jornal da ufg2 · 2013-01-04 · opiniÃo 2 goiânia, abril de 2007 publicaÇÃo da assessoria de...

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ANO II N O 8 ABRIL/2007 PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS UFG investe R$ 15 milhões em obras Os câmpus de Goiânia e do interior movimentam recursos da ordem de R$ 15 milhões se forem somadas as reformas e as novas construções em andamen- to desde 2006. Ao todo são mais de 20 mil metros qua- drados, que correspondem a cerca de 10% da área cons- truída de toda a UFG. Os re- cursos são provenientes do Programa de Expansão das Ifes/MEC-Sesu, do orça- mento da própria universi- dade, emendas parlamenta- res e editais da Finep. O maior volume de obras se concentra no Hospital das Clínicas, Câmpus de Cata- lão (cinco obras) e Câmpus de Jataí (quatro obras). No interior, estão em anda- mento edificações que se- rão utilizadas como salas de aulas, laboratórios, além de quadra de espor- tes coberta, piscina e ves- tiários. Pág. 7 A segunda visita ao Câmpus de Catalão promo- veu discussões sobre as principais demandas da- quela unidade. O reitor da UFG Edward Madureira Bra- sil cumpriu extensa pauta de reuniões com autorida- des do município, empresá- rios, professores, pesquisa- dores, técnicos-administra- tivos e estudantes. Pág. 3 Blocos de salas de aulas e laboratórios em construção no Câmpus de Catalão Fotos: Carlos Siqueira A inauguração do La- boratório de Análise e Ge- renciamento Ambiental de Recursos Hídricos (Lamarh) da Universidade Federal de Goiás abriu caminho para futuras parcerias entre a instituição e se- tores organizados da soci- edade civil com o objeti- vo de monitorar e preser- var os recursos naturais da região, considerada o berço das águas do Brasil. Pág.5 Laboratório agrega informações sobre a situação da água em Goiás Reitoria Itinerante em Catalão LIXO Coleta seletiva não é realidade A falta de informação sobre o que pode ser reci- clado e, principalmente, so- bre os benefícios ambien- tais e sociais promovidos pela coleta seletiva impede que a população participe efetivamente. Na UFG, será imprescindível a participa- ção da comunidade univer- sitária. Págs. 8 e 9 Prevenção e combate a doenças da mama no HC Pág. 6 Comissão elabora programa de consumo racional de energia Pág. 11 Cachoeira do Rio Sobrado Estágios reforçam ações de saúde em Firminópolis Pág. 10 Intercâmbios internacionais movimentam a UFG Pág.13

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ANO II NO 8 ABRIL/2007

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

UFG investe R$ 15 milhões em obrasOs câmpus de Goiânia

e do interior movimentamrecursos da ordem de R$ 15milhões se forem somadasas reformas e as novasconstruções em andamen-to desde 2006. Ao todo sãomais de 20 mil metros qua-drados, que correspondem acerca de 10% da área cons-truída de toda a UFG. Os re-cursos são provenientes doPrograma de Expansão dasIfes/MEC-Sesu, do orça-mento da própria universi-dade, emendas parlamenta-res e editais da Finep. Omaior volume de obras seconcentra no Hospital dasClínicas, Câmpus de Cata-lão (cinco obras) e Câmpusde Jataí (quatro obras). Nointerior, estão em anda-mento edificações que se-rão utilizadas como salasde aulas, laboratórios,além de quadra de espor-tes coberta, piscina e ves-tiários. Pág. 7

A segunda visita aoCâmpus de Catalão promo-veu discussões sobre asprincipais demandas da-quela unidade. O reitor daUFG Edward Madureira Bra-sil cumpriu extensa pautade reuniões com autorida-des do município, empresá-rios, professores, pesquisa-dores, técnicos-administra-tivos e estudantes. Pág. 3

Blocos de salas de aulas e laboratórios em construção no Câmpus de Catalão

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A inauguração do La-boratório de Análise e Ge-renciamento Ambiental deRecursos Hídricos (Lamarh)da Universidade Federalde Goiás abriu caminhopara futuras parcer iasentre a instituição e se-tores organizados da soci-edade civil com o objeti-vo de monitorar e preser-var os recursos naturaisda região, considerada oberço das águas do Brasil.

Pág.5

Laboratório agrega informações sobre a situação da água em Goiás

Reitoria Itineranteem Catalão

LIXOColeta seletivanão é realidade

A falta de informaçãosobre o que pode ser reci-clado e, principalmente, so-bre os benefícios ambien-tais e sociais promovidospela coleta seletiva impedeque a população participeefetivamente. Na UFG, seráimprescindível a participa-ção da comunidade univer-sitária. Págs. 8 e 9

Prevenção ecombate adoenças da

mama no HCPág. 6

Comissão elaboraprograma de

consumo racionalde energia

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Estágiosreforçam ações

de saúde emFirminópolis

Pág. 10

Intercâmbiosinternacionaismovimentam

a UFGPág.13

2 Goiânia, abril de 2007OPINIÃO

PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃODA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ANO II - NO 8 - ABRIL 2007

Jornal UFGAssessor de imprensa e editor-geral: Prof. Magno Medeiros; Editoraexecutiva: Profa. Silvana Coleta Santos Pereira; Editora assistente: JornalistaSilvânia de Cássia Lima. Conselho Editorial: Profa. Angelita Pereira, Prof.Goiamérico Felício Santos, Profa. Maria das Graças Castro, Profa. SilvanaColeta Santos Pereira, Prof. Venerando Ribeiro de Campos, Profa. MercêsPietsch Cunha Mendonça;Suplentes: Valéria Maria Soledade de Almeida e Profa. Ellen SynthiaFernandes de Oliveira; Projeto gráfico e editoração eletrônica: CleomarNogueira e Antonio Caixeta (bolsista); Fotografia: Carlos Siqueira e JúliaMariano Ferreira (bolsista); Repórteres: Alfredo Mergulhão, MarianaClímaco, Matheus Álvares, Natália Ribeiro, Maria Emília Naves e PilarLisboa (bolsistas); Equipe administrativa: Amália Magalhães e Leny Borges.

Impresssão: Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf)

ASCOM – Reitoria da UFG – Câmpus SamambaiaC.P.: 131 – CEP 74001-970 – Goiânia – GO

Tel.: (62) 3521-1310 /3521-1311Fax: (62) 3521-1169

www.ufg.br – [email protected]

ReitorProf. Edward Madureira Brasil

Vice-reitorProf. Benedito Ferreira Marques

Pró-reitora de GraduaçãoProfa. Sandramara Matias Chaves

Pró-reitora de Pesquisa e Pós-GraduaçãoProfa. Divina das Dores de Paula Cardoso

Pró-reitor de Extensão e CulturaProf. Anselmo Pessoa Neto

Pró-reitor de Administração e FinançasProf. Orlando Afonso Valle do Amaral

Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional eRecursos Humanos

Prof. Jeblin Antônio AbraãoPró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Cirurgião-dentista Ernando Melo Filizzola

A colação de grau dosformandos 2007 dos cur-sos de Biologia e Biome-dicina da UFG, realiza-da no dia 22 de março,contou com a presençado ex-iatista Lars Gra-el, duas vezes medalhis-ta olímpico. O esportis-ta foi o paraninfo da tur-ma, e destacou em seudiscurso a importânciado espírito público paraesta geração, na buscapela cidadania, paz, jus-tiça, ética e vida.

Em março, a UFG rece-beu a visita da professo-ra e engenheira agrôno-ma Ana Maria Primavesi,pioneira nos estudos so-bre Agroecologia no paíse autora do livro ManejoEcológico do Solo, refe-rência para profissionaisdas ciências agrárias queatuam na agricultura eco-lógica em regiões tropi-cais. A professora mi-nistrou palestra sobrea “Transição da Agricul-tura Familiar para a Eco-lógica”, voltada para es-tudantes e professoresdos cursos de Agrono-mia, Medicina Veteriná-ria, Engenharia de Ali-mentos, Nutrição e Ge-ografia.

Os cursos de Químicae Física da Universida-de Federal de Goiás seuniram para a forma-tura das turmas de2006 e com o apoio dainstituição realiza-ram a solenidade noCâmpus Samambaia.No último dia 2 demarço, uma estrutu-ra de tendas foi espe-cialmente montadacom o objetivo de ga-rantir segurança econforto aos partici-pantes do evento.

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A assistência estudantil assume um papel relevanteno contexto das Instituições Federais de Ensino Superior(Ifes), na democratização da educação superior. O desafioda inclusão social, um dos temas centrais da Reforma Uni-versitária e do Programa de Expansão das Ifes, não pode res-tringir-se ao acesso dos jovens de baixa renda ao ensinosuperior. Também, faz-se necessário buscar instrumentossociais que garantam a permanência do estudante em si-tuação de vulnerabilidade socioeconômica, colocando-o emcondições de igualdade e otimizando o seu desempenho aca-dêmico, para concluir a graduação. Além de contribuir namelhoria do sistema universitário, combatendo a retençãoe a evasão escolar, quando decorrentes de dificuldadessocioeconômicas.

Nacionalmente, o Fórum Nacional de Pró-Reitores deAssuntos Comunitários e Estudantis – Fonaprace, órgão as-sessor da Associação Nacional de Dirigentes das Institui-ções Federais de Ensino Superior – Andifes, defende a am-pliação das políticas de assistência ao estudante, visandogarantir a igualdade de oportunidades aos estudantes dasIfes na perspectiva do direito social. O Fonaprace, em suasproposições, participa do debate sobre ações afirmativas eexpansão de vagas nas Universidades Federais, seja: na cri-ação do Fundo Nacional de Apoio ao Acesso e à Permanên-cia de Estudantes nas Universidades Públicas Brasileiras,definindo uma política de financiamento para a assistên-cia; na criação do Programa Nacional de Bolsa Permanên-cia; na recuperação e aparelhamento dos Restaurantes Uni-versitários; e, na gestão para concursos com a contrataçãode professores e técnico-administrativos, especialmente deprofissionais de saúde, assistentes sociais e técnicos paraos RUs.

No âmbito da UFG, a Pró-Reitoria de Assuntos da Co-munidade Universitária – Procom, órgão responsável pelagestão da política social na Universidade, investiu recursosfinanceiros provenientes de taxas acadêmicas e outros re-cursos próprios na assistência estudantil por meio de di-versos programas e serviços, que inclui a aquisição de mo-biliário e manutenção das Casas de Estudantes (CEUs I, IIIe IV); programa de bolsa alimentação; programa de bolsa per-manência; programa de incentivo à participação de estu-dantes de graduação em eventos científicos, culturais e po-líticos, através da concessão de passagens terrestres; as-sistência à saúde, por meio do Serviço Odontológico e doPrograma Saudavelmente; atendimento de crianças de zeroa três anos e onze meses na creche.

Entretanto, é necessário consolidar a política de assis-tência social na UFG, com uma ação planejada, com dota-ção orçamentária, com avaliação, com a participação efeti-va dos usuários, ratificando a sua dimensão pública euniversalizadora de direitos sociais.

Ernando Melo FilizzolaPró-Reitor de Assuntos da Comunidade Universitária

Assistênciaestudantil na UFG

“Antes de decidirmos pelo tipo de universidade que queremosedificar é necessário refletir sobre o modelo de sociedade quedesejamos desenvolver”.

Florestan Fernandes, 1974

Estrutura especial para formatura

Palestra sobre Agroecologia

Lars Grael prestigia formandos da UFG

3Goiânia, abril de 2007 ADMINISTRAÇÃO

erca de 30 funcioná-rios da UniversidadeFederal de Goiás, en-

tre pró-reitores e assessores,estiveram na cidade de Ca-talão, no dia 2 de abril. A vi-sita fez parte do projeto Rei-toria It inerante, que temcomo objetivo aproximar osCâmpus da AdministraçãoCentral.

A visita ao Câmpus deCatalão (CAC) foi feita pelasegunda vez dentro desseprojeto, que visa promoverdiscussões sobre as princi-pais demandas da comunida-de universitária. O reitor daUFG Edward Madureira Bra-sil cumpriu extensa pauta dereuniões com autoridadeslocais, empresários, profes-sores, pesquisadores, técni-cos-administrativos e estu-dantes.

A abertura do evento foifeita no auditório do Câmpus,seguida de uma en-trevista coletiva à im-prensa local. A seguir,o reitor participou dasolenidade de entre-ga do Bloco K, cons-truído com recursosdoados pelo Ministé-rio Público. O ato con-

Reitoria Itinerante mobiliza Câmpus de CatalãoPROJETO TEM POR OBJETIVO APROXIMAR O INTERIOR DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

tou com a presença de repre-sentantes do órgão, que ti-veram a oportunidade de con-ferir as instalações físicas,viabilizadas a partir da verbadoada ao CAC. O promotor deJustiça, Roni Alvaci, infor-mou que a destinação dosrecursos provenientes de umajustamento de conduta naárea ambiental foi feita poracreditar na UFG como ins-tituição pública.

A programação incluiu,ainda, visitas a empresas lo-cais e à Prefeitura Municipal,trabalhos internos com ospró-reitores e assessores di-retos nas áreas de graduação,pesquisa, pós-graduação, ex-tensão e cultura, administra-ção, assuntos comunitáriose internacionais. À noite,houve a posse da novadiretoria do Câmpus,composta pelos profes-sores Manoel Rodri-

cabeamento de informática;aumento do link para trânsi-to de dados via internet, po-lítica de aquisição e uso desoftwares livres; revisão doprojeto elétrico do CAC etc.Já o GT de Extensão, Cultu-ra e Assuntos da Comuni-dade Universitária esclare-ceu dúvidas e encaminhoupropostas sobre bolsas deextensão e cultura (Probec),sistema de informação deextensão e cultura (SIEC),marca oficial da UFG, proje-to Universidade Saudável,criação de um Centro de Es-portes e Lazer, moradia es-tudantil, bolsa-permanência,bolsa-alimentação, etc.

O Câmpus de Catalão foifundado em 1986 e possuidoze cursos de graduação:Educação Física, Matemática(licenciatura), Administra-ção, Ciências Biológicas, Ci-ências da Computação (ba-

charelado), Geografia(bacharelado e licen-ciatura), Física, His-tória (bacharelado elicenciatura), Letras(licenciatura em Por-tuguês), Pedagogia (li-cenciatura), Químicae Psicologia.

Os professores Manoel Rodrigues Chaves (diretor) eMaria Natividade Rosa Barbosa (vice-diretora) estarão àfrente do CAC nos próximos quatro anos. Foramempossados também os seguintes professores: DulcériaTartuci (coordenadora de Graduação), Maria Rita de CássiaSantos (coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação) e LuizCarlos do Carmo (coordenador de Extensão e Cultura). Asolenidade contou com a presença de várias autoridadeslocais, regionais e nacionais.

