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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA MARÇO/ABRIL 2011 Ano 52 • nº 1371

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Jornal da associação Médica Brasileira

Março/aBril 2011Ano 52 • nº 1371

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Conteúdo2 Editorial

3 Palavra do presidente

4 Entrevista com Antonio Geraldo da Silva

5 Entrevista com Guttemberg de Araújo

6 Residência Médica

7 Comissão de Assuntos Políticos

8 Gota a Gota

9 Defesa Profissional

10 Conselho Cientifíco

12 Simpósio de Atendimento à Vítimas de Desastre

14AMB comemora 60 anos

16Dia Nacional de Alerta

18 Educação Médica Continuada

19 Dependência Química

20 Câmaras Técnicas

22 Frente Parlamentar da Saúde

23Prêmio "Pesquisa Clínica"

24 Hospitalar

25 Internacional

26 Artigo: Estudar sempre!

28 Especialidades

29 Federadas

30 Jurídico

31 Agenda

32 Livros/Títulos

JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

MARÇO/ABRIL 2011ANO 52 • Nº 1371

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DIRETORIAPREsIDEnTE

José Luiz Gomes do AmaralPRImEIRO VIcE-PREsIDEnTE

José Carlos Raimundo BritosEgunDO VIcE-PREsIDEnTE

Newton Monteiro de BarrosVIcE-PREsIDEnTEs

José Luiz Dantas Mestrinho, Moacyr Basso Junior,Carlos David Araújo Bichara, Gutemberg Fernandes de Araújo, Wilberto Silva Trigueiro, Cléber Costa de Oliveira, Jésus Almeida Fernandes, Celso Ferreira Ramos Filho, Jurandir Marcondes Ribas Filho, Murillo Ronald Capella

sEcRETáRIO-gERAl Aldemir Humberto Soares

1º sEcRETáRIOLuc Louis Maurice Weckx

1º TEsOuREIROFlorisval Meinão

2º TEsOuREIROAmilcar Martins Giron

DIRETOREsAcADêmIcO

José Luiz WeffortATEnDImEnTO AO AssOcIADO

Jane Maria Cordeiro LemoscIEnTífIcO

Edmund Chada BaracatcOmunIcAçõEs

Elias Fernando MiziaraculTuRAl

Hélio Barroso dos ReisDAP

Robson Freitas de Moura DEfEsA PROfIssIOnAl

Roberto Queiroz GurgelEcOnOmIA méDIcA

Marcos Bosi Ferraz mARkETIng

Geraldo Ferreira FilhoPROTEçãO AO PAcIEnTE

Wirlande Santos da LuzRElAçõEs InTERnAcIOnAIs

Miguel Roberto JorgesAúDE PúblIcA

Florentino de Araujo Cardoso Filho.

www.amb.org.br

Associação Médica Mundial

DIRETOR REsPOnsáVElElias Fernando Miziara

EDITOR REsPOnsáVElAldemir Humberto Soares

cOnsElhO EDITORIAlAmilcar M. Giron, Edmund C. Baracat,José L. Gomes do Amaral, Luc M. Weckx, Florisval Meinão, José Carlos R. Brito, Hélio Barroso dos Reis

EDITOR ExEcuTIVOCésar Teixeira (Mtb 12.315)

cOlAbORAçãONatália Cesana, Helena Fernandes

DIAgRAmAçãO, EDITORAçãO E ARTESollo Comunicação

DEPARTAmEnTO cOmERcIAlFone (11) 3178-6809/6801

TIRAgEm60.000 exemplares

PERIODIcIDADEBimestral

ImPREssãODuograf

fIlIADO à AnATEcREDAçãO E ADmInIsTRAçãO

Rua São Carlos do Pinhal, 32401333-903 – São Paulo – SPTel. (11) 3178-6800Fax (11) 3178-6816E-mail: [email protected]

AssInATuRAAnual R$ 60,00; avulso R$ 10,00Fone (11) 3178-6800, ramal 130

2 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2009

EDITORIAL

2 JANEIRO/FE VEREIRO 2011

60 ANOS DE GLÓRIAS

Aldemir Humberto SoaresEditor Responsável

Nossa entidade maior acaba de completar 60 anos. Neste mais de meio século de existência, foi firme ao fiel cumprimento dos seus estatu-tos defendendo o médico em todas as instâncias, seja na área científica, técnica e associativa.

Em outubro, em conjunto com as festividades do Dia do Médico tere-mos oportunidade de comemorar esse tempo glorioso. Toda a sua traje-tória em defesa do médico e da medi-cina de qualidade para os pacientes estará reunida no livro “AMB 60 anos”, que vem sendo carinhosamen-te desenvolvido pelo Departamento Cultural, sob a liderança do diretor Hélio Barroso. A festa será completa-da com a cerimônia de posse da nova diretoria no centenário Teatro Muni-cipal de São Paulo.

Com o mesmo instinto mater-nal a AMB prossegue hoje com sua nobre missão de 60 anos atrás: a defe-sa da classe médica brasileira, sob os pilares da ética e da dignidade. Esta edição do Jamb traz exemplos da atuação da nossa entidade nessa linha: o movimento realizado em 7 de abril em defesa da saúde suple-mentar, que pode ser acompanhado nas páginas 16 e 17. O prestígio da entidade pode ser comprovado com a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que escolheu a nossa casa para assinar documento garantindo aumento no valor da bolsa e nas vagas de residên-cia médica no Estado.

No campo científico, a AMB, dentro do seu programa de Educa-ção Médica Continuada, lança novas aulas, desta vez abordando a sepse. Ainda com relação a este assunto, sugiro a leitura do excelente arti-go “Estudar sempre”, nas páginas 26 e 27, de autoria do ex-presidente do Conselho Federal de Medicina,

Edson Andrade. Ainda no campo científico, destacamos também mais dois eventos com envolvimen-to da AMB: o Simpósio de Atendi-mento a Vítimas de Desastres e o Fórum de Segurança na Condução de Motocicleta.

Por último, gostaria de destacar que, mais uma vez, a AMB volta a ter seu nome inserido na Hospita-lar 2011, de 24 a 27 de maio. Além de um estande – localizado na rua L, 35, no Pavilhão Vermelho – realiza-rá o Fórum de Qualidade em Medi-cina. Em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem, promoverá evento sobre boas práticas em saúde, que será uma prévia do 1º Fórum Brasileiro de Medicina da AMB e 2º de Enfermagem do Coren-SP, que ocorrerá de 4 a 7 de outubro, em São Paulo, compartilhando ainda outro estande, na rua M 23. Durante a Hospitalar, também serão realizadas as reuniões do Conselho Científico, Diretoria Plena e Conselho Delibera-tivo. Como se vê, aos 60 anos, a AMB renova a sua gloriosa história.

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Em 1988, a nova Constituição brasileira caracterizou o sistema de saúde do País, o SUS, definin-do os papéis dos setores público e privado, denominado “suplemen-tar” ou o dos “planos de saúde”. A regulação da saúde suplementar se inicia, entretanto, 10 anos depois, com as leis 9656/98 e 9961/2000, esta última, a que criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essas iniciativas, contu-do, não eliminaram insatisfações nem impediram a multiplicação de conf litos nessa área.

Nos mais de 11 anos seguintes, a ANS passou a cuidar das cober-turas e das garantias financeiras das operadoras de planos de saúde. As propostas da ANS voltadas para regulamentação passaram ao largo das relações entre médicos e opera-doras de planos de saúde. Ao verem coibidas as práticas abusivas que aplicavam aos usuários, as opera-doras passaram a reduzir os custos por meio da interferência na práti-ca clínica, restringindo interven-ções diagnósticas e terapêuticas. As lacunas no processo regulató-rio permitiram que, ano após ano, se ampliasse o descompasso entre reajustes aplicados aos “beneficiá-rios” e remuneração médica.

Na última década, a ANS tem autorizado reajustes dos planos individuais, em média, 2% acima da inf lação, o que resulta em acúmulo de 20% no período. Os planos cole-tivos (80% dos planos de saúde) são objeto de negociação direta e todos

Os médicos e a medicina suplementar

foram reajustados em valores subs-tancialmente superiores aos conce-didos aos individuais. Tal majo-ração, porém, não foi considerada com relação a eventuais reajustes na remuneração médica.

Em 1996, ao analisar diversos elementos que compõem o custo da consulta, a Fundação Insti-tuto de Pesquisas Econômicas (FIPE) chegou ao valor de R$ 29. Se esse montante fosse corrigido pela variação do salário mínimo, deveria ser R$ 130. Caso fosse pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seria R$ 70. As poucas operado-ras que reajustaram honorários médicos, dificilmente remune-ram as consultas acima de R$ 50. A situaçāo é ainda mais grave no que concerne aos procedimentos médicos. As empresas têm resisti-do a reajustar proporcionalmente os procedimentos médicos e quan-do o fazem aplicam reajustes aos que são menos frequentes. Assim, muitos médicos veem-se obrigados a limitar suas atividades no siste-ma de saúde suplementar.

Para solucionar tais graves distorções, a AMB propôs a utili-zação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimen-tos Médicos (CBHPM), que reúne os procedimentos tecnicamente qualificados e os hierarquiza, para trazer coerência e valorização ao trabalho do médico.

Foi criado recentemente, pela ANS, um grupo de trabalho para

buscar acordo entre operadoras e médicos. Nesta instância, as empresas recusaram-se a adotar a CBHPM e a considerar reajustes. Apesar de a Resolução Normati-va 71 da ANS exigir que contratos entre médicos e operadoras inclu-am cláusulas tratando de crité-rios para reajuste e periodicidade de sua aplicaçāo, essas empresas têm sistematicamente ignora-do essa obrigaçāo. Assim cresce a insatisfaçāo e o movimento em busca da regularização dos contra-tos se alastra pelo País.

É urgente reajustar consultas e procedimentos dentro de um processo de hierarquização que traga transparência à valorização do trabalho médico. O reajuste tem de ser regulado por contrato e bali-zado pela lógica de hierarquização incorporada na CBHPM. A ANS deve atuar como facilitadora desse processo, arbitrando os reajus-tes. Quando não for possível, deve participar ativamente do acordo com as empresas. Mais do que uma prerrogativa da ANS, esta é uma obrigação, que a sociedade espera que seja cumprida.

José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica Brasileira

Florisval MeinãoCoordenador da Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM

Florentino CardosoDiretor de Saúde Pública

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4 MARÇO/ABRIL 2011

EnTREvIsTA

Quase uma década após sua san-ção, a lei 10216 está sendo cum-prida de proteção e direitos de por-tadores de transtornos mentais?

R - Na prática, a lei 10.216, de 2001, tem sido continuamente descaracteriza-da. Seus efeitos, que deveriam beneficiar os pacientes, correm no sentido contrário porque o governo adota modelos equivo-cados. Nos últimos anos, a coordenação de saúde mental do Ministério da Saúde vem, por meio de portarias, tentando subtrair da assistência os princípios desta lei, que garante ao paciente o direito a “ter aces-so ao melhor tratamento, consentâneo às suas necessidades”. O melhor tratamento é o que o médico está capacitado a indicar. Mas o que vemos é a exclusão dos médicos e, especialmente, dos psiquiatras no plane-jamento e na linha de frente de atendimen-to dos pacientes. Os responsáveis pela área estão orientados por interesses ideológicos e corporativistas. Para atingir seus objeti-vos, ignoram critérios técnicos e científicos das decisões. A isso, somamos a política de desospitalização e despsiquiatrização do doente mental, considerando-o não mais como doente, mas como vítima ideoló-gica da sociedade e da medicina. Com a justificativa de “humanizar o tratamento”, grupos militantes na saúde mental com forte influência no governo pretendem reclassificar a doença mental como mero “sofrimento psíquico”, termo vago e ines-pecífico, cuja origem é social.

Recentemente, o senhor afirmou que “a orientação das políticas públicas na área é equivocada e o sucateamento da rede de atendimento é patrocinado pelo próprio governo há 20 anos”. Como aconteceu isso?

R - Infelizmente, a “reforma psiquiátri-ca” produziu desassistência e caminha para a construção de um sistema incapaz de oferecer atendimento médico de qualida-de. O governo generalizou os casos de má gestão e de mau atendimento em hospitais psiquiátricos para invalidá-los como servi-ço de saúde. Dessa maneira, sucateou todo um sistema de atendimento médico para privilegiar a chamada assistência comuni-tária representada pelos CAPS. Nos últimos

dez anos, o número de leitos psiquiátricos no país foi reduzido de 120 mil para menos de 36 mil, e não foi criada nenhuma alter-nativa para atender às pessoas que ficaram sem esses espaços. Não existe justificativa técnica nem ética para isso. O que a ABP reforça é a existência de uma rede de servi-ços integrada e hierarquizada, oferecendo um bom atendimento, com leitos em hospi-tais gerais e UBS, unidades de emergência, ambulatórios especializados, residências terapêuticas, atenção preventiva, CAPS e também hospitais especializados. Além disso, a oferta de CAPS é muito inferior ao fechamento de leitos psiquiátricos. E está provado que parte significativa destes centros não funciona como deveria. Agra-vando ainda mais as consequências desta distorção inaceitável, vemos agora que, na ausência de hospitais de custódia, pacien-tes que cumprem medida de segurança têm sido sistematicamente admitidos nos hospitais psiquiátricos. Ressalte-se ainda a preocupante carência de psiquiatras dian-te das demandas existentes. Isso talvez se deva, também, à relativização do papel do médico na assistência global em saúde mental.

