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Correio ABAESP Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo ABAESP recebe visita da educadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo Entrevista com Gilson Barreto: Vereadores defendem a criação da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa Formada a 1ª turma do curso de cuidador de idoso Edição nº 4 – Junho 2012 1º de maio em Cuba tem sabor de conquista para os trabalharores SENADORA MARTA SUPLICY PROMOVEU AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A PROFISSÃO DE CUIDADOR DE IDOSO

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Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo Formada a 1ª turma do curso de cuidador de idoso ABAESP recebe visita da educadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo 1º de maio em Cuba tem sabor de conquista para os trabalharores Entrevista com Gilson Barreto: Vereadores defendem a criação da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa Edição nº 4 – Junho 2012

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Correio abaespAssociação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo

ABAESP recebe visita da educadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo

Entrevista com Gilson Barreto: Vereadores defendem a criação da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa

Formada a 1ª turma do curso de cuidador de idoso

Edição nº 4 – Junho 2012

1º de maio em Cuba tem sabor de conquista para os trabalharores

senadora marta suplicy promoveu audiência pública sobre a profissão de cuidador de idoso

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“DEMOCRACIA, EQUILíBRIO E TRANSPARÊNCIA”

ABAESP RECEBE vISITA DE SELMA ROChAeducadora Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo, visi-

tou a Associação dos Bancários Aposentados em um momento descontraído conheceu as instala-ções e atividades sócio-políticas da nossa entidade. Selma foi co-ordenadora dos Planos de Educa-ção nas campanhas do Presidente Lula e da atual Presidenta Dilma, Secretária da Educação de Santo André na administração de Celso Daniel e Assessora Parlamentar da Secretaria Municipal de Edu-

cação de São Paulo na gestão de Paulo Freire.

Selma mostrou-se preocupada com as necessidades e o avanço efetivo dos direitos dispostos no Estatuto do Idoso e junto com a presidenta Maria da Glória ficaram de agendar uma nova reunião para aprofundar o assunto. Participa-ram da reunião os diretores Arnal-do Muchon e Walnite Camargo, o assessor político do Sindicato dos Bancários de SP Cícero dos San-tos e o diretor geral da rede Brasil Atual Paulo Salvador.

coligação de partidos lide-rada pelo PT logrou-se ven-cedora com Lula e Dilma

porque ao contrário da banda opo-sitora, comunicou de maneira mais efetiva e defendeu bandeiras e po-líticas que o povo quer ver implan-tadas concretamente. Lula quando presidente, entre outros Programas desenvolvimentistas investiu tem-po e recursos em uma política de mobilização social. Entre 2001 e 2011, os gastos públicos com in-versão em mobilidade, aumentaram em 30%, conforme Relatório do PNUD – Programa Nacional das Nações Unidas, da ONU.

Pontua-se que uma transferên-cia de renda de R$13,1 bilhões foi feita anualmente para um contin-gente de 12,6 milhões de famílias pobres, em média algo em torno de R$1.040,00, ou seja, R$ 86,66 por mês para cada família. O montante transferido concentra-se em gran-de parte na região norte e nordeste do país e seu resultado social ex-trapola o âmbito dos beneficiados na medida em que ativou todo o comércio na região, gerando con-sumo e arrecadação de impostos maiores, conforme ficou compro-vado de modo notável nesse curto espaço de tempo.

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Para quem faz oposição a esse Programa de transferência de renda para os mais pobres, com o argumento de que se tra-ta de “dinheiro aplicado sem a contrapartida da produtividade”, é importante lembrar que há um outro tipo de transferência de renda para os mais ricos em for-ma de pagamento de juros dos títulos públicos que, somente no ano passado foi algo em torno de R$ 380 bilhões, ou seja, quase 30 vezes mais dinheiro público para uma pequena porção de inves-tidores rentistas, que talvez não chegue a dois milhões de pesso-as. Não seria esta, uma forma de direcionar dinheiro público para uma atividade especulativa, não produtiva? Sim, por se tratar de pura especulação deve ser consi-derada transferência sem contra-partida da produção e sem bene-ficio social.

