jornal conceito saúde n. 14 - 2015

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1 JORNALCONCEITO SAÚDE Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • n o 14 • 2015

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Jornal sobre saúde e qualidade de vida. Edição especial sobre a prevenção ao Câncer de Próstata.

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1JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

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2 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

O jornal CO jornal CO jornal CO jornal CO jornal CONCEITONCEITONCEITONCEITONCEITO SO SO SO SO SAAAAAÚDEÚDEÚDEÚDEÚDEé uma publicé uma publicé uma publicé uma publicé uma publicação daação daação daação daação da

EEEEEditditditditditororororora Conceita Conceita Conceita Conceita Conceitooooo, f, f, f, f, focococococada em publicada em publicada em publicada em publicada em publicações sobrações sobrações sobrações sobrações sobreeeeesaúde. Dasaúde. Dasaúde. Dasaúde. Dasaúde. Dattttta de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de aga de Fundação: 10 de agosososososttttto de 1998o de 1998o de 1998o de 1998o de 1998

CNPJ: 02.966.926/0001-08Ins. Mun. 195-261-2-1

Av. Carlos Gomes, 141/1202Auxiliadora, Porto Alegre-RS CEP 90480-003

EEEEEditditditditditororororor-R-R-R-R-ResponsáesponsáesponsáesponsáesponsávvvvvelelelelelCezar Augusto Gonçalves Rodrigues

Jornalista Mtb.: [email protected]

(51) 8163-2878

DirDirDirDirDireeeeetttttororororora- Exa- Exa- Exa- Exa- ExecutivecutivecutivecutivecutivaaaaaMarta DePaula

[email protected](51) 9704-7716

DesignDesignDesignDesignDesignAraci F. P. Rodrigues

[email protected]

Foto da capa: Letícia Castrocedida gentilmente pelo Museu de História da

Medicina do Rio Grande do Sul - MUHM

Publicação de Divulgação CientíficaISSN 2359-4578

Registro atribuido pelo Instituto Brasileiro deInformação em Ciência e Tecnologia - IBICT

Expediente

no 15/2015 ano 4 Pílulas de Vida do DrPílulas de Vida do DrPílulas de Vida do DrPílulas de Vida do DrPílulas de Vida do Dr. R. R. R. R. Ross -oss -oss -oss -oss -19401940194019401940Medicamentos sempre tiveramdestaque nas propagandas dosanos 30 e anos 40. Confira oanúncio das Pílulas de Vida doDr. Ross, para combater aprisão de ventre.

“O clima tropical torna o fígadopreguiçoso. A preguiça dofígado traz, comoconsequência imediata, aprisão de ventre. Não deixeque seu fígado ‘durma’. Des-perte-o com Pílulas de Vida doDr. Ross, que estimulam ofígado, eliminam a prisão deventre e tonificam todo oaparelho digestivo, dando-lhevigor e saúde”.

Propaganda veiculada no jornal'O Estado de São Paulo' no dia08 de setembro de 1940.

Fonte: Reclames do EstadãoGentilmente cedido por:propagandashistoricas.com.br

Parece que foi ontem...

Sumário

3 • Editorial - Novembro Azull

4 - 6 • Entrevista: Dr. Gilberto Schwartsmann

7 - 9 • Perguntas & Respostas: “Câncer de Próstata”

9 • É bom saber: “ONCOLOGIA”

10 -13 • Diabetes

14 • Farmácia - “Indicação Magistral Pós Bariátrica”

15 • Entrevista: Dr. Carlos A. S. Martins de Barros

16 • Psicologia - “As Emoções têm nome”

17 • Espaço Semapi: Mulheres e homens contra o câncer!

17 • História da Medicina: “Laurindo Rabelo, um médico afrodescendente na ABL”

18 - 19 • Entrevista: Dr. Nelson Heller e Dr. José Carlos Riccardi Guimarães

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3JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

• Cezar Augusto GonçalvesRodriguesJornalista e editor de livros naEditora Conceito.Pós-Graduado emDesenvolvimento Regional.Mtb 15732

• Warley OliveiraGraduado em Letras e emPedagogia pela UFRGS.Pós-Graduado em Pedagogiapela UFRGS e emNeopedagogia da Gramática.

• Euclides GomesMédico Psiquiatra. Diretor Técnico doCurso de especialização em Psiquiatria doCentro de Estudos Cyro Martins.Professor convidado da Faculdade deMedicina da UFCSPA. Título deEspecialista em Psiquiatria pela ABP/AMB.Mestrando em Geriatria pela UniversidadeMiguel de Cervantes/Espanha.CREMERS 12.414, RQE 19795

• João Carlos GuaragnaChefe do Serviço de Cardiologiado Hospital São Lucas daPUCRS. CREMERS 07110,RQE 631

• Carlos Alberto S. M. deBarrosMédico Psiquiatra. Professorno Curso de Medicina ePsicologia da ULBRA.CREMERS 14911, RQE24298, RQE 95, RQE 16570.

• Ruy E. Dornelles DiasMédico e Especialista emEndoscopia DigestivaTerapêutica no Instituto Israelitade Ensino e Pesquisa AlbertEinstein (SP). Pós-Graduado em

Endoscopia Terapêutica pelo Hospital SírioLibanês (SP). Membro Titular da SociedadeBrasileira de Endoscopia (SOBED).Membro Titular da Associação Brasileira deCâncer Gástrico.CREMERS 22279 SOBED/CFM 19573.

• Ângela Rafaela GrandiMédica e Especialista em Psiquiatria peloInstituto Abuchaim. CREMERS 026799,RQE 24688

• Drª Tânia Rudnicki, PhDPsicóloga. Pós-Doutorado em Psicologia daSaúde pelo ISPA (Instituto de PsicologiaAplicada, Lisboa/PT).CRP 07/1281

JORNAL CONCEITO SAÚDE: : : : : Disseminando informação de qualidade sobrDisseminando informação de qualidade sobrDisseminando informação de qualidade sobrDisseminando informação de qualidade sobrDisseminando informação de qualidade sobre ase ase ase ase asprincipais doenças que acometem homens e mulprincipais doenças que acometem homens e mulprincipais doenças que acometem homens e mulprincipais doenças que acometem homens e mulprincipais doenças que acometem homens e mulherherherherhereseseseses. Pr. Pr. Pr. Pr. Promoomoomoomoomovendo o bem-estar físicovendo o bem-estar físicovendo o bem-estar físicovendo o bem-estar físicovendo o bem-estar físico

e emocional, do aue emocional, do aue emocional, do aue emocional, do aue emocional, do autocuidado e da autocuidado e da autocuidado e da autocuidado e da autocuidado e da autoestima, pois a saúde é o nosso bem maistoestima, pois a saúde é o nosso bem maistoestima, pois a saúde é o nosso bem maistoestima, pois a saúde é o nosso bem maistoestima, pois a saúde é o nosso bem maisvalioso e mervalioso e mervalioso e mervalioso e mervalioso e merece atenção especial.ece atenção especial.ece atenção especial.ece atenção especial.ece atenção especial.

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4 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

ornal Conceitornal Conceitornal Conceitornal Conceitornal Conceito Saúde - Como suro Saúde - Como suro Saúde - Como suro Saúde - Como suro Saúde - Como surgiu ogiu ogiu ogiu ogiu oNoNoNoNoNovvvvvembrembrembrembrembro Azo Azo Azo Azo Azul? O Noul? O Noul? O Noul? O Noul? O Novvvvvembrembrembrembrembro Azo Azo Azo Azo Azul éul éul éul éul éum moum moum moum moum movimenvimenvimenvimenvimenttttto mundial deo mundial deo mundial deo mundial deo mundial demobilizmobilizmobilizmobilizmobilização pela deação pela deação pela deação pela deação pela detttttecção precção precção precção precção precececececoce dooce dooce dooce dooce do

Câncer de PCâncer de PCâncer de PCâncer de PCâncer de Prrrrrósósósósóstttttaaaaattttta assim ca assim ca assim ca assim ca assim como fomo fomo fomo fomo foi ooi ooi ooi ooi oOutubrOutubrOutubrOutubrOutubro Ro Ro Ro Ro Rosa do Câncer de Mama?osa do Câncer de Mama?osa do Câncer de Mama?osa do Câncer de Mama?osa do Câncer de Mama?

GilbertGilbertGilbertGilbertGilberto Scho Scho Scho Scho Schwwwwwartsmann - artsmann - artsmann - artsmann - artsmann - À semelhança doOutubro Rosa, o Novembro Azul teve suaorigem no chamado “Movember”, umacampanha realizada por diversas entidadesinternacionais, durante o mês de novembro, aqual tem como objetivo conscientizar asociedade e os homens quanto à importânciada prevenção e diagnóstico precoce do câncerde próstata e outras doenças masculinas.

JEm vários países, o “Movember” envolvemúltiplas atividades, incluindo debates sobretemas médicos, e até não médicos, douniverso masculino. Já vi, na Europa, debatesobre câncer de testículo, depressãomasculina, distúrbios de ereção, até sobrebigode, dentro das atividades do “Movember”.

Parece que o movimento teria começado em17 de novembro de 2003, na Austrália,durante as comemorações do Dia Mundial deCombate ao Câncer de Próstata. No Brasil, o“Novembro Azul”, foi criado com o desafioinicial de acabar com o preconceito masculinode ir ao médico e fazer o exame de toqueretal.

O Novembro Azul e as campanhas decombate ao câncer de próstata têm superadotodas as expectativas. No ano passado, houvemais de 2000 eventos, em várias regiões dopaís. Estas manifestações incluem a

iluminação em azul de vários pontosturísticos, como o Cristo Redentor no RJ e oCongresso Nacional em Brasília. Em NovaIorque, até o Times Square aderiu aomovimento. No Brasil, o sucesso domovimento acabou por incluir o NovembroAzul no calendário nacional de campanhas deprevenção.

Devemos, contudo, fazer justiça com ahistória. O mês de Novembro foihistoricamente dedicado à conscientizaçãoquanto à importância do controle do diabete.O dia 14 de Novembro é a data do aniversáriode um dos descobridores da insulina eganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia eMedicina em 1923, o canadense Dr. FrederickBanting. E é o mês em que se comemora o diamundial do diabetes. Este reconhecimento éoficial pela Organização Mundial da Saúdedesde 1991.

