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Jornal da República Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008 Página 2196 Série I, N.° 16 Página 2196 SUMÁRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA : Presidência da República Dili, 11 de Abril de 2008. Rectificação de Decreto do Presidente da República ...................2196 Decreto do Presidente da República n.° 47/2008 de 11 de Abril de 2008 ...........................................................2196 Decreto do Presidente da República n.°48/2008 de 11 de Abril de 2008 ...........................................................2196 TRIBUNAL DE RECURSO: Resolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial .....2197 GOVERNO : Decreto-LEI N.°9/2008 de 30 de Abril Orgânica do Ministério da Economia e Desenvolvimento.....2197 Decreto-LEI N.°10/2008 de 30 de Abril Orgânica do Ministério da Solidariedade Sosial .....................2203 Decreto-LEI N.°11/2008 de 30 de Abril Orgânica da Secretaria de Estado da Política Energética ........2209 Decreto-LEI N.°12/2008 de 30 de Abril Estatuto Orgânica do Ministério da Justiça ...........................2213 Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008 $ 1.50 Série I, N.° 16 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE Presidência da República Dili, 11 de Abril de 2008. Rectificação de Decreto do Presidente da República Por mero lapso material, no texto do Decreto n° 28/2008, publicado no Jornal da República, Serie I, n° 2, de 23 de Janeiro de 2008, pagina 2064, sobre o indulto concedido ao recluso Serafin Alves, onde se lê “processo judicial n° 10/Pen/ 06/TD.Suai”, deve-se ler “processo judicial n° 50/C.Ord/ 2006”. Ainda no mesmo documento, onde se lê “6 (seis) anos e 6 (seis) meses” deve-se ler “4 (quatro) anos”. Assim, determino o reenvio do referido texto legal ao Jornal da Republica, a fim de seja promovida as necessárias rectificações e posterior republicação. Fernando La Sama de Araújo Presidente da República em exercício Decreto do Presidente da República n.° 47 /2008 de 11 de Abril de 2008 A Constituição da República Democrática de Timor-Leste atribui ao Presidente da República a competência no domínio das Relações Internacionais, para nomear e exonerar embaixa- dores, representantes permanentes e enviados extraordinários, sob proposta do Governo, nos termos do disposto no seu ar- tigo 87°, alínea b). O Presidente da República, nos termos do artigo 87°, alínea b). da Constituição da República democrática de Timor-Leste, decreta: É nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário o Dr. João Freitas Câmara para a Tailândia. Emitido no Palácio das Cinzas, aos onze dias do mês de Abril de dois mil e oito. O Presidente Interino da República Democrática de Timor-Leste ______________________ Fernando La Sama de Araújo Decreto do Presidente da República n.° 48 /2008 de 11 de Abril de 2008 A Constituição da República Democrática de Timor-Leste atribui ao Presidente da República a competência no domínio das Relações Internacionais, para nomear e exonerar embaixa- dores, representantes permanentes e enviados extraordinários, sob proposta do Governo, nos termos do disposto no seu ar- tigo 87°, alínea b). O Presidente da República, nos termos do artigo 87°, alínea b). da Constituição da República Democrática de Timor-Leste, decreta: É nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário o Dr. Francisco Tilman Cepeda para as Filipinas.

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Page 1: Jornal da República Série I , N.° 16extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/tim95024.pdfResolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial .....2197 GOVERNO : Decreto-LEI N.°9/2008

Jornal da República

Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2196 Série I, N.° 16Página 2196

SUMÁRIO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA :

Presidência da República Dili, 11 de Abril de 2008.Rectificação de Decreto do Presidente da República ...................2196

Decreto do Presidente da República n.° 47/2008de 11 de Abril de 2008 ...........................................................2196

Decreto do Presidente da República n.°48/2008de 11 de Abril de 2008 ...........................................................2196

TRIBUNAL DE RECURSO:Resolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial .....2197

GOVERNO :

Decreto-LEI N.°9/2008 de 30 de AbrilOrgânica do Ministério da Economia e Desenvolvimento.....2197

Decreto-LEI N.°10/2008 de 30 de AbrilOrgânica do Ministério da Solidariedade Sosial .....................2203

Decreto-LEI N.°11/2008 de 30 de AbrilOrgânica da Secretaria de Estado da Política Energética ........2209

Decreto-LEI N.°12/2008 de 30 de AbrilEstatuto Orgânica do Ministério da Justiça ...........................2213

Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008

$ 1.50

Série I, N.° 16

PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

Presidência da República

Dili, 11 de Abril de 2008.

Rectificação de Decreto do Presidente da República

Por mero lapso material, no texto do Decreto n° 28/2008,publicado no Jornal da República, Serie I, n° 2, de 23 deJaneiro de 2008, pagina 2064, sobre o indulto concedido aorecluso Serafin Alves, onde se lê “processo judicial n° 10/Pen/06/TD.Suai”, deve-se ler “processo judicial n° 50/C.Ord/2006”. Ainda no mesmo documento, onde se lê “6 (seis) anose 6 (seis) meses” deve-se ler “4 (quatro) anos”.

Assim, determino o reenvio do referido texto legal ao Jornalda Republica, a fim de seja promovida as necessáriasrectificações e posterior republicação.

Fernando La Sama de AraújoPresidente da República em exercício

Decreto do Presidente da República n.° 47 /2008

de 11 de Abril de 2008

A Constituição da República Democrática de Timor-Lesteatribui ao Presidente da República a competência no domíniodas Relações Internacionais, para nomear e exonerar embaixa-dores, representantes permanentes e enviados extraordinários,sob proposta do Governo, nos termos do disposto no seu ar-tigo 87°, alínea b).

O Presidente da República, nos termos do artigo 87°, alínea b).da Constituição da República democrática de Timor-Leste,decreta:

É nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário oDr. João Freitas Câmara para a Tailândia.

Emitido no Palácio das Cinzas, aos onze dias do mês de Abrilde dois mil e oito.

O Presidente Interino da República Democrática de Timor-Leste

______________________Fernando La Sama de Araújo

Decreto do Presidente da República n.° 48 /2008

de 11 de Abril de 2008

A Constituição da República Democrática de Timor-Lesteatribui ao Presidente da República a competência no domíniodas Relações Internacionais, para nomear e exonerar embaixa-dores, representantes permanentes e enviados extraordinários,sob proposta do Governo, nos termos do disposto no seu ar-tigo 87°, alínea b).

O Presidente da República, nos termos do artigo 87°, alínea b).da Constituição da República Democrática de Timor-Leste,decreta:

É nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário oDr. Francisco Tilman Cepeda para as Filipinas.

Page 2: Jornal da República Série I , N.° 16extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/tim95024.pdfResolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial .....2197 GOVERNO : Decreto-LEI N.°9/2008

Jornal da República

Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2197

Emitido no Palácio das Cinzas, aos onze dias do mês de Abrilde dois mil e oito.

O Presidente Interino da República Democrática de Timor-Leste

_____________________Fernando La Sama de Araújo

DECRETO-LEI N.° 9/2008

de 30 de Abril

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA EDESENVOLVIMENT O

O IV Governo Constitucional de Timor-Leste estabeleceu umconjunto de objectivos prioritários em matéria legislativa, en-tre os quais conta a definição da orgânica do Próprio Ministério,em conformidade com o disposto na Constituição e nas leis.As pequenas e médias empresas, as cooperativas, o inves-timento directo estrangeiro no país e os serviços de banca eseguros revestem a maior importância por serem motores dedesenvolvimento e de criação de emprego.

O Ministério da Economia e Desenvolvimento contempla umaestrutura organizacional assente nos organismos e serviçosque actuam nos domínios da economia, desenvolvimento dosector das micro-finanças e cooperativo, bem como do meioambiente.

O presente diploma visa aprovar a Orgânica do Ministério daEconomia e Desenvolvimento, na qual se define a estrutura doMinistério e as competências e atribuições de cada um dosseus serviços e organismos, por forma a dar cumprimento àConstituição e ao Decreto-Lei n.º 7/2007, de 5 de Setembro queaprova a Estrutura Orgânica do IV Governo Constitucional daRepública Democrática de Timor-Leste.

Assim,

O Governo decreta nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República, e do artigo 37.° do Decreto-Lei n.°7/2007, de 5 de Setembro, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.ºNatureza

O Ministério da Economia e Desenvolvimento, abreviadamentedesignado por MED, é o órgão central do governo que tem pormissão conceber, executar, coordenar e avaliar a política,definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreasdo desenvolvimento do sector das micro-finanças ecooperativo, bem como do meio ambiente.

Artigo 2.ºAtribuições

Na prossecução da sua missão, são atribuições do MED:

a) Propor políticas e elaborar os projectos de regulamentaçãonecessários às suas áreas de tutela;

b) Elaborar estudos com vista à preparação do plano quin-quenal de desenvolvimento nacional;

c) Fazer recomendações ao restantes membros do Governotendo em vista a implementação do plano quinquenal dedesenvolvimento;

d) Propor políticas e legislação relacionadas com a promoçãodo investimento privado e de parcerias do Estado cominvestimento privado;

e) Promover o desenvolvimento do sistema cooperativo e ode micro-finanças, principalmente nas áreas rurais e nosector da agricultura;

f) Difundir a importância do sector económico cooperativo edas micro e pequenas empresas e promover a formação naconstituição, organização, gestão e contabilidade de coo-perativas e pequenas empresas;

g) Organizar e administrar um cadastro de cooperativas;

h) Elaborar a política ambiental e acompanhar a execução eavaliação dos resultados alcançados;

i) Promover, acompanhar e apoiar as estratégias de integraçãodo ambiente nas políticas sectoriais;

j) Efectuar a avaliação ambiental estratégica de planos e pro-gramas e coordenar os processos de avaliação de impactoambiental de projectos ao nível nacional, incluindo os pro-cedimentos de consulta pública;

k) Assegurar, em termos gerais e em sede de licenciamentoambiental, a adopção e fiscalização das medidas de pre-venção e controlo integrado da poluição pelas instalaçõespor ela abrangidas;

Resolução do Conselho Superior da Magistratura Judicial

Na conferência de 4 de Abril de 2008, em que participaram osConselheiros Cláudio de Jesus Ximenes, Presidente, DionísioBabo, Vice-Presidente, Nelson de Carvalho, Napoleão Soaresda Silva e Guilhermino da Silva, o Conselho Superior daMagistratura Judicial resolveu, ao abrigo do mencionado artigo111º, nº 1, da Lei 08/2002, de 20 de Setembro, alterada pela Lei11/2004, nomear o juiz José Barroso Filho para exercer funçõesde juiz nos tribunais distritais.

Díli, 15 de Abril de 2008

Cláudio XimenesPresidente do CSMJ

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2198 Série I, N.° 16

l) Garantir a protecção e conservação da natureza e biodiver-sidade, supervisionando a implementação da política e fis-calizando actividades lesivas à integridade da Fauna e FloraNacional, em colaboração com as entidades relacionadas;

m) Estabelecer mecanismos de colaboração e de coordenaçãocom outros órgãos do Governo com tutela sobre áreasconexas.