A rede privada e a rede pública estão preparadas para atender o depen-dente de drogas? Há alguma substân-cia ilícita em que o número de usuários esteja crescendo ou que preocupe o senhor?

R - O equívoco na orientação das polí-ticas públicas fica evidente em momentos agudos como o que vivemos, com o aumen-to do consumo de drogas e a clara incapa-cidade do Estado em prestar atendimento aos dependentes químicos. Como não exis-te um planejamento inteligente e diante da necessidade de dar uma resposta para a opinião pública, o governo anuncia medi-das improvisadas e de eficácia duvidosa. A verdade é que não existe um local capaci-tado para dar conta do problema. Assim como nas demais áreas da saúde mental, é preciso definir um modelo terapêutico que utilize rede integrada e hierarquizada, cuja porta de entrada seja a unidade básica de saúde ou as emergências. A equipe deve estar treinada para o diagnóstico e para o encaminhamento do paciente. Há, ainda,

medidas essenciais que vêm sendo ignora-das, como políticas de prevenção de todas as drogas permanentes e de tratamento baseados em evidências científicas.

Algumas novelas tem discutido pro-blemas sociais, como o crack. As inser-ções facilitam o trabalho do médico?

R - Uma das principais missões da ABP é oferecer esclarecimento à população sobre os transtornos mentais e a importância de procurar ajuda médica. Neste sentido, enten-demos que a mídia pode ser uma importante ferramenta na luta contra o estigma, desde que as ações tenham o devido embasamento médico e se prestem para o efetivo esclareci-mento e conscientização da população.

Como o senhor pretende trabalhar para melhorar a situação dos psiquia-tras e do atendimento psiquiátrico no Brasil? A AMB pode contribuir de alguma forma?

R - A AMB pode contribuir sempre, pois tem várias ferramentas para tal e vem sempre respondendo quando é chama-da. A ABP concentrará esforços por uma urgente e eficiente reforma do modelo de assistência em saúde mental, que de fato beneficie a população. Para isso, urge uma mudança nas políticas públicas atuais, que, entendemos, devem incorporar os conhe-cimentos da psiquiatria moderna. Vamos lutar para abolir ideologias e o corporati-vismo vigente, e exigir que a saúde pública seja planejada com base em conhecimentos científicos validados pelas comunidades médicas brasileira e internacional e condu-zida por médicos comprometidos com o atendimento prioritário das necessidades do paciente, o que não é o caso hoje. A situa-ção atual tem a nossa resistência obstinada. Exigiremos reconhecimento compatível com nossa função primordial na promoção à saúde. Neste sentido, é muito importante nosso alinhamento com outras instituições médicas, como a AMB e também a Fenam e o CFM. Queremos aprofundar a integra-ção com as entidades, ampliando as alian-ças e multiplicando a representatividade. Com o engajamento e a contribuição de todos, poderemos aprimorar nossas ações e, consequentemente, melhorar os serviços prestados à população.

Antônio Geraldo da Silva

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Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria para a gestão 2010/2013 fala ao JAMB sobre os principas problemas que envolvem a psiquiatria em nosso país.

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EnTREvIsTA

Gutemberg Fernandes de Araújo

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Secretário Municipal de Saúde de São Luís desde 2009, o ex-presidente da Associação Médica do Maranhão e atual vice-presidente da região Norte –Nordeste da AMB fala ao Jamb sobre os principais problemas da saúde em seu Estado.

uma    responsabilidade sanitária dos municípios com o cumprimento efeti-vo das metas pactuadas.  

Como conciliar a carreira de médico, o associativismo e a política?

R - É uma questão de se aventurar a renovar o brilho, amanhecendo tantas vezes como o sol e mudando as ativida-des do brilhar como diz o famoso escritor Baltasar Gracián. São situações construí-das ao longo dos anos. Uma é dependente da outra com um  objetivo geral  comum. Todas as ações caminham firmemente para ampliar o respeito ao profissional, quer na sua valorização, melhores condi-ções de trabalho, uma situação estável e digna. Todos esses predicados levarão de uma maneira inexorável a um aten-dimento competente e digno ao cidadão. Além disso, uma busca incessante por um acesso sem obstáculos e de quali-dade à nossa população. Enfim, não há dificuldades. São ações  solidárias e não conflitantes.

Quais são as metas na área de saúde em são Luís para 2011?

R - Modernização da tecnologia de informação da saúde em todos os níveis, maior resolução da atenção básica, cria-ção de um centro de reabilitação, entre-ga de  três novas unidades básicas de saúde e uma unidade de pronto atendi-mento, início da construção do Hospi-tal Central de Emergência de São Luís, complemento da reforma das unida-des básicas de saúde, fortalecimento das ações de controle da dengue com a implementação do Plano de Contingên-cia da Dengue.

Quais são os principais problemas de saúde na cidade de são Luís?

R - São Luís apresenta dificulda-des em todos os níveis, mas um chama atenção: o atendimento de emergência. São Luís é responsável pelo atendimen-to de urgência e emergência de pratica-mente todo o Estado. Recebemos uma superdemanda de pacientes de outros municípios, mesmo de procedimen-tos básicos e de média complexidade. Tal situação leva a um descompasso entre a procura e a capacidade insta-lada, levando a uma superpopulação nos hospitais de emergência e sérios problemas no acolhimento e demora na resolução dos problemas. Temos dois hospitais de emergência com aproxi-madamente 300 leitos e ainda atende-mos em média quase 150 macas. Além dos problemas citados essa superpo-pulação de pacientes leva a um déficit de receitas sobrecarregando o muni-cípio de São Luís, que já emprega 23% da arrecadação com a saúde. Na aten-ção básica temos uma cobertura de 35% da Estratégia Saúde da Família. Estamos trabalhando para ampliá-la e torná-la mais resolutiva. Estas dificul-dades acima consequentemente levam a problemas na média complexidade que convive com estrangulamento nas internações, dificuldades de resolução de questões oncológicas, terapia renal substitutiva e   especialistas insuficien-tes em oncologia, psiquiatria, nefrolo-gia dentre outros.

Como o senhor avalia esse período que está comandando a secretaria de saúde de são Luís?

R - Avalio positivamente. Apesar das dificuldades anteriormente

citadas, tivemos avanços em todas as áreas. Entendo que a administra-ção pública deveria ter continuida-de. Entretanto, em muitos setores da saúde municipal estamos a reconstruir em vez de continuar. Nossas primeiras ações foram dotar as unidades de saúde com profissionais, sobretudo médicos. O segundo passo foi melhorar a infra-estrutura da rede. Nesse período, entregamos à população a primeira ressonância magnética de um hospital público no Maranhão. Reconstruímos, reformamos e ampliamos unidades de saúde, centro de especialidades odon-tológicas, maternidade da zona rural,  Hospital da Criança, este totalmen-te reformulado com construção de ambulatórios, unidade de cuidados intensivos, do Hospital de Emergên-cia - Socorrão II  com implantação de novos leitos, classificação de risco e reforma e ampliação da frota de veícu-los da saúde. Demos início à reforma das 42 unidades básicas de saúde com o objetivo de dar melhor condições de trabalho ao servidor e um melhor acolhimento ao usuário. Entretanto, ainda não é o suficiente. Trabalha-mos focados no fortalecimento da atenção básica e na questão de recur-sos humanos. Investir nas pessoas, qualificá-las e incentivá-las associado à melhor gestão da saúde tem sido a tônica. Temos a consciência dos desa-fios a ser superados como um melhor financiamento do sistema, asfixiado por necessidades crescentes e recursos escassos, melhora da gestão permitin-do gastar melhor o pouco disponível.  Ainda, sensibilizar os gestores para

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6 MARÇO/ABRIL 2011

REsIDênCIA MéDICA

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Aumento no valor da bolsa e mais vagas na residência médica

Assinatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no documento ampliando o número de vagas e o aumento no valor da bolsa paga aos médicos aconteceu na sede da AMB.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteve na sede da Associação Médica Brasileira na manhã do dia 1º de março para anun-ciar a ampliação do número de vagas de residência médica no Estado – de 4.848 para 5.051 vagas - e o aumento no valor da bolsa paga aos médicos residentes – de R$ 1.916,00 para R$ 2.338,00.

“É uma alegria muito grande vir à casa dos médicos brasileiros firmar este aumento, pois nos causa preocupação saber que o número de escolas médicas está maior e que São Paulo recebe um quarto dos médi-cos residentes do País, mas as vagas de residência não acompanham esse processo. É preciso complementar a educação para podermos oferecer à população uma medicina segura e de qualidade”, disse.

O secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, também veio

à entidade e anunciou que o acordo de educação médica continuada e distribuição de diretrizes assinado entre a AMB e a Secretaria de Saúde, firmado em 2007, será renovado.

“Ao assinar estes decretos, o gover-no de São Paulo não só trabalha na qualificação dos médicos paulistas, mas mostra a importância que a saúde tem ao oferecer uma política de qualidade para quem precisa mais”, disse Cerri.

“É uma satisfação recebê-los neste dia tão importante em que vemos firmadas ações que beneficiam a valorização do médico e a saúde da população. Estamos celebrando a ampliação das opções de capacitação médica”, disse José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB.

A mesa foi composta também por Edmund Baracat, diretor científico da AMB, e Linamara Battistella, secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência.

ResidentesO presidente da Associação Na -

cional dos Médicos Residentes (ANMR), Victor Lima, celebrou os aumentos dados pelo governo paulis-ta e frisou que tal medida derruba o argumento de que o aumento no valor da bolsa geraria diminuição de vagas.

“A ANMR aproveita este momen-to de aproximação entre o governo do Estado de São Paulo e os médi-cos residentes para solicitar ainda apoio formal à luta contra a extin-ção do direito à moradia dos médi-cos residentes. A USP já provou que fornecer moradia não é empecilho para a expansão de vagas e auxilia na melhoria dos programas, já que desobriga o residente de trabalhar em outros empregos. Isso resulta em um melhor aprendizado, e o que é mais importante, em um atendimento de maior qualidade aos pacientes”, disse Lima.

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MARÇO/ABRIL 2011 7

CAP

Reunida na sede da AMB no dia 24 de março, a Comissão de Assun-tos Políticos analisou 43 projetos de lei apresentados por deputados fede-rais e senadores em 2011. Destes, oito serão incluídos na Agenda Parlamentar da Saúde Responsá-vel. A reunião foi coordenada pelo representante da AMB, Luc Weckx.

O PL 396/11, por exemplo, que trata do fracionamento de medi-camentos, foi considerado impor-tante, pois os pacientes poderão comprar exatamente a dose indica-da pela prescrição médica, evitan-do assim sobras e a automedicação. Outros projetos que passarão a constar da Agenda são: PL 484/11, que trata do chamado exame do pezinho expandido e o PL 570/11, que dispõe sobre o acolhimento aos usuários do SUS que necessitam de tratamento em local diverso de seu domicílio.

Napoleão Puente de Salles, assessor parlamentar da AMB, CFM e Fenam, informou que a CAP está visitando todos os parla-mentares médicos que iniciaram a legislatura 2011-2015 com o intui-to de apresentar o trabalho desen-volvido, de acompanhamento de propostas na área da saúde e emissão de pareceres técnicos que subsidiam os relatores. Entre os meses de fevereiro e março, 29 deputados federais recebe-ram os representantes da CAP. “Levando em consideração que a bancada dos médicos é atualmen-te a segunda maior do Congres-so, com 45 deputados federais e 6 senadores, é muito importante esta aproximação que a CAP faz com os parlamentares, pois assim apresentamos nosso trabalho e nos colocamos à disposição para discutirmos projetos relativos à saúde”, disse Weckx.

CAP analisa projetos de lei e participa de audiência com parlamentares

A versão impressa de 2011 da Agenda Parlamentar da Saúde Responsável foi lançada no dia 18 de março, durante o I Encontro Nacional de Conselhos de Medici-na, em Goiânia (GO). Estão reuni-dos 140 projetos de lei que trami-tam no Congresso Nacional e são considerados prioritários para a classe médica e para a sociedade. Listados na Agenda, eles poderão ser acompanhados de perto pelos integrantes da CAP. A Agenda também está disponível online, no site das três entidades médicas.

- Que o PL 398/11, do deputa-do Enio Bacci, pretende restrin-gir a venda de bebidas alcoólicas e produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, a uma distância mínima de 200 metros das escolas públicas e privadas de ensino médio no país?

Você sabia?