Contudo, para efeitos práticos, a exemplo doOutubro Rosa para o câncer de mama e asmulheres, o Novembro Azul é, para nós,brasileiros, o mês-símbolo em que sãorealizadas ações de conscientização quanto àprevenção e detecção do câncer de próstata,bem como demais doenças que afetam oshomens.

“Metade dos homensNUNCA consultaram

um urologista.Incrível, não é mesmo?"

A afirmação acima é do Dr.Gilberto Schwartsmann,graduado em Medicina pelaFaculdade de Medicina a

NOVEMBROAZUL

Por CePor CePor CePor CePor Cezar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto Gzar Augusto G. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues. Rodrigues

A campanha ajuda na conscientização da importânciado exame de prevenção ao Câncer de Próstata

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GS - GS - GS - GS - GS - Novembro Azul de 2015 visaessencialmente conscientizar os homens sobrecâncer de próstata e fazê-los procurar ourologista a partir dos 50 anos. É este oobjetivo central. Dados recentes da SociedadeBrasileira de Urologia revela que a metade doshomens NUNCA consultaram um urologista.Incrível, não mesmo?

O câncer de próstata é altamente prevalentenos homens, com uma estimativa de quase 69mil novos casos ao ano. A doença não temhoje uma forma eficiente de prevenção.Contudo, o diagnóstico precoce é essencialpara a cura. Hoje é possível até mesmo nãoretirar o tumor, quando ele é de baixo risco eapenas acompanhar a sua evolução, o quechamamos de vigilância ativa. Claro que isto édefinido pelo especialista.

UFRGS, com especialização pela UniversidadeLondres, PhD pela Universidade Livre deAmsterdam e pós-doutorado pela EORTC/NationalCancer Institute dos Estados Unidos. Foi diretor doNew Drug Development Office da EuropeanOrganization for Research and Treatment of Cancer.Atualmente, é Professor de Oncologia da Faculdadede Medicina da UFRGS, preside a FundaçãoCentral Sul Americana para o Desenvolvimento deDrogas Anticâncer; é membro titular da AcademiaNacional de Medicina e Vice-Presidente daAcademia Sul-Rio-Grandense de Medicina; É Chefedo Serviço de Oncologia do Hospital de Clínicas dePorto Alegre e do Serviço de Oncologia do HospitalErnesto Dornelles em Porto Alegre, RS. Possui maisde 200 artigos científicos internacionais, várioscapítulos e livros publicados, além de ser autor devárias patentes de novos medicamentos.

Foto cedida gentilmente pelo Museu de História daMedicina do Rio Grande do Sul - MUHM

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Para conscientizar a população daimportância dos exames anuais a partir dos50 anos, realiza-se o Novembro Azul. Acampanha, idealizada pelo Instituto Lado aLado Pela Vida e com apoio da SociedadeBrasileira de Urologia, visa conscientizar apopulação quanto à importância da detecçãoprecoce do câncer de próstata no Brasil.

Ao longo do mês serão realizadas ações emtodos os Estados brasileiros, que vão desde ailuminação de pontos turísticos emonumentos, até palestras para leigos,intervenções em locais de grande circulação eum fórum de debates sobre políticas de saúdeno dia 17 de novembro – Dia Nacional deCombate ao Câncer de Próstata – na Câmarados Deputados, em Brasília.

JCS - Qual a esJCS - Qual a esJCS - Qual a esJCS - Qual a esJCS - Qual a estimatimatimatimatimativtivtivtivtiva do Insa do Insa do Insa do Insa do Instituttituttituttituttituto Nacionalo Nacionalo Nacionalo Nacionalo Nacionaldo Câncer (Incdo Câncer (Incdo Câncer (Incdo Câncer (Incdo Câncer (Inca) de que surjam noa) de que surjam noa) de que surjam noa) de que surjam noa) de que surjam novvvvvos cos cos cos cos casosasosasosasosasosno Brno Brno Brno Brno Brasil? - Qual o esasil? - Qual o esasil? - Qual o esasil? - Qual o esasil? - Qual o estttttado que aprado que aprado que aprado que aprado que apresenesenesenesenesenttttta oa oa oa oa omaior índice de Câncer de prmaior índice de Câncer de prmaior índice de Câncer de prmaior índice de Câncer de prmaior índice de Câncer de prósósósósóstttttaaaaattttta? - Qual éa? - Qual éa? - Qual éa? - Qual éa? - Qual éa situação dos ga situação dos ga situação dos ga situação dos ga situação dos gaúchos hoje no cenárioaúchos hoje no cenárioaúchos hoje no cenárioaúchos hoje no cenárioaúchos hoje no cenárionacional da doençnacional da doençnacional da doençnacional da doençnacional da doença?a?a?a?a?

GS - GS - GS - GS - GS - Mais precisamente, o Instituto Nacionaldo Câncer (Inca) estima que 68.800 casosnovos de câncer de próstata ocorreram noBrasil, no ano de 2014. Esses valorescorrespondem a um risco estimado de 70,42casos novos a cada 100 mil homens.

Excluídos os tumores comuns de pele (não merefiro aos melanomas), o câncer de próstata éo mais incidente entre os homens em todas asregiões do Brasil, com 91,24/100 mil naRegião Sul, 88,06/100 mil na Região Sudeste,62,55/100 mil no Centro-Oeste, 47,46/100mil no Nordeste e 30,16/100 mil na RegiãoNorte. Portanto, a Região Sul é a de maiorincidência.

JCS - Ao seu vJCS - Ao seu vJCS - Ao seu vJCS - Ao seu vJCS - Ao seu ver qual é a maior cer qual é a maior cer qual é a maior cer qual é a maior cer qual é a maior causa doausa doausa doausa doausa doaumenaumenaumenaumenaumenttttto do índice de Câncer de pro do índice de Câncer de pro do índice de Câncer de pro do índice de Câncer de pro do índice de Câncer de prósósósósóstttttaaaaattttta?a?a?a?a?

GSGSGSGSGS - No Brasil, o aumento da expectativa devida, a melhoria e a evolução dos métodosdiagnósticos e da qualidade dos sistemas deinformação do país, bem como a ocorrênciasobre diagnóstico, em função da disseminaçãodo rastreamento do câncer de próstata comPSA e toque retal, podem explicar o aumentodas taxas de incidência ao longo dos anos.

No contexto internacional, a últimaestimativa mundial apontou o câncer depróstata como sendo o segundo tipo maisfrequente em homens, cerca de 1,1 milhão decasos novos no ano de 2012.Aproximadamente 70% dos casosdiagnosticados no mundo ocorrem em paísesdesenvolvidos. As mais altas taxas deincidência foram observadas na Austrália/Nova Zelândia, Europa Ocidental e Américado Norte. Esse aumento pode ser reflexo, emgrande parte, das práticas de rastreamento

pelo teste do Antígeno Prostático Específico(PSA).

O único fator de risco bem estabelecido parao desenvolvimento do câncer de próstata é aidade. Aproximadamente 62% dos casosdiagnosticados no mundo ocorrem emhomens com 65 anos ou mais. Com oaumento da expectativa de vida mundial, éesperado que o número de casos novos decâncer de próstata aumente cerca de 60% em2015.

Etnia e história familiar são também possíveisfatores de risco. O câncer de próstata éaproximadamente duas vezes mais comum emhomens negros se comparados aos brancos.Há também estudos associando hábitosalimentares ao câncer de próstata. Dietas combase em gordura animal, carne vermelha,embutidos e cálcio têm sido associadas aoaumento no risco de desenvolver câncer depróstata.

Além disso, a obesidade também é apontadano aumento do risco de desenvolver essaneoplasia, em especial para aquelas decomportamento mais agressivo. Emcontrapartida, é possível que dietas ricas emvegetais, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3sejam capazes de conferir algum efeito

câncer. Isto alimenta uma cerca resistência aque se fale abertamente sobre o assunto. Mashá grandes avanços. Hoje, o câncer já não é otabu que era há algumas décadas. Há grandesprogressos no tratamento e incontáveishistórias de curas e sucessos da ciência. Etambém um interesse crescente em discutireste tema abertamente na mídia, o que émuito positivo. A atitude da equipe de saúdetambém se tornou mais honesta etransparente. Isto tem importantes reflexos naatitude do paciente.

JCS - A partir de que idade deve ser feito oexame?

GS - O médico bem formado deve sempreexaminar o paciente de forma completa. Oexame de toque retal faz parte do exame dopaciente, independente de pensarmos nocâncer de próstata, pois auxilia naidentificação de várias doenças importantes.Tanto em homens como mulheres. Por razõespráticas, o toque não é necessário a cadaexame do paciente, mas um médico zelosodeve em algum momento fazer o exame detoque retal em seu paciente. Esta pode ser amaneira de detectar fissuras, hemorroidas,tumores de ânus, canal anal e reto. E nohomem ainda há as doenças da próstata,algumas bem mais comuns, como ahiperplasia da próstata. E obviamente ocâncer.

JCS - O senhor poderia passar parJCS - O senhor poderia passar parJCS - O senhor poderia passar parJCS - O senhor poderia passar parJCS - O senhor poderia passar para o leita o leita o leita o leita o leitor oor oor oor oor orrrrrelaelaelaelaelattttto de um pacieno de um pacieno de um pacieno de um pacieno de um pacienttttte que passou peloe que passou peloe que passou peloe que passou peloe que passou peloCâncer de prCâncer de prCâncer de prCâncer de prCâncer de prósósósósóstttttaaaaattttta e fa e fa e fa e fa e foi bem sucedido poroi bem sucedido poroi bem sucedido poroi bem sucedido poroi bem sucedido porttttter fer fer fer fer feiteiteiteiteito a pro a pro a pro a pro a preeeeevvvvvenção e mosenção e mosenção e mosenção e mosenção e mostrtrtrtrtrar ao leitar ao leitar ao leitar ao leitar ao leitor aor aor aor aor aimportimportimportimportimportância da prância da prância da prância da prância da preeeeevvvvvenção?enção?enção?enção?enção?

GS - GS - GS - GS - GS - Já vivi um número muito grande desituações, nas quais a importância da detecçãoprecoce foi decisiva para o sucesso dotratamento. Lembro um de meus alunos dafaculdade de medicina, que encontrei háalguns meses na fila do cinema. Ele mecontou que estava muito feliz, pois, inspiradopor uma de minhas aulas de oncologia,resolvera abordar o assunto sobre examespreventivos e de detecção precoce do câncer,em uma roda de conversa com seus familiares,durante um jantar de família.