O ex-diretor José Vieira Neto fez um balanço de comofoi os últimos quatro anos e como o Câmpus de Catalãoevoluiu com a abertura de cinco novos cursos, o que propi-ciou uma expansão das atividades e do seu espaço físico.Já o diretor empossado, Manoel Rodrigues Chaves, enfocouque sua gestão estará comprometida com novos desafios,e tentará estreitar ainda mais os laços institucionais en-tre o Câmpus de Catalão e a comunidade local.

A posse contou também com a presença da coordena-dora geral de Desenvolvimento das Instituições de EnsinoSuperior da Secretaria de Educação Superior do MEC, Ma-ria Ieda Costa Diniz, que representou o Ministro da Edu-cação Fernando Haddad, e do presidente da AssembléiaLegislativa, deputado Jardel Sebba. (Maria Emília Naves)

O reitor Edward Madu-reira abriu sua agenda deatividades em Catalão coma visita à Prefeitura Muni-cipal. Na ocasião, estavampresentes o prefeito AdibElias Júnior; o presidenteda Câmara Municipal, Cé-sar José Vieira; o secretá-rio da Indústria e Comércio,Cláudio Henrique Chini; oex-prefeito Haley MargonVaz; e os assessores da Rei-toria, Tasso Leite e MagnoMedeiros.

O prefeito Adib com-parou a importância daUFG de Catalão com os pó-los industriais, minerado-res e com o comércio lo-cal. Ele ainda ressaltou oapoio que a prefeitura vemdando ao CAC por meio de

gues Chaves (diretor) e Ma-ria Natividade Rosa Barbosa(vice-diretora). A solenidadecontou com a presença de vá-rias autoridades locais, regi-onais e nacionais (veja ma-téria correlata).

Grupos de trabalho – Pró-reitores, assessores da rei-toria, diretores de órgãos,professores, técnicos-admi-nistrativos e estudantes reu-niram-se em grupos de tra-balho (GT) para discutir pro-blemas e encaminhar solu-ções referentes ao Câmpusde Catalão. O GT de Gradua-ção, por exemplo, debateuquestões como política deestágio, monitoria, educaçãoa distância, estrutura curri-cular e projeto político-peda-

gógico, normas e rotinas daPró-Reitoria de Graduação(Prograd) e do Departamentode Assuntos Acadêmicos(DAA), dentre outras. O GTde Pesquisa e Pós-Gradua-ção discutiu programas deintercâmbio internacional,editais de apoio à pesquisa,Programa Institucional deBolsas de Iniciação Científi-ca (Pibic), além de projetosde financiamento da Pró-Rei-toria de Pesquisa e Pós-Gra-duação (PRPPG) e de outrosórgãos dos governos estadu-al e federal.

O GT de Administraçãoencaminhou propostas refe-rentes aos seguintes temas:segurança para a biblioteca,implantação do software So-phia na biblioteca do CAC,

agilização e desburocra-tização de processos queenvolvem recursos fi-nanceiros, estrutura de

Reitor visitaempresários e aPrefeitura Municipal

verbas para a construção deprédios e reformas e aindacom o pagamento dos salári-os de parte dos professoresda instituição. Foram discu-tidas possibilidades de está-gio dos estudantes do cursode Ciências da Computaçãoem um projeto da prefeiturade inclusão digital, além dequestões no campo de assis-tência estudantil.

A Prefeitura de Catalãoinformou que dispõe de umterreno que é de propriedadedo Estado, mas que vai tentarrepassá-lo para o CAC. “O ter-reno possui nove alqueires epoderia ser utilizado para aconstrução de laboratórios ououtras instalações que aten-deriam melhor os estudantesda Universidade” afirmou o

prefeito Adib Elias. O reitorvisitou empresários das mi-neradoras da cidade, umaempresa no setor de maqui-nário agrícola, a John Dee-re, e em uma empresa mon-tadora de veículos, a Mitsu-bishi. O objetivo foi conso-lidar parcerias para a Uni-versidade.

O reitor fez um balan-ço das visitas ressaltandoque as empresas precisamse interessar pela UFG epor isso ter um contato comas mesmas é de muita im-portância. “O saldo dessasvisitas foi bastante positi-vo. Cabe-nos agora traba-lhar para possíveis convê-nios, estudos de pesquisae projetos de extensão comapoio dessas empresas”.

Posse da novadiretoria do CAC

reúne autoridades

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4 Goiânia, abril de 2007EVENTOS

O curso de especiali-zação em Capacitação ePlanejamento em Turismoiniciará nova turma emagosto de 2007. Em junho,o Instituto de Estudos Só-cio-Ambientais (Iesa) daUFG divulgará as informa-ções sobre seleção. A co-ordenação é da professoraMaria Geralda de Almeida.

A Escola de Veteriná-ria da UFG realiza umasérie de cursos para a ha-bilitação de médicos vete-rinários para o “Diagnós-tico de Brucelose e Tuber-culose e noções sobre En-cefalopatia EspongiformeBovina”. O treinamento épago com duração de umasemana. Há turmas pre-vistas para os meses deabril, maio, setembro e no-vembro. Mais informaçõescom os coordenadores, pro-fessor Aires Manoel deSouza: (62) 3521-1582, ra-mal 25 , a i resms@vet .ufg.br, e o professor Joãoda Cunha Lima, ramal 20.

I Encontro Nacional deEstudos da Imagem –Dias 14, 15 e 16 demaio, UniversidadeEstadual de Londrina,Paraná. Promoção:Laboratório de Estudosdos Domínios da Imagemna História (LEDI). Maisinformações no sítiowww.uel.br/eventos/eneimagem/

Fórum Permanente de Gra-duação – Seminário “Ex-pansão das InstituiçõesFederais de Ensino Supe-rior: propostas em discus-são” - Dias 11 e 12 de abril,no auditório da Faculdadede Medicina, Praça Univer-sitária, Goiânia. O objetivoé promover o debate sobre osprojetos de ampliação devagas e cursos nas univer-sidades, conforme meta dosegundo mandato do Gover-no Lula. Promoção: UFG.

II Festival de Poesia deGoyaz - inscrições até 15de abril, na cidade deGoiás. Data de realizaçãodo evento 26 a 30 desetembro. Os trêsprimeiros colocados serãopremiados com apublicação das obras poruma editora de renome ecirculação nacional. Maisinformações no sítiohttp://www.proec.ufg.br/festival/index.html.

I Semana Global sobre Segurança nas Rodovias - De 23a 29 de abril, em diversas cidades do Brasil. Promoção:

Organização das Nações Unidas (ONU), por meio deatividades em todo o mundo, em âmbito local, regional,

nacional e global. A Secretaria de Vigilância em Saúde doMinistério da Saúde centralizará as ações de

mobilização da sociedade no Brasil.

Concurso de Artes Plásticas “Visões do ParqueFlamboyant” - Inscrições abertas gratuitamente até 10 de

maio. O regulamento pode ser obtido emwww.toctao.com.br . Mais informações: (62) 3945-0450.

V Encontro dos GruposPET do Centro-Oeste e Nor-te (Econpet) – De 10 a 13de maio de 2007, no Câm-pus II da UFG, em Goiânia.Tema central: “Formaçãoprofissional x responsabili-dade social: um desafio daeducação tutorial”. Promo-ção: grupos do Programa deEducação Tutorial (PET)Enfermagem, Engenhariade Alimentos e Geografiada UFG.

59ª. Reunião Nacionalda Sociedade Brasileira

para o Progresso daCiência (SBPC) – De 8

a 13 de julho, naUniversidade Federal doPará (UFPA), em Belém.

Tema central:“Amazônia: desafio

nacional”. Informações:www.sbpcnet.org.br

XVI Congresso Brasileirode Floricultura e PlantasOrnamentais, IIICongresso Brasileiro deCultura de Tecidos dePlantas e I Simpósio dePlantas OrnamentaisNativas – Eventossimultâneos a seremrealizados de 10 a 15 desetembro, no Centro deConvenções, Goiânia,Goiás. Tema central:Biodiversidade. Maisinformações:www.jovennet.com.br/congresso ouwww.congresso2007.com.br

XV Semana Científica Far-macêutica (XV SCF) – De 25a 28 de setembro, na Facul-dade de Farmácia da UFG,Praça Universitária, Goiânia,Goiás. Tema: “Políticas cien-tíficas para o ensino, pesqui-sa e desenvolvimento defármacos e medicamentos”.

6º Simpósio Brasileiro de Geografia Geotécnica eGeoambiental – De 4 a 6 de junho, na Universidade

Federal de Uberlândia (UFU). Prazo para inscrições comdesconto vai até 30 de abril. Mais informações:

www.abge.com.br ou [email protected]

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Alunos de Ciências Biológicas da UFG realizaram pela segundavez ações de reflorestamento em áreas do Câmpus

ob um olhar ambiental ecom um propósito de in-teração dos estudantes

recém-ingressos à vida acadê-mica, um grupo de alunos docurso de Ciências Biológicas daUFG criou o Projeto Plantar. Aproposta consiste em uma ativi-dade de “calourada”, que ocorredesde o ano passado. Na ativi-dade, trabalha-se a temática dapreservação do cerrado, comotambém, alternativas para ame-nizar sua destruição, no caso, aprática do reflorestamento. Atu-almente, sob orientação dos pro-fessores Heleno Ferreira, Maril-da Pasquali e Vera Klein, doDepartamento de Biologia Geraldo Instituto de Ciências Bioló-gicas (ICB), os estudantes pre-tendem protocolá-lo na Pró-Rei-toria de Extensão e Cultura (Pro-ec) e dar continuidade nos próxi-mos anos. Walter Araújo, estu-dante de Biologia, afirma que “oProjeto Plantar é uma nova for-ma de se pensar o trote, não deforma a constranger ou inibir osestudantes, mas de modo aintegrá-los à vida acadêmica, emais ainda, conscientizá-los edespertá-los para a problemáticade destruição do cerrado”.

A atividade consiste emduas etapas, uma prática e uma

promove preservação ambiental

teórica. Na parte teórica, res-ponde-se um questionário paraavaliação do interesse e conhe-cimentos dos alunos em relaçãoao Bioma cerrado, e também sãoapresentadas palestras queabordam temas conceituais deeducação ambiental, caracterís-ticas gerais do cerrado comotambém o nível de devastaçãoque este sofreu. As apresenta-ções pretendem familiarizar osestudantes recém-ingressoscom questões ambientais rele-vantes, tais como destruição deambientes naturais, impactosambientais e antropização, queé a influência humana desen-freada, ou descontrolada, sobreo ambiente, como por exemplo,desmatamento, queimadas,poluição; como também cons-cientizar sobre o papel do serhumano como parte integrantedo meio ambiente, levando emconta que a forma de atuaçãohumana é fundamental para amanutenção ou não do equilí-brio do meio.

A parte prática do projetoconstitui no plantio das mudasem áreas devastadas da UFG.As mudas são doadas pela Se-cretaria Municipal do Meio Am-biente (Semma) e dentre elas es-tão jatobá (Hymenaea courbaril

L.), oiti (.Licania tomentosa Frits-ch), barriguda (Tabebuia chryso-trica) e ipê amarelo (Tabebuiachrysotrica).

Para o plantio, os grupossão divididos de maneira quecada um fica responsável porum quadrante, onde são plan-tadas as mudas. Cada grupocuida da manutenção da suaárea. Ao final de cada mês éelaborado um relatório e casoseja constatada alguma neces-sidade de manutenção, será co-municada à organização, queprovidenciará a solução juntoaos órgãos competentes dauniversidade. Ao fim do se-mestre é realizado um relató-rio semestral sobre o anda-mento do projeto.

Desse modo, a iniciativasubstitui o trote tradicional,violento e discriminatório e fazda “calourada” uma ferramentade conscientização. “O ProjetoPlantar é uma iniciativa dosveteranos para proporcionaras boas-vindas aos novatos,familiarizando-os com a meto-dologia científica e buscandoconscientizá-los do contextoambiental em que se encontra onosso Estado” afirma o estudan-te de Biologia, Marcus Vini-cius. (Pilar Lisboa)

CALOURADA CONSCIENTEOBJETIVO DO PROJETO PLANTAR É O REFLORESTAMENTO

A Universidade Federalde Goiás (UFG) e a rede Uni-versia Brasil firmaram convê-nio de cooperação institucio-nal. A parceria permite que a co-munidade acadêmica tenha aces-so a conteúdos, serviços, bolsasde estudos e oportunidades vol-tadas para o ensino, a pesquisa,a extensão e a cultura, tanto noBrasil quanto no exterior.

O reitor da UFG EdwardBrasil ressaltou a importânciainstitucional do convênio paraa qualificação acadêmica e pro-fissional de estudantes, profes-sores e pesquisadores da UFG.Mônica Miglio, diretora do Uni-

versia, esclareceu que a orga-nização é uma rede de 985 ins-tituições de ensino superior daAmérica Latina e PenínsulaIbérica, que tem como parceirofinanceiro o Grupo Santander.O portal (www.universia.com.br) é o elemento integra-dor da rede, com quase dois mi-lhões de usuários cadastradosno Brasil. O Universia atuanas seguintes áreas: empregoe carreira, empreendedorismo,bolsas e financiamentos, cur-sos, educação a distância, den-tre outras. Além disso, existem1.320 cursos on-line oferecidospelo Universia Cursos.

Convênio amplia oportunidades acadêmicas

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Com a assinatura da parceria aUFG passou a fazer parte de umarede com mais de 900 instituições

de ensino superior da AméricaLatina e Península Ibérica

Fique de olho

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5Goiânia, abril de 2007 ÁGUA

construção do prédiodo Laboratório de Aná-lise e Gerenciamento

Ambiental de Recursos Hídri-cos (Lamarh) da UniversidadeFederal de Goiás representa,antes de tudo, a existência deum centro destinado a agre-gar informações sobre a situ-ação da água no Estado deGoiás. A inauguração do pré-dio, ocorrida dia 21 de março,abriu caminhos para futurasparcerias entre a UFG e orga-nismos da sociedade civil como objetivo de monitorar e pre-servar os recursos naturais daregião, considerada o berçodas águas do Brasil.

O laboratório tem porobjetivo promover pesquisase análise da água com o sen-tido de traçar um perfil dosrecursos hídricos do Estado.Ele está equipado para pro-ceder a análise físico-quími-ca da água, investigando acomposição da biodiversida-de aquática e as suas rela-ções com o saneamento am-biental, levando-se em con-sideração o meio físico.