Lançamento da Agenda

Parlamentar 2011

- Que o PL 471/11, do depu-tado Inocêncio Oliveira, proíbe o uso de equipamentos individuais de proteção de trabalhadores em saúde fora do ambiente laboral?

- Que o PL 578/11, da deputada Nilda Gondim, propõe a inserção

de mensagem informativa nas emba-lagens, frascos e recipientes de produ-tos que provocam cárie dentária?

- Que o PL 617/11, do deputado Marco Tebaldi, dispõe sobre a obri-gatoriedade do uso de giz antialér-gico nas escolas públicas e privadas?

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8 MARÇO/ABRIL 2011

� v E R B A C O M P L E M E n T A R

O Ministério da Saúde liberou, no mês de março, repasse financeiro complemen-tar no valor de R$ 3,35 milhões para 18 estados. Ao todo, 86 municípios, nesses estados, receberão R$ 35.000,00 cada um. Os recursos serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para os fundos municipais. O objetivo é custear ações de notificação, investigação, vigilância am-biental, controle de doenças, imunizações, sistemas de informação, supervisão, edu-cação em saúde, comunicação e mobiliza-ção social na área de vigilância em saúde

� I M P O s T O

As Secretarias de Estado da Saúde e da Fa-zenda assinaram resolução estabelecendo isenção da cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) para a importação de equipamentos médico-hospitalares, realizados por clínicas ou hospitais paulistas que ofereçam atendi-mento aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). As unidades que forem beneficia-das pela anistia fiscal precisarão apresentar à Secretaria da Saúde plano de trabalho para atendimento aos usuários do SUS, vinculado à aquisição dos equipamentos. A isenção de ICMS valerá para importação de aparelhos médicos sem similar produzido no país.

� T A L I D O M I D A

Depois de seis anos de discussão, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enfim fechou o cerco contra a talidomida: a resolução, que entrará em vigor no prazo de 90 dias, vai impor um controle mais rígido sobre a prescrição e o descarte desse medica-mento. A partir desse prazo, todas as reações adversas decorrentes do uso da talidomida deverão ser obrigatoriamente notificadas. Além disso - seguindo o exemplo usado nos maços de cigarro -, a embalagem do remédio e o folheto explicativo destinados aos médi-cos virão com uma imagem de uma criança acometida pela talidomida. Outra mudança

GOTA A GOTA

� " C I R u R G I A P E D I á T R I C A – M A n u A L P R á T I C O "

O cirurgião pediátrico e vice-presidente da AMB da região Nordeste, Wilberto Trigueiro, acaba de lançar o livro "Cirurgia Pediátrica – Manual Prático". Com 376 páginas, o manual relata a experiência do médico durante mais de 30 anos dedicados exclusivamente à cirurgia pediátrica e tem a colaboração de 27 médicos de renomada competência. O manual apresenta mais de 120 temas abordados de forma atualizada, objetiva e didática, com fotos coloridas e exames de imagem e foi editado pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e Conselho Federal de Medicina (CFM).

é o aumento do controle dos resultados do uso do medicamento e o acompanhamento do descarte ou da devolução das sobras, caso o paciente morra no período. O uso indevido do remédio na gestação está causando mal-formações nos braços e pernas dos bebês, entre outros tipos de deficiência física, desde o fim dos anos 1950, quando o problema foi revelado. No Brasil há, ao menos, 613 víti-mas. Estima-se que no mundo sejam 15 mil.

� C â n C E R D E M A M A E D E C O L O D O ú T E R O

A presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo investirá, até 2014, R$ 4,5 bilhões na prevenção, no diagnóstico e no tratamen-to do câncer do colo do útero e do câncer de mama. Um dos primeiros passos do progra-ma será implantar 20 novos centros especia-lizados no diagnóstico e no tratamento da fase inicial do câncer do colo de útero, em estados das regiões Norte e Nordeste. A pre-sidente ainda garantiu a criação de 32 novos serviços especializados para radioterapia e quimioterapia, e atualizar os equipamentos de 48 serviços em todo o Brasil.

� T R A n s P L A n T E s

O número de transplantes de medula óssea realizados no país cresceu 10,7% no ano passado. Ao todo, 1.695 cirurgias foram re-alizadas em 2010 contra 1.531 no ano ante-rior. Um comparativo com 2003 indica um crescimento de 74,3%. Atualmente, o Brasil possui 2 milhões de doadores cadastrados - o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). Em 2003, o cadastro brasileiro contava com apenas 49,5 mil voluntários. Dados mostram ainda que o número de transplantes de órgãos sólidos (coração, fí-gado, pulmão, rim, pâncreas) cresceu 7% no mesmo período. No ano passado, foram realizados 6.422 transplantes do tipo, con-tra 5.999 em 2009. Em 2003, foram realiza-dos 4.194 procedimentos - um aumento de 53,12%.

� P O R T A L

Está no ar, desde 15 de março, o novo por-tal corporativo da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Entre as reformu-lações, está o acesso facilitado às perguntas frequentes e aos canais de atendimento da agência, como forma de reforçar a integra-ção entre público e órgão. O novo portal (www.ans.gov.br) se vale ainda da com-pilação de toda a legislação do setor, com as referências de alterações e revogações marcadas no texto e áreas destinadas aos dois principais públicos da ANS: consumi-dor e operadoras de planos de saúde.

� M A n u A L A n T I B u L L y I n G

O comportamento bullying, violência escolar reali-zada entre estudantes, é um tema que tem se destacado com uma das principais preocupações de pais e educadores. O livro “Manual Anti-bullying”, de Gustavo Teixeira, tem por ob-jetivo a orientação de pais, profes-sores e profissionais de saúde mental na infância e adolescência sobre este grave problema comportamental.

� M A L D E P A R k I n s O n

Pesquisadores da Universidade do Colora-do, nos Estados Unidos, descobriram uma droga que impede a progressão da doença de Parkinson. Um gene, chamado DJ-1, pode aumentar a produção de antioxidantes, como a glutationa, para reduzir os efeitos debilitantes do excesso de oxigênio nas célu-las cerebrais. Além disso, a ativação do gene DJ-1 ajuda a eliminar as células de proteínas anormais que poderiam se acumular e ma-tar as células do cérebro. Mas, para converter essa descoberta em um tratamento prático para a doença de Parkinson, era necessá-rio encontrar um medicamento para ligar o gene DJ-1. Depois de testar várias drogas, a equipe descobriu que o fenilbutirato ativa o DJ-1 e conserva os neurônios dopami-nérgicos. Camundongos que receberam a droga mantiveram a capacidade normal de movimento durante o envelhecimento, não tiveram declínios na função mental e seus cérebros não acumularam a proteína que causa o Mal de Parkinson. Espera-se para os próximos meses os primeiros resultados da aplicação da droga em seres humanos, com vistas a verificar se a droga é segura e não gera efeitos colaterais danosos.

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DEfEsA PROfIssIOnAL

Diretores da AMB reuniram-se no dia 15 de março, na AMB, com representantes de defesa profissional das especialidades médicas. Dentre os assuntos debatidos, ganhou atenção especial o planejamento do movimento de mobilização pela saúde suplementar, ocorrido no dia 7 de abril (veja mais detalhes na páginas 16 e 17).

Roberto Gurgel, diretor de Defe-sa Profissional da AMB, pontuou quais são as reivindicações gerais dos médicos para que possam exer-cer as atividades de forma satisfató-ria: reajustes dos honorários médi-cos, tendo como base os valores da CBHPM edição 2010; regularização dos contratos conforme a Resolu-ção ANS nº 71/2004; e aprovação de projeto de lei que contemple a relação entre médicos e planos de saúde.

“O movimento do dia 7 foi um grande alerta às operadoras de que todos os médicos estão alinhados pelas mesmas reivindicações. A partir deste alerta começam as negociações, de acordo com os pleitos específi-cos de cada especialidade“, explicou Gurgel.

Florisval Meinão, 1º tesoureiro da AMB e coordenador da Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM, lembrou que a grande aspi-ração dos médicos é que os contratos com as operadoras de saúde conte-nham critérios claros e regulares de reajustes dos honorários.

“O movimento do dia 7 de abril foi apenas uma das etapas da estratégia de mobilização montada pela AMB, CFM e Fenam. Depois disso, entre maio e junho, os médicos devem

marcar reuniões com as empresas de planos de saúde e negociar os reajus-tes. A partir de julho, o movimento entra em outra fase, caso as reivindi-cações não tenham sido atendidas”, disse Meinão.

Também presente à reunião, o diretor de Saúde Pública da AMB, Florentino Cardoso, chamou aten ção

para a continuidade do movimento após o evento de abril.

“É importante que este movimento de defesa profissional continue regio-nalmente após o pontapé inicial dado pelas entidades nacionais. As sociedades de especialidade têm todas as condi-ções de capilarizar as informações até o médico da ponta”, frisou.

AMB debate defesa profissional com especialidades

Participação dos diretores de defesa profissional foi bastante ativa

Roberto Gurgel, Florisval Meinão e Florentino Cardoso coordenaram os debates

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CIEnTífICO

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A primeira reunião de 2011 do Conselho Científico da AMB ocor-reu no dia 17 de março, na sede da AMB. Representando a enti-dade estavam José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, Aldemir Soares, secretário-geral, e Edmund Baracat, diretor científico.

O primeiro item da pauta, informes sobre a residência médi-ca, foi apresentado por José Carlos Nicolau, representante da AMB dentro da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Nicolau informou que há uma solicitação dentro da CNRM para que as sociedades de especialidade

Conselho Científico em sua primeira reunião em 2011

indiquem, em cada estado, repre-sentantes que possam acompa-nhar os processos de avaliação dos cursos de medicina. A finalidade é que seja montado um banco de avaliadores.

“As sociedades têm que indi-car pessoas com conhecimento em avaliação médica, de todos os estados. Com isso, a CNRM provavelmente acionará direto a especialidade para fazer a avalia-ção, mas seria importante que a AMB também seja informada para que possa acompanhar. Seria interessante ainda que o avalia-dor sempre mande um relatório

para a sociedade, dando ciência do processo”, explicou Aldemir Soares.

“Se as sociedades não enviarem os nomes para o banco de avalia-dores, outros farão a avaliação pela sociedade. E isso não pode aconte-cer, pois é a especialidade médica quem fiscaliza o conteúdo progra-mático da residência”, finalizou Baracat.

A seguir, Eduardo de Souza Meirelles e Ana Patrícia de Paula, representantes da Socie-dade Brasileira de Reumatolo-gia, falaram sobre a Portaria nº 3443/10, que institui, no âmbito

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do Ministério da Saúde, a Câma-ra Técnica em Reumatologia. Uma das metas de trabalho do grupo é elaborar e instituir diretrizes clínicas relativas ao tratamento da doença, que serão elaboradas pela sociedade de reumatologia, em parceria com a AMB.

José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, informou ainda que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colo-cou em consulta pública propos-ta de incentivo à qualificação de prestadores de serviços na saúde suplementar.

“A princípio a proposta pode-rá valorizar o título de especialis-ta médico e os processos de atua-lização. De qualquer forma, as sociedades de especialidade devem ler cuidadosamente o documen-to e enviar à AMB comentários e sugestões”, disse.

Edmund Baracat frisou mais uma vez a importância de que todos os representantes de espe-cialidade que vêm ao Conselho Científico informem as respecti-vas sociedades sobre as solicita-ções e decisões tomadas durante a reunião.

Ao final, Aldemir Soares infor-mou também que o rol de proce-dimentos da ANS está novamente em consulta pública. Este ano as especialidades puderam enviar diretamente para os representan-tes da ANS sugestões para a nova listagem, mas poucas se manifesta-ram. Em todo caso, ainda é possí-vel enviar contribuições, pois a consulta só será aberta no mês de maio.

José C. Nicolau: informes sobre Residência Médica

Especialidade reuniram-se pela primeira vez em 2011

Eduardo Meireles: meta é elaborar diretrizes na área reumatológica

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sAúDE PúBLICA

Ocorreu entre 30 de março e 1° de abril, em São Paulo, o I Simpósio Inter-nacional de Atendimento a Desastres. O evento foi realizado pela AMB em parceria com a Associação Paulista de Medicina, Escola Paulista de Medi-cina/Unifesp, Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medici-na (SPDM), Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) e Socieda-de Portuguesa de Cuidados Intensivos.

Na cerimônia de abertura, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, SPDM, CMLP, ressaltou a importância da integração entre Medi-cina Civil e Militar. “Nesse momento em que os desastres tornam-se mais frequentes, é preciso reunir todas as valências nesse campo e mobilizar a sociedade.”

Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública da AMB, destacou que a realização do evento era um dia de

aprendizado. “Que as experiências trocadas aqui no dia de hoje se disse-minem pelo país e que juntos possamos enfrentar qualquer tipo de desastre.”

Para Walter Albertoni, reitor da Unifesp, São Paulo precisa de um hospital base para atendimento de vítimas de desastres. “A Unifesp está aberta para recebê-lo”, disse.

