jornal do senado · 1999. 3. 5. · bras˝lia, sexta-feira, 5 de mar˙o de 1999 jornal do...

8
Ó RGˆO DE DIVULGA˙ˆO DAS ATIVIDADES DO S ENADO F EDERAL A NO V N” 828 B RAS˝LIA, SEXTA- FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADO JORNAL DO SENADO Justiça Federal terÆ juizados de pequenas causas Emenda aprovada em plenÆrio permite acelerar processos de pequeno valor que envolvam o governo A Justiça Federal passará a ter juizados especiais para cuidar de processos de pequeno valor que envolvam o governo federal. A inovação está prevista em emenda constitucional aprovada on- tem por unanimidade, em primeiro turno, pelo plenário. Os novos juizados deverão tratar de temas como pagamento de benefícios previdenciários e reajuste de prestações habitacionais. “Estes juizados serão extremamente importantes para o exercício da cidadania”, pre- vê o senador José Fogaça, relator da matéria. Foram autorizadas ainda operações de crédito junto ao Banco Mun- dial, no valor de até US$ 1,01 bilhão, dentro do programa de apoio financeiro ao país, e de 18 bilhões de ienes, junto ao Banco do Japão, para o setor de ciência e tecnologia. PÁGINA 3 A sessªo de ontem foi aberta por uma homenagem ao jornal Correio Braziliense Senador quer Espírito Santo respeitado Em seu primeiro pronunciamento, o senador Paulo Hartung disse que interesses da populaçªo capixaba tŒm sido desconsiderados. P`GINA 5 PAULO HARTUNG Estímulo à produçªo Ø prioridade O senador JosØ Alencar prometeu empenhar-se pela reativaçªo da economia e pela defesa dos interesses nacionais. P`GINA 5 JOSÉ ALENCAR PlenÆrio aprova 13 matØrias na semana PÁGINA 4 Rio recebe de volta contrato da dívida O contrato de refinanciamento da dívida do Rio de Janeiro, cuja tramitação ainda não foi concluída, será devolvido ao governo estadual. A decisão foi anunciada ontem pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, após receber em audiência o governador Anthony Garotinho. PÁGINA 2 Niemeyer conhece o novo espelho dÆgua Arquiteto foi recebido pelo presidente do Senado e considerou a obra “muito bonita” PÁGINA 2 P`GINAS 6 E 7

Upload: others

Post on 04-Dec-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

Ó R G Ã O D E D I V U L G A Ç Ã O D A S AT I V I D A D E S D O S E N A D O F E D E R A L A N O V � Nº 828 � B R A S Í L I A, SEXTA- FEIRA, 5 D E MARÇO D E 1999

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADOJustiça Federal

terá juizados depequenas causas

Emenda aprovada em plenário permite acelerarprocessos de pequeno valor que envolvam o governo

A Justiça Federal passará a ter juizados especiais para cuidar deprocessos de pequeno valor que envolvam o governo federal. Ainovação está prevista em emenda constitucional aprovada on-

tem por unanimidade, em primeiro turno, pelo plenário. Os novosjuizados deverão tratar de temas como pagamento de benefíciosprevidenciários e reajuste de prestações habitacionais. “Estes juizadosserão extremamente importantes para o exercício da cidadania”, pre-vê o senador José Fogaça, relator da matéria. Foram autorizadas ainda operações de crédito junto ao Banco Mun-dial, no valor de até US$ 1,01 bilhão, dentro do programa de apoiofinanceiro ao país, e de 18 bilhões de ienes, junto ao Banco do Japão,para o setor de ciência e tecnologia.

PÁGINA 3

A sessão de ontem foi abertapor uma homenagem aojornal Correio Braziliense

Senador querEspírito SantorespeitadoEm seu primeiropronunciamento, o senadorPaulo Hartung disse queinteresses da populaçãocapixaba têm sidodesconsiderados.PÁGINA 5

PAULO HARTUNG

Estímulo àprodução éprioridadeO senador José Alencarprometeu empenhar-sepela reativação daeconomia e pela defesados interesses nacionais.

PÁGINA 5

JOSÉ ALENCAR

Plenário aprova13 matériasna semana

PÁGINA 4

Rio recebe de voltacontrato da dívidaO contrato de refinanciamento da dívida do Rio de Janeiro, cujatramitação ainda não foi concluída, será devolvido ao governoestadual. A decisão foi anunciada ontem pelo presidente doSenado, Antonio Carlos Magalhães, após receber em audiênciao governador Anthony Garotinho.

PÁGINA 2

Niemeyerconhece o novoespelho d�águaArquiteto foi recebidopelo presidente doSenado e considerou aobra “muito bonita”

PÁGINA 2

PÁGINAS 6 E 7

Page 2: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 19992

JORNAL DO SENADO

MESA DO SENADO FEDERAL

Presidente: Antonio Carlos Magalhães 1º Vice-Presidente: Geraldo Melo2º Vice-Presidente: Ademir Andrade

1º Secretário: Ronaldo Cunha Lima2º Secretário: Carlos Patrocínio3º Secretário: Nabor Júnior4º Secretário: Casildo Maldaner

Suplentes de Secretário: Eduardo Suplicy - Lúdio Coelho Jonas Pinheiro - Marluce Pinto

www.senado.gov.br - E-mail: [email protected] - tel.: 0800 612211 - fax: (061) 311 3137Diretor-Geral do Senado: Agaciel da Silva Maia

Secretário-Geral da Mesa: Raimundo Carreiro SilvaDiretor da Sec. de Comunicação Social: Fernando Cesar Mesquita

Diretor de Divulgação e Integração: Helival RiosDiretor do Jornal do Senado: Flávio de MattosDiretor da Agência Senado: José do Carmo Andrade

Editor-Chefe: Djalba LimaEditores: Marcos Magalhães, Mariuza Vaz, Sylvio Guedes, João Carlos Ferreira da Silva e Sylvio Costa

Diagramação: Sergio Luiz, Wesley Bezerra de Carvalho e Osmar MirandaRevisão: Lindolfo Amaral, Maria das Graças Aureliano e Miqueas Dantas de Morais

Fotos: Célio Azevedo, Márcia Kalume, Adão Nascimento, Roosevelt Pinheiro, Waldemir Rodrigues, José Cruz e Jane AraújoArte: Clóvis Júnior

Impresso pelaSecretaria Especial

de Editoração ePublicações

Endereço: Praça dos Três PoderesEd. Anexo I do Senado Federal,

15º e 16º andaresBrasília - DF - 70165-920

O noticiário do Jornal do Senado éproduzido pela equipe de jornalistas da

Subsecretaria Agência Senado

SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1999

O presidente do Senado, Antonio Car-los Magalhães, recebeu ontem o gover-nador do Rio de Janeiro, Anthony Ga-rotinho, que lhe entregou carta forma-lizando pedido de devolução ao BancoCentral do contrato de refinanciamentoda dívida estadual. A solicitação, escla-receu o governador, foi acordada como governo federal e tem anuência doMinistério da Fazenda. Antonio Carlosinformou que, diante do pedido e do

Contrato do RJ é devolvidoa pedido de Garotinho

Decisão permitirá alterar os termos da renegociação da dívida pública do estado junto ao governo federal

fato de o contrato não estar com suatramitação concluída no Senado, aten-deria o pleito.

Antes de reunir-se com Antonio Car-los, o governador encontrou-se com oministro da Fazenda, Pedro Malan, e osecretário-executivo do ministério, Pe-dro Parente. O objetivo foi ajustar a fu-tura renegociação da dívida estadual, se-gundo revelou Garotinho. Ele tambémforneceu ao senador Antonio Carlos

Uma comissão dedeputados do PFL, li-derada por Inocên-cio Oliveira (PE), foihipotecar a ACM oapoio e a solidarie-dade da bancada dopartido na Câmara,“diante da agressãobrutal recebida deum ministro do Tribunal Superior doTrabalho”.

Emocionado, o senador agradeceuo apoio e renovou sua convicção deque o país precisa de uma “agendapositiva que lhe permita retomar o de-senvolvimento, realizando as reformasnecessárias para isso”.

Antonio Carlos manifestou sua

Deputados federais do PFL levamsolidariedade a Antonio Carlos

Niemeyer quer mais um espelho d´água no CongressoEconomia é temade conversa comdeputado chileno

Magalhães detalhes sobre esses enten-dimentos. Um novo conceito de receitalíquida e a revisão da Lei Kandir são al-guns aspectos concretos e objetivos darenegociação, que deverá reduzir o pesodo serviço da dívida fluminense.

Os senadores Saturnino Braga (PSB-RJ), Emília Fernandes (PDT-RS), NeySuassuna (PMDB-PB) e Sebastião Ro-cha (PDT-AP) acompanharam o encon-tro do governador do Rio com ACM.

confiança de que o PFL continuaráa desempenhar papel fundamentalpara a estabilidade e o desenvolvi-mento nacionais, renovando seu re-púdio ao recurso “a questões pes-

Parlamentares pefelistascondenaram �agressão�

cometida por ministro do TST

soais” por parte do ministro do TSTAlmir Pazzianottto, no debate sobrea necessidade da Justiça do Trabalhono país. O senador lembrou que oCongresso é o fórum adequado parase avaliar a necessidade e importân-cia das instituições públicas, sua ma-nutenção ou supressão. “Talvez sejaisso que eles temem”, observou.