Segundo o diretor doLamarh e um dos idealizado-res do projeto, professor Le-andro Gonçalves Oliveira, otrabalho desenvolvido dentrodo laboratório servirá, aomesmo tempo, à UFG e à so-ciedade goiana. Serão desen-volvidos estudos limnológi-cos (referente à água doce eseus organismos) e de biodi-versidade aquática, com in-terfaces no saneamento am-biental e na geomorfologia.

Além das pesquisas cien-tíficas, o laboratório oferece-rá atividades de extensão, deformação e capacitação de re-cursos humanos no âmbitoacadêmico e não acadêmico, aprestação de serviço, asses-soria e consultoria ambiental.

Parceria – Durante a inaugu-ração do prédio estiveram pre-sentes o reitor da UFG, pro-fessor Edward Madureira Bra-sil e representantes de órgãosdo governo do Estado e Pre-feitura de Goiânia, como aSecretaria Municipal de MeioAmbiente (Semma), Secretaria

INAUGURAÇÃO DO LAMARH REPRESENTA APOSSIBILIDADE DE FLUXO DE INFORMAÇÕES ENTREOS ÓRGÃOS COMPETENTES NO ESTADO

LABORATÓRIO GERENCIA RECURSOS HÍDRICOS e abre novos caminhos para a

preservação das águas em Goiás

Estadual de Meio Ambiente eRecursos Hídricos (Semarh),Secretaria de Ciência e Tecno-logia (Sectec) e a Fundação deAmparo à Pesquisa de Goiás(Fapeg). Todas acenaram coma possibilidade de parceriascom o laboratório no sentidode manter um fluxo de infor-mação sobre a qualidade daágua no Estado e município.

O secretário de Estadodo Meio Ambiente e Recur-sos Hídricos, José de PaulaMorais Filho, afirmou que acriação do laboratório é degrande importância devido àgeração de informações quepoderão servir para o forta-lecimento da gestão ambien-tal no Estado.

O laboratório foi cons-truído com recursos oriun-dos do Ministério da Ciên-cia e Tecnologia (MCT), porintermédio da Financiadorade Estudos e Projetos (Fi-nep), e com o apoio da Fun-dação de Apoio à Pesquisada UFG (Funape). Foi apro-vado um valor global de R$1 milhão. No âmbito do CT-Infra 2001 foram destinadosao laboratório cerca de R$300 mil para a construção eaquisição de alguns equipa-mentos (comprados em 2002)de análise de água e sua bi-odiversidade.

Sem um prédio para abri-gar a sede, os equipamentosforam distribuídos entre di-

versos laboratórios, que re-alizaram um trabalho inte-grado de análise da água emáreas de proteção ambiental.Durante esse período, pes-quisas se concentraram naanálise da biodiversidade aqu-ática destas áreas, bem comoo estudo de características fí-sico-químicas (pH, oxigêniodissolvido, temperatura, con-dutibilidade elétrica).

Multidisciplinaridade – OLamarh está vinculado aoInstituto de Ciências Bioló-gicas (ICB). Entretanto, oprofessor Leandro faz ques-tão de frisar o seu carátermultiuso: “a idéia é atendera projetos de pesquisa que

demandem as análises do La-marh de todas as unidades eórgãos da UFG e, inclusive,de outras instituições de en-sino superior. Trata-se de umespaço multidisciplinar deanálise, planejamento e ge-renciamento ambiental, comuma forte abordagem nos re-cursos hídricos do Estado deGoiás”, afirma.

Para o professor Lean-dro, a construção do prédioconstitui, ao mesmo tempo,um centro físico para a aná-lise da água e um centro vir-tual onde serão concentra-das informações sobre os re-cursos hídricos do Estado.Pretende-se também agregarinformações sobre áreas des-matadas para relacioná-las àquantidade de água num de-terminado local. “Quantomaior o desmatamento, me-nor é a quantidade de águaque infiltra no solo”, afirmao professor.

Os estudos agora esta-rão voltados para a análisee gerenciamento de áreas dedegradação ambiental. Aspesquisas incluirão a aná-lise hidro-geomorfológica,sob responsabilidade do la-boratório de Geografia Físi-ca (Labogef) do Instituto deEstudos Sócio-Ambientais(Iesa) e de compostos finos,tais como metais e pestici-das, a cargo do Laboratóriode Métodos de Extração eSeparação (Lames), do Ins-tituto de Química (IQ). (Ma-theus Álvares Ribeiro)

POTENCIAL AMEAÇADOO grande número denascentes no Estado deGoiás, que contribuem paraa formação de alguns dosprincipais rios do Brasil(Goiás é um dos estadosformadores das bacias doTietê-Paraná e do Araguaia-Tocantins) lhe valem otítulo de “Berço das águas

brasileiras”.“Goiás é um estado rico emágua”, afirma o professorLeandro Gonçalves Oliveira.Parte do território goianoestá sobre o aqüíferoGuarani, o maiorreservatório de águasubterrânea do mundo e alvodos interesses de vários

países. Além de contribuircom o abastecimento derepresas destinadas àprodução de energia elétrica.“No entanto, o regimehidrológico não ocorre demaneira igual em todo oEstado”, adverte Leandro.Além disso, algumas regiõesem Goiás sofrem com a

intensa atividade agrícola emineradora, responsáveispelo acúmulo de resíduos eredução da infiltração deágua no solo (vide matériaprincipal). Estima-se que,anualmente, são gastos,em Goiás, acima de 20 milmetros cúbicos de águapor habitante. Para

Leandro, um dos grandesproblemas do Estado é aausência de um planoconsistente demonitoramento do seupotencial hidrológico.“Goiás precisaimplementar um sistemade controle de vazão daágua”, afirma o professor.

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Inauguração do Lamarh. O laboratório possibilitará a concentração de informações sobre os recursos hídricos do Estado.

Represa da Escola de Agronomia eEngenharia de Alimentos da UFG

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6 Goiânia, abril de 2007SAÚDE

imbolicamente, osseios têm ocupadoum papel de prove-

dor e mantenedor da vida.Durante os primeiros me-ses de vida de qualquermamífero, é por meio de-les que será fornecido oalimento até que ele pos-sa se alimentar por outrasfontes. Entre os seres hu-manos, este órgão ganhoutambém uma função eró-gena, sendo consideradoum dos principais pontosde excitação sexual depoisdos órgãos genitais.

No entanto, os seiostambém são órgãos extre-mamente sensíveis aoataque de doenças, dasquais a mais grave é ocâncer (de mama). Ele temsido cada vez mais comumem mulheres no mundotodo. Em parte, esse au-mento do número de casosse deve ao ritmo de vidaagitado, que leva aoestresse e à depressão, mastambém surgem como con-seqüência dos maus hábi-tos alimentares. Se desco-berto a tempo, as chancesde cura do câncer de mamasão de 95%, mas a falta deinformação, muito comumem países em desenvolvi-mento como o Brasil, e ostabus criados em torno dadoença ainda são um entra-ve na redução da mortalida-de das pacientes.

Pensando no bem-es-tar de mulheres que nor-malmente não têm aces-so às informações sobreprevenção e tampoucotêm como fazer um trata-mento pelo sistema priva-do é que foi criado umasérie de programas den-tro da Faculdade de Medi-cina (FM) e do Hospitaldas Clínicas (HC) da Uni-versidade Federal de Goi-ás (UFG).

Ao todo, são quatroprojetos de extensão: aLiga da Mama (criada poracadêmicos do curso deMedic ina ) , o de Pe i toAberto (assistência psico-lógica às pacientes porta-doras de doenças namama), Visite seu Paci-ente (tentativa de reduzira evasão dos doentes) e oAmbulatório de Mastolo-g ia (que presta atendi-mento médico e cirúrgi-co às pacientes). Os pro-jetos estão hoje reunidossob o Programa de Masto-logia do Hospital das Clí-nicas, coordenado pelomédico Ruffo de FreitasJúnior.

PROGRAMA DE MASTOLOGIA DA UFG PRESTAATENDIMENTO AMBULATORIAL E PSICOLÓGICO AMULHERES COM O OBJETIVO DE PREVENIR ECOMBATER DOENÇAS DA MAMADe peito aberto

Trabalho integrado – Se-gundo a psicóloga Daniel-le Cristina Netto Rodri-gues, o trabalho realizadopelo programa conta com aatuação de equipes dos se-tores de Medicina, Enfer-magem, Psicologia e Nu-trição. A integração destasáreas é fundamental paraa recuperação das pacien-tes, que passam por umperíodo altamente estres-sante e que deixa marcasprofundas devido ao trata-mento. Este é o único pro-grama de mastologia doBrasil que promove, se-gundo o doutor Ruffo, um“casamento de diversasáreas” no tratamento daspacientes.

Danielle afirma que amaior parte das pacientesencaminhadas, com diag-nóstico mais agressivo decâncer de mama, apresen-ta um histórico de depres-são, o que reflete direta-mente no corpo da pacien-te. “O fator emocional éimportante no surgimentode doenças”, afirma a psi-cóloga.

Como forma de atenu-ar o estado depressivo ealiviar a angústia das pa-cientes, a equipe realizaum trabalho de atendi-

sita ao 17º Encontro Cien-tífico de Acadêmicos de Me-dicina (17º ECAM), realiza-do naquela época em Goiâ-nia. Desde então, ela foi en-caminhada ao Programa deMastologia, onde iniciou otratamento. Ela afirma nãoter se desesperado quandorecebeu o diagnóstico.“Acho que foi principalmen-te por causa do conheci-mento que eu já tinha so-bre a doença”, explica. De-pois das sessões de quimi-oterapia e de um procedi-mento cirúrgico, Angélicaconseguiu superar a doen-ça e hoje só faz o acompa-nhamento por meio de vi-sitas periódicas.

“Uma paciente queteve câncer deve ser segui-da pelo resto da vida”, afir-ma Ruffo. No entanto, semo acompanhamento ade-quado, muitas pacientesacabam por abandonar otratamento logo após a pri-meira fase. Com o trabalhode conscientização e o su-porte psicológico dado pelaequipe do Programa de Mas-

tologia, houve um aumen-to de 95% dos índices deprosseguimento do trata-mento. Um dado conside-rado, segundo Ruffo, equi-valente (em alguns casos,superior) aos padrões eu-ropeus.

Que o diga SucéliaGonçalves de Oliveira, fre-qüentadora do Programa deMastologia há quatro anos.Inicialmente, as visitaseram apenas para fazer aprevenção, mas há doisanos, ela descobriu umnódulo em uma das ma-mas. “Foi horrível”, afirma.“Sempre fazia os exames ede repente eu descubroque tenho câncer”.

Aos 43 anos, Sucéliapassa pela segunda vezpelo mesmo processo. De-

mento na sala de espera.Enquanto esperam peloatendimento ambulatorial,as pacientes recebem in-formações sobre o câncerde mama, aprendem oquanto é importante falarsobre o assunto e perder omedo de se tratar. O tra-balho é todo voltado para aconscientização. Ao mes-mo tempo, são apresenta-dos casos de pacientes queforam curadas e hoje sóvoltam para fazer o acom-panhamento.

É o caso de AngélicaZulmira Barros Araújo, quehá quase dois anos é acom-panhada pela equipe do Pro-grama. Ela afirma que des-cobriu o nódulo durante oauto-exame. A confirmaçãodo câncer veio após uma vi-

O programa de Mastologia atua em diversas áreas de modo agarantir mais conforto às pacientes

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eira pois de curar o primeiro

câncer, outro apareceuno outro seio. Até o fecha-mento desta edição, Su-célia já havia sido opera-da e recebido alta.

A psicóloga Márcia deFaria Veloso afirma queuma das armas na luta con-tra o câncer é a quebra detabus. Para ela, muitas te-orias como “quem procuraacha” ou “melhor não me-xer para não piorar” só agra-vam o problema. Segundoela, este é um dos motivospelo qual 50% das mulheresbrasileiras com câncer demama cheguem ao hospitalcom um histórico tardio.

Recomeço – Um câncerde mama não causa so-mente efeitos à saúde damulher. O tratamento é,sobretudo, t raumát ico ,porque muitas vezes re-quer uma mastectomia(cirurgia de retirada totalou parcial da mama afe-tada). Neste caso, os efei-tos de uma alteração dotipo são principalmenteestéticos. Felizmente noBrasil a cirurgia de re-constituição é um direi-to garantido pelo SistemaÚnico de Saúde (SUS).

O Programa de Masto-logia da UFG já realiza areconstituição imediata-mente após a mastecto-mia, “exceto quando há al-gum risco para a saúde dapaciente”, afirma o cirur-gião plástico Aloísio Gar-cia. O procedimento cirúr-gico é o mesmo para am-bos os casos, mas, “psico-logicamente, a reconsti-tuição imediata é menosagressiva porque a mulhernão tem de passar pelotrauma de ver a mama re-tirada”, afirma o cirurgião.

Além do tratamentoda doença propriamentedita, a principal preocupa-ção da equipe é possibili-tar um mínimo de alíviopara as pacientes. “Nós tra-balhamos de forma a per-mitir que a paciente dê umnovo signif icado à suavida”, afirma Danielle. Su-célia aprova a metodologiada equipe e compara: “Tiveuma irmã que teve câncere foi tratada em outro lo-cal. Ela declara que a dife-rença entre o tratamentono Programa e nos outroslugares é perceptível .“Aqui a gente tem todo oacompanhamento”, afir-ma. “Fui a psicóloga daminha irmã”, brinca. (Ma-theus Álvares Ribeiro)

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7Goiânia, abril de 2007 OBRAS NO CÂMPUS

OBRAS DA UFG DESDE 2006

esde 2006, a Univer-sidade Federal deGoiás já soma 18 no-

vas obras, sendo duas con-cluídas e o restante em an-damento. Ao todo são maisde 20 mil metros quadradosde área construída corres-pondendo a cerca de 10% daárea construída de toda aUFG – a universidade temem torno de 213 mil metrosquadrados de área.

Segundo o Pró Reitor deAdministração e Finanças,Orlando Afonso Valle doAmaral, os recursos são pro-venientes do Programa deExpansão das IFES/MEC-SESU, do orçamento da pró-pria universidade, emendasparlamentares e editais daFINEP.

“Se somadas as refor-mas e as novas construçõestemos um volume de gastosem torno de R$ 15 milhões”,afirma o diretor do Centrode Gestão do Espaço Físico(Cegef), Marco Antônio deOliveira.

Dentre as obras desta-cam-se: a conclusão da 1ªfase do edifício de interna-ção do Hospital das Clínicas(HC) do qual já foramconstruídos os 1º e 2º subso-los e o Laboratório de Análi-se e Gerenciamento Ambi-ental de Recursos Hídricos(Lamarh), inaugurado dia21 de março. Além dessas,as obras do Centro de Docu-mentação e Informação daMemória (CDIM) foram rea-tivadas e concluídas.

