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Câmara Notícias Órgão de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo Ano III/Edição 26 Jornal Mensal/Abril - Maio de 2012 Distribuição gratuita Trem reduz custo e tempo no trajeto à Capital Terminal integrado regio- nal junto à estação Fenac; Reurbanização dos entornos das estações, com obras de dre- nagem pluvial, saneamento, pa- vimentação de ruas e calçadas e ciclovias; Construção de uma ponte rodoviária sobre o Rio dos Sinos; Novo sistema viário desde a avenida Mauá; Canteiro central e passeios la- terais; Execução de serviços para melhoramento hidrodinâmico do arroio Luiz Rau. Obras adicionais do trensurb C inco minutos. Essa foi a du- ração da primeira viagem de trem de Novo Hamburgo até a estação São Leopoldo. Se os passagei- ros optassem pela BR-116, sem dúvi- da, o percurso seria mais demorado. No trajeto entre as estações, foram muitas as demonstrações de alegria. Alguns passageiros cantavam, outros batiam palmas. A euforia era justi- ficada pela longa espera. Foram 27 anos entre a inauguração do primeiro trecho do trensurb, que ligava Porto Alegre a Sapucaia do Sul, até a viagem inaugural da linha 1 a Novo Hambur- go, que ocorreu no dia 22 de maio. Há três anos, quando se iniciaram as obras no Santo Afonso, Paulo Diel viu sua rotina alterada. Morador do bairro há 20 anos, passou a acompa- nhar diariamente os trabalhos, sem- pre com sua cadeira e seu chimarrão a tiracolo. “Até me apelidaram de en- genheiro”, conta. Emocionado, disse que não poderia deixar de participar desse momento. O auxiliar de lim- peza Evandro Mendes fez o primei- ro deslocamento de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Ele, que trabalha em Porto Alegre e sofreu com a pa- ralisação dos metroviários, ocorrida no dia 21, acredita que o trem vai melhorar a vida de quem anda pela região. Moradora da rua Hugo Erni Fel- tes, a uma quadra da estação Santo Afonso, Laura Fülber também acom- panhou a obra desde o princípio. Nos dias que antecederam o começo das viagens experimentais, foram intensos os testes. Laura ouvia o barulho do trem, das 5h até a 1h. David Levenfus, analista técnico da Trensurb, relatou que as instalações já estavam prontas há dois meses. Segundo ele, de lá para cá, foram realizadas avaliações da sina- lização, movimentação e visualização do centro de controle. Nos primeiros dias de operação, as viagens serão gra- tuitas das 10h às 16h. Às 10h09min, Laura Fülber ingres- sou no trensurb com sua irmã Nair Fülber Altneter, que veio de Santo Antônio da Patrulha para conferir a inauguração. Elas estavam no último vagão ao lado de vereadores de Novo Hamburgo e representantes do Poder Executivo. Acompanharam o trajeto os parla- mentares Gilberto Koch, presidente do Legislativo, Ricardo Ritter – Ica, vice, Volnei Campagnoni, 1ª secretá- rio da Mesa Diretora, e Antonio Lu- cas, 2ª secretário. Além deles, estive- ram presentes Ito Luciano, presidente da Comissão de Obras, Luiz Carlos Schenlrte, Anita Lucas de Oliveira, Matias Martins e Raul Cassel. Entre as demais autoridades, estavam o se- cretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Danilo de Oliveira da Silva, o diretor de Transporte, Álvaro dos Santos Silva, e o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper. A chegada do trem em Novo Ham- burgo irá reduzir o tempo de deslo- camento até a Capital e outros mu- nicípios da Região Metropolitana. Do terminal Santo Afonso à estação Mercado, parada final em Porto Ale- gre, serão 46 minutos. Para se fazer o mesmo percurso leva-se cerca de uma hora com ônibus executivo, e uma hora e meia com ônibus comum, quando não há congestionamento na BR-116, a um custo de R$ 8,10 e R$ 5,75, respectivamente. Enfim, após anos de espera, a comunidade ham- burguense poderá usufruir um meio de transporte rápido, seguro, barato, não poluente e que, certamente, irá impactar positivamente no desenvol- vimento da cidade. Viagens experimentais nas estações Rio dos Sinos e Santo Afonso se iniciaram no dia 22 de maio Fonte: Trensurb Figura mostra o trajeto do trem após a conclusão total da obra, prevista para o final de 2012

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26ª edição do Jornal Câmara Notícias, informativo oficial da Câmara Municipal de Novo Hamburgo.

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Câmara NotíciasÓrgão de Divulgação da Câmara Municipal de Novo Hamburgo

Ano III/Edição 26 Jornal Mensal/Abril - Maio de 2012 Distribuição gratuita

Trem reduz custo e tempo no trajeto à Capital √ Terminal integrado regio-

nal junto à estação Fenac; √ Reurbanização dos entornos

das estações, com obras de dre-nagem pluvial, saneamento, pa-vimentação de ruas e calçadas e ciclovias;

√ Construção de uma ponte rodoviária sobre o Rio dos Sinos;

√ Novo sistema viário desde a avenida Mauá;

√ Canteiro central e passeios la-terais;

√ Execução de serviços para melhoramento hidrodinâmico do arroio Luiz Rau.

Obras adicionaisdo trensurb

Cinco minutos. Essa foi a du-ração da primeira viagem de trem de Novo Hamburgo até a

estação São Leopoldo. Se os passagei-ros optassem pela BR-116, sem dúvi-da, o percurso seria mais demorado. No trajeto entre as estações, foram muitas as demonstrações de alegria. Alguns passageiros cantavam, outros batiam palmas. A euforia era justi-ficada pela longa espera. Foram 27 anos entre a inauguração do primeiro trecho do trensurb, que ligava Porto Alegre a Sapucaia do Sul, até a viagem inaugural da linha 1 a Novo Hambur-go, que ocorreu no dia 22 de maio.

Há três anos, quando se iniciaram as obras no Santo Afonso, Paulo Diel viu sua rotina alterada. Morador do bairro há 20 anos, passou a acompa-nhar diariamente os trabalhos, sem-pre com sua cadeira e seu chimarrão a tiracolo. “Até me apelidaram de en-genheiro”, conta. Emocionado, disse que não poderia deixar de participar desse momento. O auxiliar de lim-peza Evandro Mendes fez o primei-ro deslocamento de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Ele, que trabalha em Porto Alegre e sofreu com a pa-ralisação dos metroviários, ocorrida

no dia 21, acredita que o trem vai melhorar a vida de quem anda pela região.

Moradora da rua Hugo Erni Fel-tes, a uma quadra da estação Santo Afonso, Laura Fülber também acom-panhou a obra desde o princípio. Nos dias que antecederam o começo das viagens experimentais, foram intensos os testes. Laura ouvia o barulho do trem, das 5h até a 1h. David Levenfus, analista técnico da Trensurb, relatou que as instalações já estavam prontas há dois meses. Segundo ele, de lá para cá, foram realizadas avaliações da sina-lização, movimentação e visualização do centro de controle. Nos primeiros dias de operação, as viagens serão gra-tuitas das 10h às 16h.