Além da gritante diferença de volume há também a diferen-ça na significação e metodolo-gia. A renda para os mais pobres embora muito pequena ainda, significa o começo do reconhe-cimento de que é preciso atacar as causas históricas que impedem a construção de uma democracia

de qualidade, ou seja, desenvol-vimento com equilíbrio e justiça social. Importante registrar que o programa Bolsa Família faz-se com “dados abertos”, ou seja, por meio de cadastro unitário e com a devida transparência. Já em re-lação ao grupo dos mais ricos, a transferência de dinheiro público se faz de modo “fechado”, de for-ma privada sem subordinação à exigência da transparência.

Uma das agendas do Governo Federal no momento é pressionar a queda da taxa Selic - a taxa bá-sica de juros para os títulos públi-cos que determina os ganhos dos rentistas – para que esta regrida a patamares civilizados. O governo brasileiro sempre foi pródigo em relação a remuneração dos títu-los públicos comparativamente a outros países da América Latina e de outras economias desenvol-vidas, favorecendo aqui a lógica da especulação.

Igualmente, recentemente ou-vimos o “brado” da Presidenta Dilma contra a imoralidade dos altos juros bancários praticados na ponta do consumo. Com o dito de que “não há explicação para spreads tão altos”, ou seja, para as taxas de juros praticadas com

ganhos monumentais para ban-queiros e rentistas – a Presiden-ta energizou os gabinetes afins e provocou um reboliço no merca-do, sinalizando claramente que, assim como no caso da Selic, não se pode tolerar na ponta do consumo, taxas de juros absurda-mente altas, que são verdadeiras sangrias nos bolsos dos trabalha-dores. De quebra instou a Caixa e o Banco do Brasil a priorizarem suas nobres funções de bancos de fomento e desenvolvimento social e assim operarem de modo condizente, posicionando como referenciais e parâmetro para as taxas de juros cobradas pelos bancos privados. A firmeza e o brado da Presidenta não podia ser mais salutar. É realmente inacei-tável que empréstimos bancários ao consumidor sejam tomados em níveis que passam de 100% a/a e créditos pré-aprovado (che-ques especiais e cartões de credi-to) em torno de 400% a/a, quando a inflação está contida a 6,5 a/a, e a captação se faz no máximo na casa de 0,8% ao mês.

Acrescente-se que os traba-lhadores assalariados, aposen-tados e pensionistas da base da pirâmide, devido aos baixos sa-

lários, aposentadorias e pensões irrisórias, obrigam-se a tomar crédito em tais condições até mesmo para adquirir alimentos em supermercados, tão somen-te para satisfazer necessidades básicas inadiáveis, ou seja, tudo converge para transferir cada vez mais a renda de muitos que mui-to pouco tem, para poucos que já muito possuem.

Nesse momento que con-cluimos em nível nacional as atividades da 1a. CONSOCIAL – Conferência de Transparência e Controle Social, importante pugnarmos a favor das medidas de combate a corrupção e do aperfeiçoamento da máquina ad-ministrativa do Estado, para que igualmente se faça transparente a histórica desigualdade social que grassa o país, estudando as suas causas, denunciando privilégios para em seguida propor medidas para corrigir tais distorções. É hora de abrirmos os dados à na-ção brasileira e procurar cumprir o espírito da letra constitucio-nal, bem como acatar a soberana vontade da maioria, expressa nas bandeiras populares e nas urnas. Para isso votamos. Para isso fize-mos escolhas.