Para sua surpresa, um de seus tios, com 52anos de idade, e que nunca havia feitoconsulta com o urologista, por medo deenfrentar o toque retal, telefonou a ele depoisde algumas semanas, dizendo-se eternamentegrato. Depois da conversa do jantar, eledecidira consultar o urologista. E estesuspeitara da presença de um pequeno tumormaligno em sua próstata, pelo toque retal.Solicitou uma medida de PSA no sangue edepois uma ecografia. Dito e feito. Encontrouum câncer inicial de próstata, o qual omédico afirmava ser totalmente curável com

O InsO InsO InsO InsO Instituttituttituttituttituto Nacional doo Nacional doo Nacional doo Nacional doo Nacional doCâncer (IncCâncer (IncCâncer (IncCâncer (IncCâncer (Inca) esa) esa) esa) esa) estima quetima quetima quetima quetima que68.800 c68.800 c68.800 c68.800 c68.800 casos noasos noasos noasos noasos novvvvvos deos deos deos deos de

cccccâncer de prâncer de prâncer de prâncer de prâncer de prósósósósóstttttaaaaatttttaaaaaocococococorrorrorrorrorrerererereram no Bram no Bram no Bram no Bram no Brasil, noasil, noasil, noasil, noasil, no

ano de 2014. Essesano de 2014. Essesano de 2014. Essesano de 2014. Essesano de 2014. Essesvvvvvaloraloraloraloralores ces ces ces ces corrorrorrorrorrespondem aespondem aespondem aespondem aespondem a

um riscum riscum riscum riscum risco eso eso eso eso estimado detimado detimado detimado detimado de70,42 c70,42 c70,42 c70,42 c70,42 casos noasos noasos noasos noasos novvvvvos a cos a cos a cos a cos a cadaadaadaadaada

100 mil homens.100 mil homens.100 mil homens.100 mil homens.100 mil homens.

protetor contra o câncer de próstata. Mas istoprecisa ser confirmado em estudos maisdetalhados.

JCS - Qual a rJCS - Qual a rJCS - Qual a rJCS - Qual a rJCS - Qual a reação que o senhor pereação que o senhor pereação que o senhor pereação que o senhor pereação que o senhor percebecebecebecebecebeao fao fao fao fao falar inclusivalar inclusivalar inclusivalar inclusivalar inclusive em suas palese em suas palese em suas palese em suas palese em suas palestrtrtrtrtras sobras sobras sobras sobras sobreeeeeesse assunesse assunesse assunesse assunesse assunttttto? Po? Po? Po? Po? Porororororque é tque é tque é tque é tque é tão difícil parão difícil parão difícil parão difícil parão difícil para oa oa oa oa ohomem fhomem fhomem fhomem fhomem fazazazazazer o eer o eer o eer o eer o exxxxxame prame prame prame prame preeeeevvvvvenenenenentivtivtivtivtivo?o?o?o?o?

GS - GS - GS - GS - GS - É claro que há ainda muitodesconhecimento sobre o assunto. Istoalimenta as fantasias e inseguranças sobre o

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cirurgia. O aluno despediu-se de mim, naporta do cinema, dizendo que eu o ajudara ase transformar em “um herói” na família.

JCS - Qual a média de cJCS - Qual a média de cJCS - Qual a média de cJCS - Qual a média de cJCS - Qual a média de consultonsultonsultonsultonsultas deas deas deas deas depacienpacienpacienpacienpacientttttes que busces que busces que busces que busces que buscam seu cam seu cam seu cam seu cam seu consultonsultonsultonsultonsultório parório parório parório parório paraaaaao eo eo eo eo exxxxxame de Câncer de prame de Câncer de prame de Câncer de prame de Câncer de prame de Câncer de prósósósósóstttttaaaaattttta? E ca? E ca? E ca? E ca? E como oomo oomo oomo oomo opacienpacienpacienpacienpacienttttte re re re re reageageageageage ao re ao re ao re ao re ao receber o diagnóseceber o diagnóseceber o diagnóseceber o diagnóseceber o diagnóstictictictictico deo deo deo deo deque esque esque esque esque estttttá cá cá cá cá com com com com com câncer?âncer?âncer?âncer?âncer?

GS - GS - GS - GS - GS - Câncer de próstata é um eventofrequente no consultório do oncologista.Graças ao diagnóstico precoce, a vasta maioriados pacientes procura hoje o especialista emum momento em que a cura é a regra. Nostumores localizados, isto pode ser atingidotanto com a cirurgia, quanto com o uso deirradiação.

Além disto, ao descobrir-se o câncer depróstata, hoje é também possível avaliar suaagressividade. Ao ser classificado como debaixo risco, pode ser indicado o tratamentode vigilância ativa, ou seja, a observação daevolução do quadro sem intervençõesterapêuticas, caso o câncer seja consideradoindolente e o paciente se enquadrar nosdemais requisitos. Nos de risco mais elevado,ao contrário, podem ser associadas outrasformas de tratamento associadas aotratamento local.

Até há poucos anos, ao descobrir-se umcâncer de próstata em estágio avançado, otratamento era simplesmente paliativo dossintomas. Hoje, surgiram diversos

um médicum médicum médicum médicum médico zo zo zo zo zeloso deeloso deeloso deeloso deeloso devvvvveeeeeem algum momenem algum momenem algum momenem algum momenem algum momentttttooooo

fffffazazazazazer o eer o eer o eer o eer o exxxxxame de tame de tame de tame de tame de toqueoqueoqueoqueoquerrrrreeeeetttttal em seu pacienal em seu pacienal em seu pacienal em seu pacienal em seu pacienttttte.e.e.e.e.

EsEsEsEsEsttttta pode ser aa pode ser aa pode ser aa pode ser aa pode ser amaneirmaneirmaneirmaneirmaneira de dea de dea de dea de dea de detttttectectectectectararararar

fissurfissurfissurfissurfissuras, hemorras, hemorras, hemorras, hemorras, hemorroidas,oidas,oidas,oidas,oidas,tumortumortumortumortumores de ânus, ces de ânus, ces de ânus, ces de ânus, ces de ânus, canalanalanalanalanal

anal e ranal e ranal e ranal e ranal e reeeeetttttooooo, e no, e no, e no, e no, e nohomem, há as doençhomem, há as doençhomem, há as doençhomem, há as doençhomem, há as doençasasasasasda prda prda prda prda prósósósósóstttttaaaaattttta, algumasa, algumasa, algumasa, algumasa, algumasbem mais cbem mais cbem mais cbem mais cbem mais comuns,omuns,omuns,omuns,omuns,

cccccomo a hiperplasia daomo a hiperplasia daomo a hiperplasia daomo a hiperplasia daomo a hiperplasia daprprprprprósósósósóstttttaaaaattttta. E oba. E oba. E oba. E oba. E obviamenviamenviamenviamenviamenttttteeeee

o co co co co câncerâncerâncerâncerâncer.....

“ medicamentos que proporcionam melhorexpectativa de vida e uma melhor qualidadeao paciente. Todas estas conquistas setraduzem em maior otimismo do paciente eseus familiares.

JCS - Qual o papel da esposa e o que cJCS - Qual o papel da esposa e o que cJCS - Qual o papel da esposa e o que cJCS - Qual o papel da esposa e o que cJCS - Qual o papel da esposa e o que cadaadaadaadaadafffffamiliar poderia assumir paramiliar poderia assumir paramiliar poderia assumir paramiliar poderia assumir paramiliar poderia assumir para a pra a pra a pra a pra a preeeeevvvvvençãoençãoençãoençãoençãodo Câncer de prdo Câncer de prdo Câncer de prdo Câncer de prdo Câncer de prósósósósóstttttaaaaattttta? - Como o senhor va? - Como o senhor va? - Como o senhor va? - Como o senhor va? - Como o senhor vêêêêêa participação das ra participação das ra participação das ra participação das ra participação das redes sociais naedes sociais naedes sociais naedes sociais naedes sociais namobilizmobilizmobilizmobilizmobilização paração paração paração paração para a pra a pra a pra a pra a preeeeevvvvvenção ao Câncer?enção ao Câncer?enção ao Câncer?enção ao Câncer?enção ao Câncer?

GS - GS - GS - GS - GS - A família é fundamental no atendimentode qualquer paciente. No câncer de próstata,em especial, há a questão de se tratar de umadoença maligna e atingir um órgão associadocom a masculinidade. Estas questões devemser tratadas com muito cuidado e respeito.Por sorte, hoje há equipes muito bemtreinadas para oferecer ao paciente e suafamília todo o suporte necessário, desde aparte médica até aos aspectos afetivos, sociaise de outra ordem que fazem parte do contextoda doença.

JCS - Suas cJCS - Suas cJCS - Suas cJCS - Suas cJCS - Suas consideronsideronsideronsideronsiderações finaisações finaisações finaisações finaisações finais

GS - GS - GS - GS - GS - O Novembro Azul é uma oportunidadepreciosa de exercermos a nossa cidadania. Istose dá através de ações visando conscientizar omaior número possível de pessoas, quanto aoenfrentamento de doenças importantes, comoé o câncer de próstata. Dá a todos nós aoportunidade de sermos pessoas melhores.Tornando-nos mais dignos de fazermos parteda humanidade que habita este planeta.

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7JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

3O tratamento depende de quantoruins ou intensos são os sintomas,de quanto eles afetam as

QUAIS AS OPÇÕES DETRATAMENTO DA HBP?

A prostatite pode afetar o homem aqualquer idade, mas é mais comumem pessoas com a idade entre 30 e 50anos. Ela pode ser causada por umainfecção ou uma inflamação daglândula da próstata.Além dos sintomas descritosanteriormente, a prostatite podetambém causar:• Dores ou incômodos na base dascostas, no abdômen, nos testículos ouna região abaixo dos testículos(períneo);• Pontadas durante a passagem daurina;• Dores durante a ejaculação;• Perda de interesse sexual (falta delibido).Em casos mais graves, pode causarfebre e suores intensos. A prostatitepode estar presente por um tempolongo, causando ocasionais doresmesmo depois de a infecção ter sidotratada.Há vários tipos de prostatite, quetratadas por diferentesprocedimentos. Caso você apresentealgum dos sintomas aqui descritos,consulte o seu Urologista.