CAPÍTULO IITUTELA E SUPERINTENDÊNCIA

Artigo 3.ºTutela e Superintendência

O Ministério é superiormente tutelado pelo Ministro, que osuperintende e por ele responde perante o Primeiro-Ministro.

CAPÍTULO IIIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 4.ºEstrutura Geral

1. O MED prossegue as suas atribuições através de serviçosintegrados na administração directa do Estado, de organis-mos integrados na administração indirecta do Estado, deórgãos consultivos e delegações territoriais.

2. Por diploma ministerial fundamentado do membro do Gover-no responsável pela área da economia e desenvolvimento,podem ser criadas delegações territoriais de serviços doMinistério.

Artigo 5.ºAdministração directa do Estado

Integram a administração directa do Estado, no âmbito do MED,os seguintes serviços centrais:

a) Director Geral;

b) Gabinete de Inspecção e Auditoria Interna ;

c) Direcção Nacional da Administração e Finanças;

d) Direcção Nacional de Pesquisa e Planeamento para o De-senvolvimento Nacional;

e) Direcção Nacional do Meio Ambiente;

f) Direcção Nacional para os Assuntos Ambientais Interna-cionais;

g) Direcção Nacional do Desenvolvimento Rural

h) Direcção Nacional de Cooperativas.

Artigo 6.ºAdministração indirecta do estado

Prosseguem atribuições do MED, sob superintendência e tu-tela do respectivo Ministro, os seguintes organismos:

a) Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial;

b) Instituição de Micro-Finanças de Timor-Leste;

c) Instituto de Promoção de Investimento Externo e Exportação.

Artigo 7.ºÓrgão Consultivo

O Conselho Consultivo da Economia e Desenvolvimento é oórgão consultivo do Ministério da Economia e Desenvol-vimento.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS, ORGÃO CONSULTIV O E DELEGAÇÕES

TERRITORIAIS

SECÇÃO ISERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRECT A DO

ESTADO

Artigo 8.ºDirector Geral

1. O Director-Geral tem por missão assegurar a orientação ge-ral de todos os serviços do MED.

2. O Director-Geral prossegue as seguintes atribuições:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de acordocom o programa do Governo e com as orientações supe-riores do Ministro;

b) Propor ao Ministro as medidas mais convenientes paraa prossecução das atribuições mencionadas na alíneaanterior;

c) Participar no desenvolvimento de políticas e regula-mentos relacionados com a sua área de intervenção;

d) Coordenar a preparação dos projectos de leis e regula-mentos do Ministério;

e) Assegurar a administração geral interna do Ministério edos serviços, de acordo com os programas anuais eplurianuais do Ministério;

f) Planear as medidas de investimento público, elaborar oprojecto e executar o respectivo orçamento;

g) Controlar a execução do orçamento de funcionamento;

h) Acompanhar a execução dos projectos e programas decooperação internacional e proceder à sua avaliaçãointerna, sem prejuízo da existência de mecanismos deavaliação próprios, em coordenação com os Ministériosdos Negócios Estrangeiros e das Finanças;

i) Verificar a legalidade das despesas e proceder ao seupagamento, após a autorização do Ministro;

j) Coordenar os recursos humanos;

k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico pro-fissional do pessoal dos órgãos e serviços;

l) Coordenar a preparação das actividades do ConselhoConsultivo;

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Jornal da República

Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2199

resolucao parlamento2 tau iha ne’e

m) Coordenar a informação para o público, imprensa e ou-tros órgãos governamentais;

n) Elaborar, em conjunto com as Direcções Nacionais, orelatório anual de actividades do Ministério;

o) Apresentar relatório anual das suas actividades;

p) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 9.ºGabinete de Inspecção e Auditoria Interna

1. O Gabinete de Inspecção e Auditoria Interna, abrevia-damente designado por GIAI, tem por missão realizar aauditoria interna às actividades financeiras do ministério.

2. O GIAI prossegue as seguintes atribuições:

a) Desenvolver e executar o plano estratégico de fiscali-zação do Ministério para responder eficaz e eficiente-mente às necessidades do mesmo;

b) Emitir pareceres na área da sua competência e dar assis-tência técnica aos directores nacionais;

c) Aplicar a política de auditoria e práticas de avaliação dorisco, qualidade de segurança, controle, concordânciae investigação, emitindo relatórios sobre a matéria;

d) Aconselhar e prestar assistência sobre como gerir osriscos de sistema de gestão do Ministério;

e) Examinar, avaliar e emitir relatórios sobre a efectividadedo sistema de controle interno do Ministério;

f) Elaborar plano de acção trimestral, semestral e anualrelativamente à execução do orçamento;

g) Exercer a acção disciplinar e de auditoria interna em re-lação aos serviços e organismos do Ministério;

h) Realizar a fiscalização às actividades financeiras do Mi-nistério, tendo em vista o cumprimento das leis e regula-mentos administrativos aplicáveis ao Sistema nacionalde Economia e Desenvolvimento;

i) Avaliar os serviços prestados relativamente às áreas deadministração, financeira e patrimonial do Ministério;

j) Propor de forma fundamentada à entidade competentea instauração de processos disciplinares sempre quedetectar irregularidades;

k) Instruir e dar parecer nos processos administrativos efinanceiros da sua competência;

l) Promover, garantir e assegurar a boa prática e governaçãodos organismos e serviços do Ministério;

m) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídas

nos termos legais.

Artigo 10.ºDirecção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direcção Nacional de Administração e Finanças, abre-viadamente designada por DNAF, tem por missão asseguraro apoio técnico e administrativo ao Ministro, ao Director-Geral e aos restantes serviços MED, nos domínios da ad-ministração geral, recursos humanos, documentação earquivo e gestão patrimonial.

2. A DNAF prossegue as seguintes atribuições:

a) Prestar apoio técnico e administrativo ao Ministro, aoDirector – Geral e às demais direcções do Ministério;

b) Garantir a inventariação, manutenção e preservação egestão do património do Estado, bem como a inven-tariação e manutenção dos contratos de fornecimentode bens e serviços, afectos ao Ministério;

c) Coordenar a execução e o controlo da afectação de ma-terial a todas as direcções do Ministério;

d) Assegurar um sistema de procedimentos de comuni-cação interna comum aos órgãos e serviços do Mi-nistério;

e) Em colaboração com todos os serviços do Ministério ede acordo com as orientações superiores, elaborar oPlano Anual de Actividades e a proposta do Programade Investimento Sectorial do Ministério, bem comoproceder ao acompanhamento e avaliação da suaexecução;

f) Participar na elaboração de planos sectoriais junto dosdiversos serviços do Ministério;

g) Preparar, em colaboração com as demais entidadescompetentes, a elaboração do projecto de orçamentoanual do Ministério;

h) Coordenar a execução das dotações orçamentais atri-buídas aos diversos serviços do Ministério, sem pre-juízo da existência de outros meios de controlo e ava-liação realizados por outras entidades competentes;

i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuaise plurianuais em função das necessidades definidassuperiormente;

j) Realizar o aprovisionamento do Ministério;

k) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa e finan-ceira;

l) Promover o recrutamento, contratação, acompanha-mento, avaliação, promoção e reforma dos funcionários;

m) Processar as listas para as remunerações dos funcio-

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2200 Série I, N.° 16

nários;

n) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamentoda documentação do Ministério nomeadamente o ar-quivo dos ficheiros pessoais dos funcionários do Mi-nistério

o) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos tra-balhadores da função pública, propondo superiormentea instauração de processos de inquérito e disciplinarese proceder à instrução dos que forem determinadossuperiormente;

p) Emitir pareceres e outras informações com vista a proporsuperiormente medidas administrativas de melhora-mento da gestão dos recursos humanos;

q) Desenvolver as acções necessárias ao cumprimentodas normas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

r) Manter um sistema de arquivo e elaboração de esta-tísticas respeitantes ao Ministério e um sistema infor-mático actualizado sobre os bens patrimoniais afectosao Ministério;

s) Desenvolver as acções necessárias para assegurar amanutenção das redes de comunicação interna e exter-na, bem como o bom funcionamento e utilização dosrecursos informáticos;

t) Apresentar relatório anual das suas actividades;

u) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Ar tigo 11.ºDirecção Nacional de Pesquisa e Planeamento para o

Desenvolvimento Nacional

1. A Direcção Nacional de Pesquisa e Planeamento para oDesenvolvimento Nacional, tem por missão definir as polí-ticas económicas e a estratégia de desenvolvimento nacio-nal.

2. A Direcção Nacional de Pesquisa e Planeamento para o De-senvolvimento Nacional prossegue as seguintes atribui-ções:

a) Delinear estratégias e instrumentos de política poten-cialmente geradores de ganhos de produtividade e com-petitividade;

b) Acompanhar as tendências da economia de Timor-Les-te e fazer previsões a curto e médio prazo;

c) Acompanhar as tendências da economia mundial como propósito de antecipar alterações no comportamentoempresarial, especialmente no que toca aos factoresdeterminantes da especialização e competitividadeinternacional;

d) Promover, coordenar e executar estudos de situação,global e sectorial, a contribuir para a formulação de me-didas de política relevantes para as áreas de intervençãodo Ministério;

e) Assessorar o Ministro no acompanhamento das acti-vidades das entidades públicas de natureza empresarialsob sua tutela;

f) Desenvolver programas internos ou em cooperaçãotécnica com outras organizações nacionais e internacio-nais;

g) Acompanhar as negociações de acordos internacionaisrelativos a sua área de competência;

h) Prestar assessoria técnica na elaboração e desenvolvi-mento de programas e legislação relacionados com suaárea de actuação;

i) Recolher, organizar, difundir e manter actualizada a legis-lação específica e a informação inerente às áreas deactividade do Ministério;

j) Apresentar relatório anual de actividades;

k) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 12.ºDirecção Nacional do Meio Ambiente

1. A Direcção Nacional do Meio Ambiente, abreviadamentedesignada por DNMA, tem por missão estudar, executar emonitorizar as políticas de desenvolvimento, protecção econservação ambiental, bem como elaborar, implementar efiscalizar os regulamentos e as normas sobre o meio am-biente.