Arnaldo Muchon, Cícero dos Santos, Maria da Glória, Selma Rocha, Walnite Camargo e Paulo Salvador

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EM DEBATE: A PROFISSÃO DE CUIDADOR DA PESSOA IDOSA

senadora Marta Suplicy (PT-SP), promoveu dia 01/06, na PUC-SP, uma

audiência pública sobre a regu-lamentação da profissão de cui-dador de idoso, para discutir as-pectos inerentes ao desempenho da função, tais como o perfil da formação educacional, direitos na área trabalhista e possível so-breposição com outras profissões na área de saúde. O debate visa colher propostas de complemen-tação e ou supressão da matéria contida no projeto PLS 284/2011, que é de autoria do senador Wal-demir Moka (PMDB-MS), do qual Marta Suplicy é relatora.

A ABAESP, entidade que participa ativamente dos temas relacionados aos idosos, aposen-tados e pensionistas, incluindo a formação da 1ª. Associação de Cuidadores de Idosos de São

ia 05 de Maio, em as-sembléia geral, ocorreu a eleição de chapa úni-

ca dos seis membros do pri-meiro Conselho da Associação de Cuidadores de Idosos da Região Metropolitana de São Paulo – ACIRMESP. A entida-de reúne os profissionais cui-dadores em torno de objetivos comuns para o aprimoramento contínuo por meio de cursos, fóruns de discussão, estabeleci-mento de parcerias bem como acompanhar e dar sugestões sobre a regulamentação da profissão. Tramita no Senado Federal com relatoria da sena-dora Marta Suplicy (PT/SP), o PLS 284/2011, destinado a re-gulamentar a profissão que já

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Paulo, esteve presente no evento e ajudou a convocar interessados contribuindo para a divulgação, participação e integração do as-sunto, dentro de uma realidade e de uma conjuntura na qual, com o aumento da expectativa de vida, tornamo-nos um país que enve-lhece, sem que exista cuidados

e políticas maduras para atendi-mento à demanda que já se apre-senta, sem solução à altura.

Na prática já existem pessoas atuando como cuidadores de ido-sos, mas não é uma profissão re-gulamentada, e o PLS 284/2011, vem clarear questões como “quais são as funções de fato e os

limites de atuação do cuidador de idoso”. Existe uma certa confu-são de tarefas e responsabilidade entre o cuidador de idosos e o(a) empregado(a) doméstico(a), que temos de superar, porque não sa-tisfaz as exigências da demanda que tende a aumentar rapidamen-te, daí a grande importância do projeto, incluindo a geração de empregos.

A ABAESP posicionou-se contra o que dispunha o artigo 6º, do projeto de lei, que aumenta em 1/3 (um terço) as penas para crimes previstos no Estatuto do idoso (lei 10.741/2003), por en-tender que descabe tratar matéria penal quando se está falando em regulamentação da profissão. Se tal ocorrer no caso do cuidador de idoso deve igualmente ocor-rer nas leis que regulamentam ou regulamentaram tantas outras

profissões que se relaciona com indivíduos vulneráveis, como é o caso do idoso.

Outro ponto que necessita de acertos, comparece no artigo 5º, do PLS 284/2011, que dispõe sobre a integração de cuidadores de idosos às equipes públicas de saúde e de assistência social, pois como está não garante as respectivas verbas orçamentárias, nem responsabiliza qual o órgão que terá tal incumbên-cia. Cabe ainda informar que tran-sita na Câmara três outros projetos semelhantes, o PL 6966/2006, PL 2880/2008 e 2178/2011, que tratam do cuidador de pessoas, de modo genérico e não especificamente da pessoa idosa.

É responsabilidade da socie-dade em geral, buscar aperfeiçoar ao máximo o texto da futura lei, prevista no PL 284/11, para que seja de fato eficiente e duradoura.

SÃO PAULO TEM A 1ª ASSOCIAçÃO DE CUIDADORES DE IDOSOS

A Superintendente do INSS – Dulcina Aguiar, a Coordenadora do Setorial da Pessoa Idosa do PT – Maria da Glória, a Senadora Marta Suplicy, o Vice-Presidente da ABAESP – Arnaldo Muchon, o Diretor da ABAESP – Sebastião Naves e o Diretor da COBAP – José Ribeiro

vem sendo praticada há um bom tempo, atendendo a exigência da sociedade que tende a envelhecer rapidamente e cujas famílias, com seus membros a maioria traba-lhando fora, não encontram tempo para cuidar dos seus idosos ou não possuem a habilidade requerida.

