jornal da cidade | primeira edição

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Jornal da Cidade O NOVO JEITO DE FAZER JORNAL R$ 1,00 Ano 1 • Número 1 Penápolis, de 16 a 22 de abril de 2012 www.cidadedepenapolis.com.br Opnião Pensar o Desenvolvimento Pág. 2 Penápolis ganhará praça paradesportiva Pág. 3 CAP está a uma vitória do acesso ao Paulistão Pág. 8 Bienal do Livro reuniu crianças e jovens e deu novo folego para a literatura marginal

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Primeira Edição no dia 16 de Abril de 2012.

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Page 1: Jornal da Cidade | Primeira Edição

Jornal da CidadeO NOVO JEITO DE FAZER JORNAL R$ 1,00

Ano 1 • Número 1 Penápolis, de 16 a 22 de abril de 2012 www.cidadedepenapolis.com.br

OpniãoPensar o Desenvolvimento

Pág. 2

Penápolis ganhará praça paradesportiva

Pág. 3

CAP está a uma vitória do acesso ao Paulistão

Pág. 8

Bienal do Livro reuniu

crianças e jovens e deu

novo folego para a literatura

marginal

Page 2: Jornal da Cidade | Primeira Edição

2 | Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 JORNAL DA CIDADEopinião

JORNAL DA CIDADEDIRETOR DE REDAÇÃO: RICARDO FARIAJORNALISTA RESPONSÁVEL: RICARDO FARIA

Administração, Redação e Publicidade: Rua Antônio Francisco Rillo, 75 | Penápolis, São Paulo | 16300-000Telefone: 18 3652 8606 | E-mail: [email protected] Edição online: www.cidadedepenapolis.com.br

Estamos, aos poucos, retomando uma trajetória interrompida: a discussão pública acerca dos rumos do desenvolvimento brasileiro. Bloqueado desde os anos 1990 pela hegemonia do pensamento neoliberal, que não se preocupa com o futu-ro, esse debate ganha agora nova vitalidade, quando a crise internacional obriga o governo brasileiro a traçar novas estratégias de defesa de nossa economia e socie-dade, desta vez apostando em uma nova dinâmica do mercado interno, na am-pliação da capacidade de consumo das maiorias. A retomada da dis-cussão traz uma disputa en-tre distintos e importantes atores presentes na socie-dade brasileira. As grandes corporações transnacionais, os maiores grupos finan-ceiros, identificam desen-volvimento como sendo crescimento, e suas opera-

ções não visam o território em que operam, mas sim sua reprodução no cenário internacional, e levam as riquezas geradas no Brasil para o circuito financeiro internacional. O território, nessa concepção, é sua plataforma de acumulação. Não há preocupações com a qualidade de vida no lo-cal nem com a sustentabi-lidade ambiental. E se os fatores de produção ficarem mais baratos em outro lugar, então se mudam para lá. Já os pequenos e mé-dios empreendimentos não têm os mesmos objetivos. Eles são dependentes dos consumidores presentes em seu território e que nele vivem. Sua existência está condicionada à evolução da economia e da sociedade local. São a grande maioria, mais de 6 milhões de mi-cro e pequenas empresas. Outro setor impor-tante, outros atores, são

os 64% da população eco-nomicamente ativa que es-tão no setor informal de nossa economia, que em muitos casos se articulam de maneira cooperativa e solidária, e não se pautam por relações capitalistas de produção, pela exploração do trabalho, mas lutam pela sobrevivência contando com pouco apoio de políticas públicas para sua reprodução. A discussão sobre es-tratégias de desenvolvimen-to precisa acolher e articular em sua formulação esses distintos atores, mas subor-dinar os interesses de lucro à função social da propriedade e da produção, isto é, ao for-talecimento dos agentes que atuam e vivem no território. Articular esses dis-tintos atores na óptica da defesa do interesse público e do desenvolvimento do território é papel do Estado e significa uma ruptura com as políticas que apoiavam e financiavam as grandes cor-porações e o “livre merca-do”. Nunca houve o “Estado mínimo” preconizado pela doutrina do Consenso de Washington. O Estado sem-pre teve papel determinante para garantir as condições de reprodução dos interesses transnacionais no território. Agora a discussão é se o Es-tado pode cumprir outro pa-pel, atendendo à demanda de outros atores da sociedade.