O evento foi dividido em ciclos de palestras que mesclaram a expe-riência de profissionais portugueses e brasileiros. Paulo Maia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cuida-dos Intensivos, proferiu palestra sobre a experiência portuguesa. Ele apresentou o plano de atendimento a desastres do Hospital Geral de Santo António da Universidade do Porto. “A triagem dos doentes é o aspec-to mais complexo do plano, pois é difícil definir quem será socorrido primeiro.” Maia também falou sobre

o uso de voluntários nesse tipo de emergência. “São bem-vindos, mas não podem entrar no sistema sem formação. Precisam ser treinados para saber como colaborar e partici-par integrando todas as forças.”

O tenente-coronel médico Eduar-do Camerini, diretor do Instituto de Fisiologia Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira, mostrou como funciona o departamento de Medicina Aeroespacial da Aeronáuti-ca e relatou a atuação da Aeronáutica no terremoto do Haiti em janeiro de 2010. “Além de resgatarmos os mili-tares brasileiros feridos, montamos um hospital de campanha que se tornou referência em Porto Princípe.”

O capitão de Mar e Guerra do 8º distrito naval José Amalth do Espíri-to Santo explicou que a Marinha não pode ser acionada como Defesa Civil, pois essa não é a função prevista em

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sIMPósIO

I Simpósio de Atendimento a Vítimas de Desastre

José W. de Figueiredo Miguel Jodas

Simpósio reuniu autoridades das áreas civil e militar

Carlos Eid Eduardo Camerini Domingos Hernandez José Amalth

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lei. “É necessário que as Forças Arma-das recebam o pedido por meio do Poder Central e que não haja prejuízo para as atividades de defesa do país.” Em 2008, foi criado o Centro de Medi-cina Operativa da Marinha, que visa transferir a experiência de guerra para os tempos de paz.

O 1º tenente médico José Walter Vieira de Figueiredo explicou a histó-ria do Hospital Militar de São Paulo. Também relatou que os soldados do Exército brasileiro feridos no Haiti foram trazidos para fazer reabilita-ção em São Paulo. Adiantou que, em breve, um grupo de soldados brasi-leiros participará de uma missão de paz no Equador para desarmar minas terrestres.

O capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo Miguel Jodas ministrou palestra sobre a experiên-cia dos bombeiros. Depois dos gran-des acidentes aéreos que ocorreram em São Paulo, Jodas fez um aler-ta. “Não existe plano de solução de desastre no Estado e na cidade. Outro acidente em Congonhas ou Cumbica geraria o caos, pois falta preparo com o entorno no gerenciamento da emer-gência.”

António Marques, médico do Hospital Geral Santo António, falou sobre planificação e resposta a desas-tres. Para ele é preciso treinar muitas vezes para aprender. “O aprendizado

deve ser no cotidiano e não no momento de catástrofe. Um bom plano deve ser resumido e de conhe-cimento de todos.”

Durante o evento, a AMB foi convidada por Domingos Hernan-dez, coordenador municipal do Siste-ma de Urgência e Emergências, para participar da elaboração do plano de desastre para a cidade de São Paulo. “É uma instância nova que nasceu depois da queda do telhado da Igreja Renascer em janeiro de 2009”.

Carlos Eid, coordenador do Sistema Médico de Atendimento às Calamidades no Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência, finalizou o ciclo de palestras. Na visão dele, as instituições civis devem unir

Alexandre Padilha, ministro da Saúde, discursou durante o I Simpó-sio de Atendimento a Desastres, em 30 de abril. “O tema desastres deixou de ser um exercício pontual

Paulo Maia; Antônio Marques; José Luiz Gomes Amaral, Florentino Cardoso; Carlos Secco e Humberto Machado

forças, porém é a Defesa Civil quem deve definir o escopo da ação. “As equipes precisam ter treinamento contínuo, exercícios fora do coti-diano e depois podem oferecer-se para atender vítimas em situação de desastre fora do país.” O dia foi encerrado com questionamentos da plateia. Gomes do Amaral afir-mou que haverá outros eventos para discutir o tema.

Nos dias 31 de março e 1 de abril, foram ministrados cursos práticos de preparação de hospitais para desastres e os princípios da Medici-na de Catástrofe. Veja as conclusões do evento no site da AMB – www.amb.org.br

Ministro da Saúde participa do evento

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e voluntário. Não pode ser tratado de forma ocasional. Morte em situ-ação de catástrofes, segundo a Orga-nização Mundial da Saúde, passou a ser o principal problema de saúde

pública no mundo.” Para o ministro, o Simpósio foi muito bem-sucedido, pois, além de debates, trata de capa-citação e treinamento. “Esse evento insere-se no momento que o Minis-tério está construindo uma proposta concreta de Força Nacional de Atendi-mento a Desastres. Precisamos ter um grau crescente de profissionalização nos vários níveis de saúde pública no país.” Segundo Padilha, os próximos passos do Ministério serão elaborar um protocolo nacional de enfrenta-mento de desastres e criar um progra-ma permanente de treinamento, apro-veitando a capacidade dos hospitais federais.

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sAúDE PúBLICACAPA

Convidam os profissionais médicos a participar do Fórum da

AMB: Qualidade em Medicina, a ocorrer no dia 25 de maio,

durante a feira Hospitalar.

Convidam também para visitar a HOSPITALAR 2011, maior

feira e fórum de saúde das Américas, a realizar-se de 24 a 27 de

maio, nos pavilhões Expo Center Norte - São Paulo.

Com informações qualificadas e interação entre os profissionais

das várias etapas da saúde, estes eventos vão agregar valor à

sua experiência diária no hospital e no consultório.

www.hospitalar.com

Dr. José Luiz Gomes do Amaral PresidenteAssociação Médica Brasileira

Dra. Waleska SantosPresidente Hospitalar Feira + Fórum

Convite

AMB prepara cerimônia de comemoração dos 60 anos

O ano de 2011 começou com uma série de eventos no sentido de comemorar os 60 anos da AMB, completados no dia 26 de janeiro.

O primeiro deles foi a organi-zação, pelo departamento cultural da AMB, de uma viagem cultural à Grécia (mais detalhes no Jamb Cultura). Outra ação comemo-rativa e destinada aos associados foi o lançamento do I Concurso

Nacional de Contos e Crônicas da AMB, cuja premiação maior será a publicação das obras ganhado-ras no Jamb Cultura. Aprovei-tando o tema escolhido pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense, “Sambar faz bem à saúde”, a AMB incen-tivou a participação da categoria nas alas destina-das aos médicos no desfi-le na Marquês de Sapu-caí. Também ficou a cargo do departamen-to cultural a criação do selo comemora-tivo ao sexagenário da entidade.

No entanto, a cerimônia oficial que marcará a comemora-

ção dos 60 anos da entidade ocorrerá por ocasião das festivida-des do dia do médico, no dia 22 de outubro, no Teatro Municipal, em São Paulo.

Nesse dia também acontece-rá a cerimônia de posse das novas diretorias da AMB e da Associação Paulista de Medicina, eleitas no pleito de 25 de agosto. A programa-ção deste evento ainda está sendo definida em conjunto com o ceri-monial do Teatro Municipal.

O evento ainda será palco do

AMB prepara cerimônia de comemoração dos60 anos

lançamento do livro comemorativo

aos 60 anos da entidade, cuja publi-

cação também está sendo coorde-

nada pelo departamento cultural

da AMB. A obra conta a história

pormenorizada da entidade nestas

seis décadas de existência.

“O que a AMB fez e faz pelos

médicos, pela sociedade, pela medi-

cina e pelo país é descrito em deta-

lhes nas páginas desta verdadeira

obra de arte”, conta Hélio Barroso

dos Reis, diretor cultural da AMB

e organizador da publicação. “Ela

demarca as principais ações e fina-

lidades da AMB, em áreas diversas,

como cultural, política, educativa e

histórica”, completa.

Quase 40 autores, entre direto-

res da AMB, médicos, historiado-

res e jornalistas participam desse

projeto que apresentará a trajetória

da entidade em várias ações tempo-

rais: o ontem, o hoje e o amanhã.

“É uma obra que está sendo

cuidadosamente elaborada. Toda

a história da entidade está disci-

plinarmente organizada de forma

a valorizar adequadamente suas

ações”, conclui Barroso.

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Convidam os profissionais médicos a participar do Fórum da

AMB: Qualidade em Medicina, a ocorrer no dia 25 de maio,

durante a feira Hospitalar.

Convidam também para visitar a HOSPITALAR 2011, maior

feira e fórum de saúde das Américas, a realizar-se de 24 a 27 de

maio, nos pavilhões Expo Center Norte - São Paulo.

Com informações qualificadas e interação entre os profissionais

das várias etapas da saúde, estes eventos vão agregar valor à

sua experiência diária no hospital e no consultório.

www.hospitalar.com

Dr. José Luiz Gomes do Amaral PresidenteAssociação Médica Brasileira

Dra. Waleska SantosPresidente Hospitalar Feira + Fórum

Convite

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MOBILIzAÇÃO

Associações médicas, conselhos de medicina, sindicatos médicos e associações de especialidade de todo o Brasil estiveram mobilizados no dia 7 de abril, em defesa da saúde suple-mentar. Nesta data, em que se come-morou o Dia Mundial da Saúde, os médicos suspenderam por 24 horas as consultas e a realização de proce-dimentos eletivos. Além disso, as enti-dades médicas organizaram reuniões, assembleias, passeatas e coletivas de imprensa para esclarecer a população sobre os problemas que os médicos enfrentam na saúde privada e cujos reflexos incidem diretamente no aten-dimento prestado aos pacientes.

Na cidade de São Paulo, a Asso-ciação Paulista de Medicina (APM),

Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) reuniram cerca de mil médicos em passeata pelo centro da capital (foto acima). Em coro, eles pediam por mais respeito e pelo fim da interferência e da exploração come-tidas pelas operadoras dos planos de saúde.

“Nunca houve uma mobilização tão grande como esta. Isso é prova de que os médicos da saúde suplementar não aguentam mais trabalhar com contra-tos irregulares, sem cláusula de reajus-te periódico como determina a ANS, e com tanta interferência dos planos de saúde. Estamos em constante mobiliza-ção para recuperarmos nossa dignidade profissional”, disse Florisval Meinão,

representante da diretoria da AMB e coordenador da Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM.

Os médicos reivindicam o reajuste dos honorários médicos tendo como balizador a CBHPM 2010; regulariza-ção dos contratos conforme a Resolu-ção ANS Nº 71/2004 e a aprovação de projeto de lei que contemple a relação entre médicos e planos de saúde.

Coletiva - A suspensão dos aten-dimentos foi precedida por uma cole-tiva de imprensa, no dia 5 de abril, na sede da AMB, em que compareceram jornalistas dos principais veículos de comunicação. Representantes das três entidades médicas nacionais esclare-ceram os motivos que culminaram

Médicos de todo o Brasil mobilizam-se em defesa da saúde suplementar

Cerca de mil médicos protestam no dia nacional de mobilização pelas ruas de São Paulo

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na mobilização e as etapas do movi-mento: depois do dia 7, serão iniciadas as negociações com os planos e em junho, após a avaliação dos resultados, deverão ser convocadas assembleias estaduais para definir as ações futuras.

“Este movimento pretende colo car às claras a difícil relação que temos com os planos de saúde e, acima de tudo, visa proteger a população vinculada à saúde suplementar”, disse Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública da AMB e represen-tante do presidente da entidade, ao abrir a coletiva.

Resultados - De acordo com os coordenadores de cada Comissão Esta-dual de Honorários Médicos, que nego-cia os reajustes de valores diretamente com as operadoras de planos de saúde, depois do alerta dado no dia 7, a maioria dos Estados já iniciou as tratativas com as empresas. As entidades têm enviado comunicados especificando os três prin-cipais itens de reivindicações dos médi-cos e, em algumas regiões, as comissões já têm agendado reuniões com os planos de saúde para o mês de maio.

Outro importante resultado foi a aprovação do requerimento apre-sentado pelo deputado Eleuses Paiva (DEM-SP), solicitando a realização de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara para discutir a atuação da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS). O anúncio foi feito no dia da coletiva à imprensa.

“Uma vez que foi deflagrado um movimento nacional, o Congresso passa a ter preocupação com o dese-quilíbrio econômico e com a quebra de autonomia que tem recaído sobre os médicos”, disse Paiva.

Foram publicadas ainda, nos respectivos Diários Oficiais Esta-duais, as Resoluções nº 237/11, pelo Conselho Regional do Espírito Santo, que sugere o valor de R$ 80,00 para consultas médicas e fixa como data-base o dia 1º de maio para reajuste, e a de nº 04/11, pelo Conselho Regio-nal de Pernambuco, que dispõe sobre os honorários médicos, tendo como referência a CBHPM. De acordo com os coordenadores das comissões destes Estados, as resoluções servirão como balizador nas negociações.