O maior volume deobras se concentra no Hos-

Obras na UFG totalizam investimentos de R$ 15 milhõesAO TODO SÃO MAIS DE 20 MIL METROS QUADRADOS DE ÁREA CONSTRUÍDA NOS CÂMPUS DE GOIÂNIA E DO INTERIOR

Obra1º e 2º subsolo do edifício de internação

Blocos de sala de aula, laboratórios, quadra coberta e piscinasemi-olímpica

Blocos de salas de aulas, laboratórios de saúde e exatas

2ªetapa do Ed. Dermatologia/HC

Blocos de salas de aulas (2 pavimentos superiores)

1ª etapa do Centro de Recursos Computacionais

Gabinetes dos professores do Centro de Reprodução Animal

Estacionamento de motos da Reitoria

Sede dos Cursos de Administração Ciências Contábeis eEconomia

Café das Letras

Guarita e portão de entrada

Salas de aula

Piscina semi-olímpica e vestiários

Vestiários e cobertura de quadra

Unidade de pesquisa clínica

Laboratório de Análise e Gerenciamento Ambiental deRecursos Hídricos

Centro de Documentação e Informação da Memória da UFG

Laboratório de processamento de imagens e geoprocessamento

UnidadeHC

Catalão

Jataí

HC

Centro de aulas

Cercomp

Escola de Veterinária

Reitoria

Bloco de AdministraçãoContábeis e Economia

Faculdade de Letras

Catalão

Planetário

Jataí

Catalão

HC

Lamarh

CDIM

Lapig

ValorR$ 1.687.569,27

R$ 2.844.979,72

R$ 2.737.129,27

R$ 706.942,48

R$ 1.279.670,00

R$ 624.489,99

R$ 174.729.48

R$ 28.510,36

R$ 898.913,11

R$ 205.376,05

R$ 28.832,25

R$ 57.832,25

R$ 563.764,17

R$ 301.844,58

R$ 644.953,10

R$ 31.089,05

R$ 103.996,61

R$ 188.657,46

Fase atualConcluído

Em andamento

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Em andamento

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Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em andamento

Em Andamento

Concluído

Concluído

Em andamento

cipal de criação de novoscursos no interior.

Em Goiânia, as obrasque se destacam são: oCentro de aulas do CampusSamambaia (ampliação dedois pavimentos do prédioque era destinado ao Ins-tituto de Matemática e Es-tatística), um novo prédiodestinado à coordenaçãodos cursos noturnos de Ad-ministração, CiênciasContábeis e Economia, oCentro de Recursos Com-putacionais – CERCOMP,além das obras do HC.Também são importantesas construções de labora-tórios e o Café das Letras.

Reformas – Além das cons-truções, também há as re-formas de algumas unida-des acadêmicas e órgãos.Dentre elas, estão os ves-tiários da Faculdade deEducação Física (FEF), quedemandaram uma quantiaem torno de R$ 174 mil;reformas internas de al-guns prédios, como o daFaculdade de Comunica-ção e Biblioteconomia (Fa-comb), Faculdade de Le-tras, Instituto de Física epátios internos ligados aosInstitutos do Câmpus Sa-mambaia.

Outras obras estãoprevistas para 2007 e jácom recursos garantidossão: Centro de Eventos noCâmpus Samambaia; Cen-tro de Aulas do CâmpusPraça Universitária; subs-tituição da cobertura dasFaculdade de Odontologia eFarmácia; ampliação doHospital Veterinário – Re-cursos MEC; edifício Pós-graduação do Câmpus deJataí – FINEP; reforma doEspaço Cultural/PROEC;reforma no Câmpus de Fir-minópolis; construção daSala de Ressonância Mag-nética do IQ; reforma da Li-vraria do CEGRAF no pátiocoberto; coberturas de aces-sos aos pátios dos Institu-tos (antiga área básica).

Outras ainda aguar-dam recursos. Uma delas,talvez uma das mais im-portantes por se tratar deuma necessidade compatí-vel ao caráter inclusivo dainstituição, é a adequaçãodos Câmpus para facilitaro acesso a portadores denecessidades especiais eidosos. (Matheus ÁlvaresRibeiro)

pital das Clínicas, Câmpusde Catalão (cinco obras) eCâmpus de Jataí (quatroobras). Nos dois últimoscasos, as obras realizadassão de construções de sa-

las de aula, laboratórios,além da construção dequadras de esportes co-berta, piscina e vestiári-os. Estas obras são prove-nientes dos recursos re-

cebidos do Programa deExpansão das InstituiçõesFederais de Ensino Supe-rior (IFES), criado pelo Mi-nistério da Educação(MEC), com o objetivo prin-

Bloco de salas de aulas em Jataí

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Vista parcial das obras no Hospital das Clínicas

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8 Goiânia, abril de 2007MEIO AMBIENTE

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separação prévia de materiaispassíveis de reaproveitamen-to, conhecida como coleta se-

letiva, teve inicio nos Estados Uni-dos no meio do século passado. NoBrasil, segundo dados da pesquisaCiclosoft 2006 do Cempre (Compro-misso Empresarial pela Reciclagem),a coleta seletiva cresceu 38% nosdois últimos anos, mas atinge ape-nas 6% das cidades do país.

Desde setembro do ano passa-do, Goiânia implantou um projetopiloto de coleta seletiva de lixo. Eleconta com a parceria das secretari-as municipais de Educação e doMeio Ambiente (Semma) e a Fun-dação Municipal de Desenvolvimen-to Comunitário (Fumdec).

A intenção da prefeitura é que apopulação contribua para tornar a ci-dade mais limpa. Qualquer cidadão quetiver 25 quilos ou mais de lixo secoem sua residência ou empresa podeligar para a Comurg e solicitar que umcaminhão vá buscá-lo. Outra maneiraé levar o lixo para um dos sete postosde entrega voluntária (PEVs) localiza-dos na capital.

O grande problema é que a mai-oria dos moradores da capital sequersabe que Goiânia já conta com essetipo de serviço de separação de lixo.O motivo: não houve campanhas dedivulgação e de esclarecimento sobrea existência e a importância da cole-ta seletiva. Segundo Laura Jaime Ra-mos, educadora ambiental da Sem-ma, na época do lançamento do pro-jeto, apenas foi colocada uma faixana porta dessa secretaria informan-do sobre a existência de um postode entrega voluntária (PEV) e os fun-cionários comunicaram aos morado-res da redondeza sobre a importân-cia da participação deles. Laura acre-dita que ainda nesse semestre, coma assinatura de um decreto pelo pre-feito, todos os órgãos públicos mu-nicipais terão que implementar a co-leta seletiva nos seus prédios e quetodas as escolas municipais terãoque incluir no programa curricular au-las de educação ambiental e praticara coleta seletiva. Segundo ela, a se-paração do lixo será apenas entre lixo

Parque Areião ( Av. 90 - Setor Pedro Ludovico)Parque Mutirama (Av. Araguaia – Setor Central)Parque Zoológico (Alamedas das Rosas – Setor Oeste)Praça do Supermercado Moreirinha ( Avenida T-2 - Setor Coimbra)Avenida C-8 (Jardim América)Comurg (Avenida Nazareno Roriz, 1.122 - Vila Aurora)Semma (Rua 75 esq. c/ 66, nº 137, Centro)

Locais dos postos de entrega voluntária(PEV) em Goiânia:

Empresa dá exemploA rede de supermercados Pão

de Açúcar/ Unilever oferece pos-tos de coleta voluntária de emba-lagens pós-consumo, nas suasmais de 100 lojas espalhadas peloBrasil. Os clientes da rede levamsuas compras em sacolas diferen-ciadas com orientações de comoseparar as embalagens.

COLETA SELEainda não é realidade em Goi

reciclável e não reciclável: uma ma-neira menos onerosa e mais prática.

Goiânia produz 1.100 toneladasde lixo por dia. Os rejeitos têm 34%de material reciclável que pode serfonte de emprego e renda. O materi-al recolhido diariamente nos PEVspelos caminhões da Comurg é doadoàs cooperativas e associações de ca-tadores de materiais reaproveitáveis.Em algumas escolas municipais, poriniciativa dos professores e da coor-denação, já é feita uma coleta demateriais que podem ser reaprovei-tados e estes são vendidos. A verbaé revertida para a escola. Laura nãodefende a prática da venda dessesmateriais, pois acredita que a coletaseletiva tem que ser feita sob a vi-são sócio-ambiental e não sob o pon-to de vista econômico: “é provávelque isso faça aumentar o consumonessas escolas”.

A educadora ambiental ressaltaa importância do trabalho de consci-

entização partindo da idéia dos trêsRs: redução, reutilização e recicla-gem. Os princípios que regem esseconceito que Laura cita são: verificara possibilidade de evitar a produçãodo resíduo, como a não utilização de

Implementado há cinco anosno Brasil, o projeto que alia pre-servação ambiental e inclusão so-cial, já arrecadou por volta denove mil toneladas de resíduosrecicláveis. O material arrecada-do é direcionado às cooperativasde catadores de material reciclá-veis cadastradas no projeto.

materiais descartáveis; encontraruma nova serventia para esse pro-duto que seria descartado, como a re-cauchutagem de cartuchos de im-pressora; e por último, a terceira al-ternativa a ser usada: a reciclagem.

Coleta seletivanão funcionaplenamente noCâmpus II. Osresíduos ficamexpostos etrazemtranstornos.Algumasiniciativastentamamenizar osproblemas

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9Goiânia, abril de 2007 MEIO AMBIENTE

Trabalhadores cada vez maisfreqüentes nas ruas de Goiânia,os catadores estão na verdade embusca de material que possa servendido para empresas que fazemreciclagem. Eles estão na ponta dacadeia produtiva e são responsá-veis por grande parte da separa-ção dos materiais, colaborandoassim para a reuti l ização ereciclagem do “lixo”. Além disso,acabam contribuindo para o aumen-to da vida útil do aterro sanitário,redução dos custos com o trata-mento do lixo, além de contribuí-rem com a limpeza da cidade.

Presentes por todas as par-tes, inclusive na UFG, muitoscatadores trabalham informal-mente e às vezes correm até ris-

Comurg: (62) 3524-2590 ou 0800-646-0156Semma – Departamento de Educação Ambiental: (62) 3524-3022Fumdec: (62) 3524-2635Laboratório de Saneamento da UFG: (62) 3209-6093

Telefones úteis:

Os catadores de “lixo”cos por disputarem espaço comcarros nas ruas. A prefeitura temconsciência da importância do ren-dimento financeiro desse serviçopara os catadores e garante que acoleta seletiva implantada na ca-pital não irá tirar o ganha-pão deninguém: o material entregue nosPEVs é destinado às cooperativasde catadores. Trata-se de umatentativa de minimizar o proble-ma do emprego informal, garantin-do direitos aos associados às co-operativas e diminuir o problemade acidentes no trânsito.

Uma das grandes conquistasdo movimento dos catadores foi oreconhecimento do catador comoprofissão pela Classificação Bra-sileira de Ocupações (CBO)

ETIVA DE LIXOânia A POPULAÇÃO NÃO PARTICIPA EFETIVAMENTE DEVIDO À FALTA DE INFORMAÇÃO SOBRE O QUE PODE

SER RECICLADO, POUCA PRATICIDADE E O DESCONHECIMENTO DOS BENEFÍCIOS AMBIENTAIS,SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS, SANITÁRIOS E ECONÔMICOS QUE ESSAS AÇÕES PODEM GERAR

Em 2004, foi criada na UFG a Co-missão de Gerenciamento Integrado deResíduos (CGIR). Uma das ações paradescobrir que tipo de lixo é gerado nocâmpus foi a elaboração de um ques-tionário eletrônico para que todas asunidades da UFG respondessem. Comum prazo de um ano para respondê-lo,poucas unidades o fizeram: apenas aEscola de Engenharia Civil (EEC), aEscola de Veterinária (EV), a Faculda-de de Farmácia (FF), a Faculdade de

O que é feito com lixo da UFGOdontologia (FO), o Instituto de Quí-mica (IQ), o Instituto de Patologia Tro-pical e Saúde Pública (IPTSP) e a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institu-cional e Recursos Humanos (Prodirh).No entanto, vale ressaltar que estasunidades representam as que geramresíduos mais perigosos.

O presidente da Comissão e pro-fessor da EEC, Eraldo Henriques deCarvalho, ressaltou a extrema impor-tância do preenchimento completo doquestionário, para conhecer exata-mente os resíduos produzidos nocâmpus e, assim, planejar ações ade-quadas. Como meta prioritária, foramsolicitadas às unidades informaçõesreferentes aos resíduos perigosos ge-rados na UFG. A Pró-Reitoria de Ad-ministração (Proad) contratou umaempresa que coleta os resíduos denatureza tóxica e dá a destinaçãoadequada a eles. O restante dos re-síduos é coletado por caminhões daprefeitura semanalmente.

No mês de março de 2007 foientregue à Proad o primeiro Inven-tário de Resíduos da UFG, baseadonos questionários respondidos. Essedocumento versa sobre a quantidadetotal de resíduos produzidos, sobreas formas de armazenamento e tra-tamento, sobre a periculosidade esobre a destinação final deles. Se-gundo o presidente da Comissão, “oinventário é o principal ponto de par-tida para o planejamento e elabora-ção do Plano de Gerenciamento”.

A comunidade do câmpus parecenão estar preocupada com a coletaseletiva. Embora a estrutura para co-

leta seletiva não se encontre totalmen-te implementada, já existem coleto-res individuais indispensáveis em lo-cais com muito fluxo de pessoas emesmo assim a segregação não é re-alizada. Com a implantação de abri-go para armazenamento do materialreciclável, será imprescindível a par-ticipação dos alunos, professores efuncionários da Universidade. Segun-do Marco Antônio de Oliveira, dire-tor do Cegef, a construção dos abri-gos é uma prioridade e deve ocorrerainda nesse ano.

Plano de ações – O Ministério doDesenvolvimento decretou que todasas instituições públicas montem atéo final de março uma comissão paragerenciar sua coleta seletiva do lixoe que até 30 de junho implantem acoleta seletiva. Eraldo garante que,apesar da coleta ainda não funcionarde maneira significativa na UFG, elaestá à frente de outras instituiçõesde ensino supeior que ainda não pos-suem nem a comissão, nem os cole-tores individualizados.