Pernambuco, por exemplo, está vivendo um boom de sua economia – portos, estaleiros, polo petroquímico, construção civil etc. –; falta mão de obra especializada e o regime é de pleno emprego, mas não há qualquer preocupação com a questão social e ambiental. Ainda vigora a concepção de que crescimento é igual a desenvolvimento, mesmo que ele continue a gerar desigualdade e pobreza. Da mesma forma, nos-so plano nacional de energia precisa acelerar seus inves-timentos para garantir o su-primento e assim sustentar o crescimento econômico. Não saiu da pauta a construção de usinas nucleares e ter-melétricas, que atendem aos interesses de investimentos transnacionais, mas estão sendo questionadas na Eu-ropa como formas perigosas e ultrapassadas de enfrentar a questão, principalmente depois do acidente de Fuku-shima. O desastre ambiental modificou a política de mui-tos países, que suspenderam investimentos em energia nuclear e pretendem fechar as usinas em operação. Nós, não. Continuamos com os planos de antes, como se nada tivesse acontecido. A disputa pelas alter-nativas de desenvolvimento está na ordem do dia, poten-ciada pela necessidade de o

Brasil se defender da invasão de produtos mais baratos; de o Brasil se defender do “tsu-nami financeiro” mencio-nado pela presidente Dilma. São necessidades de curto, médio e longo prazos que precisam ser combina-das. Elas podem convergir para a criação de um novo modelo de desenvolvimento, como podem também man-ter a estratégia de facilitar os negócios das grandes em-presas. A questão não é téc-nica, mas política. A quem beneficiará o novo modelo? É possível continuar com a estratégia de manter as facil-idades para os grandes negó-cios e aumentar a renda e a capacidade de consumo dos mais pobres? Se a economia deixar de crescer ao ritmo dos últimos anos, vai aca-bar esse jogo em que todos ganham? Quais são os atores que podem impulsionar o surgimento de um novo modelo de desenvolvim-ento, este, sim, sustentável? Essas e outras per-guntas estão ganhando es-paço e importância na so-ciedade civil, estão sendo debatidas por grupos que buscam recuperar o papel da cidadania na definição dos rumos da nação. Bem-vindos os debates sobre as alterna-tivas de desenvolvimento!Silvio Caccia Bava é edi-tor de Le Monde Di-plomatique Brasil.

Pensar o desenvolvimentoSilvio Caccia Bava

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JORNAL DA CIDADE Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 | 3cidade

SECOM – PMP Ainda neste primeiro semestre do ano Penápo-lis contará com um espaço adaptado para que as pes-soas com deficiência pos-sam se exercitar. Trata-se da Praça Paradesportiva, com academia de ginásti-ca. A efetivação desse pro-jeto será possível graças a um convênio para re-passe de verbas que será celebrado entre a Prefei-tura Municipal e o Governo do Estado de São Paulo. O recurso para im-plantação da academia de ginástica virá da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Para tratar do convênio e dos benefícios que o mesmo possibilitará à população, esteve recentemente na ci-dade o Assessor de Gabinete para Educação Esportiva da Secretaria, o penapolense Vanilton Senatore, que foi recebido pelo prefeito João Luís dos Santos; pelo secre-

tário municipal de Esporte Lazer e Juventude de Pená-polis, Roberto Carlos Calez; e o vereador Caíque Rossi. Segundo informou o secretário Roberto Calez, a academia é composta de um kit com 11 aparelhos, sendo que o custo dessa aquisição é de aproximadamente R$ 60 mil. “Estes aparelhos de ginástica adaptados serão instalados na Praça Pa-radesportiva, cujo espaço destinado fica na avenida João Antonio de Castilho, na marginal do córrego Santa Leonor, em área privilegia-da da cidade”, contou ele. A Administração Municipal entregou toda a documentação para for-malização do convênio e, em seguida, a assinatura do mesmo, o Governo do Estado deverá autorizar o processo licitatório para aquisição dos equipamentos. Entre os aparelhos de ginástica adquiridos estão: máquina tríceps, máquina bíceps,

máquina de puxada alta, máquina de supino vertical, máquina de remada sen-tado, máquina de abdomi-nal, máquina twist, jogo de barras, giro de punho, paralelas e bicicleta de mão.

“Agradeço ao pe-napolense Vanilton Sena-tore, sempre parceiro do Mu-nicípio de Penápolis e uma das maiores autoridades pa-radesportiva do nosso país, o que nos honra muito, ao

vereador Caíque Rossi que, em conjunto conosco, apre-sentou o pedido inicial para implantação desse projeto em nossa cidade, bem como toda a equipe da Secretar-ia Municipal de Esportes”.