Coletiva de imprensa na sede da AMB

Médicos de São Paulo na escadaria da igreja da Praça da Sé

Florisval Meinão durante movimento em São Paulo

Deputado federal Eleuses Paiva fala aos médicos

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EDuCAÇÃO COnTInuADA

A Educação Médica Continuada da AMB lança mais um programa de aulas à distância. Trata-se do curso sobre sepse, elaborado em parceria com o Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS), responsável pela implementação da Campanha de Sobrevivência à Sepse no Brasil, com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A primeira parte do curso está estruturada em nove aulas. A cada semana dois novos temas serão lançados. Até o momento, estão

AMB lança aulas de educação médica sobre sepse

Temas abordados no curso de sepse

– Introdução – conceitos;– Epidemiologia; – Fisiopatogenia;– Importância da terapia precoce;– Abordagem do agente infeccioso;– Avaliação da hipoperfusão;– Reposição volêmica;– Uso de vasopressores;– Estratégias para implementação de protocolos de sepse nas instituições.

áreas: anestesiologia, cancerologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia torácica, cirurgia digestiva, cirur-gia pediátrica, cirurgia plástica, cirurgia vascular, clínica médica, coloproctologia, geriatria, gineco-logia e obstetrícia, hematologia, infectologia, medicina intensiva, medicina preventiva, nefrologia, neurocirurgia, ortopedia e trau-matologia, otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia, urologia.

De acordo com dados do ILAS, a sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva não-cardiológicas. Cerca de 18 milhões de óbitos são registrados anualmen-te em todo o mundo. Levando-se em conta os atuais dados nacionais, percebe-se que a mortalidade por sepse no país, mormente em hospi-tais públicos vinculados ao Siste-ma Único de Saúde (SUS), é muito elevada, oscilando em torno de 60%, bastante acima da mortalidade mundial. Esse fato, por si só, justifica o planejamento de ações voltadas a sua redução.

Acesse as aulas no item “Sepse” e faça seu cadastro: http://www.amb.org.br/emc/

disponíveis as lições “Introdução – conceitos” e “Epidemiologia”.

“O objetivo principal destas aulas é fornecer aos profissionais que atuam em terapia intensiva, medicina de urgência ou setores com alta incidência de infecções graves informações gerais e as diretrizes atuais do tratamento da sepse”, explica Leonardo da Silva, coordenador do Programa de Educação Médica Continuada.

Cada aula completa valerá 0,5 ponto na recertificação do título de especialista para as seguintes

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DEPEnDênCIA QuíMICA

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Entre 1998 e 2008, os óbitos por acidentes de trânsito aumenta-ram 23,9%. Enquanto as mortes de ocupantes de automóvel duplicaram, de caminhão triplicaram e de ciclistas quadruplicaram, as mortes de moto-ciclistas aumentaram 754%. Homens

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AMB cria Fórum Permanente de Segurança na Condução de Motocicleta

AMB participa de audiência pública sobre crack no Senado

para discutir álcool, drogas e crack, cuja presidência está a cargo do médi-co psiquiatra Ronaldo Laranjeira.

A audiência fez parte de um ciclo de debates de três dias destina-do a discutir o uso disseminado do crack sob os aspectos social, segu-rança pública, legislação e saúde pública/ tratamento. Os proponen-tes dos debates foram os senadores

Welington Dias, Waldemir Moka, Ana Amélia e Vanessa Grazziotin.

Participaram ainda Carlos Vital Corrêa Lima, representando o CFM; Emmanuel Fortes Cavalcanti, repre-sentando a Associação Brasileira de Psiquiatria; Padre Haroldo Rahm, da Instituição Padre Haroldo; e frei Hans Stapel, representante da Fazenda da Esperança.

representam 75% dos compradores e as ocorrências fatais concentram-se na faixa etária dos 16 aos 30 anos.

Em 1970, as 62 mil motocicletas registradas no país representavam 2,4% do total de veículos motorizados. No ano passado, eram 16,5 milhões

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de unidades, representando 25,5% dos veículos motorizados. Segundo a Asso-ciação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, 86% do mercado é formado por motos que custam até R$ 6 mil com cilindrada inferior a 150cc.

O que os médicos podem fazer para reduzir o peso dessa tragédia? Com o intuito de debater o assunto, a AMB criou o Fórum Permanente de Segu-rança na Condução de Motocicleta.

“É necessário uma visão mais clara de todos os aspectos envolvidos no problema. Isso inclui a percepção do médico que cuida das vítimas de acidentes de trânsito nos pronto-socorros, salas de cirurgia e nas unidades de reabilitação. Também é preciso ouvir a opinião dos motoci-clistas que diariamente se expõem a esses riscos”, explica José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB.

Motociclistas reunidos na AMB com o presidente José Luiz Gomes do Amaral

O presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, foi um dos deba-tedores na audiência pública requeri-da pela Subcomissão Temporária de Políticas Sociais sobre Dependentes Químicos de Álcool, “Crack” e Outras Drogas, no dia 20 de abril, no Senado, em Brasília (DF) (foto ao lado).

“Enfatizamos que, para conter o avanço do crack no país, é necessário um esforço conjunto entre as diversas esferas envolvidas para reorganizar as estruturas de atendimento aos usuá-rios e capacitar os profissionais de saúde de todas as áreas”, disse Amaral.

Ele destacou também que as políti-cas de saúde pública e o tratamento de dependentes do crack devem ter como foco a reinserção social, criando opor-tunidades de estudo e trabalho para os indivíduos em tratamento.

O presidente da AMB citou ainda que a entidade criou uma comissão

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CâMARAs TéCnICAs

Câmara debate com ANS revisão da rol

Após reunião com a ANS, a Câmara Técnica da CBHPM passou às avaliações das solicitações encami-nhadas pelas sociedades de especiali-dade. O Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasi-leira de Cardiologia solicitou a inclu-são dos seguintes procedimentos: ecodopplercardiograma com estres-se físico, ecodopplercardiograma sob estresse físico ou farmacológico com contraste, ecodopplercardio-grama com avaliação do sincro-nismo cardíaco, ecodopplercardio-grama para ajuste de marcapasso,

Fenasaúde apresenta proposta de incorporações dos portes da CBHPM

honorários médicos. De qualquer forma, esta é uma ótima conquista pois a Fenasaúde é responsável hoje por grande contingente do mercado”, disse Florisval Meinão, 1º tesoureiro da AMB e representante da enti-dade na ANS.

A AMB solicitou ainda que seja firmado o compro-misso anual de que todos os contratos de trabalho sejam adequados à Resolução ANS nº 71/04, que determina que os critérios de reajuste sejam claros e periódicos.

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ecodopplercardiograma intracardía-co. Todos foram aprovados.

Já a Associação Brasileira de Otor-rinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Fa-cial solicitou a inclusão do procedimento sinusotomia frontal intranasal com balão por videoendoscopia, que a princípio foi autorizado, mas a sociedade deverá encaminhar às operadoras uma relação de procedimentos excludentes. Por fim a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia conseguiu que o procedimento “teste de fibronectina fetal – indicador bioquímico para parto prematuro”, fosse incluso na CBHPM.

Na quarta-feira, dia 16 de março, durante reunião do grupo de trabalho de honorários médicos da ANS, ocorrida no Rio de Janeiro (RJ), a Fenasaúde apresentou proposta de hierarquização dos procedimentos de acor-do com a CBHPM.

O trabalho de migração, porém, será feito em duas etapas. A previsão é que esteja terminado em dois anos, devido ao impacto financeiro que causará.

“Solicitamos que nesse período de migração de portes não haja, em hipótese alguma, redução nos

Na reunião da Câmara Técnica da CBHPM, ocorrida em 11 de março e coordenada por Amilcar Giron, representantes da ANS esclareceram uma nova etapa no processo de revi-são do rol de procedimentos médicos, com o intuito de aproximar a agên-cia das sociedades de especialidade. (Foto ao lado)

“Foi solicitado a cada sociedade que enviasse à AMB uma planilha com os procedimentos prioritários que poderiam constar do novo rol, detalhados da seguinte forma: nome do procedimento, descrição, custo, disponibilidade, diretrizes e referên-cias. Assim, a ANS terá a percepção do que cada área considera impor-tante”, explicou Giron.

De acordo com Martha Oliveira, gerente geral de Regulação Assistencial da ANS, antes de o rol de procedimen-tos ser colocado em consulta pública, as sociedades de especialidade tiveram a oportunidade de enviar, via AMB, quais eram as demandas mais importantes.

“Pela análise prévia que fizemos do material recebido, muitos dos procedimentos listados realmente são importantes, mas outros já estão no rol com nomenclatura diferente ou ainda não estão nem na CBHPM. Isso tudo será levado em conta no momen-to da revisão”, explicou Martha.

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Implantes discute unificação de nomenclatura

Avaliação de Tecnologias aprova novo formulárioNo dia 25 de fevereiro, a Câma-

ra Técnica de Avaliação de Tecno-logias em Saúde da AMB debateu mais alguns pontos sobre o proces-so de trabalho do grupo. A reunião foi coordenada por Marcos Bosi Ferraz, presidente da CT.

Desta vez, Wanderley Bernar-do, representante da AMB e coor-denador do Projeto Diretrizes, apresentou dois formulários volta-dos para a fase 3 dos trabalhos, ou seja, para a avaliação que as Socie-dades de Especialidade deverão fazer de cada artigo científico indi-cado como balizador da tecnologia em questão.

“Os formulários são pautados em critérios universais e servem apenas como roteiro para facilitar a avaliação crítica dos estudos e consequentemen-te o sustento da evidência para a tecno-logia em questão”, explicou Bernardo.

Os documentos foram aprovados pela CT e já estão disponíveis na página da AMB. Outro ponto discutido foi em relação ao envio dos nomes dos avalia-dores indicados pelas Sociedades. A lista parcial também está disponível no site.

Durante reunião da Câmara Técni-ca de Implantes, realizada no dia 11 de março (Foto ao lado), Joselito Pedrosa, representante da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), apresen-tou o passo a passo do modo como se obtém o registro e como é feito o contro-le de mercado dos produtos de saúde.

Pedrosa falou ainda sobre como é possível realizar o rastreamento destes itens e informou que a Anvisa está preparando uma resolução sobre eventos adversos, que deverá entrar em consulta pública em breve.

Sobre o trabalho conjunto que a AMB e Anvisa começaram a desenvolver no ano passado, o representante da Anvi-sa esclareceu que, devido a reformulações internas, ocorreram alguns atrasos, mas que está em curso a produção de uma nomenclatura que irá formatar implan-tes com procedimentos médicos. “Esta nomenclatura será submetida aos parcei-ros da Anvisa, dentre eles a AMB”, expli-cou Luc Weckx, coordenador da Câmara Técnica de Implantes.

Outro ponto da pauta foi em relação

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ao trabalho com o Ministério da Saúde. A consultora da Câmara Técnica, Patrí-cia Medina, relatou a visita feita no mês de outubro ao Ministério a fim de que fosse apresentada a intenção da CT em trabalhar com a mesma nomenclatura de órteses e próteses tanto para a saúde suplementar como para o SUS.

No entanto, em virtude da transição de governo, o assunto não foi mais discu-tido. “A Câmara Técnica enviará carta à coordenadoria geral de média e alta complexidade do Ministério solicitando

a nomeação de um novo representante para a próxima reunião”, disse Weckx.

Por fim, Sérgio Madeira, represen-tante da Associação Brasileira de Impor-tadores e Distribuidores de Implan tes, discorreu sobre os custos reais e extras envolvidos no mercado de órteses e próteses. Para que o debate seja aprofun-dado, serão convocados para o próximo encontro representantes de hospitais, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outros segmentos envolvidos.

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fREnTE PARLAMEnTAR

A Frente Parlamentar da Saúde (FPS), uma das mais representativas e importantes do Congresso Nacional, composta por mais de 250 deputados e senadores, tem nova diretoria para o período 2011/2013. O deputado Darcí-sio Perondi (PMDB-RS) foi mantido na presidência enquanto que o ex-presi-dente da AMB e deputado federal, Eleuses Paiva (DEM-SP), foi escolhido para a vice-presidência juntamente com Marcus Pestana (PSDB-MG) e João Ananias (PCdoB-CE).

Segundo Perondi, a Frente Parla-mentar da Saúde é diferente de todas as outras, pois trabalha como um colegiado, dentro de um sistema democrático, onde as entidades do setor de saúde também têm voz.

Frente Parlamentar da Saúde elege nova diretoria

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“Nós trabalhamos com o maior tesouro, que é a vida. Estamos todos juntos, parlamentares e entidades nacionais, neste grande desafio, que é a defesa intransigente do Sistema Único de Saúde e a valorização do profissio-nal do setor. Aqui somos o Partido da Saúde”, destacou Perondi. O parlamen-tar ressalta que, desta vez, estão inscri-tos na FPS 30 senadores e 12 ex-secretá-rios estaduais de saúde, que conhecem na ponta os problemas do setor.

“O grande desafio da Frente será a regulamentação da Emenda 29, que fixa os valores mínimos a se investir em Saúde pela União, pelos Estados e pelos municípios. Precisamos trazer mais recursos para o Sistema Único de Saúde”, afirma Eleuses Paiva.