Por essas razões o cuidador já é uma profissão reconhecida e inserida na Classificação Brasi-leira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, com o Código 5162-10. Contudo, São Paulo não tinha uma entidade que representasse e unisse os profis-sionais e assim, em um esforço conjunto da instituição OLHE – Observatório da Longevidade, da Associação de Bancários do Es-tado de São Paulo-ABAESP, do

Sindicato dos Bancários de São Paulo, que cedeu a sala para as reuniões, e da doutora em saúde pública Marília Berzins e demais colaboradores, foi proposta a for-malização de uma entidade para organizar o segmento de profis-sionais voltados aos cuidados à pessoa idosa, ora consolidada na ACIRMESP.

A Assembléia contou com profissionais domiciliados na ci-dade de São Paulo, no ABC Pau-lista (São Caetano do Sul, Santo André), Carapicuíba e Cotia, na Grande São Paulo. Compõem a primeira diretoria eleita da ACIRMESP: Lídia Nadir Giorge, Presidente, Marilene Gerônimo da Silva Maciel, Vice-Presidente, Alice Kiyomi Tomita, 1a. Tesou-

reira, Gersonita Correia Bargallo, 2a. Tesoureira , Daize Rosa, 1a. Secretaria, Rita de Cássia Vilas Boas, 2a. Secretária.

Além da homologação do Conselho Diretor, foram aprova-dos também os valores das anui-dades pagas pelos associados, além de quatro coordenadorias,

a saber: de Atendimento à Saúde, de Assistência Social e Pedagógica, de Comunicação e Rede Jurídica e Conselho Fiscal, que passam a compor a ACIRMESP. Os interessados em se associar, deverão fazer contato com Ingrid Mazeto, pelo telefone (011) 3266.5540.

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DIRETORIA DOS APOSENTADOS DO SINDICATO DOS BANCáRIOS PARTICIPA DE CURSO E ATIvIDADES EM CUBA

ob o enfoque Desafios e Alternativas do Sindica-lismo Latinoamericano

na Atualidade, desenvolveu-se o curso na cidade de Havana – Cuba, através da Escola de Qua-dros Sindicais “Lazaro Pena”, do qual participou a diretoria de Aposentados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, repre-sentada pela diretora, Maria da Glória Abdo e pelos funcioná-rios do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Cícero dos Santos e Ricardo Weber. O evento acon-tece anualmente por motivo da comemoração do dia 1º de Maio, e propicia uma grande oportuni-dade de intercâmbio político sin-dical com outras delegações da América latina e Caribe.

Neste ano, estiverem pre-sentes as delegações da Bolí-via, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatema-la, México, Panamá, Uruguai,

m vistita a Cuba, um dos objetivos do Correio ABAESP era conhecer

asilos e geriatras cubanos para troca de conhecimentos, contatos e para elaboração de propostas de melhorias em nosso sistema de saúde voltado para o seguimento da pessoa idosa. Foi gratificante a visita feita a uma instituição que cuida dos anciãos cubanos. A limpeza do local foi o que mais chamou a atenção, tendo em vista que Cuba faz pouco uso de deter-gentes e desinfetantes químicos, seguido da regular planificação de cuidados elaborado para cada um dos asilados, em relação às suas necessidades (medicamen-

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cífico, a escalada de violência e assassinatos de líderes sindi-calistas e caracterização de tais atos como crime hediondo con-tra os direitos humanos, contra a vida e a organização do traba-lho e pela imprescritibilidade dos mesmos;6 – Criação do Tribunal Inter-nacional Sindical, para aten-der, processar e julgar questões de abuso de poder do Capital nas relações de trabalho.