O reitor da UFG, Edward Madu-reira Brasil, e a professora Sandra deFátima de Oliveira, do Instituto deEstudos Sócio-Ambientais (IESA), vi-sitaram em 2006 a Universidade Fe-deral de Santa Catarina (UFSC) paraconhecer o sistema de coleta seleti-va que funciona na instituição hámais de 10 anos. A professora expli-cou que lá eles aproveitam, além dosmateriais recicláveis, os resíduos or-gânicos, fazendo compostagem. A vi-sita serviu de inspiração para implan-

tar a coleta seleti-va na UFG. Desde1998, a professoraapresentou e pro-tocolou um projetode extensão naProad. A professo-ra, que criou e co-ordena o Núcleo dePesquisa e Estudoem Educação Am-biental e Transdis-c i p l i n a r i e d a d e(Nupeat) disse quese surpreendeu aovoltar de férias em2005 e encontraros coletores insta-lados no câmpus.

Segundo ela, essa ação não tem ne-nhuma utilidade, pois além do con-teúdo de cada coletor ser misturadoquando recolhido pelos funcionáriosda limpeza e ir tudo para o aterro sa-nitário, não houve preocupação emescolher coletores que não permitis-sem que os macacos tivessem acesoaos seus interiores: “eles são de bai-xa qualidade”, conclui a professora.

Ministrando aulas sobre Educa-ção Ambiental na graduação e na pós-graduação, a professora disse que ésempre questionada pelos alunos so-bre a não existência de uma coletaseletiva de lixo na UFG. “Eu apresen-tei, no final de 2006, uma propostapara a implantação de um plano degestão ambiental para o câmpus, masaté hoje não tivemos retorno. A pro-dução de lixo não espera e a cobrançapor atitudes positivas neste sentidosão muitas. Então, juntamente com osestudantes da disciplina Metodologiase Práticas de Educação Ambiental, queministro no IESA, vamos colocar a co-leta seletiva em prática assim mes-mo”, desabafa a professora. O obje-tivo é separar os materiais reciclá-veis dos não-recicláveis no câmpus.Primeiramente, essa seleção de ma-teriais será feita no IESA e no Cen-tro de Convivência (CC) por meio daconscientização dos alunos e funci-onários e, depois, abrangerá todo ocâmpus e o entorno. Todo o materialreciclável será recolhido pela Asso-ciação de Material Reciclável Beija-Flor, por meio de uma parceria da pro-fessora e dos estudantes. (JúliaMariano)

Catador trabalhando na Associação de MaterialReciclável Beija-Flor, que fez parceria com a UFG

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10 Goiânia, abril de 2007EXTENSÃO

estágio comunitá-rio realizado noCâmpus Avançado

de Firminópolis, destinadoao desenvolvimento deações básicas de saúde, éum dos projetos de exten-são mais antigos da Uni-versidade Federal de Goi-ás. Desde 1971, ele temajudado a instituição a seinserir no processo de de-senvolvimento da regiãooeste do Estado, com a atu-ação de seus estudantesna apresentação de alter-nativas para a solução dosproblemas de saúde públi-ca da comunidade.

A cada 30 dias, umanova turma de estagiáriosdos cursos de Enfermagem,Nutrição, Biomedicina,Odontologia, Medicina eFarmácia, todos do últimoano, se deslocam até omunicípio, situado a 108km de Goiânia. Lá reali-zam atividades de atendi-mento à população nospostos de saúde urbano erural. São Luís dos MontesBelos, cidade vizinha, dis-tante 10 km de Firminópo-lis, também participa doprojeto.

As equipes começame terminam juntas o perí-odo de estágio. A medidatem como objetivo a reali-zação de trabalhos inte-grados e interdisciplina-res entre as equipes decada área, de acordo comas diretrizes do Ministé-rio da Saúde. São manti-dos, regularmente, pro-gramas de assistência agestantes, hipertensos,diabete, à criança e aoidoso. Visitas domicilia-res e campanhas são fei-tas junto à comunidadepara que os pacientes te-nham acompanhamentoindividualizado e paraque as famílias possamparticipar da melhora dosparentes enfermos.

Em fevereiro desteano, foi realizado um tra-balho junto ao presídio deSão Luís de Montes Belos.Os detentos receberam,além do tratamento desaúde, palestras sobreprevenção de cárie, dedoenças sexualmentetransmiss íve is , sobrebons hábitos alimentarese de higiene. Os estudan-tes do ensino médio foramcontemplados com pales-tras sobre educação sexu-

Ação comunitária reforça saúde no interiorPROGRAMA DE ESTÁGIO NA ÁREA DE SAÚDE LEVA ATENDIMENTO À POPULAÇÃO DE FIRMINÓPOLIS

Em 1971, o municí-pio de Firminópolis, situ-ado a 108 km de Goiânia,vivia um foco epidemio-lógico relacionado à Do-ença de Chagas. Na épo-ca, havia carência de ser-viços de atendimento eprevenção médica, o queagravava a situação. Apartir dessa demanda, aUniversidade FederalGoiás (UFG) levou seuprojeto de interiorizaçãoà localidade, com o traba-lho dos estagiários do cur-so de Medicina para aten-

De problema específico a projeto institucionalder a população local. Em1974, a UFG criou o CentroRural Universitário paraTreinamento de Ação Co-munitária (Crutac), já coma participação dos cursos deEnfermagem, Farmácia eOdontologia.

Seis anos depois, oCrutac foi promovido a Câm-pus Avançado e, desde en-tão, milhares de estudantesda instituição passarampelo local, prestando servi-ços e fazendo atendimentosa população. Nesse período,a interação entre UFG e co-

munidade também seconsolidou.

Para este ano, estáprevista uma reformana infra-estrutura dolocal para dar melhorescondições de perma-nência aos estudantes,com a construção deuma sala de estudoscom ambiente virtual -que será utilizada paracursos a distância - eum miniauditório des-tinado a atividades jun-to à comunidade. (Al-fredo Mergulhão)

al, uma vez que há inci-dência elevada de gravi-dez na adolescência e deprostituição em ambos osmunicípios. O trabalho seestendeu aos prostíbulosda região.

Segundo o diretor doCâmpus Avançado de Fir-minópolis, Mauro Molina,essa interação com a co-munidade é o principal be-nefício do convênio entreas prefeituras dos municí-pios beneficiados e a UFG,pois além dos procedimen-tos de saúde feitos pelosestagiários, os agentes desaúde locais recebem dosestudantes palestras etreinamentos de atualiza-ção e capacitação.

Para os estudantes,esta é uma oportunidadede fazerem aplicações prá-ticas dos conhecimentosteóricos adquiridos emsala de aula. Eles se inse-rem na rotina de trabalhoprofissional da área, volta-da para o Sistema Únicode Saúde, e entram emcontato com casos clínicosdiferentes do que estãoacostumados no ambienteacadêmico. “Nós temos li-berdade para trabalhar etomar decisões, pois já es-tamos preparados paraisso. Os preceptores nosacompanham, mas só sãochamados para ajudar emcasos de dúvidas”, afirmaa estudante de odontologiaDébora Galli, que estagiou

durante o mês de feverei-ro deste ano.

No entanto, os traba-lhos dos estagiários nãosão para suprir déficit demão-de-obra. Embora elessejam tratados e reconhe-cidos como especialistasno ofício, os procedimentossão sempre realizados comsupervisão de profissionaisda área, destaca a profes-sora Marilda Shuvartz, co-ordenadora de Estágio daPró-reitoria de Graduação(Prograd) da UFG.

O momento do estágiotambém é importante por-que as lacunas da gradua-ção podem ser verificadas.Os alunos fazem umaauto-avaliação do queaprenderam e do que ain-da precisam aprimorar

para atuarempro f i s s i ona l -mente, e o re-sultado fica ex-presso nos rela-tórios f inaiso b r i g a t ó r i o sque os estudan-tes entregamno final do perí-odo de estágio.Isso é o queafirma a profes-sora Claci Wei-rich Rosso, co-ordenadora doprograma naFaculdade deEnfermagem.

Estagiários daUFG atendemgratuitamente empostos de saúdeda zona urbana erural do município

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11Goiânia, abril de 2007 ENERGIA

energia elétrica é amodalidade de ener-gia mais consumida

no Brasil atualmente, sendo92% oriunda de fonte hídri-ca. Entretanto, a carência deinvestimentos nos setoresde geração e de transmissãotorna seu fornecimento cadavez mais crítico, ocasionan-do perdas técnicas e opera-cionais, aumento tarifárionas contas, acesso precárioem várias regiões do país eoutros problemas, já tão de-batidos. O setor industrial éresponsável por 41,1% doconsumo energético, seguidopelo setor residencial, com25,3%. O restante é distribu-ído entre o comércio, o ser-viço público e o meio rural.

A implementação decampanhas de combate aodesperdício e o investimen-to em ações que resultem noaumento da eficiência do usoda energia elétrica são umadas várias possibilidades dereverter a má fase do setorenergético, hoje. As univer-sidades brasileiras, como con-sumidoras de energia e pos-suidoras de grandes centrosde pesquisa, passaram entãoa implementar ações de redu-ção de consumo, conscienti-zando a comunidade universi-tária para o uso adequado deenergia elétrica. Para seremdevidamente efetivadas, taismedidas devem ter aplicaçãoe acompanhamento perma-nente, com o apoio da admi-nistração superior e das uni-

Universidade energeticamente corretaCOMISSÃO DE USO INTELIGENTE DE ENERGIA ELÉTRICA ELABORA PROGRAMA PARA CONSUMO RACIONAL

dades acadêmicas en-volvidas.

Em 2000, a UFG,por meio da Pró-Reito-ria de Administração eFinanças (Proad), insti-tuiu a Comissão de UsoInteligente de Energia,UFGen, que visa o usoracional de energia elé-trica e o desenvolvi-mento sustentável nauniversidade. Apoiadopela Financiadora deEstudos e Projetos (Fi-nep) desde 2002, o pro-jeto busca implantar nauniversidade tecnologiade gestão de contas econsumo de energiaelétrica, substituirequipamentos inefici-entes, conscientizar acomunidade universitá-ria sobre a necessida-de do uso racional daenergia elétrica e de-senvolver aplicativoscomputacionais paragestão do consumo edas redes elétricas da univer-sidade. O grupo é coordenadopor professores da Escola deEngenharia Elétrica e peloCentro de Gestão do EspaçoFísico da UFG (Cegef).

Ações implementadas - Oprograma já readequou os sis-temas de iluminação, com ainstalação de lâmpadas fluo-rescentes de menor consumoe luminárias de maior eficiên-cia nas Faculdades de Odon-tologia (FO), Farmácia (FF),

Escola de Engenharia Civil(EEEC), Instituto de Matemá-tica e Estatística (IME), Facul-dade de Artes Visuais (FAV),Escola de Música e Artes Cê-nicas (EMAC) e Faculdade deEducação Física (FEF), que foicontemplada também com umsistema de aquecimento solarde água, assim como as Ca-sas do Estudante I e II. ACreche utiliza também, há vá-rios anos, placas para obten-ção de energia solar, que aque-cem a água dos banheiros.

Além das mudan-ças estruturais, foraminstalados quadroscom equipamentospara o monitoramentoremoto do consumo deenergia elétrica, cons-tituindo um sistema deinformação de consumode energia. Os dadosobtidos por meio des-se recurso são tratadospor programas compu-tacionais, formandoum sistema de gestãocoorporativa de energiaelétrica.

A UFGen ofereceainda à comunidade aca-dêmica a prestação deserviços para a melho-ria das instalações elé-tricas e o uso energéti-co adequado, como di-agnósticos energéticos,especificação de equipa-mentos, levantamentode carga, medição deaterramento elétrico,grandezas elétricas e

qualidade de energia elétrica.O programa conta com a

parceria da Celg, que tem in-vestido em pesquisas nasáreas de perdas elétricas emsistemas de distribuição, co-mercialização de energia, mi-neração de dados, análise deinadimplência de clientes esimulação e otimização desistemas.

Campanha – Para incentivaro uso racional de energiauma campanha está em fase

de implementação em toda aUFG. Adesivos recomendandoo desligamento de impresso-ras, ventiladores, interrupto-res e outros aparelhos elétri-cos, foram distribuídos por to-dos os órgãos e unidades, as-sim como cartazes com orien-tações para o uso eficiente dear-condicionado e computado-res. A Proad envia aos direto-res de unidades lembretes pe-riódicos com o objetivo de ori-entar professores e servidorespara colaborarem com a cam-panha, alertando para a utili-zação de luz natural e reco-mendando aos funcionários dalimpeza para executar a lim-peza freqüente das luminári-as, além de reforçar a divul-gação do projeto entre os es-tudantes.

Em 2006, a UFG gastoumensalmente cerca de R$ 250mil com despesas de energiaelétrica, totalizando umaquantia de R$ 3 milhões aofinal do ano. Dentro do grupode despesas básicas da insti-tuição, essa é a segunda mai-or, ficando atrás dos gastoscom vigilância.

Todas as medidas que aComissão estabelece dentroda universidade buscam cor-rigir o exacerbado consumoenergético não só dentro dainstituição. Estudantes e ser-vidores aprendem a economi-zar energia no dia-a-dia. Parasaber mais, visite o site doprograma www. ufgen.ufg.brou ligue para (62) 3209-6070.(Natália Ribeiro)

Vista do sistema de transmissãoelétrico e lógico

(monitoramento remoto)

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Praticando saúdeCom quase 100% de ade-

são, as modalidades espor-tivas oferecidas pela Facul-dade de Educação Física daUniversidade Federal de Goi-ás (FEF/UFG) para o primei-ro semestre de 2007 já têmsuas turmas praticamentelotadas. As modal idadesmais procuradas pelo públi-co jovem e adulto são asatividades aquáticas e mus-culação e já possuem umalista de espera que seráatendida, primeiramente,de acordo com o número dedesistências ou como prio-ridades na matrícula para opróximo semestre.

As aulas, que começa-ram em março, fazem partede um projeto de extensão esão abertas à comunidadeacadêmica e à população emgeral. Além de natação (adul-to e infantil) e musculação,também são oferecidas dan-ça do ventre e de salão, comuma turma cada, ginásticalocalizada e hidroginástica,com turmas disponíveis pelo

menos em dois horários dis-tintos. As aulas são minis-tradas por monitores e pro-fessores do curso de Educa-ção Física e supervisionadaspelos coordenadores de cadaprojeto, explica o professor ecoordenador de Extensão daFEF/UFG, Carlos AlexandreVieira.

O coordenador adiantaque está prevista para o mêsde abril a criação de umanova prática, o tai-chi-chuan.O valor das atividades é deR$ 40,00 o semestre, paracada modalidade.