2. A DNMA, prossegue as seguintes atribuições:

a) Conceber, executar, desenvolver e avaliar a política am-biental, orientada pelos princípios de desenvolvimentosustentável, integrando harmoniosamente a com-ponente económica, sociocultural e ambiental, nas res-tantes políticas sectoriais;

b) Desenvolver, em conjunto com as tutelas relevantes,uma política de protecção à vida marítima e terrestre, deforma a evitar a sua destruição, para tornar no futuroem centros de atracção natural e turística;

c) Analisar as actividades ambientais e propor medidas epolíticas públicas para a sua dinamização, inclusive noque diz respeito à competitividade interna e interna-cional;

d) Analisar o estado do ambiente nacional, promovendoprogramas de estudo e monitorização das várias ver-tentes ambientais;

e) Autorizar, monitorizar e acompanhar as actividades

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2201

ambientais e avaliar os efeitos nela incidentes das medi-das inscritas na política do meio ambiente;

f) Promover a educação ambiental como veículo funda-mental para a formação e sensibilização da populaçãosobre a dinâmica do desenvolvimento sustentável e aprotecção ambiental, para evitar a contínua destruiçãodo meio ambiente e incutir valores de protecção à natu-reza;

g) Liderar a elaboração e desenvolvimento de programase documentos legislativos relativos à área ambiental eprestar apoio técnico sobre a questão às entidades queo solicitem;

h) Apoiar tecnicamente as instituições governamentaisresponsáveis pelas negociações e decisões em instân-cias internacionais, nas áreas soba sua tutela, para ade-quação aos interesses da política ambiental nacional;

i) Apoiar e prestar apoio técnico directo ou indirecto, àsactividades das empresas e dos agentes ambientais quecontribuam para a preservação sustentável do ambiente,promovendo por seu lado as diligências necessárias àvalorização de soluções que tornem mais simples ecélere a tramitação processual;

j) Analisar, apreciar e dar parecer sobre os pedidos de in-formação prévia para o estabelecimento de empresasligadas ao desenvolvimento ambiental e sobre os pro-jectos de instalações e de funcionamento de empreen-dimentos, ambientais e outros;

k) Efectuar a avaliação ambiental estratégica de planos eprogramas e coordenar os processos de avaliação deimpacto ambiental de projectos a nível nacional incluin-do os procedimentos de consulta pública, como parteintegrante e decisória no processo de licenciamentoambiental e industrial;

l) Assegurar, em sede de licenciamento ambiental, a adop-ção de medidas de prevenção e controlo integrado depoluição pelas instalações por ela abrangidas;

m) Assegurar medidas para inspeccionar, fiscalizar e garan-tir a aplicação das leis às actividades e aos empreen-dimentos que prejudiquem a sobrevivência natural, nasvertentes ambientais;

n) Apresentar o relatório anual de actividades;

o) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 13.ºDirecção Nacional para os Assuntos Ambientais

Internacionais

1. A Direcção Nacional para Assuntos Ambientais Interna-cionais, abreviadamente designada por DNAAI, tem pormissão dinamizar e concertar a participação activa do Gover-no nas instâncias internacionais, preparar e formular as

posições a adoptar nas relações bilaterais e nas organi-zações internacionais, em matéria de ambiente e estimular acooperação internacional para a promoção do desenvolvi-mento sustentável e ambiental, em estrita colaboração esem prejuízo das competências próprias do Ministério dosNegócios Estrangeiros.

2. A DNAAI prossegue as seguintes atribuições:

a) Promover e gerir o processo de envolvimento nacionalna resolução dos problemas globais do ambiente,nomeadamente no que se refere aos acordos multila-terais ambientais que comprometam o Governo de Ti-mor-Leste;

b) Gerir processual e administrativamente os grupos e ór-gãos consultivos constituídos pelo Governo paraorientação das políticas e gestão ambiental a aplicar nopaís;

c) Apoiar tecnicamente as instituições governamentaisresponsáveis pelas negociações e decisões eminstâncias internacionais, nas áreas sob a tutela, paraadequação aos interesses da política ambientalnacional;

d) Apresentar o relatório anual de actividades;

e) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 14.ºDirecção Nacional do Desenvolvimento Rural

1. A Direcção Nacional do Desenvolvimento Rural, abrevia-damente designada por DNDR, tem por missão estudar eexecutar as políticas de desenvolvimento rural, bem comoelaborar, implementar e fiscalizar os regulamentos e asnormas sobre desenvolvimento nas áreas rurais.

2. A DNDR, prossegue as seguintes atribuições:

a) Conceber, executar e avaliar a política nacional sobre odesenvolvimento rural;

b) Apoiar e assegurar uma economia rural mais dinâmicaque permita as comunidades rurais criarem os seuspróprios padrões de vida;

c) Criar um ambiente que permita gerar oportunidadeseconómicas, proporcionando um aumento deprodutividade e rendimentos;

d) Prestar assessoria técnica na elaboração e desenvolvi-mento de programas e legislação sobre a sua área deactuação;

e) Analisar as actividades económicas rurais e propor me-didas e políticas públicas relevantes para seu desenvol-vimento;

f) Apoiar os meios de comunicação nas áreas rurais para

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2202 Série I, N.° 16

assegurar a disseminação de informação sobre a im-plementação do plano de desenvolvimento nacional;

g) Criar um mecanismo integrado e coesivo para promover,desenvolver e completar as actividades que estãosendo realizadas pelos serviços pertencentes aosoutros ministérios;

h) Assegurar a continuidade e implementação de progra-mas de construção e rehabilitação de mercados ruraispara promover as actividades da economia local, emcoordenação com os relevantes serviços dos outrosministérios;

i) Apoiar e assegurar as actividades dos agentes sociais,incentivando a oferta de serviços a preços acessíveis;

j) Dar parecer sobre pedidos de informação prévia para oestabelecimento de empresas ligados ao desenvolvi-mento em áreas rurais;

k) Analisar e apreciar projectos de instalações e de fun-cionamento de empreendimentos que afectam o desen-volvimento da vida rural;

l) Inspeccionar e fiscalizar as actividades e os empreen-dimentos estabelecidos nas áreas rurais nos termos dalei;

m) Permitir aos mais desfavorecidos e outros grupos vul-neráveis que participem e façam gestão do desenvol-vimento nas suas próprias áreas;

n) Estabelecer as delegações territoriais da Direcção Nacio-nal do Desenvolvimento Rural nos treze distritos como objectivo de assegurar o desenvolvimento físico eeconómico nas áreas rurais;

o) Apresentar relatório anual de actividades;

p) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 15.ºDirecção Nacional das Cooperativas

1. A Direcção Nacional das Cooperativas, abreviadamentedesignada por DNC, tem por missão conceber, executar eavaliar a política nacional do sector cooperativo.

2. A DNC, prossegue as seguintes atribuições:

a) Conceber, executar e avaliar a política de apoio ao desen-volvimento das cooperativas, promovendo a cons-tituição destas em diversos ramos em todo o territórionacional;

b) Difundir a importância da organização económica coope-rativa;

c) Elaborar manuais de formação e capacitação para coo-perativas;

d) Promover cursos de formação sobre constituição, orga-nização gestão e contabilidade de cooperativas;

e) Realizar o levantamento, organizar e administrar os da-dos das cooperativas;

f) Acompanhar o estabelecimento e as actividades dascooperativas, formulando políticas para o seu desenvol-vimento;

g) Executar políticas de capacitação de recursos humanos;

h) Prestar assessoria técnica na elaboração e desenvolvi-mento de programas e legislação na sua área de ac-tuação;

i) Apresentar o relatório anual de actividades;

j) Quaisquer outras que lhe forem atribuídas por lei.

SECÇÃO IIORGANISMOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRECT A DO

ESTADO

Artigo 16.ºInstituto de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial

1. O Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial,abreviadamente designado por IADE, tem por missão pro-mover, registar, coordenar e acompanhar o investimentonacional privado, coordenar e desenvolver acções de for-mação e capacitação empresarial.

2. O IADE rege-se por estatuto próprio.

Artigo 17.ºInstituto de Micro-Finanças de Timor-Leste

1. O Instituto de Micro-Finanças de Timor-Leste, abreviada-mente designado por IMFTL, tem por missão apoiar o finan-ciamento das micro e pequenas empresas.

2. O IMFTL rege-se por estatuto próprio.

Artigo 18.ºInstituto de Promoção de Investimento Externo e Exportação

1. O Instituto de Promoção de investimento Externo e Expor-tação, abreviadamente designado por IPIEE, tem por missãopromover, registar, coordenar e acompanhar o investimentoexterno e a exportação.

2. O IPIEE rege-se por estatuto próprio.

SECÇÃO IIIORGÃO CONSULTIV O E DELEGAÇÕES

TERRITORIAIS

SUBSECÇÃO IORGÃO CONSULTIV O

Artigo 19.ºConselho Consultivo da Economia e Desenvolvimento

1. O Conselho Consultivo da economia e desenvolvimento,

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2203

abreviadamente designado por Conselho Consultivo, é oórgão colectivo de consulta e coordenação que tem pormissão fazer o balanço periódico das actividades do MED.

2. São atribuições do Conselho Consultivo, nomeadamente,pronunciar-se sobre:

a) As decisões do MED com vista à sua implementação;

b) Os planos e programas de trabalho;

c) O balanço das actividades do MED, avaliando os resul-tados alcançados, e propondo novos objectivos;

d) O intercâmbio de experiências e informações entre todosos serviços e organismos do MED e entre os respectivosdirigentes;

e) Diplomas legislativos de interesse do MED ou quaisqueroutros documentos provenientes dos seus serviçosou organismos;

f) As demais actividades que lhe forem submetidas.

3. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:

a) Ministro, que preside;

b) Director - Geral;

c) Directores Nacionais;

d) Chefe de Gabinete.

4. O Ministro pode convocar para participar nas reuniões daComissão outras entidades, quadros ou individualidades,dentro ou fora do Ministério, sempre que entendaconveniente.

5. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vezpor mês e extraordinariamente sempre que o Ministro odeterminar.

SUBSECÇÃO IIDELEGAÇÕES TERRITORIAIS

Artigo 20.ºDelegações territoriais

As delegações territoriais têm por missão a execução deactividades específicas, a recolha de dados operacionais paraa concepção de medidas de políticas sectoriais locais.

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 21ºForma de articulação dos serviços

1. Os serviços do Ministério devem funcionar por objectivosformalizados em planos de actividades anuais e plurianuaisaprovados pelo Ministro.

2. Os serviços devem colaborar entre si e articular as suasactividades de forma a promover uma actuação unitária eintegrada das políticas do Ministério.

Artigo 22.ºDiplomas orgânicos complementares

Sem prejuízo do disposto no presente diploma, compete aomembro do governo responsável pela área da economia e de-senvolvimento aprovar por diploma ministerial próprio a regu-lamentação da estrutura orgânico-funcional das direcçõesnacionais.

Artigo 23.ºQuadro de pessoal

O quadro de pessoal e o número de quadros de direcção e che-fia são aprovados por diploma ministerial conjunto dos mem-bros do Governo responsável pelas áreas da economia e desen-volvimento, das finanças e administração estatal.

Artigo 24 .ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte à data dasua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, 27 de Fevereirode 2008

O Primeiro Ministro

____________________Kay Rala Xanana Gusmão

O Ministro da Economia e Desenvolvimento

____________João Gonçalves

Promulgado em 11-04-2008

Publique-se.

O Presidente da República interino,

______________________Fernando La sama de Araújo

DECRETO-LEI N.º 10 /2008de 30 de Abril

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADESOCIAL

O Decreto - Lei nº 7/2007, de 5 de Setembro de 2007, queestabelece a Estrutura Orgânica do IV Governo Constitucional

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2204 Série I, N.° 16

da República Democrática de Timor-Leste, determina, no artigo37º, a elaboração dos projectos de leis orgânicas dosMinistérios e das Secretarias de Estado dependentes doPrimeiro-Ministro.

O Ministério da Solidariedade Social, como órgão central doGoverno, em apoio das políticas desenvolvidas no âmbito desuas competências, deve desenvolver e implementar políticasaprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas dasegurança social, assistência social, gestão de desastres edos Combatentes da Libertação Nacional.