Penápolis ganhará praça paradesportiva

Prefeito João Luís em reunião com representante do Estado de SP Vanilton Senatore, secretário Roberto Calez e o vereador Caíque Rossi

Foto: Secom | PMP

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4 | Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 JORNAL DA CIDADEcidade

Imprensa | Câmara A Associação dos Deficientes Físicos de Pená-polis (Adefipe), conseguiu quarta-feira significativas aberturas em nível federal para a viabilização de bene-fícios. O avanço aconteceu em audiências em Brasí-lia com apoio do vereador Hugo Crepaldi (PDT). O pe-detista levou a presidente da Adefipe, Letícia Sader, para encontros que poderão via-bilizar desde a construção

da sede própria da entidade até recebimento de recur-sos para cursos de capacita-ção. Durante a reunião com a deputada federal Mara Gabrilli, em momento em que era discutida a necessi-dade de construção de sede própria da Adefipe, Hugo Crepaldi colocou a parla-mentar em contato telefôni-co com o prefeito João Luís dos Santos (PT), para tratar da doação de um terreno do município destinado à

futura obra da entidade. Mara Gabrili se comprom-eteu a tentar obter junto ao governo federal, R$ 200 mil para a construção. Segundo Hugo Crepaldi, o prefeito assegurou a doação de ter-reno à Adefipe na Marginal Santa Leonor. O local, além de privilegiada localização, favorece a entidade pela proximidade com o Termi-nal Rodoviário e previsão de instalação de uma aca-demia ao ar livre adaptada, conseguida pelo vereador Caíque Rossi (PSD).Hugo Crepali também acom-panhou a presidente da Ad-efipe em visita ao gabinete do deputado federal João Dado (PDT), com o qual ele já viabilizou a conquista do título de utilidade pública federal à entidade. Em outro encontro, o vereador e Letí-cia Sader estiveram no Con-selho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de De-ficiência (CONADE), ligado a Secretaria de Direitos Hu-manos. O contato permitiu

Vereador Hugo apoia Adefipe na busca de benefícios em Brasília

Vereador Hugo com a presidente da Adefipe, Letícia Sader e a deputada federal Mara Gabrilli, em Brasília

Foto: Imprensa Câmara à Adefipe conhecimento de meios para recebimento de recursos para capacitação de profissionais no atendi-mento às pessoas com de-ficiência. O benefício, pode ser direto entre o CONADE e a Adefipe. Os valores vão de R$ 50 mil a R$ 150 mil. “Agra-decemos ao vereador Hugo pelo apoio à Adefipe em Bra-sília. Foi uma oportunidade muito importante para a entidade”, diz Letícia Sader.Em continuidade de respal-do à Adefipe, Hugo Crepaldi agenda para os próximos dias audiência com a depu-tada estadual Célia Leão. Nas últimas semanas, ele tam-bém apresentou projetos de lei em defesa da catego-ria, como para atendimento preferencial para portado-res de deficiência e idosos nos estabelecimentos pú-blicos de saúde e aquisição de livros em braille pela biblioteca municipal. Hugo Crepaldi agradece o pre-feito pelo atendimento de doação de terreno à Adefipe.

Biblioteca terá palestra sobre Mediação de Leitura

A Biblioteca Pública Mu-nicipal “Prof. Fausto Ri-beiro de Barros” realiza no próximo dia 27, sexta-feira, às 19h30, a Palestra sobre Mediação de Leitura, que será ministrada pela edu-cadora do Museu de Lín-gua Portuguesa, Rita Braga.A palestra é voltada para todos os profissionais da cidade e região que trabal-ham com mediação de lei-tura e também para aqueles que têm interesse no as-sunto. “Os interessados devem fazer a inscrição o quanto antes, pois as vagas são limitadas”, orientou a bibliotecária Solange Chó-tolli. O evento é gratuito, porém, as inscrições pre-cisam ser feitas antecipada-mente, até o dia 25 de abril, na Biblioteca Municipal. A palestrante Rita Braga irá discorrer sobre o tema “Mediação, literatura e lei-tura no Museu da Língua Portuguesa”, quando fará a apresentação das práti-cas educativas relacionadas à leitura e à literatura no contexto do Museu da Lín-gua Portuguesa, com ênfase no processo de criação de atividades e materiais edu-cativos utilizados nas visitas às exposições temporárias.Rita Braga é graduada em Letras pela USP - Uni-versidade de São Paulo.