Demanda – Outras modalida-des oferecidas a crianças eadolescentes de 7 a 14 anossão as práticas esportivas co-letivas. Além de basquete,handebol e voleibol, os alunosrealizarão atividades esporti-vas como queimada, taco eboliche, entre outras. O coor-denador do trabalho, o profes-sor da FEF/UFG Renato Sam-paio Sadi, explica que o pro-jeto de extensão, iniciado

este ano, ainda teve poucadivulgação e por isso não tevealunos suficientes para o iní-cio das aulas.

Além da criação recenteda modalidade, Renato atri-bui a pouca procura pelasatividades, o fato das crian-ças dependerem do interes-se, e muitas vezes, de trans-porte dos responsáveis. Eleacrescenta ainda que os paisnormalmente optam por es-

portes de prática individual,como a natação e que há pou-co incentivo deles para essasatividades em grupo, que jáforam tão populares entre osjovens algumas décadasatrás.

Ele destaca como prin-cipal importância das práti-cas esportivas coletivas o fatodelas integrarem a criança eo jovem ao mundo dos espor-tes de modo que ele poderia

se tornar um “multiesportis-ta”. As práticas esportivascoletivas têm duração de umahora e estão disponíveis àssegundas e quartas-feiras,nos horários de 13h e de17h30, e às terças e quintas-feiras, às 13h30 e às 17h.Informações na página daFEF/UFG, www. fef.ufg.br ouna secretaria da faculdade,fone (62) 3521-1141. (Mari-ana Clímaco)

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12 Goiânia, abril de 2007GRADUAÇÃO

e acordo com o pro-posto pela política deestágios da UFG, é

responsabilidade da univer-sidade, por meio do estágio,oferecer aos alunos oportu-nidades de desenvolvimentopessoal para o exercício dacidadania e de preparaçãopara o trabalho. Por meio daatuação da coordenadora ge-ral da Pró-Reitoria de Gradu-ação (Prograd), dos coordena-dores de estágios de cadacurso, dos professores orien-tadores e supervisores, essapolítica propõe uma regula-mentação do estágio, que pro-picie o seu planejamento, aorientação de seus estudan-tes, a supervisão, a avalia-ção e validação do estágiocomo parte das atividadescurriculares. É previsto queseja responsabil idade docampo de estágios a aplica-ção da legislação relaciona-da à saúde e segurança notrabalho, por meio da apre-sentação semestral de rela-tórios de atividades.

Segundo a coordenado-ra de Estágios da UFG, pro-fessora Marilda Shuvartz,uma estrutura administrati-va na Prograd foi necessáriapara a consolidação dessapolítica pretendida, que con-siste em um conjunto de di-retrizes baseado no regula-mento geral de estágios, nasresoluções número 766 e731/UFG, de bacharelado elicenciatura, nos projetospolíticos-pedagógicos e regu-lamentos de cada curso degraduação. Para se criar ascondições básicas para im-plementação desse sistema,

algumas estratégias deverãoser colocadas em prática,dente elas: organizar fórunsde discussão para encami-nhamentos e decisões sobrepráticas na UFG, socializarpráticas de estágio nas dife-rentes modalidades do curso,oferecer bolsas de estágiopara estudantes, produzirsoftware para armazenar da-dos cadastrais e demais do-cumentos referentes ao es-tágio. O contato com o localde estágio é responsabilidadeda unidade acadêmica. Estedeve ser viabilizado por meiode convênio. Trata-se de umamedida necessária para evi-tar, por exemplo, a exploraçãodos estagiários, como excederàs horas semanais previstasna legislação.

Na universidade há di-ferentes linhas de matrizescurriculares e em alguns cur-sos o estágio não é obrigató-rio como nos cursos de Re-lações Públicas e Ciência daComputação, por exemplo.No curso de Relações Públi-cas, devido a uma falta de es-trutura de acompanhamentoao estagiário, este acaba pro-curando o estágio apenas porquestões financeiras. Destamaneira, a proposta do está-gio como complemento à for-mação profissional e cidadã,não é colocada em prática. Éo que afirma o aluno do cur-so, Bruno Fiorese Fernandes:“Como no curso de RelaçõesPúblicas não tem estágio obri-gatório, para conseguir um nóscorremos atrás por nós mes-mos, por meio do Centro de In-tegração Empresa-Escola(CIEE), do Instituto EuvaldoLodi (IEL) ou por classificadose boca a boca. Há muitos alu-nos que fazem “estágio” semser na área do curso, somen-te pelo salário no fim do mês,já que a oferta de estágios emRelações Públicas na região éfraca. Algumas empresas nem

mesmo exigem do estudantedocumentação para formalizaro contrato, o que deixa o alu-no vulnerável à exploração desua mão de obra”.

A licenciatura: A resoluçãodo Conselho de Ensino, Pes-quisa, Extensão e Cultura daUniversidade Federal de Goiás- CEPEC n° 731, que define apolítica de estágios da UFGpara os cursos de licenciatu-ra, diz que é função do estágioa formação cultural e éticapara o exercício da cidadania,o desenvolvimento da autono-mia intelectual e profissionalque possibilite criticar, inovar,bem como lidar com a diversi-dade. O estágio também pre-tende, segundo a resolução,aproximar os alunos da reali-dade educacional, sendo ummomento de estreitamentoentre teoria e prática, não so-mente em escolas formais,

mas também em outros locaisde ensino, como os sindicatose movimentos sociais.

Na licenciatura do cur-so de Geografia, por exemplo,o estagiário desenvolve,como atividade obrigatória, oProjeto de Intervenção Peda-gógica, que objetiva aproxi-mar o estagiário da escola pormeio de uma intervenção po-lítica qualitativa. Com o re-gime semestral, o estudanteentra em contato com seucampo de estágio a partir do5° período enquanto que noregime seriado esse contatoocorria somente no últimoano. Entretanto, o projetoainda tem muito para cres-cer, como afirma a aluna Re-nata Pessoa, do 7° período:“Um problema a ser enfren-tado é o fato de o acompanha-mento das aulas nas escolasocorrerem no 6° período docurso de graduação e a práti-Prêmios

Em novembro de 2006, aestudante Gina MoraisFerreira Oliveira, do cur-so de Engenharia de Ali-mentos, orientada peloProf. Celso José de Mou-ra obteve o 2º lugar doPrêmio TOP Estagiário,com o desenvolvimentode um projeto de pesqui-sa de aproveitamento dobagaço de malte, um sub-produto que compõe a fa-bricação de cervejas. Wa-léria dos Santos Wences-lau, ex-aluna do curso deRelações Públicas, rece-beu menção honrosa doprêmio pela reestrutura-ção do jornal mural, práti-ca de estágio que desen-volveu no Sebrae - Goiás.Segundo ela, o estágio foiessencial para sua forma-ção profissional, comotambém aponta para a es-cassez de estágios relaci-onados ao seu curso.

UFG sistematiza política de estágiosREGULAMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS POSSIBILITA MAIS APOIO AOS ESTUDANTES E FACILITA A SUPERVISÃO

ca de monitoria e regência,no 7° período, o que causauma quebra no processo edu-cacional, já que a turma ob-servada é uma e a que a es-tagiário vai monitorar e re-ger, é outra. Ou seja, os es-tágios acadêmicos não acom-panham o calendário das es-colas, o que impede a percep-ção do cotidiano do espaçoescolar ao longo de um anointeiro, atrapalha e atéinviabiliza o Projeto de Inter-venção Pedagógica elaboradopelo estagiário. É necessáriomelhor envolvimento dos cur-sos de licenciatura com asescolas para que o estagiá-rio conheça e consiga atuareficazmente no ambiente es-colar”. Segundo o coordena-dor de estágio da licenciatu-ra do curso, Tadeu Arrais, odesafio passa pela socializa-ção das discussões sobre oestágio com os estudantesde outros cursos de licenci-atura, já que estes cursostambém formam professoresque vão atuar na escola.

O estágio da licenciatu-ra do curso de Matemática danova matriz curricular é di-vidido em dois anos. No pri-meiro ano, são elaboradosprojetos pelos alunos para aaplicação de práticas educa-cionais que vão além da re-gência tradicional. Essas prá-ticas consistem em ativida-des diversas como, por exem-plo, jogos e problemas do co-tidiano. É o caso do projetoorientado pela professoraMaria de Fátima, desenvolvi-do no Centro de Pesquisa eEnsino Aplicada à Educação(Cepae), mas que abrangealunos de outras escolas quetenham dif iculdades naaprendizagem em matemáti-ca. Por meio dessas ativida-des, é possível estudar a es-crita e o relato oral dos alu-nos como forma de análisesobre a elaboração e compre-ensão da matemática. Assim,o estagiário entra no períodode monitoria e regência comuma visão nova graças à ba-gagem de experiências adqui-ridas, diferentes das tradici-onais. João Luis Dias Almei-da, aluno estagiário que par-ticipa do projeto, acreditaque, como prática de enri-quecimento de conhecimen-tos, seria interessante ummomento reservado para asocialização dos projetos. Nosegundo ano do estágio, emque ocorrem as práticas demonitoria e regência com aorientação de um professor,há, por parte dos alunos,reclamações a respeito darelação com o supervisor daescola, que às vezes é fra-ca devido a uma falha naproposta de envolvimentouniversidade-escola. (PilarLisboa)

UFG e Semma abrem novo campo de estágioNo mês de março, a Universidade Federal de Goiás

assinou um convênio com a Secretaria Municipal do MeioAmbiente (Semma) que possibilita a abertura de novas áreasde estágio para alunos da graduação. A coordenadoria quecuida dessa área, ligada à Pró-reitoria de Graduação estáintermediando a definição das linhas de interesse entre aUFG e a Semma para que os estágios curriculares e nãocurriculares sejam efetuados. O acordo é de interesse paraestudantes de diversos cursos da UFG. Os interessadosdevem procurar a coordenação do seu curso.

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A pró-reitora de Graduação Sandramara Matias Chaves durante reuniãocom os coordenadores de estágios da UFG

Convênio possibilita mais vagas para estagiários

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13Goiânia, abril de 2007 INTERCÂMBIO

Empolgados com a expec-tativa de experiência profissio-nal em um país europeu, um gru-po de seis alunos do curso deEngenharia Elétrica (EE) daUFG se prepara para realizar umestágio curricular no laborató-rio de Alta Tensão da Universi-dade de Graz, na Áustria.

A iniciativa coordenadapela professora Cacilda JesusRibeiro (EEE/UFG) foi discuti-da numa reunião preliminarocorrida no mês de março entre

m dos principais líderesmundiais em produçãoe industrialização de ali-

mentos, a França se destaca porsua máxima exigência na segu-rança e higiene de seus produ-tos. Preocupados com o respeitopelos alimentos chamados “vi-vos”, como queijos feitos com leitecru, e uma gastronômica de tra-dição, os franceses utilizam tec-nologia para supriros principais quesi-tos que exigem seusconsumidores: quali-dade na conserva-ção, paladar, nutri-ção e baixo teor deprodutos químicos.

Em busca des-sa exper iênc ia etecnologia, que sedifere da brasileiraprincipalmente nométodo de transfor-mação e industria-lização de alimen-tos, é que um gru-po de cinco alunos de gradu-ação em Agronomia e Enge-nharia de Alimentos da Uni-versidade Federal de Goiás(UFG) realizam intercâmbio emescolas francesas de ensinosuperior em Agronomia.

Parte de uma parceriaexistente desde 1989, a UFGinaugurou em janeiro deste anoo Brafagri, o convênio entre aEscola de Agronomia e Enge-nharia de Alimentos (EA) e aFédérations des Ecoles Supérieu-res D´ingénieurs em Agriculture(Fesia), uma das maiores insti-tuições de ensino superior,pesquisa e extensão em agro-negócio da União Européia,com sede na França.

A Associação de ex-bolsistas da Alemanha(AEBA/UFG) juntamentecom a Coordenadoria deAsssuntos Internacionais(CAI) tem procurado in-centivar e promover o in-tercâmbio acadêmico comuniversidades da Alema-nha. O diálogo acadêmi-co entre a UFG e a Uni-versidade Católica de Ei-chstätt – Ingolstadt fazparte desse propósito. Oprimeiro passo foi dadoem outubro de 2005,quando por meio de um acordoespecial de cooperação bilate-ral entre a Coordenação deAperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (Capes) e o DFG(Deutsche Forschungsgemeins-chaft), e com apoio da Embai-

Europa e América do Norte são os destinos mais procuradospor estudantes brasileiros na hora de escolher um curso de gradu-

ação ou pós-graduação noexterior. Po-rém, o númerode alunos quevêm buscandocursos em paí-ses fora da rotatradicional estáaumentando.Anualmente, ogoverno japo-nês, por meio dasua embaixadano Brasil, se-

leciona estudantes de Goiás, Distrito Federal e Tocantins paraconcorrerem a bolsas em cursos de graduação, mestrado, douto-rado, técnico e profissionalizante no programa Mombukagakusho.

Os interessados passam por um processo de seleção trifási-co, com análise documental, prova escrita e entrevista. FlávioMonteiro Aires, graduado em Biomedicina pela Universidade Ca-tólica de Goiás (UCG) e mestre pela UFG, ficou quatro anos e meiona Universidade de Niigata, fazendo doutorado em Ciências Médi-cas e Dentárias. Para ele, o processo de adaptação à culturajaponesa foi rápida. “Demorei dois dias para me adaptar ao país.A população é muito prestativa com estrangeiros, até mesmoquando eles não têm domínio da língua nativa, que era o meucaso”, afirma.

Gustavo Pontes, recém graduado em Publicidade e Propagan-da pela Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) ,viajou ao país no começo do mês para fazer mestrado em Comuni-cação Social na Universidade de Nagoya. “O nível da pós-gradua-ção no Japão está entre os mais valorizados no meio científico,isso soma pontos aos estudantes que querem tentar novas bolsasde pós”, pontua.

O programa é conhecido por ter um sistema rigoroso de ava-liação. É necessário apresentar um excelente domínio da línguainglesa. Ter domínio da língua japonesa não é prioritário, masconta pontos.

Para mais informações sobre o Mombukagakush, acesse o sitewww.studinginjapan.co.jp , o site da embaixada do Japão no Bra-si l , www. www.br.emb-japan.go.jp ou o sít io da CAI(www.cai.ufg.br) . (Natália Ribeiro)

Brasil e França: união no campo agrícola

Intercâmbio na Áustria

Japão atraí estudantes em buscade conhecimento de alto nível

Visita aproxima convênio com a Alemanha

Além do Brafagri, progra-ma relativo às Ciências Agrári-as, outro convênio existentedesde 2004, o Brafitec, voltadopara a área de Engenharia deAlimentos, está em fase de re-novação. Em julho, é esperadoo retorno de dois alunos daEA/UFG que fazem o intercâm-bio por esse convênio na Esco-la de Ensino Superior em Agri-

cultura de Toulouse-Purpan(ESAP). Além dessa, a Fesia écomposta por outras quatro ins-tituições que se localizam nascidades francesas de Lille,Beauviais, Argers, e Lyon .