Pelo presente diploma é aprovada a Orgânica Ministério daSolidariedade Social que define as atribuições e a estruturanecessária ao respectivo funcionamento.

Assim:

O Governo decreta nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República e do artigo 37.º do Decreto - Lei n.º7/2007, de 5 de Setembro, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1ºNatureza

O Ministério da Solidariedade Social, abreviadamente desig-nada por MSS, é o órgão central do Governo que tem por mis-são conceber, executar, coordenar e avaliar a política, definidae aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreas da Segu-rança Social, Assistência Social, Gestão de Desastres e dosCombatentes da Libertação Nacional.

Artigo 2ºAtribuições

Na prossecução da sua missão são as atribuições do MSS:

a) Propor e desenvolver políticas públicas de segurança so-cial para os trabalhadores e demais cidadãos;

b) Propor e desenvolver políticas de serviços sociais, comespecial atenção aos cidadãos vulneráveis;

c) Apoiar e incentivar a promoção de políticas activas na áreade solidariedade social fomentando a criação de actividadesdescentralizadas e assegurando o seu desenvolvimentointegrado;

d) Propor e desenvolver políticas e estratégias na gestão deriscos de desastres;

e) Desenvolver e implementar programas na gestão de riscosde desastres, nomeadamente, na prevenção, mitigação,resposta à emergência e recuperação depois de desastre;

f) Assegurar o desenvolvimento de programas de reinserçãona vida activa comunitária, dos Combatentes da LibertaçãoNacional;

g) Promover programas de desmobilização e implementar pen-sões e outros benefícios aos Combatentes da LibertaçãoNacional;

h) Responsabilizar-se pela implementação e execução doorçamento afectado através do Orçamento Geral do Estado;

i) Estabelecer mecanismos de colaboração e de cooperaçãocom outros órgãos do Governo com tutela sobre as áreasconexas;

j) Propor a legislação necessária à viabilização dos objectivosque prossegue;

k) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.

CAPÍTULO IITUTELA E SUPERINTENDÊNCIA

Artigo 3ºTutela e Superintendência

O MSS é superiormente tutelado pelo Ministro, que o superin-tende e por ele responde perante o Primeiro-Ministro.

CAPÍTULO IIIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 4ºEstrutura Geral

1. O MSS prossegue suas atribuições através de serviços in-tegrados na administração directa do estado e órgãosconsultivos.

2. Por diploma ministerial fundamentado dos membros doGoverno responsáveis pelas áreas da Solidariedade So-cial, das Finanças e da Administração Estatal, podem sercriadas as delegações territoriais do MSS.

Artigo 5ºAdministração Directa do Estado

Os serviços da administração directa do MSS são os seguintes:

a) Director - Geral;

b) Direcção Nacional de Administração e Finanças;

c) Direcção Nacional dos Assuntos dos Combatentes da Li-bertação Nacional;

d) Direcção Nacional da Assistência Social;

e) Direcção Nacional da Reinserção Social;

f) Direcção Nacional de Gestão de Desastres;

g) Direcção Nacional da Segurança Social;

h) Gabinete de Inspecção e Auditoria.

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Artigo 6ºConselho Consultivo

O Conselho Consultivo é o órgão colectivo de consulta doMSS.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS, ORGANISMOS, ÓRGÃOS CONSULTIV OS

E DELEGAÇÕES TERRITORIAIS

SECÇÃO ISERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRECT A

Artigo 7ºDirector - Geral

1. O Director - Geral tem por missão assegurar a orientaçãogeral de todos os serviços do MSS

2. O Director - Geral prossegue as seguintes atribuições:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de acordocom o programa do Governo e com as orientações supe-riores do Ministro da Solidariedade Social;

b) Propor ao Ministro as medidas mais convenientes paraa prossecução das atribuições mencionadas na alíneaanterior;

c) Participar no desenvolvimento de políticas e regulamen-tos relacionados com a sua área de intervenção;

d) Coordenar a preparação dos projectos de leis e regula-mentos do MSS;

e) Assegurar a administração geral interna do Ministério edos serviços, de acordo com os programas anuais eplurianuais do MSS;

f) Planear as medidas de investimento público, elaborar oprojecto e executar o respectivo orçamento;

g) Controlar a execução do orçamento de funcionamentodo MSS;

h) Acompanhar a execução dos projectos e programas decooperação internacional e proceder à sua avaliaçãointerna, sem prejuízo da existência de mecanismos deavaliação próprios, em coordenação com os Ministériosdos Negócios Estrangeiros e das Finanças;

i) Verificar a legalidade das despesas e proceder ao seupagamento, após a autorização do Ministro;

j) Coordenar os recursos humanos;

k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico pro-fissional do pessoal dos órgãos e serviços;

l) Coordenar a preparação das actividades do ConselhoConsultivo;

m) Coordenar a informação para o público, imprensa e

outros órgãos governamentais;

n) Elaborar, em conjunto com as Direcções Nacionais, orelatório anual de actividades do Ministério;

o) Apresentar relatório anual das suas actividades;

p) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 8ºDirecção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direcção Nacional de Administração e Finanças, abrevia-damente designada por DNAF, tem por missão assegurar oapoio técnico e administrativo ao Ministro, aos Gabinetesdos Secretários de Estado, ao Director Geral e aos restantesserviços do Ministério, nos domínios da administraçãogeral, recursos humanos, documentação e arquivo e gestãopatrimonial.

2. A DNAF prossegue as seguintes atribuições:

a) Prestar apoio técnico e administrativo ao Ministro, aoSecretários de Estado, ao Director- Geral e às demaisdirecções do Ministério;

b) Garantir a inventariação, manutenção e preservação egestão do património do Estado, bem como a inven-tariação e manutenção dos contratos de fornecimentode bens e serviços, afectos ao Ministério;

c) Coordenar a execução e o controlo da afectação dematerial a todas as direcções do Ministério;

d) Assegurar um sistema de procedimentos de comuni-cação interna comum aos órgãos e serviços do Mi-nistério;

e) Em colaboração com todos os serviços do Ministério ede acordo com as orientações superiores, elaborar oPlano Anual de Actividades e a proposta do Programade Investimento Sectorial do Ministério;

f) Participar na elaboração de planos sectoriais junto dosdiversos serviços do Ministério;

g) Preparar, em colaboração com as demais entidadescompetentes, a elaboração do projecto de orçamentoanual do Ministério;

h) Coordenar a execução das dotações orçamentais atri-buídas aos diversos serviços do Ministério, sem pre-juízo da existência de outros meios de controlo e ava-liação realizados por outras entidades competentes;

i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuais eplurianuais em função das necessidades definidas su-periormente;

j) Realizar o aprovisionamento do Ministério;

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k) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa e finan-ceira;

l) Promover o recrutamento, contratação, acompanha-mento, avaliação, promoção e reforma dos funcionários;

m) Processar as listas para as remunerações dos funcioná-rios;

n) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamentoda documentação do Ministério nomeadamente oarquivo dos ficheiros pessoais dos funcionários;

o) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos traba-lhadores da função pública, propondo superiormente ainstauração de processos de inquérito e disciplinares eproceder à instrução dos que forem determinados su-periormente;

p) Emitir pareceres e outras informações com vista a proporsuperiormente medidas administrativas de melho-ramento da gestão dos recursos humanos;

q) Desenvolver as acções necessárias ao cumprimentodas normas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

r) Manter um sistema de arquivo e elaboração de estatís-ticas respeitantes ao Ministério e um sistema informáticoactualizado sobre os bens patrimoniais afectos ao MSS;

s) Desenvolver as acções necessárias para assegurar amanutenção das redes de comunicação interna e ex-terna, bem como o bom funcionamento e utilização dosrecursos informáticos;

t) Apresentar relatório anual das suas actividades;

u) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei.

Artigo 9.ºDir ecção Nacional dos Assuntos dos Combatentes da

Libertação Nacional

1. A Direcção Nacional dos Assuntos dos Combatentes daLibertação Nacional, abreviadamente designada por DNAL,tem por missão promover os serviços destinados aosCombatentes da Libertação Nacional, conforme a lei, inclu-sive pela promoção de programas de reinserção dosmesmos na vida activa.

2. A DNAL prossegue as seguintes atribuições:

a) Coordenar, planear e implementar as políticas governa-mentais no âmbito dos assuntos relacionados com osCombatentes da Libertação Nacional;

b) Propor ao Ministro medidas legislativas e a adopção depolíticas relacionadas com a implementação dosbenefícios aos Combatentes da Libertação Nacional;

c) Realizar o registo dos Combatentes da Libertação Na-cional nos termos da lei;

d) Validar os dados de registo recolhidos por outras comi-ssões e atribuir um cartão de identificação aos Comba-tentes da Libertação Nacional e seus familiares;

e) Desenvolver e implementar o programa de atribuiçãodas pensões e outros benefícios financeiros aos Com-batentes da Libertação Nacional e famílias, de acordocom a lei;

f) Desenvolver, em articulação com o Ministério da Saúdee outras entidades competentes, mecanismos de res-posta especializada e facilitar o acesso dos Combatentesda Libertação Nacional às estruturas de reabilitação desaúde física e mental, em articulação com o Ministérioda Saúde e outras entidades competentes;

g) Efectuar campanhas de divulgação nacional de legis-lação, políticas e programas relativos aos Combatentesda Libertação Nacional e famílias;

h) Promover em coordenação com a Presidência da Repúb-lica, a realização de cerimónias de valorização e reconhe-cimento público dos Combatentes da Libertação Nacio-nal, designadamente através de condecorações oficiais,edificação de memoriais aos mártires e outras acçõesrelevantes;

i) Promover e planear os programas de reinserção social equaisquer outros programas que visem o apoio ao Com-batente da Libertação Nacional, nomeadamente, nasáreas da educação e formação técnico-profissional, em-prego, acesso ao crédito e actividades geradoras derendimento;

j) Manter um serviço de pesquisa, arquivo e divulgaçãoda história da luta de libertação nacional;

k) Manter uma base de dados de registo, processamentoe supervisão que sirva de suporte às respectivas acti-vidades;

l) Manter um serviço de atendimento ao público dirigidoaos Combatentes da Libertação Nacional e famílias;

m) Quaisquer outras que lhe forem atribuídas por lei.

Artigo 10ºDirecção Nacional de Assistência Social

1. A Direcção Nacional de Assistência Social, abreviadamentedesignada por DNAS, tem por missão elaborar as políticasrelativas à assistência social, actuando junto à comunidadee estimulando sua participação nos programas doMinistério.

2. A DNAS prossegue as seguintes atribuições:

a) Desenvolver e implementar programas com vista a pro-moção dos direitos dos portadores de deficiência;

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2207

b) Desenvolver e implementar programas com vista a pro-moção dos direitos dos idosos;

c) Prestar assistência humanitária;

d) Assegurar a gestão e a logística dos Armazéns do Minis-tério;

e) Fortalecer as relações e a cooperação com os outros ór-gãos governamentais e não governamentais na imple-mentação dos serviços sociais;

f) Manter à disposição da comunidade um serviço fune-rário;

g) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.