Às 10h09min, Laura Fülber ingres-sou no trensurb com sua irmã Nair Fülber Altneter, que veio de Santo Antônio da Patrulha para conferir a inauguração. Elas estavam no último vagão ao lado de vereadores de Novo Hamburgo e representantes do Poder Executivo.

Acompanharam o trajeto os parla-mentares Gilberto Koch, presidente do Legislativo, Ricardo Ritter – Ica, vice, Volnei Campagnoni, 1ª secretá-

rio da Mesa Diretora, e Antonio Lu-cas, 2ª secretário. Além deles, estive-ram presentes Ito Luciano, presidente da Comissão de Obras, Luiz Carlos Schenlrte, Anita Lucas de Oliveira, Matias Martins e Raul Cassel. Entre as demais autoridades, estavam o se-cretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Danilo de Oliveira da Silva, o diretor de Transporte, Álvaro dos Santos Silva, e o diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper.

A chegada do trem em Novo Ham-burgo irá reduzir o tempo de deslo-camento até a Capital e outros mu-nicípios da Região Metropolitana. Do terminal Santo Afonso à estação Mercado, parada final em Porto Ale-gre, serão 46 minutos. Para se fazer o mesmo percurso leva-se cerca de uma hora com ônibus executivo, e uma hora e meia com ônibus comum, quando não há congestionamento na BR-116, a um custo de R$ 8,10 e R$ 5,75, respectivamente. Enfim, após anos de espera, a comunidade ham-burguense poderá usufruir um meio de transporte rápido, seguro, barato, não poluente e que, certamente, irá impactar positivamente no desenvol-vimento da cidade.

Viagens experimentais nas estações Rio dos Sinos e Santo Afonso se iniciaram no dia 22 de maio

Fonte: Trensurb

Figura mostra o trajeto do trem após a conclusão total da obra, prevista para o final de 2012

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Jornal da Câmara Municipal de NH/Abril - Maio de 2012

O povo quer saber

Câmara NotíciasJornal da Câmara Municipal de Novo Hamburgo26ª Edição - abril e maio de 2012

Textos e fotografias: jornalistas Daniele Souza (Mtb: 12.797), Maíra Kiefer (Mtb: 11.235), Melissa Barbosa (Mtb: 10.652 ) e Tatiane Lopes de Souza (Mtb:12.272). Estagiários em jornalismo: Douglas Cypriano e Graziela Salles.Projeto Gráfico e Diagramação: Tatiane Lopes de SouzaJornalista Responsável: Tatiane Lopes de SouzaCoordenadora de Comunicação: Daniele SouzaImpressão: Grupo Sinos

Tiragem: 34 mil exemplaresPeriodicidade: mensalDistribuição gratuitaValor da impressão: R$ 5.436,00

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Ficha Técnica:

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Ligue para a gente. Sua sugestão será bem-vinda

3594.0521/0510

Blog: jornalcamaranoticias.blogspot.com

Editorial Câmara Segurança: Comando explica operações especiais

A decisão do STF sobre o aborto de anencéfalos

Mesa Diretora 2012Gilberto Koch: presidenteRicardo Ritter: vice-presidenteVolnei Campagnoni: 1ª secretárioAntonio Lucas: 2ª secretário

Câmara ativa na lutapelos direitos das mulheres

O Supremo Tribunal Federal (STF) de-cidiu que o aborto de fetos com anence-falia, ou seja, sem cérebro, não é crime. Os ministros julgaram, em abril, o méri-to da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, ajuiza-da em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS).

Para a entidade, obrigar a mulher a manter uma gravidez ciente de que o feto não sobreviverá após o parto fere o prin-cípio constitucional da dignidade huma-na e afeta o direito à saúde, também pre-visto na Constituição. Outro argumento é o de que a antecipação terapêutica do parto não é vedada – portanto, sua reali-

O tenente-coronel Carlos Armindo Thomé Marques participou da sessão plenária no dia 3 de maio para falar sobre o novo Comando de Operações Especiais (COE). Ele foi convidado pelo relator da Comissão de Seguran-ça Pública, Sergio Hanich, e pelo presi-dente da Comissão de Competitivida-de, Economia, Finanças, Orçamento e Planejamento, Leonardo Hoff.

O tenente-coronel explicou que o COE é uma subunidade do Comando Regional e tem entre suas missões coi-bir tráfico de drogas, sequestros e rebe-liões em prisões. As operações que co-

meçaram em 5 de março contam com 90 policiais e 16 viaturas. Nos meses de março e abril, foram 24.553 pessoas abordadas, 6.695 veículos fiscalizados, 611 bares inspecionados, 21 foragi-dos recapturados e 21 armas de fogo apreendidas. Segundo o policial mili-tar, muitas pessoas são presas mais de uma vez na mesma situação. Por isso, ele disse acreditar que o Código Penal deve ser revisto. Os vereadores pediram que o pronunciamento fosse transcrito na íntegra e enviado aos deputados e aos senadores, pois são eles que podem alterar essa legislação.

Ricardo Ritter – Ica, que propôs a criação da Frente Parlamentar dos Ho-mens pelo Fim da Violência contra as Mulheres em Novo Hamburgo, repre-sentou o Legislativo municipal duran-te o 1ª Encontro da Rede das Frentes Parlamentares Municipais que tratam do tema. A atividade ocorreu na As-sembleia Legislativa no dia 30 de abril. Na ocasião, as 35 câmaras que aderi-ram à rede discutiram o cronograma de trabalho e planejaram encontros re-gionais para sensibilizar outros verea-dores, prefeitos, lideranças e sociedade em geral.

Para Ica, os números alarmantes que envolvem o femicídio (assassinato da mulher pelo companheiro ou ex)

devem ser divulgados. Os casos têm grande incidência em todo o Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul. Se-gundo dados da secretaria de Seguran-ça, apresentados por Délia Porto, entre agosto de 2006 e agosto de 2011, Novo Hamburgo ficou em 3ª lugar no Esta-do nesse tipo de ocorrência, atrás ape-nas de Porto Alegre (1ª°) e Caxias do Sul (2ª°). Na avaliação do parlamentar, devem ser criadas medidas protetivas mais eficazes.

A Rede das Frentes Parlamentares Municipais foi lançada em dezembro de 2011 durante o 1ª Encontro Gaú-cho de Homens, que também ocorreu na Assembleia Legislativa.

Capitaneada pela Câmara, uma luta de mais de duas décadas foi intensi-ficada nos últimos oito anos e final-mente rendeu frutos. O trem já é uma realidade em Novo Hamburgo e reno-va as esperanças daqueles que se deslo-cam diariamente em uma BR-116 cada vez mais congestionada e estressante.