Ele revelou aos deputados que, du-rante encontro com o presidente Fer-nando Henrique Cardoso, ouviu delereferências elogiosas à recente reu-nião que teve com a bancada. AntonioCarlos reafirmou seu apoio e lealda-de ao presidente, sem abrir mão dasresponsabilidades que os líderes têm,“no sentido de apontar e advertir parapossíveis erros ou problemas”.

O presidente do Senado, Antonio Car-los Magalhães, recebeu a visita do arqui-teto Oscar Niemeyer, que aprovou o es-pelho d’água construído defronte aoCongresso Nacional, e apresentou pro-posta de construção de um outro, naparte do prédio que dá para a Praça dosTrês Poderes.

– Estou satisfeito. A obra ficou muitobonita, tanto que gostaria de repetir dooutro lado – disse Niemeyer.

Depois de conversar com o visitantesobre o novo projeto, o senador desceucom ele a rampa do Congresso, para ob-servar o espelho d’água, obra realizada apartir de idéia do presidente do Senado.

– Gostei do lago porque enriqueceu o

O presidente da Federação das Indús-

trias de Minas Gerais (Fiemg), Stefan

Bogdan Salej, esteve ontem com o presi-

dente do Senado, Antonio Carlos Maga-

lhães, a quem veio agradecer o esforço

feito pelo Congresso para, sob a lideran-

ça do senador, aprovar as reformas.

Segundo Salej, a visita deveria ter acon-

tecido no mesmo dia em que esteve com

o presidente da Câmara, Michel Temer,

para fazer agradecimento semelhante.

Mas, por motivos alheios à sua vontade,

somente agora pôde encontrar-se com

ACM. Ele disse ter aproveitado para dis-

cutir o encaminhamento das reformas

tributária e política e os interesses co-

muns que unem Minas e Bahia.

ACM se reúnecom presidente

da Fiemg

Solicitação feita pelogovernador Anthony

Garotinho foi prontamenteatendida pelo senador

Antonio Carlos Magalhães

Antonio Carlos também recebeu on-tem o presidente da Câmara dos Depu-tados do Chile, Guttemberg Martinez,com quem trocou impressões a respei-to da economia internacional e do fenô-meno da globalização.

A situação do Brasil e do Chile e asperspectivas do Mercosul também fize-ram parte da conversa, na qual Martineze ACM reafirmaram o interesse em apro-ximar cada vez mais os dois países. Àsaída, Martinez disse que ambos conclu-íram “ser inevitável a globalização e fun-damental que os países busquem o de-senvolvimento em bases competitivas”.

prédio – afirmou o arquiteto.Antonio Carlos elogiou o projeto apre-

sentado por Niemeyer, que inclui a am-pliação do lago existente do lado do pré-dio do Congresso voltado para a Praçados Três Poderes, criação de espaço degaragem subterrânea e a construção deuma rampa ligando um ponto ao ladodo gabinete do presidente do Senado àfachada do Museu Histórico de Brasília.

– O esboço apresentado é maravilho-so. Vamos fazer um orçamento e depoisdetalhar o projeto, e realizá-lo, Câmarae Senado. Mais uma vez, Niemeyer vaiservir ao Congresso e ao país, com umaobra bem ao seu jeito – afirmou o pre-sidente do Senado.

O arquiteto disse que está aproveitan-do esta passagem por Brasília para es-tudar problemas da cidade e manterácontatos com o governador. Ele enfatizousua preocupação com o aumento da po-pulação:

– A cidade está crescendo, e tem pro-blemas. O problema principal é grave: oaumento da densidade demográfica. Hágente demais. É preciso conter, e contero lucro imobiliário. A cidade chegou aum ponto grave de decisão, porque se adensidade demográfica continua aumen-tando, terá repercussões no tráfego eoutros setores. Já temos problemas as-sim no Rio e em São Paulo, que nãopodemos esquecer – salientou.

PLENÁRIO

9h - Sessão não deliberativa

PREVISÃO PARA A PRÓXIMA SEMANA

PLENÁRIO

Segunda-feira (8.3.99)14h30 - Sessão não deliberativaTerça-feira (9.3.99)14h30 - Sessão deliberativa ordináriaPauta: *PDL nº 54/95, que aprova o ato que outorgapermissão à Rádio FM Canavial Ltda. para explorarserviço de radiodifusão sonora em freqüênciamodulada na cidade de Redenção - CE.; e *PDL nº124/95, que renova a permissão outorgada à RádioRiviera Ltda., posteriormente transferida à Rádio TerraFM de Goiânia Ltda., para explorar serviço deradiodifusão sonora em freqüência modulada nacidade de Goiânia - GO.Quarta-feira (10.3.99)10h - Sessão Solene do Congresso Nacional emHomenagem às Mulheres14h30 - Sessão deliberativa ordinária do SenadoPauta: *PDL nº 57/96, que aprova o ato que renova apermissão outorgada à Rádio Clube de PernambucoS/A para explorar serviço de radiodifusão sonora emfreqüência modulada na cidade de Recife - PE.; e *PDLnº 25/98, que aprova o ato que renova a concessãodeferida à Rádio Clube Rio do Ouro Ltda. para explorarserviço de radiodifusão sonora em onda média nacidade de Jacobina - BA.Quinta-feira (11.3.99)14h30 - Agenda em abertoSexta-feira (12.3.99)9h - Sessão não deliberativa

COMISSÕES

Terça-feira (9.3.99)10h - Comissão de Assuntos EconômicosPauta: Apreciação da *Mensagem nº 59/99, quesubmete ao Senado o nome do senhor Amauri Serralvopara exercer o cargo de procurador-geral do ConselhoAdministrativo de Defesa Econômica do Ministério daJustiça; *Mensagem nº 60/99, que submete aoSenado o nome do senhor João Bosco Leopoldino daFonseca para exercer o cargo de conselheiro doConselho Administrativo de Defesa Econômica doMinistério da Justiça; e *Mensagem nº 78/99, quesubmete ao Senado o nome do senhor Walton AlencarRodrigues para compor o Tribunal de Contas da União,no cargo de ministro, na vaga decorrente daaposentadoria do ministro Carlos Átila Alvares da Silva.Local: Ala Senador Alexandre Costa - sala 19

A G E N D AA G E N D A

Page 3: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1999 3JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

QUINTA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 1999

RESULTADO DA ORDEM DO DIA

Fonte: Secretaria Geral da Mesa

1Proposta de Emenda à Constituição nº 1, de 1999 (nº 526/97, na Câmara dos Deputados). Presidente da República.Acrescenta parágrafo único ao art. 98 e altera as alíneas �i� do inciso I do art. 102 e �c� do inciso I do art. 105 daConstituição federal. ( criação juizados especiais - habeas corpus - tribunal superior-STF e tribunal estadual- STJ ).

Resultado: Aprovada, em primeiro turno. Votaram: Sim: 61; Não: 0; Abst: 0; Total: 61. A matéria constará daOrdem do Dia da sessão deliberativa ordinária do próximo dia 15, para o primeiro dia de discussão, em segundoturno.

2Projeto de Resolução nº 8, de 1999 (CAE). Autoriza a República Federativa do Brasil a contratar operação de créditoexterno com o The Export-Import Bank of Japan - JEXIM, no valor equivalente a dezoito bilhões de ienes, de principal,destinando-se os recursos ao financiamento parcial do Programa de Modernização da Infra-Estrutura do Setor deCiência e Tecnologia.

Resultado: Aprovado. À promulgação.

3Projeto de Resolução nº 9, de 1999 (CAE). Autoriza a República Federativa do Brasil a contratar operação de créditoexterno junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD, no valor equivalente a até US$252.521.000, na modalidade de ajuste setorial, Rede de Proteção Social, no âmbito do Programa de Apoio FinanceiroInternacional ao Brasil.

Resultado: Aprovado. À promulgação.

4Projeto de Resolução nº 10, de 1999 (CAE). Autoriza a República Federativa do Brasil a contratar operação decrédito externo junto ao Banco Mundial, no valor equivalente a até US$ 757.570.000, na modalidade de ajustesetorial da Previdência Social, no âmbito do Programa de Apoio Financeiro Internacional ao Brasil.

Resultado: Aprovado. À promulgação

5Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara nº 36, de 1996 (nº 5.071/96, na Casa de origem). Dispõesobre a proteção das cavidades naturais subterrâneas, em conformidade com o inciso X do art. 20 e o inciso V do art.216 da Constituição federal e dá outras providências.

Resultado: Aprovado o substitutivo. Rejeitado o art. 17, destacado. A matéria volta à Câmara dos Deputados.