Ar tigo 11ºDirecção Nacional de Reinserção Social

1. A Direcção Nacional de Reinserção Social abreviadamentedesignada por DNRS tem por missão elaborar as políticasrelativas à reinserção social, actuando junto da comunidadee estimulando sua participação nos programas doMinistério.

2. A DNRS prossegue as seguintes atribuições:

a) Desenvolver e implementar as políticas e programasdireccionados às pessoas em situação de vulnera-bilidade;

b) Desenvolver e implementar as políticas e programasdireccionados aos centros de abrigo;

c) Desenvolver e implementar programas com vista a pro-moção e a defesa dos direitos da mulher, em coordena-ção com a Secretaria de Estado da Promoção da Igual-dade;

d) Desenvolver e implementar programas com vista a pro-moção e a defesa dos direitos da criança;

e) Promover a reintegração dos reclusos na sociedade, emcoordenação com o Ministério da Justiça e outras enti-dades relevantes na área;

f) Fortalecer as relações e a cooperação com os outrosórgãos governamentais e não governamentais na imple-mentação dos serviços de reinserção social;

g) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.

Artigo 12ºDirecção Nacional de Gestão de Desastres

1. A Direcção Nacional de Gestão de Desastres, abreviada-mente designada por DNGD, tem por missão a coordenaçãoe execução das políticas e acções em caso de desastres.

2. A DNGD prossegue as seguintes atribuições:

a) Elaborar e propor políticas relativas à gestão de desas-tres;

b) Desenvolver e implementar programas e actividadescom vista a redução do risco de desastres;

c) Prestar informação à sociedade com vista a sensibilizarpara os riscos de desastres;

d) Manter um Sistema de Nacional de Informação sobre aGestão de Desastres;

e) Manter encontros regulares com os parceiros relevantespara a monitorização e divulgação de informações refe-rentes a riscos de desastres;

f) Manter em condições os equipamentos necessários pa-ra um resposta rápida e efectiva, em caso de desastres;

g) Estabelecer e manter, em coordenação com os serviçoscompetentes da Defesa e da Segurança, um serviço vo-cacionado para o estudo, preparação e resposta emcaso de desastres, que implicam uma actuação conexadestes dois departamentos;

h) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.

Artigo 13ºDirecção Nacional da Segurança Social

1. A Direcção Nacional da Segurança Social, abreviadamentedesignada por DNSS, tem por missão elaborar as políticasrelativas ao sistema contributivo e não contributivo da Se-gurança Social, actuando junto à comunidade e estimulandosua participação nos programas do Ministério.

2. A DNSS prossegue as seguintes atribuições:

a) Desenvolver a política e os programas do sistema contri-butivo da segurança social em conjunto com as empre-sas, instituições e organizações empregadoras, bem co-mo com as organizações sindicais representantes dostrabalhadores;

b) Desenvolver a política e os programas do sistema não-contributivo da segurança social em conjunto com osparceiros sociais relevantes nesta área;

c) Propor a criação de um fundo de pensões constituídopela contribuição dos empregadores e trabalhadores;

d) Propor a criação de um fundo de segurança social decidadania;

e) Propor a criação de um instituto nacional da segurançasocial;

f) Apresentar cálculos orçamentais para financiamentoaos programas implementados;

g) Promover programas de conscientização e de socia-lização das normas da segurança social;

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h) Manter um serviço de atendimento ao público e registo;

i) Manter um serviço de arquivo geral relativo às áreas dassuas atribuições;

j) Fiscalizar, em cooperação com outros órgãos do Governoe propor as medidas necessárias

k) para a aplicação das regras da segurança social;

l) Apresentar relatórios periódicos de informação àsociedade;

m) Quaisquer outras que lhe forem legalmente atribuídas.

Artigo 14ºGabinete de Inspecção e Auditoria

1. O Gabinete de Inspecção e Auditoria tem por missão a ac-ção disciplinar e a auditoria aos serviços do MSS;

2. Compete ao Gabinete de Inspecção e Auditoria, nomeada-mente:

a) Fiscalizar os aspectos essenciais relativos á legalidade,regularidade e qualidade do funcionamento dosserviços;

b) Realizar auditorias de gestão;

c) Recolher informações sobre o funcionamento dos servi-ços, propondo as medidas correctivas aconselháveis;

d) Instruir processos de averiguações, de inquérito e dis-ciplinares sempre que determinado pelas entidades com-petentes para a instauração do processo e para a no-meação de instrutor;

e) Instruir processo de sindicância determinados peloMinistro;

f) Dar apoio aos serviços do MSS, colaborando com osseus dirigentes no exercício do poder disciplinar;

3. O director do Gabinete de Inspecção e Auditoria é equipa-rado, para todos os efeitos legais, a director geral.

SECÇÃO IICONSELHO CONSULTIV O

Artigo 15ºComposição do Conselho Consultivo

1. O Conselho Consultivo do Ministério da SolidariedadeSocial, abreviadamente designado por CC, é o órgãocolectivo de consulta e coordenação que tem por missãofazer o balanço periódico das actividades do MSS.

2. São atribuições do Conselho Consultivo, nomeadamente,pronunciar-se sobre:

a) As decisões do MSS com vista à sua implementação;

b) Os planos e programas de trabalho;

c) O balanço das actividades do MSS, avaliando os resulta-dos alcançados, e propondo novos objectivos;

d) O intercâmbio de experiências e informações entre todosos serviços e organismos do MSS e entre os respectivosdirigentes;

e) Diplomas legislativos de interesse do MSS ou quaisqueroutros documentos provenientes dos seus serviçosou organismos;

f) As demais actividades que lhe forem submetidas.

3. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:

a) Ministro, que preside;

b) Secretários de Estado;

c) Director - Geral;

d) Directores Nacionais;

e) Coordenadores Regionais.

SECÇÃO IIIDELEGAÇÕES TERRITORIAIS

Artigo 16ºDelegações Territoriais

As delegações territoriais têm por missão a execução dasactividades do MSS, bem como a recolha de dados para aconcepção de medidas de políticas sectoriais locais, a nívelregional.

CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 17ºForma de Actuação dos Serviços

1. Os serviços do MSS devem funcionar por objectivos forma-lizados nos planos anuais e plurianuais aprovados peloMinistro.

2. Os serviços e organismos a que se refere no número ante-rior devem colaborar entre si e articular as respectivas acti-vidades de forma a promover uma actuação unitária e in-tegrada das políticas do MSS.

Artigo 18ºLegislação Complementar

Sem prejuízo do disposto no presente diploma, ao Ministro daSolidariedade Social, compete aprovar por diploma ministerialpróprio a regulamentação da estrutura orgânico - funcionaldas direcções nacionais e serviços do MSS.

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Artigo 19ºQuadro de Pessoal

O quadro de pessoal e o número de quadros de direcção echefia são aprovados por diploma ministerial dos membros doGoverno responsáveis pelas áreas da solidariedade social, dasfinanças e da administração pública.

Artigo 20ºNorma Revogatória

São revogadas todas as disposições legais e regulamentaresque contrariem o presente diploma em especial as disposiçõesprevistas no Regulamento n.º 5/2002 da UNTAET (CódigoLaboral) na parte que se refere à estrutura da Secretaria deEstado do Trabalho e da Solidariedade.

Artigo 21ºEntrada em Vigor

O presente diploma legal entra em vigor no dia imediato ao dasua publicação.

Aprovado em Conselho de Ministros no dia 23 de Janeiro de2008

O Primeiro-Ministro,

____________________Kay Rala Xanana Gusmão

O Ministro da Solidariedade Social,

__________________________Maria Domingas Fernandes Alves

Promulgado em 16-04-2008

Publique-se.

O Presidente da República, interino

______________________Fernando La sama de Araújo

numa óptica competitiva e respeitadora da qualidade do meioambiente, evitando a industrialização desordenada e sem re-gulamentação apropriada.

Para que se alcancem os objectivos ao nível da política ener-gética é importante estabelecer a Secretaria de Estado da PolíticaEnergética como uma estrutura organizacional assente nosserviços e organismos que actuam no domínio dos recursosenergéticos.

O presente diploma visa aprovar a Orgânica da Secretaria deEstado da Política Energética na qual se define a respectivaestrutura e as competências e atribuições de cada um dos seusserviços e organismos, por forma a dar cumprimento do Decreto-Lei n.º 7/2007, de 5 de Setembro, que aprovou a EstruturaOrgânica do IV Governo Constitucional da República Demo-crática de Timor-Leste.

Assim:

O Governo decreta nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República, e do artigo 37.° do Decreto-Lei n.°7/2007, de 5 de Setembro, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.ºNatureza

A Secretaria de Estado da Política Energética, abreviadamentedesignado por SEPE, é o órgão central do Governo que tempor missão conceber, executar, coordenar e avaliar a política,definida e aprovada pelo Conselho de Ministros, para as áreasdos recursos energéticos.

Artigo 2.ºAtribuições

Na prossecução da sua missão, são atribuições da SEPE:

a) Elaborar e propor ao Governo as linhas da política energética;

b) Executar e assegurar a implementação da política aprovadapelo Governo nos termos da alínea anterior;

c) Desenvolver o quadro legal e regulamentar das actividadesrelacionadas com os recursos energéticos;

d) Promover contactos com investidores internacionais nosentido de atrair investimento externo nas suas áreas detutela;

e) Regular, em coordenação com outros ministérios, opera-dores na área de produção de electricidade;

f) Desenvolver estudos sobre a capacidade dos recursosenergéticos e de energias alternativas;

g) Manter um arquivo de informação sobre operações e recur-sos energéticos;

h) Coordenar e promover a gestão e a modernização das infra-

DECRETO-LEI N.° 11/2008

de 30 de Abril

ORGÂNICA DA SECRETARIA DE ESTADO DAPOLÍTICA ENERGÉTICA

O Programa do IV Governo Constitucional prevê uma políticaenergética clara que concilie os diversos interesses do mercado,

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2210 Série I, N.° 16

estruturas nas áreas da produção de electricidade;

i) Assegurar a coordenação do sector energético e estimulara complementaridade entre os seus diversos modos, bemcomo a sua competitividade, em ordem à melhor satisfaçãodos utentes;

CAPÍTULO IITUTELA E SUPERINTENDÊNCIA

Artigo 3.ºTutela e superintendência da Secretaria de Estado

A Secretaria de Estado é superiormente tutelado pelo Secretáriode Estado que a superintende e por ela responde perante oPrimeiro-Ministro.

CAPÍTULO IIIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 4.ºEstrutura geral

1 - A SEPE prossegue as suas atribuições através de serviçosintegrados na administração directa do Estado, de orga-nismos integrados na administração indirecta do Estado,de órgãos consultivos e delegações territoriais.

2 - Por diploma ministerial fundamentado do membro do Gover-no responsável pela área da política energética, das finançase da administração pública, podem ser criadas delegaçõesterritoriais de serviços da Secretaria de Estado.