Por meio do Brafagri, osalunos cursarão disciplinas epossivelmente farão um está-gio na área, afirma a coorde-nadora de estágio e professo-

ra da EA/UFG,Larissa LeandroPires . Recente-mente, ela estevena França, du-rante 15 d ias ,juntamente com od i re tor da EA,Juarez Patrício deOliveira Júnior,em visita às esco-las integrantes daFesia, com o obje-tivo de conhecera real idade e acondição de per-manênc ia dos

alunos da UFG que se encon-tram nessas instituições.

O diretor da EA/UFG des-taca como maior importância daparceria com a Fesia, a possi-bilidade que o estudante temde conhecer concretamente arealidade francesa em indus-trialização de alimentos, pro-porcionando-lhe futuras boascolocações profissionais nomercado.

O intercâmbio tem a dura-ção de um ano. Os alunos inte-ressados além de procurar a co-ordenação dos programas, pas-sam por uma seleção que incluientrevista, análise de currículoe histórico escolar. (MarianaClímaco)

xada da Alemanha, foi realiza-do um seminário internacionalna UFG. O evento bilateral foiiniciativa dos professores KlausSchubert (KUEI) e Silvana Krau-se (FCHF/UFG) e serviu comosuporte para elaboração de uma

proposta de convênio deintercâmbio acadêmicoentre as duas universida-des.

No mês de marçodeste ano, esteve em vi-sita à UFG Frank Zirkl,geógrafo e pesquisador doCentro de Estudos Lati-no-Americanos (Zilas) dauniversidade alemã Ka-tholische UniversitatE i c h s t a t t - I n g o l s t a d t(KUEI). Ele veio a convitedo programa de pós-gra-duação do Instituto de

Estudos Sócio-Ambientais(Iesa), para o qual proferiu con-ferência. Além disso, o profes-sor divulgou em palestra a suauniversidade, apresentou asoportunidades e possibilidadesde intercâmbio acadêmico entreas duas instituições. Também,esteve reunido com o reitorEdward Brasil e assessores paradar os encaminhamentos finaisà assinatura do convênio a sercelebrado em breve.

Os interessados em par-ticipar de atividades acadêmi-cas na Alemanha devem pro-curar a CAI/UFG. Trata-se depotencial oportunidade de in-tercâmbio acadêmico, especial-mente nas áreas das CiênciasSociais, Geografia, História,Economia, Administração e Le-tras. (Silvânia Lima)

os alunos interessados em rea-lizar o intercâmbio e a Coorde-nadoria de Assuntos Internaci-onais (CAI/UFG), que conse-guiu a isenção das taxas admi-nistrativas da instituição es-trangeira onde os alunos farãoo intercâmbio.

Até a data da viagem, queestá prevista para janeiro de2008 e terá a duração de ummês, os estudantes do últimoano de EE afiam a língua emcursos de alemão.

Além da UFG, fazemparceria com a Fesia outrasseis instituições de ensinosuperior brasileiras: a Fun-dação Getúlio Vargas (FGV),a Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz(Esalq/USP), Fundação deEnsino Superior de Rio Ver-de (Fesurv), as Universida-des de Uberaba e Uberlân-dia (Uniube), Federal do RioGrande do Sul (UFRGS) eRegional do Noroeste do Es-tado do Rio Grande do Sul(Unijuí).

Outras parcerias

Todos os intercâmbios internacionais ocorrem porintermédio da Coordenadoria de Assuntos

Internacionais da UFG. O período de inscrição para amaioria dos programas geralmente ocorre a partir da

segunda quinzena de março, todos os anos.Mais informações: [email protected] ou pelo

telefone (62) 3521-1165.

Juarez Patrício, diretor da EA, e a professora Larissa Pires,ladeada por intercambistas da UFG na França

Intercambistas do Japão se encontram na CAI

Estudantes de Engenharia Elétrica se preparam paraseleção de estágio no exterior

Frank Zirkl veio à UFG divulgar possibilidadesde intercâmbio em instituições alemãs

Um novo programa de Intercâmbio acadêmico nos Esta-dos Unidos está sendo implantado na UFG. São cinco vagaspara alunos de Letras/Inglês, Música, Artes Visuais e ArtesCênicas. Aprovado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamentode Pessoal de Nível Superior (Capes) - que deverá arcar comalgumas despesas de passagens aéreas, hospedagem e ali-mentação dos estudantes por seis meses, o tempo do inter-câmbio -, e pela The Fund for the Improvement of PostsecondaryEducation (FIPSE), o convênio tem duração prevista de quartoanos. As inscrições para a primeira turma vão de 7 a 9 demaio de 2007, na sala da CAI.

Novo programa com os Estados Unidos

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14 Goiânia, abril de 2007PESQUISA

MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMALEscola de Veterinária da UFG

Produção AnimalAluno: ROGÉRIO ORFALY ADDAD DA SILVATítulo: “Associação entre o exame clínico andrológico etestes de viabilidade espermática, integridade deacrossoma e fragmentação de cromatina para determinar aqualidade seminal de touros”Orientador: professor Gustavo Eduardo FreneauData da defesa: 8/12/2006

Aluno: HENRIQUE TREVIZOLI FERRAZTítulo: “Dinâmica folicular, concentração sérica de hormônioluteinizante e citologia vaginal de fêmeas Nelore (bos taurusindicus) submetida à sincronização da ovulação”Orientador: professor Benedito Dias de Oliveira FilhoData da defesa: 1/3/2007

Aluno: DYOMAR TOLEDO LOPESTítulo: “Efeitos da utilização de Prostaglandina F2 duranteo puerpério precoce sobre a eficiência reprodutiva devacas leiteiras”Orientador: professor Benedito Dias de Oliveira FilhoData da defesa: 1/3/2007

Sanidade AnimalAluna: VANESSA SILVESTRE FERREIRA DE OLIVEIRATítulo: “Avaliação dos parâmetros reprodutivos etransmissão vertical de Neospora caninum em central detransferência de embriões em Goiás”Orientadora: professora Andréa Caetano da SilvaData da defesa: 28/2/2007

Aluna: SABRINA CASTILHO DUARTETítulo: “Caracterização molecular e morfologia de isoladosde microrganismos do gênero Babesia em cães deGoiânia, Go, Brasil”Orientador: professor Guido Fontgalland Coelho LinharesData da defesa: 28/2/2007

Higiene e Tecnologia de AlimentosAluno: SHEYLA DO Ó CAVALCANTITítulo: “Avaliação microbiológica de tortas docescomercializadas em feiras especiais da cidade de Goiânia”Orientador: professor Edmar Soares NicolauData da defesa: 6/2/2007

Aluna: RENATA MOREIRA GONÇALVESTítulo: “Avaliação fsico-química e conteúdo de metaispesados em CMS (Carne Mecanicamente Separada) defrango e bovina comercializadas no Estado de Goiás”Orientador: professor Moacir Evandro LageData da defesa: 2/3/2007

Aluna: URSULA NUNES RAUECKERTítulo: “Detecção de Clostridium estertheticum e c.gasigenes, incriminados na deterioração de carnesbovinas a vácuo refrigeradas pela técnica de PCR”Orientador: professor Albenones José de MesquitaData da defesa: 30/3/2007

Patologia, Clínica e Cirurgia AnimalAluno: RAFAEL COSTA VIEIRATítulo: “O perfil de migração celular para um corpoestranho implantado no tecido subcutâneo decamundongos isogênicos: avaliação da respostaantiinflamatória e cicatrização decorrente do uso decopaifera langsdorffii”Orientador: professor Luiz Augusto Batista BritoData da defesa: 23/3/2007

Aluno: MARCELO SEIXO DE BRITO E SILVATítulo: “Criocirurgia cutânea e sua relação com aepinefrina na anestesia local em cães (canis familiaris -linnaeus - 1758): alterações histopatológicas”Orientadora: professora Neusa Margarida PauloData da defesa: 26/2/2007

MESTRADO EM MATEMÁTICAInstituto de Matemática e EstatísticaAluno: MARTA MARIA DE MELOTítulo: “Uma Classe de Álgebras Associadas a GrafosOrientados”Orientadora: professora. Shirlei SerconekData da defesa: 8/12/2006.

Aluno: FERNANDO RICARDO MOREIRATítulo: “O Método de Newton Uma Análise deConvergência Local eSemi-Local - O Teorema de Kantorovich”Orientador: professor Orizon Pereira FerreiraData da defesa: 21/12/2006

Aluno: KÊNIO ALEXSOM DE ALMEIDA SILVATítulo: “Seqüências de Soma Zero em Grupos AbelianosFinitos”Orientador: professor Paulo Henrique de AzevedoRodriguesData da defesa: 2/2/2007

Aluna: FERNANDA ROCHA GOMES DA SILVATítulo: “O Problema da Navegação de Zermelo emVariedades Riemannianas”Orientador: professor Marcelo de Almeida SouzaData da defesa: 28/2/2007

DOUTORADO EM CIÊNCIA ANIMALEscola de Veterinária da UFG

Sanidade AnimalAluna: RAQUEL SOARES JULIANOTítulo: “Aspectos sanitários e imunológicos em bovinos daraça curraleiro”Orientadora: professora Maria Clorinda Soares FioravantiData da defesa: 23/10/2006

Aluna: CÍNTIA SILVA MINAFRA E REZENDETítulo: “Ácidos orgânicos em rações contaminadasexperimentalmente com Salmonella Enteritidis eSalmonella Typhimurium”.Orientador: professor Albenones José de MesquitaData da defesa: 28/11/2006

Aluno: FRANCISCO DE CARVALHO DIAS FILHOTítulo: “Caracterização molecular de isolados de Babesiabovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale, nomunicípio de Goiânia”Orientador: professor Guido Fontgalland Coelho LinharesData da defesa: 29/11/2006

Aluno: EURIONE ANTÔNIO GARCIA DA VEIGA JARDIMTítulo: “Anátomo-histopatopatologia e PCR na identificaçãode cisticercos de bovinos”Orientador: professor Guido Fontgalland Coelho LinharesData da defesa: 21/12/1006

Aluno: ROLANDO ALFREDO MAZZONI ROMEROTítulo: “Caracterização das doenças de maior importânciaeconômica nos ranários comerciais. Estudo do papel dosvírus (Família Iridoviridae, gênero Ranavirus) nasdoenças das rãs de criação (Rana catesbeiana)”.Orientador: professor Albenones José de MesquitaData da defesa: 4/12/2006

Patologia, Clínica e Cirurgia AnimalAluno: AFONSO HENRIQUE MIRANDATítulo: “Uso da abraçadeira de náilon na redução abertade fratura femoral em cães”Orientador: professor Luiz Antonio Franco da SilvaData da defesa: 8/12/2006

Aluno: CECÍLIA NUNES MOREIRA SANDRINITítulo: “Estudo clínico-laboratorial e anatomopatológicodas alterações hepáticas e avaliação do desenvolvimentoponderal de bovinos alimentados com capim Brachiaria eAndropogon”Orientadora: professora Maria Clorinda Soares FioravantiData da defesa: 12/12/2006

Aluno: SEVERINA CÂNDIDA MENDONÇA CUNHACARNEIROTítulo: “Desempenho, metabolismo e desenvolvimentoesquelético de filhotes da raça Dogue Alemão sob doisregimes alimentares”Orientadora: professora Maria Clorinda Soares FioravantiData da defesa: 20/12/2006

Aluno: RENZO FREIRE ALMEIDATítulo: “Metabolismo do ferro e desempenho de suínoslactentes e de terminaçãoOrientador: professor Eurípedes Laurindo Lopes”Data da defesa: 13/2/2007

Aluna: MOEMA PACHECO CHEDIAK MATOSTítulo: “Avaliaçao metabólica e histológica de suínos emterminação submetidos à retirada dos suplementosmicrominerais-vitamínicos, redução do nível de fósforoinorgânico e adição de fitase na ração”.Orientador: professor Luiz Augusto Batista BritoData da defesa: 14/2/2007

Podução AnimalNome: CARINA UBIRAJARA DE FARIATítulo: “nferência bayesiana de característicasmorfológicas e suas relações com o desempenho produtivode bovinos da raça Nelore utilizando modelos de limiar”Orientador: professor Cláudio de Ulhôa MagnaboscoData da defesa: 2/3/2007

Nome: PAULO SANTANA PACHECOTítulo: Cruzamento rotativo Charolês X Nelore:Características da carcaça e da carneOrientador: professor João RestleData da defesa: 6/3/2007

Nome: ELIANE SAYURI MIYAGITítulo: “Caracterização mitocondrial e associação entrecaracterísticas de crescimento e de carcaça de bovinoscaracu terminados em confinamento”Orientador: professor Aldi Fernandes de Souza FrançaData da defesa: 22/3/2007

O mundo acadêmico e científico é pautado por estudose pesquisas. Competência, seriedade e idoneidade fazemparte desse universo que encanta e move o progresso dahumanidade, porque em tudo há ciência. No que diz respei-to às pesquisas, tais prerrogativas estão resumidas numconjunto de normas e regras que formam o rigor científico enorteiam procedimentos, conclusões e publicações de tra-balhos.

Para ter validade, o trabalho científico deve ser publi-cado e, assim, torna-se fonte de consulta e referência paraoutras pesquisas. Todos os art igos publicados sãopreviamente aprovados pelo Conselho Editorial e pelos con-sultores científicos, inclusive de outras instituições, da cadapublicação. Os interessados devem se informar sobre suasáreas de interesse, a política editorial, bem como as normase os prazos.

Muitas das revistas científicas da UFG são assistidaspelo Programa de Apoio às Publicações Periódicas Científi-cas da UFG, a cargo da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Gra-duação (PRPPG) com o apoio da Pró-Reitoria de Administra-ção e Finanças (Proad). Em 2006, 14 publicações foram con-templadas com recursos da ordem de R$ 135 mil desse pro-grama.

O Jornal UFG destina este espaço para a divulgação dasrevistas científicas da instituição, ao longo de suas edições.

Semestral, a revista Solta a Voz, já está em seu 17ºvolume. São seis artigos por edição, tanto de professores doCentro de Estudo e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) ede autores externos ao Cepae e à UFG. Os temas devem versar sobre Educação, especialmente a Relação Ensino-Aprendizagem. Além disso, são publicados também resumosde monografias de alunos dos cursos de especialização pro-movidos pelo Cepae e resumos de dissertações e teses de-fendidas por professores do Cepae, A Revista Solta a Voz fazparte do grupo de publicações da UFG que realiza permutacom outras universidades, por meio do setor de Seleção eAquisição de livros e periódicos da Biblioteca Central, e fazparte do Programa de Apoio às Publicações Científicas da

UFG. É indexada pela Biblioteca Bra-sileira de Educação (BBE) - CIBEC/INEP/MEC.