Por unanimidade, oplenário do Senado apro-vou ontem emenda àConstituição que permiti-rá a aceleração dos pro-cessos de pequeno valorque envolvem o governofederal, incluindo reajus-tes de prestação do SFH,pagamento de benefíciospelo INSS e indenizaçõesque as pessoas reivindi-cam de órgãos públicosfederais. Trata-se deemenda que cria juizadosespeciais na Justiça Fede-ral.

A Constituição de 88havia criado, e já funcionam, os cha-mados juizados de pequenas causas,para assuntos penais e matérias cíveis,mas apenas no âmbito das justiças es-taduais. Agora, eles serão estendidos àJustiça Federal, a quem compete julgarações que envolvem a União ou seusórgãos. A emenda será votada em se-gundo turno na segunda quinzena des-te mês e, se referendada pelos senado-res, será promulgada pelas Mesas doSenado e da Câmara. Para a implanta-

O plenário do Senado aprovouontem dois projetos de resoluçãoque autorizam o Brasil a contrataroperação de crédito externo juntoao Banco Mundial, no valor total deaté US$ 1,01 bilhão. Os recursos fa-zem parte do apoio financeiro aopaís liderado pelo Fundo Monetá-rio Internacional (FMI) e por or-ganizações multilaterais. Tambémfoi aprovado crédito externo de 18bilhões de ienes, com o Banco doJapão, para o setor de ciência e tec-nologia.

Do total da ajuda financeira do FMI,de US$ 41,5 bilhões, o Banco Mundiale o Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID) participarão, cadaum, com US$ 4,5 bilhões, sendo os em-préstimos aprovados apenas parte des-ses recursos, segundo observaram osrelatores das matérias na Comissão deAssuntos Econômicos(CAE), senadores NeySuassuna (PMDB-PB) eOsmar Dias (PSDB-PR).

O primeiro projetoaprovado autoriza aoperação de crédito deaté US$ 252,52 milhões,na modalidade de ajus-te setorial, para a Redede Proteção Social. O re-lator na CAE, senadorOsmar Dias, disse que aoperação “tem caráterexclusivamente financeiro, vinculando-se a destinação dos recursos ao paga-mento de dívida externa, conforme foiexplicitado pelo ministro interino daFazenda, Pedro Parente”.

Tendo como relator Ney Suassuna,o segundo projeto aprovado autoriza aoperação de crédito de até US$ 757,57milhões, também na modalidade deajuste setorial, mas com a finalidade depromover o ajuste nas contas da Previ-dência Social.

Os recursos da operação, de acor-do com Suassuna, serão depositadosem uma única operação, denominada“Conta de Depósito”, que é do BancoCentral e titulada pela Secretaria doTesouro.

Durante a discussão dos emprésti-mos do Banco Mundial, José Eduardo

Dutra (PT-SE) disse que os recursos,na verdade, não serão aplicados na áreasocial nem na Previdência Social, masutilizados para amortizar a dívida ex-terna.

Osmar Dias afirmou que deu pare-cer favorável até porque o Senado jáaprovou a ajuda global do FMI, mas res-salvou que se sentiu na obrigação decolocar, em seu parecer, as observa-ções do ministro de que os recursosservirão para amortização da dívida.

O senador Ademir Andrade (PSB-PA) criticou a política econômica dogoverno, observando que houve au-mento da dívida interna de R$ 60 bi-lhões para R$ 400 bilhões e que a altados juros permanecerá pelos próximosquatro anos, além de o país voltar a en-frentar a inflação.

Já o senador Lauro Campos (PT-DF)disse que “inventaram uma tal Rede So-

cial” para justificar osempréstimos, mas essaé uma “rubrica vazia”,já que o próprio Minis-tério da Fazenda decla-rou que os recursosservirão para pagar adívida externa. O sena-dor criticou o sistemade livre mercado e dis-se que o Brasil está sen-do “escravizado e suga-do por vampiros”.

O outro projeto deresolução aprovado na sessão plenáriaautoriza o Brasil a contratar operaçãode crédito externo com o Export-ImportBank of Japan (Jexim), no valor de de-zoito bilhões de ienes (moeda japone-sa), para financiar parcialmente o Pro-grama de Modernização da Infra-Estru-tura do Setor de Ciência e Tecnologia.

O relator da matéria na CAE, sena-dor Ramez Tebet (PMDB-MS), obser-vou que é importante a modernizaçãodo setor de ciência e tecnologia, devi-do à “necessidade de se equiparemconvenientemente os setores de pesqui-sa científica e tecnológica das universi-dades e instituições de pesquisa”. Ma-rina Silva anunciou o apoio do BlocoOposição ao projeto, mas lamentou queos recursos não se estendam a empre-sas do setor para gerar empregos.

Quem entrar em alguma das três milcavernas do país sem permissão do go-verno poderá ser multado em até R$1.000,00. Já quem explorar minerais decavernas ou numa distância de até 300metros de sua entrada poderá recebermulta de até R$ 100 mil. As puniçõesconstam de projeto de lei aprovado on-tem pelo plenário do Senado, o qual es-tabelece todas as normas para defesadas cavernas e grutas brasileiras.

O projeto, que ainda será votado pe-los deputados, proíbe qualquer lavramineral ou obra nas proximidades dascavernas, inclusive rodovias para suaexploração turística. Pela Constituição,tais acidentes geológicos pertencem àUnião, mas sua proteção e exploraçãoturística poderão ser repassadas aos es-tados e municípios por convênio como governo federal.

O projeto determina que as ativida-des atualmente exercidas nas cavernasterão de receber licenciamento ambi-ental nos seis meses seguintes. Prevêainda que o governo federal irá elabo-rar o Cadastro Nacional do PatrimônioEspeleológico, em parceria com esta-dos, municípios e entidades represen-tativas da comunidade técnico-cientí-fica do país.

ção definitiva desses jui-zados, ainda terá de servotada uma lei com suaregulamentação.

O relator da matéria naComissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania(CCJ), senador José Foga-ça (PMDB-RS), afirmouque os juizados tambémficarão encarregados dejulgar as infrações penais“de menor potencialofensivo”.

– Estes juizados serãoextremamente importan-tes para o exercício dacidadania. Um cidadão

que tem, por exemplo, seu carro abal-roado por um jipe do Exército encon-tra enorme dificuldade para recebersua indenização, por causa da lentidãoe dos custos advocatícios e processu-ais. Com os novos juizados, o proble-ma poderá ser resolvido em apenasuma audiência, onde o interessadopoderá se manifestar oralmente – dis-se Fogaça.

Em exposição de motivos que acom-panha a proposta de emenda, o então

ministro da Justiça e senador Iris Re-zende (PMDB-GO) lembra que, alémde beneficiar os cidadãos diretamente,os novos juizados irão desafogar a Jus-tiça Federal, abarrotada por processosde menor valor. Lembrou que a gran-de vantagem desses foros é a possibili-dade de se resolver tudo em uma ouduas audiências, onde a argumentaçãoé feita de forma oral, sem processo bu-rocrático ou formalismos.

Durante a votação, a senadora Mari-na Silva (PT-AC), líder do Bloco Oposi-ção, recomendou voto favorável e ob-servou que a mudança constitucionaltem grande alcance social e facilitará oacesso das populações pobres à Justiça.

A mesma proposta de emenda àConstituição alterou um artigo da Cons-tituição que fala da concessão de ha-beas corpus. O objetivo, conforme osenador José Fogaça, é dividir melhoras tarefas nos tribunais superiores edesafogar o Supremo Tribunal Federal.Com a mudança, todos os pedidos dehabeas corpus por prisão preventiva,que tenha sido decretada por tribunaissubordinados ao Superior Tribunal deJustiça (STJ), deverão ser dirigidos aoSTJ, e não mais ao STF.

Processos de pequenovalor ficarão mais ágeisSenado aprova criação de juizados especiais com competência

para julgar questões em que a União estiver envolvida

Exploração decavernas sem

permissãodará multa

Fogaça considera tribunaisimportantes para o

exercício da cidadania

Suassuna diz que um dosempréstimos destina-se aosaneamento da Previdência

Osmar Dias esclareceu queoperação tem caráter

exclusivamente financeiro

Recursos fazemparte do apoio

financeiro ao país,liderado pelo

Fundo MonetárioInternacional eorganizaçõesmultilaterais

Aprovadas autorizaçõespara empréstimos

junto ao Banco Mundial

Page 4: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 19994

Nas sessões de terça (9) e quarta-feira(10) da semana que vem, o plenário do Se-nado deverá deliberar sobre concessões e per-missões para a exploração de serviços de ra-diodifusão sonora no país.

Na terça-feira, o Senado analisará os pa-receres favoráveis à permissão para que aRádio FM Canavial e a Rádio Terra FM deGoiânia explorem serviços de radiodifusão em

Do comando do Banco Central àagenda de pagamentos de contaspelos usuários de serviços públicos,importantes assuntos de interessedos cidadãos foram objeto de deli-beração do Senado esta semana. Nototal, o plenário apreciou treze ma-térias, entre elas a criação dejuizados especiais federais e a pro-teção das cavernas brasileiras.