Artigo 5.ºAdministração directa do Estado

Integram a administração directa do Estado, no âmbito da SEPE,os seguintes serviços centrais:

a) Director-Geral;

b) Direcção Nacional de Administração e Finanças;

c) Direcção Nacional de Pesquisa e Política de EnergiaAlternativa;

d) Direcção Nacional de Coordenação das Actividades deEnergia Renovável;

Artigo 6.ºÓrgão consultivo

O Conselho Consultivo da Energia é o órgão consultivo daSEPE.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS, ORGANISMOS ORGÃO CONSULTIV O E

DELEGAÇÕES TERRITORIAIS

SECÇÃO ISERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRECT A DO

ESTADO

Artigo 7.ºDirector-Geral

1 - O Director-Geral tem por missão assegurar a orientação

geral de todos os serviços da SEPE.

2 - O Director-Geral prossegue as seguintes atribuições:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de acordocom o programa do Governo e com as orientaçõessuperiores do Secretário de Estado;

b) Propor ao Secretário de Estado as medidas mais con-venientes para a prossecução das atribuiçõesmencionadas na alínea anterior;

c) Participar no desenvolvimento de políticas e regu-lamentos relacionados com a sua área de intervenção;

d) Coordenar a preparação dos projectos de leis e regula-mentos da Secretaria de Estado;

e) Assegurar a administração geral interna da Secretariade Estado e dos serviços, de acordo com os programasanuais e plurianuais da Secretaria de Estado;

f) Planear as medidas de investimento público, elaborar oprojecto e executar o respectivo orçamento;

g) Controlar a execução do orçamento de funcionamento;

h) Acompanhar a execução dos projectos e programas decooperação internacional e proceder à sua avaliaçãointerna, sem prejuízo da existência de mecanismos deavaliação próprios, em coordenação com os Ministériosdos Negócios Estrangeiros e das Finanças;

i) Verificar a legalidade das despesas e proceder ao seupagamento, após a autorização do Secretário de Estado;

j) Coordenar os recursos humanos;

k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico pro-fissional do pessoal dos órgãos e serviços;

l) Coordenar a preparação das actividades do ConselhoConsultivo;

m) Coordenar a informação para o público, imprensa e ou-tros órgãos governamentais;

n) Elaborar, em conjunto com as Direcções Nacionais, orelatório anual de actividades da Secretaria de Estado;

o) Apresentar relatório anual das suas actividades;

p) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 8.ºDirecção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direcção Nacional de Administração e Finanças, abre-viadamente designada por DNAF, tem por missão asseguraro apoio técnico e administrativo ao Gabinete do Secretáriode Estado, ao Director-Geral e aos restantes serviços daSEPE, nos domínios da administração geral, recursos

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2211

humanos, documentação e arquivo e gestão patrimonial.

2. A DNAF prossegue as seguintes atribuições:

a) Prestar apoio técnico e administrativo ao Secretário deEstado, ao Director – Geral e às demais direcções daSecretaria de Estado;

b) Garantir a inventariação, manutenção e preservação egestão do património do Estado, bem como a inven-tariação e manutenção dos contratos de fornecimentode bens e serviços, afectos à Secretaria de Estado;

c) Coordenar a execução e o controlo da afectação de ma-terial a todas as direcções da Secretaria de Estado;

d) Assegurar um sistema de procedimentos de comu-nicação interna comum aos órgãos e serviços da Se-cretaria de Estado;

e) Em colaboração com todos os serviços da Secretaria deEstado e de acordo com as orientações superiores, ela-borar o Plano Anual de Actividades e a proposta doPrograma de Investimento Sectorial da Secretaria deEstado, bem como proceder ao acompanhamento e ava-liação da sua execução;

f) Participar na elaboração de planos sectoriais junto dosdiversos serviços da Secretaria de Estado;

g) Preparar, em colaboração com as demais entidadescompetentes, a elaboração do projecto de orçamentoanual da Secretaria de Estado;

h) Coordenar a execução das dotações orçamentais atri-buídas aos diversos serviços da Secretaria de Estado,sem prejuízo da existência de outros meios de controloe avaliação realizados por outras entidades com-petentes;

i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuaise plurianuais em função das necessidades definidassuperiormente;

j) Realizar o aprovisionamento da Secretaria de Estado;

k) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa efinanceira;

l) Promover o recrutamento, contratação, acompanha-mento, avaliação, promoção e reforma dos funcionários;

m) Processar as listas para as remunerações dos funcioná-rios;

n) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamentoda documentação da Secretaria de Estado nomea-damente o arquivo dos ficheiros pessoais dos funcio-nários da Secretaria de Estado;

o) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos

trabalhadores da função pública, propondo superior-mente a instauração de processos de inquérito e dis-ciplinares e proceder à instrução dos que forem deter-minados superiormente;

p) Emitir pareceres e outras informações com vista a proporsuperiormente medidas administrativas de melho-ramento da gestão dos recursos humanos;

q) Desenvolver as acções necessárias ao cumprimentodas normas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

r) Manter um sistema de arquivo e elaboração de esta-tísticas respeitantes à Secretaria de Estado e um sistemainformático actualizado sobre os bens patrimoniaisafectos à Secretaria de Estado;

s) Desenvolver as acções necessárias para assegurar amanutenção das redes de comunicação interna e ex-terna, bem como o bom funcionamento e utilização dosrecursos informáticos;

t) Apresentar relatório anual das suas actividades;

u) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei.

Artigo 9.ºDirecção Nacional de Pesquisa e Política de Energia

Alternativa

1- A Direcção Nacional de Pesquisa Política de Energia Alter-nativa, abreviadamente designada por DNPEA, tem pormissão estudar e desenvolver políticas nas áreas da energiaalternativa

2- A DNPEA prossegue as seguintes atribuições:

a) Elaborar e analisar estudos e projectos, com vista adesenvolver a exploração e produção de energias paraa produção de electricidade e outros usos domésticos;

b) Estabelecer modelos de controlo e fiscalização bem co-mo normas reguladoras dos projectos que venham aser implementados nos termos da alínea anterior;

c) Elaborar estudos para estabelecimento de uma redeeléctrica na base do uso de energias alternativas;

d) Elaborar estudos e implementar políticas de redução dedependência energética, no sentido de minimizar o fluxode importação através da utilização de fontes de energiaalternativa;

e) Desenvolver programas de formação para os operadorese consumidores, no sentido de incentivar o consumode energias alternativas;

f) Propor e supervisionar projectos relacionados com ouso da energia alternativa para produção de electri-cidade e outros usos domésticos;

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2212 Série I, N.° 16

g) Elaborar propostas de legislação e regulamentação so-bre a matéria relativa À sua área de actuação;

h) Acompanhar o estabelecimento de tratados interna-cionais sobre a matéria, em coordenação com o Minis-tério dos Negócios Estrangeiros;

i) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 10.ºDirecção Nacional de Coordenação das Actividades de

Energia Renovável

1- A Direcção Nacional de Coordenação das Actividades deEnergia Renovável, abreviadamente designada porDNCAER, tem por missão estudar e desenvolver políticasnas áreas da energia renovável.

2- A DNCAER prossegue as seguintes atribuições:

a) Elaborar legislação que regule e unifique as actividadesde estudo, exploração e produção de fontes energéticasrenováveis;

b) Promover a redução de dependência energética, mini-mizando o fluxo de importação, através da utilização defontes de energia renovável;

c) Promover o aproveitamento hidroeléctrico de fins múl-tiplos para produção de energia e aproveitamento deágua;

d) Promover em coordenação com o Ministério da Agri-cultura a criação de animais e estruturas para a produçãode biogás;

e) Promover em coordenação com o Ministério daAgricultura o cultivo de plantas oleosas para a agro-energia, nomeadamente para a produção de biocom-bustiveis;

f) Regular a exploração das fontes de energia renováveis,contribuindo para a uniformização e integração dos vá-rios projectos a serem desenvolvidos, nesta área;

g) Assegurar o fornecimento de energia às populaçõesque vivem em zonas isoladas;

h) Preservar a riqueza energética do país, definindo epreservando “reservas obrigatórias”, tanto de energiasrenováveis como de energias não renováveis;

i) Criar regulamentação e incentivar os operadores na-cionais para que os mesmos venham a exercer um papelde relevo na exploração dos recursos energéticos;

j) Desenvolver padrões de segurança, com vista a garantira continuidade da exploração, produção, fornecimentoe abastecimento de energia;

k) Adaptar programas de investimento dos operadores de

redes eléctricas com vista a interligar a produção des-centralizada;

l) Acompanhar o estabelecimento de tratados internacio-nais sobre a matéria;

m) Adaptar programas de investimento para a produçãode energia;

n) Coordenar e supervisionar os projectos de produçãode todas as energias renováveis com vista à produçãode electricidade e outros usos domésticos, bem comopara a exportação;

o) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

SECÇÃO IIORGÃOS CONSULTIV OS E DELEGAÇÕES

TERRITORIAIS

SUBSECÇÃO IORGÃOS CONSULTIV OS

Ar tigo 11ºConselho Consultivo da Energia

1. O Conselho Consultivo da Energia, abreviadamente desig-nado por Conselho Consultivo, é o órgão colectivo deconsulta e coordenação que tem por missão fazer o balançoperiódico das actividades da SEPE.

2. São atribuições do Conselho Consultivo, nomeadamente,pronunciar-se sobre:

a) As decisões da SEPE com vista à sua implementação;

b) Os planos e programas de trabalho;

c) O balanço das actividades da SEPE, avaliando os resul-tados alcançados, e propondo novos objectivos;

d) O intercâmbio de experiências e informações entre todosos serviços e organismos da SEPE e entre os respectivosdirigentes;

e) Diplomas legislativos de interesse do SEPE ou quaisqueroutros documentos provenientes dos seus serviçosou organismos;

f) As demais actividades que lhe forem submetidas.

3. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:

a) Secretário de Estado, que preside;

b) Director-Geral ;

c) Directores Nacionais;

d) Chefe de Gabinete.

4. O Secretário de Estado pode convocar para participar nasreuniões da Comissão outras entidades, quadros ou indi-vidualidades, dentro ou fora da Secretaria de Estado, sem-pre que entenda conveniente.

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5. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vezpor mês e extraordinariamente sempre que o Secretário deEstado o determinar.

CAPITULO VDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 12.ºForma de articulação dos serviços

1. Os serviços da Secretaria de Estado devem funcionar porobjectivos formalizados em planos de actividades anuais eplurianuais aprovados pelo Secretário de Estado.

2. Os serviços devem colaborar entre si e articular as suasactividades de forma a promover uma actuação unitária eintegrada das políticas da Secretaria de Estado.

Artigo 13.ºDiplomas orgânicos complementares

Sem prejuízo do disposto no presente diploma, compete aomembro do governo responsável pela área da políticaenergética aprovar por diploma ministerial próprio aregulamentação da estrutura orgânico-funcional das direcçõesnacionais.

Artigo 14.ºQuadro de pessoal

O quadro de pessoal e o número de quadros de direcção echefia são aprovados por diploma ministerial do Primeiro-Ministro, do membro do Governo responsável pela área dasfinanças e pelo membro do Governo responsável pelaadministração pública, sob proposta do membro do Governoresponsável pela política energética.

Artigo 15.ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte à data dasua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em 16 de Janeirode 2008

O Primeiro-Ministro,

____________________Kay Rala Xanana Gusmão

Promulgado em 11-04-2008

Publique-se.

