras.

O ranking das escolas é divulgado desde 2006 e é baseado nas notas dos alunos no exame. A prova é composta por 45 ques-tões de 4 áreas do conhe-cimento, totalizando 180 questões. (UOL)

Aumentam negros e pardos com ensino superior, mostra Censo do ME

Dados do Censo da Educação Su-perior 2011, divulgados pelo Mi-nistério da Educação (MEC),

apontam aumento no número de pre-tos e pardos jovens com ensino supe-rior no País. Em 2011, 8,8% dos jovens de 18 a 24 anos autodeclarados ne-gros frequentavam ou já haviam con-cluído o ensino superior. Em 2004, a proporção era de 5%; e em 1997, de apenas 1,8%.

Quando se analisam os números de jovens autodeclarados pardos, tam-bém se observa uma melhora - em

2011, 11% dos jovens pardos, de 18 a 24 anos, frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior, ante 5,6% em 2004 e 2,2% em 1997.

Os números foram divulgados pelo governo um dia após a publicação de portaria que trata da Lei das Cotas nas universidades, que entra em vigor para o próximo vestibular.

“Isso (esse aumento) foi muito im-portante, mas eles (pretos e pardos) continuam muito abaixo do peso que têm na população. Muitas universida-des públicas já tinham cotas. A nossa

meta, agora, é que a participação de negros no nível superior seja a mesma do Censo do IBGE”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Entre 2010 e 2011, a matrícula no ensino superior cresceu 7,9% na rede pública e 4,8% na rede privada. Nesse período, a matrícula cresceu 6,4% nos cursos de bacharelado, 0,1% nos cur-sos de licenciatura e 11,4% nos cursos tecnológicos. Os cursos de bacharela-do representam 66,9% das matrículas. Já os de licenciatura são 20,2%; os tec-nológicos, 12,9%. (Estadão)

Nível socioeconômico é responsável por 80% da nota de escola no Enem

Esses resultados foram obtidos pelo pesquisador Rodrigo Travitzki, doutorando da Faculdade de Educação da USP

Objetivo do estudo era saber até que ponto o ranking de escolas do Enem tem validade como indicador de qualidade escolar. Segundo pesquisa, o ranking tende a aumentar as desigualdades, pois favorece as melhores notas

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Educação Macapá-AP, domingo e segunda, 21 e 22 de outubro de 2012

Segundo Kfouri, a lei já estava em vigor e as instituições são obrigadas a cumpri-la até o prazo pré determinado

Federais terão que garantir opção de cotas até 2013

Com a publicação do decreto que regula-menta a Lei de Cotas

em universidades e insti-tutos federais, as institui-ções que já realizaram ins-crições para o vestibular 2013 sem cumprir o que prevê a lei deverão permi-tir que os candidatos pos-sam optar pela participa-ção da seleção por cotas.

“Todas as universidades terão que aplicar a lei nes-se processo seletivo. Quem já fez inscrições, não preci-sa fazer novamente, mas deve ter um mecanismo para que o candidato ins-crito possa fazer a opção pela cota”, disse o presi-dente da Andifes (Associa-ção Nacional dos Dirigen-tes de Instituições Federais de Ensino Superior), Carlos Maneschy.

Anis Kfouri, presidente da Comissão Especial de Fiscalização da Qualidade do Serviço Público da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), também afir-mou que no caso de inscri-ções feitas sem a reserva de vagas, as instituições devem entrar em contato com todos os candidatos e pegar as novas informa-ções. “Se a inscrição já ti-nha informações sobre formação, renda e raça é só fazer um procedimento interno e adequar as infor-mações à lei”, disse.

Segundo Kfouri, a lei já estava em vigor e as insti-

tuições são obrigadas a cumpri-la. “Se o edital está feito de maneira contrária a lei, ele precisa ser refeito. Mesmo os editais que fo-ram publicados antes da sanção presidencial devem ser refeitos”, disse. De acordo com ele, no caso de editais que não trazem nenhuma informação so-bre reservas de vagas, o que pode ser feito é uma complementação para in-cluir as informações relati-vas ao cumprimento da lei.

DúvidasO presidente da Andifes

afirmou que a regulamen-tação esclareceu algumas dúvidas dos reitores: “Es-tamos discutindo com as universidades para ver se alguma tem uma dificul-dade maior para que pos-samos trabalhar junto com o governo para su-perar os obstáculos”.

“No começo, entendía-mos que a discussão de-veria se dar respeitando a autonomia e as especifici-dades locais de cada uni-versidade. Na medida em que a lei foi aprovada pelo congresso e sancionada pela presidente, esse de-bate foi superado. Agora vamos trabalhar para o cumprimento da lei”, afir-mou Maneschy.