A Câmara cumpriu o seu papel. Desde 2004, o Legislativo conta com a Comissão Especial Pró-Trensurb. O trabalho foi incansável, passando por muitas idas e vindas a Brasília, audi-ências com ministros do Tribunal de Contas da União, reuniões com diri-gentes da Trensurb, encontros com de-putados, discussões em Plenário, ma-

nifestações e uma série de ações com a comunidade. Como legítimos repre-sentantes da população, os vereadores não se eximiram na busca desse que é um grande anseio da sociedade. Além disso, estiveram presentes em todas as etapas do processo, legislando para me-lhorar a estrutura que está sendo cons-truída na cidade e fiscalizando as obras desde o início.

Ainda há muitas batalhas pela fren-te. Três estações devem ser inauguradas até o final do ano, e existem muitas outras obras e melhorias que precisam ser feitas. Os parlamentares continua-rão atentos a essas e outras demandas da comunidade.

zação não pode ser proibida sob pena de ofensa ao princípio da legalidade.

Ainda em 2004, o ministro Marco Aurélio concedeu liminar para autori-zar a antecipação do parto quando a deformidade for identificada por lau-do médico. Porém, três meses depois, o plenário decidiu cassar essa autoriza-ção. A discussão foi tema de audiência pública em 2008.

Debate A polêmica segue. A vereadora Ani-

ta Lucas de Oliveira, que é médica gi-necologista, apresentou recentemente uma moção de apoio à decisão do STF. A proposta foi rejeitada.

E r r a t aAo contrário do que foi publicado na edição anterior, na matéria central “Novo

Hamburgo: 85 anos de Histórias”, os pais de Nair Schimidt chamavam-se Arno Artur Fehse e Maria Fehse.

Nos meses de março e abril, fo-

ram 24.553 pessoas abordadas, 6.695 veículos fiscali-zados, 611 bares

inspecionados, 21 foragidos recaptu-

rados e 21 armas de fogo apreendidas

Tenente-coronel explica que operação come-çou no início de março e conta com a participa-

ção de 90 policiais e 16 viaturas

O vereador Ica e outros integrantes da rede que busca coibir a violência contra as mulheres

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Jornal Câmara Notícias

Vereadores prestigiam Rodeio Crioulo de NH

Ensino Técnico

Mobilidade Urbana

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e com um nú-mero de vagas em aberto que não é preenchido por falta de profissio-nais qualificados. Para debater esse assunto com a comunidade e expli-car o funcionamento do modelo de ensino técnico foi realizada, na noite de 17 de abril, uma audiência pública no Colégio Senador Alber-to Pasqualini. A Câmara esteve pre-sente neste debate, representada por seu presidente, Gilberto Koch. O vereador destacou a necessidade de informar a população sobre as op-ções existentes e as possibilidades para o futuro. “A qualificação para alunos do ensino médio é uma an-tiga luta”, afirmou o presidente, referindo-se ao fato de o Município ainda ser carente nesta área.

Desde 2004, após a saída do Senai, o Colégio Pasqualini não possui en-sino técnico e profissionalizante.

O arroio Pampa voltou a nortear as ações da Comissão de Obras do Legisla-tivo hamburguense. No dia 26 de abril, os vereadores Antonio Lucas e Ito Lu-ciano reuniram-se, na Câmara, com o secretário de Obras Públicas e Serviços Urbanos, Paulo Schmidt. A limpeza do arroio, que havia começado ainda quando Luiz Fernando Farias estava à frente da pasta, é uma reivindicação da comunidade dos bairros São José (vilas Kephas e Diehl) e São Jorge (Redento-ra). Segundo os moradores, quando há fortes chuvas, ocorre transbordamento. Uma das causas seria o acúmulo de lixo em suas margens.

Os parlamentares apontaram que uma etapa da limpeza foi concluída ainda no mês de março. “Da rua Jaburu até a RS-239, está pronta. Falta, porém, o trecho entre a rodovia RS-239 e a rua

Comissão de Obras comemora construção de ponte na rua Jaburu

Jacob Gerhardt”, expli-cou Lucas. Schmidt dis-se que será necessário fazer um estudo cuida-doso do trecho antes de realizar a limpeza. “Temos de ter essa precaução para não ocasionar problemas como assoreamento e erosão – isso pode au-mentar a vazão de água e, consequentemente, a sua velocidade.”

Ito Luciano enumerou outra con-quista para a comunidade desses bair-ros: a construção da nova ponte na rua Jaburu. De acordo com o secre-tário, a visita técnica do engenheiro responsável pela obra ocorreu no dia 16 de maio, e no dia 21 as empresas

interessadas em executar a obra entre-garam suas propostas. O próximo pas-so, salientou Schmidt, é a contratação da empresa vencedora da licitação. O vereador Ricardo Ritter – Ica também integra a Comissão de Obras do Legis-lativo.

Comissão de Obras reúne-se com secretário Paulo Schmidt

Os vereadores Sergio Hanich e An-tonio Lucas representaram o Legisla-tivo hamburguense no 2ª Seminário Nacional de Mobilidade Urbana, realizado em São Paulo entre 8 e 10 de maio. A palestra inaugural foi sobre os desafios encontrados pelas cidades brasileiras para a aplicação da Política Nacional de Mobilidade Urbana, definida na recente Lei Fe-deral nª 12.587. Além disso, foram debatidos temas relacionados ao transporte viário, pedestres, sustenta-bilidade urbana, questão metropoli-tana, recursos para o transporte cole-tivo e segurança. De acordo com os vereadores, as pautas do seminário serão debatidas com a secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana do Município.

De 20 a 22 de abril, Novo Hamburgo foi sede de uma grande festa tradiciona-lista: o 11ª Rodeio Crioulo Nacional, re-alizado no Parque do Trabalhador, bairro Primavera. O presidente do Legislativo hamburguense, Gilberto Koch, e o vice, Ricardo Ritter – Ica, além de Carmen Ries, Jesus Maciel e Sergio Hanich, presti-giaram a abertura do evento.

O rodeio fez parte das comemora-ções de 85 anos do Município e reuniu cerca de 15 mil pessoas.

O coral Vozes do Porteira e o gru-po de dança do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Porteira Velha fizeram apresentações e encantaram o público que, além de shows e concursos artís-

Carmen, Ica, Jesus, Serjão e Betinho estiveram presentes no

evento tradicionalista

ticos, pôde conferir gineteadas e tiros de laço. A principal no-vidade desta edição do Rodeio Crioulo Nacional de Novo Hamburgo foi a pre-miação para todas as modalidades artísticas e campeiras.

O evento foi pro-movido pela Associa-ção Tradicionalista de Novo Hamburgo (ATNH), com o apoio da Prefeitura, por meio da secretaria de Cultura (Secult).

Comissão em feira do calçado

Parlamentares debatem licenciamentos ambientais

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Calçadista, Anto-nio Lucas, esteve presente na 2º edição da feira Loucura por Sapatos, realizada nos pavilhões da Fenac. Segundo o par-lamentar, o evento, mais uma vez, foi um grande sucesso. “Posso dizer que é um orgulho para nós hamburguen-ses ter uma feira desse nível na Fenac.” O vereador visitou diversos estandes e conversou com lojistas e empresários no local.