O Presidente da República interino

______________________Fernando La sama de Araújo

DECRETO-LEI Nº. 12/2008

de 30 de Abril

ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O Decreto-Lei nº 7/2007, de 5 de Setembro, relativo à estruturaorgânica do IV Governo Constitucional da RepúblicaDemocrática de Timor-Leste, determina que se estabeleçam osserviços e organismos que integram os diferentes Ministérios,designadamente o Ministério da Justiça, por forma a garantir odesempenho do Governo na concepção, execução, coordena-ção e avaliação da política aprovada para as áreas do Direito eda Justiça. O Ministério da Justiça tem necessidade de reformular a suaestrutura orgânica e reorganizar os seus serviços nos termosdo disposto na Estrutura Orgânica do IV Governo Consti-tucional e de acordo com a estrutura orgânica da função pública.

Assim,

O Governo decreta nos termos do nº.3, do art.115º daConstituição da República Democrática de Timor-Leste e doartigo 37º do Decreto-Lei nº7/2007, de 5 de Setembro, paravaler como lei o seguinte:

CAPÍTULO INatureza e atribuições

Artigo 1ºNatureza

1. O Ministério da Justiça é o organismo responsável pelaconcepção, implementação e coordenação da políticadefinida e aprovada pelo Parlamento Nacional e peloConselho de Ministros, para as áreas da Justiça e do Direito.

2. O Ministério da Justiça, no âmbito das suas atribuições,assegura as relações do Governo com os Tribunais, o Mi-nistério Público, o Conselho Superior da Magistratura Ju-dicial, com o Conselho Superior do Ministério Público, como Conselho Superior da Defensoria Pública, bem como comos demais agentes da área da Justiça e do Direito, desig-nadamente com a entidade representativa dos Advogados.

Artigo 2ºAtribuições

Constituem atribuições do Ministério da Justiça:

a) Elaborar os projectos de legislação e regulamentação dasmedidas normativas adequadas à prossecução das políticaspara as áreas da Justiça e do Direito, bem como asseguraro estudo, elaboração e acompanhamento da execuçãodessas medidas;

b) Assegurar, sempre que solicitado, a harmonização siste-mática e material diplmas legislativos;

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2214 Série I, N.° 16

c) Regular e gerir o sistema prisional, a execução de penas emedidas de segurança e os serviços de reinserção social;

d) Assegurar mecanismos de patrocínio e de apoio judiciáriopara os cidadãos mais desfavorecidos;

e) Criar e garantir mecanismos que assegurem o respeito pe-los Direitos Humanos

f) Promover a divulgação dos direitos e deveres de Cidadania;

g) Organizar e prestar serviços de administração e cadastro debens imóveis em todo território nacional e promover as me-didas de implementação necessárias à gestão do patrimónioimobiliário do Estado;

h) Estabelecer e garantir os serviços de registo e de notariado;

i) Assegurar a formação jurídica de quadros necessários parao exercício de funções na área da Justiça e do Direito.

CAPÍTULO IIEstrutura Orgânica

Secção IEstrutura Geral

Artigo 3ºEstrutura Geral

1. O Ministério da Justiça integra o Director Geral, o Gabinetepara a Inspecção e Auditoria, as Direcções Nacionais e osorganismos que actuam com autonomia técnica, sob tutelado Ministério.

2. São criados o Conselho Consultivo do Ministério da Justiçae o Conselho de Coordenação para a Justiça, órgãos con-sultivos do Ministério da Justiça.

Secção IIServiços da Administração Directa

Artigo 4ºServiços da administração directa

1. São serviços da administração directa do Estado:

a) O Director-Geral;

b) O Gabinete de Inspecção e Auditoria;

c) Direcção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação;

d) Direcção Nacional dos Direitos Humanos e deCidadania;

e) Direcção Nacional dos Registos e do Notariado;

f) Direcção Nacional dos Serviços Prisionais e de Reinser-

ção Social;

g) Direcção Nacional de Terras, Propriedade e ServiçosCadastrais;

h) Direcção Nacional de Administração e Finanças.

2. Os serviços previstos no número anterior são chefiados porum Director Nacional, directamente dependente do Ministroda Justiça.

Artigo 5ºDirector Geral

1. Compete ao Director Geral:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de acordocom o programa do Governo e com as orientações supe-riores;

b) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuaise planos plurianuais em função das necessidades;

c) Propor as medidas necessárias ao adequado funcio-namento do Ministério do ponto de vista organizativo;

d) Acompanhar em coordenação com o Gabinete do Minis-tro a execução dos projectos e programas de coope-ração internacional e assistência técnica e proceder àsua avaliação interna, sem prejuízo de outros meca-nismos existentes;

e) Realizar a coordenação das actividades com os doadorese com o Ministério do Plano e das Finanças;

f) Zelar pela eficácia, articulação e cooperação entre ser-viços e organismos do Ministério e demais instituiçõesno âmbito da Justiça e do Direito;

g) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas porlei ou delegadas pelo Ministro;

2. O Ministro destaca o apoio técnico e administrativo necessá-rios à execução das tarefas atribuídas ao Director Geral.

Artigo 6ºGabinete de Inspecção e Auditoria

1. O Gabinete de Inspecção e Auditoria é o serviço, dependentedo Ministro da Justiça, responsável pelo exercício da acçãodisciplinar e pela auditoria das Direcções Nacionais, doCentro de Formação Jurídica e da Defensoria Pública.

2. O Gabinete de Inspecção e Auditoria é chefiado por um Ins-pector e composto por dois sub-inspectores.

3. Para efeitos de remuneração, o cargo de Inspector é equi-parado ao cargo de Director Geral e o cargo de Sub-Inspec-tor ao de Director Nacional.

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Artigo 7ºCompetências do Gabinete de Inspecção e Auditoria

1. No âmbito das suas atribuições cabe, designadamente, aoGabinete de Inspecção e Auditoria:

a) Avaliar as actividades de gestão administrativa, finan-ceira e patrimonial de todos os serviços de tutela admi-nistrativa directa e indirecta do Ministério, nos termosda Lei em vigor;

b) Proceder à instauração e instrução dos processosdiscip-linares em relação a todos os funcionários doMinistério da Justiça, nos termos da Lei em vigor;

c) Realizar inspecções, averiguações, inquéritos e audi-torias, sem prejuízo das competências próprias da Ins-pecção Geral de Finanças;

d) Exercer as demais funções que sejam atribuídas por leiou delegadas pelo Ministro.

2. A Defensoria Pública enquanto instituição judicial, dotadade autonomia técnica, não está sujeita à acção disciplinardo Gabinete de Inspecção, Auditoria e Fiscalização.

Artigo 8ºAtribuições das Direcções Nacionais

1. As Direcções Nacionais executam as políticas da sua áreade competência sob coordenação do Ministro da Justiça.

2. Cabe às Direcções Nacionais promover as necessidades derecrutamento de pessoal do seu serviço, competindo à Di-recção Nacional de Administração e Finanças desencadeartodos os mecanismos necessários ao respectivo recruta-mento.

3. Os pedidos de aprovisionamento necessários à prossecuçãodas atribuições Direcções Nacionais, nos termos dosorçamentos previamente aprovados, são remetidos àDirecção Nacional de Administração e Finanças.

4. As despesas correntes dos serviços distritais das DirecçõesNacionais são garantidas pela Direcção Nacional de Admi-nistração e Finanças.

Artigo 9ºDir ecção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação

1. A Direcção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação éo serviço responsável pelo apoio jurídico ao Ministério daJustiça no âmbito da acção do Governo, bem como pelarealização de estudos de natureza jurídica e pela elaboraçãode projectos e actos normativos.

2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Asses-soria Jurídica e Legislação:

a) Elaborar projectos de actos normativos;

b) Estudar, dar parecer e prestar as necessárias informaçõestécnicas sobre projectos de actos normativos ou outrosdocumentos jurídicos que lhe sejam submetidos e quesejam da competência do Ministério da Justiça;

c) Proceder à investigação jurídica, realizar estudos dedireito comparado e acompanhar as inovações e actua-lizações legislativas;

d) Proceder ao acompanhamento e avaliação das políticaslegislativas nas áreas da Justiça e do Direito, nomea-damente no que se refere ao enquadramento social eeconómico;

e) Assegurar, sempre que solicitado, a harmonização siste-mática e material diplmas legislativos;

f) Criar e manter um arquivo relativo a todos os processosde elaboração legislativa produzidos no Ministério;

g) Criar e manter um centro de documentação jurídica;

h) Recolher e compilar a informação, tratar e divulgar osdados estatísticos da área da Justiça e do Direito;

i) Criar e manter um serviço de Tradução e Interpretaçãopara o exercício das competências do Ministério daJustiça;

j) Colaborar com entidades públicas e privadas, nacionaisou estrangeiras, da área da Justiça e do Direito.

Artigo 10ºDirecção Nacional dos Direitos Humanos e de Cidadania

1. A Direcção Nacional de Direitos Humanos e de Cidadania éo serviço responsável pela aplicação e cumprimento dosDireitos Humanos, pela divulgação e implementação dalegislação produzida no Ministério da Justiça e peloesclarecimento público dos direitos e deveres dos cidadãos.

2. Compete, designadamente, a Direcção Nacional dos DireitosHumanos e de Cidadania:

a) Promover políticas de divulgação dos Direitos Humanose dos direitos e deveres cívicos dos cidadãos;

b) Fazer respeitar os Tratados Internacionais que em maté-ria de Direitos Humanos tenham sido ratificados pelaRepública Democrática de Timor-Leste;

c) Coordenar a implementação do Plano de Acção Nacionalpara os Direitos Humanos;

d) Promover, em coordenação com a Direcção Nacional deAssessoria Jurídica e Legislação, as actividades nece-ssárias à implementação dos diplomas legislativos pro-duzidas pelo Ministério da Justiça;

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2216 Série I, N.° 16

e) Colaborar com entidades públicas e privadas, nacionaisou estrangeiras, da área da Justiça e dos Direitos Huma-nos.

3. A Direcção Nacional dos Direitos Humanos e de Cidadaniapode propor ao Ministro da Justiça, no âmbito das suascompetências, que sejam apresentados relatórios epropostas de resolução ao Conselho de Ministros.

Ar tigo 11ºDirecção Nacional dos Registos e do Notariado

1. A Direcção Nacional dos Registos e do Notariado é oserviço responsável pelo estudo e execução das políticasrelativas aos registos e ao notariado.