Eleuses Paiva

Darcísio Perondi

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PRêMIO

Gustavo Kesselring, ex-represen-tante da AMB na Comare (Comis-são Técnica Multidisciplinar e de Atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, recebeu em 30 de abril o Prêmio de Sócio Hono-rário 2011 concedido pela Academia Americana de Investigadores e de Pesquisa Clínica.

A distinção foi entregue durante a Conferência Global de Profissio-nais de Pesquisa Clínica, que ocor-reu em Seatle, Estados Unidos.

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Kesselring é premiado por trabalho com pesquisa clínica

Kesselring recebe o prêmio

“Essa homenagem é prestada anualmente em distinção a pesso-as que tiveram uma contribuição marcante para medicina farma-cêutica”, explicou Jonathan Seltzer, presidente da Academia.

“O prêmio é o reconhecimen-to do trabalho que tenho feito no Brasil nos últimos 24 anos e também traduz a crescente importância do país no cenário internacional da pesquisa clínica”, disse Kesselring, que foi o primeiro brasileiro a rece-ber a condecoração.

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HOsPITALAR

AMB na Feira+ Fórum Hospitalar 2011Qualidade em Medicina é o foco das atividades da AMB na

Feira + Fórum Hospitalar 2011, maior evento de saúde da

América Latina, que acontecerá de 24 a 27 de maio, no Expo

Center Norte, em São Paulo.

Os eventos realizados pela AMB na Hospitalar são gratuitos, não precisam de confirmação, mas as vagas são limitadas.

Com intuito de aprofundar o tema Qualidade em Medicina com os diretores e representantes das Sociedades de Especialidade, a AMB promoverá reunião da Dire-toria Plena e Conselho Deliberati-vo na tarde de 25 de maio, no audi-tório 1A. O tema também estará na pauta da reunião do Conselho Científico que acontecerá em 26 de maio, no auditório 15.

Em 26 de maio, no auditório 14, a partir das 8h30, a AMB, em parceria com o Conselho Regional de Enfer-magem de São Paulo, promove encon-tro sobre boas práticas em saúde.

O evento será uma prévia do 1º Fórum Brasileiro de Medicina da AMB e do 2º Fórum de Enferma-gem do COREN-SP, que ocorrerá entre 4 a 7 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. Além da apresentação do programa do Fórum, haverá um estande na Rua M 23 do Pavilhão Vermelho dedicado ao evento.

Além do estande, localizado na Rua L 35, no Pavilhão Vermelho, a AMB fará o I Fórum AMB Quali-dade em Medicina, 25 de maio, a partir das 8h30, no auditório 2.

“O objetivo é debater como os gestores dos sistemas público e privado estão trabalhando para atingir metas e expectativas rela-cionadas à qualidade no atendi-mento dos diferentes sistemas de saúde”, explica Aldemir Humberto Soares, secretário-geral da AMB e coordenador da Comissão Organi-zadora Hospitalar 2011.

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InTERnACIOnAL

AMB: forte atuação internacional

José Luiz Gomes do Amaral (último à direita), durante reunião da WMA

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Bolívia

José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, participou da solenidade de posse do presidente do Colégio Médico da Bolívia e da celebração dos 200 anos da Socie-dade de Medicina de Santa Cruz de la Sierra. “Os médicos bolivianos estão vivendo um momento muito difícil. A ministra da Saúde, Nila Heredia, anunciou que o Colégio Médico deveria ser despojado de suas funções de registro e regulação do exercício profissional”, explica Gomes do Amaral.

A atitude fere a liberdade de organização dos médicos e atenta contra a qualidade da assistência à saúde do povo boliviano.

Na ocasião, o presidente da AMB reiterou a visão da WMA a respeito das organizações médicas. O ponto de vista da entidade está apresentado em resoluções como: Declaração de Madri, sobre autono-mia profissional e autorregulação; e a Declaração de Seul, sobre inde-pendência clínica.

Confemel

Em 24 de março, Pedro Wey Oliveira, assessor de Relações Internacionais da AMB, participou da reunião do Comitê Executivo da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel). Foi discutido o calendário de encon-tros do grupo durante o ano e a situ-ação dos médicos de fronteira.

“Os integrantes da Confemel devem se reunir em Córdoba, Espa-nha, entre 2 e 4 de junho para os trabalhos do Foro Iberoamerica-no de Entidades Médicas. Também marcaram as duas assembleias da entidade: a Extraordinária, de 23 a

25 de agosto, em Caracas, Venezue-la; e a Geral Ordinária, de 21 a 25 de novembro, na Cidade do Panamá, Panamá”, explicou Oliveira.

Conselho da WMA

Ocorreu em Sidney, Austrália, entre 7 e 9 de abril, a reunião anual do Conselho da Associação Médica Mundial (WMA). Além de José Luiz Gomes do Amaral, representaram a AMB no Conselho da Mundial Miguel Jorge (diretor de Relações Internacio-nais) e Roberto D avila (presidente do CFM). A delegação da AMB contou ainda com Pedro Wey Oliveira, José Hiran Gallo, Desiré Calegari, Carlos Vital C. Lima e Dalvélio Madruga.

Os delegados debateram a necessidade de a WMA prover polí-ticas de suporte para troca de infor-mações e conhecimento relativos à resposta a desastres.

“Agora, estamos trabalhando na viabilização do projeto apre-sentado pelo Brasil sobre situações de catástrofe. Também está sendo elaborada uma diretriz sobre o tema”, relatou Gomes do Amaral. Antes da Assembleia Geral, que esse ano ocorrerá em Montevidéu,

Uruguai, haverá um seminário para troca de experiências no setor.

A reunião debateu a necessidade de proteger os médicos durante os conflitos armados. Foi recomendada a criação de mecanismo internacio-nal para documentar atos de violên-cia contra médicos e clínicas.

Os cuidados médicos no fim da vida também foram discutidos. “A discussão sobre esse assunto também foi muito rica e decidiu-se enviar o texto para debate durante a Assembleia Geral”.

Outro item relevante foi a “medi-calização” da pena de morte. “Muitas associações médicas ex pres saram desconforto e constrangimento com relação à utilização de medicamentos na aplicação da pena de morte. Existe já uma resolução que afirma ser anti-ética a participação de médicos na pena capital durante qualquer etapa do processo de execução. Isso inclui o planejamento, instrução ou treina-mento. Muitas associações médicas nacionais apoiam a elaboração de um documento expressando o repú-dio dos médicos à aplicação de pena capital”, disse o presidente da AMB.

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EDuCAÇÃO COnTInuADA

A medicina é uma atividade humana repleta de coisas belas. São tantas que fica difícil enumerá-las. Vou me atrever a falar de uma delas: o seu inesgotável desejo de evoluir.

Esta característica explica boa parte do seu sucesso e do nosso conti-nuado prestígio perante a humanida-de. O ser humano sabe que os médicos não se deterão frente ao desconhecido e que lutarão com todas as forças para superar os limites de nossas ignorân-cias - sempre em benefício do homem - pois este é o nosso desiderato final.

Em face destas características, não existe e nunca existirá na medi-cina o último livro a ser estudado por quem deseja ser um bom médico.

Então a regra de ouro é ESTU-DAR SEMPRE!

ESTUDAR SEMPRE!Os que já se encontram na senda

médica há algum tempo sabem que boa parte do que aprendemos nos bancos da faculdade hoje perdeu o valor cien-tífico ou foi ultrapassado por melhores evidências atuais. Ou seja, tratar uma pessoa da forma como aprendemos na faculdade ou na residência médica há 10 anos, ou pior, há 20 ou 30 anos, não se configura um ato correto, quer do ponto de vista ético ou científico, em uma boa parte dos casos. Isto não é ruim; muito pelo contrário, isto é muito bom; pois evidencia a pujança da nossa prática profissional e a vivaci-dade do nosso fazer. Isto demonstra de um modo inquestionável que a medici-na é algo vivo e não fossilizado.

Então, para sermos bons médicos é preciso estarmos atualizados e, para isto, é preciso estudar.

Poucos são os profissionais que se preocupam tanto quanto nós no apri-moramento continuado. É por todos reconhecido o espetacular papel de nossas sociedades de especialidade neste esforço necessário e belo. Reco-nhecendo a importância da educação continuada, quando estive à frente do CFM, apoiado incondicionalmen-te por todos os conselheiros federais e pelos CRM’s, desenvolvemos uma política de educação médica continu-ada que ainda se encontra em vigor na administração atualmente tão bem conduzida pelo nosso compa-nheiro Roberto Luiz d’Avila. A ideia é somarmos esforços para manter o médico atualizado e competente no seu labor.

Na organização mundial da prática médica, adotamos o sistema

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de qualificação profissional dentro daquilo que chamamos de espe-cialidades médicas. No Brasil esta capacitação é aferida e concedi-da pela Comissão Nacional de Residência Médica, por meio dos programas de residência médica e pela Associação Médica Brasileira, por meio das sociedades médicas filiadas. Tudo recebendo a chancela e registro no sistema dos Conselhos de Medicina. Este é um sistema de sucesso que tem garantido a quali-dade de nossa formação especiali-zada, fato reconhecido nacional e internacionalmente.

Em resumo: os nossos especialis-tas são bem formados! Isto quer dizer em termos jurídico-legais que um especialista brasileiro é um PERITO em sua área de atuação.

A pergunta que se impõe face ao desenvolvimento contínuo e célere da medicina é, por quanto tempo?

Antes de responder, lembrem-se do nosso compromisso primordial com a verdade. Sem a verdade rompe-se o contrato moral e ético da relação médico-paciente.

Preocupados com este fato, criou-se exigência de uma atualização permanente para os especialistas brasileiros através da Resolução CFM nº 1772/2005.

Esta resolução objetiva incenti-var o médico especialista a manter-se atualizado nos assuntos de sua espe-cialidade.

Com a resolução estruturou-se a Comissão Nacional de Acreditação (CNA), cujo objetivo é proceder à normatização dos procedimentos a serem adotados na certificação.

O resultado de imenso esfor-ço é que desde então temos mais de 28.000 eventos médicos registrados no sistema.

Temos eventos de todos os tipos, desde grandes congressos anuais a eventos disponíveis pela inter-net. Todas as formas de educação continuada são válidas e podem ser utilizadas. O que vale é manter o médico especialista verdadeiro, isto é, quando ele afirmar que é um especialista significará que está efetivamente possuidor dos conhe-cimentos mais atuais e válidos de sua especialidade. Lembrem-se do nosso dever ético primordial: sermos bons e verdadeiros para os nossos pacientes.

Assim, quando os induzimos a acreditar que possuímos uma deter-minada qualificação, passamos a ter com esse indivíduo o dever ético da verdade, e só podemos ser fiéis a este compromisso se efetivamente nos mantivermos atualizados.

Esta é a essência da Comissão Nacional de Acreditação: manter os médicos especialistas atualizados, para mantê-los éticos.

Se o sistema apresenta alguma falha em sua execução cabe às enti-dades que o compõe fazer os ajustes necessários para que os seus objeti-vos sejam alcançados, porém jamais pensar em destruí-lo, pois um médi-co desatualizado, mais ainda aquele que se anuncia como especialista, é um perigo para os seus pacientes, pois lhes vende uma falsa segurança e lhes retira a oportunidade de obter assistência de melhor qualidade.

Chegando até aqui resta apenas a pergunta mais importante: devemos defender a formalidade senil (diplo-ma não certificado) ou a atualização sadia e ética?

Se você fosse um paciente, qual escolheria? E como um bom médico, como nos ensinou a ser Maimônides, qual seria a sua resposta?

A escolha é sua.

Edson de Oliveira Andrade

Professor Adjunto da Universidade Federal do Amazonas

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EsPECIALIDADEs COnsuLTA PRIMA

Atualização científicaA AMB passa a oferecer a todos os

médicos mais uma ferramenta de atua-lização científica. Por meio de parceria firmada recentemente com a Consulta Prima, empresa prestadora de servi-ços editoriais na área médica, o site da AMB possui agora uma sequência de chamadas para os mais relevantes arti-gos médicos publicados nas principais revistas científicas do mundo.

Ao clicar na janela dedicada ao serviço, o médico será redirecionado para o site da Consulta Prima, onde poderá cadastrar seu e-mail e, assim, receber um breve texto sobre o artigo. A média de envio é de três a quatro textos novos por semana.

“Em menos de 30 segundos, o médi-co saberá do que trata o artigo e se vale a pena ler o restante do resumo – ou mesmo usar o link disponibilizado para ler o abstract ou o texto completo do arti-go original”, explicou Claudio Csillag, diretor editorial da Consulta Prima.

Os trabalhos, provenientes de cerca de 50 publicações, especialmente do New England Journal of Medicine, Lancet, Journal of the American Medi-cal Association, British medica Journal, Annals of Internal Medicine e a Bibliote-ca Cochrane, são selecionados de acor-do com a relevância clínica e qualidade editorial.