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JORNAL DA CIDADE Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 | 5mundo

Da Agência Lusa Brasília – O regime sírio advertiu que suas For-ças Armadas responderão a ataques intensificados dos rebeldes. As forças sírias bombardearam ontem o bairro de Khaldiyé, em Homs. “Os bombardeamentos a Khaldiyé intensificaram-se hoje de manhã”, disse Rami Abdel Rahmane, presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH),

com sede em Londres. Segundo Abdel Rah-mane, um avião de recon-hecimento sobrevoou o bairro durante o ataque, que atingiu também o bairro de Bayyada. Os dois bair-ros são controlados pelos rebeldes. O Exército sírio controla 70% de Homs, ter-ceira cidade da Síria, apeli-dada pelos opositores ao regime de Bashar Al Assad como “capital da revolução”. No sábado (14), o

Exército sírio já tinha bom-bardeado Homs, matando três civis. Em toda a Síria, 14 pessoas foram mortas. O cessar-fogo vigora desde quarta-feira (11). No entan-to, há relatos de violações da trégua cometidas por ambos os lados. Ativistas políticos informaram ainda que hoje houve confron-tos entre o Exército sírio e combatentes da oposição. Apesar de os com-bates terem baixado de in-

tensidade e de o número de mortes ter diminuído, o Exército sírio ainda não re-tirou os tanques das cidades, como prevê o plano do en-viado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan. “Desde o início da aplicação do plano Annan, não houve qualquer mu-dança no dispositivo militar e de segurança. As barreiras e os tanques continuam lá”, afirmou Abdel Rahmane. Seis observadores

das Nações Unidas já estão a caminho da Síria e devem chegar ao país hoje à noite. Eles fazem parte de um gru-po que tem como missão avaliar o cumprimento do cessar-fogo entre o regime de Damasco e os rebeldes. O envio de uma equipe avan-çada de até 30 observadores para a Síria foi aprovado on-tem (14) pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Regime sírio responderá a ataques intensificados dos rebeldes

Agência Brasil Brasília – A 6ª Cúpula das Américas encerrou ontem (15) suas deliberações sem consenso em dois pontos principais, relacionados à inclusão de Cuba em futuros encontros, o que tornou impossível a elaboração de uma declaração final acor-dada entre todos os chefes de Estado e de governo que se reuniram durante dois dias em Cartagena das Ín-dias, no Caribe colombiano.

Os Estados Unidos vetaram os parágrafos 17 e 18, referentes à inclusão de Cuba en futuras cúpulas e à necessidade de acabar com o bloqueio econômico e co-mercial da ilha. O Parágrafo 17 dizia textualmente: “os chefes de Estado decidem convidar a República de Cuba a participar da próxi-ma Cúpula das Américas, a realizar-se no Panamá”, e o Parágrafo 18 assinalava: “os chefes de Estado lembram com interesse as recen-

tes resoluções aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas relativas à necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico e com-ercial da República de Cuba”. Os dois parágrafos foram vetados pelos Esta-dos Unidos, que, durante as deliberações, tiveram apoio do Canadá e, em consequência, não foi pos-sível obter uma declaração consensual entre os países participantes da cúpula.

Cúpula das Américas termina sem consenso sobre inclusão de Cuba em futuros encontros

um memorando de enten-dimento para deixar as op-erações sob controle afegão. As operações no-turnas têm sido um foco de tensão entre as For-ças Armadas america-nas e o governo afegão. O presidente do Afe-ganistão, Hamid Karzai, afir-mou que a invasão de lares afegãos por tropas estrangei-ras vem elevando o apoio aos militantes rebeldes.