A indicação de Armínio FragaNeto foi aprovada por 57 votos fa-voráveis e 20 contrários. Durante adiscussão da matéria, 12 senado-res ocuparam a tribuna. O líder dogoverno, senador Romeu Tuma(PFL-SP), argumentou que, dianteda crise que angustia o país, é pre-ciso dar respaldo às autoridadesgovernamentais. A oposição criti-cou Armínio Fraga por sua vincu-lação com o megaespeculador Ge-orge Soros.

O projeto sobre pagamento decontas de serviços públicos,oriundo da Câmara e enviado àsanção, obriga as concessio-nárias a colocar à disposição dosusuários seis datas diferentespara que este escolha a que lhefor mais conveniente. A possibi-lidade de criação de juizados es-peciais federais é prevista emproposta de emenda constitucio-nal de autoria do Executivo, apro-vada em primeiro turno.

Os senadores aprovaram ainda

Senado apreciou 13 matérias em uma semanaEscolha da diretoria do Banco Central, votações de operações de crédito externo e propostas criando juizadosespeciais e normas de proteção às cavernas nacionais foram assuntos votados pelos senadores nos últimos dias

autorização para que a União con-trate empréstimo externo no valorde até US$ 1,010 bilhão. Os recur-sos fazem parte do programa deajuda financeira do FMI, cujo valortotal deve chegar a U$ 41,5 bilhões.Treze senadores votaram contra,sustentando que os recursos desti-nam-se exclusivamente à amortiza-ção da dívida externa.

A Casa também aprovou, porunanimidade, emenda constituci-onal que possibilita a criação dejuizados especiais na Justiça doTrabalho e permite o julgamentode habeas corpus pelo STJ. A pro-posta, que na opinião do senadorJosé Fogaça (PMDB-RS), relatorda matéria, atende aos interessesda cidadania por agilizar o anda-mento de processos, ainda seráapreciada em segundo turno. Avotação deve ocorrer no próximodia 15.

Substitutivo da senadora MarinaSilva (PT-AC) dispondo sobre a pro-teção das cerca de três mil caver-nas do país também foi aprovado.O projeto, que, entre outras coisas,proíbe qualquer obra a menos de300 metros da entrada de qualquercaverna, retornou à Câmara dosDeputados.

Em segundo turno de votação,o plenário aprovou projeto queestabelece nas ações trabalhistasmovidas por trabalhadores rurais

o mesmo prazo de prescrição fi-xado para os trabalhadores urba-nos, que é de cinco anos. Atual-mente, não há prazo definindo operíodo em que um trabalhadorrural poderá reivindicar direitostrabalhistas.

A Comissão de Assuntos Econô-micos (CAE) apreciou cinco pedi-dos de autorização para operaçõesde crédito. Entre eles, um do esta-do do Rio de Janeiro para contra-tar empréstimo externo no valor deUS$ 180 milhões. A matéria seráapreciada em regime de urgênciana sessão de terça-feira. A comis-são também aprovou requerimen-to de autoria do senador JeffersonPéres (PDT-AM) solicitando audi-ência pública com autoridades dogoverno para debater o bug do mi-lênio, possível colapso dos sistemasde processamento que não foremalterados na virada do ano.

DISCUSSÕESA saúde financeira dos estados

foi tema de debates no plenárioda Casa durante a semana. O pre-sidente do Senado, Antonio Car-los Magalhães, disse que vai co-laborar para resolver o proble-ma do endividamento e acenoucom a possibilidade de uma re-visão nas operações não votadasou sem parecer de comissões.“Só não farei o que não for regi-mental e constitucional”, anun-ciou.

O senador Leomar Quintanilha(PPB-TO), abordando o assun-to, elogiou a reunião do presi-dente Fernando Henrique Cardo-so com os governadores, reali-zada na última sexta-feira, dizen-do que o encontro foi um avan-ço. O senador Wellington Rober-to (PMDB-PB) criticou os gover-nadores oposicionistas e afirmouque eles estavam tirando provei-to pessoal e partidário da crise.

Plenário delibera sobre concessõesde rádio em quatro estados

freqüência modulada (FM) nas cidades deRedenção (CE) e Goiânia (GO), respectiva-mente. Na quarta-feira os pareceres favorá-veis à renovação da permissão outorgada àRádio Clube de Pernambuco, que explora umaFM em Recife, e à renovação de concessãodeferida à Rádio Clube Rio do Ouro, deJacobina (BA), serão submetidos à delibera-ção do plenário.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE),presidida pelo senador Fernando Bezerra(PMDB-RN), reúne-se na próxima terça-feira, apartir das 10h, para apreciar a indicação pelopresidente da República de nomes para o Con-selho Administrativo de Defesa Econômica(Cade), do Ministério da Justiça, e para o Tribu-nal de Contas da União (TCU). A votação deveráocorrer em sessão secreta.

Para o cargo de procurador-geral do Cade éindicado Amauri Serralvo e para o cargo de con-selheiro João Bosco Leopoldino da Fonseca. Parao cargo de ministro do Tribunal de Contas daUnião o indicado é Walton Alencar Rodrigues,na vaga deixada pelo ministro Carlos Átila Alva-res da Silva, que se aposentou.

CAE aprecia na terça indicações parapresidente e conselheiro do Cade

O Congresso Nacional realiza na quarta-fei-ra, às 10h, sessão solene em homenagem àsmulheres, pelo transcurso do Dia Internacionalda Mulher (que se comemora no dia 8 de mar-ço), resultado de um requerimento apresentadopela senadora Emília Fernandes (PDT-RS). Nomesmo dia, às 14h, haverá um ato público noSalão Negro. A partir de segunda-feira, a Sub-secretaria de Relações Públicas promove a 2ªSemana da Mulher, com exposição na SenadoGaleria sobre a saúde feminina (até o dia 19),ciclo de debates (dias 10 e 11) e programaçãoespecial do projeto Cultura ao Meio-Dia, exibin-do o filme Carlota Joaquina.

Congresso realiza sessão soleneem homenagem às mulheres

Senador Fernando Bezerraconvocou próxima reunião daCAE para terça-feira, às 10h

Emília Fernandes é a autora dorequerimento para sessão que

homenageará as mulheres

Plenário aprovou projeto que estabelece nas ações trabalhistas rurais o mesmo prazo de cinco anos das ações urbanas

Page 5: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1999 5JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

Em seu primeiro discurso comosenador, Paulo Hartung (PSDB-ES)anunciou que vai lutar para que oEspírito Santo seja respeitado dentroda Federação. Para ele, as vantagenseconômicas que o estado oferece aopaís são anuladas pela desvantagempolítica que tem na discussão de umprojeto nacional:

– Aqui nesta Casa, vou lutar paraque o Espírito Santo tenha vez e te-nha voz. Não quero benesses, dispen-so privilégios. Quero apenas que meuestado seja ouvido – disse Hartungontem da tribuna.

Os interesses do povo capixaba,continuou, muitas vezes foram des-considerados no cenário nacional.Segundo o senador, se não fosse aconstrução do Porto de Vitória, inici-ada há cem anos, a economia do esta-do não teria experimentado o cresci-mento que lhe foi proporcionado.

Hartung quer que Espírito Santo seja ouvidoEm seu primeiro discurso no Senado, representante capixaba promete luta para que estado tenha voz

e lamenta que interesses da população estejam sendo desconsiderados no cenário nacional

Em aparte, o senador Gerson Cama-ta (PMDB-ES) concordou com seu co-lega de bancada, ao avaliar que o Espí-rito Santo ficou à parte no processo dedesenvolvimento, principalmente após

a democratização do país:– Parece que existe no governo fe-

deral um movimento para criar esta-dos centralistas e estados periféricos.Delegacias e órgãos públicos federaisdo Espírito Santo foram transferidospara o Rio de Janeiro. Está na hora deos estados periféricos começarem a ad-vertir o governo federal para essa situ-ação – disse Camata.

Depois de fazer uma avaliação daeconomia capixaba, seus principaisprodutos e empresas, Hartung disseque, na sua avaliação, o crescimentodo estado está ameaçado. O corredorCentro-Leste, por exemplo, capaz de es-coar a produção de Minas Gerais e doCentro-Oeste, vem sendo preterido pelapolítica de investimentos da União.

CONSTITUIÇÃOO senador abordou ainda as “com-

plicações institucionais” advindas daConstituição de 1988. Para ele, o pro-

cesso de transição institucional, queculminou com a redemocratização, foimarcado por um grande equívoco emrelação ao papel do Estado no desen-volvimento brasileiro:

– A engenharia econômica retar-dou a abertura comercial e a moder-nização de nosso parque produtivo,o que depois acabou acontecendo deforma desorganizada e incompleta. Amodernização feita de cima para bai-xo, socialmente excludente, ignorouo país de carne e osso, que continuano atraso – analisou.

Hartung acredita que cabe aos políti-cos modernos, incluídos os de sua gera-ção, fazer com que a reforma do Estadoseja instrumento de uma política de igual-dade de oportunidades.