Venezuela e mais a Austrália, o que proporcionou, além da opor-tunidade de troca de ideias o es-tabelecimento de novos laços de amizade. A viagem conjugou tam-bém interesse e oportunidade de estabelecer contatos com autori-dades cubanas da área da saúde, o que foi especialmente proveitoso no sentido de fazer evoluir a idéia de estabelecimento de um progra-ma especial em serviços de geron-tologia e geriatria, a ser prestados

por médicos cubanos no Brasil.Atendendo o objetivo do curso,

ao final, foram elaboradas propos-tas e alternativas para o Sindicalis-mo da América Latina e Caribe, as quais foram assim sintetizadas:1 – Criação de Escolas Nacionais Latino Americanas de Formação Sindical para o desenvolvimento, aperfeiçoamento e difusão do co-nhecimento em economia, direito e ciência laboral, com orientação e fundamento classista;

2 – Desenvolvimento de um Foro por internet, com utilização e arti-culação de vias já existentes, como por exemplo, utilizando a conexão com a TELESUR;3 – Que se declare um Dia em Defesa da Consciência e Liber-dade Sindical;4 – Fortalecimento do movimen-to e da Unidade Sindical na Amé-rica Latina e Caribe;5 – Denúncia no Tribunal Interna-cional, de modo concreto e espe-

vISITA A UMA INSTITUIçÃO DE LONgA PERMANÊNCIA EM CUBA – CASA SAN RAFAEL

tos, banhos de asseio, troca de fraldas, em alguns casos, etc.).

A visita foi guiada pela dire-tora da Casa, a Dra. Patria Huerta que nos mostrou todas as depen-dências do local como cozinha, quartos, salas de jogos e a capela. Ela destacou que além da qualifi-cação profissional, o mais impor-tante é que as pessoas que traba-lham com idosos, tenha o desejo de cuidar do próximo, tenha esta disposição para o cuidar!

Existe uma iniciativa de pro-posta de trazer médicos cubanos para operar no sistema público de saúde do idoso e o assunto já foi iniciado com a equipe do Minis-tro da Saúde Alexandre Padilha.

Dra. Patria Huerta e Dra. Isis Montano

Ricardo Weber, Reitor Raymundo Navarro Fernandez, Maria da Glória e Cícero dos Santos

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ma frase de Ernesto Che Guevara define bem o es-pírito de comemoração

do 1º de Maio em Cuba: “No soy un libertador. Los libertadores no existen. Son los pueblos quienes se liberan a si mismos”.* O desfi-le dos trabalhadores tem um sabor especial porque é preparado e ma-nifestado com a participação de to-dos os trabalhadores, incluindo jo-vens e crianças e com uma energia muito vibrante. Cada cubano faz questão de comemorar como parte integrante da história de Cuba, que após o despertar da consciência nacional, fez a revolução socialis-ta que libertou a nação e os traba-lhadores de uma situação opressiva que flagelava a autoestima e a dig-nidade de seus cidadãos.

A marcha durou quase 2 horas e contou com várias classes traba-lhadoras empunhando bandeiras cubanas gigantes e cartazes refe-rentes à celebração, manifestando orgulho de sua história de luta e a importância que cada trabalhador tem na mudança do rumo de seu país. Posicionados na tribuna e em frente dela, estavam cerca de 1.900 dirigentes sindicais de 117 países. Bandeiras de outros países, cen-trais sindicais e de apoio às neces-sidades de Cuba, balançavam nas mãos dos visitantes que vibravam com a alegria de fazer parte da ce-lebração histórica.

O bloco dos trabalhadores da saúde, muito aplaudidos pelos pre-sentes, abriu o desfile e teve grande destaque em representar um dos orgulhos de Cuba que é o grande avanço na medicina em tratamen-tos e vacinas preventivas e por sua cooperação com outros países.