O QUE É PROSTATITE?4

atividades do dia a dia e da qualidade devida. Em caso de sintomas brandos, pode nãoser necessário nenhum tratamentoespecífico. O médico fará o acompanhamentodo paciente e conversará a respeito dealgumas mudanças simples no estilo de vidado mesmo que ajudarão a diminuir ossintomas. Por exemplo, o médico podeinformar-se a respeito dos líquidos que opaciente ingere e recomendar a redução noconsumo de álcool e de bebidas quecontenham cafeína, como o café e o chá.Essas bebidas tornam piores os sintomas.Se os sintomas estão se tornando maisagudos e causando problemas, discuta com oseu Urologista a respeito das opções detratamento. Elas vão desde o uso demedicamentos até a necessidade de cirurgia.

1Os principais tipos de problemas da próstata são:• Crescimento não canceroso da próstata denominadoHiperplasia Prostática Benigna (HPB) – este é, aliás, o

QUAIS ALTERAÇÕES EU DEVO OBSERVAR?

mais comum problema da próstata.• Inflamação ou infecção da próstata, denominadaprostatite.• Câncer de próstata.

Os sintomas originados por esses problemas são muitosemelhantes e podem incluir um ou vários dos seguintes:• Jato de urina muito fraco ou reduzido.• Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite.• A sensação de que sua bexiga não se esvazioucompletamente e ainda persiste a vontade de urinar.• Dificuldade de iniciar a passagem da urina.• Dificuldade de interromper o ato de urinar.• Urinar em gotas ou jatos sucessivos.• Necessidade de fazer força para manter o jato de urina.• Necessidade premente de correr ao banheiro – pode,inclusive, ocorrer que a urina vaze antes que chegue lá.

Sintomas menos comuns incluem:• Dor durante a passagem da urina.• Dor quando ejacula.• Dor nos testículos.

Perguntas Respostas

HPB – Hiperplasia Prostática Benigna é umacondição bastante comum que afeta muitoshomens a partir de 50 anos de idade. Dois em cada2O QUE É A HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA?

cinco homens (41 %) com a idade acima de 50 anos e três a cadaquatro (75 %) dos homens nos seus 70 anos ou mais têmproblemas com a passagem da urina, que pode ser causada pelaHPB. A glândula da próstata cresce vagarosamente à medida queo homem envelhece. Em alguns casos, a glândula pressiona otubo pelo qual passa a urina (uretra). Quando isso ocorre, torna-

PerguntasRespostas sobre ocâncer de próstata

esvaziar a bexiga. Entretanto, esses sintomas urinários podemtambém ser causados por outros problemas, como infecçãourinária e outros problemas da próstata. Se você sentirqualquer dos sintomas descritos acima, não hesite: procure umurologista para descobrir o que está causando o problema.A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) não é um tipo de câncere não aumenta o risco de que o paciente desenvolva um câncer.

se difícil a passagem da urina. Pode ocorrer que o jato deurina fique muito fraco ou que o homem sinta dificuldade em

Pelosproblemas quea próstatapode causar,todo homemcom mais de40 anos deidade devesaber maissobre oassunto. E asmulheres, quegeralmenteencaram osproblemas desaúde deformapreventiva,podem ajudaralertando seusmaridos, pais,outrosfamiliares eamigos.Estasinformaçõesfazem partede umainiciativa doConselhoBrasileiro deSaúdeProstática,uma entidadeque reúnemédicosurologistas detodo o país.

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8 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

O câncer da próstata é o mais comum tipo de câncer entre os homens. No Brasil, todos os anos, cerca de 52.000 homens sãodiagnosticados como acometidos de câncer da próstata. O câncer da próstata desenvolve-se quando as células da glândula dapróstata começam a se multiplicar e crescer descontroladamente.Em muitos casos, esse é um processo de crescimento lento e o homem não percebe a sua evolução, pois ele pode nuncaocasionar um sintoma ou problema. Há, contudo, casos em que o processo é muito acelerado, com o câncer crescendo rapi-damente, o que irá requerer tratamento para evitar ou retardar que ele se espalhe por outros órgãos.

5O QUE É O CÂNCER DE PRÓSTATA?

7QUAIS SÃO OS SINTOMAS DOCÂNCER DA PRÓSTATA?

Na maioria dos homens, ocâncer de próstata não apresen-ta qualquer sintoma na faseinicial de desenvolvimento dadoença. Entretanto, alguns

meubloguezinho-dudu.blogspot.com

homens podem sentir os sintomas descri-tos acima e outros mais, tais como:• Sensação de dor na parte baixa dascostas ou na pélvis (abaixo dos testículos);• Problemas em conseguir ou mantera ereção;• Sangue na urina ou no esperma(esses são casos muito raros).Entretanto, a ausência de sintomas nãosignifica que não exista o problema. Assimcomo, igualmente, a existência dos mes-mos não indica que o homem esteja comcâncer. Convém relembrar que os sintomasdescritos podem também ser causadospela HPB ou pela prostatite. Somente omédico Urologista pode determinar odiagnóstico correto.

O câncer de próstata atingeprincipalmente homens a partir de 50anos de idade. Pessoas mais jovenstambém podem ser afetadas, mas sãocasos raros. O risco de desenvolver câncerde próstata aumenta com a idade. Mas ohistórico familiar também é importante.Se um parente próximo (pai ou irmão) temcâncer, é necessária maior atenção econtrole. Os riscos aumentam ainda maiscaso um parente próximo tenha sidodiagnosticado com câncer com idadeinferior a 60 anos.Não se sabe com segurançacientificamente comprovada comoprevenir o câncer de próstata. Mas umadieta adequada e bem balanceadaassociada a um estilo de vida saudávelpode ser importante na proteção contra adoença.

6 QUAIS SÃO OS FATORES DERISCO NO CÂNCER DEPRÓSTATA?

O que é a UrO que é a UrO que é a UrO que é a UrO que é a Urologia?ologia?ologia?ologia?ologia?

A Urologia é uma especialidade cirúrgica da medicina que trata dotrato urinário de homens e mulheres e do sistema reprodutor doshomens (testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas semi-nais, próstata e pênis). Para se tornar um urologista são precisosseis anos de formação em medicina, dois em cirurgia geral e maisdois em urologia. Os órgãos estudados pelos urologistas incluem osrins, ureteres, bexiga urinária, uretra e os órgãos do sistemareprodutor masculino.

O que fO que fO que fO que fO que faz um uraz um uraz um uraz um uraz um urologisologisologisologisologisttttta?a?a?a?a?

O urologista tanto realiza o diagnóstico de problemas relacionadosao trato urinário de homens e mulheres e do sistema reprodutormasculino quanto realiza cirurgias urológicas. O urologista, porexemplo, é o responsável pelo exame preventivo da próstata.Apesar de ser conhecido como “médico de homem”, o urologistatambém trata de crianças e mulheres. A enurese noturna, maisconhecida como xixi na cama, é tratada por esse especialista. Acistite, infecção urinária comum nas mulheres, também faz partedo rol de atendimentos do urologista. Outros problemas cabíveisao urologista são: cálculo renal (pedra nos rins), câncer de pênis,câncer de testículo, disfunção erétil, infertilidade masculina, etc.

É bom saber:

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9JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

A realização de todos os exames pode tomar cerca de quinze dias ou mais. Se o nível dePSA for baixo para a idade do paciente e o Toque Retal indicar uma condição normal dapróstata, provavelmente não serão necessários outros exames. A partir daí, o pacientedeve seguir a orientação do seu Urologista sobre a repetição periódica dos exames.

9 O QUE ACONTECE DEPOIS?

O paciente não deve acreditar nas opiniões de leigos, que dizem, por exemplo, ser necessáriorepetir os exames uma vez por ano. Somente o Urologista, com o seu conhecimento de medicina edas condições do paciente - seu histórico familiar, hábitos de vida, etc., é capaz de determinar aperiodicidade requerida para a realização de novos exames, que pode ser a cada seis meses, ou acada ano ou outra frequência mais adequada a cada caso.Caso o homem seja diagnosticado como possuidor de um problema na próstata (HPB, prostatite oucâncer), deverá discutir com o médico quais as opções de tratamento existentes.

O site da ASSOCIAÇÃO PELA SAÚDE DA PRÓSTATA (www.saudedaprostata.org.br) oferecerá tambémmuitas informações para que o homem conheça mais sobre o assunto.

OncOncOncOncOncologiaologiaologiaologiaologiaÉ bom saber:

Também chamada decancerologia, a Oncologia éuma especialidade médicaque estuda os tumoresmalignos (neoplasias) ecomo eles se desenvolvemno organismo.

O tratamento oncológico é sempre muitoindividualizado, sendo importante a

observação das necessidades epossibilidades de cada paciente. Ele podeter intenção curativa ou apenas de aliviaros sintomas para melhora da sobrevida.

Cada tipo de câncer tem seutratamento específico

avaliado pelo oncologista,podendo ocorrer por meio de

cirurgia, quimioterapia,radioterapia,

hormonioterapia, ou mesmo acombinação entre essas e

outras possibilidades.

O câncer de próstatacausa diminuição devirilidade?

O tratamento nãoinfluenciará a atividadesexual do paciente se adoença for descobertaprecocemente. Portanto, nãohaverá riscos de perda deapetite ou desempenhosexual.

Um paciente com câncerde próstata pode ter

perda da masculinidade?

Se a preocupação é o examede toque retal, ele em nada

influencia a orientaçãosexual do paciente. Alémdisso, até o momento, é a

única maneira de verificar sehá alterações na próstata. O

reto é a via natural deacesso à próstata por ter suaparede ligada a esse órgão.

Estatísticas

O câncer de próstata é o tumormais frequente no sexo

masculino, ficando atrás apenasdos tumores de pele, e o sexto

tipo mais comum no mundosegundo o INCA (Instituto

Nacional do Câncer).

A cada seis homens, um éportador da doença. A estimativa

do INCA é de que, por ano, 69 milnovos casos sejam

diagnosticados, um caso a cada7,6 minutos.