O senador Roberto Freire (PPS-PE),em aparte, disse que Hartung é um dosque entendem a necessidade de mudan-ça do Estado, para ajudar a esquerda a se

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP)apresentou ontem requerimento deinformações aos ministros da Justiçae das Relações Exteriores sobre asprovidências que estão sendoadotadas para solucionar orepatriamento dos menores Belal AtefAbbas e Hamze Atef Abbas, que foramseqüestrados pelo pai e devem estarno Líbano.

Suplicy explicou que o pai, Atef SaidAbbas, falsificou a assinatura da espo-sa na autorização utilizada para retiraras crianças do Brasil e que, apesar dasprovidências tomadas pelo governobrasileiro após a publicidade dada ao

modernizar e a se apresentar como umaverdadeira opção de poder para o país.

– Estamos nos afastando perigosa-mente do objetivo de um Estado de-mocrático moderno, forte, eficiente,transparente, descentralizado, motiva-do por prioridades claras, capaz deapoiar os setores estratégicos da eco-nomia e direcionar seus serviços paraaqueles que mais necessitam – decla-rou o novo senador pelo Espírito San-to, que questionou o “fundamentalis-mo” do mercado e as fórmulas neoli-berais.

Os senadores Eduardo SiqueiraCampos (PFL-TO), Antero de Barros(PSDB-MT), Luiz Estevão (PMDB-DF),Eduardo Suplicy (PT-SP), Osmar Dias(PSDB-PR), Ramez Tebet (PMDB-MS)e Ney Suassuna (PMDB-PB)apartearam o discurso de PauloHartung, desejando sucesso ao novosenador em seu mandato no Senado.

Os parlamentares de Mato Gros-so do Sul escolheram o senador Ra-mez Tebet (PMDB-MS) como coor-denador da bancada federal no Con-gresso Nacional. A coordenação se-guirá um sistema de rodízio e a ban-cada irá atuar em conjunto na de-fesa dos interesses do estado juntoaos diversos órgãos da administra-ção pública federal:

– O importante é que, a partir deagora, inauguramos uma forma coe-sa de lutarmos e encaminharmos ospleitos de Mato Grosso do Sul. É umnovo tempo em que o pragmatismonorteará nossas ações, colocandosempre o nosso estado em primeirolugar e acima das cores partidárias –disse o senador Ramez Tebet.

caso, há mais de um ano a mãe nãotem qualquer notícia dos filhos.

No requerimento, o senadorpede informações sobre o anda-mento dos processos que corremna Justiça libanesa contra Atef ecomo e com que freqüência os mi-nistérios mantêm Vagna BandeiraAbbas informada desse andamen-to. Suplicy pede ainda informaçõessobre o estado de saúde e a segu-rança dos menores e como o go-verno brasileiro pretende repatriá-los, uma vez que o pai evadiu-sedo Líbano para a Romênia e aban-donou os filhos.

A bancada já definiu sua primeiraaudiência em conjunto, que aconte-cerá na próxima terça-feira com oministro Clóvis Carvalho, chefe daCasa Civil da Presidência da Repúbli-ca. Na agenda estarão a liberação derecursos para o estado e a manuten-ção dos órgãos federais em MatoGrosso do Sul.

Também ficou acertado que a ban-cada se reunirá regularmente com vis-tas a obedecer uma agenda comumpara evitar desperdício e superposi-ção nas ações desenvolvidas pelos re-presentantes de Mato Grosso do Sul,procurando somar as iniciativas paraassegurar resultados concretos emtermos de benefícios, obras e recur-sos para o estado.

Suplicy pede informaçõessobre menores seqüestrados

Congressistas de MS escolhemTebet para coordenar bancada

Suplicy está preocupado como estado de saúde e a

segurança dos dois menores

Para Tebet, parlamentaresagora poderão lutar de

forma coesa pelo estado

Alencar, em sua estréia, rendeuhomenagem a Levindo Coelho,

senador eleito em 1945

Ao ocupar a tribuna do Senado pela

primeira vez, ontem, o senador José A-

lencar (PMDB-MG) disse inscrever-se

entre os que se comprometem com a

causa nacional e, portanto, optam “niti-

damente pelo estímulo à produção”. Ele

homenageou a memória do ex-senador

por Minas Gerais Levindo Coelho, afir-

mando ser tributário de seu legado e um

seguidor de seu exemplo.Nesse momento de globalização da

economia, mais do que nunca, segundo

o senador, é preciso estar atento à defe-

sa dos interesses nacionais. Ser nacio-

nalista, hoje, no Brasil, reconheceu José

Alencar, transformou-se em sinônimo de

“dinossauro”, objeto de chacota. “Mas

todos os países que se prezam são naci-

onalistas”, observou.Como integrante do PMDB, que par-

ticipa diretamente do governo, o sena-

dor disse que é preciso alertar o go-

verno para a necessária superação da

“ausência de cultura negocial”, através

da qual o país deveria afirmar seus in-

teresses frente ao mundo, à semelhan-

ça do que fazem os Estados Unidos e

os países desenvolvidos da Europa.

Na opinião de Alencar, cabe ao Sena-

do, como instituição “visceralmente de-

mocrática e pluralista”, papel proeminen-

te no enfrentamento dos desafios atuais.

Levindo Coelho iniciou sua carrei-

ra política em 1915, quando foi eleito

senador estadual por Minas Gerais,

destacou José Alencar. Em 1933, as-

sumiu o mandato de deputado fede-

ral e, em 1937, tornou-se prefeito de

Ubá, cidade que, em 1998, sufragou

90% dos seus votos para o senador

José Alencar. Em 1945, Levindo Coe-

Alencar defendeestímulo à produção

lho elegeu-se senador com a maior

votação do país, acrescentou.

Em aparte, Arlindo Porto (PTB-MG)

elogiou a perspectiva com que José

Alencar assumia seu mandato, segundo

a qual não é a especulação que deve co-

mandar a economia nacional, mas a in-

tegração entre capital produtivo e o tra-

balho, para a geração da renda e do em-

prego de que o país necessita.

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS),

também em aparte, destacou essa op-

ção de José Alencar, manifestada antes

nas reuniões da bancada partidária. Ro-

berto Freire (PPS-PE), por sua vez, re-

gistrou sua satisfação por ter participa-

do, “com pequena parte”, da campanha

do atual senador por Minas Gerais e de

sua defesa de uma economia baseada

na produção, que cria e distribui rique-

za, contra a especulação e o

monetarismo.

Para Hartung, crescimentoeconômico do EspíritoSanto está ameaçado

Page 6: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 19996

Luiz Estevão faz discurso de saudação

O Senado dedicou a primeira parte da sessãoplenária de ontem a uma homenagem ao jornalCorreio Braziliense pela conquista do prêmioWorld’s Best Design, concedido pela Societyof News Design, de Nova York.O requerimento de homenagem foi de iniciativado senador Luiz Estevão (PMDB-DF), que ressaltouem seu discurso tanto o processo de reformulaçãoindustrial, editorial e gráfica pelo qual o jornaltem passado nos últimos anos como acontribuição dada à população de Brasília.Também discursaram em homenagem ao CorreioBraziliense os senadores José Roberto Arruda (PSDB-DF), Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR), Ademir Andrade(PSB-PA) e Romeu Tuma (PFL-SP). Todos os oradoresreceberam apartes dos colegas, que se aliaram àhomenagem. Em nome da Mesa, o presidente doSenado, Antonio Carlos Magalhães, afirmou que apublicação tem servido bem ao país e sido fiel aBrasília e seus habitantes.

O senador Luiz Estevão (PMDB-DF)abriu a homenagem prestada ao Cor-reio Braziliense pela conquista do prê-mio World’s Best Design, concedido pelaSociety of News Design. A primeira par-te da sessão plenária foi dedicada à ho-menagem, atendendo a requerimentoformulado pelo senador.

O senador lembrou que o jornal foifundado em 1808 por Hipólito José daCosta para defender a independência doBrasil. Em 1822, atendido seu principalobjetivo, deixou de circular. Com a fun-dação de Brasília, Assis Chateaubriand –para Luiz Estevão, um dos maiores no-mes na história da comunicação e da li-vre iniciativa no Brasil – fez com que operiódico circulasse novamente.

Estevão ressaltou o papel de Chateau-briand na consolidação da imprensa nopaís, destacando que o jornalista e em-presário considerava o destino do Bra-sil “muito maior que suas dificuldades eseus problemas”.

O senador lembrou “o extraordiná-rio processo de mu-danças” por que pas-sou o Correio nos últi-mos quatro anos, alte-rando sua linha edito-rial e suas instalaçõesfísicas. Nesse período,lembrou, o jornal con-quistou três vezes oprêmio Esso, 12 vezeso prêmio OK e duas ve-zes o prêmio Rei daEspanha.

– Este ano, conquis-tou o prêmio da Society of News Design,tornando-se um dos pouquíssimos jor-nais brasileiros a ter obtido tal galardão– afirmou, lembrando que o jornal reali-zou, proporcionalmente, o maior inves-timento em modernização de um parquegráfico no país.

O senador recordou que o jornal “sem-

Ao falar durante a homenagem presta-do ao Correio Braziliense, o senadorJosé Roberto Arruda (PSDB-DF) afirmouque o prêmio concedido ao jornal é o“Oscar do jornalismo mundial” e que “averdadeira agraciada foi a liberdade deimprensa”.