Um dos grandes orgulhos des-ta ilha caribenha estava estampa-do em muitas faixas que diziam:

1º DE MAIO EM CUBA TEM SABOR DE CONQUISTA PARA OS TRABALhADORES

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“Temos que melhorar e preservar o socialismo”. Amplamente di-vulgados eram os cartazes de pro-testos com as imagens dos Cinco

*“Não sou um libertador. Libertadores não existem. São os povos que libertam a si mesmos”

Patriotas antiterroristas Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González. Os

grupos bradaram pela liberdade e imediato regresso ao país des-tes cubanos presos há mais de 13 anos nos Estados Unidos.

Importante lembrar que a op-ção, pela luta, pela liberdade e pelo socialismo, veio dos trabalhadores, os verdadeiros heróis!

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vEREADORES DEFENDEM A CRIAçÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DA PESSOA IDOSA

CORREIO ABAESP –O senhor, como um dos Vere-adores que compõem a mesa da Comissão Permanente Extraordinária do Idoso da Câmara Municipal de São Paulo, abraçou logo a ideia de criação de uma Secretaria Municipal do Idoso. Porque adotou a postura pró-ativa?

Comungo dessa ideia há muito tempo. Por mim, o Exe-cutivo já teria implantado essa Secretaria. Sempre procurei incentivar a busca de uma so-lução para essa necessidade em relação ao idoso. Agora, com esse Projeto de Lei, po-demos acrescentar um arti-go com a autorização para a criação imediata da Secretaria Municipal do Idoso.

CORREIO ABAESP – O senhor defende que se aproveite o PL 0131/12 que discute a criação do Fundo Municipal do Idoso, inserin-do também a criação da Se-cretaria Municipal do Idoso,

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A ideia de criação da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa entra mais forte no debate na Comissão Extraordinária Permanente do Idoso da Câmara Municipal de São Paulo. A proposta tem apoio de vários seguimentos da sociedade e já vinha sendo defendida pela ABAESP, alguns Vereadores e outras entidades afins. A novidade agora é que o Vereador GILSON BARRETO propõe que se aproveite o PL/ 0131/12, que discute a criação do Fundo Municipal do Idoso, para incluir a aprovação da criação da Secretaria Municipal de Direitos da Pessoa Idosa. O objetivo seria ancorar os recursos, bem como adequar questões funcionais de organização e execução de políticas públicas, fechando foco na eficiência e otimização dos resultados, cumprindo o marco legal a respeito, como o Estatuto do Idoso. O jornal Correio ABAESP ouviu o vereador em entrevista, dia 14/06, em seu gabinete.

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haver emendas ao orçamento, mudanças que vão direcionar verbas específicas. É preciso união de forças, seja do povo ou do parlamento, para que apresentem um projeto para o Executivo.

CORREIO ABAESP – O fato de o senhor já ser ido-so, nos termos do Estatuto, apesar da jovialidade, in-fluencia na hora de defender o direto da pessoa idosa ou esta seria uma forma ou seu etilo natural de atuação?

Independe, pois sempre defendi isso, desde a cria-ção da Secretaria Municipal de Participação e Parceria. O parlamento tem a obriga-ção de apresentar projetos, fiscalizar a execução, criar alternativas de melhoria para a população, uma vez que há uma ineficiência da máquina pública. Ou seja, eu, como vereador, tenho que fazer a interligação entre o povo e o poder público a fim de fazer valer o respeito às necessida-des da população. Exemplo disso é a campanha que criei e de que participo todos os anos, que é o Mutirão da Ci-rurgia de Catarata, uma ação para os idosos, uma preocu-pação que sempre tive.

CORREIO ABAESP – Que outras medidas o se-nhor acha necessárias para levar essa sua ideia avante?

Após a criação é que, jun-to com o próprio segmento, serão definidas as normas e a aplicação das mesmas. A par-tir daí teremos uma ideia dinâ-mica do que falta. Mas é pre-ciso acima de tudo, educação, segurança e acessibilidade.

para ancorar os recursos, que de outro modo ficaria dividido entre a Secretaria Municipal de Participação e Parceria, a Secretaria Mu-nicipal de Finanças e mais um outro órgão a ser criado, o COAT, para assessorar as decisões e medidas a serem implementadas. O senhor acha que a criação da Se-cretaria Municipal do Idoso, unificaria e facilitaria essas ações e atribuições, bem como a administração das verbas?