“Essa ferramenta, nos tempos que vivemos hoje, ao oferecer resumos estru-turados sobre temas variados, auxiliará o médico a se atualizar”, disse Edmund Baracat, diretor científico da AMB.

A Consulta Prima fornece aos médi-cos textos curtos sobre as pesquisas de maior impacto clínico das princi-pais publicações médicas do mundo. É um serviço seletivo, em que textos são produzidos praticamente em tempo real e caracteriza-se pelo mais alto padrão médico, científico e editorial. Além disso, os textos são produzidos em português com foco nos interes-ses gerais do médico brasileiro. Outra característica é a independência edito-rial: não tem nem nunca terá propagan-das ou interesses ocultos. Mais infor-mações: www.consultaprima.com.br

• otorrinolaringologia

A saúde pública e privada do Brasil passa a contar, a partir de agora, com 213 novos médicos especializados em otorrinolaringolo-gia. Eles foram aprovados na prova de Título de Especialista reali-zada nos dias 26 e 27 de fevereiro último, pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). O índice de aprovação foi 79% dos 269 candidatos. Este ano, as avalia-ções teóricas e práticas foram integralmente escritas, novidade que agradou à maioria dos residentes de otorrinolaringologia de todo o País, e aos 90 médicos examinadores. A relação dos aprovados está disponível no endereço http://www.aborlccf.org.br/imageBank/Rela-cao_Aprovados_TE_2011.pdf.

• gaStroEntErologia

Para estimular o acesso do associado e da população em geral, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) investiu na refor-mulação e reestruturação de seu portal, deixando-o com um layout moderno e com o conteúdo renovado. Pacientes interessados poderão acompanhar notícias atuais de saúde, além de esclarecer dúvidas em relação aos sintomas de doenças, causas e tratamentos. No link “canal do paciente”, será possível fazer uma busca por médicos gastroentero-logistas que possuem o Título de Especialista em Gastroenterologia pela Federação. Outra novidade fica por conta do EspecGastro, voltado para especialistas, que veio para revigorar a parte científica. O endere-ço do novo portal é www.fbg.org.br .

• HEPatologia

Entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro, Salvador sediará o XXI Congresso Brasileiro de Hepatologia, que acontecerá no Pestana Bahia Hotel.

As inscrições poderão ser feitas pelo site www.hepatologia2011.com.br até o dia 29 de agosto. A partir desta data, as inscrições somen-te poderão ser feitas no local do congresso. Os resumos dos trabalhos científicos deverão ser enviados eletronicamente, via site, e o prazo para os temas livres é 28 de junho de 2011.

No evento estão previstos também o Curso Pós-Graduado, englo-bando o XIV Simpósio Internacional de Terapêutica em Hepatite Viral e o IV Simpósio de Terapia Intensiva em Gastroenterologia e Hepatolo-gia da UGHHP, a I Semana Sul Americana de Fígado e o III Encontro Amazônico de Hepatites Virais.

• CirUrgia PlÁStiCa

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica lançou, em fevereiro, uma cartilha que estabelece novos limites para os procedimentos de cirurgia plástica, com o objetivo de garantir a segurança do paciente. O material foi apresentado durante a 12ª edição do Simpósio Internacio-nal de Cirurgia Plástica, que aconteceu em São Paulo. Entre os pontos principais, a cartilha afirma que todo procedimento deve ser realizado em local (hospital ou casa de saúde) com equipamentos adequados e atualizados para o procedimento, sempre com desfibrilador disponí-vel. O material frisa ainda a necessidade da presença de um anestesista antes e durante a operação, sendo proibido ao profissional fazer dois procedimentos ao mesmo tempo.

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fEDERADAsnOTAs

• Revalidação de diploma médico estrangeiro

Os ministérios da Educação e da Saúde oficializaram, por meio de portaria inter-ministerial, publicada no dia 18 de março, o modelo do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por univer-sidades estrangeiras. Pelo novo modelo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apli-cará anualmente uma prova aos interessa-dos na revalidação, com colaboração das universidades públicas participantes. O exame, chamado de Revalida, será realizado em duas etapas: a primeira será teórica, e a segunda, uma prova prática de habilidades clínicas. A avaliação será feita com base na matriz de correspondência curricular, docu-mento elaborado pela comissão responsável pelo projeto, que teve como referência as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina. O Inep divulgará um edital com o cronograma e prazo de adesão das instituições e inscrição dos candidatos.

• anMrA Associação Nacional dos Médicos

Residentes (ANMR) está lançando a campa-nha “Residentes sem Moradia: isso é Saúde?”. A proposta é garantir aos pós-graduandos o direito à moradia, suprimido pela Medida Provisória 521/2010, último ato do governo passado. A MP, embora já tenha força de lei, ainda deverá ser apreciada pelo Congresso Nacional. No início de fevereiro, a Associa-ção obteve o apoio de parlamentares para a proposição de emendas que garantam mora-dia aos residentes. O avanço em Brasília contou com o apoio das principais entidades médicas do país (Associação Médica Brasi-leira, Conselho Federal de Medicina e Fede-ração Nacional dos Médicos).

• acidentes domésticosO coordenador da Comissão de Aciden-

tes Domésticos, Rogério Toledo Jr., apresen-tou no dia 22 de março, a todos os integran-tes do grupo a proposta final do trabalho de prevenção e educação no combate a aciden-tes. O projeto é que um caminhão percorra, inicialmente, 25 cidades da região Sudeste e faça cerca de 50 mil visitas guiadas. Dentro do veículo haverá a réplica de uma casa mobiliada, com todos os perigos a que os moradores estão sujeitos em cada cômodo. Os visitantes poderão passear por essa casa e se deparar com situações comuns em toda cozinha, lavanderia ou banheiro e recebam uma dica educativa/ preventiva sobre a situ-ação. Após aprovação do grupo, a Comissão aguarda agora que as sociedades de espe-cialidade opinem sobre os acidentes mais comuns listados, e a finalização do processo de captação recursos.

• PErnaMbUCo

A antiga Sociedade de Medicina de Pernambuco, atual Associação Médica de Pernambuco (AMPE) está completando 170 anos de existência. Desde 4 de abril de 1841, vem prestando relevantes serviços à classe médica pernam- buca-na. Foi berço de importantes entidades médicas (Sindicato dos Médicos, Cooperativas etc.) e de ensino (Faculdade de Medici-na do Recife). No dia 12 abril, a AMPE celebrou oficialmente os seus 170 anos de fundação. Na ocasião, a AMB também foi homenageada, recebendo a Medalha do Mérito Maciel de Monteiro, que foi o primeiro presidente da AMPE, minis-tro dos Negócios Exteriores e conselheiro do Imperador Pedro II. Florentino Cardoso, diretor de Saúde Pública, represen-tou a entidade no evento.

• Santa Catarina

O presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genoir Simoni, foi eleito o novo presidente da Unimed Grande Florianópolis (Gestão 2011-2015), em eleição realizada no dia 31 de março, renovando a composição da Diretoria Executiva e dos Conselhos de Administra-ção, Ética e Fiscal da Cooperativa Médica. Com a decisão do pleito, o médico passa a presidência da Associação Catarinense de Medicina para a vice-presidente da entidade, Márcia Ghella. Genoir Simoni foi presidente da ACM por duas gestões (2005-2008 e 2008-2011). Na presi-dência da ACM, imprimiu sua marca de empreendedor e porta-voz das lutas em defesa dos médicos e da qualidade da assistência à saúde da população de todo o estado. Esteve à frente de ações como a adoção da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) pelos planos de saúde e pela implantação da GDPM (Gratifi-cação de Desempenho e Produtividade Médica) aos médicos servidores públicos estaduais.

• SÃo PaUlo

Durante a Assembleia de Delegados, em 9 de abril, foi lançada oficialmente a nova marca da Associação Paulista de Medicina. A APM, de 80 anos, entra em uma nova fase de sua história cuja imagem reflete uma entidade madura, voltada ao futuro e cada vez mais pronta para cuidar dos interesses e das paixões dos médicos. Atenta a tudo o que interessa aos médicos, tanto em sua vida profissional como pessoal, a Associação Paulista de Medicina inaugura também um novo slogan: “Somos inspirados por suas paixões. Apaixone-se você também”.

• rio granDE Do SUl

Com o apoio da Associação Médica do Rio Grande do Sul, no dia 23 de março ocorreu o lançamento oficial do Congresso Integrado das Enti-dades de Saúde – CIES, que ocorrerá nos dias 10 a 13 de maio de 2012, em Gramado-RS. O objetivo desse Congresso é a integração dos vários segmentos que compõem a área da saúde, com a finalidade da qualifi-cação do atendimento à população do Rio Grande do Sul. O projeto é pioneiro para a área de saúde do Rio Grande do Sul, pois busca uma arti-culação estratégica do setor. 

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3 0 MARÇO/ABRIL 2011

JuRíDICO

Os limites da resiliência médica

No ano de 1807, o físico inglês Thomas Young, ao estudar a tensão e deformação de barras metálicas, denominou de resiliência a capacida-de de um material acumular energia sem que isto leve a sua ruptura. Após cessada a tensão, ele volta ao seu esta-do normal.

O conceito da física moderna-mente foi assimilado pelo mundo corporativo, que considera como resilientes aqueles que desenvolve-ram habilidades para superar tensões, pressões, estresses, mantendo o equi-líbrio emocional, sem significativas modificações pós-traumáticas. São também as pessoas que não desistem com facilidade frente às condições adversas, aos obstáculos e conjuntu-ras negativas. Decretam tais circuns-tâncias como passageiras, pontuais e superáveis.

A própria natureza da atividade médica conduz ao raciocínio de que a resiliência deva ser um dos atributos indispensáveis para a boa assistência. As angústias das adversidades coti-dianas, as dificuldades pessoais de várias causas, o sofrimento emocio-nal compartilhado com os pacien-tes, a luta pela vida, permitem o

“O que não me mata me fortalece” – Friedrich Nietzsche

entendimento de que ser médico é ser resiliente, principalmente por reco-nhecer o seu próprio papel e respon-sabilidades na sociedade.

No entanto, até mesmo a origem etimológica da expressão resiliência - do latim “saltar para trás”, ”voltar ao estado natural” - nos conduz a uma nova reflexão. Seria de valia para a Medicina “saltar para trás”? Ou até mesmo, o médico consegue voltar ao seu estado natural ao ser irrestrita-mente resiliente?

Ao desenvolver a teoria da natu-reza do erro humano, James Reason apontou que diversos níveis de risco são identifícáveis para a ocorrên-cia de incidentes, o que demonstra que no caso do ato médico, muito raramente o resultado adverso tem sua gênese na exclusiva participação deste. Influências organizacionais, bem como condições adversas de diversas naturezas atuam em siner-gia. O erro é antes sistêmico. As defe-sas, barreiras e dispositivos de segu-rança devem ser prioritariamente desenvolvidas no próprio sistema.

No nosso País, o médico, por sua alta resiliência, pode assumir riscos por falhas que são sistemáticas, exclusivamente. Em que pese serem riscos da sua rotina de trabalho, em situações limites, críticas e extre-mas, pode resultar em riscos para a assistência aos pacientes. Tais limites estão previstos nas normas éticas e legais e merecem apreciação.

O código de ética médica estabe-lece que o médico deve recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condi-ções de trabalho não sejam dignas

ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais, podendo inclu-sive suspender suas atividades, indi-vidual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissio-nal ou não o remunerar digna e justa-mente.

Até mesmo o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, reconheci-do com dispositivo legal aplicável na assistência à saúde, determina que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados e riscos quando não forne-ce a segurança que o consumidor dele pode esperar.

Respeitados esses limites, o médi-co deve fortalecer-se na resiliência, pois assim, beneficia o paciente, projeta a ciência para novos desafios e mantém vivo o prazer de ensinar a arte. Que o médico sempre consiga “voltar ao seu estado natural”.