Contato:Revista Solta a VozPublicação impresa e on-line(http://www.cepae.ufg.br)Universidade Federal de GoiásCentro de Ensino e Pesquisa Aplicadaà Educação (Cepae)Caixa Postal 131 – Campus II (Samambaia)CEP 74001-970 – Goiânia, GO – BrasilEditora: MARIA JUDY DE MELLO FERREIRAE-mails: [email protected]

[email protected]: (62) 3521-1292Fax: (62) 3521-1026

Revista Solta a Voz

A Revista Patologia Tropical conta com prestígio no Bra-sil e exterior, na área de Doenças Tropicais, tanto em hu-manos como em animais e, inclusive, doenças transmissí-veis por plantas. A publicação é distribuída na América Lati-na, e para as principais bibliotecas da área no Japão, Euro-pa e Estados Unidos. Além disso, é indexada no Lilacs, CABabstracts e Viniti.

A periodicidade regular vem sendo mantida desde asua criação, há 35 anos, ininterruptamente, sob a conduçãode três editores: William Barbosa (fundador, até 1990), SidneySchmidt (1991/95) e Alejandro Luquetti, o atual. Em 2007,serão publicados três fascículos da revista por ano, e mais 2suplementos.

Nela são publicados trabalhos artigos científicos, derevisão, atualização e opinião; notas, resenhas e resumos deteses. Cada artigo é encaminhado a 2 a 4 consultores,

retornando aos mesmos uma vez cor-rigido pelos autores, até que existaconformidade dos revisores.

Contato:Revista de Patologia TropicalImprensa e eletrônica(www.iptsp.ufg.br/revista)Instituto de Patologia Tropical da UFGEditor: ALEJANDRO OSTERMAYER LUQUETTICaixa Postal 13174001-970 – Goiânia – Goiás – BrasilE-mail: [email protected]: (62) 3209-6107fax: (62) 3521-1835

Revista de Patologia Tropical

15Goiânia, abril de 2007 VIDA ACADÊMICA

Extensão - As atividades de extensão ecultura visam estreitar os laços entre aUniversidade e a sociedade, estabelecen-do parcerias com setores governamentaise não governamentais e desenvolvendoações que envolvem professores, técnicos-administrativos e estudantes em ativida-

des interdisciplinares. As atividades são de natureza acadêmica epossibilitam a interação com a comunidade por meio de ações soci-ais, cursos, eventos, publicações e prestação de serviços.

As bolsas de extensão objetivam a participação de alunos emprojetos ou atividades que visam essa interação, na busca de trocade conhecimentos, melhoria da qualidade de vida da população edo enriquecimento da academia. O processo seletivo é feito com aapresentação de um projeto de extensão realizado pelo coordena-dor, que pode ser um professor ou um técnico-administrativo. Estabolsa é coordenada pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec).Telefones: (62) 3521-1329 e 3521-1365.

Pesquisa – O Programa Institucionalde Iniciação Científica da Universi-dade Federal de Goiás é constituídopelo Programa Institucional de Bol-sas de Iniciação Científica (Pibic), cri-

ado em 1990 e é o responsável na instituição, pelo ingressodos estudantes da graduação nas atividades de pesquisa. AUFG possui atualmente 287 cotas para serem distribuídasaos estudantes de todas as áreas do conhecimento, sendo187 oferecidas pelo Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (CNPq) além de 100 bolsas ofereci-das como contrapartida da própria UFG. As ações de pesquisasão fundamentais e necessárias para o desenvolvimento e cres-cimento de uma instituição de ensino superior pública, sendoportanto muito valorizadas pela sociedade como um todo. É coma pesquisa que o país poderá superar os principais entraves aodesenvolvimento em busca de melhores condições de vida paraas suas populações, gerando o conhecimento e nos tornandomenos dependentes dos países desenvolvidos. Um aspectoimportante é que a pesquisa tem um reflexo direto na qualidadedo ensino em todos os seus níveis, graduação e pós-graduação,renovando a cada dia o conhecimento, matéria prima essencialpara se construir uma sociedade mais justa e correta.

Na UFG, o estudante para participar do Programa deIniciação Científica tem duas opções, podendo tanto concor-rer a uma bolsa no Pibic, como também participar como vo-luntário no Programa Institucional Voluntário de IniciaçãoCientífica (Pivic). Para isto terá que estar regularmente ma-triculado em um curso de graduação, contatar um professorda área pela qual o aluno se interessa, que será seu provávelorientador. Para concorrer a uma bolsa, o aluno não poderáter sido reprovado em um semestre imediatamente anteriorao do pedido, em caso de aluno de regime semestral, ou noano anterior se aluno do regime anual. Além disso, terá queter média geral mínima igual a 6,0 (seis), comprovada peloseu histórico escolar. O processo de seleção é conduzido pelaPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), órgão res-ponsável pela Coordenação do Programa na UFG. Também éavaliado o currículo do orientador, que deverá enviar anexo àsolicitação um projeto de pesquisa cadastrado previamentena PRPPG e um subprojeto do aluno, contendo todas as ati-vidades previstas para a execução da pesquisa.

A PRPPG tem feito gestões junto ao CNPq no sentido deaumentar o número de bolsas, atendendo a uma expectativada comunidade discente e docente no sentido de ampliarsuas cotas bolsa e, com isso, consolidar a pesquisa na UFG.

p r o f e s s o rM a s s i m oCanevacci ,

da UniversidadeLa Sapienza deRoma, ministrou aaula magna do Pro-grama de Pós-Gra-duação em Comu-nicação da Univer-sidade Federal deGoiás, no dia 3 deabril. Com o tema“A cultura na cons-trução da cidada-nia”, Canevacciabriu oficialmenteo curso de Mestra-do em Comunica-ção da UFG, quepossui duas linhasde pesquisa: mídiae cultura e mídia ecidadania. Em suaconferência, o professor des-tacou o papel da comunicaçãona formação da cidadania nasmetrópoles contemporâneas.

De acordo com ele, oconceito atual de cidadania,baseado na Sociologia, nãofunciona mais. Um dos ele-mentos centrais dessa criseconsiste no fato de que osestados nacionais da moder-nidade se baseiam na unifi-cação dentro do território, naidéia de igualdade e identi-dade. Para o professor, essaconcepção em que o cidadãoé igual porque é idêntico pro-duz e reproduz violência, po-

Quais são as bolsas deExtensão e Pesquisa disponíveis

para os estudantes? Comopodemos reivindicá-las?

Fernanda Franco de AndradeBrito, estudante de Enfermagem

Professora Giselle Ottoni,Coordenadora de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec)

Cidadania ComunicacionalANTROPÓLOGO ITALIANO PROFERE PALESTRA SOBRE

PAPEL DA COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DA CIDADANIA

der e domínio. Outro aspec-to do problema é que esteconceito situa-se na dimen-são da cidade, está fundadona idéia de territorialidade.

“Na era industrial, ocentro da cidade era a fábri-ca, e para entendê-la era pre-ciso saber a localização e otipo da fábrica. Agora, paracompreender a metrópole co-municacional temos que en-tender o shopping center, omuseu, a galeria de arte con-temporânea, e todas as for-mas complexas do consumoe da cultura”, afirma. Segun-do ele, fazer esse caminho

Massimo Canevacci éprofessor de AntropologiaCultural do Departamento deCiências Sociais e da Comu-nicação da Universidade LaSapienza de Roma e editor darevista Avatar. Renomadoautor de obras da área cul-tural, Canevacci já publicouvários trabalhos sobre a rea-

Quem é Massimo Canevaccilidade brasileira e muitosdos seus livros são adotadosnos cursos de Antropologia,Ciências Sociais e Comuni-cação, como “Antropologia daComunicação Visual” (DP&AEditora), “Antropologia do Ci-nema” (Editora Brasiliense).Uma obra recente é “A Cida-de Polifônica”, um ensaio

sobre a antropologia da co-munidade urbana.Desde1984, é sistematicamenteconvidado como professor vi-sitante de várias faculdadesda Universidade de São Pau-lo (USP) – Comunicação e Ar-tes, Arquitetura, Filosofia ePsicologia). (Alfredo Mergu-(Alfredo Mergu-(Alfredo Mergu-(Alfredo Mergu-(Alfredo Mergu-lhão)lhão)lhão)lhão)lhão)

contrário é o de-safio da contem-p o r a n e i d a d e ,uma vez que anoção de territó-rio e de trabalhomudou com o ad-vento das novastecnologias.

Para Cane-vacci, é precisoestudar o consu-mo no contextoda metrópolecontemporâneacom seriedade ecrít ica, sem omoralismo quediz que o consu-mo é sujo e quedestrói a consci-ência do ser hu-mano. Até por-que os locais de

consumo e cultura são pon-tos de encontro fundamen-tais na atualidade, e as pes-soas se deslocam até elestambém para se comunicar(paquerar, manifestar, en-contrar).

Nesse contexto, Cane-vacci destaca que o conceitode Comunicação tem agora omesmo poder explicativo queantes tinha a Sociologia, e odesafio da comunicação con-temporânea é favorecer a for-mação de uma cidadania co-municacional pluralizada, des-centrada, multi-identitária ehíbrida.

Professor João TeodoroCoordenador Geral de Pesquisa daPró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG)

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Para Canevacci o desafio da comunicação é favoreceruma cidadania descentralizada, pluralizada

Momento da aula inaugural com o professor Joãomar Carvalho de Brito Neto, diretor daFaculdade de Comunicação e Biblioteconomia; professor Goiamérico Felício Carneiro dos

Santos, coordenador do mestrado em Comunicação e o conferencista

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16 Goiânia, abril de 2007PESQUISA 16

Perigo em dosesESTUDO DE NEUROCIÊNCIA NA UFG ALERTA SOBRE OCONSUMO DE ÁLCOOL POR GESTANTES

ão recomendada especialmente du-rante a gravidez, a ingestão de ál-cool é cada vez mais uma preocu-

pação dos médicos devido às inúmerasconseqüências do contato do feto comessa substância. Dados de pesquisas re-centes feitas pela Organização Mundialde Saúde afirmam que o número de mu-lheres que consomem álcool regularmen-te aumentou de forma assustadora nosúltimos anos no mundo todo, inclusiveno Brasil. Da década de 70 para cá, aproporção de mulheres alcoolistas subiucerca de 30%. A médica e professora doDepartamento de Ginegologia e Obste-trícia da Faculdade de Medicina da UFG,Luíza Emylce Rosado Schmaltz, avaliaque de 10% a 40% das mulheres grávi-das tomam pelo menos uma dose ocasio-nal em algum período da gestação

De informações acerca da saúde fe-minina como esta vem a preocupação doprofessor de Neurociência do Instituto deCiências Biológicas (ICB/UFG), TalesAlexandre Aversi-Ferreira, que coorde-na um estudo sobre o efeito do álcool naformação do cérebro. O trabalho, reali-zado em parceria com o professor do mes-trado em Bioquímica da Universidade Fe-deral de Uberlândia (UFU), Nilson Pe-nha-Silva, já foi publicado em quatro re-vistas nacionais e duas internacionais,e é o único estudo atual que analisa oefeito agudo do álcool no cérebro. A des-coberta da pesquisa gerou uma grandepreocupação, confessa o professor, poisindicou que a ingestão de álcool pela ges-tante no dia exato da formação dos neu-rônios cerebrais do feto, que ocorre en-tre o 32° e 36° dia após a fecundação,pode ter conseqüências irreversíveis, eé tão prejudicial à criança quanto o con-sumo de álcool durante toda a gestaçãopela mãe.

Um detalhe importante é que nesteperíodo, boa parte das mulheres aindanão tem conhecimento da gravidez devi-do a uma grande porcentagem ter umciclo menstrual irregular, afirma a gi-necologista. Ela explica ainda, que porvolta do sétimo dia após a fecundação doóvulo, quando o embrião vai se aderir àparede do útero, pode ocorrer um peque-no sangramento que leva as mulheres aacreditarem que não estão grávidas,mesmo sendo uma semana antes do pe-ríodo correto que a menstruação viria, edurar apenas um dia.

A experimentação prática da pesqui-sa foi realizada em Ratos Wistar (ratusnovergicus), ratos brancos. O primeiropasso dos estudiosos foi detectar o dia

exato da fecundação, que ocorre no perí-odo fértil do animal, assim como comquase todos do reino animal, salvo ape-nas alguns primatas, inclusive o homem.A identificação foi feita a partir da ob-servação da presença de espermatozói-des na vagina das fêmeas. No 12° diaapós a fecundação, data equivalente aomesmo período na mulher, quando co-meça a formação dos neurônios cerebraisdo rato, foram injetadas nas fêmeas pe-quenas quantidades de álcool duranteum período de 24 horas.

O professor destaca que a maior par-te dos filhotes morrem durante o desen-volvimento intra-uterino, ou no nasci-mento, mas numa segunda fase da pes-quisa, a equipe agora pretende estudaro comportamento dos ratos nascidos esubmetidos à exposição de álcool duran-te a gestação.

Principais conseqüências e aSAF – Entre os problemas maisgraves que o álcool pode causarao cérebro da criança está aSíndrome Alcoólica Fetal,que pode causar distúrbiosdentários, hormonais (di-minuição da adrenalina),convulsões, lisencefalia(perda de área cerebral),diminuição do volumedo cérebro, além da he-terotropia (grupo deneurônios fora de seulugar de origem) e daectopia, distúrbio si-milar onde apenasum neurônio édeslocado, entreoutros, destacaTales Alexan-dre.

A ginecologista Luíza Schmaltz aler-ta que o consumo de álcool pode aindaalterar o crescimento intra-uterino dobebê e favorecer o trabalho de parto pre-maturo, e em excesso, causar a Síndro-me de Abstinência Fetal (SAF). Além dasanormalidades neurológicas, as princi-pais características da SAF são: baixopeso ao nascer, atraso no crescimento eno desenvolvimento, malformações do es-queleto, alterações no comportamento,modificações na pálpebra e nos lábios nacriança.

O professor confessa ainda a sua pre-ocupação social quanto aos problemasmais significativos da SAF: o retardomental ou hiperatividade. “Nós vemos quea maioria das pessoas com problemas fí-sicos, apesar do preconceito, não são se-paradas do convívio com a família, o que

não ocorre com doentesmentais que são,

comumente, in-ternados em

locais espe-cializados,ou não”,acrescen-ta. (Mari-ana Clí-maco)

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