Facilitaria sim, pois quan-do se cria uma Secretaria, as verbas só entram no ano se-guinte. O que é preciso mes-mo é que todas as atividades e todas as necessidades sejam concentradas na Secretaria, que teria vida própria para ad-ministrar e gerenciar tudo.

CORREIO ABAESP – O senhor, que é formado em contabilidade, mas também tem formação em direito, vê descompassos entre a vonta-de popular, a demanda por serviços, o marco legal e a resposta dos órgãos gover-namentais em relação aos direitos já consagrados em lei? Acredita que a criação de uma Secretaria própria melhor atenderia as ques-tões de demandas da popu-lação idosa, dentro da pers-pectiva de crescimento dessa população?

A Secretaria é necessária, pois já passou do tempo de fa-zermos isso. Um órgão só é o suficiente, pois ele cuidará de todas as questões. O orçamen-to destinado só caberá a ele, que vai desenvolver os Pro-gramas específicos necessá-rios. Em seguida é que poderá

FORMADA A 1ª TURMA DO CURSO DE CUIDADOR DE IDOSO

o dia 02 de junho foi realizada a certifi-cação dos alunos no

curso de Formação de Cui-dadores de Idosos, fruto de uma parceria entre o Sindi-cato dos Bancários de SP, a Associação 28 de Agosto de Educação e Comunicação, a ABAESP (Associação dos Bancários Aposentados do Estado de São Paulo) e a Olhe – Observatório da Longevidade. Foram 03 meses de curso, com uma carga horária de 100 horas, que teve como objetivo a capacitação do profissional para cuidar de idosos com ou sem limitações para as atividades diárias, identifi-

N cando as necessidades e ex- -pectativas do idoso cuidado.

As aulas abordaram eixos técnicos como envelhecimen-to, longevidade na atualida-de, conceitos gerontológicos, doenças mais comuns na ve-lhice, nutrição, o auto cuida-do e as relações no ambiente de trabalho. Também tiveram aulas práticas de banho e ensi-namentos sobre higienização da pessoa cuidada, envelhe-cimento fisiológico, e outros temas pertinentes para a for-mação de um cuidador quali-ficado tecnicamente. Durante o curso, os alunos tiveram a oportunidade de visitar insti-tuições que cuidam de idosos e suas rotinas.

Os alunos formados sa-bem que a profissão Cui-dador de Idoso, é um seg-mento que faz parte de um mercado cheio de oportuni-dades e carente de qualifica-ção. Embora ainda não seja uma profissão regulamen-tada por Lei Federal, existe uma demanda grande deste profissional, considerando que em São Paulo são mais de 1.300.000 idosos e mui-tas vezes as famílias não possuem tempo para cuidar deste idoso.

O próximo curso co-meçará dia 04/08/2012. Maiores informações com a OLHE, telefone (11) 3266-5540.

Alunos com a professora Marília Berzins

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DIRETORIA DA ABAESP – mANDATO 2010/2013Presidenta Maria da Glória Abdo Vice Presidente Arnaldo Muchon Secretário Gilmar Carneiro Secretária Elza da Silva Tesoureiro Geral Manoel Rodrigues Tesoureiro Paulo Roberto Dias Diretor Jurídico Walnite Gomes de Camargo Diretor Social: Carmelo Polastri Textos Cícero dos Santos e Ricardo Weber Fotos Ricardo Weber Diagramação Leandro Siman Rua São Bento, 365 – 20º andar – Telefone (11) 3104-9080 / 3104-5876 Tiragem 5.000 exemplares E-mail [email protected]