Entre os dias 24 e 26 de abril, Ricardo Ritter – Ica, Sergio Hanich e Vol-nei Campagnoni partici-param do V Congresso de Câmaras Municipais em Brasília. Os primei-ros temas debatidos no evento foram resíduos sólidos, licenciamen-tos ambientais e o lixo como geração de energia – principalmente o aces-so a verbas federais para a realização de projetos. Em seguida, os vereadores falaram sobre as leis re-ferentes às compras governamentais. Alterações na legislação eleitoral, a fiscalização das compras e a indepen-dência dos poderes também estiveram na pauta de discussões. “Gostaríamos

de ressaltar que o congresso foi muito interessante, pois os palestrantes nos transmitiram muitos conhecimentos e todos se mostraram comprometidos com a representatividade das câmaras municipais”, destacaram os vereadores em seu relatório de viagem.

2008 O trabalho dos parlamentares

rende frutos: o Ministério das Ci-dades libera R$ 4 milhões para as obras de expansão do trem.

2004Foi criada a Comissão Especial Pró-

-Trensurb, através de requerimento do ex-vereador Ralfe Cardoso.

2006 O Tribunal de Contas da

União (TCU) aprovou uma nova avaliação técnica das contas da licitação e não li-berou a obra. Comissão Pró--Trensurb vai a Brasília ten-tar reverter a decisão.

2007 A Comissão Pró-Trensurb reúne teatro, música

e dança em manifestação pela vinda do trem, no Centro de Novo Hamburgo. Emendas inserem a Linha 1 do Trensurb no Plano Plurianual de 2008-2011. No final do ano, foi assinado o con-trato de prestação de serviço entre Trensurb e o Consórcio Nova Via.

2010 A Câmara promoveu sessão solene

em homenagem aos 25 anos da Tren-surb. O então presidente da empresa, Marco Arildo Prates da Cunha, afir-mou que, diferentemente das outras cidades, Novo Hamburgo conquistou o trem.

Após seis anos de lutas, os parla-mentares tiveram a oportunidade de percorrer dentro do trem, pela primei-ra vez, o trajeto de quase cinco qui-lômetros entre São Leopoldo e Novo Hamburgo. Acompanharam o ato

2009 Os parlamentares participaram da inauguração das obras de extensão do metrô, em cerimô-

nia que contou com a presença da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ao longo do ano, os vereadores realizaram uma série de visitas ao canteiro de obras do trem, que recebeu verbas do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC.

A Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S/A – Tren-surb foi criada em 1980. Até 1985, foram realizadas as obras necessárias para a implementação da via. O sistema começou a operar comercialmente em 4 de março de 1985. A primeira etapa foi de Porto Alegre a Sapucaia do Sul, totalizando 27 km de linha e 15 estações. Em 1997, a empresa inaugurou a estação Unisinos e, em 2000, a São Leopoldo.

No ano de 2009, iniciou-se a expansão até Novo Hamburgo. Serão mais 9,3 km e cinco estações, a Rio dos Sinos, em São Leopoldo, e as demais em nosso Município: Santo Afonso, Industrial, Fenac e Novo Hamburgo. Tr

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A chegada do trem a Novo Hamburgo vai gerar uma série de mudanças no dia a dia da população, tanto para aqueles que uti-lizam o serviço quanto para as pessoas que se deslocam a pé, de bicicleta ou de carro. A luta pela extensão da linha 1 remonta quase três décadas. Desde 1976, quando estava sendo idealizado o proje-to, a obra já tinha como objetivo a redução do fluxo de veículos na BR-116, considerada saturada já naquela época.

Em 1985, quando foi inaugurada a primeira etapa, quatro dos seis municípios previstos pelo projeto original – Porto Alegre, Ca-noas, Esteio e Sapucaia do Sul – ganharam seus terminais ferroviá-

CN - Como ficarão os horários dos ônibus? Diretor de Transporte - O bairro Ca-nudos já está definido, assim como o Centro, onde chegam os demais ônibus dos bairros Vila Nova, Guarani e Rose-lândia. A Boa Saúde é um caso especial em função do grande número de pesso-as que residem, não só lá, mas no bairro Primavera. Vamos fazer, nem se for em caráter experimental, uma linha que vai contemplar os usuários para que façam uma viagem direta à estação.

CN - Existe um estudo sobre o tem-po que levam os trajetos? DT - O usuário sofre muito com o tempo que perde dentro do transporte coletivo. Na medida do possível nós estamos reduzindo esse tempo. Para a estação da Santo Afonso, além dessa li-nha da Boa Saúde, nós teremos ônibus que vão partir de Canudos, pela Vitor Hugo Kunz, Nicolau Becker, Centro, Primeiro de Março e Pedro Adams. Esses horários de ônibus do Santo Afonso e da Vila Marte vão passar pela estação. Isso vai totalizar, incluindo a empresa Futura e a Hamburguesa, mais de 200 horários/dia, atendendo a demanda na estação Santo Afonso. Além dessas linhas, existem duas li-nhas transversais.

CN - Hamburgo Velho vai ser aten-dido pelo ônibus de Canudos?DT - Hamburgo Velho vai ser atendi-do pelo ônibus Canudos/Santo Afon-so. A população de Hamburgo Velho vai ter que se deslocar até os eixos das avenidas Vitor Hugo Kunz e Nicolau Becker, porque ele sai lá da UPA em direção ao trensurb.

CN - Como funcionará o projeto de integração?DT - Já licitamos o projeto de moder-nização do Sistema Público de Trans-porte, mas houve uma restrição por par-

O trem é nossoMudanças a seguir: sinaleiras mais rápidas e corredores de ônibus

rios. A proposta inicial contemplava Novo Hamburgo. Contudo, a obra não saiu do papel. Passaram-se 27 anos até que a primeira es-tação hamburguense entrasse em funcionamento. Ao longo desse tempo, diversas entidades tiveram papel importante na conquista e mobilização da sociedade: Poderes Legislativo e Executivo – no âmbito municipal, estadual e federal – e o grupo Pensando Novo Hamburgo, entre outros. Em 2003, foi iniciado o projeto O Trem é Nosso, durante o qual foram coletadas 60 mil assinaturas, encami-nhadas posteriormente ao Tribunal de Contas da União, para que ocorresse a liberação da obra.

Odiretor de Transporte da secretaria de Segurança e Mobilida-de Urbana, Álvaro dos Santos Silva, informou que, para dar fluidez ao trânsito, há previsão de instalação de corredores

de ônibus e de redução no tempo dos semáforos nas principais vias da cidade. Além disso, será implementada a ciclovia da estação ao Centro.