2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional dos Registose do Notariado:

a) Estudar, elaborar e divulgar projectos de legislação re-lacionados com as suas atribuições;

b) Promover e assegurar os serviços de registo civil, registocriminal, registo de pessoas colectivas sem fins lucra-tivos, registo predial, registo comercial e registo de bensmóveis sujeitos a registo;

c) Executar os procedimentos necessários relativos à iden-tificação civil, ao reconhecimento e atribuição da nacio-nalidade e emissão de passaportes;

d) Dirigir, inspeccionar e controlar as actividades notariale registral;

e) Proceder aos esclarecimentos necessários para a aplica-ção e execução da legislação elaborada no âmbito dassuas competências;

f) Propor a abertura ou o encerramento de serviços regis-trais e notariais de acordo com as necessidades regio-nais ou de concentração populacional;

g) Assegurar a conservação das instalações e o equipa-mento necessário ao funcionamento dos serviços dosregistos e do notariado;

h) Prestar colaboração às entidades competentes no registoeleitoral;

i) Promover a cooperação com os orgãos do Governo einstituições não governamentais para melhor execuçãodas suas tarefas;

j) Colaborar, no âmbito de sua competência, com entidadespúblicas e privadas, nacionais ou estrangeiras.

3. A Direcção Nacional dos Registos e Notariado pode criardelegações territoriais para garantir o desenvolvimento dassuas actividades.

Artigo 12ºDirecção Nacional dos Serviços Prisionais e de Reinserção

Social

1. A Direcção Nacional dos Serviços Prisionais e de ReinserçãoSocial é o serviço responsável pela definição, gestão e se-gurança do sistema prisional e do serviço de reinserçãosocial.

2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional dos Servi-ços Prisionais e de Reinserção Social:

a) Dirigir a organização e funcionamento dos serviços deexecução das penas e medidas de segurança privativasda liberdade dos reclusos;

b) Dirigir a organização e funcionamento dos serviços deeducação dos jovens reclusos;

c) Orientar a formação educacional e profissional dos reclu-sos e dos jovens reclusos, bem como fomentar as activi-dades económicas dos estabelecimentos prisionais;

d) Promover a reintegração social dos reclusos e dos jo-vens reclusos, assegurando a ligação com o respectivomeio sócio-familiar e profissional;

e) Organizar e manter actualizados os processos indivi-duais e ficheiros relativos aos jovens reclusos, aospresos preventivos, inimputáveis sujeitos a medidasde segurança e aos condenados em pena efectiva;

f) Efectuar a distribuição dos reclusos pelos estabele-cimentos prisionais e dos jovens reclusos pelos centrosde reeducação;

g) Elaborar os planos de segurança geral e específico dasinstalações prisionais e dos centros de reeducação eassegurar a sua execução;

h) Prestar assessoria técnica aos tribunais elaborando re-latórios e planos individuais para a concessão da liber-dade condicional, instrução de processos de indulto,libertação antecipada e medidas de flexibilização dapena;

i) Colaborar na avaliação da função punitiva e preventivada política prisional e de reinserção social;

j) Programar as necessidades das instalações e equipa-mentos prisionais;

k) Coordenar e orientar a formação profissional dos Guar-das Prisionais;

l) Colaborar, no âmbito de sua competência, com os res-tantes agentes dos serviços da Justiça e outras enti-dades relevantes.

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Artigo 13ºDir ecção Nacional de Terras, Propriedade e Serviços

Cadastrais

1. A Direcção Nacional de Terras, Propriedade e ServiçosCadastrais é o serviço responsável pela criação e admi-nistração de um sistema de informação relativo ao uso epropriedade de bens imóveis e implementação de umsistema eficiente de gestão do património do Estado.

2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Terras,Propriedade e Serviços Cadastrais:

a) Apoiar os departamentos governamentais na gestãodos bens imóveis do domínio público e do domínioprivado do património do Estado;

b) Promover as medidas necessárias para, nos termos daLei, iniciar os processos de recuperação do patrimónioimobiliário do Estado;

c) Promover a informação e accionar os procedimentosadministrativos que permitam solucionar os conflitosde posse e propriedade de bens imóveis;

d) Colaborar com as entidades judiciais e Instituições deresolução alternativa de litígios na resolução dosconflitos de posse e de propriedade de bens imóveis;

e) Administrar os bens imoveis que, nos termos da Lei, seconsiderem abandonados, perdidos ou revertidos afavor do Estado;

f) Criar um serviço geográfico nacional;

g) Criar um cadastro nacional de propriedade;

h) Preparar títulos de propriedade para posterior inscriçãono Registo Predial;

i) Colaborar, no âmbito de sua competência, com os restan-tes agentes dos serviços da Justiça e outras entidadesrelevantes.

3. A Direcção Nacional de Terras, Propriedade e Serviços Ca-dastrais pode criar delegações territoriais para garantir odesenvolvimento das suas actividades.

Artigo 14ºDirecção Nacional de Administração e Finanças

1. Direcção Nacional de Administração e Finanças é o serviçoresponsável pelo recrutamento de pessoal, peloaprovisionamento, pela gestão da logística e dos serviçosinformáticos de todas as Direcções do Ministério da Justiça.

2. Compete, designadamente, à Direcção Nacional de Adminis-tração e Finanças:

a) Elaborar o projecto de orçamento anual do Ministério,

de acordo com as instruções do Ministro da Justiça ecom os projectos de orçamento de cada serviço;

b) Executar e controlar as dotações orçamentais atribuídasao Ministério;

c) Garantir o inventário, a administração, a manutenção epreservação do património do Ministério;

d) Proceder às operações de aprovisionamento do Minis-tério;

e) Em coordenação com os restantes serviços, elaborar oPlano de Acção Nacional do Ministério, assim como osrespectivos relatórios;

f) Elaborar o quadro geral do pessoal do Ministério daJustiça e proceder ao respectivo recrutamento;

g) Processar as listas de remuneração dos funcionáriosdo Ministério da Justiça;

h) Desenvolver as estratégias para o aperfeiçoamentodos recursos informáticos dos serviços do Ministérioda Justiça e outro serviços do sector da Justiça;

i) Implementar e administrar os sistemas informáticos degestão do Ministério da Justiça;

j) Promover, dentro das suas atribuições, à capacitaçãoinsituicional de funcionários do Ministério;

k) Assegurar a manutenção e segurança de todos os equi-pamentos do Ministério;

l) Assegurar os serviços de vigilância do Ministério.

m) Colaborar, no âmbito de sua competência, com osrestan-tes agentes dos serviços da Justiça

Secção IIIOrganismos sob tutela administrativa

e autonomia técnica

Artigo 15ºOrganismos

São organismos dotados de autonomia técnica, sob tutela doMinistério da Justiça:

a) Defensoria Pública

b) Centro de Formação Jurídica

Artigo 16ºDefensoria Pública

1. A Defensoria Pública é o organismo responsável por prestarassistência jurídica, judicial e extrajudicial, integral e

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Página 2218 Série I, N.° 16

i) Promover e desenvolver actividades de estudo e de in-vestigação jurídica e publicação científica;

j) Promover o desenvolvimento e gerir a manutenção deuma biblioteca jurídica.

Secção IVÓrgãos Consultivos

Artigo 18ºConselho de Coordenação para a Justiça

1. O Conselho de Coordenação para Justiça é o órgão consul-tivo do Ministério para os assuntos da Justiça.

2. O Conselho de Coordenação para a Justiça é composto pe-lo Ministro da Justiça, que preside, pelo Presidente do Tri-bunal de Recurso e pelo Procurador-Geral da República.

3. O Presidente do Conselho de Coordenação para Justiça po-de, sempre que entender necessário, convocar quaisqueroutras entidades que, em razão da matéria, seja tido porconveniente auscultar.

Artigo 19º

Conselho Consultivo do Ministério da Justiça

1. O Conselho Consultivo do Ministério da Justiça é o órgãoconsultivo para os assuntos de organização interna doMinistério da Justiça.

2. O Conselho Consultivo do Ministério da Justiça é compostopelo Ministro da Justiça, que preside, e por todos osDirectores Nacionais dos serviços de administração directae indirecta do Ministério da Justiça.

CAPÍTULO IIIDisposições finais e transitórias

Artigo 20ºLegislação complementar

1. As estruturas orgânicas das Direcções Nacionais e dos or-ganismos sob tutela administrativa e autonomia técnicasão regulamentadas ou alteradas, por Diploma Ministerial,a aprovar pelo Ministério da Justiça, no prazo de noventadias após a entrada em vigor do presente diploma.

2. Os projectos de diploma referidos no número anterior esta-belecem a estrutura orgânica, as competências, a organi-zação interna e o quadro de pessoal de cada serviço ou or-ganismo.

Artigo 21º

Gestão Informática

Compete ao Ministério da Justiça, através da Direcção Nacionalde Administração e Finanças assegurar todas as necessidadesdos Tribunais e do Ministério Público para a área das tecno-logias de informação, até à integral formação da capacidade

gratuita, aos cidadãos com insuficientes recursoseconómicos.

2. Compete, designadamente, à Defensoria Pública:

a) Patrocinar e defender em acção judicial, nos termos pre-vistos na lei, bem como assegurar aos seus assistidoso direito ao contraditório e à ampla defesa;

b) Promover, extrajudicialmente, a conciliação entre aspartes em conflito de interesses;

c) Exercer, com prioridade absoluta, a defesa dos direitosda mulher, da criança, do idoso, da pessoa portadorade deficiência física ou mental e dos reclusos;

d) Actuar junto dos estabelecimentos policiais e peniten-ciários, visando assegurar o exercício dos direitos egarantias dos Reclusos e detidos;

e) Actuar junto dos órgãos de administração judiciária, emtodo o país;

f) Defender e patrocinar os direitos e interesses dos cida-dãos com insuficientes recursos económicos;

g) Informar a população sobre os seus direitos e prestarconsulta jurídica relacionada com os assuntos da suacompetência.

Artigo 17º

Centro de Formação Jurídica

1. O Centro de Formação Jurídica é o organismo responsávelpela formação e investigação nas áreas da Justiça e doDireito.

2. Compete, designadamente, ao Centro de Formação Jurídica:

a) Formar magistrados judiciais, em colaboração com orespectivo Conselho Superior;

b) Formar magistrados do Ministério Público, em cola-boração com o respectivo Conselho Superior;

c) Formar defensores públicos, em colaboração com o res-pectivo Conselho Superior;

d) Formar conservadores e notários;

e) Formar funcionários judiciais;

f) Formar os funcionários da Direcção Nacional dos Ser-viços Prisionais e de Reinserção Social;

g) Assegurar cursos de formação profissional para outrosfuncionários públicos na área do Direito e da Justiça;

h) Apoiar acções de formação profissional de advogados,em colaboração com a respectiva entidade represen-tativa;

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Quarta-Feira, 30 de Abril de 2008Série I, N.° 16 Página 2219

técnico-informática destas entidades.

Artigo 22ºQuadro de Pessoal

Os quadros de pessoal e de Direcção e Chefia são aprovadospor Diploma Ministerial do Ministro da Justiça e dos membrosdo Governo responsáveis pelas àreas das finanças e daadministração pública.

Artigo 23ºNorma revogatória

É revogado o Decreto de Governo nº3/2003 de 29 de Outubro,que prevê o Estatuto Orgânico do Ministério da Justiça.

Artigo 24ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da suapublicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, aos 12 de Marçode 2008.

O Primeiro–Ministro,

_____________________(Kay Rala Xanana Gusmão)

A Ministra da Justiça,

_____________________(Dra. Lucia M. B. F. Lobato)

Promulgado em 16-04-2008

Publique-se.

O Presidente da República interino

______________________Fernando La sama de Araújo