APOIO

hOSPITAL INAUgURADO EM CURITIBAé REFERÊNCIA EM SAúDE DO IDOSO

uritiba, desde o dia 29 de Março já conta com o Hospital Zilda Arns,

direcionado ao atendimento da pessoa idosa. Instalado em terre-no de 25 mil metros quadrados de área e com 9.420 metros de área construída, o hospital está totalmente equipado e conta com central de imagem (tomografia computadorizada, radiologia, ecografia, colonoscopia, endos-copia), e já nasce funcionando integrado a seis centros munici-pais de urgências médicas. Apa-relhado com 141 leitos, 20 leitos UTI (Unidade de Terapia Inten-siva), um centro cirúrgico com duas salas, enfermarias, área de emergência, de cuidados in-termediários e isolamento, con-sultórios, área para atendimento domiciliar, farmácia, salas de fisioterapia, solário, auditório, biblioteca, salas de aula, lancho-nete e capela, tem capacidade para 50 mil atendimentos e 10 mil internamentos/ano, além de oferecer atendimento domiciliar, exames especializados e cursos de capacitação em geriatria.

O investimento integraliza-do foi de R$ 39 milhões, sendo R$ 19,9 milhões com recur-sos da prefeitura, R$ 15,3 mi-lhões do Ministério da Saúde e R$ 3,8 milhões do governo do

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Estado. Haverá pela secretária es-tadual da saúde, um repasse de R$ 1,7 milhão para custeio por meio do Programa de Apoio e Quali-ficação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do SUS Paraná – HOSPSUS. Segundo o censo do IBGE de 2010, o Paraná conta com uma população de 1,2 mi-lhões de idosos, dos quais 16%, encontra-se em Curitiba. Em fun-ção da alta qualidade do sistema, o Ministério de Saúde vai criar em Curitiba um “Observatório de

Atenção ao Idoso”, de onde sai-rão as políticas nacionais para a saúde dos idosos, disse o secretá-rio nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior.

Diferentemente de Curitiba, São Paulo não possui hospital especializado para o atendimen-to do segmento da população idosa e as poucas Unidades de Referencia em Saúde do Idoso que existem não estão articula-das para atender os casos de alta

complexidade, não oferecendo garantia de leitos reservas para internação na medida em que a demanda requer.

A ABAESP vem defendendo, desde 2009, para a Capital e o Estado de São Paulo, que conta com uma população idosa de 4,6 milhões de pessoas, sendo 1,4 milhões na Capital, a implan-tação do Hospital e Instituto do Idoso, projetado como um cen-tro de referência em saúde pú-blica para o atendimento ao seg-

mento, bem como centro de pesquisas médicas em enfer-midades que acomete a pessoa idosa, além de de formação e capacitação de pessoal. Proje-tos sólidos como o de Curitiba e conforme defende a ABA-ESP para São Paulo, represen-tam de fato um grande avanço e tem a vantagem inequívoca de concentrar recursos para melhorar a capacidade de atendimento, a qualidade e a eficiência do sistema. Assim, os recursos materiais e clíni-cos, os avanços em pesquisa e a contínua formação acabam por se integrar num modelo de excelência, e não por aca-so, o ministério da saúde uti-lizará o Hospital implantado em Curitiba como um “centro de atenção” de onde se forjará as políticas públicas nacional pró saúde da pessoa idosa.

Certamente esse é o ca-minho para combater a atual precarização do atendimento, conforme por aqui se verifica, aperfeiçoar as políticas públi-cas em saúde, garantir investi-mentos de longo prazos e com-patibilizar orçamentos dentro da expectativa de vida cada vez maior da população idosa, cumprindo o ideário já previs-to na legislação em vigor.

• Plenárias da ABAESP toda 1ª sexta-feira do mês acontece na sede do Sindicato dos Bancários de SP localizado na Rua São Bento, 413,a Plenária da ABAESP às 14h. Participe! • Festa dos Aniversariantes do mês toda última sexta-feira do mês acontece a Festa dos Aniversariantes na sede da ABAESP na Rua São Bento, 365 – 20º andar às 14h