8 O QUE IRÁ OCOR-RER NA CONSULTAAO MÉDICO?

Caso o homem sinta qualquerdos sintomas descritos acimaou caso desconfie que possuaum problema na próstata, deveprocurar um Urologista,conversar com o médico arespeito dos seus sintomas, desuas preocupações e dúvidas.Deve fazer todas as perguntasque sentir necessárias sobre osassuntos que o preocupem.O médico pode solicitar queseja preenchido umquestionário a respeito dossintomas, quanto elesperturbam ou afetam opaciente e quais os transtornosque estão ocasionando na vidacotidiana do homem. Hátambém uma série de examesque o médico pode solicitar ourealizar para diagnosticarcorretamente o problema. Osexames mais comuns, descritosabaixo em maiores detalhessão:• Exame de urina paradetectar a existência deinfecção;• Exame de sanguedenominado PSA (AntígenoProstático Específico),usualmente realizado quando apossibilidade de uma infecçãotenha sido eliminada;• Exame físico, maiscomumente chamado deToque Retal, realizado noconsultório, muitas vezesdurante a consulta ou após oexame de urina e de sangue;• Exame para medir apressão do jato de urina;• Exame de ultrassom paraverificar se a bexiga está seesvaziando adequadamente.A decisão sobre quais osexames são necessários étomada pelo Urologista, combase na descrição dossintomas, quanto tempo elespersistem, intensidade eoutros detalhes dodepoimento do paciente aomédico, além de examesclínicos realizados durante aconsulta. Por seu lado, o

paciente deve informar-se com o médico a respeito dos exames que serão realizados, osprocedimentos que eles envolvem e o que diagnosticarão.

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10 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

DIABETES

Saúde

Mas o que é insulina? É um hormônioque controla a quantidade de glicose nosangue. O corpo precisa desse hormôniopara utilizar a glicose, que obtemos pormeio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, noentanto, o organismo não fabrica insulina enão consegue utilizar a glicoseadequadamente. O nível de glicose nosangue fica alto - a famosa hiperglicemia.Se esse quadro permanecer por longosperíodos, poderá haver danos em órgãos,vasos sanguíneos e nervos.

FAFAFAFAFATTTTTOREOREOREOREORES DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCO DO DIABETEO DO DIABETEO DO DIABETEO DO DIABETEO DO DIABETESSSSS

Tenho risco de ter diabetes? Você podeser um dos muitos brasileiros que têmdiabetes e não sabem. Conheça os fatoresde risco para os dois tipos e mexa-se paracontinuar saudável!

FAFAFAFAFATTTTTOREOREOREOREORES DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCO PO PO PO PO PARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETES TIPO 1S TIPO 1S TIPO 1S TIPO 1S TIPO 1

Já se sabe que há uma influênciagenética - ter um parente próximo com adoença aumenta consideravelmente aschances de você ter também. Mas aindanão há pesquisa conclusivas sobre osfatores de risco para o Diabetes Tipo 1.

FAFAFAFAFATTTTTOREOREOREOREORES DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCS DE RISCO PO PO PO PO PARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETEARA DIABETES TIPO 2S TIPO 2S TIPO 2S TIPO 2S TIPO 2

Pessoas que apresentam fatores de riscopara o desenvolvimento de Diabetes Tipo 2devem fazer consultas médicas periódicase exames com frequência. Você deve ficarmais atento se:

• Tem diagnóstico de pré-diabetes –diminuição da tolerância à glicose ouglicose de jejum alterada

• Tem pressão alta;

• Tem colesterol alto ou alterações nataxa de triglicérides no sangue;

• Está acima do peso, principalmente sea gordura estiver concentrada em volta dacintura;

• Tem um pai ou irmão com diabetes;

• Tem alguma outra condição de saúde que pode estar associada aodiabetes, como a doença renal crônica;

• Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetesgestacional

• Tem síndrome de ovários policísticos;

• Teve diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, comoesquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;

• Tem apneia do sono;

• Recebeu prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticoides.

AAAAATENÇÃTENÇÃTENÇÃTENÇÃTENÇÃOOOOONão ignore os fatores de risco. Quanto mais cedo você tiver o

diagnóstico, mais rápido poderá agir para continuar saudável, agora e nofuturo. Além disso, é uma forma de proteger as pessoas que você gosta: sevocê tem Diabetes Tipo 2, seus filhos e irmãos também podem ter chancesde desenvolver a doença. É importante que todos consultem o médico efaçam exames.

TIPOS DE DIABETETIPOS DE DIABETETIPOS DE DIABETETIPOS DE DIABETETIPOS DE DIABETESSSSS

VOCÊ CVOCÊ CVOCÊ CVOCÊ CVOCÊ CONHEONHEONHEONHEONHECE O FCE O FCE O FCE O FCE O FAMOSO PÂNCREAMOSO PÂNCREAMOSO PÂNCREAMOSO PÂNCREAMOSO PÂNCREAS?AS?AS?AS?AS?

O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago que produz algunshormônios importantes para nosso sistema digestivo. Em condiçõesrotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais,chamadas células beta, produzem insulina. Assim, de acordo com asnecessidades do organismo no momento, é possível determinar se essaglicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ouserá armazenada como reserva, em forma de gordura.

Isso faz com que o nível de glicose (ou taxa de glicemia) no sangue volteao normal.

O QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETES TIPO 1?S TIPO 1?S TIPO 1?S TIPO 1?S TIPO 1?

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente ascélulas beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo.Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada comoenergia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, queconcentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode serdiagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada cominsulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, paraajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

O QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETEO QUE É DIABETES TIPO 2?S TIPO 2?S TIPO 2?S TIPO 2?S TIPO 2?

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usaradequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficientepara controla a taxa de glicemia.

Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifestamais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar.Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física eplanejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ououtros medicamentos para controlar a glicose.

DiabeDiabeDiabeDiabeDiabetttttes é uma doençes é uma doençes é uma doençes é uma doençes é uma doençaaaaacrcrcrcrcrônicônicônicônicônica na qual o ca na qual o ca na qual o ca na qual o ca na qual o corpoorpoorpoorpoorponão prnão prnão prnão prnão produz insulina ouoduz insulina ouoduz insulina ouoduz insulina ouoduz insulina ou

não cnão cnão cnão cnão consegue empronsegue empronsegue empronsegue empronsegue empregegegegegarararararadequadamenadequadamenadequadamenadequadamenadequadamenttttte a insulinae a insulinae a insulinae a insulinae a insulina

que prque prque prque prque produz.oduz.oduz.oduz.oduz.

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11JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

DIABETES

Mitos Verdades&MitMitMitMitMitoooooDiabetes não éuma doença tãoséria

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Se você controlar odiabetesadequadamente, vocêpode prevenir ou adiaras complicações. Deacordo com umapesquisa realizadas nosEstados Unidos, ascondições associadasao diabetes causammais mortes do que ocâncer de mama e aAids, juntas. Duas emcada três pessoas comdiabetes morrem emfunção de problemascardiovasculares ouderrame.

MitMitMitMitMito: o: o: o: o: Se você estáacima do peso ouobeso, um dia vaidesenvolverDiabetes Tipo 2

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Estar acima do peso é,sim, um fator de riscopara Diabetes Tipo 2,mas há outros, como ahistória familiar e aidade. Muitas pessoasacham que o sobrepesoé o único fator. Masatenção: muitas

pessoas magras ou compeso normal têmdiabetes e muitaspessoas com sobrepesonunca desenvolvem adoença.

MitMitMitMitMitoooooÉ muito fácil saberse você temdiabetes, os sinaissão claros

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?O diabetes não temsintomas claros.Algumas pessoas compré-diabetes, porexemplo, podemapresentar sinais maisaparentes do que umapessoa com diabetes.As complicaçõestambém não são iguaispara todas as pessoas.É importante realizarexames de rotina, saberquais são os fatores derisco e buscar odiagnóstico.

MitMitMitMitMitoooooComer muitoaçúcar causadiabetes

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?A resposta não é tãosimples. Diabete Tipo 1é causada por fatores

genéticos e outrascausas aindadesconhecidas.Diabetes Tipo 2 écausada por fatoresgenéticos e estilo devida.Estar acima do pesocontribui para o riscode desenvolvimento doTipo 2, e uma dietahipercalórica, nãoimportando a fonte dascalorias, favorece oganho dos ‘quilos amais’. Algumaspesquisas mostraramque o consumo debebidas açucaradas,como sucosindustrializados erefrigerantes, pode tervínculo com odesenvolvimento deDiabetes Tipo 2.Uma das medidas paraprevenir Diabetes Tipo2 é reduzir o consumode bebidas açucaradas,como refrigerantes,bebidas com suco defrutas, sucos e chásindustrializados ebebidas energéticas,por exemplo.Em uma garrafinha de600 ml de refrigerante,há entre 60 e 70g deaçúcar. Isso equivale a13 pacotinhos deaçúcar desses que agente vê nas mesas derestaurante, ou a umterço de um corpo de200 ml. É muito açúcar.

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DIABETES

Mitos Verdades&MitMitMitMitMitoooooPessoas comdiabetes devemcomer alimentosespeciais paradiabéticos

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Uma refeição saudávelsignifica, geralmente, amesma coisa para umapessoa com diabetes euma pessoa semdiabetes. Com poucagordura,principalmentesaturada e trans;moderada em sal eaçúcar; privilegiandocereais integrais,vegetais e frutas.Comida ‘dietética’quase sempre nãooferece benefíciosextras. Alguns dessesprodutos aindacontribuem paraaumentar os níveis deglicose, geralmente sãomais caros e podem atéter efeito laxante. Aalimentação saudável éaquela indicada pelaequipe multidisciplinar,formada por médicos,nutricionistas,educadores físicos,psicólogos,cardiologistas,podólogos eenfermeiros.

MitMitMitMitMitoooooSe você temdiabetes, só devecomer pequenasquantidades dealimentos ricos emamido, como pão,batata e massas

Qual é Qual é Qual é Qual é Qual é a va va va va verererererdade?dade?dade?dade?dade?Depende. Alimentosricos em amido podemfazer parte doplanejamento de umaalimentação saudável,mas o tamanho daporção é a chave. Pãesintegrais, cereais,massa, arroz e vegetaiscomo batatas, inhame,ervilha e milho podemser incluídos nasrefeições e petiscos.Você está seperguntando quanto decarboidrato podecomer? Isso vaidepender do controleque você faz –dependendo de comoestão seus níveis deglicose no sangue, vocêprecisará comer maisou menos carboidratos.Com a ajuda da equipemultidisciplinar e doManual de Contagemde Carboidratos daSociedade Brasileira deDiabetes, essa tarefa setorna muito mais fácil enatural*

MitMitMitMitMitoooooPessoas comdiabetes nãopodem comerdoces ouchocolate

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Doces e chocolatespodem ser consumidospor pessoas comdiabetes. Se estiveremdentro de umplanejamento alimentarcombinado comexercícios físicos. Háalgum tempo, elesdeixaram de serproibidos. O ‘pulo dogato’ em relação aosdoces e chocolates éque eles devem serconsumidos empequenas porções e emocasiões especiais, ouseja, nesses dias vocêpoderá focar asrefeições em opçõesmais saudáveis,permitindo a ingestãode doces. Outra dicaimportante é evitarpular refeições.