Arruda destacou que o Correio co-meçou a circular em Brasília graças a ummomento de convergência entre o entãopresidente Juscelino Kubitschek e o jor-nalista Assis Chateaubriand, iniciandosuas atividades no dia da inauguração danova capital, completando, portanto, 39anos no próximo dia 21 de abril.

O senador parabenizou o presi-dente dos Diários Associados, Pau-lo Cabral, por ter tido a iniciativa,em 1993, de promover uma reformu-lação gráfica do jornal, mesmo ten-do liderança folgada de vendas noDistrito Federal. Arruda lembrouainda que constam no currículo dojornal diversos outros prêmios,como dois Esso – um regional e umnacional – e o de Veículo do Ano.

Quanto ao prêmio World’s Best De-sign, Arruda informou que é o 20ºconcedido pela Society of News De-

Senado homenageia o Correio Braziliense

Antonio Carlos cumprimentou o presidente dos Diários Associados, Paulo Cabral, pelo prêmio World�s Best Design

pre se associou à defesa da representa-ção política de Brasília”, tomando a ini-ciativa de realizar seminários sobre o as-sunto já na década de 80 e prestando“uma extraordinária contribuição a darao debate sobre o futuro da cidade”.

Estevão citou a campanha Paz noTrânsito, iniciada pelo jornal, queprovocou “uma das maiores redu-

ções da violência notrânsito de todos ostempos”. E elogiou apostura do jornal nasúlt imas eleições,quando o Correio“teve o cuidado de re-alizar diversas pesqui-sas sobre a opinião dopúblico com relação àpostura do jornal”.

O senador enalteceuo perfil do presidentedos Diários Associados,

Paulo Cabral de Araújo, que ocupou umlugar na Mesa durante as homenagens. LuizEstevão destacou o passado de Paulo Ca-bral na política(foi prefeito de Fortaleza aos28 anos e, em seguida, deputado federalmais votado no estado), da qual se afastoupara integrar a equipe de AssisChateaubriand nos Diários Associados.

Em aparte, o líder do PMDB, senadorJader Barbalho (PA), afirmou que LuizEstevão fazia seu discurso em nome dopartido. O representante do Pará desejouque o jornal “sirva de exemplo para a im-prensa brasileira de um jornalismo sério ecompetente”. Em outro aparte, o senadorEduardo Siqueira Campos (PFL-TO) pa-rabenizou o Correio em nome dostocantinenses e do governador do estadoe seu pai, Wilson Siqueira Campos.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB)lembrou que Chateaubriand era paraibano.Ressaltou a forte influência dos Diários As-sociados em seu estado, onde há o jornal, arádio e a televisão O Norte, além do Diáriode Borborema e da Rádio Borborema.Maguito Vilela (PMDB-GO), em nome delee dos senadores Iris Rezende e Mauro Mi-randa, qualificou Paulo Cabral como “umbaluarte da imprensa brasileira”.

Por fim, o senador Luiz Otávio (PPB-PA) parabenizou o Correio em nome deseu partido e da região amazônica.

Luiz Estevão desejou que o jornal conti-nue sendo um modelo de boa gestão em-presarial e de confiança no futuro do país,sem deixar “sua profissão de fé na inde-pendência e na certeza de que o aprimo-ramento do Brasil passa pela coragem daimprensa de exercer seu papel”.

Prêmio é fruto de corageme criatividade, diz Arruda

sign e o primeiro dado a um jornalbrasileiro. Participaram do concur-so 291 jornais de todo o mundo eforam inscritos 13.089 trabalhos,segundo o senador.

Arruda afirmou que o Correio é“um jornal livre e independente, quepratica um jornalismo sério”. Desta-cou que é o primeiro jornal que che-ga à casa dos parlamentares e do pre-sidente da República.

– A coragem, a criatividade e aousadia só aumentam a responsabi-lidade de quem faz o jornal, porquecriam no leitor a expectativa de veralgo sempre nesse alto nível – dis-se, referindo-se às inovações gráfi-cas que renderam ao Correio o prê-mio internacional.

Em aparte, o senador EdisonLobão (PFL-MA) afirmou também sesentir homenageado, por ser repór-ter l icenciado do CorreioBraziliense desde que iniciou suavida pública. Lobão contou que nun-ca quis se desligar definitivamente dojornal, do qual foi editor-chefe, car-go que hoje é ocupado pelo jornalis-ta Ricardo Noblat.

Segundo o senadorJosé Roberto Arruda,prêmio concedidoé o �Oscar do jornalismo mundial�

Estevão disse que acampanha Paz no Trânsito,lançada pelo jornal, causou�uma das maiores reduçõesda violência no trânsito detodos os tempos�

“O CorreioBraziliense temprestado umaextraordinária

contribuição aodebate sobre o

futuro deBrasília”

Page 7: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1999 7JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

O senador Romeu Tuma (PFL-SP)considerou “uma ousadia” sua discur-sar em homenagem ao jornal CorreioBraziliense depois dos senadores doDistrito Federal. Observou, no entanto,que como líder do governo não poderiadeixar de se associar “a esse fato histó-rico que é ver um órgão de imprensa deBrasília ser incluído entre os 17 jornaismais bem feitos do mundo, segundo aSociety for News Design, possuidora de2.600 associados em 49 países”.

Tuma lembrou que, embora o Cor-reio Braziliense circule em Brasíliaapenas desde 21 de abril de 1960, eleretomou a tradição do jornal publica-do em Londres por Hipólito José daCosta, entre 1808 e 1823, com o mes-mo nome. “Foi graças à visão de umportento de nossas comunicações, ojornalista Assis Chateaubriand, criadordos Diários Associados, que Brasíliaganhou o jornal que estamos homena-

PROGRAMAÇÃO

HOJETV SENADO

COMO SINTONIZAR

RÁDIO SENADO FM

Informações para usuários do sistema Rádio/Sat Digital

Equipamentos necessários:� Antena parabólica tipo TVRO (telada) de2,85 m (mínimo) banda C� Receptor ABR 200, ComStream� LBN DRO ComStream� 60 metros (no máximo) de cabo coaxial RG-11,com conectores tipo F

Informações técnicas:� Freqüência de recepção: Banda L 1.465,600Mhz� Satélite: Brasilsat B2� Polarização: Vertical (RX)� Modo: Joint-Stereo� Taxa: 128 Kbps-BPSK� Programação ABR: CC,1,11465600,256000,0 FD 1,17,1,7

TV SENADO

� Satélite - B1� Transponder - 1 BE (Banda Estendida)� Polarização: Vertical� Freqüência RX (Banda - L) - 1505,75 hz� Antena - 3,6 m LNB� Receptor de Vídeo/Áudio Digital NTSC MPEG2DVB� Symbol 3,2143MS-S� SEC 3/4� Fornecedor: COMSAT - Fone: (019) 772 9600

Informações para repetidoras e operadoras de TV a cabo

� NET BsB - canal 7� SKYNET - canal 30� DirecTV - canal 163

Informações de recepção de sinalpara usuários de antena parabólica

6h55 � Senado em Pauta7h � Saúde Todo Dia - Musculação7h30 � Especial Unip - Rim e pressão arterial7h55 � Senado em Pauta8h � Saúde Todo Dia - Ginástica Olímpica8h30 � Jornal do Senado8h55 � Senado em Pauta9h � Sessão Plenária (ao vivo)12h30 � Entrevista - O senador Amir Lando fala sobreo pacto federativo12h55 � Senado em Pauta13h � Cores do Brasil - Dendê da Bahia13h30 � Consulta Marcada - Enxaqueca14h30 � Sessão Plenária (reapresentação)18h30 � Cores do Brasil - Diamantina19h � Palestra - Relações Amorosas20h � Cores do Brasil - Amazonas20h30 � Entrevista - O senador Amir Lando fala sobreo pacto federativo21h � Jornal do Senado21h15 � Consulta Marcada - Enxaqueca21h55 � Senado em Pauta22h � Espaço Cultural - Puccini22h55 � Senado em Pauta23h � Consulta Marcada - Enxaqueca0h � Especial - Madagascar

HOJERÁDIO SENADO

Para ACM, Correio temservido bem ao país

Ao associar-se às palavras de todos os senadores que discursaram durante a homenagem

ao jornal Correio Braziliense, em nome da Mesa Diretora, o presidente do Senado, Antonio

Carlos Magalhães, afirmou que a publicação tem servido bem ao país.

� É com muita alegria que vivo este momento, dado que tive minha vida profissional iniciada nos

Diários Associados, já como Paulo Cabral sendo figura eminente. Daí por que também me sinto

homenageado com o prêmio do Correio Braziliense � afirmou Antonio Carlos.

A longa história do jornal, fundado em 1808, foi lembrada pelo presidente do Senado. Para

ele, o Correio Braziliense renasceu com Brasília, com sua ação fiel à capital e aos seus habi-

tantes e leitores.� O Correio Braziliense é a mola mestra da capital federal, no sentido de informar bem e

prestigiar todas as ações promovidas nesta para que ela exista cada vez mais forte � declarou.