Roberto Augusto de Carvalho CamposMestre e Doutor em Medicina pela Uni-versidade Federal de São Paulo. Professor Doutor do Departamento de Direito Penal da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Assessor Jurídico da Associação Médica Brasileira

Rosmari Aparecida Elias CamargoMestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Assessora Jurídica da Associação Médica Brasileira

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MARÇO/ABRIL 2011 3 1

AGEnDA

fEvEREIRODiretoria• 2 (DF) – Reunião da Comissão Pró-SUS –

Florentino Cardoso

• 3 (DF)- Solenidade de anúncio do projeto de distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes – Elias Miziara

• 3 (DF) - Reunião do grupo técnico para discussão do novo modelo de reajuste – Marcos Bosi

• 3 (DF) – Reunião sobre honorários pagos aos médicos pelas operadoras de planos e seguros de saúde – Florisval Meinão

• 4 (SP) – Reunião sobre o livro AMB 60 anos – Hélio Barroso

• 4 (SP) - Cerimônia de posse de Jorge Elias Kalil Filho como diretor do Instituto Bu-tantã – Edmund Baracat

• 4 (SP) - Câmara Técnica de Implantes – Luc Weckx

• 4 (RJ) – Solenidade de celebração do Dia Mundial do Câncer – Celso Ramos

• 8 (DF) – Reunião da Diretoria Executiva da AMB com a Diretoria Executiva do CFM – Aldemir Soares. Amilcar Martins, Florisval Meinão, Luc Weckx e José Luiz Gomes do Amaral

• 10 (RJ) - Reunião Copiss – Florisval Meinão

• 15 (DF) – Reunião da Pró-SUS com inte-grantes do Ministério da Saúde – Floren-tino Cardoso

• 15 (DF) - Câmara Técnica de Diagnóstico por Imagem – Aldemir Soares

• 17 (SP) - Reunião da Comissão Pró-Sus – Florentino Cardoso e Roberto Gurgel

• 18 (SP) – Reunião da Comissão de Conso-lidação e Defesa da CBHPM e da Comis-são de Saúde Suplementar – Florisval Meinão, Florentino Cardoso, Jurandir Marcondes e Roberto Gurgel

• 23 (DF) – Reunião da Comissão de Assun-tos Políticos – Luc Weckx e Jurandir Mar-condes

• 23 (SP) – Solenidades de posse da Co-missão de Estudos de Planos de Saúde e Assistência Médica da OAB-SP – Florisval Meinão

• 24 (DF) - Reunião da Comissão Mista de Especialidades – Aldemir Soares e Ed-mund Baracat

• 24 (DF) - Reunião extraordinária da Co-missão de Saúde Suplementar – Florisval Meinão

• 25 (SP) – Câmara Técnica de Avaliação de Novas Tecnologias – Marcos Bosi

• 25 (SP) – Reunião sobre o livro AMB 60 anos – Hélio Barroso

Presidência• 7 (SP) – Teleconferência do grupo de tra-

balho sobre placebo da Associação Médi-ca Mundial

• 8 (DF) - Reunião da Diretoria Executiva da AMB com a Diretoria Executiva do CFM

• 8 (SP) – Cerimônia de entrega dos certi-ficados de acreditação canadense dos hospitais Geral de Pirajussara e Estadual de Diadema

• 9 (DF) – Reunião com diretores da Anvi-sa para debater o controle da obesidade com uso de remédios

• 10 (SP) – Encontro da comissão científica do I Congresso Nacional dos Hospitais Privados

• 11 (PR) – Reunião com representantes da Associação Médica do Paraná

• 16 (SP) - Teleconferência da Associação Médica Mundial

• 16 (BA) – Reunião com representantes da Associação Bahiana de Medicina

• 25 (SP) – Cerimônia de lançamento do livro Meio ambiente e Saúde – Desafios das Metrópoles

MARÇODiretoria• 1 (SP) – Visita de Geraldo Alckmin, go-

vernador de São Paulo, e Giovanni Cerri, secretário de Saúde do Estado, para as-sinar o convênio de aumento das vagas e das bolsas de residência médica – Al-demir Soares, Edmund Baracat, Florisval Meinão, Luc Weckx, José Brito, Jurandir Ribas, Newton Barros, Roberto Gurgel

• 1 (SP) - Lançamento da nova edição do “Comida que cuida- mais cor no prato e na vida durante o tratamento do câncer” – Robson Moura

• 1 (MG) - Posse da Diretoria, do Conselho Superior e Conselho Fiscal da Academia Mineira de Medicina – Jésus Fernandes

• 11 (SP) – Câmara Técnica de Implantes – Luc Weckx

• 11 (SP) – Câmara Técnica da CBHPM – Amilcar Giron

• 15 (SP) - Reunião dos Diretores de Defesa Profissional – Roberto Gurgel, Florisval Meinão e Florentino Cardoso

• 16 (SP) – Seminário Perspectivas do Setor Saúde no Brasil promovido pelo jornal Valor Econômico e Interfarma – José Luiz Gomes do Amaral e Florentino Cardoso

• 16 (RJ) - Grupo de Trabalho de Honorários Médicos – Florisval Meinão

• 16 (GO) - I Encontro Nacional dos Conse-lhos de Medicina – Aldemir Soares

• 17 (GO) - Reunião extraordinária da Co-missão de Saúde Suplementar – Florisval Meinão

• 17 (GO) - Apresentação da Agenda Par-lamentar da Saúde Responsável – Luc Weckx

• 17 (SP) - Reunião do Conselho Científico da

AMB – Aldemir Soares, Edmund Baracat e

José Luiz G. Amaral

• 18 (GO) - I Encontro Nacional dos Conse-

lhos de Medicina – Aldemir Soares

• 18 (PR) - Outorga da medalha acadêmico

Ary de Christan ao professor Doutor Ivo

Pitanguy - Jurandir Ribas

• 22 (AM) - Lançamento do Programa de Pre-

venção e Tratamento do Câncer de Colo de

Útero e Mama – Aristóteles Alencar

• 23 (RJ) - Reunião do Copiss – Florisval

Meinão

• 24 (RJ) - Reunião do Grupo Técnico do Rol

de Procedimentos – Amilcar Giron

• 24 (SP) – Reunião da Comissão de Assun-

tos Políticos – Luc Weckx, Jurandir Ribas e

Wirlande Santos

• 25 (MG) - Reunião do Conselho Delibera-

tivo e da Diretoria Plena

• 30 e 31 (SP) - 1° Seminário Internacional

do Atendimento a Desastres - Florentino

Cardoso e José Luiz G. Amaral

Presidência• 3 (SP) – Almoço com Milton Arruda Mar-

tins, secretario de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Minis-tério da Saúde.

• 4 (SP) – Jantar em homenagem a Xanana Gusmão, primeiro ministro do Timor Leste com Geraldo Alckimin, governador do Es-tado de São Paulo e Giovanni Cerri, Secre-tário Estadual de Saúde

• 16 (SP) – Teleconferência da Associação Médica Mundial

• 17 (DF) – Reunião com Márcia Amaral, secretária-executiva do Ministério da Saúde

• 18 (Santa Cruz de la Sierra, Bolívia) – So-lenidade de posse da presidência do Co-légio Médico da Bolívia e celebração dos 200 anos da Sociedade de Medicina de Santa Cruz de la Sierra

• 19 (RJ) – Reunião com a diretoria da As-sociação Médica do Estado do Rio de Janeiro

• 21 (SP) – Reunião com representantes do Hospital Israelita Albert Einstein

• 28 (SP) – Audiência com o deputado Ar-naldo Faria de Sá

• 29 (RJ) – Reunião na Agência Nacional de Saúde Suplementar sobre honorários médicos

MARÇO/ABRIL 2011 3 1

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3 2 MARÇO/ABRIL 2011

LIvROs TíTuLOs/ CERTIfICADOs

Interação MedIcaMentosa

Celmo Celeno Por toEditora Guanabara

Medicamentos usados em associação podem ter alteradas a eficácia e a segurança. No livro, os principais fármacos foram organizados de maneira objetiva para facilitar a consulta rápi-da e foram escolhidos símbolos que sintetizam os conhecimentos sobre interações medica-mentosas.

Manual de condutas eM oncologIa

Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira

O manual reúne informações básicas para os médicos sobre ações, decisões e situações que já fazem parte da rotina de quem cuida de pacientes com câncer. O intuito é que os profissionais recebam orientações sobre doses e sobre quais fármacos utilizar, além de conhe-cimentos para a continuidade da assistência.

Álcool e dIreção – BeBer ou dIrIgIr

Sérgio Dualibi, Ilana Pinsky e Ronaldo LaranjeiraEditora Unifesp

No livro estão apresentados resultados de estudos realizados por pesquisadores da Unifesp acerca dos acidentes associados a bebidas alcoólicas e direção. Também faz parte da obra uma pesquisa, realizada pela USP, sobre vítimas fatais de ocor-rências de trânsito e evidências internacionais consagradas sobre o assunto.

teMpo psIcanalítIco 42 – no. 1 – laço socIal e perversão

Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle

O sujeito perverso, por conta de uma cisão no eu, percebe e recusa a castração, colocan-do o fetiche com estatuto de uma formação de compromisso entre as duas posições. A publicação destaca as diferentes modalidades de satisfação e gozo de ordem perversa que constituem estratégias encontradas na atuali-dade para lidar com o mal-estar assinalado por Freud como inerente à ordem humana.

TÍTULOS DE ESPECIALISTAAnestesiologia – 13 de agosto – local a definir – Inf. (21)

2537-8100 ou www.sba.com.brCirurgia geral – 18 de junho – Rio de Janeiro, Porto Ale-

gre, Belo Horizonte, São Paulo, Belém, Curitiba, Recife, Fortaleza, Brasília, Vitória, Manaus e Salvador – Inf. (21) 2138-0653 ou [email protected]

alergia e imunologia - 28 de maio – São Paulo (SP) - Inf. (11) 5575-6888 ou 5575-1204

Pediatria – 29 de maio – Várias capitais – Inf. (21) 2548-1999 ou [email protected]

Urologia – 21 de novembro - Florianópolis (SC) – Inf. (21) 2245-4092 - www.sbu.org.br

Endoscopia – 10 de junho – Goiânia (GO) – Inf. (11) 3148-8200 ou [email protected]

Medicina de Família e Comunidade – 26 de junho – Brasília (DF) – Inf. www.sbmf.org.br

Psiquiatria – 1º de novembro – Rio de Janeiro (RJ) – Inf. www.abpbrasil.org.br

genética Médica - 11 de julho – Cuiabá (MT) - Inf. (11) 5085-0188 ou [email protected]

Coloproctologia - 2 de setembro – Rio de Janeiro (RJ) - Inf. (21) 2240-8927 - www.sbcp.org.br

Medicina de tráfego -26 de junho – Belo Horizonte (MG) – Inf. (11) 2137-2700 ou www.abramet.org.br

Radiologia - 5 de junho, 6 de agosto – Várias capitais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Radioterapia - 5 de junho, 6 e 7 de agosto – Várias capitais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Medicina Nuclear - 5 de junho, 6 e 7 de agosto – Várias capi-tais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Ultrassonografia geral - 5 de junho, 7 de agosto – Várias capitais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

radiologia intervencionista e angiorradiologia - 5 de junho, 7 de agosto – Várias capitais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Clínica Médica – 28 de outubro - Curitiba (PR) – Inf. (11) 5572-4285 ou www.sbcm.org.br

Endocrinologia e Metabologia - 24 de agosto – S. Paulo (SP) - Inf. (21) 2579-0312 ou www.sbem.org.br

Cardiologia – 16 de setembro – Porto Alegre (RS) – Inf. (21) 3478-2757

Medicina de tráfego – 17 de julho – Canoas (RS) – Inf. (11) 2137-2700 ou www.abramet.org.br

geriatria – 25 de julho – Porto de Galinhas (PE) – Inf. (21) 2285-8115

Cirurgia de Cabeça e Pescoço – 2 de setembro – Santos (SP) – Inf. (11) 3107-9529 ou [email protected]

Medicina Esportiva – 15 de junho – Petrópolis (RJ) =- Inf. (11) 3106-8611 ou www.medicinado esporte.org.br

CERTIFICADOS DE ÁREA DE ATUAÇÃONeurologia- 17 de junho – local a definir - Inf. (11) 5084-

9463 ou www.abneuro.orgNeonatologia- 5 de setembro – São Paulo (SP) – Inf. (21)

2548-1999 - www.sbp.com.brErgometria – 25 de junho –São Paulo (SP) ; 20 de Agosto -

Aracaju (SE); 29 de outubro – Salvador (BA) - Inf. (11) 3411-5500 ou [email protected]

Endoscopia Digestiva – 10 de junho – Goiânia (GO) – Inf. (11) 3148-8200 ou [email protected]

Psiquiatria Forense – 1º de novembro – Rio de Janeiro (RJ) – Inf. www.abpbrasil.org.br

Psiquiatria da infância e adolescência – 1º de novembro – Rio de Janeiro (RJ) – Inf. www.abpbrasil.org.br

Psicogeriatria – 1º de novembro – Rio de Janeiro (RJ) – Inf. www.abpbrasil.org.br

Psicoterapia – 1º de novembro – Rio de Janeiro (RJ) – Inf. www.abpbrasil.org.br

Neurorradiologia - 5 de junho, 7 de agosto – Várias capitais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Densitometria óssea - 5 de junho, 7 de agosto – Várias capi-tais – Inf. (11) 3372-4544 ou www.cbr.org.br

Medicina de Urgência – 28 de outubro - Curitiba (PR) – Inf. (11) 5572-4285 ou www.sbcm.org.br

atuação em Dor – data e local a definir – Inf. (21) 2537-8100 ou www.sba.com.br

Neonatologia – Exame de Suficiência - 7 de Setembro - (21) 2548-1999 ou www.sbp.org.br

Ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia – 5 de junho – SP,RJ,DF, PE e PR – Inf. (11) 3372-4544 ou [email protected]

neurofisiologia clínica - 23 de outubro - Punta Del este (Uruguai) - Inf. (11) 3815-0892

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