* disponível em: www.diabetes.org.br/pdf/manual-carboidratos.pdf

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13JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

MitMitMitMitMitoooooDiabetes pode sertransmitido deuma pessoa paraoutra

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Não. Diabetes não écontagiosa. As causassão genéticas e, nocaso do Tipo 2,associadas ao estilo devida.

MitMitMitMitMitoooooPessoas comdiabetes estãomais propensa ater gripes e outrasdoenças

Qual é a Qual é a Qual é a Qual é a Qual é a vvvvverererererdade?dade?dade?dade?dade?Não. Não hácomprovação de quevocê estará mais sujeitoa gripes e resfriados,mas é importante seprevenir. Pessoas comdiabetes sãoaconselhadas a tomarvacinas contra a gripeporque a virose podetornar o diabetes maisdifícil de controlar etambém porque, nessegrupo, a gripe podeevoluir maisfrequentemente paracomplicações sérias.

MitMitMitMitMitoooooSe você temDiabetes Tipo 2 eé comunicado pelomédico quedeverá começar atomar insulina,isso significa quevocê falhou nocontrole

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Para a maioria daspessoas, o DiabetesTipo 2 é uma doençaprogressiva. Assim quediagnosticadas, muitaspessoas conseguemmanter seu nível deglicose normal apenascom o uso demedicamentos orais,planejamento alimentare atividade física. Aolongo do tempo, noentanto, o organismoproduz cada vez menosinsulina. A medicaçãopode não ser suficientepara controlar a taxa deglicemia. Usar insulinapara controlar a glicoseé uma coisa boa, nãoruim.

DIABETES

Mitos Verdades&MitMitMitMitMitoooooFrutas são ‘comidasaudável’, entãoposso comer oquanto quiser

Qual é a vQual é a vQual é a vQual é a vQual é a verererererdade?dade?dade?dade?dade?Frutas são alimentossaudáveis. Elas contémfibras, vitaminas eminerais. A segundaparte da frase, noentanto, tem comoresposta: depende.Depende do tipo defruta, das suas taxas deglicemia, das suasrefeições e outrosfatores. Por contercarboidratos, as frutasdevem ser incluídas noplanejamento alimentare na contagem.Converse com suaequipe multidisciplinarsobre a quantidade, afrequência e os tipos defrutas aconselhadospara você. Confiratambém as dicas doManual de Contagemde Carboidratos daSociedade Brasileira deDiabetes.

wwwwwwwwwwwwwww.edit.edit.edit.edit.editorororororacacacacaconceitonceitonceitonceitonceito.co.co.co.co.com.brom.brom.brom.brom.br

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14 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

farmácia magistraltambém designadafarmácia demanipulação, pode

IndicIndicIndicIndicIndicação Magisação Magisação Magisação Magisação Magistrtrtrtrtral Pal Pal Pal Pal Pós Bariáós Bariáós Bariáós Bariáós Bariátrictrictrictrictricaaaaa

Amanipular fórmulas comprescrição médica para opaciente que necessita de umasuplementação nutricionalespecializada, como é o caso dopaciente pós bariátrico.

Após a cirurgia bariátricaocorrem depleção de algunsnutrientes, sendo que avitamina B12 é um dos maisdepletados. A vitamina B12 éessencial para o metabolismodos macronutrientes e juntocom o ácido fólico ela participana síntese da mielina, DNA efabrica as células vermelhas dosangue. Também ela éresponsável pelo funcionamentocorreto do sistema nervoso e suadeficiência causa o malfuncionamento dos nervos quepodem gerar sensações deformigamento e dormênciaalém de enfraquecer a memóriae outras funções mentais.

Além da depleção da vitaminaB12 ocorrem deficiênciassecundárias de vitaminaslipossolúveis (A, D, E e K) e dossais minerais cálcio, magnésio eferro pela redução da absorçãodesses nutrientes.

Daí a importância doacompanhamento nutricionalpós bariátrico que pode detectaralterações gastrointestinais,deficiências de vitaminas eminerais, evitar perda excessivade massa magra, acompanhar aperda de peso e alterações dacomposição corporal, etc.

A Pré-Natal Farmácia de

B12Manipulação elaboramedicamentos específicospara cada paciente a fimde suprir as deficiênciasdos macro e micronutrientes, tais como:Vitamina B12 tabletesublingual, cápsulas paracrescimento capilar eenfraquecimento deunhas, composto devitaminas e sais minerais,polivitaminicos comvitamina B12 também emtablete sublingual, cápsulaoleosa de vitamina D,shake bariátricopreventivo, espuma deminoxidil, entre outros.Na mesma linha deprodutos bariátricosoferecemos barras de wheyprotein com maçã ecanela, bolinhos de wheyprotein de dois sabores(chocolate/coco echocolate/damasco) quefazem parte da nossaculinária magistral.

Por Maria Luiza Faviero

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Farmácia

CRF-RS 3619Responsável Técnica

da Pré-NatalFarmácia de

Manipulação.

Dr. Ruy Emílio Dornelles DiasMédico com Especialização em Endoscopia Digestiva pela SociedadeBrasileira de Endoscopia Digestiva CREMERS 22279 - SOBED/CFM 19573

www.gastromedpoa.com.br

• Gastroenterologia• Endoscopia Digestiva• Cirurgia Geral

• Colonoscopia• Proctologia [email protected]

Rua dos Andradas, 1137, cj 505Galeria Di Primio Beck, CentroPorto Alegre-RSFones:(51) 3224-0266 - 3212-3983

Clínica do Aparelho Digestivo

Gastro MedGastroenterologia/Endoscopia Digestiva

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15JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

O TRABO TRABO TRABO TRABO TRABALHOALHOALHOALHOALHOMÉDICMÉDICMÉDICMÉDICMÉDICO E A LEIO E A LEIO E A LEIO E A LEIO E A LEI

Sim, a pessoa é percebida dentro deuma concepção holística ou seja nosfatores biológicos, psíquicos, sociaise ambientais.

Partindo do conceito de que saú-de abrange não só as questões fí-sicas, mas também, emocionais,psicológicas, sociais e intelectuais,como as outras áreas de conheci-mento humano podem contribuirpara o bem-estar do paciente?Exatamente pela amplitude da con-cepção humana é primordial a coo-peração e o intercâmbio com as di-ferentes e necessárias ciências nabusca do bem comum.

A medicina tem avançado conside-ravelmente nas últimas décadas,especialmente em função das no-vas tecnologias e das pesquisas naárea. O direito tem acompanhadoesse avanço?Sim, de forma mais lentificada, masvai progressivamente acompanhan-do a rapidez da evolução humana.

O profissional da saúde está qua-lificado para respeitar os direitosdo paciente de escolhas de trata-mento?

Sim, o ensino na Universidade valo-riza esses direitos do paciente fazersuas escolhas. Recentemente a Re-solução 1995 de 2012 do ConselhoFederal de Medicina orienta e nor-matiza sobre os direitos do pacien-tes, dispõe sobre as diretivas anteci-padas de vontade dos pacientes, ouseja, sobre as instruções que o paci-ente deixa para alguém sobre seu tra-tamento e sua vontade, no caso emque ele já não consiga se manifes-tar. É a declaração antecipada devontade (DAV) ou testamento vital.Um enorme avanço valorizando aautonomia da pessoa.

Os direitos dos trabalhadores comsaúde são respeitados?Infelizmente, nem sempre aconteceesse respeito a pessoa necessitada derestituir sua saúde sendo necessárioa ajuda dos operadores do Direito.

Como o sigilo médico pode prote-ger tanto o profissional da saúdecomo o paciente?Essa confidencialidade caracteriza o”trabalho sacerdotal” tem uma impor-tância vital na relação médico-paci-ente, esse vínculo de confiança/afe-tivo tão necessário e importante notrabalho médico. O sigilo médico éum dever imposto ao profissional emsua esfera profissional, tanto porimposição legal como ética. A viola-ção de tal proceder é uma rupturade confiança e desrespeito à digni-dade humana.

Como o documento Consentimen-to Médico tem ajudado as partesenvolvidas nos tratamentos médi-cos?Esse documento é essencial à ativi-dade médica e relaciona-se com oDireito de forma umbilical na prati-ca da medicina assistencial e, emespecial, no exercício da pesquisamédica com a evolução dos procedi-mentos e tratamentos.

Qual a proposta do livro?Divulgar conhecimentos e buscarintegração com as Ciências do Di-reito com temas atuais e de dilemaético.

Qual a relação entre a Medicina eo Direito?São ciências que tem o homemcomo foco, um na homeostase e res-tituição à saúde e o Direito que va-loriza a dignidade humana.

Qual o papel do Estado na relaçãosaúde/direito?A saúde, direito fundamental previs-to na Constituição Federal de 1988,possui status de Direito Fundamen-tal, ou seja, é um dever do Estado eé realizado através de políticas pú-blicas específicas. Por ser um direitofundamental, devidamente elencadono artigo 6º da Constituição, colocao cidadão em uma posição de cre-dor frente ao Estado, impondo umasérie de ações e a constituição deestruturas capazes de dar efetivida-de tanto ao próprio direito como aosprojetos institucionais de preserva-ção de um ambiente saudável e pro-pício à erradicação dos males.

A medicina tem reconhecido quea saúde envolve muito mais doque apenas a preocupação com asaúde física?