Agência Brasil Brasília – O gov-erno do Afeganistão anun-ciou ontem ter chegado a um acordo com os Estados Unidos pelo qual as auto-ridades afegãs assumirão a responsabilidade pelas op-erações noturnas de forças especiais contra rebeldes. Segundo um porta-voz do governo, o ministro da Defesa afegão e o coman-dante das forças norte-amer-icanas no país assinarão

Afeganistão anuncia acordo com os EUA sobre operações noturnas

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6 | Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 JORNAL DA CIDADEcultura

Daniella JinkingsAgência Brasil

Brasília – Como um retrato autêntico da vida nas periferias brasileiras, a literatura marginal vem ganhando espaço e con-quistando leitores, prin-cipalmente os jovens. “A literatura que eu escrevo vem de ruas que os anjos não frequentam, de pessoas que não têm voz”, diz o poeta Sérgio Vaz, referin-do-se à expressão literária e

estética da periferia. O tema foi destaque de um ciclo de debates realizado ontem, na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília, que reuniu escritores como Vaz, Ferréz e o rapper GOG. Autor de coletâneas de poemas que tratam do cotidiano da periferia de São Paulo, Vaz conta que se engajou nesse tipo de litera-tura por ser revoltado com a vida. Para ele, os livros sobre a realidade das “que-bradas” mostram como as

pessoas da periferia estão se tornando protagonistas de sua própria história. “An-tigamente, as pessoas escre-viam sobre a gente, eramos coadjuvantes. Hoje, somos nós que contamos a nossa história. A literatura é uma arte como outra qualquer e tem compromisso social.” Há mais de dez anos, Vaz criou o Cooperifa, um projeto social que busca dis-seminar a leitura entre as pessoas de comunidades de São Paulo. Durante o ano, são realizados saraus, oficinas e outras atividades culturais. Atualmente, 150 pessoas estão engajadas no projeto. “Começamos a dar uma fun-ção social para a literatura por meio da oralidade. Nós fazemos a gentileza de re-citar, e a pessoa faz a gen-tileza de ouvir. É uma ferra-menta para chegar ao livro.” A professora Aline Evangelista Martins acom-panhou a evolução do sarau da Cooperifa, em São Paulo

Literatura marginal ganha espaço e conquista leitores

A 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura defende o estímulo à leitura de crianças

Foto: Elza Fiúza | ABr

Foto: Elza Fiúza | ABr

O escritor Ferréz participa do debate sobre literatura periférica na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura

e o modo como os livros que tratam da realidade do gueto vem impactando as comunidades. “O grande mérito no trabalho deles [de escritores de literatura mar-ginal] é a democratização da leitura, da imagem do leitor, da quebra de estereótipo. [Eles] conseguem ampliar bastante as possibilidades e formar leitores onde muitas vezes a gente não consegue.” A literatura margin-al, que tem forte ligação com a cultura do rap e do hip hop, está atraindo cada vez mais os jovens. O estudante

brasiliense Fernando Borg-es, de 16 anos, viu na litera-tura uma forma de melhorar o comportamento e mudar de vida. “Eu bagunçava mui-to na escola, por isso, a pro-fessora me passou alguns contos do Ferréz [escritor de literatura marginal], e eu me inspirei. Tomei gosto pela leitura, porque, antiga-mente, eu não gostava de ler.” Morador da Cidade Estrutural, no Distrito Fed-eral, Fernando tornou-se es-critor e deve lançar um livro com textos, poesias e letras de música ainda neste ano.

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JORNAL DA CIDADE Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 | 7entretenimento

Nina afirma a Lucinda que não deixará nada atrapalhar o seu acerto de contas com a ex-ma-drasta. Carminha elogia a comida de Nina e todos em casa comemoram. Muricy e Leleco discutem por causa de Tessália. Jorginho acusa Lucinda de ter mentido sobre o paradeiro de Rita. Nina observa Max e Carminha juntos. Cadinho fica enciumado ao ver Alexia conversar com Ruy. Nina chora pensando em Jorginho. Lucinda en-contra Jorginho vagando e o leva para sua casa. Cadinho tenta interferir na conversa de Alexia e Ruy. Jorginho mente para Débora e sai do treino para procurar Nina. Adauto sequestra Muricy.

Penha, Cida e Rosário se conhecem na delega-cia à noite. O relógio começa a voltar para trás. Penha desperta na madrugada com a vinheta do programa do Gentil. Cida varre a entrada da casa. Rosário põe a mesa do café enquanto sonha com Fabian. Sidney se preocupa com a postura da filha ao servir o bufê no camarim do cantor. Penha comemora a construção do “puxadinho”, mas é surpreendida pela fiscalização. Naldo descobre que Socorro denunciou a construção e a repreende. Chayene exige que Penha vá ime-diatamente para sua casa, pois é noite de show com Fabian. Malaquias resolve colocar Dinha para servir o bufê do camarim. Rosário não gosta da decisão do chefe. Cida diz a Rodinei que não vai à sua apresentação no Pavilhão do Som, porque tem que ajudar com o noivado de Ariela.