RegulamentaçãoO ministro da Educação,

Aloizio Mercadante, disse

Reitor da UFF diz que Lei de Cotas para as federais é retrocesso

O reitor da UFF (Uni-versidade Federal Fluminense), Ro-

berto Salles, disse que a Lei de Cotas é um retro-cesso por beneficiar alu-

nos de escolas públicas em condições de compe-tir com estudantes de co-

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Os estudantes cotistas poderão contar, afirmou Mercadante, com um sistema de tutoria para ajudar nos estudos

nesta segunda-feira (15) que os vestibulares das universidades federais que serão aplicados já neste ano terão que se ajustar à nova Lei de Cotas. A nor-ma foi regulamentada hoje, no Diário Oficial da União. “Todos os vestibu-lares desse ano terão que fazer ajuste”, disse o minis-tro. De acordo com o mi-nistro, o critério para raça será autodeclaratório. Já o de renda exigirá compro-vação. Ele disse que as uni-versidades não poderão usar critérios adicionais, como o utilizado pela UnB (Universidade de Brasília), que faz com que a candi-datura do estudante passa por uma banca de avalia-ção. “Essa não é recomen-dada para ser uma política nacional. A universidade não tem direito de decla-rar a raça a que um cida-dão pertence.”

A nova norma também já vale para o próximo Sisu (Sistema de Seleção Unifi-cada). “No caso do Sisu, nós regulamentaremos conforme o decreto e por-taria. Todas as instituições terão que cumprir a lei”, disse o ministro.

Os estudantes cotistas poderão contar, afirmou Mercadante, com um sis-tema de tutoria para aju-dar nos estudos. Porém, o modelo ainda está sendo definido pelo MEC (Minis-tério da Educação). (UOL)

légios privados. Em entre-vista à imprensa, ele divulgou nota criticando a complexidade da seleção imposta pela nova lei e anunciando ações afirma-tivas paralelas.

Além de destinar 12,5% das 9,6 mil vagas anuais a estudantes que cursaram ensino médio em qual-quer escola pública con-forme consta na lei, a UFF separará 10% de vagas para alunos de colégios municipais e estaduais. Desde 2007, a universi-dade tem cotas para es-ses alunos por considerá--los menos favorecidos. Em 2013, as vagas chega-riam a 25%.

“Todo mundo sabe que colégios federais como o Pedro 2º, militares, esco-las técnicas e colégios de aplicação preparam tão bem quanto as escolas privadas. Que chance vão

ter de entrar na universi-dade os alunos formados pelos estados e municí-pios com esse ensino bá-sico que temos?”, ques-tionou Salles. “Essa lei provoca uma dificuldade para esses alunos”.

O reitor Roberto Salles também criticou a com-plexidade da Lei de Co-tas, que exigirá um cruza-mento de dados para selecionar alunos com base na renda e na raça. A meta é chegar a 50% de vagas para cotistas até agosto de 2016. “É uma coisa sofisticada. Até eu, lendo a lei, tenho dúvi-das. Estamos preocupa-dos”, disse o reitor.

Para oferecer progra-mas assistenciais que es-timulem a permanência do aluno cotista na uni-versidade, como bolsa de estudo, alimentação, transporte e aulas de re-

forço, Salles quer que seja triplicado o orça-mento do Programa Na-cional de Assistência Es-tudantil. Para 2013, ele pede mais R$10 milhões, que se somarão ao orça-mento de R$ 25 milhões da instituição.

Para os próximos anos, a UFF antecipou que cria-rá uma segunda fase do vestibular. Hoje a seleção é feita pelo Sisu (Sistema Único de Seleção), com base nas notas do Enem (Exame Nacional do Ensi-no Médio). “Pensamos em uma prova dissertati-va específica para cada área, até para ver o nive-lamento dos estudante na nossa concepção. Mais para a frente vamos detalhar”, explicou Salles. Procurado, o Ministério da Educação não respon-deu à Agência Brasil. (Agência Brasil)

Brasil sofre com falta de leitura, é o que diz o presidente de associação de editoras universitáriasA falta de leitura é um dos

maiores problemas no Brasil. A afirmação foi feita

pelo presidente da Abeu (Asso-ciação Brasileira das Editoras Universitárias), José Castilho Marques Neto, durante sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos 25 anos da instituição. Para ele, o Brasil ain-da está longe de se se tornar um “país leitor”.

“Se centrarmos esforços cada vez maiores em relação à for-mação de leitores, seguramente nós teremos um país melhor, um país que se compreenda, que estimule o diálogo, preser-ve a democracia de maneira consciente, de maneira cidadã, plena”, afirmou.

A difusão da leitura, segundo Marques Neto, é um dos objeti-vos da associação, criada com a missão de fazer circular o livro universitário. Segundo o dire-tor, é hora de o Brasil profissio-nalizar o trabalho dos editores e

reconhecê-los como um ele-mento constitutivo de difusão da ciência. Assim, as editoras universitárias poderiam ter um status que já têm em países como a Inglaterra, em que a editora é uma das finalidades da universidade.

“Que tenhamos também ex-postos os nossos autores cientí-ficos, os nossos pesquisadores para mostrar que fazemos aqui pesquisas de ponta, pesquisas que têm alto nível de densidade social e que podem contribuir para o desenvolvimento inter-nacional”.

Para atingir esse objetivo, o presidente da associação afir-mou ter proposto ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF) projeto com o objetivo de defi-nir, em lei, os objetivos das edi-toras universitárias no Brasil. O projeto, segundo Marques Neto, está em estudo e logo poderá tramitar no Senado. (Agência Senado)

O reitor Roberto Salles também criticou a complexidade da Lei de Cotas, que exigirá um cruzamento de dados para selecionar alunos com base na renda e na raça

A difusão da leitura, segundo Marques Neto, é um dos objetivos da associação, criada com a missão de fazer circular o livro universitário

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