Como será a conexão entre os ônibus e o trensurb

te do Tribunal de Contas do Estado em alguns itens do edital, que foi suspenso. Na ver-dade, nós depen-demos da publica-ção do acórdão do TCE. A adminis-tração municipal é responsável pela integração física. As empresas terão que verificar a forma que irão fazer a integração, porque isso envolve a parte econômica.

CN - Você poderia detalhar o sistema?DT - Nós vamos diminuir o número de ônibus se deslocando do bairro ao Centro. Mas queremos melhorar o tem-po desses ônibus para chegar ao Centro e ao outro ponto de integração, na es-tação Santo Afonso. O que nós temos pronto: em toda a avenida Vitor Hugo Kunz terminaremos com as sinaleiras de três tempos e quatro tempos. Vão ser si-naleiras de dois tempos. As pessoas que quiserem cruzar a avenida vão ter que fazer o laço. Não estou criando uma ex-pectativa. Na avenida 7 de setembro, já vamos começar. Na Primeiro de Março, partindo da Frederico Link até chegar no Santo Afonso, todos os semáforos se-rão de dois tempos. Estamos pensando também em criar uma faixa exclusiva de ônibus, da UPA até próximo à avenida Frederico Link. Foi destinada uma im-portância pelo governo federal. CN - Qual é o papel da comunidade e dos representantes nessa conquista?DT - Primeiro temos que agradecer muito o papel que teve o grupo Pen-sando Novo Hamburgo e a Câmara de Vereadores, independente de partido. O Legislativo foi incansável para que o trem viesse até Novo Hamburgo, assim como a Prefeitura se focou para que a obra se concretizasse. O horário de funcionamento do trem, após o período experimental, será das 5h às 23h15min, com saída da estação Santo Afonso, em Novo Hamburgo

Vereadores hamburguenses participaram da primeira viagem de trem de Novo Hamburgo a São Leopoldo, realizada no dia 22 de maio. Para mais fotos e informações acesse o blog: jornalcamaranoticias.blogspot.com.br

Vanessa Zanini estuda qui-ropraxia na Feevale – por isso viaja diariamente entre Porto Alegre, onde mora, e Novo Hamburgo. São cerca de 2 horas no trânsito, em uma van. “Quando estudava à tarde, às vezes eram quase 3 horas entre ir e voltar”, rela-ta. Vanessa acredita que a ex-

tensão do trem vai ser muito benéfica. “Além de baratear o custo, pois o transporte de vans não é barato, o trem é rápido e foge dos engarrafamen-tos da BR-116. O ideal seria que melhorassem os vagões. Mas eu, particularmente, gosto de andar de trem. Acredito que, se houver mais oferta de horá-rios e estações, aumentarão os usuários também.”

2010 A Câmara promoveu sessão solene

em homenagem aos 25 anos da Tren-surb. O então presidente da empresa, Marco Arildo Prates da Cunha, afir-mou que, diferentemente das outras cidades, Novo Hamburgo conquistou o trem.

Após seis anos de lutas, os parla-mentares tiveram a oportunidade de percorrer dentro do trem, pela primei-ra vez, o trajeto de quase cinco qui-lômetros entre São Leopoldo e Novo Hamburgo. Acompanharam o ato

histórico Jesus Maciel, presidente do Legislativo naquele ano, Sergio Ha-nich, vice-presidente, Gilberto Koch, presidente da comissão especial, Ri-cardo Ritter, Volnei Campagnoni, Carlinhos Schenlrte, Matias Martins, Gerson Peteffi e Leonardo Hoff.

Gilberto Koch e Ricardo Ritter – Ica estiveram na sede da Trensurb, em Porto Alegre. O presidente da instituição afirmou que o Municí-pio terá o terminal de integração mais qualificado do Brasil.

2011Ica e Betinho participaram de au-

diência no TCU, em Brasília. Eles apontaram a importância de os ajustes serem realizados antes de acabar a obra. Engenheiros do Consórcio Nova Via participaram de sessão para falar sobre a situação do arroio Luiz Rau. Os parla-mentares estavam preocupados com as constantes inundações.

A Câmara realizou audiência pública para debater os impactos da extensão do trem. Foi criada uma comissão in-tersetorial que, ao longo de todo ano,

discutiu melhorias na obra.Projeto de Gilberto Koch deu o nome

de Santo Afonso à estação de trensurb situada nesse bairro.

Um grupo de vereadores e deputados da bancada gaúcha entregou requeri-mento à senadora Ana Amélia Lemos reivindicando o trem até Canudos.

Betinho e Ica foram a Brasília acom-panhar negociação no Ministério do Planejamento para melhorias no trem. A Trensurb divulgou edital para lojas nas novas estações. Matias Martins e Ri-

cardo Ritter estiveram no evento.O Ministro das Cidades anunciou a

liberação das verbas para as obras com-plementares do trensurb. O valor é des-tinado aos acessos à rodoviária e à Fe-nac, ao alargamento e aprofundamento do arroio Luiz Rau e à construção da es-tação Industrial, entre outras melhorias.

Os vereadores aprovaram projeto de lei que definiu a base de cálculo do Im-posto Sobre Serviços (ISS) das obras de extensão do trensurb. 60% do ISS ficará em NH.

O trem vai signi-ficar mais qualidade de vida para o desig-ner gráfico Leandro Magro. Morador de Porto Alegre, ele se desloca diariamente até Novo Hambur-go, onde trabalha. Sua rotina inclui pe-

gar o trem da Capital até São Leopoldo, onde o ônibus da empresa busca os funcio-nários. A ida leva em torno de uma hora – mas a volta, por causa do congestiona-mento da BR-116, pode levar até 2 horas. Além de ganhar tempo, com o trem ele vai se sentir mais seguro, destaca.

Menos custos Qualidade de vida Além do trabalho da Comissão, a Câmara teve importante papel na melhoria do projeto do tren-surb para a cidade. A Lei Municipal nª 379/2000, oriunda de projeto de autoria dos vereadores Gil-son Thön e Ito Luciano, determina que a implan-tação de sistemas de transporte ferroviários deve ser feita por vias elevadas ou subterrâneas, proi-bindo a construção de obstáculos que impeçam o livre trânsito em toda a área urbana.

No trilho do trem no século XIX

A primeira linha férrea do Estado, ligando Porto Alegre a São Leopoldo, foi inaugurada em 1874, três anos após o co-meço da construção. Em sua primeira viagem conduziu os soldados encarregados de pôr fim ao movimento Mucker. “O novo meio de transporte deslo-caria a referência dos núcleos urbanos do cais para a estação férrea. O dia se orientava não mais pela chegada do vapor, mas pela chegada do trem”, de acordo com a obra Imigração Alemã no Rio Grande do Sul, de Imgart Grützmann, Martin Norberto Dreher e Jorge Augus-to Feldens.