Antonio Carlos congratulou Paulo Cabral e todos os trabalhadores do Correio pela

conquista do prêmio, que, segundo ele, não é apenas do jornal, mas da capital federal e

do povo brasileiro.

Tuma diz que beleza gráficase acrescenta à credibilidade

geando hoje”, destacou.Para Tuma, além do Correio Brazi-

liense ter esmero e beleza na apresen-tação gráfica, ele se mantém vibrante,preciso, meticuloso, isento e senhor detoda a credibilidade.

Em apartes, os senadores Ramez Te-

Durante discurso em homenagem aoCorreio Braziliense, ontem, o senadorAdemir Andrade (PSB-PA) pediu àequipe do jornal que “uma linha jor-nalística mais dedicada às graves ques-tões estruturais da sociedade brasilei-ra acompanhe a excelência conquista-da pela apresentação gráfica”.

– Infelizmente, nosso jornalismo,principalmente aquele dos grandesveículos de comunicação, e o Cor-reio é um desses, tende com muitafacilidade a se alinhar à posição dosdetentores do poder, transformandonosso país em um monótono discur-so de aplauso às políticas oficiais degoverno – criticou Ademir.

A premiação do Correio indica, naavaliação do senador, um desenvolvi-mento da democracia do país. Para ele,a capacidade de planejar a parte gráfi-ca do jornal é um passo importante, e,em breve, “o jornalismo dedicado aopovo e não aos interesses dos podero-sos também será um dia premiado”.

O diário Correio Braziliense “pra-tica um jornalismo de excelência, in-teiramente voltado para os interessesda comunidade e compromissadocom a verdade e a ética”. A opiniãofoi manifestada pelo senador Mozaril-do Cavalcanti (PFL-RR), na homena-gem prestada ao jornal.

– É com esses saltos de qualidade ecom fidelidade ao seu leitor que o Cor-reio se vem firmando como um jornalsério sem ser sisudo, moderno, agradá-vel de se ler e absolutamente confiávelna divulgação e na interpretação dos fa-tos – disse Mozarildo, da tribuna.

O senador por Roraima afirmou queteve a oportunidade de acompanhar ojornal de perto, quando foi deputado

bet (PMDB-MS), Bernardo Cabral(PFL-AM), Roberto Saturnino (PSB-RJ)e Leomar Quintanilha (PPB-TO) asso-ciaram-se à homenagem ao CorreioBraziliense. Também aparteando, osenador José Alencar (PMDB-MG) lem-brou seus tempos de menino, no inte-rior de Minas, quando eram os DiáriosAssociados que informavam a popula-ção sobre os últimos acontecimentosda 2ª Guerra Mundial. “Fiel a essa tra-dição, o Correio Braziliense, hoje,mantém o mesmo compromisso comBrasília e com o Brasil”, disse.

Para Casildo Maldaner (PMDB-SC), oCorreio faz parte do café da manhã dosparlamentares de outros estados comoele. “Nunca me esqueci da frase de UlyssesGuimarães, alertando a todos do partidoda necessidade de nunca sair de casa semdar, pelo menos, uma olhada num jor-nal. Aqui, em Brasília, esse jornal é o Cor-reio Braziliense”, finalizou.

Ademir pede cobertura voltada a questões sociaisAdemir destacou a atuação do jor-

nal, como no caso do assassinato dojornalista Mário Eugênio, matéria quesempre recebeu atenção do CorreioBraziliense.

– Saber que um jornal de Brasíliafoi considerado da mesma qualidadede jornais como o The New York Ti-mes ou El País é efetivamente motivode orgulho e júbilo para nosso Brasil,sempre tão castigado pela fama de paísde segunda categoria – disse o sena-dor pelo Pará.

O processo de remodelação gráficado Correio Braziliense teve, segundoAdemir, seu esforço recompensado,não apenas pelo prêmio de melhordesign, como pelas capas de quatroedições de 1998, também laureadas.

– Um jornalismo dinâmico e inde-pendente, crítico em relação aos fatosda sociedade, é tudo que se pede deum bom jornal. Não se trata de ser deoposição ou chapa-branca. Trata-se deser fiel a um modelo de sociedade que

se defende. Assim, teremos um grandejornalismo, belo em sua parte gráfica esério em suas reportagens – afirmou.

Antes de encerrar, Ademir concedeuaparte à senadora Marina Silva (PT-AC).Na condição de líder do Bloco Oposi-ção, Marina revelou o orgulho de ummeio de comunicação do Distrito Fe-deral ter recebido a premiação.

Mozarildo vê compromisso com a verdade

federal, de 1982 a 1990. “O CorreioBraziliense não deixa nada a dever aos

grandes jornais do Sul e do Sudeste dopaís”, avaliou Mozarildo.

O fato de o diário da capital do paíster sido o segundo da América Latina areceber a premiação também foi desta-cado pelo senador. Na sua opinião, a im-portância da “honraria recebida” podeser medida pela quantidade de jornaisque competiram com o Correio Brazi-liense (291), que inscreveram 13.089trabalhos publicados somente em 1998.

– O prêmio soube fazer justiça a umperiódico incansável na sua luta pela boainformação, confirma a qualidade edi-torial e estética do periódico e envaide-ce o jornalismo brasileiro – declarou,antes de parabenizar a equipe do jor-nal, presente ao plenário do Senado.

Tuma lembra que Correioretomou,na fundação, a

tradição de Hipólito José da Costa

Ademir: um jornalismoindependente e crítico é tudo oque se pede de um bom jornal

�O prêmio soube fazer justiça àluta pela boa informação�,

afirma Mozarildo Cavalcanti

8h � Agenda SenadoEm seguida � Música e informação9h - Sessão Plenária (ao vivo)

Em seguida � Música e informação19h � �A Voz do Brasil�Em seguida � Música e informação20h30 � �Senado em Linha Direta � Edição Nordeste�Em seguida � Música e informação21h � �Senado em Linha Direta � Edição Norte/Centro-Oeste�Em seguida � Música e informação21h30 � �Senado em Linha Direta � Edição Sul/Sudeste�Em seguida � Música e informação0h � Sessão Plenária (reprise)Em seguida � Música e informação

SÁBADO10h30 - �Autores e Livros� - Entrevista com o poeta,cronista e crítico literário Affonso Romano de Sant�Anna.A apresentação é da professora Margarida Patriota11h - �A Música Erudita� - Quinto programa do pianistaClaudio Arrau, com apresentação do senador Artur da Távola16h - �A Música do Brasil� - Uma homenagem aosgrandes nomes da MPB nascidos no mês de março. Entreeles: Ademilde Fonseca, Inesita Barroso e Elis Regina. Aapresentação é do senador Artur da Távola20h - �Instrumental de Ouro� entrevista a �Grande Damada Flauta Brasileira�, a professora Odete Ernest Dias22h - �Essa Bossa Sempre Nossa� - O tema desta semanaenfatiza o segundo instante do movimento da Bossa Nova,a politização das canções. A apresentação é do senadorArtur da Távola

DOMINGO11h - �A Música Erudita� (reprise)17h - �Essa Bossa Sempre Nossa� (reprise)19h30 - �Autores e Livros� (reprise)22h - �A Música do Brasil� (reprise)

Page 8: JORNAL DO SENADO · 1999. 3. 5. · BRAS˝LIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MAR˙O DE 1999 JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO 3 QUINTA-FEIRA, 4 DE MAR˙O DE 1999 RESULTADO DA ORDEM DO DIA Fonte:

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, SEXTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 19998

A sessão de ontem do Senado Federal foi presidida pelos senadores Antonio Carlos Magalhães, Geraldo Melo, Ademir Andrade,Eduardo Suplicy, Antero Paes de Barros e José Alencar

A edição, pelo governonorte-americano, de umalei que prevê sançõespara empresa ou pessoa,de qualquer nacionalida-de, que realizar negócioscom o governo cubanomotivou os senadoresEduardo Suplicy (PT-SP)e Roberto Requião(PMDB-PR) a apresentarprojeto de lei que impe-de a aplicação, no Brasil,de leis estrangeiras de ca-ráter discriminatório,que tenham efeitos extraterritoriais eafetem o comércio ou os investimen-tos internacionais.

Na justificação do projeto, eles afir-mam que a chamada “Lei Helms Bur-ton” chocou a comunidade interna-

O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) quer que as despesas efetuadascom a aquisição de livros e com a as-sinatura de jornais e revistas possamser deduzidas do Imposto de Rendadas Pessoas Físicas. Projeto nesse sen-tido foi apresentado pelo senador noinício desta legislatura.

Na justificação da proposta, o senadorressalta que dez milhões de brasileirosdeclaram Imposto de Renda, todos osanos. O mercado editorial nacional, en-tretanto, é formado por pouco mais detrês milhões de leitores. Com o projeto,Lúcio Alcântara pretende “corrigir essainsensata e cruel disparidade”. O parla-mentar argumentou que a aprovação da

Ao fazer um balanço dasituação econômica do país,o senador Edison Lobão(PFL-MA) lembrou que esta“não é a primeira crisemundial que alcança oBrasil, nem será a última”.De todas essas crises, afir-mou, “temos saído airosa-mente, encontrando as so-luções que não nos deixamescapar dos trilhos do de-senvolvimento”.