Rodrigo se comove ao ver as fotos de Gracinha. Fernando reclama com Dimas sobre o descon-trole de seu primo. Zé desconversa quando Josué tenta descobrir se ele viajará com Valéria. Rodrigo pede para Kleber liberar Priscila para trabalhar na ONG. Melissa comenta com Rodrigo sobre a joia que ela pediu para Miriam lhe en-tregar. Beatriz sugere a Gabriel que esperem para revelar às famílias sobre seu relaciona-mento. Jacira conta para Valéria que Rodrigo beijou Miriam, mas ela não acredita. Rodrigo consegue acesso à ficha de Melissa como fun-cionária da empresa. Rodrigo convida Dimas, Fernando e Melissa para jantar em sua casa.

Laerte

Angeli

JIm Davis

QUADRINHOS

Tim Maia – Vale Tudo é o musical que fez explo-dir o nome Tiago Abrava-nel para a mídia e para os diretores. Todo mundo fi-cou de olho no rapaz de 24 anos, tanto que Glória Perez o convidou para fazer um papel em sua nova trama, Salve Jorge!, da Globo, mas ele confessa para O Fuxico que tem receio de ficar es-tigmatizado com o person-agem que lhe trouxe a fama. “Fico com um pou-co de receio de ficar mar-cado, mas encaro como um novo desafio fazer novos personagens. De qualquer forma sou muito grato ao Tim por este presente!”Informações - Site “O Fuxico”.

Tiago Abravanel teme ficar marcado como

Tim Maia

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8 | Penápolis, 16 a 22 de Abril de 2012 JORNAL DA CIDADEesporte

O atacante Fio dando o toque para fazer o quarto gol da goleada de 4x1 em cima do Noroeste, pela terceira rodada da 2ª fase, o Penapolense fica a uma vitória da A1.

Foto: Silas Reche

CAP vence Noroeste e fica a uma vitória do acesso ao Paulistão 2013

Ricardo Faria O Penapolense deu um importante passo rumo a divisão de elite do futebol paulista. Nesta manhã, 15, vence o bom time do No-roeste de Bauru por 4x1. Agora o CAP lidera o gru-po 3 com 7 pontos, segui-do por 4 pontos do rival.Para se classificar, basta a pantera da noroeste, venc-er o Norusca no próximo

sábado, 21, às 19h, no es-tádio Alfredo de Castilho, em Bauru. E torcer por um empate no jogo entre São Bernardo e Red Bull que jogam também no sába-do, às 18h, no Primeiro de Maio, em São Bernardo. O jogo começou bem para o Penapolense que logo aos 3 minutos abriu o placar com Santos que finalizou após rebote do

nos contras ataques do No-roeste. E aos 16 minutos, o time da casa, converte um pênalti com Luciano Gi-gante. E fio, aos 30, só to-cou para o fundo das redes, depois de ótima jogada de Niander e Guaru. O Nor-usca ainda acertou duas bolas na trave do goleiro Ricardo, mas ficou assim, CAP a uma vitória do acesso 4x1 em cima do Noroeste.

goleiro Nicolas. Mas o Nor-usca não se intimidou e aos 13 minutos, o time empatou com um belíssimo chute de Romarinho que colocou a bola no ângulo de Ricardo.Depois do gol, o CAP foi para cima do Noroeste e, aos 44, Guaru desem-pata a partida, após ótima jogada de Luciano Gigante. No segundo tempo, a pantera continuou jogando

Vôlei Futuro comemora ida à final e dá a receita: ‘Só te-mos de nos divertir’

Alexandre Gabriel Rodrigues globoesporte.com

Depois de ter dado um passo largo a vaga in-édita na final da Super-liga, os jogadores do Vôlei Futuro dizem que o título é um sonho possível. Ao lado de Ricardinho, Lore-na, que chegou à equipe no começo da temporada, se transformou no grande nome do time de Araça-tuba durante a competição. O oposto garante que, para a partida decisiva contra o Cruzeiro, não há mistérios. Não temos de mudar nada. Só temos de nos di-vertir. Nenhuma mudança, nenhuma pressão. Hoje, nós nos divertimos. O time jogou muito bem. Demos risadas em quadra. Nós nos diver-timos jogando vôlei. E é o que devemos fazer de novo.

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