Conforme Leopoldo Petry, no livro Novo Hamburgo – O Florescente Município do Vale

do Rio dos Sinos, a extensão até Novo Hamburgo deu-se em 1876. Segundo o autor, existia na época um problema de des-locamento para a estação ferro-viária de Novo Hamburgo, dis-tante de Hamburgo Velho. O autor relata que o centro comer-cial continuava em Hamburgo Velho, e as pessoas que viajavam de trem viam-se obrigadas a per-correr o trajeto da cidade a pé ou embarcar em uma carre-ta. Pelo ano de 1880, porém, já havia carros de quatro rodas, de tração animal. No entanto, as

O trem é nossoMudanças a seguir: sinaleiras mais rápidas e corredores de ônibus

rios. A proposta inicial contemplava Novo Hamburgo. Contudo, a obra não saiu do papel. Passaram-se 27 anos até que a primeira es-tação hamburguense entrasse em funcionamento. Ao longo desse tempo, diversas entidades tiveram papel importante na conquista e mobilização da sociedade: Poderes Legislativo e Executivo – no âmbito municipal, estadual e federal – e o grupo Pensando Novo Hamburgo, entre outros. Em 2003, foi iniciado o projeto O Trem é Nosso, durante o qual foram coletadas 60 mil assinaturas, encami-nhadas posteriormente ao Tribunal de Contas da União, para que ocorresse a liberação da obra.

passagens não eram muito ba-ratas. Construiu-se então uma linha de bondes, que partiam da estação da estrada de ferro, subiam a rua General Neto até a Bento Gonçalves, seguiam por esta rumo à Praça 20 de Se-tembro até a rua Júlio de Casti-lhos, continuando por esta até Hamburgo Velho. Em virtude do terreno acidentado, os ani-mais que faziam a tração fica-vam exauridos. Para resolver o problema, Novo Hamburgo teve a primazia no Estado de

dispor de bondes motorizados. Em 1903, a estação ferroviária

de Hamburger Berg foi aberta no prolongamento da ferrovia entre NH e Taquara. A opera-ção dos bondes, por sua vez, foi suspensa em 1915, pois a cida-de não apresentava demanda para esse tipo de transporte.

O horário de funcionamento do trem, após o período experimental, será das 5h às 23h15min, com saída da estação Santo Afonso, em Novo Hamburgo

Vereadores hamburguenses participaram da primeira viagem de trem de Novo Hamburgo a São Leopoldo, realizada no dia 22 de maio. Para mais fotos e informações acesse o blog: jornalcamaranoticias.blogspot.com.br

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Jornal da Câmara Municipal de NH/Abril - Maio de 2012

Aprovado por unanimidade projeto que coíbe a violência

A proibição do comércio de qual-quer tipo de arma de brinquedo ou de réplicas e simulacros de armas de fogo foi aprovada em dois turnos por una-nimidade. O Projeto de Lei nª 3/2012, de autoria de Luiz Carlos Schenlrte, reforça uma lei nacional neste sentido e determina que a fiscalização ficará a cargo da Prefeitura. O estabelecimento comercial infrator terá que pagar mul-tas e, no caso de uma terceira reinci-dência, seu alvará será cassado.

Em todas as sessões, os vereadores debatem e votam projetos de lei. Alguns são de autoria do Poder Executivo; outros, dos próprios parlamentares. As votações ocorrem em dois turnos – prevalecendo a decisão em segundo turno. Conheça os projetos apresentados pelos

vereadores hamburguenses analisados nos meses de abril e maio Proibição da venda de armas de brinquedos

Para que um projeto se torne lei depois de aprovado em segunda votação, deve ser sancionado e pro-mulgado (assinado) pelo prefeito. Em seguida, o texto deve ser publi-cado em jornal de grande circula-ção. Se o documento não receber a sanção no prazo, que é de 15 dias, volta para a Câmara, que irá fazer a promulgação e ordenar a publi-cação. Quando isso ocorre, é dito que houve a sanção tácita por parte do prefeito. Há ainda a possibilida-de de o projeto ser vetado (rejeita-do) pelo administrador municipal. Nesse caso, o veto é analisado pelos vereadores, que podem acatá-lo, e então o projeto não se tornará lei, ou derrubá-lo, quando também a proposta será promulgada e publi-cada pela Câmara.

Acivas e Pró-Dança são reconhecidas de utilidade públicaO Substitutivo ao Projeto de Lei nª

13/2012, de Carmen Ries, Gerson Pe-teffi e Sergio Hanich, que reconhece de utilidade pública a Associação de Ciclismo do Vale do Sinos (Acivas), re-cebeu voto favorável de todos os vere-adores. A utilidade pública da Associa-ção Pró-Dança de Novo Hamburgo foi reconhecida por unanimidade através

Vencimentos para a próxima Legislatura

Propostas da Mesa Diretora determi-nando os vencimentos dos integrantes da próxima Legislatura, do chefe do Poder Executivo e dos secretários mu-nicipais também foram aprovadas, após bastante debate.

O Substitutivo ao Projeto de Lei nª 10/2012 estabelece que os vereadores da próxima Legislatura (2013/2016) terão direito a subsídios mensais de R$ 8.813,17. O presidente da Câmara ganhará ainda verba de representação no valor de R$ 4.406,58. Uma emenda

acrescenta o recebimento de 13ª salário. O artigo 29 da Constituição Federal

diz que o valor do subsídios dos vereado-res deverá ser fixado pelas próprias Câ-maras, sempre de uma Legislatura para a subsequente. E que, em municípios de 100.001 a 300 mil habitantes, correspon-derá a no máximo 50% do concedido aos deputados estaduais – que, de acordo com a Lei nª 13.659/2011, recebem R$ 20.042,34. Nos próximos quatro anos, esses valores somente poderão ser rea-justados, por meio de lei específica, no

Santo Afonso terá Praça Walter Jobim - ParaguaioO Projeto de Lei nª 29/2012, do

presidente da Casa, Gilberto Koch, dá o nome de Praça Walter Jobim – Paraguaio a uma área verde do bairro Santo Afonso. O local, com 3.600 me-tros quadrados, está situado na quadra formada pelas ruas La Habana, La Paz e Guatemala. Walter Jobim nasceu em Uruguaiana em 1929, mas criou raízes em Novo Hamburgo. Foi líder comu-nitário e também jogou futebol em clubes tradicionais da cidade.

Para um projeto virar lei

Nem todos os projetos apresen-tados recebem votos suficientes. O Projeto de Lei nª 7/2012, de Leonar-do Hoff, que tratava da redução e do acréscimo da alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Nature-za (ISSQN) conforme a arrecadação, foi rejeitado pela maioria dos verea-dores. O Projeto de Lei nª 36/2012, que extingue o cargo de assessor de finanças públicas do Legislativo, de autoria da Mesa Diretora, também.

Propostas rejeitadas

do Projeto de Lei nª 18/2012, de Leo-nardo Hoff, Sergio Hanich, Raul Cassel e Gerson Peteffi.

O reconhecimento não acarretará ne-nhum ônus aos cofres do Município. Contudo, esse título possibilita que as entidades recebam auxílio do Poder Pú-blico e algumas isenções tributárias.