Entrevista

O professor do curso dePsicologia e Medicina daUlbra, CARLOS A. S.MARTINS DE BARROSconcedeu entrevista ao jornalConceito Saúde para falarsobre seu mais novolançamento, o livroorganizado por ele e oadvogado Geraldo Jobim,intitulado Trabalho Médico ea Lei que apresenta apesquisa realizada por cincomédicos e um advogado,tratando de temas bemdiversos, trazendo à tona acomplexidade da área e suamultidisciplinariedade. É umrico debate entre os diversossistemas de proteção dasaúde, como: o tratamento dasaúde no Brasil como umdireito fundamental; oslimites impostos àsprestações voltadas à saúde;quando o Estado negaprestação de medicamentose serviços de saúde; sigilomédico nas perícias; aimportância do Termo deConsentimento livre eesclarecido; Anencefalia:Aspectos Médico-Legais;Erro Médico na CirurgiaPlástica.

Como surgiu a ideia do livro?Pelo entusiasmo da produção cien-tífica no meio acadêmico. A Univer-sidade tem esse papel de vir a seruma fonte de pesquisa.

E os profissionais envolvidos naelaboração do livro?Dois professores universitários, umda Medicina Carlos Barros e outrodo Direito Geraldo Jobim da UL-BRA. Os colaboradores na épocaeram doutorandos de Medicina Ale-theia Cristina Foppa, FernandoMendonça Álvares, Jean SantosMesadri e Oly Antonio Facchi.

Lançamentodia 15/11, 20h,dia 15/11, 20h,dia 15/11, 20h,dia 15/11, 20h,dia 15/11, 20h,

Na Feira do Livrode Porto Alegre

No TNo TNo TNo TNo Térrérrérrérrérreo doeo doeo doeo doeo doMemorial do RMemorial do RMemorial do RMemorial do RMemorial do RSSSSS

OrganizadoresDr. Carlos A. S.

Martins de Barrose

Dr. Geraldo Jobim

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16 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

Adulto Maduro, na mai-oria das vezes, tem sidorotulado como uma pes-soa que não tem mais no

emoções e sentimentos subjacentesaos sintomas apresentados pelo ido-so tem se mantido nos dias atuais.As consequências desse pensamen-to ocasiona a “despsicologização”dos sofrimentos, tanto pelos profis-sionais de saúde, que nas consultasnão investigam além das queixas fí-sicas, como dos familiares, que des-consideram a capacidade afetiva doidoso. Isso acarreta repercussões nocomportamento do paciente, quesem a escuta de seus sofrimentos,não se responsabiliza com seu pró-prio envelhecimento.

Viver de modo satisfatório e gra-tificante em qualquer etapa da vidanão é fácil, uma vez que os obstácu-los e os desafios sempre presentes eocasionam uma série de conflitos,ansiedades e sofrimentos que neces-sitam ser administrados para o con-forto pessoal e o convívio salutarcom familiares e amigos.

Sabe-se que o sofrimento emo-cional, ao acarretar prejuízos signi-ficativos para a saúde, leva o idoso,muitas vezes, a se comunicar ape-nas através da linguagem corporal,isto é, com uma infinidade de sin-tomas como insônia, má digestão,hipertensão, constipação, palpita-ções, dores generalizadas e outros,culminando em uma baixa autoestima.

Administrar os sentimentos, osdesconfortos, e identificar as cau-sas, exige aprender a pensar as emo-ções e reconhecer os sentimentos ex-pressos nos sintomas. Esse proces-so depende da construção de rela-ções de confiança estabelecidas du-rante a vida, tanto consigo próprio,com a escuta interna de suas emo-ções, como com ouvintes dispostos

AS EMOÇÕEAS EMOÇÕEAS EMOÇÕEAS EMOÇÕEAS EMOÇÕES TÊM NOMES TÊM NOMES TÊM NOMES TÊM NOMES TÊM NOME

Oque evoluir, por isso um candidatopouco provável à psicoterapia.

A ideia tem origem nos escritosde Freud, por acreditar que as pes-soas acima dos quarenta anos nãoobteriam êxito nos tratamentos,não possuiriam a elasticidade nosprocessos anímicos, isto é, da men-te, e emocionalmente não se ade-quariam às mudanças. Por outrolado, ele argumentou que devido aopouco tempo de vida futura, nãoseria possível analisar os aspectoshistóricos acumulados pelo pacien-te. Deve-se ressaltar que, na épocade Freud, a expectativa média devida era menor de quarenta anos.

Culturalmente, a restrição deque não vale a pena atentar para as

a compreender o que está ocorrendo. Quando isso não acontece es-

pontaneamente, a busca de um pro-fissional especializado, num espaçolivre para pensar, identificar e no-mear as emoções, ajuda a compre-ender o quanto de suas característi-cas pessoais e sua história podemestar contribuindo e ou impedindoa reflexão sobre os acontecimentos,assim como a extensão de suas fan-tasias e temores no acompanhamen-to dos fatos reais.

Além dos acontecimentos docotidiano, algumas constatações ebalanços de vida nem sempre sãofáceis de serem realizados, porémnão deixam de atormentar. Para oAdulto Maduro, por exemplo, ex-pressar como está difícil convivercom a ideia da mortalidade e da fi-nitude humana pode ser um temaextremamente temido e motivo demuitos sintomas corporais.

Encontrar um local e um pro-fissional especializado para enten-der que seus sintomas físicos estãorelacionados com esses sentimen-tos, e que através do fortalecimen-to das defesas psicológicas facilita-rá a remoção dos impedimentos queameaçam o prazer de desfrutar avida, faz muita diferença entre vi-ver muitos anos com otimismo esaúde do que apenas sobreviver,sem esperança e amor.

Esquecer, ou melhor, convivercom a ideia de que existe um prazode vida inscrito no DNA de cadapessoa, é conhecer a fragilidade na-tural e a vulnerabilidade decorren-te do fato de que ninguém é imor-tal, contrariando o desejo que to-dos almejam. Porém, não é possí-

vel viver com essa espada apontadapara a cabeça, como uma ameaçadiária. É preciso alcançar um está-gio de maturidade para nomearcada uma dessas emoções e senti-mentos e entender que não é ne-cessário se envolver com este fatopara tê-lo sob controle, porque amorte ocorrerá a seu tempo.

O importante é investir essaenergia no viver, para apoderar-sede si e planejar como deseja enve-lhecer, principalmente na últimafase da vida, quando existe muitotempo para refletir. É necessárioconviver com o fato da própria fini-tude e viver como se cada momen-to fosse infinito, com a consciênciado que faz bem para si, diferencian-do daquilo que faz mal, defenden-do, assim, a integridade física docorpo e a saúde psicológica do self.

Mudanças paradigmáticas têmacontecido em relação a psicologiado adulto maduro. Conhecer asquestões intrapsíquicas, a dinâmi-ca de funcionamento das defesas,da capacidade de reparação, as com-pensações dos stresses e as perdasassociadas ao envelhecimento sãorecursos disponibilizados pela psi-cologia contemporânea, que objeti-va, através das diferentes modalida-des psicoterapêuticas, oferecer amaior preservação das funções in-telectuais e emocionais dos pacientes.

Desta forma, cada pessoa pode-rá explorar suas emoções e enten-der que, enquanto carregar o ódio,a raiva, o medo, o descontentamen-to e a dor, não haverá espaço parao amor e o prazer. E que para asilusões e os sonhos não existe limi-tes e nem idade.

Av. Carlos Gomes, 141/1202, Edifício Antares,Bairro Auxiliadora, Porto Alegre-RS

Fone: 51 2102.0304 - Fax: 51 [email protected]

Reservas: [email protected]

www.office.com.br

Por Helena BeatrizFinimundi Balbinotti

Psicóloga, PsicanalistaCep-PA (Adolescente,

Adulto Jovem e AdultoMaduro),

Psicogerontóloga -Flacso Argentina,

Diretora do Clam-PAFone (51) 3328.60.76

[email protected]

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Psicologia

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17JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

m novembro, mês em queo calendário reserva espa-ço para a Semana daConsciência Negra, mere-

LAURINDO RABELO, UM MÉDICOAFRODESCENDENTE NA

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

Ece registro o médico, professor epoeta Laurindo Rabelo, 2° Cirurgiãodo Corpo de Saúde do Exército. Elefaz parte da Galeria dos profissionaisda saúde com ascendência africana.Na arte de fazer versos, ele ficou co-nhecido como o Bocage Brasileiro etambém como o Poeta Lagartixa (alu-são ao fato de que ele era descuida-do com a aparência). Ele é o Patro-no da Cadeira 26 da Academia Bra-sileira de Letras. Médico e poeta, elemarcou presença nas áreas em queatuou.

Laurindo Rabelo nasceu no Riode Janeiro no dia 8 de julho de 1826e faleceu lá no dia 28 de setembrode 1864 com 38 anos. De origem hu-milde, conseguiu formar-se em Me-

dicina graças ao apoio recebido deum médico baiano, o dr. SalustianoSouto, professor na Escola de Medi-cina da Bahia, que convenceu Lau-rindo a estudar em Salvador apóshaver cursado dois anos na Faculda-de de Medicina do Rio de Janeiro.

Na tese de conclusão do curso, aqual foi acolhida, ele fez referênciaà medicação que tem a finalidade deexpulsar os vermes, porque ele deutítulo a um segmento da tese: ME-DICAÇÃO ANTI-HELMÍNTICA.

Em virtude de comentários sutissobre o fato de um poeta ser médi-co, eis o que ele disse com rima: “Senão é direito o ser médico aos poe-tas, / Muito menos aos estultos (to-los ou imbecis) e patetas.” Laurindousou o termo estultos para lembrarque, por vezes, alguns ineptos, ouseja, com falta de capacidade, se aven-turavam como profissionais da saúde.

Por Warley OliveiraGraduado em Letras e

em Pedagogia pelaUFRGS e Pós-Graduado

em Pedagogia pelaUFRGS e em

Neopedagogia daGramática pela IPUC.

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História da Medicina

Após a formatura, Laurindo Ra-belo, ingressou, em 1857, no Corpode Saúde do Exército, seguindo parao Rio Grande do Sul.

De volta ao Rio de Janeiro, aos37 anos, Laurindo Rabelo recebeu anomeação de médicos dos alunos eprofessor de Gramática Portuguesa,de História e de Geografia do cursopreparatório anexo à Escola Militarda Praia Vermelha. Ele integrou asegunda fase do romantismo brasi-leiro. Publicou em vida apenas umaobra, intitulada “Trovas”, que foireeditada postumamente com acrés-cimo de outros trabalhos inéditos eintitulada “Poesias”.