O senador disse que apopulação brasileira estáassustada com os graves aconteci-mentos que têm afetado os paísesem desenvolvimento, entre os quaiso Brasil.

– As notícias econômicas, que dia-riamente freqüentam o noticiário daimprensa, notadamente a televisão,são de molde a infundir justificadostemores. Teme-se pelo emprego,teme-se pelos salários, teme-se a in-segurança pública, temem-se as ca-rências que ocorrem nos setores dasaúde e da educação – observou.

Para o senador, há nesses temo-res, naturalmente, um fundo psico-lógico, emocional, que exagera asperspectivas pessimistas.

Na sua opinião, há uma parcela

O senador Hugo Napoleão(PFL-PI) dirigiu apelo aopresidente Fernando Henri-que Cardoso para que sejarepensada a política de trans-ferência e extinção de supe-rintendências e representa-ções de alguns órgãos públi-cos federais instalados noPiauí. Além da delegacia doMEC, já extinta, Napoleão to-mou conhecimento de queo governo cogita acabar coma diretoria do Dnocs e a su-perintendência do Banco doBrasil, entre outros órgãosque funcionam no estado.

Mesmo reconhecendo que o Brasil viveuma grave crise econômica provocadapelo desequilíbrio nas finanças públicas,e que um ajuste de contas é necessário,Hugo Napoleão disse que não aceita me-didas que possam agravar ainda mais adifícil situação do Piauí. Ele criticou ogoverno por, em nome do ajuste, estarpromovendo uma concentração na dis-tribuição regional de rendas, prejudican-do os estados mais pobres.

Napoleão comentou que, ao longo dahistória econômica brasileira, o Norte e oNordeste têm ficado à margem do proces-so de desenvolvimento do país. Ele acres-centou que, muitas vezes, para se justificara continuidade dos desequilíbrios regio-

Projeto impede aplicação nopaís de leis estrangeiras

O objetivo dos autores da proposta, senadores Eduardo Suplicye Roberto Requião, é proteger a soberania nacional

cional e levou paísescomo o Canadá e o Mé-xico e até mesmo aUnião Européia a tomarmedidas legislativas ap-tas a neutralizar eventu-ais lesões ao patrimôniode seu cidadãos.

Para os dois senado-res, o Brasil tambémprecisa tomar medidasde proteção de sua so-berania, posicionando-se, “enfat icamente,contra o arbítrio e a

truculência” representados na leicitada. As conseqüências danosasdaquela lei ao conceito dos EstadosUnidos foram detectadas até mesmopelo presidente norte-americano,Bill Clinton, que suspendeu os seus

efeitos por um ano, lembram Re-quião e Suplicy.

Segundo o projeto, distribuído àComissão de Constituição, Justiça eCidadania (CCJ), em caráter termina-tivo, as sentenças ou laudos arbitraisestrangeiros fundados em leis discri-minatórias que prejudiquem o co-mércio internacional não poderãoser homologadas no Brasil.

– Essa grosseira violação do prin-cípio de territorialidade das leis des-sa legislação anti-Cuba constitui pe-rigoso precedente que atenta con-tra a própria estabilidade das rela-ções internacionais e da convivên-cia pacífica entre as nações. A me-dida legislativa que propomos é umaveemente tomada de posição contrao retrocesso e a falta de bom senso– argumentam Suplicy e Requião.

Lobão prevê recuperaçãoda economia brasileira

considerável de brasi-leiros que confia na re-cuperação do Brasil.Lobão disse que, deacordo com as observa-ções do jornalista eco-nômico Aloysio Biondi,do jornal Folha de S.Paulo, ao contrário dasexpectativas de renoma-dos economistas, “osTigres Asiáticos, quevêm desobedecendo oFMI, estão em franca re-cuperação”. Segundo

ainda o jornalista citado por Lobão, aTailândia, onde a crise começou, che-gou a acusar queda de 20% na produ-ção industrial, em março de 1998. Já emjulho, a retração foi de 12%.

– Eis, portanto, um fundamentoque alavanca a certeza da rápida re-cuperação brasileira: os primeirospaíses atingidos pela crise da globa-lização já estão outra vez de pé, su-bindo os degraus do desenvolvimen-to. Nós próprios, com as drásticasiniciativas do Executivo apoiadas peloCongresso, já estamos perlustrandoo bom caminho, reconquistando econsolidando a nossa posição noconcerto internacional das nações –concluiu o senador maranhense.

nais, são veiculados na mí-dia, na burocracia estatal eem alguns segmentos da so-ciedade, desvios na aplica-ção de recursos públicosnas duas regiões.

– Dissemina-se, assim,uma visão propositadamen-te deturpada, segundo aqual o Nordeste é o maiorbeneficiário da distribuiçãode receitas federais. Rece-be muito e pouco aplica nosprogramas de interesse pú-blico. Essa aritmética é fal-sa. Não corresponde à rea-

lidade dos fatos – protestou Napoleão.Para o senador, um diagnóstico isento

do Brasil leva à conclusão de que as infor-mações “distorcidas e discriminatórias”sobre o Nordeste servem como pano defundo para justificar a distribuição desigualde recursos e programas. A notícia da ex-tinção de representações, delegacias e su-perintendências de órgãos e autarquias fe-derais no seu estado, segundo Napoleão, éuma prova dessa postura.

– Estamos e continuaremos alinhadosao governo do presidente Fernando Hen-rique Cardoso na busca de soluções paraa crise econômica. Mas gostaríamos defazer uma ponderação, para evitar que oremédio mate o doente, dado o exageroda dose ministrada – explicou.

Hugo Napoleão pede manutençãode órgãos federais no Piauí

Um projeto de lei apresentado pelasenadora Luzia Toledo (PSDB-ES),acrescenta parágrafo à Lei do Divórcioestendendo aos avós, a critério do juiz,o direito de visita aos próprios netos,observados os interesses da criança ouadolescente. A matéria, que atualmenteaguarda o recebimento de emendas naComissão de Constituição, Justiça e Ci-dadania (CCJ), iniciou sua tramitaçãona terça-feira.

Ao justificar a proposta, Luzia Toledolembra que as separações judiciais e di-vórcios muitas vezes resultam emirritações e aborrecimentos recíprocosque podem se estender a terceiros, nocaso os avós, ferindo até ao direito implí-

Requião condena leidos Estados Unidos

contra Cuba

Alcântara defende dedução de gastoscom livros e jornais do Imposto de Renda

proposta levará ao aumen-to de leitores no Brasil e,conseqüentemente, ao for-talecimento da consciênciademocrática do povo.

Lúcio Alcântara afirmatambém que a elite brasilei-ra ainda não descobriu que“o desenvolvimento de qual-quer país tem a educaçãocomo base” – o que seriacomprovado pelos paísesque integram hoje o chama-do Primeiro Mundo.

O senador manifesta seudesejo de que a atividade empresarial dapalavra – a editorial e a jornalística – seja

reconhecida como “pode-roso instrumento no pro-cesso de revigoramento ealavancagem, ora preten-dido, da educação na so-ciedade brasileira”.

Atualmente, de acordocom a lei, são permitidasdeduções de despesas mé-dico-hospitalares, paga-mentos a estabelecimentosde ensino de primeiro, se-gundo e terceiro graus,desconto por dependen-tes, contribuição previden-

ciária, pensões alimentícias e despesas es-crituradas em livro-caixa.

cito de visitação aos netos, até então nãogarantido na ordem jurídica brasileira.

– O calor do litígio, mal superado peladecisão judicial, foge à compreensão queo avô ou avó, genitores do cônjuge que foiprivado da guarda, sejam também puni-dos pela proibição de visitarem seus pró-prios netos – comentou Luzia Toledo.

EXECUÇÃOOutro projeto de lei apresentado por

Luzia Toledo também altera a Lei do Di-vórcio de modo a possibilitar a execu-toriedade do direito de visita. A propos-ta permite ao pai ou mãe que não de-tém a custódia do filho, fazer cumprir avisitação de acordo com o que foi de-terminado na sentença judicial. A maté-

ria tambémencontra-sena CCJ, aguar-dando aapresentaçãode emendas.

O projetoda senadorapelo EspíritoSanto tam-bém prevêque, casohaja resistên-cia injustifi-

cada ao direito de visita, o juiz advertiráo guardião da possibilidade de sua alte-ração. Se o genitor que mantém a guar-da insistir em negar o direito de visita,poderá perder a custódia do filho. De-termina ainda que a visitação tambémfica garantida aos filhos nascidos forado casamento civil.

Luzia quer garantir aos avóso direito de visitar netos

Luzia Toledopretende modificar

a Lei do Divórcio

Lúcio Alcântara vêeducação como base do

desenvolvimento

Lobão lembra quepaís já enfrentou

outras crises

Napoleão apontadiscriminação

contra Nordeste