índice concedido aos servidores públicos municipais.

O Substitutivo ao Projeto de Lei nª 8/2012 estabelece que os secretários mu-nicipais receberão mensalmente, a partir de 2013, R$ 8.813,17. E o Substitutivo ao Projeto de Lei nª 9/2012 fixa que, a partir de 1ª de janeiro de 2013, o pre-feito receberá R$ 20.271,64 e o vice, R$ 8.813,17. Emenda também concede a ambos o direito a férias de 30 dias, com percepção de 1/3 a mais da sua remune-ração, e o 13ª salário.

Câmara promove ações que qualificam saúde

Câmara faz sessão comunitária na KroeffOs moradores da Vila Kroeff fizeram

um apelo no dia 2 de maio para que a área ocupada pelo Canil Municipal seja usada para a implantação de uma cre-che, um posto policial e uma unidade básica de saúde. Além disso, pleitearam uma escola de ensino fundamental que contemple turmas do 6ª°ao 9ª°ano e a regularização fundiária do Loteamento Nações Unidas. O encontro, realizado na Escola Municipal de Ensino Funda-mental Padre Réus, foi uma solicitação da Associação Comunitária dos Mora-dores desse loteamento.

A diretora da instituição de ensino, Rosemeri de Mello, afirmou que a prioridade é a construção de uma nova

escola. Ela relatou que a atual não con-segue atender a demanda. Sobre o lo-cal para abrigar a instituição, apontou como alternativa a área ocupada por um dos campos de futebol do bairro. Segundo a educadora, não há como ex-pandir a escola existente. Ao todo, são cerca de 600 alunos, e 150 deles estão no Projeto Mais Educação, que atende os estudantes em turno integral.

Sobre a remoção do canil, o presi-dente Betinho afirmou que, em 2009, encaminhou indicação solicitando a transferência de local. Ele declarou que os estudos por parte do Executi-vo estão bem adiantados para resolver esse problema.

Estiveram presentes o presidente da Câmara, Gilberto Koch, e os vereadores Jesus Maciel, Anita Lucas de Oliveira, Sergio Hanich e Raul Cassel

Audiência pública debate alienação parental

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Jornal Câmara Notícias

Limpeza urbana: saiba o que não se pode fazer

A Lei Municipal nª 6/1991 é a que institui, em Novo Hamburgo, o Códi-go Municipal de Limpeza Urbana. Ela define como atos lesivos, em seu artigo 43, depositar, lançar ou atirar nas ruas papéis, embalagens ou assemelhados; transportar ou guardar resíduos prove-nientes de outras cidades ou qualquer outra parte do Brasil ou do mundo; de-positar resíduos sólidos em terrenos pú-blicos ou privados; lançar em riachos, canais, arroios, córregos, lagos, lagoas e rios, ou às suas margens, materiais que causem prejuízos ao meio ambiente; fazer varredura do interior de prédios, terrenos ou calçadas para vias públicas; descarregar água suja nas ruas; efetuar preparo de argamassa sobre passeios ou pista de rolamento; assorear logra-douros em decorrência de decapagens, desmatamentos ou obras; e reparar veí-culos ou qualquer tipo de equipamento em via pública, quando implicar prejuí-zo à limpeza urbana.

Quem cometer alguma infração será notificado e poderá ter de pagar mul-ta. Para ler o texto completo, basta acessar o site da Câmara (www.cama-ranh.rs.gov.br) e clicar no link “Leis”, na coluna à esquerda.

Além disso, a Lei Municipal nª° 224/99 obriga prédios localizados no perímetro urbano com mais de quatro residências ou de três pavimentos a instalarem lixeiras para lixo orgânico e para resíduos inorgânicos. E a Lei Municipal nª 1.446/2006 institui o Dia do Reciclador e da Reciclagem de Lixo, a ser comemorado, anualmente, no dia 20 de junho.

Câmara promove ações que qualificam saúde

A convite da Comissão de Saúde, in-tegrada por Jesus Maciel, Raul Cassel e Gerson Peteffi, Sandra Maria Schmitz Hoff, usuária do Centro de Atenção Psicossocial – Centro, participou da sessão de 24 de abril. Ela falou sobre a falta de remédios e de passagens para o deslocamento até a unidade. Segundo ela, as passagens começaram a faltar há cerca de sete anos. Sandra pediu um projeto de lei para regularizar a entrega das passagens ou definir a gratuidade do transporte para esse público.

No dia 3 de maio, Jesus, Cassel e Peteffi participaram de uma reunião na secretaria municipal de Saúde em busca de soluções para esse pro-blema. Estavam presentes o gerente de saúde mental, Leandro Dieter, o

veis”, frisou. Os vereadores destacam a importância de se dar condições de tratamento às pessoas e sugeriram diversas alternativas, como a disponi-bilização de um veículo pela Prefeitu-ra e a entrega de cartões com apenas duas passagens por vez.

diretor-administra-tivo da pasta, Jorge Vitório Silveira, a co-ordenadora do Caps - Centro, Roberta Monteiro, o servi-dor Luís Marcon de Mello, que atua no departamento de Recursos Humanos, além dos usuários Larry Dietrich e San-dra Maria Hoff.

A responsável pela unidade explicou que hoje existem 140 pessoas que fre-quentam o serviço e que a maioria ne-cessita de atendimento de três a cinco vezes por semana. “Temos, no entanto, apenas 60 cartões de passagens disponí-

Também a convite da Comissão de Saúde, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Diones Aires, parti-cipou da sessão de 17 de abril. Cassel fez diversos ques-tionamentos. Entre eles, como está a assiduidade dos integrantes. Diones explicou que o conselho é formado por usuários, trabalhadores da área da saúde e prestado-res de serviço, e que não há problemas de assiduidade. Jesus perguntou se a comunidade pode participar das reuniões do conselho para levar reivindicações. Dio-nes disse que sim. As reuniões ocorrem na primeira e na última terça-feira do mês, às 18h45min, no 11ª an-dar do Edifício Diplomata, na rua Júlio de Castilhos.

O secretário da Comissão de Saúde, Raul Cas-sel, também sugeriu ao Executivo, uma série de ações para combater o uso do crack. Entre elas, capacitação de educadores para que exer-çam a função de agentes anticrack dentro das escolas municipais e o incentivo fiscal às em-presas que empregarem pessoas em tratamento para a recuperação da dependência química.

Combate ao crackConselho Municipal de Saúde

A g e n d a Câmara

Na noite de 15 de maio, foi realizada na Câmara uma audiência pública so-bre alienação parental. A sugestão do debate havia sido feita ao presidente da Casa, Gilberto Koch, pela Associa-ção Criança Feliz, que também pediu a criação de mecanismos para uma dis-cussão permanente. O Projeto de Lei nª 26/2012, de Betinho, que institui a Se-mana de Combate à Alienação Parental no Município, já está tramitando.