É considerado como um dos qua-tro maiores poetas da segunda gera-ção do Romantismo ao lado de Ál-vares de Azevedo, Junqueira Freiree Casimiro de Abreu

ara marcar o OutubroRosa, mês de conscientiza-ção contra o câncer demama, e o Novembro

MulherMulherMulherMulherMulheres e homens ces e homens ces e homens ces e homens ces e homens cononononontrtrtrtrtra o ca o ca o ca o ca o câncer!âncer!âncer!âncer!âncer!PAzul, mês de luta contra o Cancêrde Próstata, o SEMAPI realizou umevento que reuniu homens e mulhe-res. A atividade ocorreu no dia cin-co de novembro a tarde, na sede doSindicato, e contou com a presençade funcionários, diretores e trabalha-dores da base do SEMAPI.

Na abertura do evento, o médi-co e vice-presidente do Instituto Na-cional da Próstata (InPros), PauloLima, lembrou que o câncer de prós-tata é a 4ª causa de morte mais co-mum entre homens no Brasil. En-tre as doenças que acometem a prós-tata estão a hiperplasia, que é o cres-cimento anormal da próstata, a pros-tatite, que é a inflamação da glân-dula com ou sem infecção, e os nó-

dulos, com formação de tecidosmoles ou endurecidos na glândula.

Lima salientou que a detecçãoprecoce é fundamental para o suces-so do tratamento e lamentou quemuitos só procurem atendimento

médico depois que o câncer já estáem estágio avançado. “O preconcei-to mata”, disse o médico sobre a re-sistência masculina em fazer o exa-me de toque, essencial a todos os ho-mens após os 45 anos de idade.

Nancy Kretzer, voluntária do Ins-

Espaço SEMPI

tituto da Mama (Imama), parabeni-zou a iniciativa do sindicato e disseque a informação é essencial para ocombate ao câncer. Ela apresentoutodos os serviços que são oferecidospelo Imama e disse que muitos di-

reitos foramconquistadosgraças à lutado Instituto,como o prazomáximo de 60dias para inici-ar o tratamen-

to contra o câncer depois do diag-nóstico, e o acesso gratuito a próte-ses mamárias e medicamentos. “Lu-tamos para que exista igualdade,para que todas as mulheres tenhamum tratamento digno”, falou Nancysobre a campanha do Imama Para

Todas as Marias.Entre os números apresentados,

alguns chamaram a atenção: a cada100 mil pessoas, 56 têm câncer demama no Brasil. No Rio Grande doSul, esse número sobe para 88 (ondeesse tipo de tumor é o segundo maisincidente, ficando atrás apenas docâncer de pele), e em Porto Alegrepara 146. Vale lembrar que homenstambém podem apresentar a doença.

“A mulher costuma cuidar detudo em primeiro lugar e elas mes-mas ficam por último nas priorida-des”, comentou Nancy. A voluntá-ria também destacou a importânciado diagnóstico precoce e explicouque o câncer demora para se desen-volver, mas depois que se manifesta,a evolução é muito rápida.

A trabalhadora da Fundação deProteção Especial (FPE), SilviaSant’Anna, finalizou a tarde de ati-vidades falando sobre Coaching e aimportância de investir na própriapessoa. O SEMAPI agradece a pre-sença de todos e espera que cada vezmais pessoas se envolvam na lutacontra o câncer.

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESASDE ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES E

PESQUISAS E DE FUNDAÇÕES ESTADUAIS DO RIO GRANDE DO SUL Rua General Lima e Silva, 280 Porto Alegre - RS - CEP: 90050-100

FONES: 0800.7017406 / (51) 3287-7500

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18 2015 • Ano 5 • no 14 • ISSN 2359-4578 • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • JORNALCONCEITO SAÚDE

CirurCirurCirurCirurCirurgia Plásgia Plásgia Plásgia Plásgia Plástictictictictica ta ta ta ta temememememtido muittido muittido muittido muittido muitos aos aos aos aos avvvvvançançançançançosososososaaaaatualmentualmentualmentualmentualmenttttte, ce, ce, ce, ce, com issoom issoom issoom issoom issotttttem ajudado as pesso-em ajudado as pesso-em ajudado as pesso-em ajudado as pesso-em ajudado as pesso-

as de divas de divas de divas de divas de divererererersas fsas fsas fsas fsas formas. Pormas. Pormas. Pormas. Pormas. Poderiamoderiamoderiamoderiamoderiamcitcitcitcitcitar alguns desses aar alguns desses aar alguns desses aar alguns desses aar alguns desses avvvvvançançançançanços?os?os?os?os?Heller - Os grandes avanços da ci-rurgia plástica estão sendo, princi-palmente, na microcirurgia. Comoa microcirurgia começou a uns 15anos. Por exemplo, na cirurgia re-construtora, a microcirurgia permi-tiu o reimplante de dedos, braços,membros e órgãos. O próprio trans-plante cardíaco usa microcirurgia,pois permite a sutura dos pequenosvasos. Ela está em todas as especiali-dades cirúrgicas, principalmente nacirurgia plástica, como nas cirurgiasreconstrutoras da mão e nas cirurgi-

DR. NELSON HELLER LANÇALIVRO NA FEIRA DO LIVRO

DE PORTO ALEGRE

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Entrevista

as dos retalhos, como, por exemplo,na cirurgia da reconstrução damama, quando se retira um retalhode um lugar do corpo para recons-truir outro.

Riccardi – Outra área que está avan-çando muito é nas células tronco.Inclusive há um capítulo do livro quefala especificamente sobre o assun-to, e que foi escrito pelo Dr. ManoelBraga, de Santa Catarina.

Heller – Inclusive o Dr. Braga já estáutilizando as células tronco nas ci-rurgias cardíacas. Ele está usandonos casos de insuficiência cardíaca,insuficiência do músculo cardíaco.Ele retira as células tronco e injetadentro do músculo com problema,terminando com a insuficiência car-díaca. Outro avanço da cirurgia plás-tica é a cirurgia robótica. Está sendousada para se fazer sutura do mús-culo abdominal, através de um vídeoremotamente o cirurgião controla orobô para fechar os músculos, porexemplo. Sem dúvida, a robótica vaientrar em todas as especialidades damedicina.

Para quem está dirigido o livro?Heller - Apesar do nome do livro serCirurgia Plástica para o Leigo, nãoé só para leigo, pode ser até para o

cirurgião plástico jovem, porque nolivro estão as bases da Cirurgia Plás-tica, da Dermatologia, da MedicinaEstética, tem até um artigo sobre asCélulas Tronco. Também é impor-tante ressaltar que a terminologiausada na cirurgia plástica não hácomo não usar. Por exemplo, nóstemos a felicidade de contar com umcapítulo sobre oncologia, escritopelo o Dr. Gilberto Schwartsmann,que aborda em sua plenitude toda aparte de tumores malignos com ex-celência. Inclusive o artigo dele épara médico também. Esse livro épara leigo porque ele foi escritonuma linguagem mais acessível, nãotão rebuscada da medicina. Então olivro serve tanto para médicos comopara leigos

Riccardi – O livro é para todos aque-les que não fazem do seu dia a dia aCirurgia Plástica, inclusive médicos.

Qual a importância do livro?Riccardi – Hoje a medicina estéticaestá muito difundida, infelizmente,as vezes, mal difundida, na medidaque muitas pessoas estão exercendoessa função e não tem habilitação,tanto do ponto de vista formal,quanto da prática se aproveitandodo apelo pela estética que está mui-

to grande. Então, esse livro vem deforma muito séria e sóbria para es-clarecer de modo geral o que se podefazer e o que não se pode fazer. Oque eu escrevi no final do meu arti-go vale para todos, como um alerta:“procedimentos como peeling feitospor mãos inescrupulosas, inábeis,alienígenas a DERMATOLOGIA ea CIRURGIA PLÁSTICA, não háperigo de dar certo, em seu intentode melhoria e recuperação estética”.

Heller – Juntar 42 profissionais, degabarito, autoridades em suas espe-cialidades não foi uma tarefa fácil.

O que se observa muito é que oslivros de cirurgia plástica que temno mercado, estão mais voltadospara as questões estéticas. O livroCirurgia Plástica para Leigo apre-senta, não só a questão estética,mas também outras questões im-portantes da medicina.Riccardi – Exatamente, o livroabrange outras áreas muito impor-tantes relacionado à saúde do paci-ente, por exemplo, como as questõesdas fissuras, tem um capítulo sobreanestesia, reimplante de membros,o uso de células tronco, o tratamen-to cirúrgico dos carcinomas de pele,

O cirurgião plástico Dr. NelsonHeller recebeu o jornalista CezarRodrigues e o redator do jornalConceito Saúde Warley Oliveirapara uma breve conversa sobre olivro, organizado com aparticipação de 42 CirurgiõesPlásticos e convidados de outrasáreas. O Dr. José Carlos RiccardiGuimarães, um dos coautores,também participou da entrevista.

Dr. Nelson Heller e o Dr. José Carlos Riccardi Guimarães,respectivamente, o organizador e um dos coautores do livro

CIRURGIA PLÁSTICA PARA LEIGO

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19JORNALCONCEITO SAÚDE • Este jornal não pretende substituir as recomendações de seu médico! • ISSN 2359-4578 • Ano 5 • no 14 • 2015

paralisia facial, princípios básicos dasqueimaduras. Pontualmente, este li-vro aborda todos os temas relevan-tes da cirurgia moderna do séculoXXI. O livro é absolutamente abran-gente, sem ser abusivamente profun-do, que impeça uma grande partedas pessoas de compreender, e sem

ser um livro superficial, que o tornedesinteressante. É um livro equilibrado.

Faltou algum capítulo no livro?Heller – sim, faltou abordar a cirur-gia robótica, até porque, essa cirur-gia começou a ter destaque há um

ano, e eu estou há dois anos traba-lhando no livro, pois reunir 42 pro-fissionais com altíssimas qualifica-ções envolve muito tempo. Por exem-plo, para que pudesse contar com aapresentação do professor Pitanguydemorou, pois ele é uma pessoamuito ocupada, requisitada.

Existem planos para o livro ser pu-blicado fora do Brasil?Heller – Sim. Já existe contato emBerlim, que estão interessados empublicar o livro por lá, em alemão.Até em função de que fiquei 20 anosfazendo cirurgias lá. Também esta-mos traduzindo para o inglês.

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