O presidente da Associação Brasi-leira Criança Feliz, Sérgio de Moura Rodrigues, explicou que a entidade nasceu do descontentamento de pais e mães alienados. “Em cerca de 80% dos casais separados há vítimas de aliena-ção parental.”

O promotor de Justiça Manoel Luiz Prates Guimarães, primeiro palestran-te, destacou a necessidade da formação de pessoas equilibradas, que pensem no bem-estar de suas famílias. A ad-vogada Claudia Maria Petry de Faria frisou que a alienação parental existe há muito tempo, mas foi preciso uma longa luta para que houvesse uma le-gislação contra a prática.

A psicóloga Cynthia Schwarcz Ber-

Audiência pública debate alienação parental

De acordo com a Lei Federal nª 12.318/2010, alienação parental é o ato de interferir na formação psicológica da criança ou do adolescente para que rejeite seu genitor, podendo tal atitu-de ser promovida pelo outro genitor, pelos avós ou por quem tenha a sua guarda. Isso fere direitos fundamentais, como a convivência familiar saudável.

lim apontou que as crianças podem apresentar sentimento de abandono, incompetência, dificuldade de víncu-lo, sofrimento e culpa. Para a juíza da 1º Vara de Família de Novo Ham-burgo, Patrícia Dorneles Antonelli Arnold, é importante sempre ouvir o que os filhos têm a dizer. Conforme ela, as decisões no Rio Grande do Sul que levam em conta a nova legislação ocorrem, mas ainda são tímidas. En-tre as penalidades para o alienador, explicou, está a multa diária.

Os vereadores Anita Lucas de Oli-

veira e Sergio Hanich também parti-ciparam da atividade.

O que é

Na Casa também tramita um projeto que visa divulgar o problema

- 30 de MaioÀs 10h30min, ocorre a inaugu-

ração do anexo do Hospital Mu-nicipal.

- 6 de JunhoSessão Comunitária em Lomba

Grande, às 19h, no salão da comu-nidade católica São José.

- 14 de JunhoSessão Solene, às 19h30min, para

homenagear a Câmara de Dirigen-tes Lojistas. Autor: Raul Cassel.

A agenda pode sofrer altera-ções. Consulte o site da câma-ra para obter mais informações:

www.camaranh.rs.gov.br

Vereadores intercedem por direitos dos usuários do CAPs

Jornal da Câmara Municipal de NH/Março-Abril de 2012

Em breve, Novo Hamburgo pode chegar a reciclar 300 to-neladas de resíduos sólidos.

Esse número é praticamente o dobro do atual – 160 toneladas. A expectativa é da coordenadora do projeto CataVi-da, Vera Rambo. A projeção foi feita durante a inauguração dos novos refei-tórios, vestiário e esteira de triagem da Central de Reciclagem da Roselândia, ocorrida no dia 20 de abril. A produção poderá ser ampliada, segundo Vera, em virtude de o local oferecer agora mais estrutura, possibilitando o aumento da quantidade de trabalhadores.

O CataVida é o Programa Munici-pal de Gestão Social de Resíduos. Ele abrange capacitação dos catadores, conscientização da comunidade e a coleta seletiva. Os trabalhadores são vinculados à cooperativa Colabore, que os retirou da informalidade.

“Lixo é dinheiro. Não pode ser des-cartado de qualquer jeito”, disse o pre-sidente do Legislativo, Gilberto Koch. Em seu discurso, Betinho lembrou que

“O que estou fazendo com o meu lixo?” foi tema de uma campanha fei-ta pelo Legislativo hamburguense em 2010. A iniciativa da Mesa Diretora da Câmara Municipal e da Comissão de Meio Ambiente buscou a conscien-tização das pessoas por meio do lema “Reduza, Reutilize, Recicle”. Como parte dos trabalhos, vistoriaram focos de lixo na cidade. Nesse ano, os parla-mentares acompanharam as obras de melhorias do lixão da Roselândia.

Novo Hamburgo pode dobrar a quantidade de material reciclado

a Câmara Municipal sempre voltou sua atenção ao problema da coleta e reciclagem de resíduos, mencionando que, por diversas vezes, a Comissão de Meio Ambiente denunciou as condi-ções de trabalho desumanas às quais os catadores estavam submetidos no passado.

Acompanharam a solenidade os in-tegrantes da Comissão de Meio Am-biente, Matias Martins, presidente, e Luiz Carlos Schenlrte, secretário, e a vereadora Carmen Ries, relatora da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa do Consumidor. Todos os parlamentares elogiaram a iniciativa, lembrando as condições difíceis de trabalho que os catadores enfrentavam.

Participaram do evento o prefeito Tarcísio Zimmermann, a secretária de Desenvolvimento Social, Jurema Gu-terres, o presidente da Colabore, Pau-lo Ricardo Bohn, e Ênio Brizola, que falou em nome do núcleo gestor do CataVida, entre outros.

O correto descarte dos resíduos sólidos urbanos de Novo Hamburgo é preocupação antiga dos vereadores

Em 2007, parlamentares denun-ciaram as condições de trabalho no li-xão da Roselândia. E em uma vistoria, verificaram que grande parte do lixo que era enviado ao aterro de Minas do Leão poderia ser reciclado.

No mesmo ano, a Comissão de Meio Ambiente da Casa vistoriou denúncias de desmatamento na estrada que vai até o lixão. Em busca de soluções para melhorar o local, vereadores visitaram a Central de Reciclagem de São Leo-poldo, onde é feito também recolhi-mento de material hospitalar.

Em 2008, os resíduos sólidos pautaram uma série de debates em Plenário.

No ano de 2009, o Legislativo voltou a fazer vistorias no lixão. Preo-cupados com as condições insalubres de trabalho, a falta de equipamentos de proteção e os baixos salários pagos aos recicladores, pediram providências ao Executivo. Outro problema era que grande parte dos resíduos ficavam ao ar livre, dificuldade a separação e aumen-tando o custo de envio ao aterro.

No ano passado, foi aprovado o pro-jeto que criou a campanha “Descarte Consciente de Medicamentos”. O in-tuito foi o de reduzir o risco de into-xicação das pessoas que trabalham no lixão. Outro problema é que muitos remédios inibem a atividade de bacté-rias, impedindo a biodegradação nos aterros sanitários.

A Comissão de Meio Ambiente foi até Caxias do Sul em busca de alter-nativas para a coleta de lixo em Novo hamburgo. No local, conheceram o funcionamento da coleta mecanizada e, após a visita, solicitaram à Prefeitura um estudo de viabilidade técnica para implantar esse modelo.

Os integrantes da Comissão de Meio Ambiente foram até Minas do Leão para conhecer a estrutura do aterro que recebe o lixo de di-versos municípios do Estado.

2009

2011

Durante a solenidade, a secretária de Desenvolvimento Social, Ju-rema Guterres, fez um apelo aos hamburguenses para que descar-tem corretamente os resíduos gerados em suas casas e locais de tra-balho. É importante separar o material seco, como papéis, plásticos e vidros, do orgânico, como restos de comida.

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